30 agosto 2014

A (outra) falácia sobre o Benfica: (não) vende jornais?!...

Um mito de algumas redacções lisbonenses que, estupidamente, para não regatearem cobertura do clube do regime, as nortenhas, já raras, tentam respeitar, servilmente, porque como antigamente o respeitinho é muito bonito: o Benfica vende jornais.
 
Não vende. Melhor, não vende o que se apregoa, vende a parte respeitante à sua proporcionalidade - e quando perde sobressai mais a horda dos que gostam do Glorigozo! - e que é bem inferior ao que se divulga.
 
Podem é os jornais, de calças na mão mais em cima ou mais em baixo, venderem-se ao Benfica. A Cofina entregou-se às cercanias do Colombo e dos abarracados à volta, da Media Markt ao volume de contraplacado cuja cobertura às vezes voa em dia de dérbi...
 
Podem os pasquins vender estórias da treta e multiplicar os reforços sonantes enquanto um (como se Hernandez fosse famoso e o Palermo a Juventus só porque amiúde também joga de cor de rosa) troca o colosso do Colombo pelo Hull City e outro prefere ficar no Mainz (não é maionese, vá lá!) a coroar-se no Alto dos Moinhos, g.r. de quem já esqueci o nome.
 
Só há um jornal, porque vende goste-se ou não, que de há anos publica os números da APCT, a entidade que controla tiragens e vendas da Imprensa, supervisão à qual A Bola sempre se esquivou não importa aqui porquê. O Correio da Manhã que tem mais de metade do mercado de leitores de jornais. O único que cresce, porque faz jornalismo ainda que em muitos aspectos questionável e mesmo censurável, além da parvalheira congénita e facciosismo militante. Ontem, 6ª feira, publicou o quadro com os números mais recentes, de Janeiro a Junho.
 
Repare-se, no tocante aos desportivos (O Jogo, sem nunca se assumir, mal saiu do patamar 16-20 mil de sempre), que o Record aparece com 42156 vendas diárias em banca. As subscrições são episódios residuais em todos os jornais, daí nunca serem relevadas e, amiúde, esquecidas. Aqui, porém, contabilizam todas as vendas, mas as diferenças não são significativas. O panorama geral da Imprensa é este: todos juntos venderam 190 mil jornais a menos face a 2013.
 
É curioso que os 42156 ora registados para o Record são exactamente os 42156 antes registados em média de Janeiro a Abril (CM, de 7/7/2014). A notícia, que não sei se o pasquim agora com outra Manha e um par de bandarilheiros à volta para afastar as chocas no final da faena, é que o Record susteve as quedas. Não é mau.

Mas há mais coisas para além dos números e isto não é demagogia política dos carroceiros do costume. É que se em Abril já era notória a "cheia" lua do Benfica, em Junho já tinham sido consumados todos os títulos domésticos (faltava a Supertaça) e uma final europeia, a segunda consecutiva após repescagem de um falhanço clamoroso vulgarmente atirado para debaixo do tapete, em que nem perdeu e lamentou o g.r. contrário permitir-se mexer-se na hora dos penáltis, o desgraçado.
 
Pois é, não só os títulos do Benfica não vendem, como se vê, como os títulos ganhos e o sol no seu zénite do Benfica ainda venderam menos do que os títulos falhados do Benfica na época anterior.
 
É que no período homólogo Janeiro-Junho de 2013, o Record vendeu em banca 45825 jornais (CM, 31/8/2013). Já de si era uma queda de 13,8%, face aos 52225 jornais do período homólogo (Jan-Jun 2012)
 
Notável, não é?
 
E, entretanto, preparava-se  para o Verão de 2013 a mudança de director, decerto um cargo amaldiçoado pelo Marcelino ele agora ejectado do Diário de Notícias porque até os fretes têm limite e o sócretinismo não ressuscita apesar das narrativas postas a correr e os delírios habituais. Saíra um esfusiante Alexandre Pais, o mais cretino e cabotino director falhado em muitos projectos, até em revistas de gajas (uma que existiu nos anos 90 em que elas mal tiveram tempo de despir-se) que em 10 anos no cargo conseguiu a proeza de ver as vendas caírem de 92 mil para 46 mil - o visionário que anunciara que as vendas de 100 mil, antes dele registadas, não mais se iriam repetir. Há profetas na praça que são um portento. E administrações criteriosas que mantêm bestuntos destes uma década a afundar, o que diz bem dos gestores compreenderem o fenómeno dos jornais e daí o escabroso panorama geral com os novos donos do JN/DN pensando que vão fazer mais com menos, cortando pessoal e pensando em jornais vendedores. Idiotas.
 
Ou seja, a lamúria dos títulos perdidos, o Campeonato Kelvin, os 90+2 replicados em Amesterdão na cabeçada magistral de Ivanovic, tudo aquilo conseguiu vender mais jornais do que a choradeira de o Beto se mexer na nova final de Turim, algo nunca visto em g.r. borrados de medo ante os temíveis marcadores de penáltis do temível clube a cuja passagem os jornais abrem as suas páginas venerandas como vestais na escadaria do Senado de Roma.

É, o Benfica falhado de 2013 vendeu 45 825 jornais.
O Benfica triunfante de 2014 vendeu 42 156 jornais.

Já agora, se não fizerem como o outro PM que mandava fazer as contas, são 8% menos. Os títulos do Benfica venderam -8% do que os seus falhanços.
 
Deve haver mais leitores, pelo menos, mais felizes com as derrotas do Benfica do que os que as gozaram mesmo. O que comprova, enfim, que o Benfica não tem os 6 milhões que se apregoam - outra estupidez nacional, mas muito natural. Mas sobre a representatividade do Benfica na sociedade - que não é a dos "famosos" e das cores clubísticas na corte de deputados - já as audiências dos jogos televisionados tinham demonstrado o mesmo.

A verdade é que o boom dos diários desportivos, em termos de vendas, foi nos anos do Penta portista, com todos os jornais a saírem diariamente a partir de meados de 1995. E ter sido o Boavista campeão (2001) entre dois títulos do Sporting (2000 e 2002) não alterou de forma significativa as vendas, à época ainda na ordem dos 100 mil diárias no Record. O declínio começou por aí e não mais parou, à média de -10% anuais até o chico-esperto do Pais ter perdido metade das vendas em 10 anos.
 
Os grunhos da Silva que se alimentem da palha habitual e os pés-de-microfone sujeitem aos ditames do politicamente correcto. A vida é como é, os jornais é que a pintam como gostariam que fosse. As tv's, então, dão cor à parvalheira no seu conjunto. Bom proveito e boa sorte.
 
É claro que isto, como tudo o que se publica, não deve dizer nada aos parolos que acreditam nas histórias da carochinha.
 
Por exemplo, ainda e sobre histórias da carochinha.
 
Junho compreende também o mês do Mundial e do Portugal de pernetas que o saloio Bento levou ao Brasil rodeado da corte de idiotas com canetas e microfones. A euforia, que depois do social e quando tocou ao futebol, deu lugar à depressão, não ajudou a vender os pasquins que nunca antecipam os fracassos porque vão na onda dos descobridores até desaguarem no deserto da sua incompetência. Nem o Melhor do Mundo, nem as rapariguinhas histéricas, nem a poupança a visitas de índole social que quase todas as selecções fizeram menos a do "país irmão", nada salvou Portugal. Com a estupidez reinante, nada salva a selecção, nem os pasquins.
 
Vale a pena pensar nisso, aproveitem o fim de Agosto antes de entrarem na realidade.

29 agosto 2014

Glorigozo ou glorioso: qual faz vender mais jornais?

Amanhã respondo num post esclarecedor, agora que já são conhecidos os números da APCT de Janeiro a Junho.
 
Se tiver opinião e atrever-se a dá-la, palpite lá sobre o tema do momento: o Benfica a perder ou a ganhar, quando vendem mais os pasquins?

Ronaldo faz o que quer e tem lesão debelada: depois do Sargentão o Bento é só cabo de vassoura

Nunca há-de ocorrer uma renovação, muito menos revolução, na Selecção.
 
Se CR7 afirma ter a lesão debelada, embora precise de "mais duas semanas para estar a tope, e o bentinho não o convoca, alguém está a mentir. Mais uma vez.

O Parvo do Bento entendeu mal o que CR7 disse à Judite: não está preparado para cagar casar, não para não jogar.
 
A Selecção é a galdéria que todos usam. Mas sem a melhor na montra, será que, depois do exibicionismo parolo no Brasil, alguém vai ver um jogo de Portugal, a começar por Aveiro daqui a uma semana? Ou o Continente já nem bilhetes com 50% a acumular em cartão, antes oferecerá os bilhetes para não perder clientes no supermercado a bem do arroz e das massas?
 
Depois do Sargentão, que cagou-se para a renovação não feita há 8 anos, segundo acusou o presidente pacóvio que sucedeu ao pacóvio presidente da FPF, Paulo Bento, afinal, nem cabo é.
 
A não ser cabo de vassoura. A porcaria na Federação é que nunca será limpa. Carlos Queiroz tinha razão há 20 anos.

Momento Kelvin: perdura a azia

A indiferença da pasquinagem face ao que não lhe interessa, julgando publicar algo de interesse para o público para verem apenas as costas dos leitores e a frente dos números de vendas do desassossego que lhes mina a subsistência mas não elimina a teimosia editorial alegremente à beira do precipício, é proporcional à cobardia indiferenciada dos que nem tugiram nem mugiram - ruminantes, apesar de tudo - sobre o dossiê que até o (Bo)Ronha teria vergonha de publicar, para mais sem se demitir, no rescaldo do Mundial.
 
Ao ver as capas doas pasquins desportivos de hoje na net verifiquei que nenhuma ligou ao mágico momento 90+2 que há um ano e picos deu brado e praticamente o campeonato ao Porto, o Campeonato Kelvin. Kelvin passou à história, apesar de perdurar no Dragão enquanto sobra a azia no mundo e arredores de Lisboa, e um jornal avança até que será dispensado do Dragão. É provável, o mítico Preocupações Fonseca, com a cobardia e irresponsabilidade da SAD, tratou de o pôr gradualmente fora de circulação. Infelizmente, não foi só isso, o que duplicou, triplicou e redimensionou à escala estratosférica a cobardia e a irresponsabilidade da SAD.
 
Ora, Kelvin, precisamente, esteve emprestado ao Rio Ave antes de voltar ao FC Porto. Aliás, uma dupla maravilha que o FC Porto também tratou de desvalorizar, fez furor em Vila do Conde. Era Kelvin e Atsu e mais 9. Kelvin e Atsu, helàs, que tinham fabricado um e marcado outro dos golos no 2-2 que em 2012 tinha empatado o Benfica nos Arcos, resultado que automaticamente deu o título ao Vítor Pereira mal-amado mesmo quando viria a bisar os títulos no FC Porto.
 
