30 junho 2011

Raio de começo a lembrar 2009


O FC Porto recebe o V. Guimarães na 1ª jornada do campeonato, a 13/14 de Agosto. Isto é, tal como em 2009 sucedeu com o Paços de Ferreira, visitando a Mata Real depois da Supertaça em Aveiro (ganha com 2-0), a nova época obriga a um duplo confronto oficial a abrir. O FC Porto defrontará o V.G. a 7 de Agosto em Aveiro, para a Supertaça.

Agora, só falta mandarem para lá o Xistra outra vez. Se se lembram, lixou-nos na Mata Real (1-1 com expulsão de Hulk), depois de ter permitido a caça ao homem uns meses antes em Guimarães, deixando bater em Hulk de toda a maneira e feitio.

Esperemos que desta vez a uma vitória na Supertaça siga outra a começar o campeonato.

Para já, a esta hora, o que se sabe é a ordem dos clássicos:
25/9, 6ª jornada, Porto-Benfica;
27/11, 11ª jornada, Benfica-Sporting e Porto-Braga
8/1/2012, 14ª jornada, Sporting-Porto

Quer dizer que vamos acabar o campeonato fora e teremos o Sporting no Dragão na penúltima ronda, a lembrar também 2009-2010, então com o Benfica e aquele jogo inenarrável da arbitragem do Olarápio que não evitou a nossa vitória num jogo "filho da mãe" no Dia da Mãe, com a expulsão de Fucile, quando devia ter merecido um penálti na área benfiquista e levou 2º amarelo por simulação.

Actualizando, agora, com todo o calendário (1ª volta), segundo o site do FC Porto:
Guimarães-FC Porto (14/8)
FC Porto-Gil Vicente (21/8)
U. Leiria-FC Porto (28/8, adiado pela Supertaça europeia)
FC Porto- Setúbal (11/9)
Feirense-FC Porto (18/9)
FC Porto-Benfica (25/9)
Académica-FC Porto (2/10)
FC Porto-Nacional (22/10)
FC Porto-Paços de Ferreira (29/10)
Olhanense- FC Porto (8/11)
FC Porto-Braga (27/11)
Beira-Mar-FC Porto (11/12)
FC Porto-Marítimo (18/12)
Sporting-FC Porto (8/1/2012)
FC Porto-Rio Ave (15/1/2012)
Viramos o campeonato com dois jogos em casa, depois de dois seguidos em casa a meio da 1ª volta. Impõe duas idas à Madeira na 2ª volta. E acabar em Vila do Conde é bom, em caso de vitória para o título.

Já agora, o Benfica começa em Barcelos com o Gil, o Sporting recebe o Olhanense e fecha a 1ª volta em Braga, pelo que fará dois jogos seguidos fora na 1ª volta, logo no início, e a dobrar o campeonato (Braga e Olhão).

O Guimarães tem um belo começo: até à 7ª ronda apanha todos os grandes, incluindo o derbi com o Braga (5ª), Benfica (6ª) e Sporting (7ª). Além da participação europeia, isto promete ser quente lá no Berço.

Já o benfas tem tudo aplainado até vir ao Dragão, começa com os dois promovidos (Gil e Feirense), vai ao Nacional e tem dois em casa antes de jogar no Porto. Portanto, há que começar bem.

28 junho 2011

O melhor FC Porto de sempre






Já tinha dedicado o tema à melhor equipa de sempre na história do futebol, o Barcelona actual ou que Guardiola tem gerido magistralmente há três épocas. É tempo de apontar a melhor equipa de sempre do FC Porto, que porventura reunirá mais consenso do que no debate, nem sempre conclusivo, sobre o Barça.





Com a morte recente de Tomislav Ivic - único a ganhar campeonatos (8) em seis países diferentes, mas também outros troféus noutros países, além de dirigir selecções nacionais -, associada à saída, mais ou menos previsível, de André Villas-Boas, os treinadores dos quatro títulos numa época coincidem no tempo em que nos fazem falar deles e do seu legado. Coincidentemente, de uma época apenas cada um.





Estive a ver agora, de relance, o que se escreveu por aí nos últimos dias da minha preguiça em que me afastei de tudo e, confesso, a desilusão é enorme. Mal aproveitaram o "Gomes é finito" para sentenciar o fim de vida do croata talvez mais famoso que acabou de morrer, como ele disse do "bibota" a quem deixou no banco na final da Taça de Portugal de 1988. Ivic finou-se, AVB partiu e cada um deixou quatro títulos numa época para delírio da Nação Portista.





1987-88 - Ivic pegou na equipa, excepto Futre de saída para o Atl. Madrid, que Artur Jorge levou a campeã europeia. Uma vitória estrondosa, até por reincidir com o Bayern batido de Viena, para conquistar o Joan Gamper em Barcelona, com 2-0. Não houve Supertaça de Portugal, disputada entre Benfica e Sporting, mas deu para ganhar o que dava direito como campeão europeu: Supertaça europeia, a duas mãos e com duplo 1-0 ao Ajax (à esquerda, Gomes com van't Schip e o árbitro Schmidhüber na 2ª mão nas Antas) vencedor da Taça das Taças e ainda com van Basten e Rijkaard e Bergkamp a crescer para ser grande, e Taça Intercontinental (em cima) na pior das condições climatérias, e jamais repetidas, na final de Tóquio contra o campeão sul-americano Peñarol, na neve que nem a véspera do jogo deixava antever, apesar do frio normal de Dezembro na capital nipónica que hospedava a competição por via do agregado patrocinador Toyota (um troféu particular). Quanto ao campeonato, reconquistado naturalmente no ano dos "quinzinhos", os 15 pontos de vantagem sobre o Benfica (66-51), em 38 jornadas/20 equipas. Um campeonato, em traços gerais, apenas com uma derrota (2-1 em Alvalade, sempre com arbitragem polémica), um 7-0 no Rio Ave a começar 1988 e que ali vi a 3 de Janeiro num domingo soalheiro, depois do 7-1 ao Belenenses na 1ª jornada em que Madjer (que marcou dois) repetiu o calcanhar de Viena nas Antas; tudo para acabar com 3-0 (dois de Jaime Pacheco e um de Rui Barros) no remate da prova e dias antes de despachar o mesmo Benfica com golo solitário, quase no final, de Rui Barros, para aceder ao Jamor onde um golo, igualmente tardio, de Jaime Magalhães selou a 2ª dobradinha do clube depois de 1956. Ah, e apesar de algumas goleadas, os 88 golos marcados não chegaram a dar média de 2,5 golos por jogo, mas o FC Porto ganhou todos os 19 jogos nas Antas, algo só conseguido em 1939-40 (9 jogos) e apenas repetido depois por Mourinho em 2004 (17 jogos). Inesperadamente, foi também finito para Ivic o seu reinado no FC Porto, sucedendo-lhe Quinito com a antítese quanto a Gomes ("É Gomes e mais 10") e um fracasso absoluto que não passou sequer do Outono, Murça de surpresa dirigiu a equipa frente ao Leixões até Artur Jorge voltar a pegar no leme para ser campeão no ano seguinte. Voltaria Ivic, anunciado em dia de S. João de 1993, a treinar nas Antas para ser demitido ao final da 1ª volta depois de 2-0 em Aveiro ao Beira-Mar mas já com atraso para o Benfica que o sucessor Bobby Robson mal conseguiu colmatar. Mas Ivic foi, acima de tudo, a imagem de marca da internacionalização do FC Porto, devotado a treinadores nacionais com Pinto da Costa, com o interregno do austríaco Stessl sem Pinto da Costa na sequência do "Verão quente" das Antas, pois a marca Ivic era de renome mundial e à perda do treinador campeão europeu de 1987 para o Matra Racing - seduzido pelo dinheiro para um clube sem estrutura e que fracassou, um simulacro do Chelsea de Abramovich que atraiu Mourinho e AVB - importava ter um nome sonante. Ivic triunfou mas, ao contrário de Artur Jorge, não ganhou no regresso às Antas. Uma época, ainda com os costumeiros 21 golos de Gomes embora atrás de Cascavel que fez 24, marcada pela ascensão fulgurante de Rui Barros (em baixo, à direita) que de emprestado no Varzim passou num ano para a Juventus numa transferência recorde não oficial de um milhão de contos, cinco milhões de euros actuais mas que porventura valeriam hoje 50 ME.







