31 maio 2007

Cruel realidade

Saber da saída de Anderson para mim foi um terrível choque, que me deixou completamente revoltado e triste, considerando que a sua venda tinha sido uma grande traição aos adeptos que gostam de futebol e do FCPorto e que me fez pensar até, como disse logo nos comentários, em rasgar a papelada que recebi para pagamento do Dragon Seat. Por isso não quis alongar-me muito no post que coloquei, para evitar dizer barbaridades e para tentar não ser injusto, já que a quente temos tendência para errarmos e dizermos o que não queremos, ainda por cima não sabendo dos detalhes do negócio. Assim coloquei no post apenas duas das transferências deste nosso curto mas já muito agitado defeso.

Agora mais a frio, temos de ser realistas, temos de entender que, devido a terríveis erros anteriores desta SAD (já mais que discutidos neste mesmo blog e o que já não sofreu o blog e o seu autor com isso) e com as contas bem abaixo do vermelho, alguma coisa teria de ser feita. Muitos dos que agora se insurgem contra a SAD são os mesmos que há duas semanas foram votar nessa mesma direcção, sem qualquer desculpa para o terem feito, já que os erros dos administradores do FCPorto em que votaram e que sempre apoiaram, estiveram sempre à vista de todos, principalmente as contas que demonstram e demonstravam há muito tempo que, apesar de se irem ganhando títulos, não se sabe até quando se conseguirá fazê-lo, já que para não perder os dedos, o FCPorto a muito curto prazo teria de vender todos os seus anéis, dada a cruel realidade dos números.

No mesmo dia da venda de Anderson (ontem), foram apresentados novamente resultados negativos e alarmantes. Resultado disso, a SAD do FCPorto tem obrigatoriamente de realizar muito dinheiro no imediato e se Anderson poderia valer bem mais daqui uns tempos, não passando isto de especulação, já que o futebol é muito incerto e ainda por cima conhecemos alguns gregos a jogar na nossa liga, o certo é que 31,5 Milhões de Euros (sendo que cabe ao FCPorto 80% deste valor) mais um jogador do Manchester United a título definitivo é neste momento é um bom negócio para um jogador de apenas 19 anos e acima de tudo muito oportuno para começar a resolver o verdadeiro problema do clube.

Por outro lado temos de pensar que não seria nada bom para a equipa do FCPorto manter por cá um jogador contrariado, já que é natural que qualquer jogador, mesmo Anderson, queira ir para um grande campeonato europeu como é o inglês e ainda por cima para o clube que é, além de que sabíamos que seria inevitável conseguirmos segurar um jogador deste calibre por muito mais tempo. O futebol do FCPorto e o futebol desta nossa liga vão ficar muito mais pobres, ninguém tem dúvidas disso, todos ficamos com “água na boca” com o que Anderson demonstrou nos pouco mais de 15 jogos que fez no nosso clube, mas se existe o problema, e ele é muito, muito grave, e se tem de ser resolvido, por algum lado teria de se começar e ficam desde já prevenidos todos os portistas que as vendas de anéis neste defeso não ficarão, nem deverão ficar por aqui, a bem da saúde financeira do clube e do seu próprio futuro.

Assim, o que espero sinceramente com tudo isto é que o encaixe financeiro seja muito bem administrado de modo a começarem a ser resolvidos os problemas existentes e que não se comece desde já a fazer com o dinheiro o que se fez da última vez que este entrou em grande quantidade na SAD, desde pagar prémios a administradores por lucros temporários que uma compra destas poderá trazer (aconteceu assim com os 30 Milhões de encaixe que Ricardo Carvalho proporcionou), até comprar montes de jogadores de qualidade extremamente duvidosa. Se vierem jogadores que sejam poucos mas de qualidade comprovada e se possível que se aposte cada vez mais na formação e isto não se faz, mesmo não sabendo se será uma real mais valia, com a compra de jogadores de 30 anos e com a dispensa de dois dos nossos putos mais promissores, como pelos visto já aconteceu com Hélder Barbosa e Vieirinha.

Finalizando quero só desejar ao puto, que seja muito feliz no seu novo clube, não duvido que em breve será o melhor do mundo e nós tivemos o orgulho de o ver jogar com a camisola do nosso clube, que sabemos que jamais esquecerá.

Vai e vem na $AD


Vai Anderson

Nome: Anderson Luís de Abreu Oliveira
Data de Nascimento:
13 Abril 1988
Nacionalidade: Brasileira

A F.C. Porto - Futebol, SAD vem pelo presente comunicar que chegou a um acordo de princípio com o clube Manchester United FC para a cedência, a título definitivo, dos direitos de inscrição desportiva do atleta Anderson Luís de Abreu Oliveira.

Mais informa que o acordo relativo a esta transferência será formalizado assim que o atleta concluir os exames clínicos a que se vai submeter, com o consentimento da F.C. Porto - Futebol, SAD.
In fcporto.pt


Vem Lino

Nome: Dorvalino Alves Maciel (Lino)
Data de Nascimento: 1 Junho 1977
Nacionalidade: Brasileira

O quadro aproxima-se da perfeição. Lino vinculou-se por dois anos ao F.C. Porto, após uma época de afirmação em Portugal, e parte para férias com um sonho realizado. Entre elogios ao novo clube e intenções claramente definidas, mostra-se encantado com a estrutura que encontrou e promete trabalho aturado.
In fcporto.pt

30 maio 2007

Como muda Scolari um ano depois

Portistas de novo em maioria, sub-21 agora em duas frentes, Europeu que desta vez não divide as duas selecções. Ai a coerência...

Serei sempre um crítico de Scolari, como de qualquer treinador que não demonstre bom senso ou tenha contradições no que diz e faz. Há muito tinha-me proposto a abordagem à selecção e agora que está “cheia” de portistas é a boa oportunidade porque o que interessa, a Liga, já acabou.

Um ano depois da controversa convocatória para o Mundial e a linha divisória do Europeu de sub-21 que se disputou em Portugal, Scolari voltou a errar, corrigiu a asneira ou continua teimoso e imprevisível?

Agora deu-lhe para convocar uma maioria de jogadores do FC Porto. É certo que faltam, frente à Bélgica, Simão e Nuno Gomes, lesionados, e Cristiano Ronaldo, castigado, mas só isso não explica tudo.

Para a Alemanha…
Há um ano levou do FC Porto só Postiga (a meio termo no Dragão, aliás) e, mais por birra do que por justiça para com o jogador, Ricardo Costa. Como se comprovou, os dois não fizeram falta alguma à selecção pelo que (não) jogaram. Aliás, poderia dizer-se o mesmo de outros, mas os resultados “tapam” as asneiras e “exaltam” qualidades que não existem.

Ignorou, então, Quaresma, Hugo Almeida, Raul Meireles, meteu-os nos sub-21 tal como a Moutinho e Nani, por exemplo, por causa do Europeu da categoria a quem deixou a responsabilidade do título, o cutelo sobre Agostinho Oliveira e o ostracismo a que ele próprio Scolari votou essa selecção da qual não assumiu responsabilidade alguma apesar de ser o “chefe” (ele disse-o assim!) de todas as selecções.

