30 novembro 2010

Bin Laden ou Nobel da Paz (VI)?

Retomemos a arbitragem do Sporting-Porto, mal digerido o clássico de cá pelas patifarias do costume em Alvalade, e depois da indigestão em muita gentinha reles e triste por causa do clássico de ontem em Espanha para o qual Mourinho bem precisava da ajuda de um tuga como Olarápio para superar o Barcelona.
A Imprensa Porreiro, Pá cá da paróquia bem pode fazer de conta que não existiu (mais um) roubo em Lisboa em prejuízo do FC Porto.

Aos imbecis do costume, que cagam postas de pescada em tácticas, modelos e Leis do Jogo, deu-lhes aquela diarreia mental habitual em vez de fazerem de conta que não ouvem, não vêem e não falam. Para dizer que o fora-de-jogo, escandaloso, no golo leonino é de difícil detecção só mesmo equiparado à maldade da realização televisiva do evento, que remeteu para o intervalo, envergonhadamente, a clareza da imagem do lance irregular e impossível de passar ou despercebido à vista desarmada ou, pior, achado como "coisa milimétrica" depois de revistas as imagens. Tal e qual o fora-de-jogo ainda mais evidente e escandaloso do Benfica-FC Porto de há quase um ano em que só no dia seguinte, e após muitas demonstrações da marosca e da cegueira conveniente de um estúpido auxiliar de arbitragem que podia manejar uma esfregona em vez de uma bandeirinha, se deu conta da irregularidade, sem enfatizar-se a enormidade da mesma.
O energúmeno da direita, o Jorge (definitivamente) Rouba, não tem culpa no cartório pela asneira da grossa e reiterada do seu auxiliar nº 1, aí chapado em baixo.
Mas, tal como na Luz em 2008, Agosto, foi permitido todo o tipo de entradas aos adversários do FC Porto. Quem não se lembra das patadas autênticas de Carlos Martins, primeiro, e Nuno Gomes, na 2ª parte, ambos sobre Sapunaru?
Jorge Rouba Sousa ainda é glosado nos fóruns da manada como (ex)adepto dos SuperDragões, enquanto em Paredes é tão reconhecidamente benfiquista como o Daniel da RTPN que alguns, tolinhos, também achavam há tempos que tinha simpatia pelo FC Porto.
Confesso que me palpitava o João "Pode vir o João" Fereira para o clássico. O Vi-te ó Pereira era capaz disso. Era preciso um empata jogos, um árbitro que não deixe que os resultados se definam, alguém que pusesse um travão à marcha imparável do líder que, refreado em Guimarães por outro mestre da intriga com nome suspeito que confunde com o Xistrema, Carlos Xistra garantiu há umas jornadas. João "Pode vir o João" Ferreira era o ideal, até por não ter apitado nenhum jogo da Liga com o FC Porto mas tendo feito valer a sua marca na Supertaça (da édige da FPF) em Aveiro onde permitiu quatro agressões gratuitas a jogadores do FC Porto.
Esse árbitro da famosa escola de Setúbal, de resto, fez um trabalho nessa esteira no Porto-Sporting de 2009 (0-0), permitindo toda a agressividade aos leõezinhos que, arredados do título, tinham de apagar os 0-5 com o Bayern. Um empate animaria o Benfquique Flores, como veio a suceder. Num Sporting-Porto, em 2005, João "Pode vir o João" Ferreira ao qual nem na cova se libertará do estigma dos favores ao mafioso do gang "lá do Sul" conseguiu expulsar McCarthy depois de Rui Jorge se sentar nas costas do sul-africano e expulsar Seitaridis num penálti claro mas que não justificava mais do que o amarelo por jogar a bola com a mão sem uma evidente ocasião de golo.
Mas Jorge "Rouba" Sousa também tem o perfil de João "Pode vir o João" Ferreira. Permtiu não só os pitons de Maniche na barriga da perna de Moutinho, o Sapunaru de circunstância que o árbitro de Lordelo, Paredes deixou maltratar na Luz em 2008. Desde o início, mais de meia dúzia de cacetadas dos leõezinhos empertigados não em disputas de bola ocasionais, mas sempre por trás, sempre nos gémos das pernas de Varela, Belluschi, Hulk, Moutinho e Fernando. Como é que André Leão, muito elogiado pelos bacocos comentaristas, acaba sem um cartão pelo menos está ao nível da impunidade em que amiúde goza o distinto futebol agressivo do Benfica como se viu na época passada e sem a qual, essa contemporização dos árbitros, os meninos mimados da Luz não se habituam a jogar sob pena de levarem cartões a que não estão habituados.
E da mesma forma que o Sporting de Paulo Bento baixava o pau frente ao FC Porto, o jogo de linhas recuadas do Sporting de Paulo Sérgio, além de uma questão estratégica, baseava-se em travar fosse como fosse a progressão dos portistas. Daí o aparente ascendente da 1ª parte, anulando no seu terço do campo o futebol portista mas, por ser precisamente um jogo de espera, ficando sempre muito longe da baliza de Helton que só em pontapé para a frente (vidé o golo irregular) e em remates de longe (bola na trave de Pedro Mendes) era capaz de alvejar a baliza de Helton. O Sporting não teve uma ocasião de golo na área.
André Santos, portanto, foi o primeiro a bater, em Moutinho, por trás e até à cacetada infame de Maniche ocorreram uma meia dúzia delas, sem punição do árbitro.
Já com Maicon expulso, sem ter feito falta para consumar o habitual teatro do artista Liedson, num excesso de zelo de Jorge "Rouba" Sousa que deixou o FC Porto com 10 quando já empatara e ameaçava a baliza leonina, foi a vez de André Villas-Boas ir para o balneário mais cedo. Ele diz que contestou a dualidade de critérios disciplinares do árbitro. E tinha razão. Era revoltante. Mas os jogadores portistas sabiam que bastava colarem-se às costas de um adversário que, como eles queriam e provocavam, era falta óbvia. Isso chama-se não aprender com os erros e ninguém sanou a coisa. Sapunaru fez uma das faltas para que servem os costados de Postiga e nada a dizer. Ao protestar, sendo expulso, ao menos chamando a atenção do árbitro para a discricionariedade disciplinar, AVB teve o mérito de acordar o árbitro, pois até final, mesmo em suprioridade numérica, o Sporting acabou por ver mais cartões, muitos mais...
Mas para a arbitragem ser completamente enviesada, apesar da imbecilidade dos comentaristas que a avaliaram positivamente na generalidade, mostrando o que a casa gasta e do que gosta, só mesmo um habitual golo irregular leonino ao FC Porto.
Lembro-me daquele golo da Argentina ao México no Mundial, de Tevez (1-0), só possível num auxiliar a dormir na forma. Sendo italiano, na ocasião, custou-me mais a aceitar, pela experiência de que desfrutam no "calcio". Logo a FIFA o arrumou da cena... Por cá...

