18 setembro 2011

Pior do que o resultado



Já não estávamos habituados a um futebol tão fraquinho e sem graça alguma, mas também a estranhar não termos um avançado-centro. Juntaram-se as duas coisas para uma péssima 1ª parte a moralizar o adversário. E pior não podia ficar a não ser tirar o ponta-de-lança Kléber, deixando a sua inconvincente alternativa Walter sem sair do banco, menorizando o titular e desprezando completamente a única opção que a SAD fez por manter de forma tão estranha quanto incompreensível.

Enquanto Falcao faz mais três golos em Madrid, o FC Porto obtém o seu primeiro zero desde que há tanto tempo o fizera, tanto que ninguém se lembra mas talvez desde a última derrota em Alvalade. Há quem queira menorizar a questão do ponta-de-lança, mas este é um problema sério e a dias de disputar o 1º lugar contra o rival mais cotado o treinador Vítor Pereira fragilizou psicologicamente o Kléber que correu para os seus braços por ter marcado um golo obrigado por James.

Passe o que passar no clássico de 6ª feira e no resto da época, está claro que esta opção de apostar as fichas todas em Kléber, ridicularizando ainda mais o Walter que não caiu no goto de ninguém, vai ser falada toda a época, se em Janeiro não se arrepiar caminho. Uma opção estratégica debilitada, ainda, pela ausência de Hulk e uma opção, da SAD, que é bem mais discutível do que a tentativa do treinador dar outro ar ao ataque anémico em que, à falta de Hulk a ponta-de-lança que se vira para a frente e visa a baliza, a ideia foi meter James como uma espécie de Messi, mais atrás do que um homem de área e a procurar mais os flanqueadores do que mandar-se para a baliza.

Acabou por não resultado o forcing portista e a equipa não mereceu mais do que obteve, o que é razoável e resulta mesmo em futebol. Muitas mexidas na equipa, Mangala a estrear-se nem bem nem mal, o meio-campo que muitos gostariam de ver Moutinho-Guarin-Belluschi mas sem convencer e eu nunca tive muita curiosidade por algo do género, depois entrou o Defour e jogou-se em 3-4-3 com a saída de Sapunaru que esteve muito fraco, o meio-campo pegou mais na bola mas os extremos foram pouco diligentes a irem à linha, de qualquer nodo já não havia para quem cruzar e ainda se insistiu em Djalma que é ainda mais fraquinho do que Kléber e a coisa conseguiu piorar. A ideia de duas bolas nos ferros pode dar alento a quem quiser falar em azar, mas o desacerto começou na abordagem ao jogo, uma equipa experimental a pensar-se que se ganharia a bem ou a mal mas saem haver um desequilibrador para acabar tudo em sobressaltos, Helton também a ver Guarin evitar um golo certo, e James a perder a cabeça e a perder o jogo com o Benfica sendo bem expulso e o FC Porto bem empatado por um Feirense organizado, positivo e atrevido.

Não acho que o 0-0 tenha repercussão no clássico, Álvaro e Hulk reencontrarão, creio que Defour tomará o seu lugar como tem justificado e Belluschi sairá para se refazer o miolo com Fernando e Moutinho, pelo que a dinâmica será outra seja Varela ou C. Rodriguez a actuar à esquerda, reentrando Otamendi para a dupla com Rolando.

Resta saber o que Kléber fará ante Luisão, com a imagem dos golaços de Falcao no Cincazero, a fazer o ninho na careca do Girafa. Pode ser a libertação do fantasma-Falcao ou o prolongar, até nunca, da agonia do seu vazio e o massacre psicológico sobre Kléber para um campeonato que não será o passeio do anterior e exigirá muita força e classe. A SAD continuará nas boas graças dos que não lhe apontam um dedo que seja.