Pior: excluiu logo do Mundial quem fosse ao Europeu e deu uma machadada psicológica pelo menos em Quaresma, o mais influente jogador da dobradinha do FC Porto de Adriaanse e que o próprio seleccionador nacional viu, no Jamor, de que massa era feita o nº 7 portista na final da Taça a servir Adriano no golo da vitória.

Europeu e Jogos Olímpicos não entravam…
Hoje, mesmo com um Europeu de sub-21 fundamental por apurar também para os Jogos Olímpicos de Pequim’2008, o mesmo Scolari não se coíbe de chamar aos A jogadores que depois terão de ir a correr para a Holanda tentar apurar os sub-21, como Moutinho e Nani, mais Hugo Almeida – que a 10 de Junho também defrontam a Bélgica no seu Europeu de sub-21.

Há um ano, o ponta-de-lança suplente do FC Porto, Portiga, que para jogar o Mundial teve de sair emprestado para o estrangeiro (St.-Étienne), lá foi na excursão à Alemanha. O capitão, suplente, do FC Porto, Ricardo Costa, foi a surpresa (forçada) de última hora.

Os obreiros da dobradinha portista, Meireles, Quaresma, Hugo Almeida, ficaram em casa, decepcionados para fazerem figura no Europeu e desiludidos por verem o Mundial pela TV depois do fracasso que fez Scolari “provar” que tinha razão nas suas escolhas como se não tivesse nada a ver com o que ficou para trás – na esteira, aliás, do que sucedeu nos Jogos Olímpicos de 2004, na Grécia, onde José Romão, como depois A. Oliveira, levou com as culpas e o despedimento…

Hoje, são cinco portistas para enfrentar a Bélgica dia 2, os portugueses titulares (Postiga foi-o na 1ª volta da Liga) do onze habitual de Jesualdo. Até o treinador portista se regozijou. E disse: “Há quantos anos os portugueses titulares do FC Porto não iam à Selecção?”.

A “surpresa” de Jesualdo
Pois, em 2004, à excepção, inexplicável, injustificável, histórica e estatisticamente inconcebível, de Vítor Baía que se sagrara campeão europeu de clubes e foi eleito o melhor guarda-redes do continente, Scolari levou lá os titulares de Mourinho, de Paulo Ferreira a… Deco com as peripécias que se conhecem e ainda hoje suscitam ressabiamentos.

Mas, como sabemos, foi também só depois de perder com a Grécia que Scolari puxou os portistas para o onze da sua selecção que o povo desconfiava. Até perder com a Grécia outra vez por culpa de um guarda-redes que no seu clube nunca inspirou confiança.

Ninguém sabe qual o lado lunar da mente de Scolari, mas parece sempre ser o lado sombrio, da falta de senso e de continuar a julgar-se a salvo de críticas. Porque ninguém as faz e esta foi mais uma oportunidade para lhe revelar a careca no meio do seu discurso sempre redondo, entre autoritarismo (“Não esqueço quem me ajuda, nem quem não me ajuda”, ameaçou) e falta de ambição. Mas com a sorte de sempre.

Agora virou-se para o FC Porto. Já pediu o Quaresma do FC Porto e teve-o, deslumbrante, precisamente frente à Bélgica. Até parece que o desconhecia há um ano e até parece que não fez falta um flanqueador (Simão esteve fraquinho na Alemanha e Ronaldo jogou muito pelo meio) de categoria como Quaresma. Agora revela Bruno Alves e Bosingwa, como se antes não o tivessem justificado em vez de Tonel, Ricardo Rocha, Zé António como central ou Nelson como lateral-direito.

Salve-nos a senhora do Caravaggio!

29 maio 2007

Mudam-se os tempos e as proezas são grandiosas

Os intrépidos pés-de-microfone que em situações análogas podem dizer bem e mal com 16 anos de diferença

“Sic transit gloria mundi”, ironizavam os romanos. Ao ver a final, medíocre, da Taça de Portugal -- bem ganha pelo Sporting emperrado por um rival super-defensivo -- quase adivinhava não só uma “decisão por detalhes” (dito por Jorge Jesus que viu o Belenenses sofrer um golo a jogar com 10 por culpa sua), como que os intrépidos repórteres de pista enchessem o vencedor de elogios, já a antecipar mundos e fundos do costume na próxima época, e com simpatia a enaltecer o vencido.

O final, por isso, nem me deixou nostálgico, antes enojado. Os pés-de-microfone com o coração perto da boca permitem coisas que nem eles próprios se imaginam, como dizer bem e mal de um 2º classificado do campeonato e vencedor de taça. Com a diferença de 16 anos, aqui vai. Magnânimos, os jornalistas, mas nem sempre. E assim vão as glórias do mundo.

No domingo, foi logo atirado a Paulo Bento que “o 2º lugar na Liga e a vitória na Taça de Portugal faz uma época extraordinária” para o Sporting. Justamente comedido, o técnico leonino pôs água na fervura que as carpideiras do regime sempre cavalgam como surf em onda do Hawai… Bento considerou “boa” a época em que o Sporting “quis vencer a Liga dos Campeões” mas nem à Taça UEFA chegou, quanto mais passar a 1ª fase da prova…

Em 1991, Artur Jorge viu-se confrontado com uma questão bem diferente após vencer o Beira-Mar no Jamor, numa final empolgante pela réplica animosa dos aveirenses que tinham o egípcio Abdel Ghany e os portistas um imprevisto herói em Abílio com dois golos no prolongamento (3-1).

Um repórter da RTP, ladino e sedento de vingança, lembrou que o “FC Porto perdeu o título para o Benfica” e apesar de ter ganho a Taça de Portugal, no que normalmente se diz “salvar a época”, não podia resumir melhor para atirar ao treinador portista: “Uma época decepcionante”.

Artur Jorge lembrou que o FC Porto não só disputou um campeonato de 38 jornadas até ao fim como chegou aos quartos-de-final da Taça dos Campeões, onde foi afastado pelo Bayern de Munique (1-1 na Alemanha por Domingos e 0-2 nas Antas).

Depois, por comparação, há aquele pequeno pormenor: o FC Porto fez em 90-91 53 jogos oficiais, ganhando também a Supertaça (contra o E. Amadora), contra 42 do Sporting esta época…

Mudam-se os tempos, as vontades também e para certos tipos há proezas grandiosas à míngua de outras glórias.

28 maio 2007

Noite de campeões, noite de emoções

FCPorto 1-0 Leixões
Lisandro 2'

De uma noite de grandes recordações, facilmente se chegou a uma grande noite de fortes emoções. Rever a maior parte dos jogadores no relvado do Dragão que fizeram parte da história da grande viragem deste clube de apenas um grande a nível nacional, para um grande clube de nível mundial, foi um prazer que tão cedo não será apagado das memórias e foi o sentir de fazer parte de um pouco da história viva do FCPorto.

