28 dezembro 2007

A Rebelião das Massas e uma profusão de livros

O que se publica em futebol e a promoção que (não) é feita. “To be or not to be” eis a questão

"O império que a vulgaridade intelectual exerce hoje sobre a vida pública é, porventura, o factor mais novo (...) Nunca o vulgo julgara ter "ideias" sobre as coisas. Tinha crenças, tradições, experiências, provérbios, hábitos mentais mas não se imaginava na posse de opiniões teóricas sobre o que as coisas são ou devem ser. (...) Hoje, pelo contrário, o homem médio tem as "ideias" mais taxativas sobre quanto acontece e tem de acontecer"
José Ortega y Gasset, Espanha 1929

Eu confesso que nem estranho não estranhar, mas neste país de paradoxos e ortodoxos, não deixo de me surpreender com a nossa idiosincrasia. Temos uma História de Portugal linda, empolgante e mítica, legada em especial por um zarolho que a contou de forma épica resgatando-a mesmo do mar que ameaçava sepultar Homem e Lenda. De resto, entre um país de marinheiros e ligação aos mares sem eu ver, agora, vocação ou construção naval que o justifique, e um país de poetas que julgamos também ser, sinto a perplexidade de desígnios não confirmados além do que as páginas de antanho nos legaram em qualquer das áreas.

Com a profusão de livros à volta do futebol que hoje se publicam nem vejo, sequer, se somos entendidos em bola e versados nas letras. Mas, sem ver, percebo que em terra de cegos quem tem olho quer reinar.

A constatação é de que quem fala de bola entrega a outros a explanação das ideias. Normalmente a jornalistas que, por seu lado, raramente escrevem sobre o tema em livro - e opiniões mais descabeladas não faltam. Bizarro ou não?

São jornalistas, hoje mais dados ao espectáculo que à informação denotando num e noutro lado falta de cultura e saber geral, que dão sabor a livros envenenados e vida própria a ponto de adulterá-los. Carolina e Veiga, no intervalo de um ano, deram flagrantes exemplos disso. Outros homens pretensamente de cultura aconselharam a leitura. Convenço-me que não somos o país de poetas que julgávamos e de escritores muito menos: a qualidade não tem acompanhado a quantidade.

Livros, estes livros da bola amiúde sem se falar do jogo mas do seu “entorno” e do caldo entornado, foram até propostos como prenda de Natal, oferecidos às dúzias a gente com barbas, promovidos à exaustão com recados de como ser campeão. Balelas.

Viram os jogos importantes?
Tudo embrulhado por jornalistas com esquizofrénico sentido de crítica, como o recente Porto-Guimarães foi exemplo.

Provavelmente o melhor jogo, vivo, intenso, perfumado, desta época, foi em geral desvalorizado. Começou por apreciações tão díspares de Lucho, o pior do FC Porto em Record e o melhor em campo para A Bola e O Jogo. De resto, comparando os dois jogos de sábado, por exemplo em O Jogo, o Belenenses terá feito uma exibição superior à do FC Porto, tal a profusão de notas altas aos de Belém. No Dragão, Record minimizou a actuação excelente do Guimarães com notas individuais baixas. Nem houve muita diferença para as notas do Benfica, decerto muito pior no Restelo. O nosso sentido de medida é ridículo. Ah, somos então o País do 8 e do 80. Este epitáfio resiste e não é grande coisa…

Para não variar, a SportTV passou quase toda a 2ª feira a dar excertos de jogos e a final completa da final do Mundial de Clubes. Fossem outros os resultados e não é ousado dizer-se que teria brindado os seus assinantes com um jogo entre o 1º e o 2º em risco de ficarem separados por um ponto, no Benfica-FC Porto, e entre o 1º e o 3º, como no excitante FC Porto-V. Guimarães, para muitos as equipas que melhor jogam em Portugal e o encontro demonstrou-o. Isto em semanas consecutivas. Afinal, quem faz a promoção do belo jogo em Portugal?

Sempre dividi a Imprensa Desportiva e Destrutiva. Esta "aparece" quando o FC Porto perde, viu-se agora no Nacional aquela capa, rara, que está sempre pronta para uma eventualidade...

Paixão, ou apetites com palavras
Há livros e livros. Há quem ache que (d)escreve a paixão que há em si mas enreda-se nas teias tácticas, entre um “jogador interessante” e uma “dinâmica de jogo entre linhas” aí como o Miguel deslumbrado Veloso. É o tédio no afunilamento da observação do jogo à luz das linhas curtas, a pressão alta e o desenho geométrico da distribuição de jogadores com o cúmulo de opinar-se sobre o melhor sistema (até se contradizer numa altura qualquer)…

Os livros “inducam” mas é preciso lê-los. Pelo menos saber umas partes de cor. Aquela miúda que no final do dia de Champions contracena com o Tadeia e recuperam o “Sr. Feliz e o Sr. Contente”, há dias teimou na incredulidade de ouvir Pinto da Costa anunciar em exclusivo à RTP (onde já não é “Feio, Porco e Mau”) que não saía nenhum jogador importante do FC Porto. A locutora de continuidade é nova mas apreendeu pecados velhos e não sabe que se o presidente do FC Porto diz que ninguém sai é mesmo assim. Não está habituada porque fala e ouve demais de outros clubes, mas basta ler um bocadinho jornais, nem é preciso livros, para além da ajuda que dão nas notícias do dia quentinhas da impressão em papel para debitar em TV sem direitos de autor, para perceber que no futebol tudo parece igual mas há uns mais iguais que outros e o presidente do FC Porto não vende kits nem gato Delgado por lebre Maxi Lopez…

Ma(i)nada!
As revelações em livro, agora também alvitradas em nome da obra a publicar de Octávio Machado, haja alguém conhecedor do meio e do tecido futebolísticos nacionais, são amiúde um fracasso. Literatura de cordel, tipo arroz carolino ensopado em ressentimento passional na angústia patente da memória dos amores idílicos, ou limpeza de imagem que não evita a comparação com quem cospe no prato onde comeu mas anseia voltar com promessas de títulos fantásticos. Cor-de-rosa, velho. O snob Ortega y Gasset já dizia há 80 anos:

"O homem médio encontra-se com "ideias" dentro de si, mas carece da função de "idear". Daí que as suas "ideias" [Como tornar o Benfica campeão] não sejam efectivamente senão apetites com palavras"

Deve ter sido por isso que o sábio Cajuda, apesar de não saber conter-se, disse um dia para Veiga "conhecer muita gente que queria ser presidente do FC Porto e nunca chegará a sê-lo".

Anunciam-se, amiúde com pré-aviso, obras literárias de dimensão inaudita. Até Camacho se intrigou como alguém supunha explicar como se faz um campeão.