... Não é possível condescender com a asneira de José Ramalho. Custou-me, de resto, acreditar que só eu tenha referenciado o sujeito como o que levou o famoso cachaço do diabo da Luz, aquela coisa de somenos que justificou apenas do Bosta da Liga 1500 euros de multa, para indignação daqueles que agora acharam pouco 2500 euros pelas bolas de golfe no Dragão (resta saber quanto custarão em Alvalade...).
Nem é admissível dizer que no campo não se viu, porque Valdés estava destacado em fora-de-jogo e o árbitro-auxiliar sabia disso, viu-o à sua frente e quando a jogada decorreu com o simples pontapé para a frente de Rui Patrício, mesmo nas trazeiras da sua pobre cabecinha o "liner" sabia, instintivamente, que havia um jogador em fora-de-jogo que se pôs em situação "activa" quando foi disputar a bola. Logo, reflexamente, era de assinalar a infracção e torna-se indesculpável não só não o ter feito como alegar que era difícil de ver ou que foi uma coisa tirada por milímetros, o que as imagens demonstram claramente ser de metros.
Depois do cachaço da Luz, em 2008, José Ramalho, dito de Vila Real, viu na 2ª parte uma bola para lá da linha cabeceada por Cardozo, que deu empate (1-1) ao Benfica, fruto da coacção recebida mas que não ditou, ao contrário do Boavista, descida de divisão.
Já em Vila do Conde, esta época, um lance polémico na área portista foi consequência da vista grossa deste técnico de vendas que porventura deve negociar em óculos mas não os usa por decerto desconfiar do putativo produto. É que num alegado penálti, em dose dupla, de Álvaro Pereira, antes há uma situação de fora-de-jogo que podia ter sido assinalada a João Tomás a um cruzamento da direita; deste, após um ressalto, há uma falta claríssima sobre um defesa portista, creio que Maicon, que à sua frente o árbitro-auxiliar não marcou.
Espanta-me ainda, para fim da história e busca da moral da dita, que num caso exterior ao FC Porto, há uns anos, creio que em 1995 ou 96, um golo em flagrante fora-de-jogo de Poborsky, a dar a vitória do Benfica em Vidal Pinheiro (1-2), tenha instigado Pinto da Costa a denunciar José Luís Melo, apodando-o de "benfiquista de Valongo" que nunca mais nos esqueceu.
Para quem não sabe ou não recorda, esse baptismo nasceu daí, Poborsky estava quase na linha de fundo, à frente de José Luís Melo, para apanhar a bola e derrotar o Salgueiros quase no fim.
Hoje, pelo visto, o FC Porto mete-se em mexericos por coisa que não lhe dizem respeito e feitas fora do campo (Jesus-TVI em Aveiro). Mas a José Luís Melo, desta vez, não se lhe pode apontar culpas nas asneiras reiteradas e provocatórias de Alvalade que tanto prejudicaram o FC Porto.
De Alvalade é tudo, aproveitei para dizer a que se resumiu o jogo empertigado do Sporting, defendendo atrás, jogando em porofundiade mas sem fòlego para a 2ª parte e sem jeito para ataque continuado, daí os 13 pontos de atraso que não se diluiram com o forróbódó da Imprensa do regime e dos Shrecks e Gordos ou Freteiros "lá do Sul".
No jogo do Benfica em Aveiro, Bruno Paixão continua a mostrar que não é tão mau como foi pintado por mais de uma década em que justificou a irradiação uma vez pedida por Pôncio Monteiro e que o condenou para sempre. Podia ter marcado um penálti a favor do Benfica, numa situação de ressalto de bola de Rui Rego para Pedro Moreira que em reflexo mexeu o braço, mas ter havido um ressalto imprevisto suscitou a dúvida do árbitro que já deixou por marcar situações evidentes de mão na bola bem mais graves e incontestáveis, como na Supertaça de Leiria em 2008 Sporting-Porto (mão de Tonel).

29 novembro 2010

Que vergonha, FC Porto, e sem necessidade


Fui agora surpreendido com isto:


O FC Porto tomou posição sobre incidentes entre terceiros, que não lhe dizem respeito nem sequer transversalmente, para além de ter uma folha de serviços nesta área muito manchada. O episódio indigno entre Jorge Jesus e o repórter Hugo Cadete da TVI, no final do Beira-Mar-Benfica, devia ficar apenas entre os intervenientes.
Custa-me acreditar, mas nada no futebol é imprevisível e inaudito.
Uma vergonha e sem necessidade.
Mas é esta a "comunicação" que querem e que continua a borrar a imagem desportiva do mais forte clube português que pode passar à História como o melhor de todos evitando mexer na merda que é só dos outros. E se sempre tenho criticado a marca do clube nesta área, agora até sinto tristeza por descer tão baixo e borrar-se por coisa nenhuma que nem consigo é.
Logo o FC Porto por quem os seus adeptos esperam sempre uma atitude de denúncia e voz firme contra tantas coisas e gentes que atacam o clube, a sua imagem e os seus profissionais, mas obtêm normalmente silêncio. O último caso, a vergonhosa arbitragem de Jorge Rouba em Alvalade.
Não sei se alguém anda a dormir. Ou porventura acham isto muito bonito e que suscitará aplausos de todos os quadrantes. Dá a impressão, isso sim, de ser uma casa sem rei nem roque em que um chico-esperto qualquer dá uma de "independente" e com "roda livre" para actuar ao livre arbítrio sem prestas contas a quem quer que seja.

Clássico de lá (III): tv's tugas devem sossegar agora depois de orgasmos contínuos com gajas nuas e figuras de revista



Andou a roçar o ridículo a "cobertura", à distância, dos noticiários televisivos tugas pelo Barça-Madrid. Então a RTP, santo Deus de mediocridade e demência absoluta, chegou a passar um dia só noticiário do Real Madrid, com CR7 a falar, para passar qualquer coisa sobre uma gaja nua numa revista com fotos pelas quais ganha dinheiro e leva a vidinha que entende.


Esta tarde, na Antena 1, um enviado espacial em directo nem o nome do árbitro Iturralde soube dizer.


À falta de melhor na capital de cá, foram procurar a afirmação da capital de lá. Espero que tão cedo se deixe de ouvir falar em Cristiano Ronaldo e o Real Madrid, com tempo de antena superior ao da melhor equipa portuguesa da actualidade que ainda não perdeu esta época e tem um jogador, Hulk, com média de quase um golo por jogo.


Realmente, é no campo e não pela basófia que se vêem os melhores. Cá como lá.
p.s. - confirmado, esta manhã, de relance, só vi os golos, e apenas os golos, quer na SICN quer na RTP. Curiosamente, o Nuno saco de mijo Luz esteve na conferência de Imprensa mas nada deram e a estação pública lá mandou a Rosa Veloso corresponsal em Madrid, mas também nada disse da coisa. As vitórias do Barça são como as do FC Porto: só fazem bem a Portugal, põem as tv's a falar de tantas coisas ainda que continue a aproveitar-se pouco do que produzem e sem valia intrínseca. Uma miséria audiovisual.

