31 março 2008

Encarnado e amarelo - as cores da honestidade desportiva

Estamos perto de garantir o tri-campeonato mas se tivesse existido verdade desportiva estaríamos seguramente a um pequeno passo de festejar o hexa.

No ano horribilis de 2005 aconteceu aquele que foi o maior roubo da história do futebol português e curiosamente ou não o produto desse assalto foi mais uma vez para os bolsos do mesmo clube de sempre. Mas já lá vamos.

Decorria o ano de 1999 quando Luís Filipe Vieira, à época Presidente do Alverca pensou na melhor forma de entrar no Sport Lisboa e Benfica e com isso atingir o grau de notoriedade financeiro e pessoal que essa função trás. Para conseguir esses objectivos e como estava associado a uma “amizade” com Pinto da Costa tratou de inventar um testa de ferro de seu nome Manuel Vilarinho. Mas para isso teria primeiro de arredar João Vale e Azevedo da presidência do clube encarnado. O advogado que tinha granjeado grande apoio da massa associativa muito por força do seu discurso populista anti-porto, era um empecilho, uma pedra no sapato. Roubar o Benfica nunca foi problema para ninguém a não ser quando alguém quer tomar o lugar que proporciona em Portugal mais vantagens do que ser Presidente da República. Começam então as manobras de bastidores que levaram à prisão de Vale e Azevedo por alegados e mais tarde provados (?) desvios de dinheiro. Mas deixemos essa vertente da conspiração para os outros – o que nos interessa aqui é apurar outras jogadas extra-desportivas. Afastado Vale e Azevedo era altura de colocar na presidência o seu testa de ferro – nada mais fácil depois de uma autêntica guerra na imprensa onde começaram a aparecer as mais variadas provas contra o advogado. A opinião pública e o universo benfiquista estava assegurado - Vale era um ladrão… Manuel Vilarinho é eleito em 2000 com o apoio de Luís Filipe Vieira, presidente do Alverca – clube satélite do Benfica, cargo que acumulou com o de director do SLB até meados de 2003 ainda que com funções um pouco nebulosas. Durante esses três anos de mandato de Vilarinho foi notório que quem mandava de facto era LFV e já se sabia de antemão que era uma questão de tempo até este subir ao poder.

Entretanto, e como presidente do Alverca, LFV foi fazendo jogadas de charme para com os associados benfiquistas de forma a que o seu passado com o cachecol azul e branco fosse rapidamente esquecido. Atacou o FC Porto, o seu presidente, os adeptos azuis e brancos e como cereja ofereceu Pedro Mantorras ao SLB . O jogador que com 17 anos jogava com uma enorme pujança física no Alverca e que segundo LFV valeria 90 Milhões de euros. De outra forma seria impossível que este empresário ligado às mais diversas actividades económicas (…) fosse eleito em 2003 depois da desistência de Vilarinho em continuar o projecto a que se tinha proposto. Não surpreendeu o sentido de voto. Dizia Vilarinho, que para tornar o Benfica campeão, só com um homem como LFV nos comandos do clube encarnado. Os adeptos sedentos de vitórias concordaram e assim começou “oficialmente” o reinado.

Poderíamos escalpelizar os contornos duvidosos da transferência do angolano para a Luz, as contas que ficaram por saldar com a SAD ribatejana, a constituição de uma SAD que beneficiou todos menos o próprio Alverca, os jogos deste clube de 1999 a 2003 com o Benfica e outras histórias que circulam nos corredores do futebol português, mas aqui a questão é voltarmos ao primeiro parágrafo deste texto – “se tivesse existido verdade desportiva estaríamos seguramente a um pequeno passo de festejar o hexa”.

Dois anos depois de ter chegado à presidência do SLB, LFV já desesperava por não conseguir cumprir a principal promessa eleitoral – o titulo nacional de futebol. O de futsal já era uma realidade mas não chegava sequer para promessa…apenas para LFV aparecer de tronco nu perante as câmaras de TV…

Começa o EstorilGate

Lembrou-se então de convidar José Veiga, que há muito tinha sido desmascarado por PdC como o homem que fez fortuna com uma “pá de pedreiro”. José Veiga era à época presidente da SAD do Estoril-Praia, clube que tinha descido à 2ª Divisão B mas que desde que entrou no clube, este teve uma subida meteórica até à 1ª Liga. Veiga utilizava o clube canarinho como porta de entrada e saída para muitos jogadores brasileiros. Foram feitos muitos negócios mas nenhum beneficiou financeiramente o Estoril – recorde-se que Veiga também era o dono do Bom Sucesso, um pequeno clube brasileiro. Lembro-me de ver o Estoril-Praia a jogar bom futebol mas a ser sistematicamente ajudado por factores a que muitos chamavam de "sorte". A verdade é que o Estoril subiu de divisão e Veiga é convidado para o Benfica. Contudo os regulamentos não deixavam que este acumulasse os dois cargos – o de presidente e accionista da SAD do Estoril com as de director desportivo do Benfica. Nada mais fácil de resolver – LFV já tinha feito o mesmo com o Alverca na época de Vilarinho – e vendeu a sua participação a três empresas inglesas que nunca se soube muito bem a quem pertenciam e que tinham sede social em paraísos fiscais. Resolvida essa questão com a estranha conivência da CMVM e da Liga presidida por Valentim Loureiro eis que Veiga entra no Benfica – começava então a época das beijocas.

Estávamos em 2005 e o FC Porto tinha acabado de conseguir tudo aquilo que LFV tinha prometido aos adeptos benfiquistas – domínio em termos europeus, a conquista de provas internacionais, a espinha dorsal da Selecção Nacional…

LFV tinha obrigatoriamente de “fazer as coisas por outro lado” e Veiga era a peça chave do seu plano. No Estoril, este já tinha provado que mais do que ninguém conseguia mexer os cordelinhos das nomeações, dos sumaríssimos, das promessas vãs a jogadores adversários e como extra o Benfica teria menos um adversário no campo – o Benfica começava o campeonato com 6 pts a mais do que os restantes adversários. O Estoril era na teoria o Benfica B.

Em troca, Veiga decidiria qual o treinador e teria controlo absoluto sobre transferências ganhando com isso as habituais comissões mas sobretudo a protecção de se trabalhar para o Benfica. Recorde-se que Vale e Azevedo apenas foi preso depois de ter saído do clube e apenas quando isso deu jeito aos da sua laia.