A falta de imaginação, quando o primado é fazer um embrulho que leve o leitor a levar o pacote de indigências escritas para casa sendo que o leitor já não se deixa embrulhar pelos parvinhos das redacções, editores "puppies" e directores de sub-informação, leva à uniformização, daí ser recorrente vermos títulos iguais às vezes nos 3 periódicos da bola. Não admira que nenhum se tenha lembrado de evocar Kelvin aos 90+2, o minuto de glória para o Rio Ave. Quem sabe se Kelvin não voltará para lá, com o estímulo europeu que o Produções Fictícias lhe cerceou na época passada, ao ponto de um pascácio pé-de-microfone se lembrar de algum zumbido perturbante que lhe possa agitar o serrim em cabeça oca.

Os grupos da Liga Europa, como na época passada, não dão esperanças a qualquer vitória, mas pode acontecer, até porque apesar dos favoritos ao apuramento (dois primeiros) serem evidentes, a dificuldade, no seu todo, não é de maior monta, pois havia adversários muito mais inacessíveis.
Estoril com PSV Eindhoven, Steaua Bucareste e Dínamo Moscovo, este para tentar evitar o último lugar.
Rio Ave com Dínamo Kiev, Panathinaikos e Aalborg, este também à mão de semear.

Ou seja, da Liga Europa, cujo vencedor na próxima época entrará na Champions se para ela não se qualificar via o seu campeonato nacional, é melhor esperar por quem vai cair da Champions e sonhar com glória europeia em Varsóvia por repescagem indecente.

A Liga Europa que, na próxima época, já não levaria com o Rio Ave, pois o finalista vencido da taça no seu país perde lugar europeu em favor da melhor equipa do campeonato nacional que não se qualifique para a Europa e tenha de esperar pela final da Taça.

28 agosto 2014

BATE leve, com cuidado

Reencontro com Shakhtar, já não em Donetsk devido à guerra (para muitos) dos fascistas da Ucrânia contra os libertadores comunistas russos, rever o Athletic Bilbau, 1º adversário europeu de sempre (1957) acabado de eliminar o Nápoles na estreia da nova catedral de San Mamés; estrear-se com o BATE bielorrusso que nesta altura da época não pode ser levado a brincar, que o diga o Bayern de Heynckes futuro campeão europeu mas derrotado em Minsk por 3-1 em Outubro - já ninguém se lembra e foi há duas épocas... - mas onde já não está o brasileiro-bielorrusso Renan Bressan, Herói nessa noite, chegado agora para o Rio Ave. Desta feita não temos Kléber, que até deu a vitória de encosto no 1º jogo com os mineiros ucranianos, mas também não temos Hulk, decisivo depois em Donetsk. Há um ataque forte e Jackson para estourar a sério na Champions. E o Athletic basco de onde é oriundo Lopetegui já era temido no play-off, que o diga o Nápoles.
 
Não é mau de todo, até porque ficou o suspense até à (pen)última de sair a Roma, caída por fim no grupo de Bayern e City que voltam a ver as caras um ano depois. Parece acessível mas tudo vai do começo, não pelo resultado - lembre-se a traumática vitória inicial em Viena - mas da forma e este FC Porto parece estar em forma.

Por acaso, é a receber o BATE que se começa. Importante, porque é depois de uma difícil visita a Guimarães. Bom ainda porque depois há a recepção ao Boavista. E antes da 2ª jornada e do fim de Setembro, o FC Porto vai a Alvalade (6ª da Liga), num jogo seguramente antecipado para uma 6ª feira (26/9), porque o Sporting, que começa a visitar o Maribor, recebe o Chelsea enquanto o FC Porto vai à Ucrânia: o Shakhtar em princípio jogará em Kiev ou, provavelmente, Lviv, na fronteira com a Polónia, devido à guerra no Leste.

Ou seja, é entre Porto e Sporting que a preocupação deve ser mantida, por isso quis esperar pelo calendário saído apenas, como era previsto, pelas 19,.30h.

O FC Porto pode encaminhar o apuramento nas duas primeiras jornadas, depois tem o duplo confronto com os bascos e acaba a receber o Shakhtar, em princípio o rival directo por um lugar na qualificação. Já o Sporting tem não só um duplo embate decisivo com o Schalke, como acaba a jogar em Londres e o calendário afigura-se mais complicado. A ida a Alvalade será crucial para definições no campeonato e ajudar a perceber o futuro na Champions.
 
E pode ser que, num ano de 3 equipas lusas na Champions, o FC Porto seja o único a passar, como nas 3 ocasiões similares já ocorridas. Benfica tem um grupo de médio calibre com Zenit, Leverkusen e Mónaco, já eliminou os dois primeiros recentemente mas nenhum lugar está garantido a nenhuma equipa e qualquer classificação é possível. Hulk e Falcao e Moutinho de visita a Luz do Apagão deve causar calafrios a alguém... Sporting recebeu uma pêra doce no Maribor, mas Chelsea e Schalke são claramente os favoritos, o primeiro por mérito e o segundo por tradição, se os eslovenos não continuarem com umas gracinhas, mas para os leões não é mau de todo face ao tremendismo que se prenunciava com equipas mais difíceis nos níveis acima e no último pote.
 
Além de tudo se parecer repetitivo, com inúmeros reencontros - Arsenal e Dortmund 3 vezes nos últimos 4 anos, PSG e Barça ainda há dois anos se viram de frente embora nas eliminatórias, CSKA leva de novo com City e Bayern e Ajax tem outra vez dois tubarões pela frente em Barça e PSG de novo sem hipótese de seguir em frente -, a mise en scène já domina até o site da UEFA com a maquilhagem na página inicial antes do sorteio como se fosse aparecer por aí a Judite de Sousa... e tivemos o antipático Schmeichel a substituir o português Pedro Pinto não se sabe porquê mas revela de novo o ascendente escandinavo nas fileiras da UEFA onde há vikings por todo o lado. Para variar, e evitar o nojo das tv's tugas, segui em directo no site da UEFA, tinha som mas preferia os quadros à minha frente em vez do vídeo no ecrã do pc.
Por falar em maquilhagem, CR7 foi eleito o melhor da época para a UEFA. Percebe-se duas coisas: não é importante se pela selecção o Mundial foi uma merda, importante é o clube e Ronaldo bateu todos os recordes da Champions como marcador de golos. E, ainda pelo clube, fez bem em agradecer aos colegas. Por exemplo, di Maria teve 12 votos e em 10 lugares ficou no penúltimo, apesar do título europeu e do vice-campeão do Mundo. Messi, com época atípica, foi o melhor do Mundial com surpresa e teve 24 votos, ficando em 5º lugar e arredado do pódio. Umas vezes o Mundial conta, noutras não, não contou as duas coisas, não foi toda a época que esteve em análise e não é só no Real Madrid que não gostavam de di Maria, por isso foi vendido. Mas destas votações está o futebol cheio.
 

Da autocensura

Imaginem um tipo a dizer que fulano, apesar de ter de lutar para voltar ao top dos melhores, deu um passo atrás na carreira ao trocar de clube - ainda por cima por empréstimo, que desprestígio. Que capa sairia em vez da que saiu? Ah, os sportinguistas sentiram-se diminuídos, mas eles dizem que nenhum jornal os protege, aliviam-.se com o canal do clube, os arrufos do presidente e as 10 contratações de desconhecidos que só a do Nani contrabalança por si. Ora bolas...
 
Do outro lado, um presidente que, como noutras vezes, afiança uma pergunta de estúpida. Há decisões estúpidas e declarações idiotas. Nada transparece noutros jornais e, contudo, a pergunta é mesmo estúpida - só os estúpidos insistem em bater com a cabeça na parede - e a resposta nem é novidade, de resto identificando a manada dos pés de microfone.
 
Imagine-se qual jornal não arrisca trocar a sua idiossincrasia escarrapachada na capa? E os que, apesar da indecência dos discursos não ser novidade e escondê-la das capas não as apaga, preferem ser politicamente correctos e, nos dois casos, não fazerem ondas?
 
Uns presos por excessos e contradições, outras por cobardia politicamente correcta.
 
Venha o diabo e escolha. No sorteio da Champions também.

O "meet" da vaidosa com o vaidoso

 
Da mesma forma, a jornalista que dizia "ter lá tempo para ver as redes sociais" quando instada por  Medina Carreira a ver o que na net/blogs se escrevia da ignorância compulsiva dela e não só enquanto directora de sub-informação, ou vice-versa se vos der jeito, tem utilizado o seu FB - eu não tenho, por isso não ligo - para se promover. O reino de lágrimas que é o santo Portugal de comoção fácil e adulação bárbara a um tuga incensado nos me(r)dia faz o resto. Por entre as lágrimas, as coisas saem às pinguinhas.

Os jornalistas - para que servem? - vão caindo no ridículo: entre divulgar um pretenso "arrastão" em Carcavelos, que nos consumiu um dia creio por um 10 de Junho; contarem quantas escadas sobem frente à AR a desafiar a PSP os manifestantes manipulados ideologicamente e que levam de arrastão os jornaleiros e seus editores "puppies"; e anunciarem "meet" em directos à hora de almoço (ontem), fiando-se no corrupio das redes sociais, helàs!, que não se concretizam, assim enfiando na cabeça orlada por orelhas grandes (e não só o Rodrigues dos Cantos) os costumeiros e recorrentes banhos de água gelada como se não bastassem os Baptistas da Silva que os vão comendo de cebolada nas pantalhas de toda a mediocridade e saloiice pegada

Então, caído um túmulo de silêncio em torno da vedeta, eis que começam a sair as "nutícias", estrategicamente colocadas porque isto não surge ao acaso e os pupilos de Mourinho, basbaques em geral, sabem que sem táctica não há estratégia, ou vice-versa se der jeito, e se um burro (jornalista) não parte e reparte e não fica com a melhor parte não sabe da arte.

Vai daí, num dia soube-se que ela ia voltar ao ecrã, porque ela o fez saber, via FB.
Depois, li num jornal, caiu outra pinguinha: foi o Ronaldo que "mostrou disponibilidade", contou ela.
Ou seja, o CR7 é que lhe telefonou: «Judite, estás em baixo e eu desde a final de Lisboa que não mostro os meus peitorais sucessos aos portugueses, coço-te as costas e tu coças as minhas, serve aos dois? Ela aceitou.
A TVI mostrou-se veneranda: à directora de sub-informação e ao jogador que a TVI vende tanto como o Tony de Matos Carreira. Anunciou o anúncio da volta dela e com Ronaldo, who else?
Já passou umas imagens ontem na TVI precisando que a conversa da treta será sobre o Ronaldo humano, o das lacas e depilações, das escovas de dentes eléctricas e dos shampoos, só para dizer que a meninice do rapaz será escarrapachada depois das dificuldades contadas pela mãe do clá Aveiro em livro que as venerandas tv's lá foram ouvir - mas, depois, ainda li que, afinal, a entrevista, decerto sumarenta, é para hoje e amanhã: hoje coço-te as costas, amanhãs coças as minhas.
 
