30 agosto 2009

Sempre a voar com Falcao

Naval, 1 -- FC Porto, 3
Uma paragem no campeonato para os adeptos afinarem o coro para saudar cada golo de Falcao, em vez de as claques provocarem desacatos...
Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves, Álvaro (Sapunaru 78); Mariano (Rodriguez 61), Fernando, Belluschi, Meireles; Varela e Falcao (Farias 71).
Golos: Falcao 8, Varela 60, Rolando 75pb, Farias 76
Onde o FC Porto sofreu a última derrota para o campeonato, a 1 de Novembro de 2008, agora retomou o rumo das vitórias fora. Onde a equipa foi errática e descoordenada, há 26 jogos atrás da Liga portuguesa, agora foi mandona e impôs-se naturalmente.
Enquanto o dia foi marcado por desacatos de energúmenos a caminho da Figueira, com honras de abertura de telejornais também a comprovar o marasmo noticioso de um país a banhos e que se sobressalta se ruir uma falésia na praia, só por estarem associados ao FC Porto, o jogo foi assinalado pela força tranquila dos tetracampeões. Ainda que até com relaxamento excessivo em períodos do jogo que fizeram perigar a vantagem e mesmo que, no fim de contas, como de costume, as análises radiofónicas e televisivas apontassem para uma vitória pela margem mínima pela reacção navalista, a verdade é que o FC Porto venceu com tranquilidade e com três golos, tal como na ronda anterior, além de um novo autogolo como em Paços de Ferreira.
Será uma festa quando um adversário fizer um golo à segura defesa portista, até porque a equipa tem os mecanismos defensivos afinados salvo o persistente nervosismo de Álvaro que até obrigou, também por força do amarelo, a meter Sapunaru na direita e Fucile derivando para a esquerda.
Mas o ataque continua a fazer estragos, a despeito da saída de Lisandro, da perda do autocondutor Lucho e mesmo a ausência do "malcriado" Hulk. Parece que os reforços "fraquinhos" do FC Porto, que deviam permitir apenas a "luta pela manutenção", estão a dar conta do recado, mesmo esse pedregulho indistinto chamado Varela que, por não estar num clube lisbonense, não tem cotação a certo nível idiosincrático de opiniões publicadas mas ontem foi, a par de Falcao, o homem do jogo.
Falcao que, aliás, vai no terceiro jogo seguido a marcar e voltar a fazer alarde da sua fiabilidade técnica de ponta-de-lança, marcando a passe de Varela e retribuindo para o negrão marcar o 2-0 pela hora de jogo. Dois reforços ditos "fraquinhos" que, momentaneamente, sabemos que nem merecerá uma das habituais manchestes dos pasquins lisbonenses, colocaram o FC Porto na liderança, provisoriamente já sabemos, mas com um futebol autoritário que bem contrasta com o jogo confuso e decadente do tempo em que a Naval impôs a última derrota doméstica aos dragões.
Parece, pois, que não vale a pena falar mais nada, o FC Porto ganhou e quase nem é notícia, de tão banal, ainda que a equipa careça de afinação em certos mecanismos que a fase precoce da época não consolida senão com tempo e apesar de este sobrar por 15 dias vão faltar os jogadores de saída para as selecções.
Quando derem por ela, se o FC Porto não fizer um embaraçoso retrocesso futebolístico como quando pedeu com Leixões (o senhor que se segue e no Dragão de novo) e Naval, depois da ascensão à liderança com triunfo categórico em Alvalade, o campeonato vai andar atrás do tetracampeão. Isto, claro, se Jesualdo não andar atrás do mecanismo de reintegração de Hulk no onze, enquanto o Cebola irá melhorar a condição física atrasada por lesão na pré-época, mas destes problemas tomara os rivais terem, por abundância e categoria indiscutível dos seus jogadores de primeira escolha e das opções de banco.
Quando Varela fez o 2-0 pareceu que o jogo estava sentenciado, mas ao 2-1 por infelicidade de Rolando, a tecla de Farias voltou a funcionar e novo golo a saltar do banco, o que comprova a profundidade do plantel portista tão discutida nesta fase da época passada em que nem a presença de Lucho e Lisandro mantiveram a equipa a flutuar, ao passo que agora navega em águas tranquilas. 

29 agosto 2009

Continuar a navegar nas águas das vitórias

"Vai ser uma deslocação difícil, porque a Naval é uma boa equipa, joga num estádio pequeno e que, por ter perdido o último jogo, vai apresentar uma motivação acrescida ao defrontar o FC Porto. Teremos pela frente, como temos sempre nos jogos fora de casa, um jogo de grau de dificuldade elevado".

" O facto de a nossa equipa ter estado bem no jogo com o Nacional não retira nada ao nosso momento, à nossa realidade. Temos muito trabalho pela frente, muita margem para crescer e estamos ainda longe daquilo que pretendemos para a equipa. Acima de tudo, temos a consciência clara do que temos pela frente. O jogo com o Nacional não alterou nada neste contexto, foi um bom teste, mas a nossa realidade é a de que temos de trabalhar muito."

"Temos uma base que venceu o Tetra e que já trabalha connosco há algum tempo e um conjunto de jogadores que chegaram agora e que tem de fazer o seu percurso. Temos, por isso, muito trabalho pela frente. Não perdemos de vista os caminhos que queremos seguir e queremos ter sempre um quadro de jogadores apto a estar presente em todas as competições que o FC Porto enfrenta". Jesualdo Ferreira in site oficial


Num terreno onde na época passada, e pela última vez no campeonato, o FCPorto foi infeliz, sendo, posteriormente, o ponto de viragem para a conquista do Tetracampeonato, aposto que na 3ª jornada a equipa portista se apresentará com a mesma equipa titular do jogo contra o Nacional da Madeira. Dúvida, apenas uma, a presença de Rodriguez no onze, presença essa que acredito será inevitável num futuro próximo, mas duvidosa numa altura em que, pelo menos confirmam ao relatos nos treinos, ainda não se encontra a 100 %.