O campeonato foi um autêntico desfile de ladrões equipados de negro. Trapattoni é um senhor do futebol e sabe imenso da poda, mas o seu desconhecimento do futebol português aliado a uma equipa medíocre onde pontificavam jogadores como Karadas , Delibasic , Everson , Carlitos, Sokota , Bruno Aguiar entre outras pérolas da arte de bem jogar futebol era manifestamente muito pouco para almejar o titulo. Mas, e já dizia o Carlos Cruz – existe sempre um mas - com Veiga e as suas beijocas aliado a um ano atípico do FC Porto com três treinadores tudo seria possível. E foi.

Entre muitos roubos de igreja, foquemo-nos nos dois jogos com o Estoril de Veiga.

Na primeira volta, no jogo disputado na Luz os jogadores canarinhos ainda não tinham bem noção de quem é que lhes pagava os ordenados e fazem uma primeira parte em que dominam o Benfica. Chegado o intervalo, foi tornado público por Paulo Sousa (emprestado pelo Boavista) que Petit exigiu que estes abrandassem o ritmo de jogo e que deixassem de meter o pé. Paralelamente, o árbitro do desafio recebia uma camisola do SLB como “recuerdo” durante esse mesmo intervalo. A cama estava feita e o homem de negro até calçava botas com o símbolo da águia. Tudo coisas normais de acontecerem numa competição profissional. Espanta-me que o apito não tivesse também ficado em casa. O Benfica acabou por ganhar o jogo e recordo a indignação de parte do plantel e equipa técnica do Estoril no final do encontro.

A roubalheira espalhou-se por todos os campos em que o Benfica jogava e a par de 1994 foram muitos os jogos ganhos depois do tempo regulamentar ou com as célebres faltas apitadas ao contrário ou penalties e fora de jogo fantasma.

Ainda assim, o Benfica jogava mal e tinha muitas dificuldades para vencer. O FC Porto conseguia chegar à recta final do campeonato colado aos encarnados e o xeque-mate de Veiga seria feito aquando da visita do SLB à Amoreira, num campo tradicionalmente difícil para os grandes.

Veiga já estava avisado que Litos e Carlos Xavier tentavam blindar o balneário canarinho das influências patronais e decide dar ordens à administração do Estoril presidido por António Figueiredo (ex-dirigente benfiquista) para que este aceitasse a “sugestão” de o desafio ser jogado no Algarve. A administração estorilista acede com a naturalidade de um empregado que acata as ordens patronais e informa o plantel disso mesmo. O jogo era marcado para o Algarve com a anuência da Liga.

Porém, Litos, Xavier, sócios e alguns jogadores nucleares do clube da linha reclamam da decisão alegando que o Estoril precisava de pontuar para se manter na 1ª Liga e que jogando no seu campo as hipóteses de somar pontos seriam naturalmente maiores. Nada feito. As ordens estavam dadas e o argumento ia no sentido de que era a única forma de os ordenados em atraso serem pagos. Era mais importante o aspecto financeiro do que o desportivo mas a verdade é que a descida de divisão trazia muito mais problemas económicos do que o não pagamento dos ordenados, mas como a questão dos vencimentos já tinha sido acautelada meses antes, naquela que foi a preparação psicológica para que os jogadores sentissem mais do que nunca a necessidade de receber dinheiro para pagar as contas…o desespero financeiro de alguns seria mais forte do que a sua moral desportiva.

Litos e Xavier não se calaram e Veiga tinha um problema para resolver em plena semana de jogo. Os treinadores canarinhos utilizavam diariamente o escândalo de terem que ir jogar ao Algarve para motivarem o plantel para o jogo das suas vidas, fazendo ver a estes que a vitória era o único resultado positivo para calarem os rumores de pressão externa e que ficando na 1ª Liga seria vantajoso para todos a nível desportivo – um jogador que desce tem menos chances de fazer bons contratos do que aqueles que conseguem a manutenção.

Veiga decide enviar um familiar trajado de capanga ao Estoril e este irrompe pelo campo durante um treino. É a revolta de Litos e Xavier que conseguem expulsar aquele que mais tarde acaba por se encontrar com alguns jogadores no Bar do Campo situado na parte exterior do Estádio da Amoreira.

Enquanto a grande parte dos intervenientes guarda para si as indicações do emissário de Veiga, existiram dois jogadores que falaram com a equipa técnica relatando o sucedido durante o almoço bem regado. Reza a história de que alguns teriam tido a promessa de envergar na época seguinte a camisola encarnada ou no mínimo de ingressar em clubes de maior nomeada pela mão daquele que já tinha sido o principal empresário do mundo – José Veiga.

Chegado o dia de jogo aconteceu aquilo que todos sabemos. Os jogadores do Benfica jogavam em casa perante 30000 benfiquistas ávidos de interromper o jejum de 11 anos e o Estoril teria que enfrentar duas equipas e meia – o adversário, os homens de negro e metade da sua própria equipa.

Surpreendentemente o Estoril coloca-se em vantagem ainda que aos 25 minutos um dos jogadores presentes no almoço já tivesse sido expulso. O jogo vai para intervalo e a segunda parte trás mais do mesmo, com um Estoril aguerrido pela enorme disponibilidade moral de jogadores como Dorival , Abadito , Jorge Baptista, Elias, João Pedro e Torres. O resultado teimava em manter-se apesar da ajuda de Hélio Santos para empurrar o SLB para dentro da área do Estoril. Depois de muita pressão, Luisão marca o golo do empate aos 75 minutos mas não chegava pois o FC Porto continuava muito perto. Aos 78 minutos Hélio Santos expulsa o avançado João Paulo que tinha rendido Moses aos 55 minutos. O Estoril passava a jogar com 9 jogadores e foi com naturalidade que assistimos ao golo de Mantorras 4 minutos depois.

O resultado de 1-2, a exibição dos árbitros e alguns jogadores do Estoril confirmavam os maiores receios de quem queria acreditar em justiça desportiva. Tinha sido notória a anormalidade de certas jogadas.

No final, Litos diz tudo o que lhe veio à cabeça perante um grupo de jornalistas que não escondiam a alegria de ver o Benfica perto de ser campeão 11 anos depois. No dia seguinte as capas dos jornais falam em festa do futebol e esquecem as manigâncias do desafio. Dias depois, Litos esclarece que foi ameaçado de despedimento por Veiga.

Mas como, se Veiga não tem ligações ao Estoril? Perguntavam algumas inteligências jornalisticas.