Ou seja, o "meet", seja lá o que isso for" - faz-se a dois e por dois dias. É a vaidosa e o vaidoso. Ela aproveita para mostrar o luto, ele prova saber também vestir os peitorais e viver numa casa decorada a preceito e com piscina.
 
É o jet-set no seu melhor, com a vedeta da tv que há uns meses metralhou um "playboy" que ninguém conhecia para o fazer sentir mal com a fortuna herdada e alegadamente mal esbanjada. Há quem questione se ela vai confrontar a pobreza dos portugueses, e o berço de lata madeirense do Ronaldo Aveiro, com o amontoado de carros de alta cilindrada do rapaz que tem Madrid a seus pés e obriga uma petulante da tv de Lisboa a ir à capital ibérica sabe-se lá porquê.
 
Eu não acho nada disto casual. Quanto ao "meet", prefiro "meat" de gajas boas, nem que sejam as tolas de Hollywood que as Judites deste país passam nas suas tv's da treta, e não jornalistas pretensiosas e gajos pirosos.
 
O que é o sorteio da Champions à beira disto? O Fábio Espinho do Ludogorets junto com o Marco Morais do APOEL à beira do craque eleito Melhor Jogador do Mundo de 2013 mais fracassado no Mundial do Brasil?
 
Não, sai mais um pedestal para o clã Aveiro que dá emprego a muitos "prêt-a-porter" e cabeleireiros, enxameando algumas revistas de "famosas merdas" para colorido das bancas prenhes de jornais cinzentões à rasca para sobreviverem. Nada de Porsches e Veyrons, antes os calções rotos e os pequenos-almoços parcos das cumeadas da Madéra e mais um sonho de menino a sustentar a sua família.
 
Acho que a piroseira - que um dia quase chorou porque o Carreira cantou uma música do "sonho de menino" - vai bater as célebres mas ocas entrevistas da Fátima Campos Ferreira a Pinto da Costa.
 
Judite de Sousa acabará por confessar que o seu amor de mãe a impeliu para uma entrevista da tanga. Depois do divórcio com o peça careca de Sintra, a artista das nutícias não é que arranjou uma reportagem para um telejornal da treta com as relações conjugais?
 
Que sofrimento atroz e maleita do coração a fará mover outra vez para comungar com a plebe o seu mimetismo com o povo apesar do encoberto pendor "socialista" que não a deixa ver mais do que a espuma das núticias?
 
A preocupação com a selecção de vaidosos e incompetentes?

Podia entrevistar o Marcelino: como se destroem jornais?; como deixou o Record com 100 mil de vendas diárias e hoje vale pouco mais de 40 mil?; como entrou no DN, outro jornal do regime, e as vendas passaram de 34 mil para 17 mil?; onde chega o poder angolano no controlo da Imprensa?

Podia preocupar-se com as câmaras falidas que querem ser ajudadas sem serem intervencionadas, à moda do Salgado, para não se ver o que há lá dentro?

Podia aprender Economia, não entrevistando o oco Seguro ou o calhau da Costa, mas deixando os preconceitos ideológicos do "sonho de menina" para perceber, já que com Medina Carreira nada aprende, como se afunda o País?
Porque não entrevistar Sócrates? Ou até o Coelho? Podia perguntar-lhes sobre as suas infâncias no interior desolado, as passagens pela escola, as eventuais licenciaturas de um e de outro, ah essa ela já ouviu com o Zé Alberto em mais uma entrevista de fretes feita por freteiros...

Porque não os mortos que votam no PS? Alguma tv da parvalheira reportou localmente sobre o tema, as quotas pagas, as cotas que se revoltam, os votos que se compram? Algum director de sub-informação teve tomates para não padecer de câncro da próstata para mostrar ao País os podres da Democracia e a inutilidade da Informação?

Mas é com meet e social media que muitos se dão a conhecer, mesmo que não tenham tempo para ler blogs...
 

27 agosto 2014

Parece que o Celtic arranjou um Preocupações Fonseca na Noruega


O Maribor há 3 ou 4 anos eliminou o Rangers da Europa, desta vez o Celtic vai ainda jogar na Liga Europa. O Benfica pelo menos perde o receio de jogar de novo no antigo Parkhead, onde se decapitavam os mais honrosos emblemas. Mas foi daí para cá, com uma despromoção administrativa pelo meio por questões de finanças, que o Rangers afundou. Gosto de saber disto para perceber o que pode suceder um dia, se...

Nunca percebi como Celtic, ou Rangers, escolhem jogadores desconhecidos e absolutamente brutos que nem o antigo William Wallace pretenderia para o Tartan Army ou um torneio de "no rules, great scotch", uma "dye hard performance" temperado pelo épico "Braveheart". Uma espécie de filmes de há um ano com o Barcelona: 2-1 no dia do 125º aniversário, 1-2 sofrido aos 94' no Camp Nou e um 2º lugar à frente do Benfica no grupo da Champions.

Para isto, tive de ir à wikipedia saber de Ronnie Deila, ainda não tinha fixado o nome e duvido da forma que é escrito, e ler a crónica do Celtic-Maribor no Daily Record. É preciso ter "guts", só o Celtic não os teve no sítio.
 
Recorde.-se que só sobreviveu na Europa pela secretaria, perdendo os dois jogos com o Légia de Varsóvia por uma utilização indevida de um jogador castigado, apenas durante 4', no Celtic Park. Esta barraca com o Maribor, replicando a tragédia do Rangers, é só o fim da picada.
 
Se o Porto precisa de um avançado ainda, vá buscar o Samaras, o barbudo grego de cabelo comprido, na hipótese de vender Jackson Martinez. Who knows? O Benfica com o Samaris e o Porto com o Samaras.

26 agosto 2014

Competência em precisão e contundência

Não foi o jogo perfeito pedido por JL, mas andou próximo disso e, daí, comprovando-se a evolução da equipa à qual, repita-se, não se pode ainda exigir mundos e fundos. Mas confirmo que, claramente, esta equipa tem tudo para não só dar espectáculo em breve como para dominar o panorama interno e porventura ganhar tudo a nível doméstico, além de fazer boa figura na Champions para a qual se apurou com competência em dois domínios fundamentais: precisão e contundência.
 
Apesar da estratégia de jogo replicar as cautelas necessárias, como em Lille, para não deitar fora o bebé do apuramento nascido em bom momento com a água do banho que é o ambiente em que o novo FC Porto estava destinado a crescer, nas circunstâncias que se sabe e é redundante repetir embora se ande a repetir, por falta de ideias e preferência por bizantinices como a de Quaresma fazendo tempestade num copo de água, o FC Porto já mostrou uma face ainda mais madura do seu jogo, controlando a bola, manietando o adversário e assenhoreando-se do jogo. O Lille é incómodo, tem jogadores bons individualmente e perigosos no contra, mas voltou a preferir arriscar pouco, quiçá presumindo um FC Porto de ataque avassalador. Sai, amiúde, um FC Porto dominador da bola e senhor dos tempos de jogo, com uma capacidade técnica individual bem aflorada no contexto geral de um colectivo forte em posicionamento definido e sem cair nas asneiras de principiante que só um treinador imberbe como o Produções Fictícias não lograva perceber e, daí, corrigir.
 
Isto não vai ter nada a ver com o desastre futebolístico da época passada porque este Lopetegui, conquanto tenha ainda de provar ser de cepa superior, pode ser novo a este nível e neste contexto de máxima competitividade mas actua, é enérgico a corrigir e não o contemplativo que vai aplaudindo até as mais básicas asneiras: o FC Porto não dá erros defensivos nem nas bolas paradas e até Danilo já aprendeu a defender. E agrada-me até o discurso do treinador. Do que restava da época passada ainda se vêem alguns passes longos a cruzar o campo com probabilidades de erro (intercepção), mas são até mais as vezes em que Oliver e Casemiro metem a bola que é um primor. E tudo com a equipa em progressão, sempre mais jogadores à frente da linha da bola do que atrás dela e com posições bem ocupadas e não vazias por tontos que não sabiam o que fazer e por onde andar: a quem alvitrava que o 20 de Carlos Eduardo fazia lembrar o Deco eu dizia que Carlos Eduardo nunca andava onde era preciso.
 
Há já um trabalho de treinador notório e notável para o cimento aglutinador - já usei a expressão esta época e só tomei em conta a preparação desde o último jogo da pré-época não competitiva em West Bromwich - que é o modelo de jogo, essa entidade que não se diz em duas palavras mas para bom entendedor percebe-se em duas penadas. Acima disso, uma série de jogadores de um quilate muito acima desta Liga. Oliver encanta-me, Brahimi é uma gazua, Rúben Neves amadurece rapidamente embora tenha saída desgastado e já a acusar a pressão competitiva contínua, prevendo-se que descanse em breve, a defesa acertada, adoro o Martins Indi e Maicon voltou ao seu nível, os laterais defendem bem face ao que faziam, o meio-campo é diligente a defender e a soltar a equipa na frente e Jackson está mais animado que nunca, creio que mais entusiasmado mesmo em relação ao primeiro ano no Dragão em que foi um furacão. Está tudo bem? Não, prefiro o Oliver no meio, o Evandro marca pontos e o desembaraço para encaminhar rápido a jogada do 2-0 é de mestre a soltar na esquerda Brahimi.
 
Brahimi marcou um livre, esse sim, perfeito, como há muito não se via e até raramente se vê. Manuel Queiroz evocou Flávio, que eu lembro bem dos anos 70, mas não era preciso recuar tanto. António Sousa batia a "folha seca" como ninguém, sucessor de António Oliveira, mas contemporâneo de Sousa era Madjer que igualmente tinha um primor nos livres directos. Pois Brahimi já faz lembrar Madjer em pormenores técnicos deliciosos acrescidos de um poderio e pique físico invejável.
 
E ainda não vimos Adrián Lopez, já se vislumbrou Tello e esperamos por Quaresma, havendo muitos outros para revelar, a época será longa, preenchida, com vários títulos já na mira e decerto muito divertimento.
 