Na onda livresca mais “soft”, só para entreter papalvos, até Nulo Gomes quis passar dos golos falhados aos livros feitos. Convencido de estar entre os melhores do mundo no Guiness e “mainada”, faltou convencer se terá as mesmas carências financeiras de Veiga para apelar à manada que compre um livreco de casa de banho. Mas as editoras, na dúvida sobre a próxima prima da obra da Carolina, arrebanham tudo…

Cópia pior que original
Em “A Rebelião das Massas”, Ortega y Gasset escrevia, já naquele tempo, que o vulgar tipo de rua, sem instrução alguma, desatou a saber e opinar sobre tudo. Passou de ignaro a iluminado. De repente, esta profusão de livros a que certos jornalistas emprestam adjectivos e conferem a identidade (em risco da credibilidade própria para benefício da de outrem) do “autor” real, demonstra isso mesmo. Já nem se questiona a moral cívica dos titulares, muito menos o seu cadastro criminal, veja-se o afamado "Macaco" e a história dos SuperDragões.

Atribui-se-lhes o mérito do livro que de facto não escreveram e de histórias que lhes interessam contar. Alguém desafiou Veiga a contar como levou Figo para o Real Madrid sem ser por uma janela de hotel... Ou em que ponto esteve Paul Le Guen antes de Trapattoni chegar à Luz para nem como campeão lá querer continuar… São perguntas sem resposta.

Pinto da Costa tem já uma profusão de títulos editoriais de fazer inveja. Deve ser por isso, mais uma vez, que outros se atreveram a ir onde não deviam. Mas a cópia é sempre pior que o original.

E até aí o copiaram. Com defeito.

27 dezembro 2007

Leandro Lima: que futuro?

Nesta pré-temporada no meio de todas as contratações que o FCPorto realizou para o ataque ao "tricampeonato" houve uma que gerou mais expectativas do que todas as outras: Leandro Lima.

Por tudo aquilo que vinha rotulado pelas observações dos jornais, pelos jogos realizados nas selecções mais jovens do seu país de nascimento, pela evolução do seu futebol em consequência da sua idade jovem juntando à necessidade de ocupar um lugar no coração dos portistas despedaçados com a venda do seu géniozinho mais novo, Anderson, o jogador brasileiro logo foi adoptado com a maior esperança portista para a época 2007/2008 e como o maior candidato a revelação da Liga portuguesa.

As boas exibições na pré-época prometiam algo mais, até parecia que a sua adaptação estava a correr melhor do que o esperado, mas, entretanto, a época a sério começa e, aos poucos, o seu brilho começa a desvanecer-se e as esperanças depositadas dos portistas nele começam a serem envolvidas num manto de dúvidas.

As oportunidades que lhe foram dadas por Jesualdo Ferreira, não foram, por ele, aproveitadas, basta-nos recordar dos jogos realizados nas taças nacionais, e começou a ser habitual vermos o seu nome fora das convocatórias do plantel principal.

Agora com a chegada da reabertura do mercado de transferências leva-nos a pensar no que será melhor para a sua carreira no momento. Será justo que ele fique no plantel, apenas para jogar habitualmente na Liga Intercalar e fazer poucas aparições nos jogos da equipa principal, ou seria melhor que ele fosse emprestado a uma equipa da Liga Portuguesa para poder evoluir mais e para se poder adaptar melhor ao futebol europeu ?

Antes de mais, Leandro Lima é um jogador com características diferentes ao modo de jogar do FCPorto, é um jogador que necessita de espaço, de não ter preocupações defensivas e de ter a bola nos pés para poder ser mais útil à equipa, principalmente fazendo um apoio mais de perto ao jogador mais adiantado da equipa. Depois dou-me, por vezes, a recordar uma crónica de Jorge Valdano onde confessava uma conversa com um treinador reconhecido argentino, salvo erro Aldo Basile, onde este numa simples conversa de café juntou várias garrafas de água e fez um sistema táctico, chegando numa altura a afirmar, com o rosto triste, "este, acabou. O futebol de hoje não precisa deste". Por "este", entenda-se, o jogador que é conhecido com o " 10", e citava vários exemplos, desde Riquelme até Aimar, passando por Ronaldinho, jogadores que foram "obrigados" a abdicar das suas formas de jogar, mais livres tacticamente, passando para os flancos como solução para que o seu futebol encaixasse nas suas equipas. Até Anderson, um puro nº 10, está a jogar no Manchester United duma forma completamente diferente àquela que jogava no FCPorto, passando a jogar como médio "box-to-box", conforme gostam de apelidar os jornalistas desportivos.

Hoje em dia, tal e qual o que se passa no futebol europeu de alto nível, no sistema táctico de Jesualdo Ferreira um jogador com essas características tem muitas maiores dificuldades de entrar na equipa, estando jogadores, como Leandro Lima, a pagar por isso, além da sua juventude e de ter vindo dum clube com menores exigências do que o FCPorto, e um futebol que nem se compara com o futebol português.

Mesmo sabendo que a época é longa, e que o campeonato, com esta diferença de pontos e se o FCPorto não se descuidar, até poderá dar para lançar alguns jogadores mais jovens, penso que o melhor, neste momento, para a sua carreira e para que a sua adaptação/evolução fosse feita de uma forma mais certa e não a espaços, ou seja para jogar mais e não tendo oportunidades uma vez por outra, sou adepto de que Leandro Lima deveria ser emprestado, se possível, a um clube de média dimensão .

Na minha opinião, toda a gente poderia ganhar com essa decisão, o clube porque poderia ver um dos seus activos mais jovens e com uma maior margem de progressão a adaptar-se com sucesso e com maior rapidez ao futebol nacional preparando-o para a próxima época e o jogador porque teria hipóteses de mostrar a sua qualidade, que já demonstrou ter, mas mais habitualmente nos relvados nacionais.

26 dezembro 2007

Eleição do Jogador da Bancada 07/08 - Apresentação

Jogo Nacional 1-0 FCPorto

É com muita pena minha que começo esta iniciativa do Portistas da Bancada após a nossa primeira derrota desta época para o campeonato, mas o que é certo é que o início desta eleição já estava programado bem antes desta partida de má memória. Apesar do campeonato já ir meio, podendo de alguma forma o resultado final desta eleição não ser tão justo, costuma-se dizer que mais vale tarde que nunca e achei que ainda ia bem a tempo de a iniciar.

Devem por esta altura estar a perguntar, mas do que é que ele está a falar? Passo por isso agora a explicar o funcionamento desta eleição. Como o próprio nome diz, o objectivo é eleger no final da época qual o melhor jogador do FCPorto para os Portistas de Bancada. A eleição será feita com a soma das pontuações de todos os convidados residentes que, ao fim de cada jogo oficial do FCPorto, terão atribuir pontos (de 0 a 10 em número inteiros) a cada jogador que tiver entrado em campo para defender as cores do nosso clube, sendo que se algum dos convidados não vir o jogo não atribuirá classificação aos jogadores nessa jornada, aliás como aconteceu já neste jogo. Pontuação que à partida deverá conseguir eleger o jogador mais regular do FCPorto em todas as provas.

A somar à pontuação de cada jogador, será somada a média de pontos que forem atribuídos pelos comentadores do Portistas de Bancada que poderão fazê-lo em comentário a este post e aos posts que colocarei regularmente após cada jogo com as pontuações dos convidados e com a pontuação geral actualizada. Para tal darei um prazo de 48 horas para que todos os comentadores atribuam a sua pontuação e avisarei quando der por terminado o prazo. A média dos comentadores será então somada à classificação geral, da qual colocarei, já devidamente actualizado, os dez primeiros classificados (TopTen), para todos verem na barra lateral.