12 comentários:

  1. Dois pontos perdidos por culpa de uma exibição deplorável, caracterizada por uma atitude contraproducente, que eu imaginava já completamente erradicada do seio deste valioso plantel. Engano meu e quiçá do próprio treinador que ao invés de corrigir alguns excessos de confiança ajudou a complicar a situação.

    Quem porfia, mata caça, quem relaxa passa «traça». Foi o que aconteceu exactamente.

    O nulo no marcador reflecte a atroz incapacidade de acertar na baliza. Na primeira parte os nove remates portistas não foram na direcção da baliza e na segunda, os remates mais perigosos esbarraram nos ferros. Varela teve a baliza escancarada e atirou para fora...

    Mau de mais para um plantel composto de gente capaz de fazer imensamente melhor. As faltas de Álvaro Pereira e Hulk não chegam para justificar tamanha incompetência.

    Que todos aprendam a lição pois exibições similares serão certamente repudiadas pelos incansáveis apoiantes portistas, únicos que mereciam a vitória.

    Um abraço

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  2. Não falo de Radamel, não está cá, não é do Porto, mas sim da incompreensível não utilização do Walter depois de o pôr a aquecer durante vários minutos...É melhor colocá-lo em qualquer outra equipa ou então deixar de falar nele.Depois as mexidas na defesa, Sapunaru bem na direita, Fucile bem na esquerda, experimentar Mangala já foi demais, porque não era necessário e percebeu-se que embora mais veloz ainda está verde nestas andanças, em casa sim mas noutras circunstâncias, fora nunca ainda por cima desfalcados.E na linha média que grande confusão Belluschi atrás com Fernando no banco foi mais uma coisa que não entendi...Depois aquela substituição de Sapunaru por Djalma, bom ainda bem, porque o Djalma acabou por nos tirar da derrota, mas o intuito era ganhar ou não?...Muita engenharia para pouca construção!

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  3. Mas nada de dramatismos, empatamos não perdemos e deveríamos ter perdido para ponderar melhor no futuro e não facilitar um milímetro...Agora é tocar para a frente e rasgar com os "encarnados" que estão com mais peito e isso é bom.
    Acertemos a defesa, a linha média, componhamos melhor a ofensiva e se for preciso, põe-se lá o Otamendi, o Sapunaru ou o Mangala!
    São grandes e sempre acertam na bola de cabeça...

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  4. Na minha opinião a situação do walter merece ser esclarecida de forma clara pelo treinador. Na época passada soubemos todos após vários jogos de ausência, que não jogava por excesso de peso. Esta época, como aqui apontei há 2 meses, paraceu-me que a situação se repetiu, com o agravamento do drama familiar do jogador. Mesmo assim, é muito difícil aceitar que esteja no banco como uma espécie de Mantorras de outros tempos... Para isso, adaptado ou não à Europa, mais valia lá estar Iturbe, não é ponta de lança mas, mesmo ainda sul-americanizado, não me parece pior que Djalma, por exemplo (como diz um amigo meu, há muito que não tínhamos um Quinzinho...).
    A exibição foi confrangedora e julgo que ninguém percebeu o que quis fazer o treinador. Quanto ao meio-campo, estou como o Zé Luís: já tivemos o nosso tempo de Adriaanse para inventar, não somos o Barcelona para jogar com adaptações constantes, por isso, contra o Feirense ou outro, metam lá o Fernando ou Souza à frente da defesa e depois escolham mais um para fazer companhia ao João Moutinho - e apesar de Defour Guarín continua na frente para mim - sem inventar mais. Até ver, acredito que Walter não está em forma, continue a apostar-se em Kléber, embora me faça lembrar a aposta continuada em Pena de Fernando Santos, talvez o nosso ex pior titular ponta de lança dos últimos dez anos...

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  5. Uma absurda desilusão. Agravada pela incapacidade em ganhar a uma equipa em campo neutro, ou melhor, quase como em nossa casa.