2010-2011 - Mais frutuosa do que aquela época de Ivic, em termos de títulos, só a que acabámos de celebrar com Supertaça de Portugal, Campeonato da Liga e Taça de Portugal e Liga Europa sob o comando de AVB. Não houve Supertaça europeia, já reservada para o Mónaco com o excepcional Barcelona, nem sequer haverá direito a Mundial de Clubes só reservado a campeões europeus de novo no Japão (após interregno nos EAU). Mas foi uma época de triunfos inolvidáveis sobre o Benfica, a começar na Supertaça em Aveiro (2-0), depois os extraordinários 5-0 no Dragão e, talvez melhor ainda, celebrar o título com 2-1 na Luz onde, ainda melhor, foi possível a seguir virar o 0-2 da 1ª mão da semifinal da Taça para ganhar 3-1 e seguir para o Jamor. Na final, arrebatador 6-2 ao V. Guimarães com cinco golos antes do intervalo e três tentos do jovem James Rodriguez. Um futebol por vezes de sonho, inspirado no Barcelona, com Hulk a arrasar e Falcao a maravilhar com finalizações excepcionais, fosse de calcanhar ao Benfica ou em voo ao Spartak de Moscovo e ao Villarreal, sete vitórias seguidas fora na Europa, recorde de goleada nos 1/4 final com os russos (10-3), quase o recorde de golos numa época (44 contra 45) do Barcelona e a reconquista de um troféu ganho como Taça UEFA em 2003 com Mourinho da última vez que o FC Porto o disputou. Mas, talvez acima de tudo, um campeonato sem derrotas, uma sequência já de 39 jogos sem perder no campeonato desde a época passada, ainda que não conseguisse terminar 100% vitorioso no Dragão por mor de um árbitro vesgo no 3-3 final com o P. Ferreira.





Comparando, os títulos não são os mesmos, à parte a dobradinha que já é um "prato" recorrente no FC Porto actual, mas talvez seja distinta a avaliação que se faça dos dois percursos de técnicos que duraram apenas um ano no FC Porto. Ivic ou AVB?





O confrade "Reflexão Portista" fez uma votação, sem contextualização, para eleger a melhor equipa de sempre do FC Porto. Ganhou, obviamente, com maioria absoluta (52% de 671 votos), a actual equipa. Por ser mais recente? Por estar fresca na memória? Por ser alvo da atenção das redes sociais numa sociedade altamente mediatizada? Por influir a frequência de gente nova na internet que desequilibra votações e não conheceu façanhas de outras épocas? Creio que um pouco de tudo permite concluir que a actual equipa do FC Porto foi a melhor de sempre. Ainda que não faça uma era, foi o ano mais excepcional de todos. Mesmo que Ivic tenha ganho dois troféus internacionais e a Supertaça ao Ajax seja a única que não mais foi repetida. Foi pena ter sido eliminado, ainda em 1987, com duplo 1-2 com o Real Madrid na Taça dos Campeões. Em Valência, por interdição do Bernabéu, um golo inicial de Madjer deu vantagem portista estupidamente mal conservada nos minutos finais, primeiro num deslize de Mly que saiu da baliza para disputar uma bola na linha lateral e de cuja sequência Sanchiz empatou para Sanchez marcar quase no fim. Nas Antas, num jogo às 10 da noite por interesse televisivo espanhol, Sousa também marcou primeiro, mas a esperança esfumou-se com as arrancadas de Julio Llorente para Michel bisar para a equipa que foi pentacampeã espanhola, a famosa equipa da "Quinta del Biutre" que foi a melhor do Real Madrid que pude ver até ao momento.





Mas, e outras grandes épocas do FC Porto? Os anos de Mourinho, em 2003 com Liga e Taça, mais a Taça UEFA, em modelo de jogo diferente do do ano seguinte que rendeu Supertaça e campeonato de Portugal só com vitórias em casa, final mal perdida com o Benfica no Jamor por influência do costumeiro vigarista SLB, mas a reconquista da Liga dos Campeões. Do 4-4-3 de 2003 ao 4-4-2 de 2004, formas diferentes de chegar ao êxito e uma supremacia esmagadora interna aliada ao crescimento notável a nível internacional terminado com a caterva de vendas milionárias a começar pelo treinador com cláusula de 5ME ao Chelsea.










Porém, como bem resumia o quadro da votação do "RP", houve épocas notáveis do FC Porto que, por mais antigas, ficaram pouco na memória sem jogos televisionados ou são poucos os que, nas redes sociais de agora, os viveram então presencialmente. Como venho do tempo dos anos sem nada e vivi intensamente o fim do jejum e a longa travessia do deserto, sou capaz de dizer alguma coisa.







1977-78 - Com a conquista da Taça de Portugal de 1977, com o Braga nas Antas, golo de Gomes, o FC Porto de Pedroto cresceu para patamares competitivos que eu nunca vi em cinco anos de vivência nas bancadas frias do velho estádio onde conheci a antiga bancada de madeira onde depois houve a gigantesca arquibancada, no lado da chamada "maratona", mais o placard que a encimava com os resultados do totobola. O tricampeão Benfica, que escapou por milagre a uma goleada no ano anterior para ganhar com um golo soberbo de Chalana nas muitas vitórias de 1-0 da equipa de Mortimore, acabou 77-78 o campeonato sem perder. Com os mesmos pontos do FC Porto. Quase a ganhar o campeonato com um autogolo de Simões (3') a atrasar de joelho a bola para Fonseca e com Humberto, à minha frente na baliza sul e apenas com Fonseca entre ele e o 2-0 intransponível, a acertar na barra com a bola desviada, por milagre, numa bota do g.r. que foi formado no Leixões e fora campeão pelos encarnados. Ah, mas foi a mais espectacular equipa de ataque que vi no FC Porto, este "team" fantástico com Gomes, Oliveira e Seninho na frente, Duda, Ademir e Octávio no meio-campo e uma defesa quase inalterada de Fonseca, Gabriel, Simões, Freitas e Taí/Murça. Foram 81 golos em 30 jornadas, quase 3 por jogo, 55 golos nos 15 jogos nas Antas, enquanto o Benfica imbatido marcou 56 golos em todo o campeonato. Era um festival de futebol em casa. Este poucos o viram, apesar de haver sempre 50 mil pessoas fosse com o Portimonense ou o Rio Ave ou as 80 mil frente ao Sporting ou o Benfica (1-1, o empate na ressaca de Ademir em livre ante Fidalgo já batido na final da Taça pelo Braga na época anterior) como nessa tarde de Junho, sufocante, com jogo às 17h e eu no estádio já aberto a partir das 13h. Depois, o simbolismo de quebrar o enguiço e virar uma página decisiva no FC Porto, com Pedroto e Pinto da Costa, teve o significado que pouca gente hoje reconhece. Mais a final da Taça com o Sporting, a do árbitro Mário Dias que depois embarcou com os leões para a China, numa digressão, com o traje oficial leonino, acabadinho de influenciar uma finalíssima (2-1) que já tinha sido determinada por outra arbitragem de antigamente no 1-1 do primeiro jogo que motivou a repetição. No ano seguinte, novo título, apesar de cinco empates seguidos na 1ª volta nâo o sugerirem, já não houve final de Taça porque sucedeu a costumeira derrota no Estoril (3-0 na primeira abordagem da prova), naquele campo da Amoreira onde o campeão de 77-78 sofrera, logo à 2ª jornada (2-0) uma inesperada derrota mas que seria a única.


Mas, na Europa, o FC Porto fez falar de si pela primeira vez ainda em 77-78: eliminação do FC Colónia, que seria bicampeão alemão, com 2-2 na Alemanha e 1-0 em Coimbra por interdição das Antas, golo de Murça tão improvável como os de Gabriel e Octávio no Mungersdorfer que albergara jogos do Mundial-74 e onde era hábito sofrer os golos de "canto à Colónia", bola no primeiro poste e desvio para a baliza ou para trás e alguém entrar para marcar, era tudo tão conhecido e aos 5' já o FC Porto sofria assim apesar de avisado. Depois o 4-0 ao M. United com três golos de Duda, que não atenuou o sufoco incrível do 5-2 de Old Trafford. Por fim, em Março, a quebra com o poderoso Anderlech dominador da Taça das Taças (duas vitórias e uma derrota em três finais consecutivas), 1-0 por Gomes nas Antas 24 horas depois de um jogo terminado ao intervalo pela chuva inclemente, e 0-3 em Bruxelas sem apelo nem agravo.




Confesso, pelo futebol de então, os valores como Gomes, Oliveira, Duda, Octávio, Seninho (safou-nos com o bis em Manchester), o significado do título, a participação na Taça das Taças, a agonia do jogo com o Benfica, as duas finais de sacrifício e prejuízo de arbitragem com o Sporting, esta era para mim a época mais saborosa que perdurará na minha memória apesar de ter perdido a revista "Golo" que dedicou uma edição exclusivamente à época memorável do FC Porto. Felizmente, vieram as épocas das grandes conquistas internacionais e são os troféus que valorizam os clubes mais do que as exibições que se perdem entre milhares de jogos observados, à época, ao vivo e sem resumos televisivos.