Clássico de lá (II): até Portugal e Carlos Queiroz fizeram melhor



No jogo de superlativos no Camp Nou não faltou a alusão a 13 campeões mundiais em campo entre Barça e Real Madrid.


Faltou, porém, lembrar que era uma espécie de Portugal-Espanha, que na Luz fez aquecer os motores para o clássico espanhol e a revancha do Mundial para os portugueses.


O jogo de hoje veio mostrar que Portugal esteve muito melhor frente aos futuros campeões do mundo do que o Real Madrid perante a melhor equipa do mundo.


E Queiroz saiu-se melhor do que Mourinho, até porque, para quem não saiba, a última vitória do Real Madrid em Camp Nou, em 2003, salvo erro, foi sob o comando de Queiroz (2-1) quando os merengues já não ganhavam em Barcelona há 19 anos.


Resta dizer que Ronaldo, já agora, actuou como no último Mundial, e não foi Mourinho a torná-lo melhor neste jogo: fraco, individualista e sem estaleca mental.

Outros que voltaram à capital com o saco cheio e um adeus doloroso

Um deu o título mundial à Espanha: Iniesta.
Outro só pode ser considerado o melhor jogador do mundo: Xavi.

O primeiro fez o passe para o segundo abrir a manita ao Madrid: 5-0.





Lisboa, Lisboa (XXI)

A cara de espanto de Helton não foi, como se percebe, pelo cartão amarelo recebido do Jorge Rouba por o capitão portista protestar contra um golo em escandaloso fora-de-jogo.


Decerto convicto das garantias de segurança em Alvalade, onde Dias da Cunha no seu tempo chegou a pedir chaimites contra os invasores, Helton sabia que nem maças podres, nem petardos e muito menos bolas de golfe seriam ameaça a um clássico amiúde tido como de concórdia pela aparente boa relação entre Sporting e FC Porto.

Helton deve questionar-se se existirem ovos de lagarto tão grandes em Alvalade resultará do péssimo relvado de que até os locatários se queixam.
Quando sabemos que todas as medidas de segurança foram eficazes e genuinamente preventivas pela sempre competente e muito badalada PSP lisbonense, deve realçar-se em abono do Sporting duas medidas, portanto:
- urgência em colocar um relvado sintético na próxima época, que impede estes fenómenos tão intrigantes para Helton;

- proibir, como se queixam os bem educados jovens adeptos residentes, "também foi barrada a entrada pelo SPORTING CLUBE DE PORTUGAL a elementos da Juventude Leonina que tivessem vestida uma camisola que dizia nas costas “TRIPEIROS…NÃO OBRIGADO”. Vergonhoso!", segundo um comunicado da claque lá dos lados do Campo Grande, referência geográfica aparentemente genérica e abrangente que tem a idiosincrasia de localisar melhor do que o grande "de quem vem de lá do Norte", como identificou o cabotino chefe que já tem barbas mas é tão imbecil e inútil que não se fixa o nome.

Como parece que foi um jogo motivador para a crendice lagartixa, respaldado pela Imprensa do Regime que baloiça entre um lado e outro da Segunda Circular dependendo de quem melhor pára o Grande Satã, e nada de anormal se passou, como nunca passa, são minudências críticas as incidências do jogo que a plateia norte-coreana dos plumitivos do regime secundarizou.

Como não vi jornais nem tv no "day-after", mas adivinhasse o conteúdo no conformismo exaltante de tão grande actuação leonina, também não me espante que, mesmo um dia depois, hoje mesmo, ao apanhar pitonisas como o inefável tadinho e toninho Tadeia e o ex-director do Jornal do Sporting, qualquer coisa Correia, achem que o fora-de-jogo quilométrico de Valdés no golo leonino é daqueles que passam sem ser vistos.

Eu acho que o novo Alvalade, além do problema de relvado e do risco de lagartos porem ovos que deteriorem a imagem simpática de um clube que parece perder espectadores a cada jogo, tem um problema mais grave ajnda e não relatado.

No velho Alvalade, era frequente ver jornalistas, mais ou menos encartados ou apenas colaboradores dos pasquins regionais, empolgar-se com a malta. Levava mais gente e enchia mais. De tal modo que, mesmo com pala a cair de ridículo das pantominas que se fizeram à volta dela, com o resto da imensa maralha à chuva e ao frio quando calhava, muitos ditos jornalistas levantavam-se da cadeira e aplaudiam, como nas boas manifestações do regime.

Mas o novo Alvalade, com uma profusão de mau gosto em vários tons que vagueiam no retrato entre um jardim infantil e uma caixa de "smarts" (os mais cáusticos admiram a azulejaria digna de uma casa de banho do século XXI), cedo se distinguiu e foi noticiado por ter até lugar para... invisuais.

É de somenos que algumas centenas de cadeiras para invisuais fiquem atrás dos dois ecrãs gigantes em cantos opostos do estádio, como se torna irrelevante que Valdés esteja milimetrica ou quilometricamente em fora de jogo para tansos como Tadeia. Não faz mal nenhum que invisuais fiquem atrás dos ecrãs, porque ficar à frente dá-lhes, infelizmente, a mesma noção do campo e das coisas, de resto sem poderem apreciar sequer as repetições.

Mas como um dia, por acaso à noite e com chuva que não parava de me cair em cima apesar da alegada cobertura a toda à volta das bancadas que contratastava com o campo a céu aberto no velho recinto, vi um Sporting-Porto, em 2004, ali junto à tribuna de Imprensa, sei que a bancada para os invisuais é mesmo onde ficam jornalistas, mais ou menos encartados ou meramente colaboradores. Foi o célebre jogo da camisola que rasgaram e disseram ter sido Mourinho, o jogo onde o célebre Lucílio Vigarista, além de dois penáltis marcados contra o FC Porto, conseguiu reatar o jogo após uma interrupção para assistência a JVP que teve uma queda aparatosa e alvoroço médico, mas com a equipa portista, a ganhar 1-0, sem saber que Rui Jorge, que chegou a usar então camisola de meia manga e também de manga comprida, fora a que no final foi apresentada como rasgada, fez o lançamento lateral, Liedson avançou para a área e, como fez agora com Maicon, acusou também Secretário de o ter carregado pelas costas, no que o famoso árbitro marcou o (segundo) penálti que deu o empate aos leões.

p.s. - quanto a regime, norte-coreano ou outro de talibanismo equivalente porventura com tempero religioso para tornar mais picante a salsa e o molho em que vive esta gente sempre comprometida, soube hoje do "então, tchau" do treinador dos milagres. Andam para aí a dizer que ele foi incorrecto, que pensava estar a falar para a Benfica TV, nos conhecidos monólogos respigados pela Imprensa de sarjeta e subserviente que aceita que lhe caguem em cima e não são ovos de lagarto nem bolas de golfe. Deve ser tão maldade esse tipo de insinuações como a manada vermelha andar a perseguir nas redes sociais, descobrindo até a página do jornalista no Facebook, o microfone que não se limitou a ter um pé, mas também uma cabeça e alguns neurónios, e questionou o "catedrático do futebol" na TVI. O que já vi por aí a censurar o intrépido repórter já com a carreira em risco... Mas o jornalista, além de ser "lá do Norte", é novinho, não pensa no futuro, tem a mania de não ser o Tadeia que julga que os jornalistas questionam, e fatalmente tem mais perseguição na net do que o Jorge Rouba.