Exactamente 20 anos depois da fabulosa noite de Viena, ao som, como não podia deixar de ser, de uma valsa, o Danúbio Azul, pois claro, um a um, os heróis foram chamados. Desde Celso a Lima Pereira, desde Madjer ao bibota Fernando Gomes, desde João Pinto a Juary, todos foram recebidos com um enorme e forte aplauso de gratidão por parte do grande número de portistas que compunham as bancadas do Dragão. Muito poucos dos heróicos jogadores foram os que não compareceram ou que não puderam comparecer e um deles foi fortemente ovacionado e homenageado, de seu nome Zé Beto, guarda-redes suplente da tão bela noite do Estádio do Prater e que já não se encontra entre nós. Em suma foi para todos aqueles campeões europeus uma homenagem tão justa como bela, uma homenagem há campeão.

Seguiram-se as chamadas dos jogadores das equipas de alta competição do FCPorto. Os vencedores da taça de Portugal de Andebol, os vencedores da taça e vice-campeões nacionais de Basquetebol, os hexacampeões nacionais de hóquei em patins e finalmente os bicampeões nacionais de futebol. Todos foram recebidos como grandes e fortes elementos que fazem deste clube o melhor do país. Por fim uma volta de honra pelo relvado para receberem um último e merecido aplauso do público do Dragão.

Faltava apenas o jogo dos campeões, que colocava frente a frente o campeão da principal liga portugueses contra o campeão da segunda liga. Uma frase de uma tarja da claque leixonense resumia o ano futebolístico: “Eis a lei do mais forte, os campeões são do norte”. Se rivalidades era suposto existirem entre o FCPorto e o Leixões, elas não se notaram durante toda a festa e a grande falange de apoio leixonense, onde se viam muitos adeptos com cachecóis dos dois clubes, sempre participaram de uma forma muito activa e muito bonita durante toda a noite.

O jogo em si pouco interessava. O FCPorto começou sem alguns dos seus craques que já regressaram aos seus países para cumprirem obrigações com as suas selecções, como por exemplo Helton e Lucho. Anderson tem uma lesão e também não deu o seu contributo. O ritmo do jogo começou forte e rapidamente Lisandro chegou ao golo surpreendendo a defesa leixonense a passe de Bosingwa. Como reacção o Leixões criou algumas jogadas de perigo e fez com que outro dos heróis da noite se aplicasse e desvia-se um bola para a trave da sua baliza. A partir daí e com o baixar do ritmo do jogo, o Leixões tomou conta do mesmo, mas sem nunca mais existirem lances de real perigo. Apenas alguns lances artísticos de Quaresma iam fazendo com que o público não adormecesse e só perto do intervalo é que o FCPorto voltou a “espevitar” os adeptos, com Lisandro a tentar emitar exactamente os grande 4º golo do FCPorto que fez na última jornada do campeonato, só que desta vez a bola foi embater no poste.

Para a segunda parte foram feitas muitas alterações e contrariamente ao que se pensava, o ritmo do jogo até foi mais intenso, com jogadores que foram normais suplentes do FCPorto a tentarem mostrar que querem ser opção para a próxima época. O jogo foi totalmente controlado pelos Dragões neste período, mas aguardava-se outro grande momento da noite, a despedida dos relvados do maior dos campeões em campo, Vítor Baía, que saiu debaixo de uma enorme ovação, transmitindo assim a braçadeira de capitão ao regressado de uma longa paragem Pedro Emanuel, que também mereceu por parte dos adeptos um grande aplauso.

Até ao fim pouco mais há a registar. A festa dos campeões terminou em beleza com o já habitual fogo de artifício. É certo que já nos habituamos a estes fogos de fim de campeonato, mas também é certo que queremos vê-lo todos os anos. Esperamos já o próximo.

PS: É incrível e nojento o desprezo a que foi votado este enorme acontecimento por parte da comunicação social. Apenas a TSF se dignou a esporádicas reportagens durante todo o evento. Inadmissível e repugnante é como se poderá qualificar esta atitude dos média. Poderia dizer que já estamos habituados a isto, mas um Dragão não se pode acomodar a coisas destas. Contra tudo e contra todos e precisamente por situações como esta é que continuaremos a vencer. Um dia seremos devidamente reconhecidos. Quando? Não sei, mas só as vitórias deste clube, principalmente as futuras, farão este estado de situação mudar.

27 maio 2007

Hoje é dia de homenagear...

... os campeões europeus de Viena que estarão no Dragão. Fazem 20 anos que venceram o Bayern e a Taça do Campeões Europeus foi conquistada. Entre os vários jogadores presentes, estarão Madjer e Juary, autores dos dois golos que viraram o resultado no Estádio do Prater naquela noite de 27 de Maio de 1987.



... os Bi-Campeões Nacionais 05/06-06/07 que irão receber a taça do 22º Campeonato vencido pelo FCPorto.



... o grande campeão das balizas, Vítor Baía, que no jogo de hoje se vai despedir dos relvados.



... as equipas das modalidades amadoras de alta competição do FCPorto.
- Equipa de Andebol. Vencedores da taça de Portugal de Andebol.
- Equipa Hóquei em Patins. Hexa-Campeões Nacionais.
- Equipa Basquetebol. Vencedora da Taça de Portugal.

Programa da Festa dos Campeões

17h00: Tomada de posse dos Órgãos Sociais do F.C. Porto (auditório do Piso -3 do Estádio do Dragão);

17h45: Abertura dos portões do Estádio do Dragão;

19h15: Início da Festa dos Campeões (homenagem aos Campeões Europeus de Viena, às equipas de Andebol, Basquetebol e Hóquei em Patins e aos Bicampeões de futebol);

19h45: Jogo F.C. Porto - Leixões

Serão necessárias mais razões para os portistas irem hoje ao Dragão?

26 maio 2007

Vítor Baía dirigente e Pedro anjo da guarda

"Já na cabeça e nas palavras de Mourinho ele era "o treinador". O que diz tudo sobre o papel de Pedro Emanuel. Com a estrela da Baía a deslocar-se do estádio para o gabinete, Pedro Emanuel será o anjo da guarda do balneário. Ainda mais...

Para o grande público, a época que agora termina foi uma folha em branco na carreira de Pedro Emanuel. Mas não o foi de facto. Mais que nas anteriores, em que participou activamente nas conquistas do FC Porto, ele acabou por nesta ter mais tempo e maior disponibilidade mental para ser o anjo da guarda do balneário. Como disse anteontem a este jornal o treinador da equipa de andebol dos dragões, "os líderes, muitas vezes, não são aqueles que mais destaque têm".

Mesmo se o seu comportamento em campo sempre foi de modo muito visível o de antes quebrar que torcer -- fruto das virtudes adquiridas da escola espartana do Bessa e da mística que lhe proporcionou o historial das Antas e, já depois, do Dragão --, poucos adeptos imaginarão o papel que Pedro Emanuel tem desempenhado nas relações entre os jogadores e destes com a própria administração da SAD, a principiar pelo de ligação diário a Antero Henrique, esta época investido no cargo de director geral do futebol.

O papel e peso de Pedro Emanuel no modo como as coisas funcionam dentro do balneário não é de agora. E, para ilustrá-lo, nada melhor que uma revelação: José Mourinho chamava-lhe "o treinador".

No ano em que levou o FC Porto ao segundo título de campeão europeu, Mourinho excedeu todas os limites da inventiva para manter o plantel no topo da motivação e da crença nas suas capacidades. Mas antes de abalar para Londres à procura de novos limites, o "special one" revelou alguns segredos. O do papel de Pedro Emanuel tinha uma etiqueta muito explicita: "o treinador".