Pode parecer complicado, mas não, é muito simples. Para já vejam abaixo as pontuações atribuídas pelos convidados residentes neste último jogo, depois abram a caixa de comentários e atribuam as vossas próprias pontuações. Se não quiserem pontuar os jogadores, podem simplesmente comentar as outras pontuações.

Classificação Geral

Pela pontuação dos convidados, e para já, o Bruno Alves foi o melhor deste jogo e lidera a classificação geral, agora aguardo as vossas pontuações e a vossa opinião sobre esta iniciativa.

De que estão à espera, ajudem a eleger o Jogador da Bancada da época 2007/08.

PS1: Previno desde já que, em relação às pontuações dos comentadores da bancada, me reservo ao direito de não considerar pontuações que considere absurdas ou completamente desfasadas da realidade.

PS2: Para facilitar coloco em comentário os nomes dos jogadores que actuaram no jogo. Só necessitam de copia-los, colá-los na vossa caixa de comentários e atribuir a vossa nota.

21 dezembro 2007

Nacional 1-0 FCPorto

Lipatin 57'
Equipa: Helton, Bosingwa, P. Emanuel, B. Alves, Fucile, P. Assunção, R. Meireles (Leandro L. 67'), Lucho, H. Postiga (Adriano 60'), Lisandro e M. Gonzalez (Kazmierczak 78')

Caros Portistas de Bancada, já tinha uma crónica pronta sobre o jogo para colocar aqui, crónica essa em que disparava em todas as direcções e em que demonstrava toda a minha frustração por esta derrota. Mas, dada a época festiva em que nos encontramos, decidi que seria melhor não o fazer, até porque esta equipa este ano já me deu muitas alegrias e os jogadores não mereciam que o fizesse, pelo menos a maior parte deles. Por isso peço as minhas desculpas, mas não haverá crónica, sendo que o que penso sobre o jogo acabou por já ser explanado na caixa de comentários pelos excelentes comentadores da bancada e em que a maioria das opiniões coincidem com a minha.

Portistas, continuamos em primeiro lugar no campeonato, com sete pontos de avanço sobre o segundo classificado, perdemos o primeiro jogo nesta competição, algo que teria de acontecer mais tarde ou mais cedo. Olhemos as coisas pelo lado positivo, talvez sirva para os jogadores entenderem que esta equipa afinal não é imbatível, que as derrotas afinal também poderão acontecer dentro de portas e quando menos esperarem, que a equipa tem algumas limitações e que a vantagem que existe pode desaparecer muito rapidamente. Que venham concentrados das férias, de forma a que não aconteça o mesmo que na passada época passada e que este jogo sirva de lição para isso mesmo. Falharam, com isso contribuiram para dar uma enorme alegria a milhões de portugueses, apesar disso esta equipa continua a ser a melhor deste país, para inveja desses mesmos milhões, mas que os jogadores tenham em mente que ainda não venceram nada esta época.

PS: Para os Portistas que não mais virão aqui, desejo-lhes um excelente Natal e aconselho-os a virem ao blog na próxima quarta-feira já que será apresentada uma nova e, penso, interessante iniciativa do blog. Quanto aos outros, ainda nos "vemos" na segunda-feira.

O regresso a Gelsenkirchen

Champions League - Oitavos de Final
Schalke 04 - FCPorto
1ª mão 19 Fevereiro (terça-feira) - Veltins Arena
2ª mão 5 de Março (quarta-feira) - Estádio do Dragão

Os outros jogos deste sorteio:
Celtic - Barcelona
Lyon - M. United
Liverpool - Inter Milão
Roma - Real Madrid
Arsenal - Milão
Olympiakos - Chelsea
Fenerbahçe - Sevilha

Desafio interNacional

É já a conhecer o adversário para o seu desafio internacional dos oitavos de final da Champions League que os jogadores do FCPorto entrarão em campo no desafio nacional de hoje na Madeira para defrontar precisamente o Nacional. O sorteio da Liga dos Campeões realiza-se da parte da manhã depois da onze horas e dos adversários possíveis (Celtic, Roma, Schalke 04, Olympiakos, Arsenal, Fernerbache e Lyon) saltam desde logo à vista 3 nomes que seriam de todo desaconselháveis dado o seu histórico poderio, Arsenal, Roma e Lyon. Dos restantes, sendo que nesta fase considerar um adversário fácil é não ter a noção do que é esta prova, poder-se-iam considerar adversários mais acessíveis clubes como o Celtic, apesar do ambiente infernal que nos esperaria na Escócia, ou o Shalke 04, o que nos faria ter grandes recordações ao regressarmos a Genselkirchen. Logo se verá quem calhará em sorte, já que ela será bem precisa.

Mas, como é sabido, o próximo adversário é sempre o mais complicado e o que realmente interessa para hoje é mesmo a questão nacional, com um adversário que no seu estádio costuma criar sempre grandes dificuldades a quem lá passa e os resultados do FCPorto em épocas anteriores na Choupana, terreno também difícil devido à altitude, são bem demonstrativas disso mesmo. Este ano, com muito menos fulgor, o Nacional da Madeira tentará fazer deste jogo o seu campeonato, tentando de alguma forma demonstrar que o seu lugar na tabela pode não ser condizente com a sua qualidade.

Mas, e para além das dificuldades já esperadas, o FCPorto conta ainda com ausências de grande peso na equipa principal, já que terá de jogar sem os seus habituais extremos Quaresma, por castigo, e Tarik, por lesão contraída no jogo com o Vitória. Animicamente estas ausências de vulto poderão de alguma forma afectar os jogadores que perdem referências importantes na frente de ataque, mas, por outro lado, eles saberão que terão de dar ainda mais para ajudar os colegas que irão substituí-los, contando já com Fucile que regressa ao lado direito da defesa depois da pequena lesão que teve. Jesualdo deverá manter o 4-3-3, acreditando eu que na frente de ataque coloque Lisandro do lado direito e que entre Mariano Gonzalez para o lado esquerdo, sendo que no meio ficaria a dúvida entre Hélder Postiga e Adriano, indo a minha escolha claramente para Adriano que gostava de ver regressar à posição onde se deu tão bem na época passada. Aqui vai a minha aposta:

Antes do jogo anterior dizia que temia que os jogadores entrassem num período de "descompressão" e eles fizeram-me o favor de demonstrar que estava enganado. Espero agora que façam precisamente o mesmo e que pensem nas férias só quando acabar o jogo e que tragam da Madeira uma vitória, conseguindo assim manter vantagem pontual a nível nacional, para todos os portistas poderem ter um ainda melhor Natal.

Nacional - FCPorto, 20H30 - SportTv1

20 dezembro 2007

Diferenças que acentuam a nossa superioridade. Também podia ser o marasmo ao virar da esquina.


O FC Porto está prestes a chegar ao Natal com a vantagem que nos habituou. Enquanto no campeonato deixa os adversários sedentos por contratações e os jornais fazem o seu papel de vendedores de banha da cobra (ver excelente post do Zé Luís de dia 16), o Dragão passeia-se com a nobreza de um relógio suíço. O superior andamento do FC Porto é evidente e este campeonato menor, fechado em si mesmo, de uma liga que vende os seus produtos com a sabedoria de um merceeiro e que é composta na generalidade por um dirigismo de encher os bolsos de poder, não pode usufruir por muito mais tempo do FC Porto. É tempo de nos prepararmos para voos mais altos e patamares de exigência idênticos aos nossos. Uma liga europeia é premente.