Continuar a manter a invencibilidade fora de portas será o objectivo, sendo que a vitória é o único pensamento. Manter a mesma atitude, sendo eficaz logo na primeira oportunidade de golo será o primeiro passo para a vitória. Para isso contarmos com Falcao animicamente motivado, com Varela a soltar-se e Belluschi a mostrar classe em tudo o que faz e a equipa a crescer tacticamente.
FCPorto-Associação Naval 1º Maio ( 3º Jornada Liga Sagres 2009/2010 ) Estádio Municipal José Bento Pessoa
21:15 horas, Sportv
Árbitro- Elmano Santos ( AF Madeira)





26 agosto 2009

FC Porto sozinho na Champions

Para já em caixa entram "sem querer" mais 3 milhões de euros pelo aumento do prémio de presença (mais 1,1ME) e a fatia de TV pool que caberia ao Sporting (1,65ME na época passada). O sorteio que traga a Fiorentina e um clube inglês da praxe...
O sorteio de amanhã à tarde dos grupos da Champions deixa o FC Porto como único representante português, pois ao Sporting titubeante de Paulo Bento nem o Bruno Paixão inglês a negar dois penáltis à Fiorentina ajudou.
E, deste modo, o FC Porto tem a certeza de ficar com a totalidade do pool televisivo atribuído a Portugal, uma verba que rondou os 3,5 milhões de euros repartida na época passada por dragões (1,9ME) e leões (1,6ME), pelo que esta fatia caberá ao FC Porto se atingir pelo menos os oitavos-de-final. Mas com o aumento dos prémios de presença (de 6 para 7,1ME), é possível que a fatia televisiva aumente também, pelo que a valoração da quota de mercado portuguesa, pela transmissão dos jogos do tetracampeão nacional, deve subir. No fundo, depende muito da fase de competição atingida, o total de jogos disputados e mesmo o nível e reconhecimento dos adversários. E tem vindo a melhorar, pois já foi da ordem dos 2,5ME. 
Defrontar ingleses ou espanhóis, por exemplo, dá uma ajuda, pelo rating televisivo que faz subir a fatia do pool de cada equipa e para o sorteio de hoje deve ser inevitável sair uma equipa inglesa, como tem sucedido ultimamenten. Ao menos que saia ao FC Porto a pobre Fiorentina, que mostrou ser fraco oponente que os leões não souberam contrariar. É que do pote 3 a escolher, a Fiorentina é mesmo dos adversários mais acessíveis, enquanto do pote 4 há muito por onde escolher de tão pouco cotados são os adversários.
Há para todos os gostos, incluindo sair o Marselha de Lucho ao FC Porto, e quem quiser fazer o totobola faça favor. Antevejo um inglês, a Fiorentina e o Rubin Kazan, só por ser diferente como o APOEL e o Debrecen, também estreantes nesta fase da prova.
Mas do pote 1, dos tubarões, ando há tempos com a perspectiva de voltarmos a defrontar o Bayern. O que nem era mau de todo.

Notícias do FC Porto, do burlesco até ao incrível sem Hulk

Falcao, Hulk, até Adriano, a Carolina, o Cardozo, o Liedson, o Carmo e a Trindade - que manancial!
Para quem está de férias, por aí, desligado da tv e preguiçoso para ir comprar o jornal "depois da linha férrea" enquanto escolho o peixe fresco em V.P. Âncora, vislumbrar uns títulos nos pasquins que, algo envergonhadamente, se vêem numa ou noutra esplanada, o choque com a realidade da net, quando se pode aceder com alguma relutância, é brutal.
A exibição de Falcao, com movimentação excelente e prontidão no remate, estranhamente não apareceu nas manchetes. O Jogo pegou bem na abundância do ataque portista, em quantidade e variedade de lances. Faltou referir que o conjunto mais concretizador da Liga tem:
- o dobro dos golos da equipa mais badalada da pré-época
- metade dos penáltis assinalados a favor face a essa mesma equipa
- 50% dos "livres de 11 metros" (Manuel Machado dixit) desperdiçados pelo colunável Cardozo
- dois golos (50% dos seus golos) em lances de bola corrida
- e, posso ser suspeito, mas acredito que tem muito mais futebol que qualqur outra equipa, por mais pintada (nos jornais) que seja
Ora, não é preciso prometer jogar o dobro, como o fazedor de promessas, sem que se vislumbre algo mais do que as habituais "bolas paradas". O FC Porto, segundo O Jogo, tem porém o estigma Hulk que vi chamado não sei porquê à 1ª página, enquanto noutra se vê qualquer coisa sobre um tal Kléber que não fará os 20 e tal golos que prevejo para Falcao na Liga portuguesa, mas isso sou eu apanhado do sol deliciosamente benevolente em Agosto.
Deve ser por isso, também, que ouço repetidamente uma acentuação espanholada não sei porquê num rapaz que tem nome português e parece que é brasileiro chamado Ramires, mas deve ser assim quando se perdem as contas aos portugueses da equipa - Quim não tarda a sair, tal como sai mal dos postes - e sobram sul-americanos que ficaram do outro lado da linha das 360 milhas a oeste de Cabo Verde segundo o Tratado de Tordesilhas. Sendo que nesta cidade espanhola comemora-se a chegada de uma rainha na Idade Média como se fosse uma nova apresentação de craque que ninguém conhece no Benfica, ou é influência desse Já vi que dá cacetada sem jeito mas sob o beneplácito dos árbitros do regime. 
Confesso que, consumado o empréstimo definitivo de Adriano ao Braga, quando li umas letras gordas em fundo negro e um "E tudo" qualquer coisa no Rascord pensei ser a entrevista prometida do brasileiro com a ameaça de "saiam da frente" mal ele abra a boca. Mas é o Paulo Bento, que pensei ser notícia apenas na altura em que seja corrido do Sporting, porque promessas de "forever" e tal é para Jesus e decerto para cumprir...
Ao chegar à net, altas horas da noite, o noticiário do FC Porto propaga-se com emoções fortes por um atropelamento do José Carmo, ironicamente um portista que conheço bem, quando queria enquadrar a Carolina com um carro à saída do tribunal. Pensei que fosse resolvido o caso do estampanço de um jipe de alta cilindrada numa noite na Ponte da Arrábida, para variar o local de outras noites, mas não tive notícias de qualquer julgamento e, na verdade, como só li os destaques nem sei se houve julgamento porque nada assoprou além desse vento forte de excitação de um toque de um carro num "chapeiro" dos jornais.
Não sei se houve algo mais importante que retivesse a minha atenção nas férias que de estirpe alta só mesmo por ser no Minho, em vias de uma incursão às Astúrias e Cantábria. Tenho é que me pôr a pau com a GNR, com toda a gente destacada para a estrada que até se esqueceu do FC Porto (mais uma notícia!) no hotel.
Algo de sonante, porque audível e visível, parece que só os hélis que vi esta tarde descarregar uns baldes de água num fogo de mata pequeno que não pensei justificarem tanto desperdício, não de água mas de benzina para as borboletas de ferro (chegaram a acorrer dois aparelhos), desproporcionado para o fogo que, em boa verdade, não existiu (é zona de mato rasteiro mesmo). Mas como havia fumo, para se fazer uma notícia lá apareceram os hélis e darão conta, certamente, de missão cumprida e registo para a posteridade e orgulho dos ministros que coincidem no Allgarve e fazem o frete de ir ver uma arriba que caiu ao mar como se fosse só isso em vias de desaparecer de Portugal.
Mas de fogo, mais que de mar, ainda se vai escrevendo as nomeações arbitrais, mas não arbitrárias, para os jogos do FC Porto. Depois do Xistrema e do João "Pode vir o João" que não marca penáltis e só empurrado pelo árbitro-auxiliar, lá teremos o Elmano na linha antevista de bons rapazes capazes de atrapalhar a marcha do campeão para o penta. Com nome de Elmano, depois do jogo marcho logo a Espanha e deixo Carlos Queirós escolher à força o Liedson que para muitos soa tanto a português que apanhou a tal alergia aos golos dos nossos avançados. Mas parece que ninguém discute nada, está tudo a banhos e bolas de berlim na praia.