A precisão de Brahimi no 1-0 teve como complemento a contundência no ganha a bola-passa rápido-desmarca logo-chuta bem, entre o roubo de bola na divisória, o passe para o lado e a seta apontada à baliza com Jackson como farol da jogada e finalizador exímio. Um golo fatal, de compêndio a coroar uma jogada perfeita e ilustrando a maturidade nascida em poucas semanas de profícuo trabalho de um treinador ele também de eleição. Uma maturidade, dito acima, trazida por Evandro, em contraponto ao declínio natural do puto Neves. Temos homens para a rotação, falta peneirar o plantel a inscrever na Champions, mas todos farão falta.
 
Está garantida a Champions e o pote 1, mas os grupos serão difíceis e só há duas ou três favas a apanhar, tipo Ajax, Maribor e APOEL, faltando ainda os resultados de amanhã antes do sorteio de 5ª feira.
 
Mas, talvez a reforçar o nervosismo de Jesus e o desnorte do Benfica no mercado para mais sem financiamento, como na vindima, de "bica aberta", digo já que o nível deste FC Porto é já, e será mais, muito superior ao do Benfica da época passada, para não falar do Sporting que acredita no seu Messias ou Nanias ao jeito do filho pródigo para fazer alguma diferença.
 
Os adversários antes tão preocupados com a "aposta arriscada" no treinador sem currículo e "um plantel de espanhóis que o treinador escolhe invertendo a política da SAD", além do "desastre financeiro se a Champions correr mal", podem tirar o cavalinho da chuva e orar já a Santa Bárbara antes que troveje. Este FC Porto não terá rival em Portugal esta época, assim as coisas se encaminhem bem com vitórias para dar confiança e fazer a equipa perder ainda algumas amarras, naturais, que revelou num contexto difícil num momento sempre delicado de início de época, Champions para entrar, campeonato para pontuar e equipa para formar. Esquecer isto é pensar que Roma e Pavia se fizeram num dia.
 
Se os palradores do costume, como voltei a ouvir na TSF enquanto procurava uma farmácia e não era pelo Kompensan, ainda se deleitarem a falar de Quaresma - "um jogador mais" - sem perceberem a direcção e a dimensão do crescimento nítido deste FC Porto tanto melhor. Comem da mesma palha que dão a quem aceita bovinamente ouvi-los. Bom proveito.
 
NOTA - Antes de ver na net os resumos da noite, confiando já no desastre do Celtic que, como há três anos o Rangers, teve a sua noite de Mariborrível, vi como o M. United levou 4-0 do MK Dons. Podia refletir-se, mas a manada continuará a leste de tudo. O declínio, fast and clear, do que foi uma força sem igual além-Mancha não é facilmente revertível só com di Maria e van Gaal já tirou o cavalinho da chuva quanto ao título: "Vamos pensar em não descer de divisão". Brincalhão, como Jorge Jesus sobre o fico ou saio do Besfica. A degenerescência do M. U. podia tê-la seguido o FC Porto se não mudasse completamente o rumo desportivo com a catastrófica época passada e um somatório inacreditável de erros de casting. O FC Porto, entretanto, iguala as 19 presenças de United na Champions, que era o recordista e nem à Europa vai. Vale a pena pensar nisso. Mas, who cares?

In-com-pe-tên-cia (num país) de mer-da!

O futebol português é isto.

Na selecção mantém-se a incompetência generalizada. O presidente assume a culpa e denuncia a estrutura. Consequências? Nenhumas, baralha e torna a dar de novo. Pudera: já tinha caucionado a continuação do medíocre seleccionador com renovação de contrato. O funcionalismo público no Portugal socialista é assim. E distingue-se do do antigo regime: havia vergonha na cara.

Afinal, a culpa foi do médico. Henrique Jones, de resto, era uma figura patusca numa estrutura apalhaçada. Foi Beto, e não o médico, a anunciar no Mundial a recuperação de CR7... Por falar nisso, quem manda na selecção tem sido a pergunta da ordem e CR7 esteve às ordens de José Carlos Noronha agora escolhido. Não é que CR7 se reabilitasse. Mas já não há dúvidas sobre quem manda na selecção.

Ah, os alemães tramaram-nos outra vez, distraem-nos com a Troika, as finanças e a economia e não fazemos um calendário competitivo como deve ser, boches do caralho!

Nem era preciso saber, bastava ver quando CR7 e Pepe, normalmente os dois, eram poupados pela besta do Bento. A selecção é um esgoto a céu aberto, nada há a esconder. O Continente vende entradas com metade do preço a acumular em cartão. E há pais que levam os meninos a ver os "ídolos" quando no Continente há placas de argila para moldagem bem mais baratas.
 
De resto, Simeone levou uma acumulação de jogos por um cachaço num árbitro, por palavreado barato e até resistir à expulsão indo para a... bancada. Num jogo, um adepto deu um cachaço num árbitro e o clube local só pagou 2500 euros de multa. O treinador do Benfica é expulso e vai para a bancada mas, apesar do rol imenso de ordinarices e tumultos que não parecem acumular nada a não ser o normal encolher de ombros no país dos brandos e socialistas costumes como o trivializar os "meets" e esquecer agressões de alunos a professores e espancamentos entre alunos com via aberta nas redes sociais, tudo é relativizado. Não admira.
Os exemplos da decadência têm uma raiz moral. Tudo o resto fica no mural das lamentações quanto ao que somos e porque somos assim. Não era assim, passou a ser porque os novos polícias dos costumes, da escardalhada militante e só ela com acesso privilegiado aos pingarelhos que permitem isto nas tv's da parvalheira, ditam que a "culpa da sociedade" e a "tolerância dos magistérios" devem dar cursos abertos de incivilidade.
 
Não se estranha. Um país de merda é feito por estas pequenas bostas e esta gente de esterco.

Enquanto não se vê Quaresma... nem o sucedido no Bessa

Sucedem-se as teorias da especulação. Falta objectividade e campeia a sub-informação, alinhando-se opiniões pelo mainstream. Umas mais benévolas que outras, algumas contrapondo o "perdoa-me" de certos sítios ao "desculpem o meu erro". Acção, reacção e omissão. Aliás, quase já se excluira Quaresma do Dragão. Entretanto, calaram-se as matracas. Não há mais nada a dizer, é ver como S. Tomé... Os charlatães existem, mais do que os exorcistas em que não acredito. Não sou de bruxarias, nem que em Espanha digam que las hay.
 
O que é a informação? Percebe da "agenda" informativa? Acredita na similitude dos telejornais e alinhamento dos pasquins? Deixou de comprar jornais porque não pode ou porque não quer?
 
Há dias vi com surpresa até uma pequena reportagem de uma equipa de fut feminino apurada na Champions do género. Não mais ouvi falar, e contudo já saiu o sorteio das duas próximas eliminatórias que tive de ler no site da UEFA.
 
Paralelamente, este fds, concluiu-se o Mundial sub-20 feminino, no Canadá. Ganhou a Alemanha. Só faltou dizer, como no Mundial do Brasil ou no Europeu de sub-19 para homens e espigadotes respectivamente, que no final ganham sempre os alemães. Mas do Alemanha-Nigéria de Montereal nem uma palavra, nem uma imagem. O fut feminino nem é uma moda, é um acaso, em Portugal e uma coisa surreal num qualquer telejornal da parvalheira.
 
Por sinal, o Eurosport transmitiu a final ontem de manhã. Um tipo que só conhecia pela voz, e não pelas melhores razões de a ouvir nos sorteios ou noutros resumos, fartou-se de se chamar Nuno Santos. Não sei se é um que, há anos, apareceu em A Bola num broche fantástico só admissível entre amigos sodomitas: o tipo palrava no Eurosport mas tinha uma casa de bifes que valia a pena. Dos bifes não sei, mas de futebol não percebe um corno. Depois, é burro que se farta. A Nigéria perdeu no prolongamento com uma melhor equipa e melhores jogadoras, tanto que a Ashoala foi a melhor jogadora e a melhor marcadora do torneio. A moça joga mesmo bem, faria corar alguns rapazes no trato da bola e em velocidade é um Hulk em potência, apesar do físico de menina que os compatriotas sub-20 normalmente vistos no Mundial do seu género multiplicam por 4 Hulks... E a Nigéria perdeu, contra uma Alemanha cujas avançadas me pareceram piores do que as restantes colegas nos outros sectores, porque a Ashoala marcou um golo que não devia quase aos 90'.
 
O golo foi bem invalidado, a bola ia para a baliza por obra de uma colega nigeriana e não havia necessidade. Porque, como se via facilmente nas imagens, a Ashoala estava já adiantada em relação à linha da bola e não havia defesa a pô-la em jogo depois de a g.r. alemã - por sinal a melhor do Mundial - ter sido batida irremediavelmente. Mas o tal Nuno Santos, que não tem voz nem conhecimentos, estranhou que o golo fosse invalidado.
 
Para a história ficou o título da Alemanha. Mas em O Jogo não li uma linha, na edição de ontem (ACT, refiro a notícias do Mundial, a final foi de madrugada e só hoje publicaram sem referência ao 3º lugar da França com 3-2 à Coreia do Norte). Pudera, um desportivo dito nacional não acompanhou o Nacional na Bielorrússia. Isto é para levar a sério? Por sinal, no caminho da fase de grupos, além de um extraordinário 5-5 - que iguala um Portugal-Serra Leoa (salvo erro) no Mundial sub-17 na Finlândia, creio que em 2003 estabelecendo um recorde como empate com mais golos em todas as competições da FIFA - com a China, a Alemanha despachou o Brasil com 5-1 e não estava lá Scolari...
 
Enfim, com coisas assim, nos mais pequenos pormenores, mesmo ao "ralenti", não é possível explicar o que é um fora-de-jogo e um golo bem invalidado. É possível descortinar que qualquer burro carregado de livros é um doutor e o estado da informação e do divertimento é uma confusão pegada a que já se encolhe os ombros.
 
Também não é uma questão de opinião apenas: quando Brito remata à baliza do Benfica, há um jogador do Boavista em fora-de-jogo quase imperceptível que interveio no lance segundos antes. A regra que conforma a Lei do Jogo diz que em caso de dúvida favorece-se o atacante. O Boavista devia ter feito o 1-1 mas isso quase passou despercebido.
 
Passou despercebido como passaram despercebidos desacatos à saída do estádio e várias atropelias cívicas características das gentes oriundas de Lisboa e arrabaldes mal formados.
 
Como passou despercebido o que Jesus terá dito ao árbitro para ser expulso ao intervalo.
 
- ó Marco, nem destrato a tua mãe, mas olha que penáltis como o do Jara já o Roubarte Gomes marcou ao FC Porto no jogo do apagão da Luz e ainda este Verão, na nossa apresentação aos nossos sócios que dão cachaços em árbitros e só pagámos 2500 euros de multa, o Hugo Miguel também inventou um sobre o Jara contra o Ajax.
 