O jornal O Jogo que nos últimos tempos até tem pactuado com as vendas de Lisboa, lembrou-se de fazer um quadro onde dava conta das diferenças pontuais à 13ª jornada entre o FC Porto e o crónico candidato da imprensa, o SLB.

2007/08 - 10
2006/07 - 11 *
2005/06 - 6
2004/05 - 0
2003/04 - 6
2002/03 - 4 **
2001/02 -1
2000/01 - 7
1999/00 - 1

1998/99 - 5
1997/98 - 11

1996/97 - 5
1995/96 - 8 ***

* Apesar de ter 11 pontos de distância, o Benfica tinha um jogo em atraso por disputar - relativo à 1.ª jornada - com o Belenenses, que acabou por ganhar.
** O Benfica tinha um jogo a mais (que venceu). Na prática, eram sete os pontos de diferença para o líder.
*** Esta foi a primeira época em que as vitórias começaram a valer três pontos


Fonte: O Jogo

É tempo de nos libertarmos deste marasmo de nos obrigarem exigências competitivas que não são mais do que correr contra nós próprios, superar recordes que já são nossos, ora contra 11, contra 12, 13, 14…

Mesmo contra 14 e a tendência não tem mudado. O gráfico do jornal O Jogo esquece-se – pudera – das sucessivas épocas em que o FC Porto tem jogado contra 14. Ao FC Porto convém sempre marcar 2 golos. Os “outros” precisam de colinho do espanhol para ganharem “ganas”, de outra forma aquilo é balneário sem motivação. Falta o SCP que não conta para os desenhos do Jogo, mas a avaliar pela capa do jornal Record desta semana, “os leões estão de volta”, assim mesmo – o quer que seja que isso signifique.

Ora, descontando as épocas em que os adversários da 2ª circular iniciaram a estratégia da intimidação e dos jogos de bastidores, o FC Porto não tem feito outra coisa senão ganhar. Simples. Analisando o campeonato de relance, poderá dizer-se facilmente que somos favoritos, que podemos encomendar as faixas, que a Liga dos Campeões está ao virar da esquina, e a decrépita Taça de Portugal – descanse em paz, ámen – como um passeio garantido para a final dos piqueniques, é fazer o jogo dos nossos adversários, é entrar na mediocridade. O FC Porto compete época após época com a agonia de quem compete há demasiado tempo consigo mesmo. Só uma grande equipa como o FC Porto não cede perante o marasmo dos seus oponentes. É dificil não bocejar...

Ecos de uma certa blogosfera a sofrer com azia
Os blogues verdes ou encarnados tem perspectivas diferentes. Dei-me ao sacrifício de os visitar para saber como anda o seu moral. Aleatoriamente, escolhi dois blogues sportinguistas, e qual não é o meu espanto quando me deparo com o encerramento dos mesmos. Os administradores queixam-se de tudo e mais alguma coisa – tudo feito no sobejamente conhecido jeito “Kalimero” – a verdade é que os lagartos estão de volta às pedras, para a sua hibernação de Natal.

“A verdade é que mais do que nunca, chego à conclusão que estou incapacitado para fazer mais, fui vencido pela medianização (ndr: “medianização” não conheço) para a qual caminha o meu clube. Não me sinto capaz de lutar mais contra a verdadeira "pandilha" que gere o clube pelo qual eu sofro desde criança.” Blogue “Sporting Sempre

(…) ”O desânimo atinge tal ponto que se começa a questionar se realmente vale a pena…” (…) É a “despedida”. Blogue Sportinguismo

Pela “Tertúlia Benfiquista”, o peso das derrotas é evidente. Ainda assim, vão tendo tempo de considerar o golo de Lisandro Lopez contra o Vitória como sendo ilegal por fora do jogo do argentino… (RISOS). Deram-se ao trabalho de colocar uma foto deturpada para sustentar a sua fraca argumentação. A foto disponibilizada nesse espaço não tem a linha negra que prova que o fora de jogo é inexistente. Os blogues benfiquistas aprenderam uma forma de intoxicarem os seus leitores. Ora vejam:

“A equipa da casa estava a ganhar por 1-0 e desta jogada resultou o 2º golo, sendo que a equipa visitante estava a mostrar-se bastante perigosa.” (Risos, novamente…)

Ainda na Tertúlia e sobre os hábitos gastronómicos de Belém, o administrador escreve…

“Como explicar, então, a exibição de Sábado? Não tenho explicação. E é isso que mais me preocupa” (…) “E agora?

Os objectivos:

Não me parece que os objectivos tenham mudado. O primeiro continua a ser o campeonato, se não para ganhar, que se tornou difícil, pelo menos para defender o 2ª lugar que dá acesso à Champions. Portanto, no campeonato teremos de continuar a lutar e a jogar para ganhar todos os jogos, sem abrandamento. Se o conseguirmos, o 2º lugar não nos foge - e pode ser ainda que cheguemos ao primeiro.” Blogue Tertúlia Benfiquista

Definitivamente, nada de novo.

Vítor Baía
"Selecção é que perdeu"
Vítor Baía, em entrevista ao sítio oficial da FIFA, fez um resumo da sua "brilhante" carreira. "Ganhei quase tudo que havia para ganhar e os títulos vão perpetuar o meu nome no tempo. Uma carreira depende de títulos e eu ganhei muitos e ninguém me pode tirá-los", constatou o ex-guarda-redes, que se assumiu "um símbolo vivo" do FC Porto e do futebol português (…) uma carreira vitoriosa, da qual emergem os 32 títulos conquistados em 18 anos como profissional (…) Apesar dos títulos internacionais conquistados (Taça das Taças, Supertaça Europeia, Taça UEFA, Liga dos Campeões e Taça Intercontinental), Vítor Baía lamentou não se ter sagrado campeão ao serviço da selecção portuguesa: "Fiz 80 jogos e teria adorado vencer um título internacional pela Selecção Nacional (…) "Depois do Mundial' 2002, o mister Scolari tirou-me da equipa sem qualquer explicação. Em 2003/2004, fui eleito o melhor guarda-redes da Europa, fui campeão português e europeu, e mesmo assim não fui chamado. Acho que nenhum país deixa de fora o melhor guarda-redes da Europa, mas aconteceu-me a mim", (…) "Olhando para trás, acredito que a Selecção perdeu mais do que eu".
Retirado do jornal “O Jogo”

Pois eu não tenho dúvidas que a Selecção Nacional perdeu muito mais do que Baía. Primeiro porque este não estando lá nunca poderia ter perdido o quer que seja e por outro lado porque é evidente que o melhor guarda-redes da Europa na época 2003-2004 faz(ia) falta em qualquer equipa do Mundo.

Baía, o melhor guarda-redes português de todos os tempos não precisa de Rascords para justificar a sua superioridade na função. Não foram precisos outdoors espalhados pelo Montijo, ainda que os motivos de Baía tivessem mais justificação do que aqueles que serviram para defender as birras do “Ricardinho Pia Fininho”. A mim ninguém me tira da cabeça a ideia que Baía não sofreria o golo da final com a Grécia.