23 agosto 2009

Falcao quebra ferrolho e abre caminho para vitória folgada

FCPORTO 3 - 0 C.D.NACIONAL
Marcadores: Falcao ( 66' gp), Rolando ( 73') e Rodriguez ( 86')


EQUIPA: Heltón, Álvaro, Fucile,Bruno Alves,Rolando, Fernando ( Farias 79'), Belluschi, Raúl Meireles ( Valeri 75´), Mariano, Varela ( Rodriguez 67') e Falcao

Foi quase uma vitória arrancada a ferros, mas acabou por ser um resultado tranquilo, aquele conquistado pelo FCPorto frente a uma equipa que confirmou a suas credenciais, o Nacional da Madeira apresentou-se bem organizado defensivamente, procurando tapar os caminhos da sua baliza, com um meio-corpo combativo, como na partida da época passada digo que Leandro Salino é um nome a fixar muito atentamente, e até, quando FCPorto deixava espaço, procurava ser atrevido no ataque, mas sem nenhuma oportunidade de golo.


Mas, o FCPorto conquistou uma vitória inquestionável, embora com números exagerados perante o que o Nacional tinha feito, sobretudo defendido, até à expulsão de dois jogadores, a equipa Tetracampeã foi sempre a melhor, mais esclarecida e com mais oportunidades de golo, fazendo até lembrar velhos hábitos em casa.


O jogo até começou bem agradável, muito disputado de parte a parte, com Varela, que hoje se mostrou mais solto embora necessite de ser mais atrevido não tendo medo de rematar, e Falcao nos lugares de Hulk e Farias, o Nacional da Madeira entrou decidido a complicar a vida ao FCPorto, mas aos 6 minutos Falcao deu o mote, num remate espontâneo, levando a bola embater no poste e na recarga Varela falha por pouco.


Até ao intervalo, a partida teve momentos interessantes, muito táctico de parte em parte, muito disputado no meio-campo, com a equipa portista a querer esticar o jogo, jogando muito pelas laterais, apenas faltando o acerto no último passe, além da eficácia, pareceu-me que a equipa ainda se está a habituar à maneira de jogar de Falcao, o que é normal, tendo este último rubricado uma exibição muito interessante, surpreendendo-me o seu “faro de golo”, não tendo qualquer problema em rematar à baliza, seja de que forma. Será que ainda necessitamos de mais um homem na área ?


Na segunda parte, o FCPorto entrou muito mais forte, logo no primeiro minuto, Varela cruzou de forma impecável e o jogador do Nacional tira o golo a Falcao, a pressão portista acentuava-se cada vez mais, adivinhando-se o golo a qualquer momento.


Até que, aos 66 minutos, tudo se alterou, Varela serve Mariano tendo este rematado e quando a bola se encaminharia para a baliza, Cléber desviou a sua rota com a mão, penalti sem dúvida, expulsão para o jogador nacionalista, que entretanto ainda vê mais um jogador seu expulso por, pensa-se, protestos. Falcao, o jogador que mais merecia um golo até ao momento, tratou de marcar o penalti sem hipóteses.


A partir daí, o jogo terminou, o ritmo baixou imenso, o FCPorto começou a jogar à vontade, sem oposição e passou a custar mais o tempo a passar.

Passados 7 minutos, num canto marcado por Belluschi, outra exibição interessante do reforço portista, Falcao cabeceou mas Rolando desviou a bola fazendo o segundo golo dos Tetracampeões.


Até ao fim, Rodriguez, que tinha entrado para o lugar de Varela, ainda teve tempo para empurrar a bola para a baliza, concluindo uma boa jogada de envolvimento portista, com Valeri a desmarcar exemplarmente Farias e este a servir o uruguaio que pôs um ponto final no resultado.


Por último, registe-se a excelente assistência, 40.309 espectadores, mas a comprovar um velho, e mau, hábito português, em vez do público puxar pela equipa, é o inverso que acontece, houve momentos em que o silêncio era quase total, excepção ao apoio das duas claques organizadas.


Para a semana, deslocação desta vez a um campo onde o ano passado não foi feliz, espera-se esta atitude, talvez com um pouco mais de eficácia, se bem que tenha marcado 3 golos, mas até o primeiro golo não esteve tão eficaz como no resto da partida.


Mas saiu-se com a sensação que estamos no bom caminho.


Começar bem em casa é essencial

«Espero um FC Porto afirmativo, no sentido de termos pela frente o primeiro jogo em casa, a segunda jornada do campeonato e o facto de este encontro acontecer depois de não termos ganho a partida anterior. Queremos ganhar o jogo. Um FC Porto afirmativo dependerá também da diferença entre a postura do Nacional e a do FC Paços de Ferreira. Espero, por parte da minha equipa, um comportamento superior ao do último jogo».

«O Nacional foi quarto classificado no último campeonato, jogou ontem frente ao Zenit, uma equipa de topo do futebol russo e europeu, e foi capaz de ganhar e marcar quatro golos. Vamos defrontar uma bela equipa, composta por jogadores de grande qualidade e orientada por um bom treinador. Estamos perante um cen
ário que indicia um bom espectáculo e esperamos ter o Estádio do Dragão cheio»
«Considero que a equipa ainda está muito longe daquilo que pretendemos para esta época, mas está mais adiantada e melhor do que no mesmo período do ano passado. Os jogadores já têm algum trabalho dentro da equipa e do clube e a nossa tarefa é a de modelar e preparar a equipa e pô-la a jogar para ganhar. Temos de preparar os jogadores para a equipa e toda a gente tem de trabalhar para “fazer avançar o barco”». Jesualdo Ferreira in site FCPorto

Jesualdo Ferreira prometeu, na pré-época, que a equipa do FCPorto teria que fazer uma melhor época nos jogos em casa do que a temporada 2008/2009, onde nem sempre esteve bem e os golos escassearam.
Sendo assim, o FCPorto encontrou o adversário ideal para começar o campeonato em casa da melhor forma possível, ou seja, a vencer.

O Nacional da Madeira, além de ser bem
orientado, tem um excelente conjunto que, na 5ª feira, segundo rezam as crónicas, criaram bastantes dificuldades ao Zenit, além disso costuma se dar bem com os ares do Dragão.

Sendo assim, o FCPorto tem todas as condições para esquecer as más exibições e fazer um grande jogo frente a uma grande equipa. Sem Hul
k, castigado, aposto em Falcao para titular e para o regresso de Varela ao onze inicial.