1984-85 - Quando Artur Jorge pegou na equipa, ele delfim idealizado e ela órfã de Pedroto que já não estivera na final de Basileia, a catástrofe de uma eliminação quase inacreditável com os galeses do Wrexham (0-1 e 4-3, golo galês a dois minutos do fim a ditar a sentença por golos fora) não fazia prever uma época de afirmação com um futebol espectacular e com Futre, resgatado ao Sporting (que ia emprestá-lo à Académica) que levara Sousa e Pacheco das Antas, em grande destaque a prometer épocas de show no Porto até Viena, três anos depois. Campeonato ganho com brilhantismo, oito pontos finais de avanço sobre o Sporting, uma derrota só no Bessa, 2-0 e 1-0 ao Benfica a começar a 1ª e a 2ª voltas, Futre a acertar num poste no 0-0 de Alvalade que podia ter dado o título a cinco jornadas do fim caso a bola entrasse. Pelo jogo envolvente e massacrante para os opositores, uma época em cheio. Mas mal terminada, com 1-3 com o Benfica no Jamor que fez perder muito do glamour ganho no campeonato. Novo título na época seguinte, ganho com dois pontos por fim quando a duas jornadas do fim a situação era inversa mas o Benfica perdeu com o Sporting na Luz enquanto Futre fez o FC Porto ganhou no Bonfim e a derradeira jornada a fazer o Benfica perder no Bessa enquanto à mesma hora, apesar do 1-2 ao intervalo com o despromovido Covilhã que na Serra ganhará 2-0 a acabar a 1ª volta, Gomes virava o resultado a sentenciava (4-2) o bi. Na Europa, eliminação do Ajax com jogo defensivo (2-0 e 0-0) a desesperar van Basten e Rijkaard como sentiriam sempre com o FC Porto nos anos seguintes, até Ivic. Esse bicampeonato, em 1986, lançou a conquista da época seguinte na Europa e a entronização definitiva de Artur Jorge que, com três títulos nacionais (1985 e 86 e 1990), só foi alcançado por Jesualdo Ferreira (2007-2009).







Estas são as épocas do FC Porto em apreço para avaliar a melhor de sempre, que já estará definida pela natureza das conquistas da época ora finda, mas podem suscitar, especialmente aos mais antigos, memórias e comentários a propósito. Porque sinto que muitas memórias se vão perdendo no tempo. A começar pelas épocas inolvidáveis de Pedroto, até à de Ivic que durou pouco mas ganhou muito, tal como AVB.




Uma hora de balanço, sem ressentimentos, antes de começar no final da semana nova época, outro treinador, renovadas ambições, o desafio da Champions e tudo para se jogar novamente, com a voragem do tempo e a pressa mediática de seguir em frente. Não conto, por isso, e por falta de tempo e motivo - não há novidades em lado algum, nem notícias verdadeiramente - fazer outra investida por aqui. Seguirei os comentários de forma mais próxima e fica à vossa consideração o balanço.


26 junho 2011

S. João e Ivic

Sem muito tempo, mais por preguiça do que falta de motivo, não postei nada nestes dias, dedicados ao descanso activo mas longe de notícias e com o futebol totalmente em férias.

Estava para escrever pelo S. João e pelo S. João, mas já não é o que era, pelo menos os títulos portistas que lhe vinham associados e nos faziam a festa por antecipação. Foi da maneira que apreciei reportagens televisivas sobre o significado da festa para os portuenses, faltando o acicate do futebol que mais animava os portistas.

Entretanto, faleceu Ivic, ele também ligado ao S. João e sobre o qual devem ter escrito as coisas normais destas circunsâncias.

Direi algo mais quando me der vontade, por S. João e Tomislav Ivic. Deste não devem ter escrito algo que eu vá repetir. 

21 junho 2011

Faz-se História com Vítor Pereira: «Os nossos rivais desesperam»

Como, em bolandas, não tive tempo de inserir foto, o que é imperdoável para um momento comko este, aproveito para meter uma capa do dia. Vítor Pereira é o nosso treinador, espinhense e de há muito ligado ao FC Porto (treinador dos iniciados e não dos juniores como refiro abaixo). Ainda nem li jornais, hoje 4ª feira, à excepção de A Bola no sítio onde almocei. Do geral que pude ler, de relance, nem uma referência à aposta inédita num adjunto, homem da casa. É estranho mas, como sempre, primeiro é assim, depois entranha-se. E decerto vai ter muito sucesso. Reparei, até, que o dia 1 do Benfica passou quase para 2º plano. E espero que os resultados do FC Porto dêem sempre razão a essa primazia. Somos Porto.
O FC Porto reagiu à campeão e Pinto da Costa fez o discurso, com a acção inerente, que compete a um estadista da Nação portista: rei morto, rei posto, nada de olhar para o passado, olhar para o futuro, enterrar os mortos e tratar dos vivos, manter o nível e dar um passo em frente. Ao escolher, pela primeira vez na sua gestão um adjunto, Pinto da Costa mantém a aposta na juventude, garante a continuidade do trabalho encetado e até pode ter ganho simpatias no reino da arbitragem com a nomeação do homónimo da CA da Liga.

Vítor Pereira é uma belíssima opção, para mais vincando que foi apenas opção de AVB sair porque assim o entendeu e não leva consigo todo o staff, já antes delapidado com Pedro Emanuel a sair para a Académica. De Vítor Pereira, de resto, retenho uma sua declaração, forte, no final de um jogo em que esteve a liderar a equipa por castigo de AVB, não lembro agora qual jogo mas foi no final do ano e na fase incaracterística de descompressão da equipa que geria os resultados sem jogo muito apelativo. Com mais uma vitória magra, então, Vítor Pereira reconheceu que era "frustrante para os nossos rivais que desesperam pelos nossos deslizes", cito de memória com o respeito do sentido da frase que não deve ter sido exactamente esta.

De resto, ex-treinador dos juniores, com a cultura da casa, Vítor Pereira "ansiava" também este cargo de "sonho". Pinto da Costa não quebra a cadeia de comando como em anteriores situações e nem sempre bem sucedidas. Agora, manter os principais jogadores ante uma cara que já conhecem é sinónimo de podermos ter mais uma boa época pela frente.

De resto, aos 15ME já encaixados com a saída de AVB, mais os 18ME da cláusula do novo técnico, pois o FC Porto fica a ganhar 33ME. Nada mau, para quem não perde para o que se avizinha, assim a sorte acompanhe o novo técnico.

Um dia histórico, entrou oficialmente o Verão e temos Governo bem engendrado com figuras carismáticas e fulcrais para atacarem problemas dos quais os mesmos vinham falando, podendo comprovar na prática a sua teoria. Um discurso de posse de Passos Coelho a ditar logo o fim de 18 governadores civis redundantes no espernear dos postos que se julgavam eleitos para sempre à custa do erário e sem vantagens visíveis para o público.

Histórico, ainda, com a nova presidente da AR, uma mulher na Assembleia onde a parlamentarice da praxe, digna dos que vivem à custa do sistema e advogam o corporativismo dos assentos em S. Bento, vergou um homem que ousou afrontar o sistema e teve mais de um milhão de votos na corrida a Belém para PR. Assunção Esteves, que não conheço, pode fazer vergar, ela mesmo, a rotina do deixa.-andar parlamentar com má educação e até larápios de gravadores à mistura, pondo ordem e respeito na chamada casa da Democracia que tanto deixa a desejar.

Tá feito? Venha outtro, o FC Porto continua



Não há muito mais a dizer. Em cima da hora, no post abaixo, disse o que sentia e nada se altera. André Villas-Boas sai em condições normais, ditadas por circunstancialismos do mercado do futebol, porque o Chelsea o ditou, porque tem o dinheiro, porque as coisas avançam e não recuam, porque não há ilusões no futebol e no Desporto em geral, apenas a propensão de crescer, melhorar, superar-se, passar a outras metas, independentemente dos críticos que metem a viola no saco noutras ocasiões.

Felicidade para AVB no Chelsea, desejo-lhe muito mais do que a Mourinho e que ganhe ainda o que Abramovich há muito persegue, com o seu saco ou iate de dinheiro, vivo, sonante, irrecusável.

Aos que abominam a saída de AVB, como li há pouco n'A Bola Miguel Sousa Tavares, não são adeptos que falam, sofredores e fiéis para sempre, eu que há 30 anos não sabia quem era MST e lá estava eu ao sol e à chuva nas Antas, ao frio e ao calor como no Porto-Benfica de 1978 que ditou a sentença do campeonato, jogo às 5 da tarde e a partir das 3 já ninguém entrava, eu estava lá desde a 1 hora, a lanchar e a ver o FC Porto crescer no que, nem eu imginava, é hoje, um clube imparável de reputação mundial, que projecta os seus jogadores e treinador e até os seus dirigentes. Em quantos jornais e tv's trabalhou MST que nem tem o jornalismo como profissão de carreira?

Gostava de ver os saloios que criticam o AVB por aceitar algo na ordem dos 4, 5 ou 6 milhões anuais a recusarem uma proposta assim. É esta gente que eu abomino, gente a quem não dou a mínima importância, gente que não sabe do que fala e fala como se fosse algo consigo e não é.

Obviamente, gente que concorda e aceita, mesmo que a contragosto mas conhecendo a realidade do jogo fora das quatro linhas e que sabe que o timing é ditado por quem tem dinheiro.

Ao contrário de Mourinho, logo desde Fevereiro em Manchester cobiçado pelo Inter que foi sempre o mais forte concorrente a contratá-lo, mas que mal terminou o jogo na Corunha foi a Londres à revelia do FC Porto, AVB terá informado Pinto da Costa da situação. Irrecusável. Inadiável. O Chelsea dita o timing, bate o dinheiro e compra o que há para comprar. Como disse antes, não há críticas a fazer, o FC Porto tinha de precaver-se com estas situações e não houve juras de amor eterno de AVB, ao contrário do que supõem os que mal entendem a periodicidade das notícias e o acumular de declarações e sentimentos.