A verdade é que o Benfica foi Campeão Nacional, o Estoril desceu de divisão, os ordenados não foram pagos, Litos e Xavier foram mesmo demitidos e Rui Duarte, Paulo Sousa, Moses , Cissé Fellahi , Amoreirinha e Yanick não foram para o Benfica à imagem do que aconteceu noutras alturas com jogadores como Nuno Assis, Fonte, Marco Ferreira…

Durante toda a época de 2004/05, os dirigentes do Benfica foram vistos e ouvidos a combinarem nomeações de árbitros, a terem menos adversários do que os restantes competidores, jogando duas vezes em casa, a almoçar e a jantar com intervenientes do jogo, a oferecer beijocas e empregos em algumas empresas ligadas ao Benfica e seus dirigentes…tantas coisas que daria um texto maior do que este.

Nada serviu para fazer Maria José Morgado reabrir processos que já tinham sido arquivados apesar das provas e testemunhos de pessoas credíveis. A CMVM decidiu 3 anos depois multar Veiga com a quantia “astronómica” de 30 000 euros por ter ficado provado para esta que o “senhor das beijocas” teria tido participação numa sociedade aberta e outra cotada sem ter feito a declaração disso mesmo.

A imprensa reagiu a este escândalo com pequenas notícias ou notícias nenhumas.

O MP assobia para o ar.

A imprensa assobia para o ar.

Para todos os efeitos, o apito encarnado não existiu. Ou será apito de cristal? Não interessa. Não existiu. Não existe.

Existirá?

PS: Voltarei ao assunto daqui a uns dias...

Nota do administrador: Está aí mais uma jornada da Liga dos Campeões e consequentemente da Liga da Bancada. Não se esqueçam de actualizar as vossas equipas do UEFA Champions League Fantasy Football, podem fazê-lo até às 19h30 de hoje

30 março 2008

Aperitivo para o Tri

Equipa: Helton, Bosingwa, P. Emanuel, B. Alves, Fucile, P. Assunção, R. Meireles (Kazmierczak 87'), Lucho, Lisandro, E. Farias (Adriano 67') e Lisandro

Os pastéis de Belém funcionaram como o aperitivo ideal para a abertura do champanhe, programada para o próximo sábado, para que o FCPorto possa comemorar a conquista do segundo Tricampeonato da sua brilhante história.

O FCPorto conseguiu uma vitória, já quando muita gente tomava por certo um empate e o consequente adiamento da festa do título, num campo onde os seus mais directos adversários não venceram, com muito trabalho, muita união e muito querer, aliás quero crer que apenas os jogadores portistas ainda acreditavam que, naquela altura, a vitória poderia pender para o nosso lado.

A equipa portista apresentou-se com a equipa esperada, mostrando que não existe tempo para poupanças enquanto o título não chegar, mas encontrou um Belenenses tácticamente disposto a complicar o caminho da vitória que a equipa tanto procurou.

Aliás, a primeira oportunidade de golo, digna desse nome, pendeu mesmo para o lado da equipa lisboeta, um remate de Zé Pedro, após uma boa jogada de combinação com Silas, tendo Helton respondido com um grande defesa para canto.

Ao longo do passar de tempo, o jogo iria se tornar muito equilibrado, sempre com marcações muito cerradas do Belenenses, sempre a pressionar muito, com o FCPorto a ter algumas dificuldades para tentar organizar jogadas de ataque, além disso, a equipa portista demorou a adaptar-se às condições climatéricas, o vento forte que se sentia estava a atrapalhar as jogadas de ataque .

No entanto, o domínio portista começou a intensificar-se, começaram a surgir mais oportunidades de golo na baliza adversária, através de, primeiro, Raúl Meireles, com um cruzamento disfarçado de remate, a fazer embater a bola na trave e depois, o regressado, Bosingwa num remate colocado que iria proporcionar uma boa defesa a Julio Cesár.

Mas, e numa das poucas descidas ao ataque da equipa de Belém, aos 41 minutos, Weldon apareceu isolado à frente de Helton e viria a inaugurar o marcador da partida, levando a sua equipa a vencer para o intervalo, um resultado nada justo para o jogo que estava a ser, até então muito equilibrado.

Na 2º parte, a equipa portista entrou disposta a mudar, rapidamente, o rumo dos acontecimentos, empurrando a equipa belenense para a sua defesa, por isso foi, sem surpresa, que, depois de um passe excelente de Lucho, Lisandro Lopez
tira um adversário da frente e num remate colocado viria a fazer o golo de empate. Cada vez mais o argentino se prepara, sem contestação e sem penaltys marcados, para conquistar o título de melhor marcador do campeonato.

A partir daí, e durante algum tempo, o FCPorto teve um domínio avassalador, não deixando que o Belenenses saísse em condições para o ataque, sentido-se que o segundo golo poderia acontecer o mais brevemente possível.

Mas, à medida que o jogo iria se encaminhando para o fim, o equilíbrio no meio campo voltaria, mérito da equipa da casa, Jesualdo Ferreira começava a mexer na equipa, Adriano entraria para o lugar de Farías, cada vez mais a perder o fulgor de outrora, e Kaz viria a render Raúl Meireles.

Na parte final, Quaresma viria a soltar-se mais na partida e numa iniciativa individual perderia uma boa oportunidade para marcar o golo da vitória, o empate era, cada vez mais, o resultado mais certo.

Mas, se esta equipa, além de ser muito forte e muito unida, tem uma grande característica é de acreditar até ao fim, e aos 93 minutos Hugo Alcantara viria a rasteirar Quaresma tendo Lucilio Baptista, num gesto corajoso e quase inédito nesta época, apontado para a marca de pontapé de grande penalidade. Lucho Gonzalez, com a sua tranquilidade habitual, não viria a falhar, marcando o golo, que viria a ser o golo da vitória portista.

O tempo não viria dar para mais, nem para uma reacção por parte do Belenenses, nem da procura do golo da tranquilidade do FCPorto e o jogo iria terminar com a equipa portista a festejar euforicamente esta vitória, agradecendo ao numeroso público portista que foi à capital apoiar a sua equipa.

Os preparativos para a festa da consagração dos novos Tricampeões nacionais já começaram a serem preparados, Jesualdo Ferreira apelou para um Estádio do Dragão completamente cheio para que todos juntos todos festejemos mais um título, título esse que, embora sem muitas dificuldades, terá sempre um sabor muito doce e valerá por muitos. Eu lá estarei pronto para festejar. Este ano, temos o dia de S. João em Abril.