28 novembro 2010

Vamos continuar a fazer de conta que é tudo normal...

Este apontamento vai sem foto, porque quando estou fora não me dou ao trabalho de arranjar uma e o clássico de Alvalade voltou a vincar as vigarices de sempre quando o FC Porto lá joga. Mais um resultado falseado em Lisboa, mas tudo parece tão normal que nem apetece falar muito dos temas recorrentes. Daí não justificar-se também um foto, guardando-se comentários e as caras dos vigaristas para a costumeira questão: Bin Laden ou Nobel da Paz?
O FC Porto volta a sofrer um golo irregular em Lisboa, quase um ano depois do golo sofrido na Luz e de novo por um auxiliar vesgo com dificuldades em saber a lei do fora-de-jogo. Luz, golo irregular, árbitro auxiliar, cachaço num deles e a vítima do diabo da Luz, José Ramalho, continua parvo desde então, é tudo tão relacionado que em dois traços se monta um folhetim repetitivo mas não para gáudio dos defensores da verdade desportiva. Se há um ano ninguém quis ver a ilegalidade, ontem o pé-de-microfone no flash interview deve ter passado o jogo sem ver televisão, nem ao intervalo nem no final porque lhe custava a crer aquilo que as vítimas do costume diziam, Helton e Villas-Boas.
Desta vez o FC Porto logrou empatar, por Falcao, mas não pode ir mais longe nem merecer mais porque o meio-campo esteve muito mal, Fernando um trambolho sem acertar um passe, Moutinho impreciso e Belluschi simplesmente inexistente. Com os médios a perderem a bola com facilidade, os flanqueadores Hulk e Varela voltaram a receber a bola de costas para a baliza e com os defesas em cima deles. Muito ao jeito dos jogos em Lisboa na época passada, com Jesualdo, para quem quiser recordar.
Também não podia ir mais longe porque Maicon fez uma asneira técnica e Liedson a habilidade teatral costumeira, no que foi bem secundado por Postiga. Maicon acabou expulso, a fazer falta técnica em zona proibida mas sem cometer falta sobre o "artista" que com o FC Porto só se distingue dessa maneira. O FC Porto ficou com 10, o treinador acabaria também expulso mas escusava de ter protestado pela 59ª falta de jeito dos portistas incapazes de perceber que, à falta de jogo e de pernas, o que Postiga e Cª. queriam era das as costas, receber um falta e ter um chuveirinho inconsequente sobre a área de Helton.
Seria ainda fastidioso enumerar as faltas sérias nas barrigas das pernas dos jogadores portistas, que mereciam uma acção disciplinar consequente mas raramente vista. E com as suas insuficiências o FC Porto não conseguiu jogar, limitando os danos a faze-lo contra 13, salvando-se do lote de árbitros o conhecido benfiquista de Valongo para dano moral e técnico do colega da outra banda que desde o cachaço na Luz nunca se recompôs.
Villas-Boas preferiu falar dos níveis de agressividade do Sporting. Fez bem. Não devemos falar mal dos outros na casa deles. Realçou a dualidade de critérios do árbitro nas faltas, correctamente. Aliás, tal como em Guimarães, com o Xistra do costume, onde AVB também foi expulso. O técnico do FC Porto começa a sentir na pele a animosidade geral contra o FC Porto, mas como adepto sabe, como eu, que visitar Alvalade pressupõe sempre muito risco competitivo e integridade física em equação.
Fazendo de conta que a verdade desportiva vai ser defendida por quem enche a boca com ela, porventura confundindo correr muito com jogar mais, como fez o Sporting na 1ª parte, teremos uma semana de Liga Europa em que o FC Porto revisitará Viena com saudade e já apurado e o Sporting deverá manter tais níveis de agressividade para não ser surpreendido outra vez no seu grupo. Como vi tudo como é habitual em Alvalade, e reafirmo que pressinto sempre os jogos lá mais difíceis do que na Luz, porque os leões agigantam-se e batem-se que nem no derby local, fico curioso para perceber a razão da quebra física leonina na 2ª parte, mas na 4ª feira já devo perceber melhor. Não tenho, ao invés, curiosidade nenhuma nas manchestes da Imprensa Porreiro, Pá, amanhã, porque ninguém falará em roubo, mas o Jorge Rouba e o Ramalho fede.
O resto, com o FC Porto ainda imbatido, continua para bingo.

27 novembro 2010

Lisboa, Lisboa (XX) - Rolando, como o Vítor Baía tem razão


Não sei se repararam, mas a meio da semana o JN teve uma entrevista simples, despretensiosa, de 1 página a Rolando. Desconheço se foi algo apanhado com outros jornais numa acção de promoção com o jogador à mão ou se, finalmente, os jogadores já podem dar entrevistas, mesmo que em ambientes selectos e respeitadores, em vez de ficarem mudos para além dos "flash-interview" e das "zonas mistas".
Destaco o seguinte:

- O que mudou para o F. C. Porto apresentar bons resultados?O futebol não tem explicação.
- Tentámos ao máximo corresponder às expectativas e havia muita gente que não confiava em nós, mas provámos o contrário, com um sentimento de vingança. Havia pessoas que diziam que o campeão já estava decidido e nós provámos que, no F. C. Porto, temos qualidade para lutar sempre para sermos campeões.
- Mas quem não confiava na equipa?
- A maioria das pessoas que escreve nos jornais e fala na televisão.
Quem são, de onde são, onde estão, que jornais, quais as sedes das televisões?
É só para frisar o ponto: Vítor Baía tem razão. E todos sabem o que eu quero e ele quis dizer.


Lisboa, Lisboa (XIX)

Actualizado: Tão previsíveis...








A perspectiva da recepção a João Moutinho, mais do que qualquer outro aspecto do calendário, tracei-o logo no dia do sorteio do campeonato. O ordenamento dos jogos até coincidiu, como então notei, com o clássico Barça-Madrid.

Praticamente não se tocou no assunto até agora. De repente, inocentemente ou da forma mais vil, todos começaram esta semana a puxar o tema. Puxar o tema é como a dança da chuva: a ver se resulta. Creio que estão semeadas e bem disseminadas as sementes da violência. Todas as tv's desataram a falar do assunto, a confrontar as palavras recentes de JEB sobre o "extraordinário profissional" com o epíteto de "maçã podre" de há quatro meses. Ontem uma, hoje outra, amanhã outra. O cerco vai-se montando. Ouve-se ainda este e aquele que passaram por situações idênticas. Já puseram antigos capitães das duas equipas a falar: Venâncio e Rodolfo, ouvi ontem.