Como disse aqui também no dia do anúncio dos 15ME da cláusula, feito por PdC na entrevista à RTP (salvo erro), 15ME era muito pouco. Valia um milhão por ano dos 15 de carreira que AVB pretende para si mesmo. E isso é muito pouco. Se o FC Porto tinha valorizado o contrato, e a cláusula, do técnico em Dezembro, devia valorizar mais ainda no final da mais extraordinária época de qualquer equipa do futebol português, algo que devemos à comptência mais do que comprovada de AVB e à categoria ímpar do FC Porto que, naturalmente, encontará um sucessor e um novo ciclo para prosseguir, vitorioso e inabalável.

O anúncio da cláusula recorde já foi pouco enfatizado na altura e agora é uma mera formalidade para quem tem dinheiro. Abramovich tem-no, e muito, pelo que prosseguirá na sua luta pelo prémio supremo e para o qual se baseia num método e no êxito do FC Porto, o que é de enaltecer e é, afinal, o que corre mundo neste momento.

É claro que preferia que AVB continuasse, como preferi à época que Jardel tivesse continuado e não continuou sabe-se bem porquê, como gostaria que Lucho tivesse continuado e nem foi o mercado que o levou, foi um conjunto de vontades e, em suma, o futebol que assim o ditou.

Resta encontrar quem encaixe bem no trono de sonho. Afinal, o FC Porto valoriza tanto jogadores como treinadores mas, acima de tudo, a sua escola e o seu saber instalado. Foi assim que o FC Porto se habituou a viver, desde que Artur Jorge saiu para o Matra Racing e Futre para o Atl. Madrid em 1987. Bastou também um ano a Rui Barros para sair do anonimato do Varzim para o estrelato na Juventus, na sequência da época memorável de 1988 com Ivic.

A consolação, desta vez, além do triplo do dinheiro encaixado com Mourinho, é que na Champions não teremos o Chelsea como adversário, somos do 1º pote do sorteio, somos dos maiores clubes da Europa, somos FC Porto, somos Portoooooooooooo!

E AVB é dos nossos, não tenho dúvida alguma. Saiba Pinto da Costa encontrar outro que prossiga a nossa luta, sem os milhões irrecusáveis de Abramovich, mas com o nosso saber e a nossa mística que já nenhum treinador recusa ou troca, internamente, por qualquer outro clube nacional. Depois, a compita com o estrangeiro, é uma eterna luta de David contra Golias. A História tem-no repetido, muitos ainda não aprenderam, mas não foi com esses que o mundo pulou e avançou.

Dispenso-me de dizer quem acho que... quem vier será bom e o ciclo continuará. A Champions, salvo algum imponderável da História, não é para o FC Porto. E perder AVB para um colosso financeiro de índole individual é como o Boavista perder Jesualdo quando chamado pelo Dragão. E, aí, nenhum portista lamentou o poderio portista face à concorrência interna. Aliás, noutras capelas, até Jesus é salvaguardado com ordenado a dobrar e cláusula protectora. Sinal de que grande, grande, é o FC Porto. Nos seus limites, aqueles que conhecemos e os quais estamos habituados a superar. Porque vencer é o nosso destino e AVB incutiu essa mística de forma indelével.

A venda dele é o sucesso do FC Porto e o regozijo do grande treinador que AVB revelou ser.

20 junho 2011

A verdade na realidade

Não há nada de sonhos. O dinheiro compra tudo, até um homem, a saber pelas notícias desta manhã.



Não é uma crítica, apenas a constatação a que nenhuma ilusão pode resistir. Como o amor, que dura sempre até um dia. Até Pinto da Costa, que sonhava ter o técnico com ADN portista, redescobriu a verdade que a realidade nos impõe e nem sempre é aquela que desejamos.





A saída, inesperada, de André Villas-Boas para o Chelsea - que paga 15ME, depois dos 5ME pelo Mourinho, o que significa que vendemos Bosingwa por 20ME muito bem vendido ao Abramovich -, coloca o FC Porto em boa saúde, financeira e de reputação que cresce exponencialmente muito acima da mediocridade lusitana que uns quantos julgam estar ao nível estratosférico. Mas perde-se o maior valor, de cultura, identidade e competência mais do que comprovada, a pouco tempo do arranque da nova época. Não há ainda confirmação oficial, nem os sites ingleses o referem para além da previsão de um ataque sério de Abramovich a AVB, mas da forma como a notícia tem saído faltam meras formalidades.



Felicidades para o técnico. Mas é provável que não volte a ter a oportunidade de disputar uma Supertaça europeia ou Mundial de Clubes, como Mourinho.



O FC Porto, seguramente apanhado desprevenido pois caso contrário teria antecipadamente garantido Domingos, terá de tratar depressa e bem de um técnico que saiba conduzir um Ferrari... de muitos milhões de euros.



Entretanto, quem paga 15 pelo técnico pode pagar 30 por Falcao. E, se assim for, é melhor pensar em ganhar o campeonato porque na época seguinte há mais Champions - até com o 2º lugar para entrada directa.






final: repito, não faço críticas, o mercado e o futebol são assim, nada me espanta, a vida continua, mas já se adivinha muitos assassinatos de carácter contra o treinador, muitas desilusões, e muito pessimismo para a nova época do Dragão.




FC Porto e o Benfica de cara para a Champions

Não sei se, entretanto, os pasquins olharam para as tabelas publicadas pela UEFA desde 5ª feira e que aqui poderia ter trazido há mais tempo. Mas deixei isto em stand-by para o dia dos primeiros sorteios europeus da nova época, onde o Nacional já conhcerá o alinhamento para o seu adversário da 2ª ronda qualificativa da Liga Europa. Alguns preferiram enfatizar certas opiniões, e que são até respeitáveis questões de princípio, de Platini sobre o número de estrangeiros em cada equipa, algo tão valioso para discutir depois da liberalização propiciada pelo acórdão Bosman já desde 1995...

A época "uefeira" começa hoje, 2ª feira dia 20 de Junho, pouco mais de um mês após a conquista europeia do FC Porto, em Dublin, a 19 de Maio, e nem isso decorrido desde o retumbante êxito do Barcelona em Wembley frente ao M. United na Champions. Para os conquistadores, faltam quase dois meses para, a 26 de Agosto, disputarem no Mónaco a Supertaça europeia antes de, no próximo ano, ser desviada para o Eden de Praga (já comunicado oficialmente pela UEFA no seu CE desta semana que passou), findo o contrato de exclusividade que prendia a Supertaça ao Principado desde há uns 12 anos.

Mas o FC Porto, fixadas as tabelas de participação nas duas provas da UEFA, apresenta-se com o 5º ranking mais elevado na Champions, a saber:
M. United, 151,157; Barcelona, 141,465; Chelsea, 129,157; Real Madrid, 103, 465; FC PORTO, 100, 319.

O FC Porto perde por pouco para o Real Madrid por força do peso superior do ranking global espanhol, que conta em 50% para o ranking individual de cada clube somado pelos resultados por este obtido.

Quando muito, se se qualificarem, apenas mais dois clubes ostentam coeficiente quinquenal superior ao dos dragões: Bayern Munique, 118, 887 e Arsenal, 108, 157.

Já se sabia que o FC Porto entrará no pote 1 do sorteio de 25 de Agosto, no Mónaco. É um dos 8 primeiros cabeças-de-série, com o Inter (100, 110 de coeficiente) também qualificado directamente e possivelmente com os bávaros e os londrinos mencionados acima.

Ora, Bayern e Arsenal têm outras implicações que, tal como os coeficientes, passaram ao largo do interesse informativo da pasquinagem lusitana, pelo menos à hora de 6ª feira em que deixo este post pronto.

É que os pasquins já nos brindaram com o lote de possíveis adversários do Benfica, que tem 81, 319 de coeficiente, para a 3ª fase de qualificação, a disputar até ao início de Agosto. O grupo dos que não foram campeões e terão de entrar por esse acesso já foi divulgado amplamente. De um lado, o Benfica, D. Kiev, Panathinaikos, Twente e Standard; como opositores o Rubin Kazan, Zurique, OB Odense, Trabzonspor e Vaslui.

Pois, mas o que sucederá depois aos vencedores destas 5 eliminatórias de não-campeões?

Adivinharam? Talvez. É que estes felizardos da 3ª pré-qualificação vão defrontar um destes que esperam por eles no play-off de acesso directo aos grupos: Bayern, Arsenal, Lyon, Villarreal e Udinese.

Os campeões nacionais que entram na 3ª fase de apuranento têm um percurso à parte para percorrerem, jogando apenas com outros campeões nacionais, saindo daqui outros cinco finalistas da fase de grupos.

Entretanto, na Liga Europa onde desta vez o detentor do troféu não está paa defendê-lo, o Nacional sabe já quem poderá encontrar na 2ª ronda, sendo hoje sorteados as duas primeiras fases, tal como na Champions.

O V. Guimarães entrará na fase seguinte (3ª) e, por fim, Sporting (68,319) e Braga (62, 319) no play-off, tal como o FC Porto na época passada (saiu-lhe o Genk).

17 junho 2011

Quantos protestos vale um orçamento recorde cheio de títulos?

Não é que ligue muito a estas coisas.