29 março 2008

Pasteis agora, champanhe para a semana

Nota importante: o árbitro deste jogo é o (S)enhor (L)ucílio (B)aptista

Belenenses - FCPorto, Domingo 19H00 - SportTv

28 março 2008

O Presidente falou... agora em Marrocos

O tri
"Não acredito no título esta semana, mas espero que seja já na próxima. Acho pouco provável que Benfica e Guimarães percam. O Guimarães tem uma bela equipa, joga em casa e deve vencer. E, por muito que goste do Paços de Ferreira, não os vejo a vencer na Luz"

"Cada título é um título, sem ligação com os anteriores. (...) Tenho um enorme prazer em proporcionar condições para que os jogadores possam ganhar títulos e este será o primeiro para muitos. Quando os jogadores vêm para o FC Porto é para serem campeões e não para ficarem em segundo ou terceiro. Tenho ainda mais vontade de continuar para proporcionar aos outros algumas alegrias. É um prazer ver as pessoas felizes, a festejar as nossas vitórias nas ruas"

Casa do FCPorto de Tânger
"Vale a pena. Senti que havia uma grande expectativa pela inauguração desta casa e é um motivo de satisfação ver que o FC Porto continua a sua grande expansão. (...) É um sinal da universalidade do clube. (...) Esta tem um significado particular, porque temos no plantel um internacional marroquino [n.d.r. Tarik]. É uma coincidência interessante."

Sevilha no caminho para Marrocos
"Já tinha passado por Sevilha, mas lembrei-me da final da Taça UEFA e também de um torneio que ganhámos lá e cujo belo troféu está na sala de jantar do Dragão. (...) Sevilha é uma cidade que nos traz boas recordações."

Lisandro na selecção
Parece-me um absurdo que o Lisandro só tenha jogado quatro minutos. (...) Não éramos obrigados a autorizar a ida dos jogadores, mas fizemo-lo com boa vontade, até pelas expectativas do Lisandro. Agora, viajar do Porto ao Cairo para jogar apenas quatro minutos é um absurdo. (...) Se o seleccionador tinha mesmo interesse em vê-lo, deveria colocá-lo mais cedo em campo."

Renovação de Jesualdo
"Curiosamente, a renovação era para ter sido oficializada hoje [quarta-feira], mas, com esta viagem, ficou adiada para a próxima semana. Está tudo tratado, espero que não seja o último ano."

Taça de Portugal
"Fico preocupado por nos ter calhado o Setúbal. Dos três, não podia ser pior, ainda por cima em Setúbal. Não tivemos muita sorte. Seria mais bonito encontrá-los na final (...) É uma equipa muito bem orientada e fico feliz pelo trajecto que tem feito, porque sou um admirador do Carvalhal, que finalmente conseguiu construir uma equipa à sua imagem."

Declarações de Pinto da Costa em Marrocos na inaguração da Casa do FCPorto de Tânger (123ª Delegação).
Extractos retirados d'O Jogo

27 março 2008

Um Galgo do Futebol Moderno

Corria o defeso da temporada 2003/04. O FC Porto preparava uma temporada que se iria revelar memorável, com a consagração de melhor clube da Europa. Com José Mourinho ao leme dos azuis-e-brancos, e depois de uma temporada que havia culminado com a conquista da dobradinha a nível nacional e da Taça UEFA a nível europeu, os olhos estavam colocados na administração portista, e na forma como iria gerir o plantel a apresentar à sua equipa técnica.

"Ele é alto e eu gosto de jogadores altos, é rápido e eu gosto de jogadores rápidos, ganhou pouca coisa e eu gosto de jogadores que querem ganhar muita coisa!". Foram estas as primeiras palavras de Mourinho, bem ao seu estilo, como reacção à primeira contratação portista para a temporada de 2003/04. A 17 de Junho de 2003, José Bosingwa da Silva era apresentado de dragão ao peito, depois de uma operação relâmpago entre responsáveis do Porto e do Boavista FC. Apesar de não constar da lista prioritária do treinador português, Bosingwa havia sido a grande revelação do Boavista na época transacta, e era considerado um polivalente por natureza. O negócio envolvia ainda os atletas Ricardo Silva e Ricardo Sousa, assim como a realização de uma partida amigável entre as duas equipas. Aqui se iniciava mais uma história de sucesso no futebol português.

Nascido em 1982, em Kinshasa, na República Democrática do Congo, cedo a sua família o trouxe para Portugal. Bosingwa não tem sequer memórias da terra africana de onde é natural, e foi em Seia, distrito da Guarda, que deu os primeiros pontapés numa bola. Durante alguns anos desenvolveu o seu futebol num clube local, o Fornos de Algodres, onde chegou a treinar a equipa feminina de futebol. Como juvenil, tornou-se em mais uma descoberta da famosa e antiga equipa de prospecção boavisteira.

Rumando ao Estádio do Bessa, iniciou uma nova etapa na sua carreira. Com maior exigência, também com maior tranquilidade e qualidade para desenvolver as suas qualidades, José Bosingwa dividia-se entre o centro de treinos e a escola, situada a dois passos do Bessa. Recordo-me, como se fosse hoje, de falar com um colega de carteira do jovem jogador boavisteiro, que me dizia empolgado: "Vai ser um grande jogador, tenho a certeza. Quando jogamos nos intervalos ele ocupa todas as posições do campo, e consegue ser o melhor em qualquer uma delas.. detesta perder, e está constantemente a dar indicações aos colegas!". Conversas de miúdos, é certo. Coincidência ou não, José haveria de se revelar como um jogador dinâmico, polivalente, e cuja evolução foi notória dia após dia, jogo após jogo.

A nível de selecções, Bosingwa foi também presença constante. Referenciado como "José da Silva", recordo-me perfeitamente de o ver actuar nas selecções de Sub-20 e Sub-21. A primeira vez que o vi actuar, na sua posição de origem - médio centro - fiquei empolgadíssimo. Bosingwa parecia estar 5 anos à frente dos outros colegas, tal era a maturidade que aplicava em qualquer lance. De cabeça levantada, saía a jogar com a maior das facilidades, e tinha uma leitura de jogo invulgarmente boa para a idade. Rapidamente me quis informar a quem pertencia tão belo jogador - tratava-se de um miúdo das escolas axadrezadas. Com um ano de rodagem em Freamunde (2000/01), e dois na equipa sénior do Boavista, Bosingwa perdeu quase definitivamente o estatuto de trinco ou médio centro. Jaime Pacheco "puxou" por ele como nenhum outro até à altura, colocando-o a defesa lateral, médio interior direito, e até a extremo direito, onde as dificuldades ao nível de cruzamento eram evidentes. Em todo o caso, este jogador conseguia surpreender qualquer um, tal era a facilidade com que se adaptava a posições totalmente novas. Tecnicamente muito forte, e com uma estrutura física de um praticante de atletismo, Bosingwa tinha tudo para ser um dos melhores.