É claro que a Imprensa veneranda passou ao lado, não ouviu, não viu, não suspeitou e, portanto, não investigou. Não há assunto, não há notícias; se há assunto mas não convém, não há notícias; se sobrevivemos até aqui a fazer isto ´no século XXI onde toda a gente vê na tv e comenta na net, também tão cedo não morremos mesmo que o fim da Imprensa escrita em Portugal esteja previsto para 2028.
 
Em tempos, se não na última época do Boavista na I Liga pelo menos na penúltima, uma altercação foi noticiada num Boavista-Benfica. Rui Costa esmurrou a porta do árbitro Lucílio Baptista. Testemunhas verificaram podendo circular no túnel e com os vestiários acessíveis da sua entrada. Escreveu-se o caso no Rascord, mas o jovem jornalista foi repreendido no dia seguinte. Um dia depois, o veredicto era garrafal no jornal pasquim: INOCENTE. Rui Costa bateu na porta do árbitro e insultou-o, mas como o árbitro não teve colhões para o escrever no relatório, a absolvição era automática.
 
Sic transit gloria mundi

Como passar por cima de alguma coisa que belisque a aura de intocável do benfiquismo?
Simples, O Jogo de hoje, como o de ontem, fala de Munir, na última página, sem referir que um dos golos-maravilha do puto do Barça foi na final de Maio na Youth UEFA League, com um golo do meio do campo no 3-0 ao Benfica. A Imprensa norte-coreana faria melhor, nem dedicava uma linha ao puto... mais valia não falar do que falar com o carimbo da autocensura caucionada pela sub-informação do costume...

25 agosto 2014

Di Maria, o melhor de 2013-14

 
Há um ano era dado como descartável e, para mim, tornou-se o jogador mais influente e o que ergueu o Real Madrid quer em Espanha, quer na Europa. Para mim, já o disse ao fechar a época, o jogador do ano na Europa foi Angel di Maria (corrigi o título), em rija disputa com Gareth Bale. O argentino jogou como nunca, talvez tenha atingido o seu pico, porventura inalcançável, soube defender com afinco e era uma faca afiada no contra-ataque magistral que Ancelotti melhorou em relação a Mourinho. Di Maria enchia o campo e saía como um toureiro em casa jogo, em ombros e sob aplausos. Fiquei impressionado, ao longo da época, de resto confirmado na final da Taça do Rei com o Barça (golo inicial), depois na final da Champions em Lisboa, já quando Ronaldo não contava para o totobola e os êxitos chegaram sem o português valer alguma coisa nisso. Quando o Madrid estava em baixo era di Maria quem o levantava, com sprints vigorosos e golos oportunos, nunca em bicos de pés e sempre nos píncaros dos momentos geniais dos jogos. Depois apareceu Bale, com slaloms mais directos. E à custa de ambos viveu Ronaldo, com uma catrefada de golos onde era basicamente só necessário encostar.
 
Quando troca o Real Madrid pelo Manchester United, depois de um Mundial igualmente fabuloso em que repartiu bem com Messi, e tanta falta fez depois de lesionado, a responsabilidade de levar longe a Argentina no Brasil, di Maria merecia muito mais do que 70 ou 80ME pela sua transferência, porque é claro que o Real Madrid o renegou, parece que tinha o destino traçado com as ocasionais injustiças do futebol. Sem se saber se o futuro tratará de o confirmar ou esquecer, se o MU melhorará com ele e o RM aguentará sem ele.
 
Como sou do Barça, alegro-me ver partir um adversário perigoso que fez a diferença na época passada. Mas deixar de vê-lo na Europa (MU ausente) é um crime de lesa-futebol. Gostava que o grunho do carvalho o resgatasse como fez ao Nani... Isso custará pior do que o asilo, ainda que dourado, em Inglaterra: não ajudará a incluí-lo no trio final do FIFA Player of the Year. Há transferências milionárias que ficam ensombradas para sempre.

Em tempo: só agora li o editorial de um dirctor sábio, correcto e escorreito, Alfredo Relaño do Ás. Diz:
Compareció Ancelotti ante la prensa para decir que se va Di María y Khedira se queda. Natural. Di María puede ser transformado en un cheque valioso, Khedira no. Khedira es un buen jugador, fogonero del medio campo, pero Di María es algo más, porque va y viene y además rompe. El Madrid ahora le culpará de que se va porque quiere. Pero quiere irse porque en su puesto ficharon a Bale y cuando se adaptó a otra zona del campo, con esfuerzo y éxito similares, le ficharon a James. Y le ofrecieron renovar pagándole como el número once de la plantilla y él piensa que era más que eso.
Di María es un buen jugador y además tenía para este Madrid un valor estratégico sobre el que no hay que insistir. Su cadáver no hay que cargarlo sobre la espalda de James Rodríguez, que además podría con ello, a poca suerte que tenga. Es un jugador extraordinario. Si Di María, estrella de la final de la Décima, se va, es porque este Madrid está concebido desde las luces de neón, no desde una lógica futbolística. Es un Madrid de programación alocada, al que le sobra dinero para juntar a Cristiano, Bale y mejorar el sueldo a Benzema. Eso sí: no hay dinero para retener a Di María, que no vende camisetas.
El curso pasado las encuestas daban que Mourinho era ‘antiespañol’, como consecuencia de lo cual el Madrid compró a Illarramendi e Isco por casi 70 millones. Ahora que España ha dado el cante en el Mundial, lo español no viste tanto, así que en sus lugares vienen Kroos y James, figuras en Brasil. Pero como el dinero no es infinito hay que vender a Di María. Y Ancelotti que se apañe. Él levanta la ceja, dice esto y lo contrario, sube los hombros y si le gana el Atleti qué se le va a hacer. Ahora viene el Córdoba. Le faltará Di María, pero allá se las apañe. Tiene buenos jugadores y ya salió del paso el curso pasado.

24 agosto 2014

Viver sem Xavi e sem Messi um dia será ainda mais difícil

Ver o 4 nas costas de Rakitic sem sequer se assemelhar ao jogador que foi Guardiola com aquela camisola, nem sequer parecer Fàbregas que jogava mais adiantado, sendo o croata mais um 8 a empurrar Esnaider para o flanco quiçá em definitivo, ainda podia suscitar sentimentos contraditórios. Mas a ausência do 6 de Xavi (no banco) indica-nos que a mais famosa equipa vencedora da história do futebol deixará a conta-gotas as marcas da passagem do tempo ainda que facilmente avivadas pelo recuso ao replay, sem pagar direitos de autor ou fazer recuar a internet já perscrutada de forma infame pelas NSA desta vida como se os EUA quisessem cobrar também aí direitos de autor. Piquet estava na bancada, mas a extrema unção à dupla celebrada com Pujol já a dei há muito: o capitão encostou e o Beckham da Shakira não tem pedalada para isto e só se notabilizava pelas barracas dadas nos piores jogos do Barça. Mathieu, o francês lateral-esquerdo do Valência, parece fazer bem de central (com Mascherano, expulso).
 
É sempre reconfortante ver Messi esgueirar-se por entre defesas amontoadas ao meio (1-0) ou esfrangalhar lateralmente a cortina que se desfaz com duas simulações e um tiro certeiro rasteiro aberto o buraco pretendido. E perceber que com Munir, o do golo do meio-campo ao Benfica na final da Youth Champions em Nyon, o Barça volta a luzir com produtos da cantera, de resto celebrando a estreia do puto de 18 anos com um golo de classe, perdida a vergonha inicial que o fez desperdiçar um passe magistral de Messi que jogou atrás do ponta-de-lança onde Ibrahimovic dizia que ele não queria jogar...
 
Mas como no FC Porto de Preocupações Fonseca, é tempo de esquecer a horrível época anterior com o Produções Fictícias tata-bitata argentino que inventaram há um ano em Barcelona. E vamo-nos despedindo de Xavi aos bocadinhos. Pedro vai ficando no banco, entrando aqui e ali, Esnaider parece mais só se Messi não encher o campo e mostrar uma garra que não se via há um ano.

Hoje, ao ver o resumo do Chelsea, nem percebi quem era o 8: Lampard fou uma lenda e já parece ter sido há séculos.

23 agosto 2014

Quaresma tem lugar

Não sabemos ainda o que dará a lesão de Tello, mas o substituto Quintero e o outro, como Tello, entrado a titular, Adrián Lopez, não justificaram as apostas do treinador pelo que, estou em crer, Quaresma deve retomar o seu lugar na 3ª feira. Lopetegui, claro, é quem manda: fez 4 alterações no onze mas, prudentemente, só mexeu num defesa, Ricardo por Danilo. Começou a gestão e nunca se sabe bem como acabará, porque não há prognósticos antes do fim para estas coisas. Evandro fez o posto de Herrera mas este lá entrou para reclamar a sua posição, ainda que com pouca evidência e a confusão do costume na decisão de passar ou progredir sozinho e sem nexo. Pareceu-me que o FC Porto piorou a meio da 2ª parte com Herrera, mas a verdade é que Quintero e Adrian Lopez deram largura mas não profundidade. E o FC Porto jogou no limite do risco, porque o 1-0 nunca é seguro, ainda que o Paços não tenha criado ocasiões flagrantes. Aliás, ao estilo cagão do seu Preocupações Fonseca, o Paços nada arriscou, queria ganhar quase sem rematar: é bola para a frente e fé em Deus...
 
O PF foi prudente e deu a iniciativa ao FC Porto. O FC Porto foi macio e pouco ágil na circulação, chegando pouco à área e sem muito perigo. Só quando Oliver rendeu Ruben Neves é que a posse e o passa saíram melhor. Oliver Torres é fundamental no jogo mas as peças devem encaixar melhor quando todos tiverem minutos e intensidade, algo que Quintero e Adrian, sem utilização até agora, não puderam dar.
 
No contexto da gestão do plantel e do calendário, com dois jogos muito importantes na Champions entre campeonato onde é proibido perder pontos, o FC Porto voltou a sair-se bem e passou sem sustos de maior na Mata Real. Tem os seus móveis mais arrumados atrás e JL é inteligente em não mudar muito. Provavelmente, com o Moreirense, poderá ser Alex Sandro a repousar. Certo é que os minutos e a rodagem devem ser dosificados desde o início.
 