Já agora, outro de quem poucos porventura esperarão encontrar na história desse FC Porto uma especial atenção de Mourinho será Nuno Valente. Pois bem, o agora técnico do Chelsea baptizou de "arquitecto" pelo rigor táctico e a beleza que colocava em cada jogada.

A importância de Pedro Emanuel vai tornar-se mais clara aos olhos dos adeptos na próxima época, quando a estrela de Baía deixar o estádio para brilhar noutra constelação. Muito provavelmente a do dirigismo, em nome de uma nova imagem do FC Porto. É isso que sugere a sua recente integração no Conselho Superior do clube."
In O Jogo

25 maio 2007

Iniciativas de Campeões

Festa dos Campeões
"O F.C. Porto festeja, este domingo, a partir das 19h15, a conquista do título, numa comemoração que incluirá homenagens aos actuais Bicampeões Nacionais e às modalidades de basquetebol, andebol e hóquei em patins do clube, pelos troféus erguidos no decorrer da época 2006/07.

As celebrações contemplam ainda uma distinção aos Campeões Europeus de Viena, protagonistas de um dos episódios mais marcantes da história do clube, em 1987, com a conquista da Taça dos Clubes Campeões Europeus, e um jogo entre o F.C. Porto e o Leixões, vencedor da Liga de Honra."
In fcporto.pt

"Os sócios detentores de lugar anual têm entrada gratuita. Os restantes precisam de comprar um bilhete que custará entre os cinco e os sete euros [Também os sócios do Leixões beneficiam desta modalidade de preços]. Para o público em geral, os preços são entre 10 e 14 euros."
In O Jogo

Treino dos Campeões
Juntando-me a vários blog afectos ao FCPorto, venho também eu pedir à direcção do FCPorto e à equipa técnica que abram as portas do treino de amanhã no centro de estágio, para que todos os adeptos possam ver, pelo menos por uma vez no ano, ver treinar os artistas que tanto idolatram.

Quem como eu antigamente se deslocava várias vezes às Antas para ver o treino da equipa e principalmente para levar os miúdos a tirar fotos, a falar, a contactar de perto com os seus ídolos, etc., sabe bem do que estou a falar. E o que não se perdeu com isso...

Liga dos Campeões
A primeira edição da Liga da Bancada, baseada na Liga dos Campeões e no jogo proposto pela UEFA, o Fantasy Football, chegou ao fim. Depois da vitória do todo poderoso AC Milan, o vencedor foi alguém que há muito disputava o primeiro lugar. O Mister Filipe Rocha com o seu Lokomotive da Foz é o grande campeão desta primeira Liga da Bancada. Quero desde já dar-lhe os parabéns e pedir-lhe para nos explicar qual o seu segredo. Mas a luta foi intensa e tanto o Mister Luís Novo com a sua equipa Pinguim, como o Mister Miguel Filipe com o seu Dragonis FC merecem também uma menção honrosa. Observa-se, também aqui que ,e apesar de existirem participantes de outros clubes, que os três primeiros classificados são, como não poderia deixar de ser, adeptos do Bi-Campeão.Resta-me agradecer aos 44 participantes nesta liga e dizer-lhes que para o ano há mais. Para verem a classificação final completa desta 1ª edição da Liga da Bancada cliquem aqui.

24 maio 2007

Um Penta atravessado

Uma vez mais as arbitragens prejudiciais ao FC Porto, o artificialismo virtual da competitividade, as queixas dos que mais choram e beneficiam com a Liga da Tanga, as desculpas bolorentas para deixar a marca da suspeição onde não há

Jesualdo diz, e muito bem, que no FC Porto só importa ser primeiro, não se contentar com o 2º lugar ou que só o acesso à Liga dos Campeões não é filosofia do clube. Ele aprendeu, até, como são sofridos, emocionais, contra tudo e todos, os títulos ganhos pelo FC Porto. Continuo a preferir Adriaanse por comparação, mas Jesualdo é o meu treinador, que aqui sempre defendi mas não deixei de poupar algumas críticas pela perplexidade que me causaram vários momentos da época, especialmente os recentes.

Posto isto, o “bi” é muito bonito, mas ainda há pouco festejámos um “bi” e, pelo meio, roubaram um campeonato ao FC Porto que, nesta altura, seria um PENTA, outro ciclo de 5 campeonatos consecutivos.

Penso tanto nisto como no enigma das 5 derrotas do campeão da Liga, o pior registo de 17 campeonatos disputados com 16 equipas (de 71-72 a 86-87 e 06-07). A pontuação não foi famosa e o melhor ataque (65 golos) é só o terceiro pior dos campeões a 30 jornadas. Contingências, não é por isso que o FC Porto não mereceu o título que teve sempre na mão.

Porque uma coisa (o Penta roubado) e outra (o penta de derrotas) tiveram muito de falso, com os árbitros a viciarem jogos despudoradamente e o seu presidente Vítor Pereira, de igual forma desassombrada, a dizer que só 14 arbitragens tiveram influência nos resultados.

Leio, entretanto, que o Bayern de Munique, na Alemanha, fez publicar um anúncio em cada um dos grandes jornais (matutino e vespertino) de Estugarda, a “felicitar” o VfB pela “saladeira” e a “prometer uma luta encarniçada na próxima época” (sic).

Por cá, os invejosos com cara de lado ou risca ao meio, falam de onde perderam a Liga: aqui, ali, acolá. Só contam os jogos onde foram prejudicados, só pensam nos seus jogos, só pensam nos seus currículos parcelares.

Artifícios
Como há dias escrevi, só arbitragens inacreditáveis prolongaram, artificialmente, a emoção na Liga. Tal como não aceito como boa uma Liga que em Dezembro era desequilibrada e acabada, com o “campeão encontrado”, se revigorou desde Janeiro, encontrando-se uma competitividade antes ausente e uma emoção sempre subjectiva já que o líder foi-o de fio a pavio. Uma Liga, de resto, com 554 golos que é o pior de sempre em formato a 16 (560 em 80-81).

Pelo meio, sempre com penáltis por marcar para o FC Porto e, tal como desde a 1ª jornada, com expulsões perdoadas aos adversários (lá vem o Tixier outra vez!) até à última jornada, nos dois itens, ouvimos teorias inenarráveis que se prolongaram até ao fim a respeito do desgaste.

O FC Porto fez 40 jogos oficiais esta época. Só como na primeira metade dos anos 80. Não foi assim que o Dragão ganhou a tarimba de lutar e ganhar em todas as frentes. Mas também quem fez mais no clube acabou esquecido das suas proezas.

Santos esquece proezas
Fernando Santos teve dois momentos da época em que falou na sua experiência anterior sem citar o FC Porto. Aludiu ao roubo de Campo Maior (19/2/2000) por ter sido alegadamente prejudicado por Bruno Paixão num destes jogos do Benfica. E falou do desgaste por causa da Europa, o que levou o Benfica a disputar um total de 47 jogos oficiais.