Chegado ao Dragão, Mourinho chegou a testá-lo em 5 posições na pré-temporada então realizada. Segundo o genial treinador portista, Bosingwa conseguia cumprir qb em 5 posições. Para além da sua posição de origem, e das outras três apostas distintas de Pacheco, Mourinho conseguiu ainda vislumbrar Bosingwa como um rápido e moderno defesa-central. As capacidades aéreas são hoje um trunfo de José Bosingwa, mas a posição de central foi a única que acabou por nunca ser desempenhada oficialmente.

O que é facto é que nos dias de hoje vemos um José Bosingwa que acumula como lateral-direito um pouco de tudo aquilo que absorveu nas posições que ocupou durante a sua carreira como futebolista. Defensivamente cada vez mais forte e consistente, não são poucas as vezes que o vemos a ganhar lances de cabeça dentro da área. Diagonaliza facilmente para a sua posição de origem, percorrendo o centro do terreno como peixe na água, mas consegue igualmente ser um quebra cabeças quando está encostado à linha lateral. Os cruzamentos, uma das suas antigas pechas, foi também algo muito trabalhado pelo luso-africano, e é hoje mais uma das suas inúmeras qualidades. Como titularíssimo na turma de Jesualdo Ferreira, e actualmente com 25 anos, atrevo-me a dizer que José Bosingwa absorve inteiramente a mística portista, revelando-se em campo como destaque de uma equipa moderna e adulta que Jesualdo conseguiu construir.

Com um pulmão que parece não terminar, Bosingwa estará certamente a viver uma época de sonho. Se no Porto as coisas correm bem, a titularidade no Euro 2008 é também uma realidade bem viva. E Bosingwa merece-o, pois é um jogador à antiga. Com raça e competência.

26 março 2008

O Presidente falou

Sinto-me como me sentia ontem, quando não estava pronunciado e era um dos muitos milhares de arguidos deste país.(...) Espero tudo porque quando nasceu o Apito Dourado, quando ouvi as primeiras acusações, pareceu-me um filme de ficção.

Falo tranquilamente ao telefone embora com cuidados porque não sabemos se do outro lado não pode estar uma rasteira.

Na justiça divina acredito e hoje quando soube que era pronunciado pedi a Deus é que se é verdade que eu dei um envelope ao árbitro, como descreve esse senhora, não no livro, no inquérito na judiciária em Lisboa, inquérito feito por um senhor de quem a irmã daquela senhora disse que a instriava naquilo que havia dizer. O que pedi a Deus foi que quem estiver a falar verdade que prove a sua inocência e quem estiver a mentir que lhe caiam as maiores desgraças e que nunca mais na vida consiga dormir com descanso. Quero que as pessoas tenham o tormento de não conseguirem dormir por estarem a fazer uma coisa que não corresponde à verdade.

O senhor está sujeito a que amanhã se alguém vier dizer e se interessar dar credibilidade a essa pessoa... No dia 14 ou 15 Maio de 2006, apareceu um sujeito no Correio da Manhã, ou no 24, a exibir coisas minhas, objectos meus, como tendo sido dados por essa senhora. São meus, não é nenhuma montagem, uma salva dada em Castelo de Paiva, fatos meus, e que ela tinha um plano para me extorquir 500 mil euros. Esse senhor ainda hoje não conheço. Essas peças foram entregues no tribunal e ainda não me foram devolvidas, apresentei queixa por roubo, a PSP de Gaia foi a sua casa e encontrou-as numa garagem, levou-as para a esquadra de Oliveira do Douro e devolveu-mas, inclusive foi fotografado no sítio onde tenho o museu e um busto meu que foi furtado. Está também pronunciado o indivíduo que chegou fogo ao meu escritório e ao de Lourenço Pinto a mando dela, está uma queixa na GNR com fotografias em que ela me devolve a casa da Madalena completamente destruída. Essa senhora também veio dizer que contratou indivíduos para matar o dr Bexiga. Mais do que para me incriminar a mim era para incriminar o Fernando Madureira por razoes que nada têm a ver com o assunto. Ouvimos declarações da irmã a dizer que ela era treinada por esse senhor da PJ.

Não tenho dúvida nenhuma que serei absolvido. Não quero que o assunto seja arquivado pelo facto de não haver provas, quero que o processo siga para a frente e que seja provada e que sejam ouvidas as pessoas e não é só a irmã.

Sinto-me importante porque sinto que há um plano para me atingir.

Como andaram a investigar a minha via verde, o meu cartão, andaram anos a fazer isto tudo para descobrir que houve um árbitro que ia arbitrar num jogo que não nos interessava nada porque o Porto era campeão, que foi a minha casa levado por um terceiro individuo para tratar de assuntos que nada tinha a ver com um jogo de futebol, no ano que o Porto é campeão da Europa...

Sei que há pessoas que tramaram isto.

Se fizer uma votação entre os adeptos do porto se querem que o Luís Filipe Vieira saia do Benfica, garanto que todos querem que ele continue.

Repare uma coisa, por falar no major, sabe quem é que o apoiou na Liga? Não fui eu, foi o LFV. O meu candidato era o José Guilherme Aguiar. A PJ descobriu os apitos dourados mas também havia lá facturas mais valiosas de relógios de outros clubes mas essas não interessavam.

Há pormenores que ajudam a compreender. Este processo em que fui pronunciado foi arquivado pelo MP, foi reaberto por causa de um livro mas no livro não diz nada, depois é que o livro foi rectificado num relatório da PJ por um tal senhor Sérgio Bagulho. Quando foi reaberto, há dois pormenores, no dia em que é nomeada Maria José Morgado para coordenadora do processo, o senhor LFV dá uma entrevista e diz agora sim, agora as coisas vão andar, não percebo porque, e nos dias seguintes o seu marido, Saldanha Sanchez, vai a SIC e diz que é preciso acabar com a corrupção no futebol porque o presidente do FCPorto disse em Gondomar que ganha 400 euros por mês e portanto há corrupção.

Nem conhecia o Dr. Almeida Pereira. Quando saiu a notícia de que estava indigitado para a PJ do Porto, o Sr. Cartaxana escreveu um artigo a dizer que ele era um habitué convidado do FCPorto nas viagens. Sei que o Dr. Almeida Pereira é benfiquista e assumidamente benfiquista, o que não quer dizer nada porque no Benfica também há boa gente. Essa impunidade em que os jornais vivem que faz com que as pessoas abdiquem dos lugares. O meu conhecimento com ele é cumprimentá-lo quando vai ao futebol, nunca falei com ele nem 30 segundos.