FCPorto - C.D. Nacional ( 2ª jornada da Liga Sagres 2009/2010)
Estádio do Dragão
20:15 horas, SportTV
Árbitro: João Ferreira




22 agosto 2009

Rodriguez como surpresa nos convocados

A chamada de Rodriguez é a grande novidade nos convocados de Jesualdo Ferreira para o encontro, referente à 2ª jornada da Liga Sagres, contra o Nacional da Madeira no Estádio do Dragão. Apesar de ter treinado com limitações durante toda a semana, o uruguaio acabou por ser convocado por Jesualdo Ferreira. Como novidades também se registam a inclusão de Maicon e Sapunaru, saindo Hulk ( por castigo), Nuno André Coelho e Tomás Costa. Aqui ficam os convocados:

Guarda-redes: Helton e Beto;

Defesas: Bruno Alves , Fucile, Rolando, Álvaro Pereira, Maicon e Sapunaru;

Médios: Raul Meireles, Guarín, Belluschi, Valeri e Fernando;

Avançados: Falcao, Rodríguez, Mariano, Varela e Farias.

Hulk...sempre noticia

O FCPorto publicou no seu site oficial um vídeo sobre as faltas das quais Hulk tem vindo a ser vitima, constantemente e com a devida ajuda das equipas de arbitragem para com os faltosos, nos campos portugueses. Aqui fica o vídeo:




Faltas não assinaladas

--» V. Guimarães-FC Porto (4 de Abril de 2009)

Minuto 24: Hulk atingido com cotovelada.

Minuto 78: Hulk sofre tackle frontal.

--» Paços de Ferreira-FC Porto (16 de Agosto de 2009)

Minuto 31: Hulk sofre toque na coxa, provocando desequilíbrio quando tinha a bola dominada.

Faltas assinaladas sem cartão

--» Estrela da Amadora-FC Porto (22 de Abril de 2009)

Minuto 8: Hulk atingido tackle lateral, com risco para a integridade física. Saiu lesionado e perdeu vários jogos decisivos.

--» V. Guimarães-FC Porto

Minuto 1: Hulk sofre tackle lateral.

Minuto 28: Hulk sofre entrada impetuosa perto da grande área.

Minuto 38: Hulk derrubado, após placagem, quando inicia contra-ataque.

Minuto 67: Hulk sofre novo tackle lateral.

Faltas assinaladas só com cartão amarelo

--» V. Guimarães-FC Porto

Minuto 31: Hulk sofre entrada violenta.

Minuto 81: Hulk atingido por nova entrada violenta por trás.

Expulsão por falta não assinalada

--» Paços de Ferreira-FC Porto


Minuto 56: Hulk é admoestado com segundo cartão amarelo, por falta que não foi assinalada. Jogo recomeçou com pontapé de baliza, conforme indicação do árbitro.

Renovação até 2014 com claúsula de rescisão de 100 milhões de euros

Como prova de confiança do seu valor, o FCPorto renovou o contrato do jogador brasileiro por mais duas épocas, agora o contrato finda em 2014, colocando uma claúsula de 100 milhões de euros, além de ter oferecido um aumento salarial. Resta aguardar a compra, por parte do FCPorto, de mais alguma percentagem do seu passe, recorde-se que os Tetracampeões apenas têm 50 %

Jesualdo fala de Hulk

«Sobre a situação do Hulk, as considerações que foram feitas em devido tempo não tiveram em conta um conjunto de situações importantes que toda a gente deve ter em atenção. Já o referi anteriormente: de acordo com as indicações da UEFA e da FIFA, é importante proteger o jogo. O que aconteceu com o Hulk em Paços de Ferreira foi um desarme, que o árbitro não considerou falta e que acabou por assinalar pontapé de baliza. Só depois tomou a decisão de expulsar o jogador».

«O FC Porto renovou contrato com o Hulk por ser um jogador importante para o clube. Todos pretendemos um jogo mais emotivo, de mais qualidade e em que os jogadores de maior qualidade não sejam sistematicamente castigados. Há um quadro de leis muito claras que tem de ser aplicado e é necessária coragem para aplicar esse regulamento. No futebol português sempre houve, e vai continuar a haver, jogadores talentosos e esses jogadores devem ser protegidos, precisamente para que a emotividade e o espectáculo sejam protegidos»

«Tem de haver, da parte de quem é responsável e quem regula o futebol, ideias definidas e actuações em consonância com essas ideias. Não estou a desculpar o Hulk. Ele continua num processo de aprendizagem, ainda é novo e vai continuar a evoluir para chegar onde queremos que ele chegue. Garanto é que não vamos tirar-lhe o talento, a entrega e o profissionalismo com que encara cada momento do jogo. Posso assegurar-vos que o Hulk não é mal-educado. Os jogadores do FC Porto sabem perfeitamente qual é a nossa linguagem e o nosso pensamento em campo, nos treinos e nas cabines, mas é evidente que também estranham o que se vai passando ao seu redor». declarações retiradas do site oficial FCPorto