É evidente que Moutinho será assobiado, sim é normal que um ou outro vá por aí. Contudo, tudo foi feito às claras, apalavrado com antecedência, tratado com lisura até à consumação do negócio bom para todas as partes.

Os talibãs de Lisboa foram os únicos, nas colunas de opinião e nos canais de verborreia aberta, a condenar o caso. Não por si, não por cada um dos muezzins que chamam o povo para a oração. Não, os que tocavam o sino a rebate, alertando a populaça, diziam que falavam em nome dos adeptos do Sporting. O que pensarão eles?; como reagirão eles?; em que ponto de mira fica o presidente que aceita um negócio destes?; como é que não ficou salvaguardado o impedimento de Moutinho ficar em Portugal num rival?; tudo isto a enquadrar a forma como os adeptos deveriam ver a saída do seu ídolo entretanto transformado na "maçã podre".

Transformado na "maçã podre" porque JEB, encurralado pelos críticos, teve de se explicar. "JEB deve uma explicação aos sócios", gritou-se em Prantos uns calhaus com dois olhos e caracoletas de gravatas berrantes. Foram os mastins da opunião que se publica que atiçaram JEB a comentar como comentou.

Como então referi, perante tanto absurdo e estupidez natural, caindo o Carmo e a Trindade na capital, os talibãs que pugnam para que haja bom futebol, melhor campeonato e com os nossos melhores jogadores em campo preferiam ver Moutinho no estrangeiro a ver um valor nacional nos relvados portugueses. E retomo a ideia porque deve ser enfregada nas ventas desses canalhas com opiniões que são a sua cara, marcam a sua identidade de terrorismo antiportista e expelem o veneno do ressentimento por há muito o FC Porto ter subjugado quer o "desportivo" quer o "recreativo" da capital.

Agora, a horas do regresso de Moutinho a Alvalade, acha-se normal que tenha uma recepção ruidosa, que cada toque na bola mereça um assobio, que cada falta reclame um cartão antes tão perdoado por muitas faltas grosseiras de Moutinho de leão ao peito - como aqui também sempre realcei, que ele era muito faltoso e até maldoso e mesmo violento.

Já Quaresma voltou com o Porto em Alvalade e soltaram-lhe os cães. Mas, Quaresma não saiu de Alvalade para o Dragão, foi para o Barcelona e por acaso o FC Porto pegou nele, reabilitou-o, quando o Barça quis largá-lo. Mais uma vez, nenhum crime, mas foi apontado o dedo e ainda ontem ouvi falar de Quaresma como tendo saído do Sporting para o Porto, quando não é verdade.


Ainda bem que, agora, dá-se menos "importância" a Varela, recuperado para jogar em Alvalade. Podiam criar um "caso" com ele, mas têm vergonha porque rejeitaram-no, empandeiraram-no para o cu da Andaluzia e nem no regresso à Amadora o avaliaram correctamente.



Curiosamente, se há clubes que se entendem, entre os três grandes, quanto a troca de jogadores são o Sporting e o Porto. Nos anos 90 vários nomes trocaram, sem miasmas, de camisola. Mais ou menos bem sucedidos, mais ou menos bem formados numa casa e bem recebidos na outra casa. Sem problemas.

Só falta os talibãs dizerem que a "culpa" é do Porto. Porque o Porto "começou". Tem-se falado de Futre. Mas a captura de Futre, que o Sporting (Toshack) quis desaproveitar cedendo-o à Académica, foi a resposta do Porto à saída dupla de Sousa e Pacheco para Alvalade. Estes ainda jogaram a final da Taça das Taças em Basileia e o Euro-84 como portistas. E tiveram a sorte de voltarem ao Porto a tempo de serem campeões europeus em 1987 com Futre, a enorme ironia para ambos e para todos.

E não, não é verdade que os jogadores tenham fatalmente de ser assobiados. Paulo Pereira mudou-se das Antas para a Luz e não foi assobiado. Postiga mudou-se do Dragão para Alvalade e não foi assobiado. Timofte marcou um golo pelo Boavista nas Antas onde foi rei e senhor de azul e branco e não foi assobiado, foi aplaudido e no ano seguinte voltaria a marcar um golão do meio-campo na primeira vitória dos axadrezados nas Antas em 1998.

Gomes foi assobiado nas Antas quando saiu, em fim de contrato, para Alvalade, mas porque no final do primeiro Porto-Sporting com ele do lado dos leões quis oferecer a sua camisola, que ninguém pediu em cartazes como hoje se vê, ao "Tribunal" que se enfureceu.

Rui Águas foi assobiado na Luz quando lá chegou pelo FC Porto, mas quando voltou ao Benfica e chegou de novo às Antas como adversário não houve mau ambiente, não houve campanhas na Imprensa, não houve apelos a isto e àquilo e mensagens encomendadas e envenenadas.

Lisboa é diferente, pois é... é assim. Pérfida e mal-educada. Julgando-se sempre o centro do Império, tendo o rei na barriga e sem suportar o engrandecimento de algo que lhe fuja do controlo.

Historicamente tem sido esse o problema. Infelizmente, não é só no futebol.


Tenho prognosticado que Moutinho marcará o primeiro golo pelo FC Porto, para suprema ironia, em Alvalade. E acredito que se tal suceder ele irá conter-se nos festejos, irá respeitar o clube onde se formou e não lhe levaria a mal por isso: ao fim e ao cabo, importa-me que marque pelo FC Porto. Será a suprema bofetada de luva com cor à escolha.


Os talibãs é que morreriam ainda mais de remorso, porque só o ressentimento estúpido não chega para tanto.

26 novembro 2010

Maçãs podres, burros e cavalos



«Veloso? Há jogadores que não entendem o que significa jogar pelo Génova e em Janeiro podemos fazer com que entendam. Eu prefiro ter burros que corram do que cavalos que ficam parados. Nós não jogamos com passes para o lado e toques ao de leve e não me interessa que sejam internacionais», referiu Enrico Preziosi, presidente do clube italiano, hoje em A Bola online.