Ora, o engenheiro do Penta (fez apenas 44 jogos nessa época, a diferença para Jesualdo são mais 4 jogos de Liga então com 18 clubes e 34 jornadas) tem no currículo dois campeonatos meio perdidos/meio roubados, em que bateu o recorde nacional de 56 partidas oficiais, esse número que só Chelsea e Manchester United conseguem, por exemplo, e se torna bode expiatório para eventual fracasso como se ouviu agora na recente FA Cup final.

Fica mal, ao agora engenheiro do Tenta, não dar a conhecer aos ignaros - apesar do respeito de serem da capital, ser curial tratar bem a gentalha do pé de microfone mas não terem a mínima ideia do que é esforço e competitividade ao mais alto nível - que para se chegar a algum lado é preciso dar ao cabedal, pedalar muito e dizer que a época é positiva porque se ganhou alguma coisa – e algo parecido com não ganhar nada é um fracasso monumental que até o LFV reconhece na sua ingenuidade de bronco encartado.

Eu digo que este campeonato foi miseravelmente condicionado, mais uma vez, pelos medíocres árbitros que me fazem desejar que nenhum tuga dá da terra apite algum jogo do FC Porto. E foram os árbitros que, sem pudor e com o beneplácito da Cunha Leal na Liga até ao Reino dos Algarves e dos Alarves, impediram o FC Porto de ter ganho o título de 2005, ajudando avassaladoramente o Benfica.

Bento para aturar
Estes “mixed feelings” pelo bicampeonato são-no tanto como a forma estóica com que temos de aturar os outros, os do Sporting que querem ganhar de qualquer maneira e já se habituaram a ganhar mais um bocadinho do que há uns anitos atrás, festejando vitórias falsas e omitindo roubos de catedral como se fossem resultados normais.

Para esses, só há a mão do Ronny, não houve três pontos mal ganhos na ronda antes na Choupana (3 pontos ganhos nos dois jogos, em vez de 2 sem casos do jogo). Nem penáltis escamoteados ao FC Porto (Pedro Henriques) e à Académica (Lucílio Baptista), nem três vitórias graças a Bruno Paixão (sempre 1-0 no Marítimo, com a Académica, em Braga), nem cinco jogos (um recorde) com Jorge Sousa. Paulo Bento clamou que teve João Ferreira a mais e, afinal, foi só um jogo que dirigiu, esse com o Paços.

O clube “diferente” e do “desportivismo”, ao contrário do Bayern, magica se deve publicar no “O Crime” a sua versão dos acontecimentos em vez de felicitar o campeão. Os descendentes do visconde falam de Leiria, quiseram impugnar o jogo na secretaria, mas só me lembro de dois jogos absurdamente falseados, os piores entre os maus, por árbitros: Elmano Santos no Leiria-FC Porto e Duarte Gomes no Sporting-Nacional.

Podia falar no que mais me entristece, o prejuízo permanente do FC Porto com Paulo Costa (dois penáltis por marcar na Choupana), com Cosme Machado (penálti omitido e golo mal anulado com o Nacional no Dragão), o empate falso na Luz (Pedro Proença), as duas derrotas com Jorge Sousa (E. Amadora e Bessa).

Podia lembrar gestas de finais de campeonato brilhantes, como agora atribuem aos leões a justificar a sua aproximação ao líder e o "quase" (outro clube da "modalidade") título. O FC Porto dos 56 jogos oficiais em 2001, com Fernando Santos, acabou a 1 ponto do Boavista apesar das 10 vitórias consecutivas até ao fim desse campeonato, que ninguém verteu uma lágrima pelos dragões, nem de reconhecimento, nem de enaltecimento, nem de pena, nem a justificar o título.

Mas sei que, se não for escrita a verdade, os outros factos que branqueiam diariamente, os rivais pensarão que nunca foram beneficiados. E a sombra da dúvida, que pulula nos comentários perdedores e nos fóruns dos ressabiados eternos, o “mais um campeonato com fruta e chocolate”, passa sempre para o lado da vítima do maldizer: o FC Porto que não é deste campeonato.

23 maio 2007

Domingo de emoções

“Sofrer, é só uma vez; vencer, é para a eternidade”
Soren Kierkegaard

Penso que esta frase poderá resumir aquilo que todos nós, adeptos do FCP, passamos durante o dia de Domingo passado.

Sofremos a bom sofrer durante alguns momentos, longos momentos, mas o que ficará para a eternidade é a brilhante conquista de mais um merecido campeonato nacional, neste caso o 22º na história do nosso clube.

Depois de uma ansiedade mal disfarçada durante a manhã lendo os jornais que leio habitualmente aos Domingos, e de estar o dia todo à espera da hora para poder abalar para o Dragão, eis que o meu pai decide irmos embora cedo, mas desta vez de carro, e não de metro como habitualmente, porque tinha a convicção que a festa se iria prolongar até mais tarde.

Quando lá cheguei o nervosismo já era grande e a atmosfera era de uma festa controlada, tinha uma vontade enorme de entrar para o Estádio o mais rápido possível, parecia aquando da inauguração, queria ir para lá dentro a correr, sentia que um grande calmante para os meus nervos era mesmo estar lá dentro, sentir o ambiente dos adeptos e ver a equipa a aquecer.

Passei pela tenda para votar, mas a fila era enorme e não aguentava mais estar à espera de uma coisa que à partida já estava decidida, e, confesso, nem esperei 5 minutos para ir poder votar. O que eu queria era mesmo estar sentado no meu lugar e começar a gritar pelo meu clube.

Confesso que nunca vi um ambiente daqueles, no aquecimento da equipa o estádio já estava quase cheio, foi dos jogos em que a simbiose entre o público e os jogadores esteve perfeita, ou como diz o outro “perfeito, perfeito só faltava mesmo o FCP ganhar”.

A equipa entrou perante a chuva de aplausos e de um apoio fantástico no aquecimento, com a claque a puxar pela equipa e a chamar pelos jogadores um a um. Eis que entra a equipa e foi um momento lindo, as cartolinas, as bandeirinhas, o escudo das cinco quinas, o hino do FCP cantado por toda a gente, e agora não havia diferenças entre adeptos, todos éramos iguais, todos éramos apenas Porto e era por ele que estávamos dispostos a sofrer, a gritar, a vibrar, a chorar porque o amor ao nosso clube é algo que nos ultrapassa e é incontrolável.

Lá cumpri os rituais habituais, mal começa o jogo liguei o rádio, procurei a Antena 1 e começou a partida que nos ia dar a glória.

Entretanto, os nossos adversários marcam golos e o jornalista da rádio apresta-se a dizer que naquela hora, o Sporting era campeão.

Qual menino com birra, Quaresma cruza para a área e Adriano marca o 1º golo, mesmo na altura em que o jornalista acaba a frase. Que alegria.

Dei um forte abraço a todos os meus vizinhos de lugar, gente que nem sei o nome, nem sei o que eles fazem na vida, mas que naquela altura eles eram os meus irmãos, os meus companheiros de luta e julgo, que no domingo, nunca abracei ninguém desconhecido em tão curto espaço de tempo. Nem sei se até os políticos quando vão aos comícios abraçam tanta gente, pelo menos com a alegria que estávamos todos.