Aliás, reparo que aqueles que ligam muito, e fizeram-no face aos 81ME do FC Porto para a época finda, desta vez nem tugiram nem mugiram, pelos resultados alcançados. O balanço ainda está por fazer, no ano fiscal que terminará no final do mês e porventura ainda a contar com uma ou outra transferência.


Quando o FC Porto não logrou o Penta em 2010, os críticos lembraram o elevado orçamento antes anunciado. Agora limitam-se a dizer, talvez, que vale a pena, atendendo ao volume de troféus conquistados e um deles de nível europeu que pode trazer outro agregado se der vitória no Mónaco.




Isto é como aqueles jogadores, sei lá, tipo Hulk que era tido como um disparate ter-se comprado metade do passe por 5ME ou coisa assim, o que escandalizou os apressados da aritmética - dispenso-me de trazer aqui os comentários de então - que logo duplicaram o valor. Um exagero, disse-se, que entretanto aumentou com a compra de 100% do passe e a sua cláusula de rescisão subida para 100ME, depois de os resmungos circunstanciais também terem alertado para a anterior fasquia a pagar à cabeça pelo Incrível não poder ser toda para o FC Porto que valorizava o jogador e corria o risco de dar a ganhar o dinheiro a alguém mais.



Isto é como os jogadores que saem caros ou baratos consoante rendam, veja-se os 10ME de João Moutinho e o resto contabilizando a perda de Postiga (guardando 50% para uma possível transferência de Alvalade) e a cedência de Nuno André Coelho ao Sporting em definitivo.



Isto é como tudo, como os melões por exemplo, no dizer de quem percebe menos do negócio e de saber apalpar a fruta, como confessou Luís Filipe Vieira.



P.S. (salvo seja) - enquanto a pasquinagem mal acerta uma contratação e, apesar dos anúncios iminentes o Coentrão continua na mesma, vão chegando holandeses a Alvalade sem os informativos cheirarem algo, também o Governo está concluído e mal se acertou num nome (em vários é provável que um dê certo) mas a Imprensa vermelha socialista pelo menos vai deixando pistas de quem recusou para fragilizar quem chegar ao cargo. O Expresso do irmão do Costa de Lisboa vai fazendo, à sua imagem, a vida negra ao pessoal. Bom proveito e bom fim-de-semana.

16 junho 2011

O caso-Marcelo e a pulga-Mourinho atrás da orelha...

Apesar do destaque dado à coisa, parece que toda a gente passou ao lado do significado implicativo da ausência de Marcelo da selecção brasileira para a Copa América, explicada por Mano Menezes, o seleccionador brasileiro que disse não ser parvo ou distraído, só poderia ter motivo forte, para deixar de fora o titularíssimo lateral-esquerdo do Real Madrid.



Os jornalistas brasileiros já sabiam da existência do email mal endereçado em que Marcelo disfarçou uma lesão para não actuar frente à Escócia em Março, num amigável em Londres. Seria para "descansar" os responsáveis do seu clube, mais Mourinho do que o proscrito Valdano certamente, mas serviu para alertar seu Mano lá no Brasiú... O seleccionador confirmou a estória do email http://www.mundodeportivo.com/20110614/futbol/internacional/marcelo-se-pierde-la-copa-america-por-haber-enviado-un-mail-por-error-a-su-seleccionador_54169910688.html fatídico que chegou onde não era suposto...






Ora, por cá, a Imprensa de sarjeta, mais alcoviteira que útil e submersa na pacóvia obsessão pelo Real Madrid, não liga a letra com a careta. Dá muita atenção a Mourinho, pela positiva, como a Cristiano Ronaldo por cuecas ou depilações, quando não pelo Cristianinho que não é Messi e a Irina da habitual salada russa de mulherio e curropio.






A audição de Mourinho na UEFA, pelo seu fair-play a falar da falta de fair-play do Barcelona que lhe mói o juízo, é tema para se falar, falar, falar. Tal como as prestações de Ronaldo, os golos de merengue e a disputa com Messi que lhe custa a ganhar à excepção de 2008 em que o argentino se lesionou e perdeu por falta de comparência.



Agora, se Marcelo aceitou disfarçar sugerir uma lesão para não jogar pelo Brasil, era bom fazer um paralelo com a vontade de Ronaldo em jogar por Portugal. Não faltaram lições de bom português e de emblema do coração para o madeirense se babar justificar, ampartado pelos oráculos do costume, mas a verdade é que nunca se percebeu porque razão Ronaldo não esteve nos primeiros jogos da qualificação do Euro-2012, aqueles que correram mal por isso, pelo Queiroz e pelo Laurentino...



Não me admirava nada que houvesse Mourinho na costa, como quem diz a "pulga" - que não o Messi, mas sim o CR7 - atrás da orelha.



É só uma questão de fazer que não se ouve, não se vê e não se fala. Deixar de ser politicamente correcto, em suma. E puxa-saco, que é o que a imbecil Imprensa lusitana se revela a cada passo.

15 junho 2011

Verão calmo com agitação distante, nos sítios do costume

"aqui em cima vive-se a calma olímpica, lá em baixo ouve-se os choros e ranger de dentes do mundo inferior..."

comentário de "Barba azul" num dos posts aí em baixo que resume bem o clima presente com dispersos, mas comuns, focos de tensão que, como a luz de galáxias distantes quiçá em vias de implosão, chegam cá tardiamente e com a indiferença portista.



Mas temos disto, a influência global do tal clima volta e meia eruptivo:

14 junho 2011

FC Port(entos)oooooooo!

Não acabámos de festejar múltiplos títulos no clube mais eclético e bem sucedido de Portugal?



http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Porto/default.aspx?content_id=702405

James Rodriguez (o "Rodriguez", sem mencionar mais nada, que ouvi do bimbo do Eurosport há pouco a relatar a final de Toulon ganha pela Colômbia e sem referência ao FC Porto mas, sim, a dizer que "é imaturo, tem de crescer" por um protesto, bola contra o chão, apesar de ter a braçadeira de capitão) - acaba a especulação.


http://www.record.xl.pt/Modalidades/Basquetebol/interior.aspx?content_id=702407


Stempin (3 anos) e Carlos Andrade (um) renovam - acabam-se as especulações.



Também no site do FC Porto, onde pode ler-se ainda:



http://www.fcporto.pt/OutrasModalidades/DesportoAdaptado/Noticias/noticiadespadaptado_bocciapedroclaracampeao_130611_62344.asp
um triunfo no Desporto Adaptado (Boccia).



Palavras para quê?



Talvez uma: ORGULHO!

13 junho 2011

Há coisas que nunca mudam...

Enquanto se adivinham ministros e chegam carradas de jogadores, nos jornais, para o desportivo e o recreativo, o embate de sala entre ambos deu no costume.


Houve tempos em que os desordeiros iam a casa dos lagartos "acabar" com o jogo do título de juniores, obviamente decidido na secretaria...




Agora, numa daquelas modalidades de consumo saloio, a Polícia já vai a casa dos energúmenos enchê-los de porrada.




E, melhor ainda, o clube dos very-light, bastonadas, cargas policiais entre o Media Markt e a Catedral da Cerveja, arrecadação de drogas e armas sob as bancadas de cimento à vista queixa-se da excessiva violência policial.




Não sei o que se passou, nem me interessa, mas ouvi que se queixaram. Pedindo, na próxima não batam tanto, só devagarinho.




E, para cúmulo, a baterem tanto na piolhice "aconselham" a não mandarem lá mais policiamento.




Tal e qual nos bairros frequentemente cirados nas notícias de todos os dias, por tiroteios e afins até em aniversários de bebés de dois meses às 2 da manhã...




Isto só para dizer que, não havendo nada para dizer, com o FC Porto calmamente a desfrutar e sem motivo aparente de notícia de forma que desarma até tentativas de fazerem notícias sobre o FC Porto - e Falcao e Hulk em particular -, vamos cair sempre no mesmo.

09 junho 2011

Sonhos de títulos e dia de abrir o olho para os próximos

Cavaco vai entreter-se, hoje (esta porra assumiu a data em que comecei a escrever pouco antes das zero horas e...), com o ritual das medalhas a gente que ninguém conhece e a gente que, se conhecemos, não sabemos por que merece.


E nós, do FC Porto, que andámos há dois meses a festejar pratas e troféus, delirámos a 3 de Abril com o título na Luz, depois a 20 com a tareia na Taça, mas a 27 com a final europeia com o Braga, passámos o Maio a acabar o campeonato sem derrotas, a conquista da Liga Europa e logo a seguir, numa semana sem sono, na Taça de Oeiras.

Adormecemos a sonhar se tudo isto é possível. Para mais, o Sócas foi de vela, como o benfas.

E hoje é um grande dia. Sinceramente, se me sinto português mesmo é por causa deste gajo, o Luiz Vaz.

Apropriadamente, sabe-se agora que vamos começar 2011-2012 onde começámos em Agosto de 2010. Soa a notícia de voltarmos a Aveiro e, como o Camões, abrimos o olho.

Já ouvimos outra vez, além do hino, o tilintar dos troféus e as medalhas dos vencedores.



É uma bela data. Até para o anúncio oficial: 7 de Agosto, Aveiro, para a Supertaça, para uma Super Equipa.