Lisboa, Lisboa (XVIII)


Podem ainda não ter visto, podem nem sequer chegar a ver, pelo que aqui fica o essencial. Primeiro ouvi na rádio, no carro; depois apanhei com imagem ao chegar a casa na tv.
Um comandante da PSP, nem interessa o nome nem me lembro porque basta o que é, comentava assim sobre o esquema de segurança, esta tarde, para o clássico de Alvalade:

- "aquela claque lá do Norte"...
Era só a propósito de passar para dentro do estádio coisas como maçãs podres ou... bolas de golfe.
Mas a identificação do sujeito é clássica. E a estupidez nem tem graduação. Além da ignorância primária que o desqualifica para este tipo de missões.
Por alguma razão, uma vez, uma claque dos Super Dragões mal passou a portagem de Alverca, recebeu ordem para dar meia volta e regressar ao Porto. Ia para um jogo de hóquei em patins, na Luz.
Fora as vezes em que a Polícia carrega cegamente sobre adeptos, famílias até, indefesos, mesmo nas bancadas e longe das confusões. E em Alvalade comemoraram-se este ano creio que 15 anos da morte de dois adeptos leoninos, caídos de um varandim superior à Porta 10A enquanto insultavam, cuspiam e apedrejavam a chegada da equipa portista então comandada por Bobby Robson.
Diz a canção:
"São os loucos de Lisboa
que nos fazem duvidar
A Terra gira ao contrário
Os rios nascem no mar"

Lisboa, Lisboa (XVII)

Graças à preciosa colaboração do Donnie Darko, para ter outra visibilidade a nova piada.

- Tem camisolas do SLB no tamanho M?
- Não só HA PO EL!
eh, eh, eh...

deixem-me acrescentar, já agora, juntando uma outra piada no tema:

- E vende camisas de noite?
- Não, de noite estamos fechados!

Clássico de cá


André Villas-Boas fez uma muito boa, habitual e lúcida e objectiva antevisão do clássico e visão de tudo o resto, ontem, no lançamento do clássico. Nunca se pôs em bicos de pés mas não deixou de dizer o que devia. E, sim, não há deslumbramento no Dragão, antes concentração máxima para Alvalade, sob o espírito de sempre de que, uma escorregadela mínima ou máxima, pode ser sempre aproveitada por outros e na Imprensa da "especialidade" transformada numa perseguição sem tréguas ao líder que todos reconhecem superior mas pretendem derrotar. O tal "líder com a cabeça a prémio".
E, sim, a diferença de 13 pontos nada significa nestes jogos, nem o facto de o Sporting há muito ter sido ultrapassado pelo FC Porto na hierarquia do futebol luso, do que se trata mais abaixo.
Basta lembrar que na época passada, quando o FC Porto encetou um Fevereiro irresistível com 5-1 ao Braga e 2-1 ao Arsenal, acabou o mês a levar 3-0 em Alvalade, depois de ter despachado os leões da Taça com 5-2 no Dragão 15 dias antes.
Em 2008, já com Paulo Bento atirando a toalha ao chão após um 0-0 no Restelo ao iniciar a 2ª volta, o FC Porto foi dar espectáculo a Alvalade, podia ter dado também 4 ou 5 ou 6 e acabou a perder 2-0. Lembram-se? Pois, eu não esqueço.
E não obstante ter presente o percurso histórico e a força superior do FC Porto ante o Sporting, até por esse ser já um adversário deixado para trás eu desconfio mais e sei que tem-se tornado mais difícil fazer bons resultados e bons jogos em Alvalade do que na Luz.
Frente ao Benfica, que sempre foi o maior rival de sempre, por quem se marcou a clivagem nacional muito para além das barreiras da Segunda Circular, num antagonismo que vai do Minho ao Algarve e Ilhas, até às antigas colónias, o FC Porto sabe que enfrenta um inimigo que, fanfarrão e por vezes ébrio a adormecer à sombra do orgulho e da bananeira, o obriga a dar mais para o superar, no que em títulos também já não falta muito.
Tem sido, de facto, mais frequente o FC Porto vencer na Luz do que em Alvalade e é por isso que me sinto mais confiante, acreditando na segurança da equipa do Dragão, nas visitas à Luz, que nos obrigam a estar mais alerta e a ser mais contundentes. Alvalade encerra sempre perigos, como na Luz, mas o maior pode ser o de desvalorizar um rival, histórico sim, que já está para trás e não no nosso horizonte imediato.
Para o Sporting é essa motivação-extra, o de saber que já é 3º entre os maiores e tem, primeiro, de chegar ou retomar o lugar que já foi seu. Acresce que há vários ex-portistas agora no seu lado. Mesmo que haja também descrença e algum abandono dos seus adeptos, sentindo-se inferiorizados. Ao contrário do que sucede com os benfiquistas, que têm anualmente a sua casa cheia quando lá vai o FC Porto, sentindo-se acicatados por o dragão lhes morder os calcanhares.

Este, a seguir, é um exemplo do que faz o "entorno" de um clássico.

Sim, isto é verdade, o FC Porto já passou o Sporting em número de títulos. Está até a um apenas do Benfica... Se foi há 10 anos, há 12 ou 15 importa menos, consoante o vector em análise.
Porque o FC Porto superou o Sporting há 15 anos, ainda no consulado de Bobby Robson que um ano e picos antes trocara o esplendor de Alvalade pela bruma das Antas. Creio que ao arrancar a época 95-96, ou já no final dela, que agora não tenho os registos à mão, o FC Porto já tinha mais pontos e mais vitórias no campeonato, era já o 2º classificado no chamado "campeonato dos campeonatos", tomados todos os disputados desde o seu início, já não sei se o de 34-35 (para alguns apenas o "campeonato da Liga") ou desde o de 1938-39, o primeiro sob a égide da FPF. Daí deriva, até, a diferenciação de títulos do Benfica e do FC Porto, para muitos autores significa que campeões da I Divisão ou tida como tal valem menos três títulos ao Benfica e menos um ao FC Porto...
As diferentes histórias de cada um dos clássicos também nos diz isso. E é por isso que com o Benfica a vontade de superação parece ser maior.

25 novembro 2010

Lisboa, Lisboa (XVI)*

* a série não acabou, há abordagens a fazer a propósito do clássico.
"Coragem e ousadia" ou "joguei no limite do risco" não são basófias de treinador, mas é isto, amanhã nas bancas, honra aos seus jornalistas com raios de Sol no sombrio panorama da Imprensa e da Informação.
Era contra isto que devia haver greves, manifestações, cerco à Assembleia da República como no 25 de Novembro de 75 e outros episódios do PREC cada vez mais necessário em que o Povo mostrava na rua o que era e o que queria para o País.
Rui Pedro Soares, por acaso portista e até Dragão de Ouro, mas não por acaso PS do Portugal Sucumbido à mafia chuchialista, de que os compagnons de route PS(D) não se demarcam nunca, será sempre para mim a figura do ano, emblemático do que uma clique partidária, sectária mas amiga dos seus amigos, fez para afundar o País no pântano de que uns, com ou sem tanga, fugiram para outros medrarem/merdarem.
O Sol, que denunciou o Polvo, mostra ter tomates para publicar isto num dia em que são pronunciados 5 dos seus jornalistas que divulgaram a Face Oculta deste Poder de Terror Controleiro e Asfixiante que tomou o País com a conivência do Povo a subsídios, submisso, besta de carga, bruto e burro.

O 25 de Novembro, além da estória futeboleira do Ce7ta de Vigo, justificava-me, a fechar o dia, esta memória a sério. Por uma Revolução inacabada. Precisamente do que o íntegro e respeitado General Ramalho Eanes, comandante vencedor há 35 anos, ainda se queixa.