Nem confidencial nem sem ser, as únicas notícias para saber que vou ser arguído ou que vou perder esta acção é através do Correio da Manhã, não é lei, mas dão-me os resumos. O CM é que publicou oito dias antes de eu saber que era improcedente minha queixa contra o Estado, para além dos papéis que recebo a única informação que tem batido certo é a que sai no Correio da Manhã.

Quer pensem no Jorge Nuno quer pensem no Pinto da Costa ou no Lima, há uma coisa a que ninguém me associa: é a droga. Isso é que me dá uma grande tranquilidade de espírito, a mim ninguém associa o meu nome à droga.

Só queria aqui solenemente pedir a Deus que mostre a sua justiça divina e que as pessoas que inventaram esta história do envelope que nunca mais consigam dormir descansadas .

Extractos da entrevista dada ontem pelo presidente Pinto da Costa a Carlos Magno no Rádio Clube Português. Transcrições da entrevista retiradas do blog Bola na Área.

25 março 2008

Devaneios primaveris

Eu acho que devo andar a ler e a ouvir mal. Se calhar é de andar a dormir pouco já ando a ter alucinações.

Eu ouvi mesmo o Paulo Bento antes da final da taça da liga dizer que o Sporting estava a ter um bom ano e que os jogadores deveriam estar orgulhosos pela situação em que estão...? Eu ouvi bem quando o Paulo Bento afirmou e passo a citar "quem me dera que o Sporting estivesse nesta situação todos os anos...". Que situação? Em 5º lugar a 20 pontos do 1º?

É impressão minha ou a liga do Sporting este ano foi conseguir ganhar um jogo ao Porto...? Dá-me a impressão que para os sportinguistas ganhar a uma equipa como ao Porto foi como ganhar a liga uma vez que até alguns dizem. "-nós não somos muito inferiores ao Porto, até os ganhamos duas vezes este ano...não temos é regularidade no campeonato..."

Mas então agora a competição principal em Portugal para se ver qual é a melhor equipa é o quê? A taça da liga????? Ou a taça de Portugal??? Ou então se calhar é a taça uefa...

Descobri com o Sporting que afinal uma época boa não é ganhar o campeonato...É chegar a finais, seja da taça de Portugal, taça da liga ou da taça amizade e ganhar clássicos. Isso sim é ser a melhor equipa.

Jogar 30 jogos todos contra todos nas mesmas condições? Naaaa ,isso não quer dizer nada... É só o mais regular. O melhor mesmo é aquele que na taça da liga consegue ganhar nos penaltis ao Fatima ou ao Rio Ave e que chega a muitas finais...mesmo que não as ganhe ou mesmo que sejam da taça da liga... Isso não interessa, importante é estar em finais.

Li também Luisão esse grande defesa central do Benfica dizer algo que eu acho genial... "O Porto vai em 1º e já não o conseguimos apanhar mas não somos inferiores ao Porto".

Aplauso para o Luisão!!!! clap clap clap.

Brilhante!! Tese de doutoramento já.

Eu confesso, não me sinto preparado para perceber a profundidade desta afirmação... Então decidi dividi-la por partes:
1º O Porto vai em 1º--- Isso significa o quê? Ter mais pontos que todas as outras equipas do campeonato? E isso significa o quê? Ser melhor dizem vocês...Errado!!! E o que significa então??? Ser o mais regular segundo o Luisão... E isso numa competição que já se sabe que se disputa em 30 jornadas e que ganha quem tiver mais pontos no final não significa ser melhor arrisco eu...? NÃO!!Porra(perdoem-me mas estou mesmo enervado)... eu já não entendo nada, acho que devia voltar a fazer o ciclo…

Mas se calhar a 2ª parte já vou entender melhor...vamos lá ver:

2-"Sobram poucos jogos já não podemos apanhar o Porto..." -E eu pergunto mas se o Benfica é melhor porque é o Benfica que tem que apanhar o Porto e não o contrário? Porquê?? Luisão responde:
"-O Porto teve uma regularidade que nós não tivemos, principalmente em casa"
Maldita regularidade...Malditos jogos em casa... Detesto estas injustiças no futebol...Não gosto nada quando uma equipa ganha um campeonato de forma tremendamente injusta só porque é mais regular numa prova que é de 30 jornadas e ainda para mais tem a lata de ganhar os jogos em casa...
A isto eu chamo sorte... Eu queria era ver o Porto se em vez de ganhar os jogos em casa os perdesse! Ou em vez de ser regular se ganhasse apenas um jogo de mês a mês!! Ganhar um campeonato assim sim é de grande equipa. Agora ganhar um campeonato a ser regular e a ganhar mais jogos em casa que os outros aí até eu...

Por isso é que o futebol português não vai a lado nenhum. Enquanto continuar a haver equipas que ganham campeonatos pelo simples facto de em 30 jornadas fazerem mais pontos que os outros 14 rivais, enquanto isso acontecer meus amigos não haverá verdade desportiva e as melhores equipas não serão campeãs.

Aproveito desde já este espaço que me concedem para lançar um apelo a Hermínio Loureiro presidente da liga de clubes. Se ele quer mesmo o bem do futebol português que esqueça a taça da liga e mude mas é este campeonato injusto.

Para a próxima época proponho que o Porto não possa ganhar jogos em casa. Ganhar em casa não vale. E já agora para que o Sporting possa disputar a liga ,acabem com essa coisa chata de 30 jornadas... Façam sei la, coisas tipo fixes. Uma competição a eliminar mas em que o Porto só joga fora e há uma final four (melhor five ou six para o caso do Guimarães, Vitoria de Setúbal ou outros ficaram à frente do Sporting) em que se o Sporting conseguir ganhar uma vez ao Porto nem que seja com um golo em fora de jogo o Sporting ganha uma taça... E se o Benfica conseguir ganhar 3 jogos seguidos em casa ganha outra.

Acho que este modelo atrairia mais público e iria regenerar o futebol português.

Já agora se não for pedir muito e já que é Páscoa...É possível arranjar maneira de só dar sumaríssimos a jogadores do Porto mesmo em lances que o árbitro diga que viu...? Imaginemos: um jogador do Benfica dá cotoveladas todos os jogos, mas se o árbitro vir não o punimos nem discutimos nada porque o árbitro diz que viu o lance... Mas se um jogador do Porto agredir alguém mesmo que o árbitro apite falta e lhe dê cartão ou simplesmente analise o lance e não marque falta seria permitido à comissão disciplinar suspender o jogador do Porto à mesma. Isto sim senhor Herminio Loureiro, isto sim é trabalhar para que haja mais emoção nesta liga que nem com 20 carlsberg pra cabeça e 10 cheerleaders desnudadas tem interesse.

