31 outubro 2014

Jesus não ganha jogos «grandes»?

Mesmo muitos dos pequenos, num campeonato limpinho, limpinho, seria caso para ver: agora foi o Rio Ave, depois de Boavista, Estoril, Setúbal, Moreirense...

O Benfas estava à rasca?, perguntava eu, dando a resposta: O Mota leva a sua equipa!

Socialismo e benfiquismo a par no dia de Halloween.
Uns pedem pelo Sócrates.
Outros pelo Salazar!

Depois das três (3) finais ganhas ao Rio Ave, mais uma graças ao Manuel Mota, o talhante de Vila Verde.

Ah, mas os impolutos pasquins da parvónia vão denunciar tudo em coro: UM ROUBO! MAIS UM!

30 outubro 2014

A retoma... do plano inclinado

É curioso saber isto quando se inicia a discussão do OE2015 na AR e vemos a tralha socialista falar do País Cor de Rosa que criaram e afundaram, pela voz "so to speak" do inenarrável Ferro Rodrigues que devia impor recato às criancinhas...
 
Passámos os anos da Troika - cujo dinheiro serviu para pagar os salários de quem protestava contra a Troika, pois não serviu para ajudar os privados, os desempregados, os pensionistas e reformados que se solidarizaram com o sorvedouro financeiro do Estado que ainda hoje nos dá greves na TAP e no Metro de Lisboa, este porque os trabalhadores estão "contra a privatização" - o "Vamos ser como a Grécia", a "Espiral Recessiva", o "2º Resgate", uma "Assistência Financeira" que seria um 2º Resgate. As coisas aparentam não estarem melhores, mas pelo menos deixaram de piorar.
 
Talvez por acreditar na retoma, Pinto da Costa e seus pares aumentam-se como capitalistas de empresa de sucesso que atingiu os seus piores resultados desportivos e financeiros em 30 anos. Não por acaso da ironia do destino, a Gala dos Dragões de Ouro revelou, no tal País que se habituou ao Cor de Rosa, que a mulher do presidente portista gosta de marcas caras e ostentou um vestido de uma coisa desse calibre.
 
Mas por muito que se vislumbre a retoma, ela dificilmente chegará aos jornais descredibilizados, os preguiçosos, ronceiros/chocarreiros e amadores que Passos Coelho apontou no fds.
 
As vendas já caem em todos os jornais, mesmo o CM que evita citar a sua queda de Janeiro a Agosto comparando com o período homólogo de 2013. Mesmo que o CM se gabe de aumentar a quota de mercado: 46 em cada 100 tugas lêem o CM.
 
Mas o CM dá-nos os dados completos da APCT. O JN já vende metade do CM (52 mil contra 104 mil), este já vendeu 123 mil há uns anos socráticos atrás...
 
Da mesma forma, há muitos, muitos anos, o Record vendia 123 mil diários. Agora, vai nos 44608 (Jan-Ago), uma subida face a Jan-Jun (42 156), mas uma queda face a 2013.
 
Já aqui falei de como o Glorigozo que só perde faz vender mais do que o alegado Glorioso que ganha 3 finais ao Rio Ave.
 
Fiquem com os números de Janeiro-Agosto e percentagem face ao ano anterior):
2011 - 58 894 (-13,7%)
2012 - 54 649 (-12,2%)
2013 - 48 574 (-11,2%)
2014 - 44 608 (-08,2%)
 
O declive é tão acentuado que não fará a reversão no futuro, por muitas capas ridículas que façam como a do Slimani a marcar pela Argélia de pé quente e o Brahimi, que marcou primeiro e lhe deu uma assistência depois, seja relegado para uma irrelevância que mal se notava.
 
Mesmo que não queiram evitar continuar, a realidade que puxa para baixo é inexorável. So long, suckers!

EM TEMPO: parece que o Rascord meteu de novo o pé na poça em que chapinha há anos e o FC Porto fala de má-fé e de forma sistemática. Nem é notícia...