Mar salgado até Tel Aviv e o Mar Morto

O Vasco Lobo Xavier também se divertiu entre ontem e hoje, no Mar Salgado.

Até descobriu uma peça fabulástica no Diário de Notícias que prognosticava 3 golos de Cardozo.

Mas o confrade Pobo do Norte esmerou-se neste vídeo. Não, não é (ainda) "E depois do Adeus".

http://www.pobodonorte.com/2010/11/1-2-3-vou-nascer-outra-vez-fora-da.html

Glorigozo.

Cada vez mais um adepto que sentimos igual a nós


"O adepto portista, como eu sou, sempre se identificou mais com o Barcelona. Pelo crescimento que teve, pelas lutas que enfrenta com a capital, pela evolução dos anos 70, há uma ligação forte entre Porto e Barcelona.»«Sou um adepto incondicional do estilo de jogo do Guardiola. É uma equipa que reflecte o futebol que todos deviam jogar. Um futebol mágico e que roça a perfeição".

Não é só isto que define André Villas-Boas enquanto identificado totalmente com o FC Porto. Mas também, pelo papel social e cultural que reconhece nos clubes, o nosso e o que sentimos como igual no contexto espanhol, de oposição política, de marca e imagem, além da força desportiva e económica, no Barcelona, face ao rival da capital.
AVB já nos tinha deliciado com situações como:
- ser portista desde pequenino
- ter memória de muitas conquistas e vivê-las afectiva e emocionalmente, presente
- querer "esta cadeira" (de treinador) como o lugar mais desejado do mundo
- ter vindo a reafirmar (o que ainda não motivou reacção epdérmica grave e tumultuosa dos paineleiros) como sua a vergonha, a afronta e o prejuízo, num clamor de revolta publicamente assumida, que foi do FC Porto por tudo o que condicionou a equipa, que AVB não comandava, na época passada.

Este homem é um míster. Até pelo que tem feito com a equipa.
Um balanço ocasional mas oportuno, antes do clássico em Alvalade, o primeiro que terá fora de casa, e por causa do clássico espanhol, em que não deixa, obviamente, de ver os amigos que existem no Real Madrid. Mas quanto a quem quer ver vencer no Barça-Madrid eu não tenho dúvidas.
É Barça, somos Barça.

Clássico de lá



Passada a jornada europeia, com mais goleadas ao desafio, o maior clássico dos tempos modernos tem, ainda, um inédito dia de 2ª feira, 29 de Novembro, para o grande embate.

Daí que, partindo das incidências da Champions com cada um dos clubes, a coisa já tenha esquentado puxando para dentro, mais uma vez, a honra e lisura de processos que distinguem Barça do Madrid.


É que a UEFA vai mesmo proceder contra a "táctica" de Mourinho, tal a afronta provocada na atitude, de resto longamente debatida com o treinador como epicentro, de Sergio Ramos e Xabi Alonso apanharem um segundo amarelo para cumprirem castigo contra o Auxerre e chegarem mais aliviados de cartões à fase eliminatória.


Fosse no FC Porto e os jogadores já saberiam, ao entrarem em campo, o que fazer e como fazer para serem expulsos sem dar barraca como deu.



http://www.sport.es/default.asp?idpublicacio_PK=44&idioma=CAS&idtipusrecurs_PK=7&idnoticia_PK=731292


Obviamente, em contraponto, no Barça sublinham que Piqué podia ter feito o mesmo, mas o clube faz questão de ser diferente e mostrar jogo limpo.


As diferenças do Barça-Madrid têm sido enfatizadas nos jornais catalães, em virtude da vantagem clara em diversos aspectos:

- 8-1 em "canteranos"

- 4 vitórias em 4 jogos com Pep ao comando

- 6 golos de Messi ao Madrid e nenhum de CR7 ao Barça

e por aí fora.


E, claro, para apodarem os merengues de teatro das falsidades, os catalães confrontam o jogo sujo destas expulsões a pedido, por parte do Real Madrid, com as queixas de Mourinho contra o treinador do Gijon, Preciado, dizendo que este entregou o jogo do Sporting ao Barça.


Por mim, sou do Barça, já sabem.


Ainda os 7 anos do Dragão no Barça-Madrid




A verdade desportiva da Taça de Portugal


Enquanto o FC Porto vai voltar a receber a Juventude de Évora, fatalmente vem-nos à memória os 7 golos de Jardel, vai fazer creio que 13 anos por estes dias, na goleada de 9-0 numa caminhada que significou o triunfo na Taça de Portugal e a dobradinha com António Oliveira, depois, no final de 1997-98.
O sorteio da 5ª eliminatória da Taça foi hoje na FPF mas as dúvidas, como de costume, continuam sobre uma série de rondas. Desde recursos nas instâncias disciplinares que não se percebe como não são resolvidos a tempo e horas em vez de meses de indefinição com jogos de equipas quase dos distritais... Até ao incomum cancelamento do Benfica-Braga da última fase, no passado fim-de-semana.
Quando se jogar para a 5ª eliminatória, a 12 de Dezembro (FC Porto e também o Sporting, que visita o Bonfim, querem antecipar para sábado 11, por causa dos jogos seguintes da Liga Europa a 15 e 16), ainda Benfica e Braga decidirão quem segue em frente para receber o Olhanense, segundo o sorteio deste início de tarde.
Ora, se já foi bizarro e inédito o adiamento da partida inicialmente agendada para o último sábado, alegadamente por causa da cimeira da NATO que decorria bem longe das imediações da Luz, não se percebe porque razão, para bem da verdade desportiva e a dignidade da competição, o calendário da prova não é acertado a tempo e horas.
Por exemplo, porque não jogam Benfica e Braga na próxima 4ª feira, dia 1? Até é feriado nacional... Mesmo que o Sporting também jogue, para a Liga Europa, recebendo o Lille às 20.05h, nada impede que na Luz, em horário desfasado - por exemplo, ou às 19.30h ou às 21h, que convém às transmissões televisivas -, se jogue a eliminatória atrasada da Taça. Com horários desfasados evita-se o risco de confluência indesejada de adeptos na Segunda Circular entre os dois estádios. Não se prevê afluência incomum de adeptos do Braga à Luz e muito menos de franceses a Alvalade. O risco é mínimo, quanto a segurança e logística de operações.


Obviamente, a gente sabe, eu sei, porque não joga. Mas não faço de conta que isto é sério. O Benfica já tem agendado o jogo com o Olhanense para 6ª feira, dia 3 de Dezembro. Porque depois defronta o Schalke na 3ª feira seguinte, na Champions. Mas podia perfeitamente jogar para o campeonato no sábado, que cumpriria o descanso de 72 horas para o jogo europeu e o jogo anterior se o disputasse para a Taça na próxima 4ª feira. Mas não há seriedade nem verdade desportiva, pois não? Nós é que fazemos disto tudo coisas normais, e tudo o que é anormal na Europa do futebol.