Foi assim, contra "caceteiros", disse Pinto da Costa.


E apesar do João, Pode vir o João, Ferreira.

Gozem, gozem mais um bocado, ao cabo de uma semana sem troféus, depois dos do Andebol, do Básquete e do Hóquei, o Deca para quem já teve o Deco.

Super.


"Uma semana de sonho,

outra a dormir a sorrir,

e já abrimos um olho

para o que está para vir"

Desculpem, o soneto, de sono claro, não é do Luiz Vaz, mas do Zé Luís.



Vou sonhar mais um bocado, agora de novo desperto.

Aproveito o fim-de-semana. Deixem aí os vossos risonhos desejos que domingo à noite volto e meto tudo na ordem.

A imagem fica e perdura.




"E se mais houvera mais ganhara", diria o Luiz Vaz. Recomeça em Aveiro, a 7 de Agosto. A Epopeia Portíada.

Mais e mais FC Porto

O melhor brasileiro fora do seu País, na votação da ESPN Brasil.

O golo europeu do ano, por Guarín, na votação do Guardian.

http://www.youtube.com/watch?v=2WwRNyZTwOM




Dos outros, falam, falam, falam...

08 junho 2011

Falam, falam, falam e lá está o FC Porto em grande

Prontos, lá estamos embrenhados na época fora de época que consegue ser mais estúpida do que é durante o decurso da mesma (época). São milhões para aqui, negócios fechados para acolá, manchestes verdes, capas vermelhas, um festim de parvoíces das quais os pasquins desportivos não se desmarcam.

Desportivos e não só. O Desporto do Expresso, que tem páginas de literatura mas não são de Jorge Valdano, Camilo José Cela e muito menos de Sartre, ainda agora dá "eleições hoje na Académica" na edição online, quando o presidente foi reconduzido ontem e já tem treinador-surpresa para apresentar amanhã. Não admira, a manchete idiota do ano foi aquela do "FMI já não vem", em Janeiro, a par com notícias semanais de redução do défice em 75 e 80% de cada vez que o (a)poio era posto cá fora.

Uns e outros, desportivos e expressos, obviamente do regime. O Leonardo Jardim que o Rascord há meses anunciou que o FC Porto tinha "atado", seguramente sob tortura atroz e porventura com simulação de afogamento como em Abu Graib (Iraque), foi apresentado em Braga. O Coentrão que o Rascord tinha dito já ter merecido a "tal" oferta/proposta "oficial" do Real Madrid anda com a vida às voltas, como aquele aperto de mão e mão para autógrafo do embevecido Sócrates nas Caxinas...

As notícias do regime, no plano político pós-eleitoral, são exactamente do tipo do plano futebolístico. Se o Expresso dá uma página semanal ao catedrático Freitas Lobo, ou dava, porque só vi uma vez mas admito prosseguir a penitência, como A Bolha, agora dá-lhe em publicitar os escritos do Rui Prantos num blog que, agora entendo, tem publicidade na tv mas não sei para quê...

Derrubado o regime socrático que enterrou o País bem acima do nariz, era suposto as discussões serem sobre o novo Governo e que a astúcia argumentativa dos comentadeiros triviais e tribais da esquerda moderna passasse a barreira de escolher pastas para cada partido da eventual coligação, em vez de pensarem em nomes certos para lugares certos e seguramente difíceis.



Como nos estrondosos êxitos do FC Porto, em que a partir do dia seguinte passa a ser o Benfica no centro das atenções porque ganha algo ou perde tudo que é mais frequente, na política anda a maralha socialista, em igual número digno de enxame como benfiquistas nas tricas da bola, a discutir o sucessor do enterra, entre o conivente Assis eleito pelo Porto pelo PS que enredou a AMP com três SCUT a pagar e as do resto do País a rir, e o inexistente Seguro de quem nunca deu nota de alguma coisa ou acção ou mesmo omissão de jeito.

Discute-se o partido da Oposição, o que fará e com quem à frente, mas menos o novo Governo além das más premissas à partida para essa discussão que mais importa de momento e urgentemente.

A predominância vermelha nas tv's, na política e no futebol, dá para assim.

E, entretanto, em vez de verem sangrar o FC Porto a perder Hulk e Falcao, que teimam em não reclamar uma saída e até desafiam a "inteligentsia" na causa do "amor à casa" mesmo sem serem da terra e incapazes até de jurarem fidelidade eterna e que são portistas desde pequeninos, os comentadeiros vão-se dando conta de:

1) Pedro Emanuel passa de adjunto de AVB no Dragão a treinador da Académica, na esteira de experiências bem sucedidas com Domingos e Jorge Costa e depois de herdarmos de Coimbra a sapiência do nosso treinador multicampeão;

2) James Rodriguez, autor do primeiro hat-trick na final da Taça de Portugal em 30 anos, continua a encantar em Toulon e fez mais uma assistência para a Colômbia chegar à final com a França;

3) Álvaro "Palito" Pereira dá a vitória, nos penáltis, ao Uruguai sobre a Holanda num amigável de confraternização entre os semifinalistas do último Mundial.

Isto, como os tais melões das transferências de que fala o pacóvio presidente do Benfica, são factos e não blá, blá, blá. É mais uma vitória do concreto sobre a teoria e da seriedade desportiva sobre o forrobodó costumeiro. Contra este, também, PSD e PP fazem como o FC Porto, em recato a tratarem das coisas sérias pensando no triunfo final. Cá fora joga-se a bisca lambida.

Saltillo (na Luz) apagado da memória

Na sintomatologia futeboleira nacional, a juntar às pesquisas, dialéticas e diatribes sobre a valia duma taça latrina dos anos 50, nem de propósito a FPF homenageou uma conquista qualquer - raríssima, creio que única, daí a recuperação da memória - de há 50 anos (ai o saudosismo; o Benfica até promoveu um vinho seu que remonta a uma treta qualquer de meio século atrás), antes do Portugal-Noruega, de sábado passado, na Luz.


É bom, pelo menos a memória não se perde, mesmo que ande pelas ruas da amargura e carente apenas de números em pontos e vitórias para comparar épocas mais recentes, mas é pena que se evoquem umas coisas e se esqueçam outras. Há 50 anos Portugal ganhou um torneio internacional de juniores, salvo erro, como se isso fosse também uma competição oficial ou daquelas que interessam promover mas não consta do rol de honras da própria FPF como não constava até há pouco qualquer troféu mixuruca nos arquivos dos pasquins lisbonenses (ver http://bibo-porto-carago.blogspot.com/2011/06/fazer-as-contas-por-outro-lado.html).


Entretanto, embora seja compreensível na FPF o facto, mas menos na Imprensa ainda povoada de tantos jornalistas que viveram a coisa por dentro e as 24 horas de cada um desses intensos dias, creio que ninguém evocou os 25 anos de Saltillo: uma rebelião dos jogadores por causa de prémios (coisa não resolvida cá e adiada pela incompetente FPF) de presença no México-86 ficou com o nome da terra que acolheu por um mês (!?) a selecção de Torres. Esse Mundial começou a 31 de Maio e a 3 de Junho, salvo erro, Portugal até entrava a vencer a Inglaterra de Robson, mesmo sem treinar e com os jogadores em estágio de praia nas montanhas do árido norte mexicano... algo de que Futre decerto fala no seu livro cujo portunhol também se adequa a estas aventuras dos chamados "pombinhos de Torres" por terras aztecas. E em breve passará a data, dia 12 creio, da derrota humilhante com Marrocos do brasileiro José Faria que nos deu uma tareia dolorosa (3-1) a seguir à derrota com a Polónia (0-1) que faz precisamente agora também 25 anos.



Esta é a "imagem de marca" de Saltillo, onde os jogadores fizeram greve aos treinos e puderam-se na frente do touro, hoje chamado a "cara na cabeça do polvo" que eram os dirigentes de braços cruzados, e raramente nas fotos, à frente da delegação que se apurara pela primeira vez para um Mundial desde a estreia em 1966, 20 anos depois de Eusébio e os Magriços em Inglaterra e com José Torres a trocar a pele de jogador pela função de treinador de um para outro.


O dirigente sobrevivente de 1986 aí está, 25 anos depois, capaz de ditar sentenças sobre a capacidade de Carlos Queiroz antes do play-off com a Bósnia, de acirrar ânimos corporativos internos e políticos socialistas contra o ex-seleccionador em que não confiava e mesmo de opinar sobre preços de bilhetes (ver http://quatroquatrodois.blogspot.com/2011/06/mais-um-abraco-solidario.html) para o último jogo realizado na Luz.



Antevi que Amândio de Carvalho acalentasse receber uma medalha no 10 de Junho que vem aí, mas Cavaco Silva tem outra ideia de fair-play.


Mas como Madaíl já parece fisicamente recomposto para saudavelmente se recandidatar, pode ser que o eterno Amândio dos tempos de antigamente também mereça a medalha da continuidade. Afinal, Saltillo também fará 50 anos em 2036 e até lá os arquivos da Imprensa poderão perder o rótulo de "classificados" ou "altamente secretos" para manterem o novo povo da bola - daquele que invade os campos como se viu no sábado - up to date com as proezas que de alguma forma eternizam certos protagonistas.