Por fim podem relembrar o efeito passarinho do actual guarda-redes do Bétis - desta vez, na perspectiva do adepto…grego.

Baía não estava lá. Baía não perdeu nada.



Liga Intercalar
FCPorto 2-0 D. Aves
André André 29' e Edgar 45+1'

Equipa: Ventura, Eridson, Stepanov (André Pinto 46'), João Paulo (Tengarrinha 46'), Lino, Graça (Dias 63'), Castro, André André (Ramon 73'), Rui Pedro, Edgar (Farias 46') e Marco Aurélio

19 dezembro 2007

À Campeão

Aguardei o jogo com o Guimarães com alguma apreensão, ou mesmo nervosismo.

Para um portista, o jogo mais difícil é sempre o que se segue. Acontece que, desta vez, o adversário seria uma das melhores equipas da Liga, a qual ocupava – com inteira justiça – o terceiro lugar.

O FCP iniciou o jogo com uma vantagem relativamente confortável sobre o 2º classificado (7 pontos). Acresce que este jogo seguiu-se a outros dois de grande responsabilidade. Primeiro jogamos na Luz, de onde poderíamos sair com um ou sete pontos de vantagem. Fizemos um jogo à altura da nossa valia, e saímos vitoriosos, ganhando tranquilidade no campeonato.

Logo a seguir, recebemos o Besiktas para a Champions, num jogo de tudo ou nada. Apesar da nossa vantagem no Grupo, entramos em campo nesta última jornada sabendo que poderíamos ficar em qualquer dos quatro lugares. Fizemos um jogo seguro, tranquilo, e demasiado forte para o Besiktas. Como resultado, conseguimos o feito notável de ganhar o Grupo – algo que não fazíamos desde os tempos de António Oliveira e Jardel. Esta vitória é extremamente importante, já que permite entreabrir a porta dos quartos-de-final na Champions.

Depois dessa semana, jogar com o Guimarães seria sempre perigoso. Implicava receber uma equipa forte e personalizada, praticando bom futebol, e que tem lutado pelos lugares de acesso à Champions. Adicionalmente, não sendo um rival tradicional, havia o risco de alguma descompressão, podendo o FCP perder pontos neste jogo.

A reforçar os piores receios, entramos no jogo falhando uma oportunidade de baliza aberta. Pior, só começar sofrendo um golo! Após essa perdida fizemos uma primeira parte de bom nível, mas o empate manteve-se teimosamente – e ainda voltamos a ter outra perdida flagrante.

Entramos na 2ª parte empatados, e sabendo entretanto que o mais directo perseguidor tinha perdido. Ou seja, mesmo com um empate ganharíamos um ponto. O Guimarães, pelo contrário, sabia que a vitória valia o 2º lugar. Entraram de rompante, fazendo os seus melhores 10 min. de jogo – e, provavelmente os melhores 10 min. de qualquer adversário que tenha vindo ao Dragão nesta época. No final desse período, a classe de uma equipa fria, que só pensa na vitória. Surge um golo “à italiana”, um golo cínico, ao alcance das grandes equipas que não perdoam as menores descompensações. A fazer lembrar o Porto “vintage” de 2004.

Depois do golo, mesmo sabendo que o mais difícil estava feito, o FCP continua a ameaçar o adversário – apesar de perder o principal pilar na transição defesa –, e a procurar ampliar a vantagem. Obtém o 2º golo, matando definitivamente o jogo e anulando uma das equipas que melhor jogaram no Dragão!

Para além de todas as qualidades técnicas e tácticas da equipa, o jogo de sábado revelou uma equipa ambiciosa e com enorme personalidade, que procura ganhar todos os jogos, como se todos fossem igualmente decisivos. Com esta atitude, dificilmente se poderá repetir o susto do ano passado, em que a equipa quase desbaratou a desvantagem que tinha no Natal, chegando-se a recear o pior. Esta época, e apesar de já termos uma vantagem histórica sobre o segundo, o FCP demonstra querer sempre ampliá-la. Jogando à Campeão, para que na Primavera possa se possa escrever Há Campeão.

Liga Intercalar
FCPorto - D. Aves, 15H00 - CTFD PortoGaia

17 dezembro 2007

Capa e Contracapa

Record, 2ª feira
Está ao rubro, ou com sinal verde se quiserem, o campeonato da 2ª Circular que os pasquins da capital resistiram a dar à estampa.

De facto, a notícia do dia é esta, após a vitória leonina nos Barreiros, e o Benfica que se cuide!

O Sporting já afastou a crise. Bastaram três vitórias aos potentados do Louletano, o pior Dínamo de Kiev da história das eurotaças e ao Marítimo a quem a ausência de Makukula por castigo não suscitou onda de simpatia na imprensa do regime.

Ao Benfica, a crise nunca serviu. Bastaram 5 vitórias ao 16º Leiria (2-1), 15º P. Ferreira (2-1), 14º Académica (3-1) e 13º Boavista (6-1), mais ao mesmo 7º Marítimo (2-1) que Alberto João não consegue ver como contra poder à capital, e foi pô-los nos píncaros.

Agora com os leões no retrovisor, a águia saberá onde pousar ou receia ser petisco em vez de recolher o naco de carne de prémio de voo à mão do amestrador?

Nem as novelas de cordel entusiasmam tanto!


Record, domingo
Está ao rubro o mercado encarnado. Parece uma reposição de aventura ainda recente e os benfiquistas não saberão se enregelam com -10 ou com a chegada do Delgado, mais uma frustração a deglutir a seco (e frio), que pode ser a terminação depois de gorada a lotaria com um cepo de 9 milhões por quem querem pagar mais 2 e tal...

Quem foi pastel em Belém não pode resignar-se. Para resgatar o bom nome da instituição, tipo um "prison break" que faça esquecer 10 pontos de atraso na Liga e a relegação para a Taça UEFA, a "melhor equipa dos últimos 10 anos" não pára de dar alegrias enquanto se voltam a vender "kits" para o Natal, outro produto requentado que serve bem ao pessoal das barracas ávido de heróis mas sem cheta na miséria socialista do paraíso que lhes impingem.

O futebol parece ser isto. O melhor jogo do campeonato, FC Porto, 2 - V. Guimarães, 0, nem aqueceu nem arrefeceu. Pelo menos quiseram ignorá-lo...


Record, há dois anos, por esta altura
(Versão futurista) A história repetir-se-á com outro Delgado qualquer, mas este Moretto está seguro, foi o presidente buscá-lo ao Brasil, mancomunado com o José Veiga que, para máxima tranquilidade e vigilância, tinha o primo no aeroporto, não fosse o Diabo tecê-las e em Lisboa os atentados à segurança passam despercebidos.

E se neste frio o V. Setúbal ficar a arder sem o Moretto nem dinheiro de jeito, os fins justificam os meios (se os tiverem)...

Não saberemos se Delgado pode ser pretendido pelo FC Porto para acicatar os ânimos e infligir uma derrota de secretaria aos dragões invejosos. E nem imaginamos que Moretto, capaz de deter um penálti do Ronaldinho e sair incólume em Liverpool, acabe emprestado ao AEK, tal como Manú, ainda que volte a não fazer a diferença porque vão perder o 1º lugar no confronto directo com o Olympiacos.