Com palavras ou sem palavras, a rotatividade é isto, embora com riscos. Infelizmente, Tello não teve sorte e mesmo ficando de fora, com a produção menor de Quintero e Adrian Lopez, Quaresma é trunfo e provavelmente jogará com Brahimi na recepção ao Lille, tal como Danilo. Resta saber se Oliver tirará o lugar a Herrera no meio ou se Quaresma fica de fora em favor de uma táctica maus cautelosa para não deixar fugir o pássaro da Champions que o FC Porto tem na mão. A gestão cabe inteiramente ao treinador e percebeu-se, hoje, pelas opções tomadas, que o seu caminho está traçado, presumo que os jogadores o saibam e o diálogo ponha todos no mesmo barco a remar para o mesmo lado. Não há titulares e para já parece que é a defesa o sector mais definido, bem como a baliza, e do meio para a frente, com as alternativas disponíveis, tudo é possível, até Evandro tem sido utilizado de uma forma que talvez não se esperasse. Pelo que JL continua a conduzir a equipa e o plantel com o delicado sentido do dever, da justiça e sem perder a noção dos resultados. De resto, no campeonato, muitos jogos são assim. Na Champions, como em Lille se viu, idem aspas. O FC Porto tem dado conta do recado nesta fase de transição e revolução que nunca é fácil de gerir nem de acompanhar para quem está de fora. Evitam-se especulações gratuitas e definições precocemente tomadas como sentenças.
 
Quaresma tem lugar, o FC Porto está a carburar, Jackson a marcar, os jogos a correrem sem problemas de maior. Nesta fase era difícil pedir mais e melhor. Missão cumprida, so far, so good.

Não façam filmes

A exclusão de Quaresma dos convocados para hoje é menos normal do que o suplício da sua suplência, como ele mesmo admitiu,  em Lille. Normal, e não é de somenos, é muitos portistas não pegarem no tema. E tem para pegar, nem que seja, como deve ser, para fazer pedagogia. Não para filmes. O tema, de momento, nada quer dizer. Pode ser um aviso ao jogador que saiu disparado para o túnel sem ir despedir-se dos adeptos em Lille, depois de ter chamado, como capitão, os colegas para se despedirem dos adeptos em West Bromwich no último jogo de preparação.

Quaresma não ficou sozinho, Danilo também está poupado. Não acredito que uma mão lave a outra e sirva para encobrir. Temos que nos habituar, os jogadores devem habituar-se. Rejeito, por isso, lavar roupa suja e partir para a especulação. Não tem sentido. Quaresma fez um tweet nesse sentido.
 
Decerto não há coisas por acaso. Pode haver "inconseguimentos", segundo a portista Assunção Esteves na Presidência da AR, por Quaresma ter estado muito bem com o Marítimo até passar a suplente em Lille. Mas a estratégia cabe ao treinador e as opções acompanham-na, sendo inverosímil que JL tenha castigado o jogador na Champions depois da sua influência na Liga interna. Este acto de autoridade do treinador pode ser para, suavemente, marcar a posição e desmarcar eventuais egos perniciosos. Por isso JL tem caído no goto dos adeptos, sem espaventos, com seriedade e sobriedade, sendo já indisfarçável a sua marca.
 
Mas pode ser por Quaresma não ser adaptado para P. Ferreira, pelo que resta ver o onze de amanhã e como correrá o jogo na medida das alterações a fazer no seu decurso. Danilo não jogará e, assim, quem para a direita? Note-se que ainda estamos na pré-época, embora a sério e a contar os pontos, pelo que o treinador vai fazendo a ambientação competitiva com o comboio em bom andamento.
 
Não vale, quanto a mim, a pena fazer filmes. Não creio que Quaresma os vá fazer, pelo menos está notificado para não se atrever. Se tudo correr bem, pode ser um bom sinal inicial. Sem teatros desnecessários ou idas ao confessionário "Perdoe-me" digno de meninos da escola. Por sinal, Quaresma é um dos veteranos entre tanta juventude da equipa. O que casa bem uma coisa com a outra. E a responsabilidade oferecida pela braçadeira é ainda o maior teste para Quaresma superar. Se for um grande capitão sairá a ganhar e a equipa empolgada pelo exemplo. Adrián Lopez e Tello têm mais currículo do que Quaresma, se virem bem, e não se queixam, apesar do reparo à equipa "dos espanhóis" sem que se veja serem mimados pelo treinador compatriota: não houve 11 algum ainda com maioria de espanhóis. E JL tem mostrado saber o que faz. Os jogadores devem confiar. Os adeptos apreciam seguramente. O futuro só pode ser risonho. Mas admito que o treinador tenha de falar claro aos jogadores sob pena de os perder ou permitir a confusão. Não acredito nisso.
 
Com as coisas bem feitas a bilheteira sai a ganhar à mesma, todos lucram, todos se valorizam, ao contrário do ano passado. Para ganhar é preciso bons jogadores e bom treinador, até o bronco do Jesus percebeu e pede qualidade porque sem ela não ganha nada, ninguém ganha.

22 agosto 2014

O Marcelino também vai para o FC Porto ou está "Sem Esconderijo"?

Não é uma contratação espanhola a somar às desta época. Mas fiquei surpreso com a notícia de hoje no JN, da substituição de João Marcelino como director do DN, pelo André Macedo, do Dinheiro Vivo, suplemento bom de Economia que trouxe valor quer ao DN quer ao JN sem eu fazer ideia como aquilo nasceu.
 
Depois da integração de Manuel Tavares na Porto Média, por relevantes serviços seguramente prestados, os arrufos do passado entre Pinto da Costa e Marcelino não interfeririam com a entrada deste no universo portista. Afinal, quem tanto criticava "o amigo Joaquim" e dele dizia o que Maomé não dizia do toucinho, acabar por vir a ser o delfim de Oliveira no universo da Controlinveste é sinal de que qualquer porco anda de bicicleta. E mesmo o "off the Record", por sinal por causa do irmão António, nem impediu Pinto da Costa de andar com beijos e abraços com Marcelino, como este de se aproximar e tornar-se braço direito e dilecto de Joaquim Oliveira.
 
Sempre me escaparam certas coisas, para lá da honra e da decência humanas, no universo da Comunicação Social em Portugal em que já vi tanto porco andar de bicicleta e mais ainda a irem comer à mão dos abastados comensais do negócio, mais do que os que cuspiram no prato onde comeram. Aliás, o sinal de mediocridade na afundada área da Imprensa em geral fala por si. Dificilmente se topa um bom director e sobram directores apenas de sub-informação, aquela enviesada deliberadamente para servir os interesses dos poderosos e da qual praticamente ninguém escapa.
 
Sem dúvida que o universo da Comunicação Social irá mudar, pois antevê-se raios e coriscos pelo andar da carruagem. Não sei se para melhor...
 
Enquanto se vê na RTP 1 mês de reportagens publicitárias gratuitas do Algarve, num frete comunicacional rareado de notícias e menos ainda de acontecimentos dos quais não se sabia, como a gastronomia e a paisagem, as areias ou as águas, o caos de Agosto que regozijava Guterres - "Há 1,5 milhão de portugueses de férias no Algarve", ufano ao inaugurar a A2 para sul - tem o seu pecado estrutural que, como é típico do tuga dos salamaleques a venerandos senhores e seus interesses, apanha a Saúde - e lá abriram os telejornais com greve de enfermeiros e lamúrias sindicais em que nem isso é novidade. Durão Barroso ex-futuro emigrante em Bruxelas bem dizia que não haveria estádios novos [Euro-2004] sem hospitais decentes nas capitais de distrito. Sócrates levou a dele avante [foi o governante que impulsionou a primeira grande PPP generalizada com os diversos estádios e os favores ao Benfica] e ninguém mais falou disso. O caos do Algarve parece ser surpresa só para os distraídos ou repórteres que lá andem de férias.
 
E remeto para o livro sobre Edward Snowden "Sem Esconderijo" que acabei de ler e cujas peripécias os telejornais da parvalheira já esqueceram porque os americanos também não lhe dão mais importância devido ao incómodo. Na Pátria da Liberdade e no Paraíso da "Free Press", o autor Glenn Greenwald, que entrevistou Snowden e publicou relatórios arrasadores sobre a NSA espiar toda a gente desde o labrego do Midwest à Merkel de Berlim, com total impunidade e cobertura tácita do mago Obama da Administração mais transparente da história e que, como Sócrates, se tornou no presidente que mais jornalistas perseguiu em poucos anos, é ainda mais demolidor no tratamento dos média de Washington e a balofa "patine" de títulos como o Post ou o NY Times mais os seus jornalistas multimilionários. Ler, fora as tramoias da NSA que Snowden revelou com vergonha e medo do que era o alcance de tal intromissão na vida privada de milhões de cidadãos como era possível na URSS ou ainda é na Coreia do Norte, o que se escreve das negociações para publicar histórias "com o conhecimento da Administração" americana e o que se diz dos jornalistas yankees é perceber porque os índios foram varridos do mapa e contidos em reservas.
 
Algum jornalista português que, lendo aquilo, não core de vergonha por perceber que o mesmo se passa na pátria tuga onde tantos batem no peito é o jornalista do sistema, do regime e da puta que os pariu.

20 agosto 2014

É, vai ser um cabo dos trabalhos

O FC Porto ganhou em Lille e este 1-0 não teve nada a ver com o último triunfo europeu fora de casa, em Viena. Esta equipa, ainda em construção e com jogadores como Quaresma, Adrián e Tello no banco para acomodar os que têm a preparação mais atrasada mesmo que outros, como Casimiro, entrem e justifiquem a titularidade apesar de ainda não dar para uma consistência de 90 minutos, vai mesmo fazer uma boa época e até dar espectáculo, estou convicto plenamente.
 
Acontece que, nesta fase de crescimento acelerado auto-imposto, tem de ser assim e para já está bem. Embora não tenha percebido a intenção do técnico JL em colocar o Oliver à direita, onde não rende como no meio nem é tão perigoso como atrás do ponta-de-lança sendo que o seu futebol curto mas de passada larga e passe fácil fosse necessário com os combativos gauleses, não está ainda na hora de discutir opções: seria estultícia. Mas a entrada de Quaresma no final, por Oliver, embora sem reflexo no jogo, indicou que podia e devia ter sido assim.
 
Não sou de prognósticos só no fim e, de resto, já me pronunciei sobre a nova vida do futebol portista, quer com a contratação de JL quer com a prevista aposta em jogadores espanhóis ou de Espanha, como Brahimi que ele conhecia de lá (Granada). E tanto assim é que, logo antes do golo de Herrera, com a entrada de Tello eu desejava que entrasse alguém(Quaresma ou até Adrián) para tirar Herrera e meter alguém forte no flanco esquerdo. Pois Herrera marcou e não vou dizer que não achava que ele devia ter saído. Correu bem, para Herrera, para o treinador que teve logo a aposta ganha em Tello, para este que vai mostrando ser decisivo em minutos de rodagem para o seu entrosamento que venha a render o máximo. Tudo está bem quando acaba em bem e o FC Porto foi mais forte colectiva e individualmente do que o Lille, equipa de trabalho, física atrás e veloz na frente, num perfil italianizado que o futebol gaulês adquiriu há mais de 20 anos. E se acaba bem é porque a equipa, o jogo e a vitória convenceram - tudo ao contrário de há um ano em Viena que me fez, aliás, logo de seguida, antes de Setembro terminar, que não iríamos longe nem com a equipa, nem com o futebol nem com o treinador. Helàs, vamos rever o Preocupações Fonseca já no sábado em P. Ferreira...
Os lapsos parvos da defesa, onde faltava a chamada de atenção do treinador malfadado de há um ano, foram trocados por entradas valentes, posicionamento correcto e alívio quando tem de ser. Uma equipa forte atrás torna-se mais forte na frente.
 