    Empatamos, mas o que perdemos ontem? Duas coisas (e não são os dois pontos que mais me preocupam) e não sei qual delas é a mais importante. Primeiro, perdemos a oportunidade de deixar o clube do regime matematicamente DEPENDENTE de nós para ser campeão à 6ª jornada. Podem desvalorizar, mas tem importância. Segundo, perdemos força e confiança na rotação. A rotação implica mexidas prudentes, conservadoras, não estruturais e que NUNCA desviem a equipa da vitória. É nisto que se mede a distância entre rotação e "inventanço". A partir do momento em que há um "desastre" (e não só pontual, mas sobretudo exibicional), baixam os níveis de confiança de quem entra na equipa pela rotação, aumenta a ansiedade de quem espera agarrar a oportunidade e aumenta a motivação e a esperança do adversário. Rotação foi aquilo que tivemos no ano passado. Isso sim, conservadorismo e passo certo. Só existiram mexidas mais profundas quando por lesão e/ou castigo essas mudanças impunham-se.

    Começamos a perder estes dois pontos na ante-véspera onde Vítor Pereira afirma: "O F.C. Porto caminha para jogar com três médios, como sempre, e caminha, cada vez mais, para que o seu médio defensivo seja um 6,5 ou um 7 a ir para um 8. Caminha para que os médios sejam de grande dinâmica". Aliás, pelo que se tem lido até em jogos anteriores...era a perfeição. Um MITO feito realidade. Nem o Barça abdica de um Busquets e até foi buscar um tal de Mascherano, mas nós não, haveremos de ser a equipa perfeita sem 6, a posição FULCRAL do futebol moderno. Vai daí INVENTA-SE a tese que tudo o que é 8 pode jogar a 6. Não satisfeitos, porque a ambição leva a dar mais um passo em frente, teoriza-se que com um trio de 8, pode qualquer um deles ir passando pela posição 6 quase que à vez.
    Veio o Vitória de Setúbal, EM CASA (e as maiúsculas não são por ACASO!), com um meio campo com 3 jogadores acima dos 31 anos e outro com 28 anos (e não muito dado a correrias). Por conveniência táctica e face a ESTE adversário alterou-se, E MUITO BEM, retirando um apático Souza (um 8 a 6) e colocando o Moutinho a par com o Defour. Correu bem, muito bem.
    É replicável sempre? Não, obviamente que não.
    Tentou-se o mesmo contra o Shaktar e o que nos valeu foi que o Shaktar tinha menos uma unidade. Ainda assim, o jogo na segunda parte foi demasiado partido e sem CONTROLO nosso a nível do meio campo.
    Vem o Feirense. Fora. Com um duo defensivo a meio campo de dois JOVENS Cabo-Verdianos (e depois da lesão do Sténio, o Cris) que não iriam rebentar aos 60 minutos como os de Setúbal. Iam correr até ao minuto 90, iam bater (no bom sentido) até ao minuto 90, iam ganhar bolas (para lançar contra-ataques) até ao minuto 90. Não era isto expectável? Não era isto evidente?
    Mas não, o MITO está lançado. Criado e bem alimentado, até que fugiu aos seus criadores.
    Tenho a certeza que se tivéssemos um 6 ali (e não um disfarçado) a nossa pressão alta seria BEM diferente (sobretudo na primeira parte), que os do Feirense não metiam tantos contra-ataques venenosos (e com muito espaço para os "ciclistas" do Feirense em diagonal meterem-se para a zona central) e que o nosso meio campo criativo seria "empurrado" para o espaço entre a linha de 6 e os centrais do Feirense e não à frente dos 6 (Varela e Sténio/Cris), como estes TANTO agradeceram.
    Sem rei nem roque a meio campo, juntou-se outro factor ALTAMENTE condicionante do nosso jogo. Tivemos TOTAL incapacidade de carrilar jogo pelas extremidades. Orfãos de Alvaro, os nossos laterais nunca conseguiram dar profundidade aos seus flancos. Em abono da verdade, também não havia um 6 que os libertasse (lá está, como um 6 é jogar mais à frente!).