Este jogo a realizar a 16/12/2007, será decidido por Darko Kovacevic um dos milhentos jogadores ambicionados, sem concorrência inflacionária portista, na Luz mas cujas parangonas nos jornais ficaram, não para emoldurar como os grandes reforços com e sem Veiga, mas para embrulhar peixe...

Record, em 2002 (ou 2003?)
Para quem se queixa (o master kodro, no 4-4-2 ainda ontem) da ausência do Lisandro das capas dos jornais, tomem esta. Grande, em grande e cheia, bem cheia, uma mão cheia de anos de contrato. Naquela altura era bom.

O pior é que se então tivesse sido contratado já estaria em fim de contrato hoje em dia. Isto é, na melhor das hipóteses, porque a uma cláusula de 600 milhões alguém o venderia por 14 mais um par de cardosos.

Isto supondo que o FC Porto não faria dele um Iuran ou Kulkov ou Jankauskas ou Maniche para se aproveitar do fim de estação na Luz...

Depois do Gastar Vamos a deixar o caminho portista livre até ao Jardel, outro grande negócio a la Vieira ou Veiga.

Uvas? Estão verdes!


16 dezembro 2007

Porto Rei

FCPorto 2-0 V.Guimarães
Tarik 55' e Lisandro 72'
Equipa: Helton, Bosingwa, P. Emanuel, B. Alves, M. Cech, P. Assunção, R. Meireles (Bolatti 68'), Lucho (Mariano G. 73'), Quaresma, Lisandro e Tarik (Adriano 79')

36.812 espectadores

A noite estava gelada, mas algo me dizia, além da habitual vontade ver o FCPorto, que valeria a pena sair do quentinho de casa e enfrentar a baixa temperatura que se fazia sentir e mal sabia eu que ela iria baixar ainda mais noutras latitudes, fazendo paradoxalmente aumentá-la entre os adeptos que assistiam a este jogo. Mas valeu bem o sacrifício, um jogo bastante “entretido” em que houve emoção, com um adversário que valorizou, e de que forma, a vitória do FCPorto e com uma excelente massa adepta que, além do apoio que dá aos seus jogadores, fez espicaçar os adeptos da casa, fazendo assim também ajudar a que não se notasse tanto o frio.

Pensei que o Vitoria vinha defender, disse-o na crónica de antevisão do jogo, enganei-me redondamente. Cajuda, honra lhe seja feita, cumpriu com o que tinha dito e colocou os seus jogadores a jogarem olhos nos olhos com os do FCPorto, foram talvez a equipa que melhor vi jogar no Dragão esta época, bem melhor que grandes equipas europeias. Sempre pressionantes, incansáveis na procura da bola, nunca deixando os jogadores azuis e brancos passarem a bola com a tranquilidade necessária, o que fez com que, principalmente, o meio campo, comandado luxuosamente por Lucho, perdesse muitas bolas e com que também outros sectores da equipa fizessem muitos passes errados em todas as zonas do terreno. Ainda assim o Vitória, embora se estendesse em todo o terreno, não conseguia criar grande perigo à defesa do excelente comandante Pedro Emanuel, pelo menos durante quase toda a primeira parte, e teia montada dos homens de branco ia apresentando alguns buracos, sendo que alguns deles foram enormes e só com falhanços quase anedóticos como foram os de Quaresma e de Tarik, que falharam golos com a baliza completamente escancarada, é que os Dragões não foram com uma vitória para o intervalo.

No segundo tempo a equipa de Guimarães entrou melhor ainda e colocou o FCPorto a jogar muito perto da sua área, criando agora sim, mais perigo, mas Helton estava inultrapassável, salvou a equipa com grandes defesas e com o cinismo que quase só conhecíamos do futebol italiano, e numa jogada em que a equipa fez jus às tais transições rápidas que vêm sendo melhoradas de jogo para jogo, Quaresma numa excelente jogada, passa a bola para esquerda onde Raul Meireles, de primeira e apanhando a defesa adversária em contrapé, serve Tarik que se encontrava só ao segundo poste e este, desta vez, não falha.

Estava feito o primeiro golo do jogo, para a equipa que mais perigo tinha criado em toda a partida e por isso justo. Sabia-se que não seria tudo um mar de rosas a partir daqui, sabia-se que o Vitória não desistiria, mas o golo tinha-os abalado um pouco e agora o jogo estava mais dividido. Jesualdo refrescou o meio campo, que era onde se notava mais cansaço no FCPorto e havia agora futebol em todo o campo, até que Marek Cech, que na defesa continua a ter, apesar da sua boa vontade, alguma falhas enormes, descobre Lisandro na área e este fuzila o desamparado guarda-redes do Vitória, fazendo o seu 11º golo e consolidando a sua liderança na lista de melhores marcadores. O jogo parecia agora sentenciado, o campeão só tinha sofrido um golo em todos os jogos feitos em casa e seria muito difícil sofrer agora dois em 15 minutos. Apesar disso, o Vitória foi sempre tentando aquele que seria um golo mais que justo, mas Helton estava lá e não iria deixar, tendo feito mais um par de excelentes defesas e desviado com o olhar para o poste mais uma bola, não se alterando mais o resultado até final.

Este FCPorto apesar de estar a 10 pontos do segundo classificado ainda não venceu nada, Jesualdo repeti-o várias vezes após o jogo e os jogadores, pelo seu discurso, parecem ter noção dessa realidade. Muito pode mudar no muito que falta do campeonato, ainda nem a meio chegamos, mas se tudo correr pela normalidade, o FCPorto será um naturalíssimo campeão. Falta ainda um jogo antes da época festiva, mas algo é para já certo, o FCPorto é senhor absoluto deste campeonato e, aconteça o que acontecer nesse jogo, temos Porto Rei para o Natal.

15 dezembro 2007

Mais um embalo rumo ao tri

Temo que a ultrapassagem do decisivo jogo da Champions e do sempre importante jogo com o clube da Luz faça a equipa entrar numa compreensível fase de “descompressão”. O facto de ter conseguido dois importantes triunfos, conseguindo passar com distinção estas “metas-volantes”, o que ia mantendo a equipa sempre alerta quanto aos adversários e com a concentração sempre ao nível máximo, poderá começar a fazer os jogadores descontraírem-se em demasia e com isso perderem o fulgor necessário para continuarem a jogar da mesma forma e com o mesmo empenho. Não me esqueço nunca do que Jesualdo disse há uns tempos atrás e que parece estar agora comprovado: “esta equipa joga melhor sob pressão”.

O V. Guimarães apresenta-se no Dragão como surpreendente terceiro classificado da liga, fruto de uma equipa ambiciosa, de um treinador que se enquadrou bem no clube e sobretudo de uma equipa verdadeiramente empolgada por uma fantástica e fanática massa associativa que se deverá apresentar em grande número no Porto, como sempre o fazem. O seu treinador diz que quer pontuar, aliás, como todos os outros o dizem, o que significa que se prevê que venha cá fazer também como quase todos os outros, colocar 10 ou 11 jogadores atrás da linha da bola à procura do pontinho do costume. Mas o que é certo é que deverá ser um jogo muito complicado para o FCPorto, tendo já os vitorianos mostrado argumentos para fazer a vida muito difícil a quem os defronta.