Mas, sem sofrimento não existe satisfação, e eis que acontece o golo do Aves que iria gelar o ambiente. Acho que nunca vivi um intervalo tão longo, e tão silencioso naquele estádio, ou até em toda a minha vida. Como disse um adepto, em jeito de brincadeira, quero lá saber se sou eu que ganhei o carro que então se sorteava, o que eu quero é ganhar o jogo.

Com a 2ª parte vieram os golos, veio a tranquilidade, veio a alegria e a euforia, voltaram os abraços, vieram os gritos de “campeões, campeões, nós somos campeões”, veio a ansiedade para ver a entrada do nosso grande capitão, Vítor Baía, e a ovação fabulosa que se seguiu, o desespero pelo apito final.

As emoções estavam em alta, já se tinha respirado de alivio, aquele campeonato onde tanto sofremos, onde vimos tantas injustiças a serem feitas e ditas contra nós, onde o nosso treinador deu sempre a cara e sentiu o que era ser do FCP e o quanto é difícil ser do FCP neste país onde a mediocridade é grande.

Depois de ver a festa no relvado, eis que toca o telemóvel, era o director da minha empresa, benfiquista e lisboeta de origem, a dar os parabéns ao seu “dragãozinho”, como carinhosamente me chama, mas o barulho era imenso que quase não o ouvia, mas de tudo o que vivi, aquilo que irei recordar para sempre com emoção foi o que se passou a seguir.

Foi a corrida da minha mãe que esperava por mim lá fora e tinha ido ver o jogo ao Dolce Vita, a entrada pelos portões adentro perante o olhar incrédulo dos seguranças, o salto dela e o abraço ao meu pescoço a chorar como uma criança gritando “conseguimos filho, conseguimos meu rico filho. Tinha tanto medo, mas conseguimos. Tu bem dizias que iríamos conseguir, mas sofremos tanto. Sofri tanto”. Nunca me hei-de esquecer desta imagem e se naquela altura não consegui chorar, apenas a beijei fortemente e tentei acalmá-la, hoje ao recordar aquele momento não resisto a uma lágrima de emoção.

Nem quando vencemos a Taça Uefa, que eu vibrei tanto, nem aquando de todos os outros títulos europeus e mundiais eu a vi assim e a imagem dela a chorar vai perdurar para sempre na minha memória quando falarmos deste campeonato.

Depois, tinha que descansar as emoções, uma cervejinha para aliviar a secura da garganta, mais uma troca de abraços e vibrar com a equipa na varanda do Dragão a festejar connosco. Mas o cansaço era enorme, o descarregar daquelas emoções todas foi forte, passado um bocado fui para a casa ver pela televisão o resumo do jogo e os balanços jornalísticos cheios de azia, o certo é que a primeira coisa que fiz foi vir ao computador e fazer um comentário no “Portistas de Bancada”.

Passados dois dias, ainda estou a curar a ressaca e a felicidade ainda é imensa, de resto se não fosse ainda vir a este blog, e se ainda não visse a bandeira pendurada na janela, quase que nem me lembrava que o FCP tinha sido campeão, porque nas televisões, nos jornais, nas rádios já não se fala do bicampeão, já se esqueceram dos balanços de fim de época, o que interessa agora é programar a próxima época dos outros que, apesar de estarem vazios de títulos no bolso, querem ganhar dinheiro com a bolsa.

Por último, queria agradecer publicamente a todos os jogadores, à direcção e à equipa técnica, especialmente ao Prof. Jesualdo Ferreira por nos ter dado esta grande alegria e pelas emoções positivas que nos proporcionaram com esta grande conquista. Ganhar o Bi foi especial, muito saboroso, mas, ouvi dizer, que para o ano o Tri vai saber ainda melhor.

Notas do Zirtaev
- Hoje pelas 19H45 temos final da Champions League com um grande jogo em perspectiva, Liverpool-ACMilan. Não se esqueçam de actualizar as vossas equipas da Liga da Bancada do Fantasy Football. A luta pelo primeiro lugar promete ser renhida até ao fim.

- Elejam o Campeão dos Bi-Campeões. Votem na barra lateral na Opinião da Bancada quem acham ter sido, dos jogadores do FCPorto, o mais importante dos campeões.

22 maio 2007

22ª (Bi)tória

Agora mais calmo, já posso tentar transmitir a todos os que me lêem aqui no Portistas de Bancada um pouco do que me atravessou na alma no dia do jogo. Começo por dizer que não me lembro de sofrer tanto numa partida de futebol. Aliás, para o campeonato, tenho a certeza que foi o jogo que vivi com mais intensidade e para me recordar de outro jogo com tanto sofrimento tenho até de voltar à emocionante final de Sevilha.

Tive de me deslocar mais cedo que o costume para as imediações do estádio. A ansiedade não me deixava ficar em casa à espera. Tinha que me juntar a todos, que como eu, queriam que o jogo começasse “já”. A moldura humana azul-e-branca nas imediações do Dragão era um pronuncio de que o dia seria de festa, cumpri o meu dever como sócio do FCPorto (votando) e aguardei, como muitos, a chegada do autocarro dos jogadores para os saudar e incentivar, para então ir, ansiosamente, esperar pela entrada dos artistas, vê-los no aquecimento, ver aquele estádio a vibrar ainda antes do jogo e que fantástico estava o Dragão.

Chegava finalmente a hora do jogo. O FCPorto, depois de Assunção ter ficado de fora da convocatória, não apresentou qualquer surpresa no seu onze inicial, Meireles estava lá para fazer o seu lugar e que grande jogo ele fez. O jogo começou com um claro e natural ascendente dos Dragões, mas as pernas dos jogadores pareciam tremer, o público estava como nunca tinha visto, exuberante e a puxar como nunca por aquele onze que pisava o relvado. Eu, ao vê-los com tanto nervosismo, só pedia para o golo aparecer depressa, ainda por cima sabendo dos resultados de Lisboa, para que aí os jogadores poderem mostrar o seu futebol que nós sabemos que têm.

Após alguns sustos pregados pelos avenses na baliza de Helton, na primeira vez que Quaresma muda de flanco, vai direita e faz um cruzamento para o oportuno Adriano que no meio de três defesas adversários consegue cabecear e fazer o ansiado golo. O estádio exultou de alegria, parecia uma bomba a explodir, o ambiente ficou melhor que nunca e parecia que o mais difícil estava feito. Só que não era bem assim, estranhamente a equipa recuou e não conseguía controlar a bola. O Aves, naturalmente, subiu e num lance de bola parada conseguiu a igualdade, gelando por completo as bancadas. Voltaram os nervos e até ao intervalo não se via que os Dragões conseguíssem dar a volta ao estado das coisas tal a ineficácia na criação de jogadas de ataque.

Passei seguramente o pior intervalo de que me lembro, não conseguía dizer nada, só queria que passasse depressa e viesse o jogo. Passava-me pela cabeça um turbilhão de pensamentos, a atitude tinha de ser mudada, os jogadores tinham de ter confiança e jogarem apenas o que sabiam para poderem ser felizes e fazerem todos os adeptos felizes. Um golo logo de início traria isso e, com uma entrada à Porto, assim aconteceu, com Lisandro Lopez, numa excelente iniciativa individual, a rematar forte e colocado de fora da área, fazendo todo aquele estádio exultar novamente de alegria.