Parece-me é que Oliver tem de jogar no meio nem que seja Herrera o sacrificado, até por continuar a gerir mal a bola (passe) como dantes, para ganharmos acutilância na ponta que hoje pareceu manca.
 
São ironias do futebol mas a sua verdade do campo é normalmente incontestável. O FC Porto tem mais futebol, o Lille sabia disso mas também está formatado para tal e queria o 0-0, simplesmente não sofrer golos. Não é que o FC Porto tenha criado muitas ocasiões, mas foi senhor do jogo e impôs a sua maneira e estilo, apesar de algum desnorte nos 5' finais em que geriu pior a bola e saídas mais concretas e definidas para o ataque, quiçá para ampliar a vantagem com o Lille já definitivamente apostado em atacar com os jovens e excelentes Ryan Mendes e Marcos Lopes.
 
É, vai ser um cabo dos trabalhos este FC Porto. Mas para os adversários. E isto ainda mal começou, há tanto por afinar mas já muito em produto acabado a que falta acrescentar valor e brilhar. Não tenho dúvidas disso. A entrada na Champions é uma formalidade agora, já que não antevejo o FC Porto dar hipóteses de contra-ataque ao LOSC no Dragão, apesar do equilíbrio notório que esta fase de apuramento tem revelado. E esta sucessão de jogos com graus de dificuldade e especificidades diferentes - agora impondo a cautela de gestão de um resultado em casa onde atacar não é mais a prioridade - ajudam a equipa a crescer. A sério. E com maturidade e classe que ainda não se vêem.

«O Porto está metido num cabo dos trabalhos»

Não custa repetir, a eliminatória com o Lille vai ser trabalhosa, eles não são brilhantes, muito menos famosos, mas trabalham e, assim, há que trabalhar mais do que eles.
 
De resto, há tanta paranoia sobre os "trabalhos" do "novo" FC Porto "de Lopetegui" e com "nova equipa" e "novos reforços" que a gente cansa.
 
Ao mesmo tempo, segue a paranoia da Segunda a Circular, com a Imprensa do regime a fazer o trabalho que lhe compete, não que seja competente, mas o que está no sangue e assim é que é.
 
A este respeito, Imprensa sabuja e de sarjeta, Pinto da Costa já desejou algo assim mas nunca conseguiu verdadeiramente. Quer dizer, em tempos, na aliança com o treinador Oliveira, teve de se esforçar a fundo, com o beneplácito do ex-treinador que era patrão de um jornal desportivo. O ex-director desse jornal, por sinal, está agora a comandar a tropa de me(r)dia do FC Porto e decerto não é por acaso. Resta saber se, depois do Torto Canal, o "novo director" no FC Porto conseguirá conteúdos múltiplos e de média ou multimédia para apagar a nódoa e pagar a factura. Certo é que até agora o Torto Canal nas mãos do FC Porto e sob supervisão de Pinto da Costa - ou acham que, como nas contratações e em particular no desastre da época passada a começar pelo treinador que é sempre privilégio de escolha do presidente como as moças novas do rei da Suazilândia, o Papa das Antas não vê e não sabe o que se passa, mesmo sem mudar o que seja como não mudou na época passada no futebol? - deu no que deu: nada.
 
Ah, a Imprensa do regime emociona-se quer com a redução salarial para acomodar Júlio César na Luz, esquecendo que a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, quer com a chegada do Nani.
 
Aqui sim, uma vitória sonante para o grunho do carvalho. O barbudo mas aparado fácies capilar faz lembrar a Conchita Wurtz que ganhou a Eurovisão. Era a mulher barbuda mas, verdade seja dita, tinha uma bela voz e cantava bem. Ora, o grunho do Carvalho esquenta-se com esta vitória de fazer regressar o Nani, uma vitória de Pirro. A não ser que arrebate o CR7 contra quem desejar o Slimani, o presidente ronco e bronco do Spórtem não enganaria ninguém mas pede meças à demagogia do rival da Segunda a Circular. E não é que, à boleia de pensarem que encaixaram 20ME por Rojo, os seus adeptos acarditam mesmo nisso e até o escrevem a letras gordas?
 
Estórias que têm barbas.
 
Quanto à Imprensa e a informação, é ler o livro sobre Edward Snowden "Sem Esconderijo" pelo homem que o entrevistou em Hong Kong e cujas imagens as tv's da parvalheira passaram sem contextualizarem, o jornalista do Guardian que foi publicando os elementos comprometedores e falsos da NSA americana e os pés de barro de Obama e a política de transparência e verdade que o fazem espiar todos os cidadãos americanos, who else?, e então perceberão, uns mais atrasados, o que é a Imprensa do regime e de sarjeta, mesmo a bem rotulada norte-americana. Basta ler as páginas 74 a 76 e o capítulo 4 para enquadrarmos o que é a Informação e a Imprensa hoje em dia.

19 agosto 2014

De St.-Étienne a Lille

Percebeu-se na apresentação do Dragão que o St.-Étienne estava mais adiantado na preparação e por acaso até lidera a Liga francesa. O embate com o Lille merece, pois, cautelas, mas não deixa de exigir ambição a um FC Porto que promete dar espectáculo esta época.
 
A Champions impõe outras responsabilidades e exigências. Intérpretes vários fizeram o que se viu há um ano com os resultados que se sabem.
 
Dois motivos mais para relembrar que não se deve atirar o passado para trás das costas. As lições ajudam-nos para o futuro. E os resultados desta noite na Europa mostram o nivelamento notável desta fase, mesmo que a fase de grupos traga depois a sua degola dos inocentes. Não há favoritos, pode haver equipas com mais pedigree, por tradição e por repetição de presenças.
 
Duas boas razões para testar o FC Porto: o que aprendeu do passado e o que nos pode definir mais no futuro. O jogo de amanhã dá na TVI que, por acaso, não acompanhei para saber como tratou a presença do FC Porto em Lille. A RTP, mesmo com um correspondente em Paris que faz o corta e cose trivial como qualquer Esteves Martins ou Cristina Esteves, voltou a tratar mal o FC Porto, relegando para 3º plano a equipa portugesa que amanhã joga na Champions.
 
O passado e o futuro jogam-se sempre no futebol. No seu tratamento também. Et pour cause... honny soit qui mal y pense.

18 agosto 2014

«De cabeça quente»

Foi uma frase e ideia repetida em curta entrevista de arrependimento, não sentido mas consentido e com o sentido de ser vendido mesmo, à força e à bruta, contra o bruto do carvalho.
 
Olhando para a 1ª jornada, tivemos Domingos a contestar a arbitragem em Vila do Conde, Petit a contestar a arbitragem em Braga apesar de o Vasco Santos portuense há muito ser reconhecido como sumamente incompetente, outro qualquer que já nem lembro a falar também de arbitragens...
 
Até o Jardim plantado no Mónaco fala de arbitragens más em França...
 
Tudo sublinhado a Rojo, de cabeça quente, com o apêndice leonino a tentar salvar a face contando com o beneplácito do Nani que, bem vistas as coisas, quer tanto os de Alvalade e mais um a "beijar o emblema" e "bater no peito", como antes dele Figo e Cristiano Ronaldo agora dado a banhos mais frios por estar na moda.
 
Razão tem o Enzo, a sair vagarosamente na Luz olhando malicioso para a bancada, em dizer que "Portugal é uma merda".
 
E vai embora como os outros, apesar das garantias do presidente que garantiu não ser o Besfica um elefante branco a cair de podre.
 
Começou bem mais quente do que o Agosto.

15 agosto 2014

Ainda em pré-época mas a crescer sempre

O golo do puto fez-me lembrar o que ficou marcado como o arranque do Penta.  Foi Rui Filipe em 1994, há 20 anos. Tenho ideia de ter sido também em pontape de ressaca mas Rui Filipe, que faleceria 15 dias depois, não era estreante como este Rúben Neves que teve o dream debut que qualquer puto deseja. Não sabemos se será o início de outro Penta mas ja fica na história como o golo mais jovem.
Há 20 anos o Penta arrancou com 5-0 ao Braga mas esta equipa actual está apenas em pré-época acelerada como se percebeu até pelas substituicoes. Mas foi bom r como com Robson há já a promessa de futebol ofensivo.  Pelo menos no Dragão os jogos serão de assalto à baliza. E o marítimo até esteve bem a defender pois ocupou o campo e pressionou alto. O FC Porto em rodagem acelerada não deixou r aumentou o ritmo.  Pena marcar de novo só a acabar. O jogo feito merecia mais e teve os predicados todos que apontei noo último amistoso.
Vi sempre os flancos com dois a atacar e o puto Oliver fez-me lembrar Diego chegado há 10 anos mas com mais resolucao e encostando a Jackson como um 10 deve fazer. Mesmo que tenha sido Tello a isolar Jackson para o golo da ordem.
Gostei muito e até Quaresma ficou sem ensejo de protagonismo e egoismo sendo dos que mais brilhou.

14 agosto 2014

«Portugal é uma merda» vê-se pela Segunda a Circular

Não sei se o que se passa na Segunda Circular afectará muito, pouco ou nada o campeonato prestes a arrancar. Mas parece palpitante, de resto na esteira da classificação final da época passada que a intelligentsia lisbonense saboreou avidamente.
 
Ao despachar Defour, que se julgava intocável por causa do Mundial e mal entrou lá saiu logo à patada, depois de deixar Carlos Eduardo fora da Champions como o último dos mohicanos ligadas à tragédia digna de "peles vermelhas" na época passada, o FC Porto corta pela raiz o mal de uma equipa má e que só podia durar um ano. Pagou o (des)treinador, pagaram os jogadores, os responsáveis máximos não pagaram. Meteram mãos à obra e mudaram o paradigma.
 
Decerto que só por isso o FC Porto parte mais favorito do que na época passada.
 
Claro que, como é da praxe, os favoritos são sempre os primeiros. O Besfica acima de todos e com mais um troféu enquanto o crédito durou e não se atira o bebé ganhador pela janela com a água do banho de euforia lavado na Imprensa capitolina. O Besporting prometeu lutar pelo título e não tem por que refutá-lo.
 