21 agosto 2009

Carlos "Marc Batta" Xistra

E quanto ao João "Pode Vir o João" Ferreira, é tudo questão de nomeações cirúrgicas, tal como na época passada e no momento em que o FC Porto refaz a sua equipa o Xistrema serve para atrapalhar
Parece que não estamos sozinhos nesta cruzada da credibilidade do futebol português e no apontar de erros sistemáticos das arbitragens que defraudam os resultados. Independentemente do que o FC Porto pode dizer ou não, com a aceitação dos adeptos ou repulsa pela inacção e o silêncio contra um sistemático e virulento efeito arbitral que penaliza a sua equipa, também o Reflexão Portista se juntou à causa, sem deixar cair em saco roto a miserável atitude de Carlos Xistra na condução dos jogos do FC Porto.
O enumerar de casos deste árbitro contra o FC Porto, naquele confrade da blueosfera portista, praticamente abarca os mais recentes exemplos desta cancerígena forma de arbitrar e o primeiro, de que me lembro bem, que ditou a primeira derrota de Mourinho no FC Porto (2-3 com o Beira-Mar).
Mas vou ajudar mais ainda, porque tenho memória para tanto ou mais.
Os adeptos portugueses habituaram-se a citar o exemplo de Marc Batta ao mostrar amarelo a Rui Costa quando saía do campo para uma substituição num Alemanha-Portugal. Um cartão que ditou a sua expulsão (foi o segundo amarelo), perante a estupefacção geral, com Portugal a ganhar em Berlim 1-0 e perto de um triunfo que,a 10 minutos do fim, poderia valer uma qualificação para o Mundial-98, depois falhada com as culpas assacadas, como é da praxe, a Artur Jorge, que então ficou privado de fazer a substituição e Portugal sofreu o empate a jogar com 10.
Tanto Marc Batta na memória, porém, e ninguém se lembrou de "etiquetar" um árbitro português como tal. Pois este inefável Carlos Xistra é o Marc Batta português, pois conseguiu dar um amarelo a Jorginho quando este saía para uma substituição num Académica-Porto, no primeiro ano de Jesualdo
Mais: Xistra conseguiu inventar um penálti contra o FC Porto por alegado derrube de Cech a um academista que não se verificou e a Académica reduziu para 1-2 (resultado final).
Mas não só. Xistra protagonizou uma cena caricata, ainda no tempo de Adriaanse no Dragão, num Porto-Marítimo, ao marcar um penálti indevido contra os madeirenses, com 1-0 no marcador. Alertado pelo fiscal-de-linha e perante a risota de todo o estádio, Xistra voltou atrás e não marcou penálti.
Sobre Xistra só tenho a dizer: cuidem-se, porque está aí outro Bruno Paixão, igualmente imbecil e inabalável nas suas ditatoriais e ridículas decisões. Tomem nota.
Isto é só para fazer o ponto da situação. E neste ponto há que lembrar, a propósito da nomeação de João Ferreira para a recepção no domingo ao Nacional.
A nomeação do célebre João "Pode Vir o João" Ferreira, da afamada escuta telefónica elucidativa com Luis Filipe, o santo, ao telefone, vem na esteira das indicações de árbitros que trazem um histórico de participações negativas contra o FC Porto. Mas mais do que os nomes, a sensação das nomeações é que são cirúrgicas, escolhendo-se aqueles que podem atrapalhar o FC Porto.
Foi assim na época passada, com aquelas inenarráveis arbitragens de Jorge Sousa na Luz e Pedro Proença em Vila do Conde, com empates do FC Porto que deviam ter sido vitórias. Agora é o Xistrema no seu esplendor, de modo a atrapalhar a reorganização da equipa. Tal como há um ano, o onze portista está a ser burilado com peças novas e requer tempo e, se possível, com bons resultados para animar. As arbitragens podem ser um empecilho no arranque de uma época com nova quipa. Já vimos isso e no domingo vai haver mais arrelias e mais do mesmo da arbitragem.
Mas é por este e por outros que não vou ao estádio.
Sigo o conselho, sábio, de Vítor Pereira: desconfia?, não acredita?... Então não vá ao estádio!
E sem Hulk muito menos. Para ver árbitros também sei escolher os jogos. E não são de cá. A Liga que os ature e o Madaíl deixe de comentar as arbitragens estrangeiras e pôr em causa regras há muito estabelecidas como o amarelo por um jogador levantar a camisola ao festejar um golo (Vukcevic).
Ele devia preocupar-se, e muitos outros, com o Marc Batta português, o Lucílio Vigarista, o Olarápio Incompetência, e o João "Pode Vir o João" Ferreira tão querido do Luís Filipe.

18 agosto 2009

Antes malcriado que sarrafeiro!

O castigo de Hulk vai permitir ver o famigerado critério dos árbitros nas faltas assinaladas e na disciplina em campo durante duas semanas sem o melhor jogador do campeonato em campo. É uma pena os relatórios dos árbitros não serem públicos...
Hulk leva dois jogos de castigo, mas se o campeonato "pensa" ficar livre de um pesadelo o certo é que vai passar 15 dias no sofá do psiquiatra, entre adivinhar as intenções para agressões, identificar as faltas merecedoras de sanção disciplinar, as interrupções incessantes do jogo e os ouvidos mais sensíveis dos árbitros.
É preferível assim? Eu prefiro que Hulk seja castigado como malcriado do que como sarrafeiro!
É que Hulk foi injustamente sancionado por uma falta não cometida - pelo menos com a aparência de violência de que foi revestida arbitrariamente - e recebeu ordem de expulsão por segundo amarelo pelo inefável Xistrema da arbitragem lusitana que destrói a credibilidade do jogo, falseando resultados, enquanto mina a sua autoridade e imparcialidade de forma perene. Até quando?
Nem me importa mais que tenha visto vermelho directo como proclamaram, ou apenas um castigo pelo duplo amarelo e outro castigo, porventura sem cartão (é dispensável se o árbitro escreve no relatório eventuais ofensas), por palavras alegadamente injuriosas que o miserável árbitro albicastrense deve ter ouvido pela primeira vez na carreira para o mencionar de forma oficial.
É que chamar filho da puta ao árbitro ou dizer-lhe para meter os cartões no cu é muito português e quantos de nós já não o proclamaram?
Mas dar sarrafada para ser expulso, daquela que o próprio Hulk recebe impunemente como bem sabe a pesada consciência do mauzinho Xistra, não é coisa nem do jogador nem do futebol português e ficava mal que Hulk fosse penalizado assim.
Xistra marca a carreira de Hulk em Portugal com esta expulsão, como jogador do FC Porto a quem não são perdoados certos devaneios. Como antes Elmano uma vez expulsou Lucho e João Ferreira o Benny McCarthy por recusar que Rui Jorge se sentasse nas suas costas.
Era pecaminoso que Hulk fosse penalizado por dar uma cacetada, ele que só jogou na bola à parte a entrada de risco que devia saber evitar mas que teve contornos de total legalidade. Ele já foi selvatiamente perseguido em Guimarães com total condescendência deste miserável árbitro natural da Covilhã e não demorou a ser ceifado para perder um mês no final de época com o mesmo juiz de campo incapaz de um cartãozito sequer a um defesa do E. Amadora.
O que fica para a história é isto: dois jogos sem Hulk e dois jogos certamente com Carlos Xistra. O futebol português é assim... Adeptos e críticos também o preferem.
É pena que os relatórios dos árbitros não sejam públicos, porque continuo sem saber se o 1º amarelo a Hulk foi por protestos ou por pedir cartão a Cássio por demorar num pontapé de baliza, o que me pareceu pela TV. Disto e do seu contrário já vimos o suficiente na 1ª jornada para o desequilíbrio do campeonato a nível disciplinar se mostrar permissivo a equipas violentas e entradas a matar.
Parece que a CD da Liga está de férias para ver com atenção os simuladores de agressões e de penáltis...
Porque aos costumes diz nada, excepto se for algo que penalize o FC Porto.
p.s. - o Sporting lá escapou de mais uma goleada caseira, mas teve o coro de virgens ofendidas contra o árbitro húngaro que não podia ver uma agressão de um italiano por uma pega com a bola tão própria do futebol mediterrânico e só vista na TV. Além de subvalorizarem as cinco flagrantes ocasiões de golo da Fiorentina, os amplificadores do regime não deixaram de notar que "uma equipa e os jogadores ficam perturbados quando não são assinaladas faltas e agressões". Parece que só Hulk não tem esta condescendência e não é só dos árbitros por cá. Por outro lado, também ouvi, e bem, que o "jogo faltoso reiterado" merece amarelo, o que também é esquecido quando quem sofre esse jogo truculento é o FC Porto. As diferenças de tratamento nunca são só dos árbitros a quem não cabe só a lealdade e respeito que equipas e jogadores merecem em campo, em jogos domésticos ou nos internacionais. Até porque os árbitros da estranja não sancionam todas as faltas que Liedson pede e reclama sem levar amarelo, vamos ver como será por cá mas já adivinhamos...