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  6. Esta dificuldade é agravada pela escolha de extremos que tivemos. Não são extremos rompedores, não são extremos puros e, ainda por cima, um deles é mais um defesa, ora nosso ora do Feirense, que um avançado "match-winner".
    Resultado disto? Bola jamais chegava ao Kléber.Os extremos viviam dos momentos do James (do outro, nem vale a pena falar!) e na zona central das exíguas chegadas do Guarín.Pergunto, há ALGUM PdL recém chegado a um clube que SOBREVIVA a isto?Que fazemos nós? Retiramos o Kléber. Ou seja, o problema FICOU...e se alguma bola FINALMENTE chegasse lá à frente já não tínhamos ninguém lá. Bonito, sim senhor!De onde vem isto? Uma vez mais, do famigerado jogo com o Vitória de Setúbal. Como se o Henrique e o Luciano fossem o R. Silva e o Anderson. O Luciano é um central com escola, móvel e inteligente e o Henrique é um central rápido. Ao contrário da dupla de centrais do Setúbal, não iriam sofrer tanto com um ataque móvel. São uma dupla de centrais de melhor qualidade e mais "moderna". Retirar a nossa referência e eles ainda poderem contar com a ajuda do um 3º central como o Varela foi-nos fatal. Acabou o nosso perigo pela zona central.

    Helton - Atento e seguro. Bem melhor que contra o Shaktar.

    Sapunaru - Não foi muito seguro a defender, tendo o D. Cunha ganho muitas bolas. Ainda assim, não foi mal de todo nesse capítulo. A atacar foi pouco incisivo (também não tinha as costas resguardadas) e quando se chegava à frente raramente lhe metiam a bola, pois os nosso extremos afunilavam SEMPRE o jogo. Um vez mais, REBENTA a largos minutos do fim. Já não é novo e é uma situação que se arrasta (o que é grave!). Tem muitos problemas físicos e acho que o seu "estoiro" pode ter condicionado a entrada do Walter. Forçou a mão do VP para meter um LD de recurso.

    Fucile - Muito mau jogo. Perdeu muitos lances defensivos e muitos vezes lhe ganharam as costas. Ofensivamente, foi um desastre. Raramente optou pela decisão correcta. Bem sei que ter um extremo como aquele que lhe colocaram à frente não ajuda, mas esteve muitíssimo desinspirado. O Fucile à esquerda rende mais. TRETAS!

    Rolando - Um erro, rapidamente corrigido, e muita vontade de ir à frente fazer o que os outros não faziam. Deitou um olho ao trabalho do Mangala e foi o que nos valeu!

    Mangala - Gostei . Vamos lá ver, tecnicamente não é um cepo e até sai bem com a bola, mas tacticamente é muito fraquinho, perdeu muitos lances na matreirice e alguns de cabeça (!!!!) com gente com metade do seu tamanho. Joga na base da força, o que não ganha no confronto físico, não vai lá pela técnica (que possui, atenção)...e arrisca muito alto para lances que não valem um caracol. E arrisca não só no tempo de entrada (quando o melhor é deixar correr o lance porque já está ganho), como na impetuosidade da mesma. Melhor que o Maicon, já? Porquê? Custou 7x mais, é isso? Veio do estrangeiro e não via Nacional?
    Não é craque nenhum, é um projecto de jogador ainda mais verde que o Maicon (ou seja, mais um "vamos ver"). O que não precisávamos para resolver um problema que já vem do ano passado, digo eu.
    Não percebi a necessidade de o lançar já. Sobretudo sendo um jogador tão verde. A verdade é que temos aí dois jogos de grau de dificuldade elevado e a nossa dupla de centrais titular ainda só jogou 3 vezes junta esta época.