Fucile é a grande ausência para esta partida. A acumulação de muitos jogos e a sua grande entrega em todos eles deixaram mazelas que fizeram com que não recuperasse para hoje de um pequeno toque que teve na passada terça-feira e deverá ser substituído por Marek Cech na equipa inicial. De resto a única novidade na convocatória é a entrada de Leandro Lima, estando ao dispor do treinador todos os jogadores que também convocou para ronda europeia. A minha previsão:

Para este difícil jogo é necessário, além do apoio dos adeptos, que tenham muita paciência e a equipa precisa de manter a concentração e o mesmo empenho dos últimos jogos, já que só assim, e contra o clube da cidade berço da nação, o FCPorto conseguirá mais um embalo rumo à conquista deste campeonato.

FCPorto - V.Guimarães, 20H45 - RTP África e TVI

14 dezembro 2007

bi-Campeões do Mundo

A 13 de Dezembro do ano de 1987 alcançámos, sob o comando de Tomislav Ivic, a vitória que faltava ao futebol português. Ao vencermos por 2-1 o Peñarol, campeão sul-americano, conquistámos em Tóquio a Taça Intercontinental.Foi uma viagem longa. Na nossa bagagem iam quilos e quilos de esperança. Para nós, era tudo novo!

O Japão, os horários, a alimentação... a tudo tivemos que nos adaptar. Um jogo destes, disputado a tão longa distância e num país com um fuso horário que nos obrigava a adiantar nove horas nos nossos relógios, implicava uma logística invulgar e para a qual, em rigor, nunca ninguém está devidamente preparado.

Tanto quanto possível, tentámos organizar-nos de modo a construir, pelo menos, uma aparência de normalidade. E tudo foi correndo dentro dessa normalidade possível até à hora em que, na véspera do grande jogo, nos recolhemos para sonhar...

Ao acordar do sono, (que não do sonho!) depara-se-nos um espectáculo tão surpreendente como maravilhoso. Nevava. Nevava tão intensamente que começa a ser posta em causa a realização da partida. Prevaleceu um certo pragmatismo e o jogo realizou-se mesmo. Ao fim de cento e vinte minutos erguemos a Taça que, até hoje, ninguém mais trouxe para Portugal. Há imagens dessa emocionante partida que não se esquecem mais!

Recordo, por exemplo, que no fim dos noventa minutos, antes do início do prolongamento, os nossos atletas, gelados, enregelados, atormentados pelo frio que fazia, desatam a correr para o balneário, para se aquecerem e passarem os pés gelados por mini-fogueiras. O esforço de todos eles foi heróico, mas é justo realçar o sacrifício de Rui Barros. Não obstante a sua pequena estatura física, foi um autêntico gigante!

Depois há aquele segundo golo, assinado pelo o artista da bola chamado Madjer. Do meio-campo atira fora do alcance do guarda-redes. Por uns segundos instala-se o «suspense». A bola entra ou não? Um instante pode parecer uma eternidade. A angústia desfaz-se quando o esférico passa bem para lá da linha do golo. Em Portugal, em plena madrugada, o país sai à rua para festejar. Uma festa única para um troféu nunca antes conquistado por um clube português. Uma vez mais, o FC Porto fazia história.

No final da emocionante partida, todos os participantes estavam esgotados. Todos, sem excepção, vencedores e vencidos, tinham sido uma espécie de semi-deuses do estádio, tais foram as provações, tais foram os sacrifícios a que foram submetidos! Dessa memorável jornada, evoco aqui três curiosidades:

- Em primeiro lugar, os minutos que antecederam a Final. Devido à neve, o Penarol pretendia adiar o jogo para Março. Nós, porque estávamos convictos que venceríamos, queríamos jogar. Como nenhum dos clubes saía da sua posição, o impasse tinha de ser resolvido pelo árbitro, que permanecia indeciso. Utilizo, então, um argumento decisivo.
O Sr. Franz W
örer, um conceituado árbitro austríaco, terminava naquele dia a sua carreira. Faço-lhe ver que se houvesse jogo, concluiria o seu percurso de uma forma espectacular. Se a partida fosse adiada, teria uma despedida frustrada. Proponho-lhe, por isso, que inicie o jogo e que o termine, caso se verifique ser impossível continuar. Ambos os clubes deixariam esta decisão ao seu livre arbítrio, e não a contrariariam.
«Herr» Wörer decide iniciar o desafio, faz uma arbitragem magnífica e, dos vinte e cinco elementos em campo, não foi o que acabou mais exausto...

- A segunda curiosidade tem a ver com o restaurante do nosso Hotel. Chamava-se «Porto»!

- O terceiro facto a merecer referência reporta-se ao final do jogo. Na conferência de imprensa em que participei, disse taxativamente, conforme veio escrito: «O Japão não viu o verdadeiro FC Porto. Esperamos cá voltar, com tempo, e bom tempo, para mostrarmos o nosso verdadeiro futebol»

Dezassete anos depois, lá estamos para o mostrar, seja com que tempo for!...

Jorge Nuno Pinto da Costa in Largos Dias Têm 100 Anos

Este texto foi escrito uns meses antes do FCPorto conquistar o mundo pela segunda vez em 2004 e o que é certo é que o FCPorto mostrou o seu futebol. Ontem completaram-se 20 anos desde o dia em que o fez pela primeira vez.

Estes são os heróis comandados por Tomislav Ivic que entraram em campo naquele nevoso dia em Tóquio e que estão na foto em cima:
De pé: Lima Pereira, Inácio, João Pinto, Jaime Magalhães, Geraldão e Mlynarkzyk
De cócaras: Madjer, Rui Barros, Sousa, Gomes e André

FCPorto 2-1 Peñarol
Gomes 42', Vieira 80' e Madjer 109'

13 dezembro 2007

Nós pelo mundo

"Gigantes seguem em frente
Real Madrid, Olympiakos, Porto, Liverpool e Schalke 04 se classificam na Liga dos Campeões.
No Grupo A, o mais equiulibrado, Porto e Liverpool sobreviveram. A liderança do Grupo ficou nas mãos do Porto, que fez 2 a 0 no Besiktas, no Estádio do Dragão. Lucho González e Quaresma marcaram os gols da classificação."
In Jornal Sports (Brasil)

"O FCporto garante a primeira posição
O FCPorto cumpriu as expectativas e derrotou com certa comodidade os turcos do Besiktas (2-0) e classificou-se como primeiro do grupo A da Liga dos Cmpeões, relegando o Liverpool para a segunda posição."
In Diário As, El Mundo Deportivo e Marca (Espanha)
(Curiosamente as crónicas do jogo são iguais nos 3 jornais desportivos espanhóis)

"O FCPorto cumpriu sua parte ao dominar calmamente o Besiktas (2-0). Mais uma vez, com uma derrota sem apelo, os turcos deixaram-se submeter totalmente pelos portugueses, que com Quaresma à cabeça, conquistaram o bilhete para os oitavos de final da Liga dos Campeões."
In FranceFootball (França)

"FCPorto no topo
Golos de Lucho Gonzalez e Ricardo Quaresma deram ao FCPorto uma vitória fácil sobre o Besiktas e um lugar entre os dezasseis clubes que continuam em prova, terminando o grupo à frente do Liverpool, ficando assim no primeiro pote do sorteio para as eliminatórias."
In Daily Telegraph (Inglaterra)

O Site Oficial da UEFA lançou a votação para a eleição da equipa ideal do ano de 2007. Quaresma está entre os candidatos. Podem votar aqui. Eis o que diz a UEFA sobre ele:
"Um poderoso e talentoso extremo, Ricardo Quaresma continua a impressionar no FCPorto tendo emergido também como jogador chave na selecção nacional portuguesa."
In Site Oficial da UEFA.