17 agosto 2009

Mas há alguém que se ria?...

Manu como Hulk, os agressores passam impunes e o melhor é comer e calar? Quaresma chegou a ser o portista mis "indisciplinado" enquanto as atenções se viravam contra Bruno Alves por ter só um cartão; Lisandro viu quatro cartões em seis jornadas. Depois fartam-se e vão-se embora: mandam tudo isto à merda e levam a razão com eles...
Vou insistir no tema da defesa dos (bons) jogadores: eles são tão poucos em Portugal e tão desvalorizados até de forma reles e de uma baixeza de carácter que tal indiferença dói tanto como as muitas pancadas que levam. Depois da perseguição de que  Hulk tem sido vítima, com a complacência dos árbitros que agora virou impaciência com os seus protestos, vimos Manu ser agredido por duas vezes, uma delas até a fugir do lado de fora do campo. A diferença é que as agressões ao veloz maritimista nem cartão mereceram, enquanto Hulk farta-se de ser puxado, agarrado, rasteirado, travado e até com faltas assinaladas contra si (dividida com Kelly à entrada da área) e tem de ficar-se, levar, comer e calar.
A condescendência dos árbitros com o jogo feio, a falta sistemática e uma indiferença face ao jogo que diz de toda a sua impreparação para o dirigir, só tem paralelo com o encolher de ombros do público perante o massacre aos jogadores talentosos. Não é que tenha de se estender uma passadeira à sua passagem, mas há limites para o jogo faltoso e há, acima de tudo, necessidade de moralizar: ou punir os prevaricadores, o que raramente acontece e enaltece-se até a marcação individual que trate de por qualquer meio impedir o adversário de fazer jogo, ou permitir o futebol feio e faltoso que em Portugal vive de contacto físico fora da lei, com muito agarrão, muito jogo de braços, muita falta pequenina, muita faltinha, muita rasteira e cada vez mais, com a pressão alta, a começar no meio-campo do próprio adversário. Lembre-se como Filipe Anunciação - que sabe o que é marcar alguém na Luz e ser expulso! - travou sem meias medidas Hulk ainda nos primeiros 35 metros de campo do FC Porto.
A propósito de Hulk ter de comer e calar, vou recordar a quem quiser tomar nota dois factos recentes:
- a despeito de o FC Porto ter acabado o campeonato 2007-08 com 20 pontos de avanço, houve campanha contra Bruno Alves que só tinha um amarelo... enquanto Quaresma se tornou, com pouco destaque e nenhum significado especial atribuído ao facto, o mais "indisciplinado", salvo erro com 7 amarelos. Fartou-se de levar porrada, anos a fio, mas os árbitros achavam que resmungava muito: lá foi à sua vida, farto desta mediocridade mesmo que, lá fora, agora não se encontre a sua magia.
- Lisandro somou quatro cartões amarelos nas seis primeiras jornadas da época passada e passou depois meio campeonato até ver o 5º amarelo para a suspensão da ordem que muitos ansiavam. Pelo meio, o caricato da sua suspensão por alegada simulação num penálti contra o Benfica, ao mesmo tempo que se reconhecia ter existido um sobre Lucho mas desvalorizava-se o facto em favor do lance que ditou o 1-1 final. É claro que, por vários motivos, Licha foi à sua vida e levou a razão consigo, mais a sua categoria.
Eu pasmo com a irritação que o comportamento de Hulk pode ter em protestos que tem de controlar face aos árbitros que fecham os olhos às faltas que travam a sua velocidade. Parece que os árbitros têm receio de mostrar amarelos sem razão, ou então por protestos por parecer que os portistas protestam mais que os adversários, e estou a lembrar-me de mais um catedrático como Duarte Gomes a "amarelar" Fucile no Restelo na época passada, numa suposta falta junto à área do Belenenses.
Os adeptos do FC Porto, ou alguns tão anjinhos como dizem que Hulk é, não distinguem as faltas e o seu critério quando são assinaladas contra o FC Porto, além de uma intolerância contra os seus jogadores que não se vê no confronto dos árbitros com jogadores do Benfica e do Sporting.      
A jornada de uma vitória só
Não vi o jogo do Benfica, nem o do Sporting, apenas os resumos, mas vi o suficiente para assistir a duas entradas a matar sobre Manu, um rapaz pouco valorizado mas com muito futebol e uma velocidade estonteante para um jogador português. Enquanto o afamado Saviola sacou uma falta à entrada da área e um penálti ao arrastar os pés para forçar o contacto com os adversários maritimistas, fornecendo a tónica geral do que é o jogo do Benfica na Luz de pressão permanente sobre os árbitros como já tinha visto no amigável com o Atl. Madrid, Manu foi alvo de tentativas de agressão do género das que vimos há um ano de Carlos Martins sobre Sapunaru e de Nuno Gomes sobre o mesmo Sapunaru, entradas a varrer, às pernas, agressões puras. Nem Jorge Sousa, então, nem Artur Soares Dias este domingo sancionaram o jogo violento.
Mas também estes aspectos são pouco valorizados e esmiuçados pela crítica, seja a de cariz profissional nos meios de comunicação apropriados, seja nos blogues. Não se dá a ideia de um futebol sarrafeiro e doentiamente concentrado em não perder de modo a que só se assistiu a um triunfo e sacado a ferros pelo Braga quase a fechar o jogo. Empates, amigos, empates justificados por isto e por aquilo, também por ser início de época, mas empates e não é por acaso, por muitas atenuantes que encontrem.
Qual o melhor 1-1? O do Sporting?
Li, ainda, que a despeito de os três grandes terem empatado 1-1 o Sporting, pasme-se, foi o de melhor nota, o melhor resultado dos três.
Avaliemos, então:
- Sporting, perde na 1ª parte e empata só num canto e num autogolo, Enschede repete-se e eu bem dizia que há ali twentelight zone e muita macumba para segurar o pobre Bento, de ideias, discurso e noção de futebol que, além dos próprios adeptos, exaspera um que seja neutro e o ouça meia dúzia de vezes;
- FC Porto, perde na 1ª parte com um autoglo tão infeliz como inacreditável, um twentelight zone ao contrário para os portistas que, com 10 homens, conseguem empatar num grande golo do estreante Falcao e a despeito de perder toda a cerebralidade do seu sector de construção (sem Meireles e Belluschi);
- Benfica, perde na 1ª parte, sofrendo um penálti, e acima de tudo não traz a magia que proclamaram na pré-época, empatando quase no fim num lance de bola parada e depois de falhar um penálti "cavado" por Saviola, o farsola que promete falar de si quando for Filipe Anunciação a marcá-lo...
Posto isto, quem teria mais motivos para ficar satisfeito com o seu 1-1?
São leituras, são opiniões mas há-as tão ridículas que felizmente não matam.
A leitura das incidências da arbitragem segue a tónica geral: desde que prejudiquem o FC Porto está tudo bem, se não afectarem o Benfica e até puderem ajudar um pouquinho vai melhor ainda.
A 1ª jornada já tinha bons motivos para longas discussões, com todas as imagens presentes e alguns comentários também. Para se perceber a desonestidade que campeia e, isso sim, retira credibilidade e seriedade ao jogo. Porque este, nas suas dimensões várias, não é tido em conta. Só os resultados. E com as opiniões que se conhecem. É este o cerne da questão. Porque as avaliações aos "mais" e "menos" das equipas são, também, viciados por aquilo que se projecta que possam fazer, idealizações e conceitos nunca verificados a não ser no imaginário dos mais delirantes exercícios de profissão de fé a ver se muda a cor do título. 
Que o Sporting, então favorecido nesta ronda, siga a sua capacidade de atrair a sorte agora com a Fiorentina. (mas não venham queixar-se da frieza italiana, etc. e tal). 