Mas ninguém estava descansado, o que acontecera na primeira parte tinha servido de aviso e os jogadores pareceram bem conscientes disso já que continuaram a jogar como se não estivessem a ganhar e era necessário mais um golo. Assim aconteceu passados uns minutos, num canto marcado por Quaresma, com um pequeno desvio de Bruno Alves, Bruno Ribeiro marcou na própria baliza fazendo o 3 a 1. Aí sim, aí apercebi-me que era a estocada final para a conquista do título, aí já comecei a gritar plenamente confiante CAMPEÕES!!! CAMPEÕES!!! NÓS SOMOS CAMPEÕES!!! A alegria era imensa, o estádio era um vulcão em erupção e até final foi festa, festa e festa. A entrada de Vítor Baía, para juntar mais um título ao seu vasto curriculum, invejável para qualquer clube de topo mundial, era o que faltava e o público do Dragão prestou-lhe a justa homenagem, entoando o seu nome exuberantemente, 50 mil vozes a gritar BAÍA! BAÍA! BAÍA!

Para terminar na perfeição aconteceu o golasso, já mesmo no fim, de Lisandro. Foi o fim perfeito para um jogo que mexeu com as emoções de qualquer portista que se preze, mesmo os mais frios e calmos. Agora só queríamos que o jogo terminasse para a festa ser feita com os jogadores, apesar de muitos, e a cada momento de paragem do jogo, já dançarem, abraçarem-se, comemorando um dos campeonatos mais difíceis e merecidos de sempre. Depois de comemorar dentro do estádio era hora de ir para a Alameda das Antas festejar e aguardar pelos heróis, juntar-me ao mar de gente que enchia por completo aquele espaço. Um mar azul-e-branco, um mar portista.

Esta vitória é, como é evidente, de todos os jogadores, do Jesualdo e toda a equipa técnica a quem agradecemos por terem vencido por nós, mas é também em grande parte uma vitória de todos nós portistas, sejam de bancada ou não, que durante o ano sofremos a bom sofrer com a equipa, com todos os mais que conhecidos e muitos factores externos. É uma vitória contra tudo e contra todos, é uma vitória à PORTO.

NÓS FOMOS E SEREMOS SEMPRE A VOSSA VOZ
E VOCÊS CONQUISTARAM ESTE BI POR NÓS!!!

OBRIGADO E PARABÉNS CAMPEÕES!!!!

21 maio 2007

FCPorto 4-1 D. Aves
Adriano 26', Moreira 34', Lisandro 51' e 89', J.Ribeiro (pb) 59'

19 maio 2007

Damos tudo por vós, só queremos que vençam por nós

Nuno Nasoni
Faltam 90 minutos para concluir um dos campeonatos mais difíceis dos últimos anos. Depois de uma troca de treinador realizada em vésperas do arranque oficial da época, seguiu-se um campeonato em que tudo parecia acontecer. Arbitragens habilidosas, lesões prolongadas (e seria interessante analisar-se até que ponto estes dois aspectos estiveram relacionados, já que uma parte importante das lesões foram de natureza traumática), uma hostilidade inaudita por parte da comunicação social, que não perdoa o segundo título consecutivo, uma presidência ausente, uma direcção que raramente apoiou publicamente a equipa. Apesar de todas estas vicissitudes, o FCP está a 90 min. de se sagrar campeão, provando que tem os melhores jogadores, a melhor equipa, e que é capaz de vencer todos os obstáculos. Basta fazerem 90 minutos “à Porto” perante uma massa associativa que nunca regateou o seu apoio e que merece este título como nenhuma outra.
FORÇA CAMPEÕES!!!!

Menphis_Child
"O futebol não é uma questão de vida e morte. É muito mais do que isso.” – Bill Shankly.
São nestas alturas em que frases destas ganham uma dimensão imensa, e que todos os nossos pensamentos, todos os nossos desejos e todas as nossas esperanças são direccionadas para vocês, jogadores que vestem a camisola do clube que tanto amo.
Quando entrarem dentro do nosso maravilhoso estádio ele estará cheio a puxar por vocês para que todos unidos possamos conquistar o tão desejado Bi-Campeonato, que nós todos tanto merecemos e tanto lutamos nesta época contra tudo e contra todos.
Pensem no vosso brio profissional, pensem nos adeptos que só têm como única alegria na sua própria vida apenas a vossa glória, pensem no vosso orgulho de serem bicampeões, pensem na alegria que vão proporcionar a milhões de pessoas anónimas e na alegria em que vocês terão sendo o orgulho de todos.
De vocês só espero luta, ambição, união entre todos, muita concentração e uma enorme vontade de vencer, de nós podem esperar o nosso apoio incansável , a nossa voz forte, os nossos gritos de ordem para que no final todos juntos possamos fazer a festa pela conquista do BICAMPEONATO.
VIVA O FCP !!! VIVA O PRÓXIMO BICAMPEÂO NACIONAL!

Zé Luís
RAPAZES,
nesta jornada só pensam em GANHAR
Porque essa força vieram adquiri-la no FC PORTO
Curvem-se perante o CLUBE grandioso
Admirem a sua HISTÓRIA imorredoira
Respeitem os ADEPTOS, os únicos que vos aplaudem

Joguem como EQUIPA que é a melhor de Portugal
Sejam líderes da Liga de fio a pavio e confirmem que são OS CAMPEÕES
PORTO, PORTO, PORTO

Zirtaev
Não quero saber quais os jogadores que irão jogar.
Não quero saber qual será a táctica.
Não quero saber quem é o adversário.
Não quero saber o que se passou no resto do campeonato.
Não quero saber como está a pontuação.
Só quero ser campeão.
Garra, atitude, crença, determinação, mística, vontade de vencer, espírito de conquista, espírito de campeões, espírito portista, são palavras e expressões que devem habitar a vossa mente durante todo o jogo.
Orgulhem-se da camisola que vestem, sintam o pulso dos adeptos que adoram este clube, sintam a mística do melhor clube português e honrem-no.
Os jogadores que entrarem em campo são os representantes de milhões de portistas, adeptos incondicionais que sempre estiveram convosco, que neste jogo vos irão apoiar como sempre, pacientes, confiantes que se algo correr mal de início, já que ninguém espera facilidades num jogo destes, vocês lá estarão para resolver. Não nos desiludam.
PORTO, PORTO, PORTO
ÉS A NOSSA GLóRIA
DAI-NOS NESTE DIA
MAIS UMA ALEGRIA
MAIS UMA VITÓRIA

Nota: Sabemos que alguns jogadores do FCPorto visitam este blog, por isso lhes enviamos directamente estas mensagens. Assim, e excepcionalmente até perto da hora do jogo, vou a abrir a caixa de comentários a todos os “Portistas de Bancada” que nos visitam e não só a utilizadores registados, para que todos possam deixar a sua mensagem de apoio à equipa.

NÓS SOMOS E SEREMOS SEMPRE A VOSSA VOZ!
CONQUISTEM ESTE BI POR NÓS!!!!