O que importa, então, no arranque do campeonato:
- que os dois primeiros venderam (um) ou não venderam (outro) mas até delapidaram?
- que o mercado tem sido grato ou ingrato?
- qual tem o banco bom ou o banco mau?
 
Não vou por aí.
 
Entre milhões para cima e milhões para baixo, o Besfica está para arrecadar mais um bocado e desfazer-se de mais uns bocados desportivos.
Mas o notável, uns anos depois de um tal Lovenkrands ter dito preferir ficar no Rangers de Glasgow do que ir para a Luz, é um desconhecido guarda-redes alemão de uma equipa destinada a lutar para não descer apesar da fugaz aparição europeia (Mainz eliminado pelo Asteras Trípoli), rejeitou o colosso encarnado para ficar no insosso clube de Magúncia.
 
Quanto ao novo sério e real e assumido candidato ao título, tem dois braços de ferro e ambos coraçõs de ouro para tratar.
 
Lembro os jogadores que beijam o emblema e batem com a mão no peito. Pois um quer sair abaixo da cláusula e outro não se importa de ir para o colosso Leicester que subiu e vai lutar para não descer na Premiership, destratando o clube de nível de Alvalade.
 
Slimani, muito melhor do que Defour no Mundial apesar de a Argélia ter perdido com a Bélgica, quer ir para Leicester, o clube onde se destacou Lineker no seu início.
 
Rojo, naturalmente, finalista do Mundial, quer os vermelhos de Manchester.
 
O que faz o chico-esperto com voz de bagaço?
 
Prende-os à cadeira, perdão, à cláusula.
 
O bronco do carvalho podia, não pedir um conselho a Pinto da Costa que há um ano destratou alarvemente, fazer uma negociata de mágica: em vez de ganhar 45ME por Rojo como se fosse James Rodriguez e 25ME por Slimani como se fosse Moutinho, vendia ambos os dois por 70ME não ao M. United, muito menos ao Leicester que não tem essa pasta, mas ao Mónaco, contentava Jardim e ria-se dos que não avaliam bem as pérolas do Alvalade.
 
Se não resultar sempre pode ir conversar para o carvalho se não lhe disserem que anda a falar muito.
 
Quanto a saídas iminentes, depois dos exemplos edificantes da Segunda Circular, convém fazer a vénia a Enzo Perez, na iminência da saída para o já conhecido Valência, o novo banco do Besfica.
"Portugal é uma merda". Nem mais.

12 agosto 2014

Ai as sensibilidades e as manchetes... os Vítores, a formação, os fundos e os Ma(n)galas

Leio que Vítor está para rescindir com o Sporting. O rumor já tem meses mas parece confirmar-se que mais um jovem está destinado a sair de Portugal, dizem que pode ir para o estrangeiro. Será porventura um dos da dita "melhor formação de sempre", quando se alude aos licenciados que, amiúde, são como professores in the making, cometendo erros de ortografia, de pontuação e até sintaxe. Bom, disto apanhei eu num alegado teste de "Português" num concurso público que o Estado anulou e assobia para o ar quando peço que me reembolse por despesas incorridas quando concorri a uma prova estúpida pela qual o Estado não assume responsabilidades.
 
O Vítor de que se fala, embora pouco e baixinho, é aquele que, à maneira do protetorado lisbonense para os seus emblemas de proximidade, o Rascord dizia há um ano, quando arribou desde Paços de Ferreira, ser um patrão (mais um) in the making, precisamente no seguimento de demonstrações que o jovem médio teria feito... num treino à porta fechada.
 
As sensibilidades tugas inflamam-se por pouco e por nada. Do Vítor nada mais se dirá, nem sobre o fracasso nem sobre a previsão de um "jornal generalista especializado em desporto" como passaram a rotular o pasquim que já foi o maior de Portugal, chutando a bola para canto. E Vítor, como muitos licenciados que deviam abençoar a oportunidade e deixar de lacrimejar com as saudades antes de partirem, vai para o estrangeiro porque, entretanto, mesmo incógnito, passou pelo Sporting. Citaria dezenas de exemplos iguais de quem nada mostrou mas "vai para o estrangeiro". Há aí um Vítor Gomes que andou pelos principais campeonatos europeus mas tem só o nível de Rio Ave de onde se lançou, ou lançaram bem, para uma Europa fora das suas capacidades. Ou o lateral-direito ex-Rio Ave que nem deu no FC Porto nem no Sporting e está no Lyon sem jogar nem mais nem menos do que jogava cá. Enfim, os Vítores de que se fala são os Manéis que o Jesus poria a jogar, claro, mas há Manéis e Manéis, como há formação e formação. Vai das sensibilidades dos treinadores, dos críticos, dos especialistas, dos criadores de mitos e fazedores de imagem.
 
Discutem-se as incidências financeiras do Bes, e do Besfica já agora, como as verbas das transferências. Mangala "vale" 30M por metade do passe ou "custa" isso na mesma proporção?
 
Com tantas tangas e entendidos de fio-dental que parece revelar muito mas continua a esconder o essencial, percebi que o tema Mangala entroncava nos Fundos e, daí, nos fundos sem fundos em que alguns se encontraram no fundo da história, veja-se o Stars Fund que será abruptamente descontinuado pela derrocada do Espírito Santo. Ou o Fundo do Vieirista ou o fundo do túnel em que se vê o Besfica seguir o caminho do abismo, graças ao mesmo pastor do rebanho, do Alverca ou Obriverca ou lá como se chamava.
 
Os fundos são um cancro que em Inglaterra não se aceita. Até aqui, ai que não podem acabar com os fundos que tanto fundo (financeiro) dão a clubes com falta de ar. Agora que foi preciso aclarar o fundo de que se revestia a partilha do Mangala, percebe-se a razão de ser de a Inglaterra não admitir fundos e coisas encobertas. Não há Lim da Indonésia que ponha lá o pé, nem Jorge Mendes que se atravesse. Para lá da Mancha, já lhes chega as nódoas very british, nada de importações em quem ostenta orgulhosamente a libre esterlina. Nunca percebi que, mesmo dando jeito a clubes aflitos ainda que campeões, se defendesse os fundos. Fundos são as traseiras de qualquer coisa e há que fazer luz sobre o assunto. Em Inglaterra o papel comercial nunca foi assinado por uma ministra das Finanças em prol de clubes nem se aceitam Op(a)s fictícias por putativos chineses. Só na informação condicionada, sub-reptícia e de directores de sub-informação é possível todas as manigâncias informativas adequadas e justas ao fato do fado tuga.
 
Aos que se preocupavam com o que o FC Porto gastava em jogadores emprestados (alguns), agora deve dar para discutir como se vende bem como sempre apesar do 3º lugar que devia envergonhar a SAD portista? São as sensibilidades, as manchetes, as manhas, os Vítores, os do Espírito Santo, os fundos e a falta de clareza. Todos a querem mas poucos lutam por ela.

Anda muita gente preocupada com o Tetra do Besfica. Porquê? É verdadeiro, ninguém ganhou o que o Besfica ganhou em 2014. A sério. Ninguém! E depois? Foi com o Rio Ave 3 vezes? E depois? Agora, quem assim vitoria os Vítores são os que dizem que o Porto foi campeão europeu com o Mónaco (kkkkkk!) e intercontinental com um onze das caldas (fffffff!). Pois, mas foi um Tetra que ninguém em Portugal consegui ou quiçá conseguirá. E no mundo há muito poucos assim.

Descansem a pássara, conselho a repartir pelas meninas da voz-off dos anúncios das cuecas do Ronaldo e dos abdominais do Ronaldo e dos bólides do Ronaldo. Afinal, o Verão está chocho, não dá para esquentar e o futebol mal começou. Vejo hoje a Supertaça que conta na Europa e 6ª feira o arranque do campeonato com o FC Porto das "compras sem vendas" ou "das vendas por valores que não se acreditam", do poço de petróleo ou do dinheiro em caixa sem vender ao desbarato.

Por falar nisso, por quanto é que o Rojo sairá?

11 agosto 2014

O radical de esquerda Pinto da Costa

O PCP defendia a "nacionalização" do BES - como sempre foi sua "política" original "nacionalizar" tudo, incluindo os cidadãos a servirem o seu poder indiscutível - antes de a "solução" encontrada para o BES ser considerada, pelo PCP, um "fardo para os contribuintes".
 
Li no sábado no JN uma opinião de Pinto da Costa que, como qualquer outra, vale o que vale mas resume-se a um axioma da esquerda radical ou esquerdina baixa: "com este Governo e este governador do BdP a melhor solução era nacionalizar o BES", disse Pinto da Costa.
 
Não sei porquê, se por um passado obscuro de militante esquerdista fora das suas inúmeras autobiografias, se por um aproveitamento in illo tempore da "nacionalização" do Teatro S. João, se, quiçá, por fim ou talvez longe disso porque as estratégias nunca são descortinadas quando se anuncia qualquer coisa, espera Pinto da Costa uma "nacionalização" geral da banca que tire os clubes de futebol, retidos nos bancos depois de tantas prebendas do Estado totalitário capaz dessas benesses, da ruína financeira e do descrédito a par da banca propriamente dita - mas Pinto da Costa saiu da casca.
 
Também não percebi a inclusão de Pinto da Costa num lote de opinionistas de nível académico, mas lembrei-me da eleição, discricionária à moda marxista-leninista, de um conjunto de sábios que o ex-director do JN procedeu aqui há tempos. Por sinal, nenhum dos académicos, creio que 8, citados defendeu ou sugeriu uma "nacionalização". Será Pinto da Costa um acionista ferido do BES?
 
Pode ser que favor com favor se pague e o ex-director do JN apareça em breve no universo administrativo do FC Porto. Ou, helàs, um voto pronunciado à esquerda - de resto em tempos anunciado com o apoio a candidatos do PS à Câmara do Porto, fossem portistas como Elisa Ferreira ou nem isso como o Xico Assis, apesar dos votos de não politização do FC Porto - com a integração de Fernando Gomes na SAD com a pasta das Finanças (na saída de Angelino Ferreira), possa servir para tirar dividendos de uma previsível ascensão do PS ao poder para compensar os amigos, seja o "amigo Joaquim" ou "o amigo de Paris" como Sócrates se sugeriu a Ricciardi para um conselho de Espírito Santo de orelha com o primo Salgado.
 
Não falemos de promiscuidades.
 
A moral é sempre a mesma: quando toca a dinheiro há muita gente escondida. E a prudência manda que não se confie em ninguém, nem para dinheiro nem por opiniões aparentemente desinteressadas. A surpresa pela adopção de uma opção de "nacionalização" não pode ser casual, como não é académica, não é suportada por factos históricos que a justificaram no passado a não ser pelos histéricos que a admitem e não é sensata nem à luz do PREC cujo 40º aniversário muito animará o rectângulo em 2015.