    Moutinho - Começou a 6, foi para 8, voltou a 6, andou a 10. Tentou ser tudo e acabou não sendo nada. Não por culpa dele, que fez um bom jogo, mas porque querem impor um meio campo onde não há "patrão" mas um trio de "chefes". Quem é que compensa? Vou eu, vais tu? Não vais tu, que agora estás tu a 6 e eu a 8!
    Temos um meio campo muito forte, mas também deficitário. Temos um 6 e um conjunto de más ou menos más (caso do Moutinho) soluções para o lugar. Doa o que doer o Fernando é TITULAR no FC Porto. E será assim, pelo menos, até Janeiro. Ou até Junho, se a SAD assim o entender.

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  7. Guarín - Uma exibição de contrastes. Quando recuava desaparecia do jogo. Quando avançava, algumas vezes, era quem dava chama ao nosso jogo. Disparatado no remate e não tão rompedor com sabe e pode, ainda foi quem levou a bola para a frente. Ainda está um Guarín "ténue" e é bom que ganhe cores rapidamente. Mas para as ganhar tem que jogar num meio campo estruturado e na sua posição. Nada de anarquia

    Belluschi - O pior do meio campo. Afundou-se completamente quando pisava terrenos que não são seus. Desaparecido do jogo e pouco intenso na pressão (quer ele, quer Guarín) e varrido pela dupla defensiva do Feirense. É um jogador que disputa com o Guarín UMA posição do meio campo. Disputam ambos a posição do médio que chega mais ao Kléber. Mais que isto é inventar. Longe da área pede presença no jogo e fechado tacticamente. É um jogador que precisa de ser livre para brilhar.

    James - Sentiu o peso de ter que ser ele a inventar uma solução, um lance de génio e uma equipa que não o ajudava. Muito peso e cedeu. Espero que aprenda, porque é um jogador de muito valor. Inventou alguns dos lances que nos poderiam dar a vitória. Pedir mais que isso a um menino é demais.

    Rodríguez - Que mais dizer? Cruzamentos falhados, recepções SIMPLES sem pressão falhadas, passes simples falhados, dribles falhados, remates na área falhados (e como bateram no Djalma por rematar errado de fora da área!) e até tropeções na bola. Um cabeceamento à barra e um carrinho sobre o Pedro Queirós (e nunca o contrário!). Mais palmas para a claque, uns beijinhos no emblema e está feito. Daqui em breve há mais. Claro.
    A expressão "ficar sem dinheiro, nem palhaço" ganha uma nova vida com ele. Sem o dinheiro, já não há nada a fazer. Não vejo é necessidade de entrar com um "palhaço" a menos em campo. Porquê esta auto-mutilação?

    Kléber - Limitações físicas o tanas. Acho que o VP é treinador com categoria mais que suficiente para assumir que foi opção técnica. Não precisa de se esconder atrás de nada. Uma opção técnica errada e assumida perante todos. Isso sim.
    Quanto ao Kléber não tem culpa alguma do desgoverno a meio campo;não tem culpa alguma do FC Porto não conseguir colocar um médio nas suas costas; não tem culpa alguma dos extremos terem quase sempre e só movimentos interiores e um destes com nítidas dificuldades de saber o que fazer à bola; não tem culpa alguma que os laterais não tenham dado a profundidade não conseguida pelos extremos.
    Sim, ainda não sabe sobreviver tão bem a este deserto de ideias como o Falcao. Não é o Kléber o problema. É antes. É a construção. Fomos uma equipa que mal rematou na primeira parte. E quando chegamos lá...não o tínhamos a ele mas um Varela desinspirado. Uma vítima, a quem exigem o que não exigem a outros e mais um que é vítima de não ter vindo por muitos milhões e de não sei onde.

    Varela - Gostei do esforço, gostei da intenção, mas não soube ser decisivo. Ainda perdido em algumas fintas, mas já mais focado e objectivo. Falha um golo que é uma vergonha para a sua qualidade.