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Para me despedir e só para confirmar que eu não estou a ficar maluco...

O Luisão rematou mesmo toda esta nova teoria da relatividade com a seguinte afirmação?:
"-Não digo que o Porto tenha sido mais forte... até Dezembro tinham apenas mais 4 pontos que nós..."

Pára tudo!!!

Apenas 4 pontos mais?? Nós portistas devíamos ter vergonha na cara... sempre a armarmo-nos como se a nossa equipa fosse a melhor do campeonato... quando na verdade em Dezembro estava a "apenas" 4 pontos do Benfica... Só porque em Março estamos a 16 pontos do Benfica já temos a mania que somos os maiores... Esquecemo-nos é que em Dezembro, sim antes do Natal só estávamos a 4 e essa é que essa...

Devo confessar que escrevo este texto ás 5h da manhã porque nunca tinha visto as coisas por esta perspectiva... Paulo Bento e Luisão abriram-me os olhos... Já nem consigo dormir a pensar nisto...

Fui tão idiota...Como é que eu pude sequer ousar pensar que o Porto poderia este ano ser muito superior aos rivais por já ter a liga quase ganha a umas 5 ou 6 jornadas do fim...?Como??

Estou profundamente deprimido... Apenas 4 pontos de diferença em Dezembro!!!??? Mais deprimido fiquei quando me pus a pensar melhor e cheguei à conclusão que em Setembro estávamos a apenas 7 pontos de distância do Leiria...

7 pontos!!!O Leiria que vai descer de divisão já esteve a "apenas" 7 pontos do Porto!!

Isto é que é ser melhor? Não me lixem... Já sei que se digo isto a um adepto do Marítimo ele vai-me dizer "-melhor o Porto??? Tás maluco ou quê??? Como pode ser melhor se o Marítimo em Setembro até esteve em 1º com o mesmo número de pontos do Porto!!!?? O Porto não é melhor, foi apenas mais regular, é diferente... Ganhou os jogos em casa"

Triste o caminho que o futebol tomou... O negócio exige agora que os vencedores sejam aquelas equipas chatas que vencem mais vezes, até a porcaria dos jogos em casa...

Ainda há idiotas que dizem que o Porto é muito melhor que os rivais de Lisboa nestes últimos 20 anos só porque conquistou mais ligas que os dois clubes juntos... Isso quer dizer o quê?? Nada!! Foi mais regular e daí?? Aposto que em muitos desses campeonatos o Porto em Dezembro nem estava sequer a mais de 4 ou 5 pontos do 2º...

Provavelmente esses batoteiros até se puseram a ganhar os jogos todos em casa... Para este tipo de campeonatos não contem mais comigo. São equipas como o Porto que matam o futebol.

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Desculpem todos os portistas o facto de ter revelado a todos a mentira que temos vivido até hoje... Agradeço a lucidez e clareza de análise do Paulo Bento e o Luisão... sem eles continuaria a viver na ilusão que eu torço por aquele que é claramente o melhor clube português dos últimos 20 anos; que este ano esmagamos a concorrência e que vivemos num país com muita gente cega que já não sabe que mais desculpas inventar para o sucesso dos outros e o seu próprio insucesso e que já caem no ridículo de acreditar que somos todos idiotas e fazem afirmações tão absurdas que se por cada uma delas ganhássemos um euro já poderíamos ser nós a pagar os 40 milhões pelo Quaresma e o Pinto Da Costa nem tinha de por o euro.

Como diría o Jorge Palma "Portugal Portugal, de que é que tu estás à espera...?"

24 março 2008

O problema não é de Lisboa - O FUTEBOL

"Não faz sentido falar do Norte sem referir o futebol e, muito particularmente, o Futebol Clube do Porto.

O Futebol Clube do Porto é o exemplo de que quando queremos, conseguimos.

E lá temos o líder que falta em tudo o resto.

Quantos de nós já dissemos, ou ouvimos alguém dizer, que o que falta ao Norte é uma voz política como a do Pinto da Costa no futebol?

Mas ser-se adepto do FC Porto não é só achar piada à cor da camisola.

A propósito,
Dizem-me que, quando criança, levado por alguns familiares por maus caminhos, simpatizei com os lampiões.

Era o período áureo. Inícios da década de 60.

Um Tio meu, naturalmente que cheio de boa vontade, levou-me, teria eu meia dúzia de anos, ao estádio de Oeiras, julgo que à data Estádio Nacional pois ainda lá jogava a selecção nacional, ao Estádio de Alvalade e ao Estádio da Luz, onde me terá pendurado em cim duma ave para tirar uma fotografia. O meu Querido Tio, por quem, de resto, tenho um especial carinho, também ele natural do Porto mas emigrado em Lisboa, fez tudo isso cheio de boas intenções, mas penso que os problemas de pele que por vezes me apoquentam estarão relacionados com essas visitas.

Hoje ponderaria uma queixa por maus-tratos caso alguém fizesse isso a um meu filho.

Na minha adolescência, quando comecei a ganhar consciência das coisas, do que nos rodeia, fiz uma escolha racional pelo Futebol Clube do Porto e iniciei um namoro que, na década de 70, se transformou em paixão.

Isto ainda antes de ter cessado o jejum dos 19 anos.

Fascina-me ver alguns “portistas” que me são próximos, daqueles que dizem que antes de nascerem já o eram (mas que nos últimos 10 anos ainda não saíram do sofá para ver um jogo do Porto), dizer entre dentes “o gajo em miúdo não era do Porto” como que decretando que eles têm um estatuto de mais “portistas” do que eu. Meus amigos, tudo o que se passou comigo em matéria criminal até à adolescência não releva – ERA INIMPUTÁVEL. Mas, se houver um medidor de paixão, acho que a grande maioria deles ficará mal. Comigo, um empate dá 6 interrupções do sono durante a noite. Uma derrota, nem se fala. O que vale é que o Porto geralmente ganha!

Isto tudo para dizer que ser-se do FC Porto é muito mais do que ser só de um clube de futebol….É muito mais do que dizer-mos, em birra de criança, que a cor da camisola do nosso clube é mais bonita do que a do clube do nosso colega de escola ou de que a do clube do nosso vizinho.

Vai bem mais fundo do que tudo isso… Tem razões sociológicas associadas. Porventura só os adeptos do Atlético de Bilbau ou do Barça nos compreenderão.

Bom, mas, se na década de 60 era natural que a miudagem fosse atrás dos feitos do clube então reinante, também seria natural que desde há 25 anos a esta parte as crianças fossem atrás dos grandes feitos nacionais e internacionais do FC do Porto.