Quando chegasse a 12 de Dezembro para um deles receber o Olhanense segundo o sorteio de hoje, Benfica ou Braga já saberiam o que fazer e não se desvirtuaria a Taça de Portugal nem em paralelo as outras competições. Porque não é assim que se faz na Europa onde julgamos pertencer também no domínio da bola redonda. É que, entretanto, não se antevê uma data em breve disponível para o Olhanense visitar Luz ou Braga, depois da decisão entre estes a 12 de Dezembro, a que se segue a última jornada da Liga antes da pausa natalícia (19). E em Janeiro há 3 jornadas nos grupos da Taça da Liga.

Mas há quem olhe, como de costume, para a verdade desportiva só quando dá jeito.
Esta saloiice de adiar um jogo da Taça, beneficiando de descanso extra para as provas europeias, com um argumento externo e estrambólico, já muitos o esqueceram, mas levou em 1991, há 20 anos, o Benfica a cancelar um jogo em Chaves, para o campeonato, só porque ia jogar depois ao Sparta, tão longe quanto é Praga...
A verdade desportiva é como a memória de certas abencerragens. Selectiva. Espécie rara. Deve ser por isso que os do costume entopem de lixo as colunas de opinião e os debates televisivos. Mas batem com a mão no peito e garantem ser lúcidos, sabedores, isentos e sérios. Os pivots e os editores não se lhes toca. O circo must go on. Sem aplausos. Só tristezas.

Champions é para quem pode, não para quem quer



http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1467959

Braga já ganhou mais de 12 milhões de euros



Benfica comeu hamburgueres no McDonalds



Lisboa, Lisboa (XV)




"Adeptos reclamam pedido de desculpas".

Exactamente. Onze anos depois. Quem será o João Vieira Pinto?
Shalom!

Lisboa, Lisboa (XIV)








Este voltou ao balneário. É um bálsamo.


Não tarda e volta ao médico para aconselhá-lo a não ir aos jogos.


Lisboa, Lisboa (XIII)




e a coragem e ousadia que não foram premiadas, parece o Sótraques a falar



as diferenças e semelhanças de Jorge Jesus com Teixeira dos Santos

Lisboa, Lisboa (XII)

http://www.maisfutebol.iol.pt/benfica/benfica-israel-hapoel-champions-maisfutebol/1212254-1456.html
O Benfica nem sequer embarcou a tempo em Telavive. Sem controlar a PSP, a GNR, os NN Bois, o MAI, a NATO, a ONU, a UEFA, a FIFA, o CA LPFP, o CJ FPF e tutti quanti, já não chegam às 5 da manhã a Lisboa, mas apenas entre as 8 e as 9 horas.


Sempre dá tempo para quem acordar cedo poder ir fazer a recepção ao aeroporto.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1719875 e a "saída pela porta muito pequena", segundo o JN que fala do adversário como APOEL, deve ser de Chipre...
3 pérolas
É melhor ler aqui:
- Vocês são uma vergonha
- Só ganhas na playstation
- Ninguém nos pára

Novo livro do Nobel da Literatura, 11 anos depois*

Desgraças nunca vêm só...
Sim, foi a 25/11/1999



Tal como aqui evoquei quando foi atribuído o Nobel da Literatura a 7 de Outubro...
Recordar é viver.

Lisboa, Lisboa (XI)



Comentador oficioso (Antena 1, SICN) que garantiu, desde o sorteio, que o Benfica "só dificilmente não ficará em primeiro no grupo"; que antes da viagem a Lyon dizia que "o Benfica tem tudo para se apurar e até ser primeiro do grupo"; mesmo depois de 1 vitória graças à arbitragem e 2 derrotas suaves reafirmou que "é impensável que o Benfica não se qualifique e acredito que chegará mesmo a primeiro do grupo".


Falta de persistência não teve. Mas persuasão não chega.

Lisboa, Lisboa (X)

Sugestões de capas para daqui a pouco.

A vertente "comercial".
O lado "confessional" e "institucional".


Lisboa, Lisboa (IX)

Sugestão, involuntária, do portodocrime em comentário recente a pedir reprodução gráfica. Tá bem assim?
"Zé Luis. É pá que corrosivo........ Daqui a bocado, "bou" para a mouraria e imagina que não vou com uma mão cheia,mas sim com 3 dedos(1 vertical e 2 agachádos) Que Bom Dia vai ser amanhã

Lisboa-Telavive *

* ligeira variação temático-filosófica, qual cabala judaica



Eli, Eli, porque me fizeste isto?*

* - das palavras que Jesus terá dito na cruz antes do último suspiro...

Lisboa, Lisboa (VIII)

Não aquece as palhinhas... e falta um mês pó Natali...


24 novembro 2010

Lisboa, Lisboa (VII)

Pode ter partido atrasado, mas o Gólgota estava à espera dele. Entretanto, o mafioso foi ver Jerusalém, mas em breve Lisboa terá monumentos iguais nas duas margens. Fica bem um a olhar para o outro...



Achei bem a rapaziada da RTPN "imaginar" as capas dos desportivos amanhã... E o day-after...








Maldição de Gutman*


* breve interrupção na série para uma evocação oportuna, Lisboa, Lisboa segue dentro de momentos que há monumentos para ver.

Gutman é um nome associado a maldição no Benfica, não é?
Bella ou Eli, Gutman, mesmo sem o duplo "n" do húngaro, é para ficar na história.

Este disse que o Benfica tem mais experiência na Europa.

Entretanto, andou a ver o Porto-Benfica dos 5-0. Devia rever, porque poderia ter feito melhor.

http://www.record.xl.pt/Futebol/Internacional/liga_campeoes/interior.aspx?content_id=515239

Lisboa, Lisboa (VI)




Lá vou eu outra vez. Vingar-me no Odie só queimando nele os pasquins de Lisboa. Já nem quis a sopa de nabos que engoli no Dragão. E, acabado o hipericão, fico-me com um chá de cidreira.

Em Lisboa é assim.
Baile e Tango, Tango e Baile, devem ser os próximos reforços.


Podem não acreditar, podem achar que é mania de perseguição, mas tenham noção que se este tipo de capas não foi igual não faltou muito nas anteriores deslocações a Gelsenkirchen e Lyon. Onde só mamaram dois, mas podiam ter sido quatro ou cinco.

O "catedrático" não marcou um golo fora e ao menos igualou o resultado em pontos: 0 (zero)


Nem os conceitos mínimos do futebol sabe. E nem imagina o que é defrontar o Arsenal, Chelsea, Madrid ou Barça. Agora jogará a tal "final" com o Schalke para ao menos ir à Liga Europa, mas não pode perder porque ao Hapoel o empate pode bastar em Lyon.
Lá vai ter que se abrir as portas do Maxim ou do Elefante Branco para o próximo árbitro ajudar a instituição...