Não admira que a minha delfina de 12 anos não saiba o que é o 25 de Abril, apesar de lhe dar as dicas essenciais à falta de mínimo cuidado escolar para explicar o que foi a Revolução mais do que a mudança da tv de preto e branco para cores, velharia para ela inconcebível...


Não há nada como manter a ignorância fechando a História à chave. Entretanto, promove-se mais algum troféu não oficial e compõe-se a festa que interessa a alguns. Com o silêncio dos coniventes em que não há inocentes.

07 junho 2011

Só podia acontecer na Luz...























Não tomei muita atenção, mas creio ter passado, pelo menos, bem dissimulado o arremedo de invasão do campo daquele puto no final do Portugal-Noruega. Nem interessa o nome, embora o José Maria seja indiferente e apenas remeta para um qualquer "Morangos com Açucar" ou de algum reality-show saloio, apesar de publicado na Imprensa, mas tem 14 anos e dá-se um óbvio desconto, percebeu-se que o miúdo quis reconhecimento súbito em vez de provocar violência e até estava ali para demonstrar que é tuga mesmo, a sério e com bandeirinha, e não para protestar contra a porcaria do jogo da Selecção endeusada de Paulo Bento.



Mesmo miúdo, desculpável, não-violento nem sequer desordeiro, em busca apenas de mínima notoriedade e acima de tudo um inesperado e algo sensacional exibicionismo talvez nem conhecido de colegas da escola e amigos da rua, a verdade é que aconteceu. Na Luz. Ninguém acredita que foi acidental ter ocorrido naquele local onde se incentiva à violência e há montes de desacatos e confrontos com a Polícia, pondo em causa quase sempre a própria segurança dos jogos de futebol, seja com petardos e fumos, seja com apagar as luzes e ligar os aspersores como se fossem balas tracejantes em busca de um alvo no escuro. Ninguém acredita, digo eu, à excepção do imbecil Tadeia que achava insuspeitos os dirigentes do Benfica na noite do apagão e da "chuva que vem debaixo"...



Como se fosse o Diabo, de Gaia ou outrém, a tecê-las, a Imprensa abafou o caso, à parte a divulgação da cara e do nome do puto, li no CM, de que não vou fazer eco por ser menos importante, apenas mencionando que a notícia indicava ter sido um choque para a mãe do miúdo que terá chorado ao saber da ocorrência. Mas o rasto de sectarismo e perturbação, psicológica ou mesmo física, dos jogos do Benfica e dos desmandos que os acompanham são de todos conhecidos e isso nunca será apagado, apesar de nenhum jornal fazer referência a esse local de todas as confusões. Nada de similitudes, nenhum escrito a brincar com a coisa, muito menos com seriedade a perceber como, porquê e onde isto acontece.






Aliás, ficamos posteriormente a saber, no rescaldo da Década de conquistas do Hóquei em Patins portista, que o último jogo do Benfica exibiu uma faixa na bancada onde se dizia que o Benfica seria campeão numa prova sem corrupção, isto na época em que perderam os dois jogos com o FC Porto por 7-5.



É que, quanto ao miserável futebol da Selecção que já se atribuem todos os epítetos por ganhar em casa a Dinamarca e Noruega e ganhar na poderosa Islândia, coincidentemente com CR7 em campo ao contrário dos primeiros jogos onde primou pela ausência, tecendo loas como quem distribui presunção pelo treinador Paulo Bento, nem sequer o puto deu conta para mostrar ou satisfação ou regozijo.



Na catarse colectiva que é aquela coisa do Benfica, com alucinações várias e mistificações muiltitudinárias, não duvido que poderá ter pesado mais, na cabecinha tonta do puto da "zona do Campo Grande", o exorcizar dos fantasmas da catastrófica época do Benfica subitamente redimidas pelo medíocre, até inexistente, jogo colectivo já incensado na Selecção onde CR7 continua a jogar para ele mesmo como se os 41 golos - sim, eu dou-lhe o que ele merece, o golo em San Sebastian que foi fortuito mas o remate é dele - pelo Real Madrid e a lança portuguesa na Liga espanhola não bastassem.



Como Cristiano Ronaldo sabe não ter convencido nunca os fiéis devotos portugueses da sua santidade, sente-se inquieto por nunca lhes dar os milagres que esse "cristianismo" julga merecer, recusando ser aquele português da História que serviu os reis de Castela e Leão.



O puto, que de futebol não saberá um corno por não ser decerto da estirpe do Freitas Lobo que com metade da sua idade já se deleitava com o Pelé e conheceu o Brasil de 70, de História também saberá tanto como dos melões das transferências de que fala Luís Filipe Vieira.



E assim temos uma história alegre, de feliz arrebatamento e pueril entusiasmo, ao menos contrastante com os contínuos flashes noticiosos de agressões de teen-agers que vagueiam entre a estupidificação nos shots nocturnos e a alienação por ídolos musicais ou futeboleiros que comunicam na mesma forma rasca e às pancadas. Para não falar da onda de crimes assolando a noite e o dia lisbonenses sem causar clamor na sociedade de Bragança a Castelo Branco como só é passível alguma noite branca no Porto.

06 junho 2011

Cai, então...

Lê-se mais em detalhe, nos jornais, os dados eleitorais. O País laranja que se confirma sobre o dinossáurico Mesquita em Braga, antes ameaçado nas autárquicas, bastiões rosa que se perderam, entre eles o de Vila do Conde.






Por duas vezes, noticiou o JN, Coentrão negou apoio a Sócrates: primeiro em directo, depois após consulta com a família. Nunca desmentida a notícia, lá acabamos por ver o desespero do Primeiro-Sinistro a colar-se ao que resta para bajulação benfiquista numa época deprimente, tão esquizofrénica quanto o País. O dinossauro Almeida, o Mesquita de Vila do Conde que está para o Rio Ave como o Machado para o Sp. Braga, lá levou Coentrão à beira de Sócrates. Mais um tiro no pé, Vila do Conde rejeitou a espúria aliança e a manipulação grosseira que alia o populismo político ao mentecapto povo da bola que de vez em quando percebe quando está fora-de-jogo.






É só um exemplo do que de mau vem acontecendo em Portugal. Felizmente, duplamente derrotado. Coentrão vai para o Madrid a "amar" o Benfica e o desgovernado chefe da clique rosa cai, então, com fragor, dizendo ainda "amar" o País no qual procurou a muleta última para escapar à queda no abismo para o qual conduziu Portugal.






DIA SEGUINTE (adenda): um dia depois do post e dois dias depois da fuga do criminoso Primeiro-Sinistro que afundou Portugal mas teve 38% de basbaques a votar na estupidificação, só para pôr as coisas em perspectiva, temos notícias avulso como estas:




http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1872192 a do ministro islandês processado pela Sociedade e para cujo julgamento foi constituído um Tribunal especial (por isso é bom ouvir dizer: eu quero voltar prà Ilha!)



http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1872252 a tola da Ana Gomes a espalhar brasas sobre prostituição asociando DSK a Paulo Portas e a ex-ministros PSD/PP


http://souportistacomorgulho.blogspot.com/2011/06/o-futuro-primeiro-ministro-da-canalha.html e até estes parolos, que parodiam com tudo desde o próprio FC Porto e Pinto da Costa como se fossem gatos fedorentos, mas nunca beliscaram o Primeiro-Sinistro e até deixaram link do verme blog da Câmara Corporativa como antes do Simplex a mostrar a massa de que são feitos e a necessidade de estarem "ligados à corrente".

Podemos respirar de alívio para continuar a rir

" http://portistasdebancada.blogspot.com/2011/05/direito-indignacao-quando-se-ouve-lfv-e.html escrevi ali, a 30 de Maio, que iríamos ver-nos livres do malfeitor que desgovernou Portugal e fez governar muita gente a quem ele ainda quer bem; mas ainda bem para o portismo que LFV, entrevistado na TVI pela judite, seria o "último a sair".





Tesos, completamente, mas bem dispostos, normalmente, tem sido a sina dos portugueses.

Agora respiremos de alívio e depois poderemos continuar o riso.



Este crápula já foi. Rato de esgoto, é o primeiro a abandonar o barco.

Uma derrota clamorosa do PS, já esperada a não ser pelo "empate técnico" anunciado e timidamente desmentido nos dias seguintes por agências de amigos e amigos de jornais, ditou a última corrida deste esterco mental que, pantomineiro sem dispensar o teleponto para a encenação habitual asseverada pela "certeza" e a "convicção", conseguiu fazer um "vou e não volto" com ar triufante.

Como o Benfica cujos papalvos acreditavam ganhar a correr o campeonato em Fevereiro após 18 vitórias seguidas, o PS quis meter bandarilhas em tudo o que era sítio, mas acabou a chamar as vacas chocas no final, incluindo o ministro dos corninhos e o touro sentado dos tempos aúreos.



Péssimo nas vitórias e intragável nas derrotas, o PS voltou a mostrar-se como o Benfica, com a chusma de adeptos boys a incomodarem os jornalistas, uma, duas, três vezes. Ameaça de mais casos na Justiça?, porque não?...