16 agosto 2009

Bruxo, o ladrão surripiou a jóia!...

Paços de Ferreira, 1 - FC Porto, 1
Porque Falcao voo sobre o Xistrema...
Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves, Álvaro; Fernando, Belluschi (Tomás Costa 79), Raul Meireles (Falcao 45); Mariano, Hulk e Farias (Varela 60).
1-0 Fucile 12pb; 1-1 Falcao 74
O futebol português não é dado a reflexões, sobre o que é bom e mau, o que se deve melhorar e erradicar o que está mal. Por isso não sai da cepa torta, no que a credibilidade e imagem positiva merece. Se desse para pensar sobre si próprio, em vez das capelinhas da arbitragem e dos santuários da disciplina, este jogo suscitaria o debate aceso que merece.
Porque há que optar entre árbitros como Carlos Xistra e jogadores como Hulk. Infelizmente, como o primeiro temos aos montes e, pior ainda, o cheiro é nauseabundo. Como o explosivo brasileiro, anda todo o mundo a pensar como e quando levá-lo. Ontem, o árbitro ganhou, expulsou o jogador e o FC Porto pode dar-se por muito feliz por sacar um pontito na Mata Real onde a ordem era caçar Hulk de qualquer modo.
Enquanto não há discussão séria e objectiva, os árbitros vão estragando os jogos e os melhores jogadores emigrarão. Fatalmente. O fado do nosso futebol. O que o marca há décadas, desde sempre seguramente.
Mas como esta discussão terá poucos fóruns e alguns ainda acharão cedo para o fazer, porventura quando todos os outros se puderem queixar, alguns tentarão perceber a razão de Jesualdo ter retirado Varela do onze, pois na pré-época e na Supertaça o extremo foi titular. Bem, são opções e para o meio-campo musculado - Ricardo para a frente da defesa, mas era um terceiro central, com a estreia de Danielson ao lado de Kelly no eixo defensivo - pacense o técnico portista preferiu Farías na área, abrindo as alas com Hulk e Mariano para ter Meireles e Belluschi no meio a dar jogo. 
Mariano é capaz de dar largura ao 4x3x3, mas não muita profundidade. Ajuda a fechar no flanco e transforma o sistema em 4x4x2. O FC Porto pretenderia "retirar" o Paços de trás. Pareceu ser a intenção, mas fica já a primeira quebra da "filosofia" e o 4x3x3 com Varela, Hulk e Mariano cedeu à chamada do homem de área. 
Ora bem, sobre o homem de área, o voo de Falcao para o golo do empate, num salto excelente e um cabeceamento fantástico, parecem desmentir os que acreditam não termos ali um ponta-de-lança. Essa polémica, pelo menos ficou esvaziada para os detractores que decerto descobrirão também que as selecções desgastam a meio da semana e Meireles provou-o com a saída ao intervalo.
O jogo começou inclinado para o FC Porto e tornou-se uma monanha difícil de escalar. Logo porque Fucile esteve envolvido em mais um dos inacreditáveis e bizarros golos, com a bola batendo nas suas costas para entrar na baliza na sequência de um canto em que Ricardo, com Rolando, cabeceia mal mas a bola não foi para fora e traiu Helton com o costado do uruguaio que nem estava em frente à baliza...
Acabaria em aflição, com o golo no ar de Falcao, num improvável bom cruzamento de Fucile entre tantos maus cruzamentos dos portistas desde as bandas. Mas a aflição foi por Hulk ter sido expulso com cerca de uma hora de jogo e o FC Porto superar o Xistrema da arbitragem com alguma raça mas muito atabalhoamento.
Para cúmulo, o jogo acabou com um fora-de-jogo mal tirado a um pacense que se isolava e passara Helton, mas um fora-de-jogo tirado pelo auxiliar que também impedira, na 1ª parte, Farias de se isolar e Hulk numa segunda vaga. Além de um penálti não visto - mas que o totó da SportTV disse ter sido "uma bola dividida" - por agarrao evidente de Kelly sobre Farias e do qual, na sobra, Belluschi atirou à barra, gorando-se o empate.
Hulk, escapando milagrosamente ao fora-de-jogo por reflexo pavloviano, ainda se isolou quase no intervalo, mas não bateu Cássio que antes também negara o golo num excelente remate após drible de Belluschi.
Mas Hulk não escapou ao proverbial sentido táctico de Carlos Xistra, o árbitro que deixa baterem-lhe impunemente e nada faz. Carlos Xistra, abencerragem albicastrense da arbitragem de regime castrense tão querido do antigamente pela submissão aos poderes lisbonenses, acha normal que Filipe Anunciação vá ao meio-campo defensivo do FC Porto placar Hulk, travando-o logo a 70 metros da baliza. Aliás, amarelos por faltas só foram dois, um à entrada da área pacense e outro a Mariano quase no fim. Mas amarelos por pedir amarelo (Hulk) e por protestar (William) não faltaram. Ainda que seja curial que os jogadores levem umas lições de civismo e conhecimento de novas directrizes - essa de levar amarelo por pedir amarelo vai ser gira no tocante ao alargardo critério dos específicos árbitros portugueses -, os nossos árbitros continuam a mandar às malvas o bom senso.
É claro que, com 1-0 e Hulk travado sempre e bem longe da área pacense, começaram as simulações e Filipe Anunciação tentou fingir uma agressão para Hulk ser expulso.
Bem, metade da equipa pacense, mais o treinador no seu banco, pediu marelo (o segundo) para Hulk, mas estranhamente ninguém viu amarelo... Mais tarde, depois de múltiplas infracções que deveriam levar amarelo por serem acçõs reiteradas, sem alguém levar amarelo, pois levou-o Hulk, jogando a bola num jogo arriscado em que Danielson também simulou ter partido pelo menos uma perna. Era uma entrada de risco, mas foi na bola, só que para o árbitro isso conta pouco e Xistra parecia destinado a expulsar o jogador que consabidamente não sabe proteger.
Com 10, e depois de Jesualdo ter metido Falcao junto a Farias, houve que retirar um, entrou Varela, mas a saída de Belluschi deixou a Mariano, sob pena de esgotamento como veio  suceder,  tarefa de carrilar jogo com a ajuda de Fucile, pois Álvaro teve estreia para equecer. E lá da direita saiu o cruzamento forte e um voo imprevisto a evitar a derrota.
Deu para contrariar o Xistrema. E, assim, já não foi mau.   