Apesar de toda a censura que tem sido feita aos êxitos do Porto, o Porto é, indiscutivelmente, o clube português que mais tem crescido, para além dos outros crescimentos, em matéria de adeptos.

O Porto só não é, já hoje, o clube português com mais adeptos, porque existe um branqueamento dos feitos desportivos por parte de toda em imprensa, maioritariamente de Lisboa, que censura as façanhas do Porto.

Se as crianças deste País, ao longo dos últimos 25 anos, vissem retratada, nos jornais expostos nos quiosques ao lado das suas escolas, a verdade desportiva, isto é, que os tais jornais nacionais espelhassem nas primeiras páginas os feitos do grande triunfador destes últimos 25 anos, seguramente que mais de 80% desta nova geração seria adepta do Futebol Clube do Porto.

Infelizmente, o que vêem as crianças nas tais capas e nos programas desportivos dos canais de televisão (com honrosa excepção do Porto Canal)? Por um lado, e em letras garrafais, o elogio à mediocridade, e por outro, em letras minúsculas, o esconder das façanhas dos melhores.

Acho que muitas dessas crianças já se terão lembrado da fábula “o rei vai nu”…

E, infelizmente, também no desporto temos mais uma vez o paradigma do centralismo.

Vejamos o que Lisboa fez com a selecção nacional.

Criaram um seleccionador à moda de Lisboa que escolhe os jogadores para jogarem por Portugal.

Para mais, um seleccionador estrangeiro.

Que nos recentes anos de ouro do Porto, 2003 e 2004, não se dignou vir às Antas e ao Dragão ver jogos do Porto.

Que não explicou aos Portugueses, e muito particularmente aos Nortenhos, a razão pela qual não considerava sequer 3ª opção o melhor guarda-redes português – Vítor Baia.

Limitando-se a dizer que era por razões técnicas que o não convocava.

Chegando ao cúmulo de não admitir que os jornalistas portugueses, em Portugal e a tratar da selecção nacional de Portugal, lhe fizessem perguntas acerca deste caso.

Mas a verdade é que Vítor Baia foi considerado no ano de 2004 o MELHOR GUARDA-REDES DA EUROPA.

Ficaram então todos os portugueses a saber aquilo que nós portistas já há muito sabíamos, ou seja, que não era por questões técnicas que o Vítor Baia não era convocado.

E então quais foram essas razões?

Nós só queríamos, e queremos, saber quais! Acho que somos pessoas razoáveis para compreender a decisão caso nos fossem explicadas as razões que, naturalmente, teriam de ser MUITO FORTES.

ESTÁ POR EXPLICAR E NÓS NÃO NOS ESQUECEMOS.

Deixo aqui a seguinte pergunta:
Se o Vítor Baia fosse o guarda-redes de um dos clubes de Lisboa e aparecesse um seleccionador brasileiro que, sem motivo aparente e contra uma realidade evidente (era o melhor), o deixasse de convocar, o que aconteceria?

Quantas vezes teria ido Gilberto Madail à Assembleia da República, dar explicações acerca disso?"

5º e último texto escrito por Manuel Cerqueira Gomes sob o título "
O problema não é Lisboa" publicados no blog Bússola por Manuel Serrão.

22 março 2008

O meu Futebol Clube do Porto

E porque estamos na Páscoa, nada melhor que colocar no Portistas de Bancada um texto escrito pelo meu afilhado. Com nove anos de idade e sócio do FCPorto desde os dois, com o patrocínio do padrinho, pois claro, já que está numa família de outras cores, o meu afilhado é um grande portista e irá receber de folar, nada mais, nada menos, que o melhor presente que poderia desejar, um equipamento do FCPorto com o número 7 do Quaresma, seu jogador preferido no FCPorto, já que Deco é ainda para ele, e sempre será, o melhor, até porque o primeiro equipamento que lhe ofereci foi precisamente o do mágico. Tendo tomado conhecimento do blog do padrinho na passada semana, tomou a iniciativa de escrever o texto que se segue com a sua visão do FC Porto e do actual campeonato, com equipas e imagens escolhidas pelo próprio.

"O FC Porto actualmente é a melhor equipa Portuguesa.
Ele já ganhou:

1 Campeonato da liga.
4 Campeonatos de Portugal.
22 Campeonatos da primeira divisão.
13 Taças de Portugal.
14 Supertaças Nacionais.
15 Supertaças “Cândido Oliveira”.

2 Taças dos Campeões Europeus.
1 Taça Uefa.
1 Supertaça Europeia.
2 Taças Intercontinentais.

Na próxima jornada FC Porto vai defrontar o Belenenses. Na primeira volta o FC Porto empatou a 1 bola. H. Postiga marcou o golo e na 2ª parte o Zé Pedro empatou pelo Belenenses.

O onze mais provável é:

Acho que o FC Porto vai ganhar 3-1 ao Belenenses.

O FC Porto está perto do “Tri-Campeonato” e já só faltam 5 pontos. Lidera o campeonato com mais 16 pontos que o segundo classificado.

Para a Taça de Portugal acho o Vitória de Setúbal um grande adversário, mas não acho que ganhe ao grande do "Norte". Acho que na final vai estar o FC Porto e o SL Benfica, com vitória do FC Porto por 2-0.

O Lucho Gonzalez é considerado o melhor jogador do FC Porto, mas o jogador de quem eu mais gosto é do Quaresma.

Acho o Jesualdo Ferreira um grande treinador e o onze que eu gosto mais é:

Para mim campeonato português vai terminar assim:

1º FC Porto – com mais de 20 pontos de avanço sobre o 2º classificado.
2º V. Guimarães – que está a fazer um grande campeonato.
3º SL Benfica – que está cada vez pior.
4º V. Setúbal – tem jogadores muito bons, como o Pitbull, por isso… cuidado!
5º S. Braga - mudou de treinador por 3 vezes e tem que melhorar.
6º Belenenses – perdeu 6 pontos mas a culpa é do clube porque mete o “Meyong” que esta época 2007/2008 já esta a fazer a terceira liga.
7º Sporting CP– a única equipa portuguesa na Uefa, mas na próxima época acho que não vai às competições europeias.

O melhor marcador do campeonato é do FC Porto:

- Lisandro Lopes, para já tem 19 golos.

PORTO "TRI-CAMPEÂO"!!!!!!

FFS, 16 de Março de 2008"

DESEJO UMA BOA PÁSCOA PARA TODOS OS PORTISTAS DE BANCADA!!!!