Lamentável em fim de ciclo, visível em todo o esplendor do que são as aventesmas que se lançam como rafeiros a quem ousa contestar a sua pretensa superioridade, até o discurso foi mais longo do que o dos vencedores loquazmente mais inibidos de mostrarem triunfalismo que o grande vencido da vida não escamoteou.

Ao contrário dos prognósticos, das capas dos jornais como a do JN a dizer "Sócrates confiante, Passos hesitante" que mais ninguém viu, ou andou perto de ver, no debate em directo de fins de Maio, mas a confirmar que iam "de vitória em vitória até à derrota final", o povo correu com ele, apesar de 41% indiferente, tanto como é igual se forem bem-instalados ou subsídio-dependentes, o que é já um bem para o País: mesmo que não ganhe nada, respirará um ar melhor, menos fétido e o que resta do PS poderá ajudar a salvar Portugal do abismo onde a nomenklatura nos deixou cair.




Felizmente para o FC Porto, ficará um par na Luz, se desfizerem a troika com o Rui "inocente", para nos fazer rir na próxima época. Porque salvo as alegrias do FC Porto, só temos razões para andar deprimidos, mesmo correndo com o inefável mentiroso Primeiro-Sinistro coveiro de Portugal.




Por falar em discursos, do irrealismo e fantasia do gajo do costume que teimava em não calar-se por julgar que lhe devemos alguma coisa, Portas em grande e Passos de nível. Louçá partido. Comunas na média. Mas o partido soviético que Sócrates deixou para trás, sem um pingo de vergonha por uma estratégia eleitoral, como governativa, suicida e não-colaborante, aplaudia freneticamente, por minutos, as palavras vazias de sempre e o conteúdo sentimental de quem disfarçava que estivera a chorar. Acredito que o mentiroso-mor até aos mais chegados, desiludidos a exclamarem "oh, não!", escondeu a sua decisão de fugir do barco, nem dois meses depois de reeleito à moda albanesa com 94%. Congressos do PS como AG's dos talibãs da Luz.




Neste aspecto, o sinistro que não governava com o FMI mas regozijou-se com o "bom acordo" em mais uma reedição lisbonense do "porreiro, pá", faz lembrar outro "totó" da capital que à primeira contrariedade saltou do Sporting: JEB também tinha sido eleito com 90% menos de dois anos antes.




Lições de má(u) capital: sem firmeza, sem rumo, sem comando, sem alma, sem nada.

05 junho 2011

Evolução de Deco a Déca(da)

Pode parecer muito, especialmente muitos e tão variados títulos, mas isto é muito simples.




Começámos com este, chegado a meio da época do Penta, no início de 1999.


Vencedor da Taça UEFA e campeão europeu, entre 2003 e 2004.




Nesse trajecto, sem se adivinhar, como disse Filipe Santos recuperado da bárbara agressão que o deixou em coma na Luz, o hóquei em patins começou a fazer história, o FC Porto igualou o recorde de 5 títulos consecutivos do Paços d'Arcos, dos anos 50, e do próprio dragão no início dos anos 80.




Entretanto, passou a década do novo século.


Chegamos, agora, a isto. O Deca, ainda que não seja Deco no feminino.




É o nosso destino. Foi em 1999, 2004 e agora 2011 o mais brilhante de sempre na gáláxia do Dragão. Sempre a evoluir, cada vez mais nacionalmente hegemónico e um clube de dimensão mundial.




Só aqueles que continuam a malhar na tecla do bairrismo de antigamente, do saloiismo lisbonense e na atávica incompreensão dos méritos e das virtudes do trabalho e da decência moral não vêem. E não podem perceber.




São os eternos perdedores, os velhos do Restelo e arredores.





04 junho 2011

Há cinco anos a fazer história

Filipe Santos e Reinaldo Ventura, na foto com o segundo a abrir a contagem hoje no 5-1 decisivo à Oliveirense, mais Edo Bosch e o treinador Franklim Pais são as figuras sempre presentes do hóquei em patins do FC Porto que conquistou o 20º campeonato, 10º consecutivo.



Desde o Penta em 2006 que esta equipa está a fazer história, somando em cada ano um novo título consecutivo ao recorde nacional então igualado pelo FC Porto.



Um título só com vitórias na 2ª volta, selado com mais um triunfo difícil apesar do 5-1 final ante um dos rivais que lograram vencer os portistas na 1ª volta, juntamente com a Juv. Viana. E o 1-0, de penálti ao intervalo, com três bolas nos postes de Bosch, comprovaram os problemas sentidos. O futuro técnico Tó Neves marcou para os oliveirenses e reduziu (2-1), mas depois foi sempre a massacrar o g.r. contrário até à apoteose.



Depois de 1999 e 2004, 2011 tem títulos nacionais do FC Porto em todas as modalidades principais.




Tal como o básquete na 6ª feira, também este êxito incontestável do FC Porto não terá menção nos noticiários televivos de amanhã. Aliás, hoje mesmo começou sem referências nos telejornais das 20h. O costume. Apesar de ser História. Mas somos avessos a êxitos, apesar de criarem-se invejas só por despeito, à falta de respeito.

03 junho 2011

Suplente mas efectivo luxo ostracizado na selecção

Em campo deu sempre nas vistas. No balneário, praticamente recém-chegado, há duas épocas, ao Dragão, diz ele mesmo que tem importância: "Tenho peso e voz", admitiu Beto a O Jogo, recorde-se no título aí em baixo. Contudo, quase dois anos após estrear-se na selecção para impedir uma derrota em amigável na Estónia, lançado por Carlos Queiroz que também o levou ao Mundial, Beto nem lugar teve nos três guarda-redes chamados por Paulo Bento para o apuramento do Euro-2012, amanhã, com a Noruega.
Há algo que não vai bem com este guarda-redes. Pior, a sua ausência da selecção nem suscita comentário algum. Considero-o o melhor português no seu posto na nossa Liga, logo teria lugar com qualquer seleccionador nacional. Eduardo é justamente o titular por Portugal, mas Beto teria de ser a alternativa.

Hoje, no Rascord de pantomineiros sem fim, "disputa-se" se o titular amanhã deve ser Rui Patrício. Beto está longe. Estranhamente, pela sua categoria individual e por ter feito um excelente final de época. Já o fizera, em menor grau, na temporada passada, motivo pelo qual foi ao Mundial. Estranho até para quem privou, como colega no Sporting, com Paulo Bento em 2002, sendo Beto promovido dos juniores leoninos e aprendendo com Schmeichel.

A teoria de ser suplente, logo menos habilitado para a selecção, não pode colher. Ruben Micael não é mais titular do que Beto no FC Porto e está na selecção. Como é que, só para um jogo, Paulo Bento convoca três guarda-redes, sendo o jovem Ventura o nº 3? Que motivo leva Ventura a ser preferido a Beto?

Ser titular ou não para "merecer" a selecção tem que se lhe diga. Afinal, sendo titularíssimo em 2007-2008 e com uma época fabulosa no surpreendente Leixões, Beto nunca recebeu chamada de Scolari. Também ninguém se indignou com tal ausência, para mais sem um "chocolate" para adoçar a boca de um tipo ágil, valente e sempre protagonista em campo.

Defendeu um penálti em Setúbal para o FC Porto, a terminar a Liga, e defendeu outro na final do Jamor, para a Taça. Beto já se fizera notar com essa especialidade na época anterior, naquela maratona de penáltis no Restelo em que defendeu quatro ou cinco. Já ajudara o Leixões a eliminar o Benfica, defendeu um penálti de Reyes. Pronto a assumir a baliza portista, foi infeliz ao lesionar-se no aquecimento sob o frio e sobre a neve de Viena, com o Rapid, não se estreando na Europa. Não tem deslizes comprometedores, antes propicia sempre defesas vistosas porque tem reflexos e está tão concentrado quanto apto a um golpe de rins que a sua menor estatura, glosada antes num despique verbal com Jesus num Braga-Leixões em que voltou a ser figura de proa na baliza, não desmerece.

É um mistério, além de uma injustiça, agravados pela indiferença em geral face a uma ausência injustificada que nem sequer sugere uma perguntinha dos reverendos pés-de-microfone ao seleccionador.

Beto não é um suplente qualquer e a sua marca nos êxitos portistas, esta época, passa tão despercebida e ostracizada até quanto a  carreira fantástica da equipa nos pasquins ditos desportivos, onde até o 3º lugar do FC Porto no ranking anual da IFFHS não tem títulos de capa em Lisboa ou num infindo elencar de troféus, abarcando até as modalidades mais importantes a que alguns papalvos se dão ao trabalho vendo a coisa pela rama. Porque se uns discutem se o titular na selecção deve ser Rui Patrício ou Eduardo, com a Noruega, é mais do que distracção ignorar a ausência inacreditável de Beto, o mais fiável g.r. a actuar por cá e elegível e com provas dadas na Liga e na selecção.

Fica a homenagem à sua época, mais um destaque ao extraordinário 2010-2011 do FC Porto, e a chamada de atenção que em geral ficou por fazer. E mostrar porventura admiração por este alerta é só revelar ignorância de quem não sabe escolher e sair do óbvio. É estranho, até porque Beto cria emoções no jogo, mas há pouca gente que goste de agitar as massas.