13 agosto 2009

Puseram o (ladrão) relapso Xistra a guardar a jóia Hulk

Os cancros visíveis em Portugal: arbitragem e justiça/disciplina. Do reino da impunidade ao reino do faz-de-conta. O que tem Pinto Monteiro, mais dado a leituras de cordel, a ver com o futebol e a saúde, negligenciando a sua função de PGR?

Uma vez mais vou usar um exemplo do futebol para falar do País e as suas idiosincrasias. E vice-versa, com os defeitos tugas em ambos os casos. O que tem a ver o caso da denúncia de um ministro quanto a comportamento antissociais e crimes públicos que a autoridade competente devia averiguar com o futebol da treta deste País de brandos costumes e brincadeiras sérias que não são tomadas em conta?

Há coincidência entre Carlos Xistra e Pinto Monteiro? Há. São produtos da mediocridade reinante em Portugal, eleitos para funções, cargos ou estatutos por favores de alguém e sob manto de traficância de influências, tão ao gosto da opacidade que mascara tudo o que é elegível neste Pais da treta onde nada parece ser levado a sério.

A nomeação de Carlos Xistra para o Paços-Porto de domingo é mais um atentado ao bom senso por parte do nomeador Vítor Pereira, da Comissão de Arbitragem da Liga. O árbitro deixou que os vimaranenses perseguissem selvaticamente Hulk, há uns meses. Isto na época passada em que o responsável pela arbitragem profissional começou por defender que a prioridade era salvaguardar os artistas da bola. Esta época, o inefável e invisível Pereira ainda nada disse, mas já mostrou que aos costumes diz nada. Ou tudo. Por omissão. Acções para melhoria da arbitragem é que não se vêem.

O Carlos Xistra que permitiu todas as agressões a Hulk no V. Guimarães-FC Porto, em Abril, foi o mesmo que dias antes concedeu generosamente dois penáltis ao Sporting frente aos dragões na famigerada semifinal da Taça da Liga em Alvalade, por supostos toques penalizadores de defensores portistas na sua área. Critério curto e largo, consoante as circunstâncias penalizassem ou favorecessem o FC Porto.

Temos mais, já esta época. Na grande abertura oficial com a Supertaça em 2009-2010, o árbitro portuense Jorge Sousa protagonizou o proverbial duplo sentido da sua arbitragem, típica dos apitos lusitanos de trazer por casa. Até o miserável Rascord notou que dois pacenses deviam ter sido expulsos por entradas violentas, uma delas sobre Hulk da forma mais grosseira que se viu antes em Guimarães. É de notar que o imbecil que notou estas falhas da arbitragem conseguiu dar-lhe nota 4, como se a sarrafada tenha curso tão livre como as pedradas para interromper e por fim decidir sobre uma "final" do campeonato de juniores.

O mesmo Jorge Sousa que permitiu a licenciosidade pacense em Aveiro é aquele que em Agosto de 2008 obrigava cada canto do FC Porto, uns 6 ou 7 no jogo todo, a um interminável processo de aviso aos defesas benfiquistas no clássico da Luz, por agarrarem sistematicamente - e num caso até com Luisão a agredir Sapunaru - os jogadores portistas. Não havia canto que demorasse 4 ou 5 minutos a marcar e, com a quebra de concentração, tornando-os ineficazes na perspectiva da equipa atacante, o FC Porto.

Pois, então, põem o ladrão relapso Carlos Xistra a vigiar a jóia Hulk que supostamente, salvo a opinião desencontrada com o bom senso de Paulo Bento, devia ser preservada para bem do espectáculo em Portugal. Hulk que foi negligentemente protegido em Guimarães é a galinha dos ovos de ouro a quem deixaram a raposa a vigiar a capoeira.

Virando a página nesta caricata imagem de facilitismo em Portugal, não bastava a ridícula justiça/disciplina do futebol português - afundada na indiferença geral e internacional do pífio Apito Final que sofre tratos de polé em qualquer instância independente e suprapares - e temos a Justiça no seu pior como garante do regime democrático no País a saldo e alvo de todas as manigâncias.

A denúncia da ministra da Saúde, única no Governo a merecer nota positiva, sobre os contágios deliberados atribuídos a alguns cidadãos e sob pena de crime e prisão até 8 anos, foi mandada para canto por outro inefável e invisível detentor de cargo público: o sonso e serrano Pinto Monteiro diz que alguém denuncie com caso concreto para o seu Ministério Público actuar.

Oa bem, o MP que Pinto Monteiro diz ser coutada de "duques, barões e marqueses" em que ele certamente será o bastião-mor, esse instrumento de investigação criminal, e defensor da legalidade supostamente instituída num Estado de Direito, nada faz ainda que a Lei, que devia salvaguardar e defender como no futebol é pedido a árbitros mesmo da estirpe reles de Carlos Xistra, obrigue o MP a intervir, sem necessidade de denúncia como manda o crime público que é o que está em causa.

Haja um cidadão que publique um livro, chame-se Carolina para dizer mal de Pinto da Costa ou um Carolino para dizer mal de Pinto da Costa como agora está de novo a suceder por causa do novo casamento do presidente portista, e o MP actuará. Basta uma literatura de cordel que a Morgado da justiça entrará em campo. O MP não cumpre o seu papel, preferindo fazer de palhaço nos tribunais onde chega com acusações cheias de nada e condenadas ao insucesso, mas se algum caso pessoal lhe chegar às mãos haverá perseguição individual tolerada, e amplificada nos altifalantes do regime, por um árbitro que devia ser isento e actuante em nome da legalidade mas que nada faz e fecha os olhos à mais simples arbitrariedade.

É um país de mafiosos, pois, por isso perigoso. Só Figo achará que o País assim, entregue a um charlatão licenciado a um domingo e com quatro cadeiras feitas pelo mesmo professor com prova de exame enviada por fax, está bem e recomenda-se. Donde se prova que nem as gentes do futebol dão sinais de integridade e clarividência. E o futebol e o País estão como estão.

p.s. - a Liga já informa com mais antecedência as alterações à próxima jornada: na terça-feira, em vez da sexta-feira, já se sabia os horários da 2ª ronda. Mas a problemáutica da arbitragem é que continua sem solucionáutica, como diria o saudoso Raul Solnado.