22 outubro 2014

O exemplo de Marco Silva e o da Imprensa norte-coreana

Foi só há pouco mais de um ano o Estoril-FC Porto (2-2) e ainda estou a ver a reacção colérica e desrespeitosa de Marco Silva face ao banco portista. Vai fazer em Janeiro três anos um Gil Vicente-FC Porto (3-1), a única derrota, como um (Bruno) Caixão, no percurso de Vítor Pereira na Liga tuga. Lembro, para terminar, que os treinadores beneficiados, um deles hoje a falar de casos de arbitragem como nunca quis falar e agora não acerta um, rejeitaram influências de árbitros nos resultados aludidos. O recente V. Guimarães-FC Porto (1-1), outro caso em que o fantasma da arbitragem foi devidamente exorcizado, está tão presente que nem fale a pena falar.
 
Diferente também foi a postura dos jornais de Pyongyang, a notória capital da sub-informação e pseudo-informação norte-coreana. E não só a escrita é posta em dia: ouvi de tudo na rádio ontem à noite, mas nada do que a seguir segue do que vi posteriormente na tv.
 
O frango do Patrício, inaudível nas ondas hertzianas, foi culpa do árbitro; as duas faltas (uma até no meio campo do Schalke, a outra do meio para cima das costas de um pobre coitado) para amarelo do Mau Vício Maurício foram culpa do Huntelaar que devia aguentar com as cargas ilegais que as equipas de Pyongyang beneficiam com a complacência de árbitros do regime Juche mas anunciavam que o amarelo fatídico não era justo; o golo regular, ilegal na rádio, de Huntelaar só questionável por quem usa as Leis do Jogo para seu benefício apenas - tudo boas decisões de arbitragem que estão em causa não se sabe bem porquê a não ser porque sim.
 
Fala-se de um penálti-fantasma, como se no regime Juche não existissem factos sinistros e fantasmas divertidos para congregar as almas puras e a ilusão de óptica não fosse sequer superada pela ilusão de uma construção utópica realisticamente depauperada mas que a propaganda trata de mascarar da melhor maneira.

Mas qual penálti-fantasma? Bola na mão ou na cara? É difícil visualizar em tempo real, mas no sábado o mesmo Jonathan Silva interveio num lance em que não foi difícil descortinar que houve mão e não houve cara!

Não deve ser a indignação pelo penálti por marcar por falta de Nani - esta nunca ouvi, e só de madrugada vi num resumo fora de horas para não se perceber a realidade e todos dormirem o sono dos justos. Por muito menos foi expulso no M. United frente ao Real Madrid ainda há duas épocas.

Como dizia ontem, é uma chatice. Mas compõe-se com uns floreados, uma cara na capa como se fosse um pedófilo e um grito de caserna para os Casuals se unirem. Estão bem assim e não podia ser de outra maneira.

Quanto aos norte-coreanos, não fui eu que inventei e não sou potencial refugiado...

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