FCPorto - D. Aves, 19H15 - SportTv1

18 maio 2007

Faz hoje 30 anos

Onde é que você estava a 18 de Maio de 1977?

O “25 de Abril” do FC Porto aconteceu nessa data.

Lembro que em 1974, na mudança de regime político, Aymoré Moreira ainda levou o FC Porto a uma 1ª volta sem derrotas, vencendo na Luz (Cubillas gp), mas perdeu três vezes nas quatro primeiras jornadas da viragem do campeonato.

Curiosamente, o clube do lado ganhava os seus primeiros troféus em 1975 e 76, com duas Taças de Portugal para o Boavista de José Maria Pedroto – o técnico que voltaria no ano seguinte às Antas (onde venceu pelos axadrezados o V. Guimarães na segunda final, 2-1, após triunfo igual no ano anterior em Alvalade ante o Benfica) para com Pinto da Costa trilhar o caminho da independência, da superação do trauma da ponte e da instauração do regime de todas as conquistas numa insaciável fome de vitórias.

Viu? Esteve lá? O que sucedeu nessa noite a meio da semana? Despertou para alguma coisa de extraordinário?

Foi a final da Taça de Portugal, arbitrada por Porém Luís (Leiria), e teve as seguintes equipas nesse dia 18/5/1977:
FC PORTO – Torres; Gabriel, Simões, Freitas, Murça; Octávio, Rodolfo (cap.), Taí (Seninho); Duda, Oliveira e Gomes.
Tr.: J.M. Pedroto.
Golo: Gomes.

BRAGA – Fidalgo; Artur, Serra, Ronaldo, Manaca; Pinto, Beck (Caio), Marinho; Paulo Rocha, Chico Gordo e Chico Faria.
Tr.: Mário Lino.

Goleadas
Uma equipa com jogadores recrutados em Lisboa e arredores: Fonseca fora campeão pelo Benfica, Freitas e Murça vieram do Belenenses, Octávio e Duda do Setúbal, mas Rodolfo jogou sempre no FC Porto desde as camadas jovens, Gomes ainda o vi jogar como júnior e assisti aos seus primeiros golos na I Divisão (2-1 à CUF em 1974), Oliveira e Seninho que ainda vinha dos anos 60 e iria para o famoso Cosmos de Nova Iorque de Pelé e Chinaglia porque o Foguete das Antas marcou dois golos ao Manchester United em Old Trafford na Taça das Taças do ano seguinte em que fomos campeões nacionais ao fim de 19 anos.

Nessa campanha da Taça deu goleadas até à final, nas Antas: Ac. Viseu (c), 2-0; Alba (c), 8-0; Montijo (c), 7-1; Aliados Lordelo (c), 9-0; Sporting (c), 3-0 (na ronda anterior eliminara o Benfica com 3-0); Fafe (c), 3-0.

O Braga também chegou à final a jogar sempre em casa mas só no desempate apurou-se para a final ante o Gil Vicente (0-0 e 4-1). Mas houve polémica porque recusava jogar nas Antas.

O primeiro de 47 troféus do FC Porto até à data foi ganho.

São 30 anos de glórias que hoje convém celebrar. Em vésperas de somar mais um título nacional, não tenho dúvidas. Venha o 22º título (e 48 troféus ao todo), número que o Benfica detinha precisamente há 30 anos!

Campeoníssimo!
O FC Porto criou uma hegemonia duradoura e desde então é de forma esmagadora o clube com mais troféus de 1ª categoria conquistados em Portugal (+).

Desde essa data, foi:
campeão em 1978, 79, 85, 86, 88, 90, 92, 93
, 95, 96, 97, 98, 99, 2003, 04, 06 – 16 vezes (antes só 5 vezes) e o inédito Penta 95-99
vencedor da Taça em 1977, 84, 88, 91, 94, 98, 2000, 01, 03 e 06 -- 10 vezes (antes só 3 vezes)

Supertaça em 1982, 84, 85, 87, 91, 92, 94, 95, 97, 99, 2000, 02, 04, 05 e 06 (15 vezes, prova inexistente antes de 1979)
Campeão europeu em 1987 e 2004 (2 vezes)
Taça UEFA em 2003 (1)
Supertaça da Europa em 1988 (1)
Taça Intercontinental* em 1988 e 2004 (2)
* homologado pela FIFA o título de campeão do mundo de clubes antes da criação do Mundial desse tipo em 2005.

Eu, nascido em 1962, só não dei conta da conquista da Taça de 1968, frente ao V. Setúbal… jogava Pedroto pelos dragões.

Mas estava nas Antas, nessa quarta-feira à noite, atrás da baliza sul como já era meu hábito há cinco anos, fizesse chuva ou sol. Lembro um cruzamento da direita (Seninho?) e a emenda de Fernando Gomes, a meio da segunda parte, para meter a bola entre o primeiro poste e o guardião Fidalgo que no ano seguinte, pelo Benfica, sofreria um golo de Ademir na mesma baliza que deixou o FC Porto a 3 pontos do título (garantidos com 0-0 em Coimbra e 4-0 ao Braga)

A Grande Viragem
Partindo então de uma desvantagem de 15-3 em Taças de Portugal e 22-5 campeonatos para o Benfica, nunca imaginei ver o FC Porto quase superar essa diferença em 30 anos; superar (em 1996) o Sporting na tabela de pontos e de vitórias em todos os campeonatos disputados; ganhar sozinho mais troféus internacionais do que os dois rivais de Lisboa juntos; e granjear orgulhosamente só a animosidade dos clubes e da Imprensa da capital que, da tolerância inicial em nome da “descentralização” dos títulos (e melhoria das vendas dos jornais desportivos) foram obtendo pequenas vitórias, graças a muitos escamotearem roubos de Igreja e contemporizando com chinesices logo desde o ano seguinte (1978) quando Mário Luís partiu com o Sporting em digressão à China após uma finalíssima falseada por esse árbitro frente aos leões.

Esses triunfos portistas há 30 anos, também com o bicampeonato de 78 e 79 a quebrar o jejum de 19 anos, pouco influíam na hegemonia lisboeta, retratada por exemplo na rotatividade entre Belenenses, Sporting e Benfica na presidência federativa, a Santa Aliança BSB amiúde reatada, tempo adiante, para travar o FC Porto que crescia em influência, adeptos, simpatias várias e montes de títulos que, de quantidade criminosa e alargada no plano internacional, até passaram a ser escrutinados na televisão – cada vez com menos imparcialidade dos observadores até à intolerância delirante das carpideiras do regime hoje tão em voga.

Com esta vivência de dragão, e depois de muitas peripécias, mediáticas, políticas, desportivas, a sanha persecutória da Imprensa lisboeta, a ritmo diário de há 12anos para cá, nunca atingiu tamanha proporção que faz com que cada troféu seja mesmo ganho contra tudo e todos.

(+) – Desde 1977, por comparação, o Benfica venceu 22 troféus:
Campeonato 9 vezes (antes 22)
Taça 9 (antes 15)
Supertaça 4 (antes prova inexistente)

E o Sporting venceu 13 troféus:
Campeonato 4 vezes (antes 14)
Taça 4 (antes 9) mas pode vencer ainda esta época
Supertaça 5