Nós por Portugal
Algumas capas:Nós para os invejosos

"Golo assim nem a pedido
Aos 37 minutos um grande plano sublinhou o sorriso de Saglam, treinador do Besiktas. Percebia-se. Estava com mais de um terço do jogo andado e continuava bem dentro da decisão. Até ali, incomodara o FC Porto, com mais bola do que Jesualdo gostaria. O campeão português até fizera um golo, mal anulado a Lisandro, mas, fora esse momento, nada. Nem domínio, nem segurança, muito menos oportunidades. O bom humor de Saglam terminou pouco depois. Aos 40 minutos, Bosingwa passou por toda a gente e obrigou Rustu à melhor defesa da noite. No instante seguinte, Lisandro simulou e Tarik rematou forte, com perigo. E a um minuto do descanso, Lucho chegou ao golo. Quer dizer, foi mais o golo que foi ter com o argentino. Tudo aquilo foi caricato. Raul Meireles falhou o remate à entrada da área, a bola subiu, Tandogan demorou a sair, mas todos os colegas pensaram que havia fora-de-jogo. Sobretudo Rustu. O guarda-redes ficou de braço no ar, um daqueles momentos que duram a eternidade. Tarik reagiu a medo, quase convencido de que de facto estava em posição irregular. Tocou para Lucho e foi golo."
In Correio da Manhã

Algumas capas deles:

Liga Intercalar

FCPorto 4-0 Braga
Adriano 21', Kaz 37', Leandro Lima 51' e Marco Aurélio 89'

Equipa: Ventura, Eridson, João Paulo, Tengarrinha, Lino, Castro, Kazmierczak, Leandro Lima, Rui Pedro, Adriano e Edgar

PS: As traduções dos textos dos jornais estrangeiros são minhas, podendo assim existir alguns erros. Alertem-me caso notem algo para que possa corrigir.

12 dezembro 2007

Liga Portistas de Bancada - TopTen


Equipa da 6ª jornada - MundoAzulBranco (Paulo Pereira) - 73pt

Observações:
- A Liga Portistas de Bancada, num total de 17.025 ligas, está no 108º posto.

- Número de participantes da Liga Portistas de Bancada - 109 equipas.

11 dezembro 2007

Até parece fácil

FCPorto 2-0 Besiktas
Lucho 44' e Quaresma 62'

Equipa: Helton, Bosingwa, P. Emanuel, B. Alves, Fucile (M. Cech 75'), P. Assunção, R. Meireles, Lucho (Bolatti 80'), Tarik (Postiga 74'), Lisandro e Quaresma

39608 espectadores

Pela segunda vez em treze anos de participação na Liga dos Campeões no formato de grupos, sendo um dos recordistas de participação na prova a par do Manchester United, o FCPorto conseguiu o primeiro lugar do seu grupo, sendo que é a 9ª vez que passa à fase seguinte. A naturalidade com que a equipa o conseguiu este ano, a aparente facilidade com que venceu este jogo decisivo, em que, teoricamente e matematicamente, tudo poderia acontecer, faz transparecer a ideia que para o FCPorto a concretização deste objectivo até pareceu algo fácil, sendo que muitos dirão até, agora, que este grupo era bastante acessível. Mas tudo se deve a uma campanha imaculada do campeão português, que teve a capacidade de ultrapassar todos os difíceis obstáculos com grande inteligência e eficácia, pertencendo, mais uma vez, ao grupo dos 16 melhores clubes europeus.

Jesualdo utilizou a equipa habitual, o onze base que tem estado à altura, até agora, de todos os mais difíceis desafios que têm aparecido e foi com naturalidade que tomou conta do jogo desde início, sem grandes pressas e sem arriscar muito, já que se havia alguém que precisava obrigatoriamente de vencer era precisamente o Besiktas. Ainda assim não assentou de imediato o seu jogo, tendo nos minutos iniciais andando à procura de saber como o adversário se apresentava no campo. A partir dos 10 minutos o jogo passou a ser controlado quase na totalidade, tendo até chegado marcado logo aos 12 minutos por Lisandro de cabeça, lance que foi mal anulado pelo árbitro assistente.

Mas o FCPorto estava bem, apesar de fazer tudo muito pausadamente, o que não agradava aos adeptos que iam sendo apoderados pela ansiedade. Até que bem perto do final da 1ª parte num lance de insistência de Raul Meireles, que esteve muito bem durante todo o jogo, este remata atabalhoadamente de fora da área, sobrando a bola para Tarik que, perante os protestos do guarda-redes turco a reclamar um fora-de-jogo inexistente, serve Lucho que fuzila sem dificuldades as redes desamparadas do Besiktas. Estava feito o mais difícil e na hora certa, para a equipa ir para o balneário mais calma.

No segundo tempo o FCPorto só teria de controlar, mas sabia-se que teria de conseguir sobreviver a uma investida turca, já que este nada tinham a perder nesta altura, e o imperial capitão Pedro Emanuel comandou soberanamente todo o sector defensivo, que esteve sem falhas e os lances de perigo iam aparecendo do outro lado do campo, já que agora sobrava espaço para Quaresma e companhia. E foi assim que aos 62 minutos e após um roubo de bola de Lisandro que rapidamente assistiu Quaresma, este, só com Rostou pela frente, que acabou por ser o melhor jogador turco em campo, fez o segundo golo da partida, acalmando assim quem ainda teria muitas dúvidas sobre o poderio do FCPorto nesta partida. A partir daí foi com calma e tranquilidade que o FCPorto jogou e até poderia ter aumentado a vantagem. Jesualdo conseguiu até fazer descansar alguns jogadores, como Fucile ou Lucho.

Com este primeiro lugar obtido, além da passagem aos oitavos de final da competição, o FCPorto poderá ter dado também um bom passo na passagem aos quartos de final, já que evita, além do Liverpool que é deste grupo, pelo menos os maiores “tubarões” do futebol europeu, já que todos eles já garantiram o primeiro lugar do seu grupo. Senão vejam: Chelsea (grupo B), Real Madrid (grupo C), AC Milan (grupo D), Barcelona (grupo E), M. United (grupo G) e Inter (grupo G), todos ficaram no primeiro lugar do seu grupo, pertencendo no sorteio ao pote onde está incluído o FCPorto, logo não podem jogar com este, ficando apenas a duvida no grupo H entre o Sevilha e o Arsenal que só será resolvido no resto da jornada de hoje.

Mas por agora há que pensar no campeonato e o próximo jogo é bem difícil, venha ele.

Liga Intercalar
FCPorto - S. Braga, 15H00 - PortoCanal