    Defour - Não mexeu com o jogo, nem podia. Somou qualidade e intenção a um meio campo sem ponta de organização. Lá está, a decisão que se impunha era a entrada do Fernando. Mas isso não ia cair bem nas bancadas...como uma substituição dessas fosse fazer recuar a equipa. É nisto que se vê dedo de treinador!

    Djalma - Entrou para lateral e não fez uma coisa mal feita. Também não era dali que se ia pedir para ganhar o jogo. Mas já não sei. Já estou à espera de tudo.


    Parabéns ao Quim Machado que mostrou que para ter um futebol ofensivo não é preciso aniquilar a posição 6. Pelo contrário.
    Destaco o Sténio. Mais um jogo muito bom.

    DRAGO

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  8. Carlos, o plantel com muitos médios é precisamente para exercer adaptações constantes, julgo eu e o VP penso que quis mostrar isso mesmo.

    Quanto a Pena, era bem melhor do que Kléber e até marcava golos sozinho, algo que Kléber não me parece fadado para fazer.

    Eu acho que percebi o que quis fazer o treinador, as coisas saíram-lhe furadas, foi o que foi.

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  9. Ontem vi dois extremos com muito futuro a jogar no Rio Ave...Kelvin é craque, Atsu é um menino em forma de jogador...

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  10. Até já se lembram do Pena, esse "craque" que foi o maior marcador de golos num campeonato e portanto bola de prata, mas eu dava-me contente se tivessemos no plantel o Ernesto Farias.
    Temos de ter confiança e pensar que o Kléber ainda vai melhorar, mas a verdade é que ele vinha de uma equipa que lutava pela Europa, e agora está numa equipa que luta pelo título e está no pote 1 da Champions, são 2 coisas diferentes e objectivos diversos, ele ainda não estava preparado para assumir logo de estaca este "salto".

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  11. Sharu, obrigado pela tua esclarecida intervenção e bastante completa. Uma mais-valia para a discussão que remeto para o post de hoje, aí acima, onde agora farei referência a estas tuas observações.

    Creio que entendemos o jogo da mesma maneira, tal como decorreu, com as mexidas do VP. Mas estás para criticar fortemente a opção do 11 inicial e eu relativizo um pouco mais isso, sou mais condescendente.

    Tenho pena que, tal como já sucedeu noutras ocasiões, os teus comentários cheguem algo ao retardador. Estes que meti agora só me chegaram depois de eu ter feito o meu comentário ao que disse o Carlos Teixeira. Não sei o que se passa sobre esse atraso ou desfasamento do envio dos teus textos.

    Talvez com o post de hoje posssas colocar mais alguma questão, parece-me pertinente, estamos de acordo em muitas coisas e sem a bola chegar à área não adianta muito ter lá alguém.

    A questão candente da ROTAÇÃO tem que se lhe diga e é um risco se se faz mudar meia equipa. Mesmo com o Feirense que subiu de divisão. Como se provou. Mas VP, eu concordo, achava que seria suficiente. Tinha de poupar o Hulk por lesão, talvez o Álvaro também, evitar o desgaste acumulado logo no início da época e isso parece-me avisado. Agora, os que entram têm de ir lá para dentro com o alarme a tocar sempre nos ouvidos, para acelerarem.

    A equipa não estava preparada para jogar esticada e fê-lo contrariada, a contragosto, na 1ª parte. O treinador deveria prever isso, concordo. Tentou mudar e acho que fez bem.

    Eu já vi treinadores substituirem o avançado-centro por um central e ganharem um jogo ou recuperarem de uma desvantagem. Já vi mais de uma vez e até de um treinador português.

    Um pouco de clarividência e experiência de diversas situações ajuda a entender certas o~pções durante um jogo.

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  12. Daniel, também não achei feliz evocar o Pena, aí pelo Carlos, mas pronto.

    Quanto á fé no Kléber, é isso, mas eu sou como S. Tomé...

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