29 outubro 2014

28 outubro 2014

«Inadmissível» seria até a defesa do Sporting no TAS, fosse devidamente condenado à despromoção

Palavra chocante e definitiva: inadmissível. Tem um sentido jurídico, que remete para uma queixa ou causa não poder ser admitida de per si por não ter pernas para andar, expondo ao ridículo o queixoso ou demandante. E é um adjectivo, chamando totós a quem quer à força derrubar uma parede, leia-se regulamentação que no caso do Sporting protestar o jogo com o Schalke estava obviamente condenada ao fracasso. Inadmissível é indicativo de que não se pode tolerar: conclusão da UEFA como espelho do que é o presidente dos viscondes falidos que ficam a porta de uma corte onde há regras e onde o direito nibiliárquico não conta.
 
É isto o que representa, entre a "chanfradice" e o Orgulhosamente Sós salazarento o Sporting Clube de Portugal ou da Pasmaceira e Pesporrência.
 
Ou, o que nos remete para os "Fundos russos" antes preconizados pelo grunho do carvalho, Sporting Clube Piramidal? Ainda na semana passada a RTP passou uma reportagem com um parceiro leonino de duvidosa aparência...
 
Mas o grunho do carvalho quer é que falem dele, nem que seja para dizer mal. Ele diz mal de toda a gente. Portanto, anda na crista da onda. Pobre diabo, pascácio com trejeito de bêbado mas muito adulado pela turba do verde e branco.
 
É uma pena que, para já, o Sporting não seja, por outro lado, condenado na sequência da condenação do seu ex-vice-.presidente numa instância desportiva. Por outras regras e com enorme alarida e alarme social até, uma punição destas implicaria o clube. Por muito menos o Boavista foi condenado à despromoção. E ao FC Porto sacaram-lhe 6 pontos que um dia terão de ser devolvidos, porventura, face à despenalização, consagrada em todas as instâncias jurídicas, do castigo imposto a Pinto da Costa.
 
Então, um dirigente condenado não leva em consequência a uma condenação do seu clube pelo qual orquestrou uma manobra de corrupção, coacção ou tentativa de suborno?
 
Imaginemos que depois de tantos recursos e esquemas jurídicos o Sporting usaria o recurso ao TAS como última entidade a dirimir o conflito na área desportiva.
 
Tenho a certeza absoluta que a condenação seria confirmada no TAS, porque contra factos não há argumentos.

Dirigente de clube condenado não condena clube?

Desculpem a oportunidade e a própria pergunta, mas creio ter ouvido durante o fds, que passei fora, algo sobre uma condenação, desportiva, de Paulo Pereira Cristóvão, já não sei bem mas creio que de 15 meses, tudo ainda relacionado com o depósito em dinheiro de 2 ou 3 mil euros na conta do árbitro-assistente Cardinal antes de um Marítimo-Sporting.
 
Então, perdoando a ignorância do macaco, um castigo a dirigente de clube não arrasta, agora, penalização para o clube?
 
Ou o clube dos viscondes é como o banco do Espírito Santo? No pasa nada? Não há castigo para mais ninguém e o ex-dirigente foi só um mexilhão?
 
Devo ter apanhado sol a mais, mas juro que ouvi falar disso, penso que no sábado, embora as capas dos pasquins desportivos de domingo nada trouxessem sobre a matéria.
 
Queima o assunto?
Não há comentadores sobre o mesmo?
Nenhum expert em Direito Desportivo deu uma achega?
Algum director de sub-informação e pseudo-informação fez editorial sobre o caso?
 
Ou anda tudo com o rabinho entre as pernas ou quiçá alguma perna metida no rabinho?

E quase aposto que não foi levado a debate nos programas da treta, ou porque os editores e moderadores passaram ao lado ou porque nenhum dos paineleiros rivais espicaçaram o Sporting abençoado por uma estranha Justiça Desportiva que tanto apregoam como intransigentes defensores preconizando punições a terceiros.

À boa maneira tuga.

De tal maneira (tuga) que há gente que convida gente. Estou a imaginar o director de O Jogo refastelado a ver ao vivo os Dragões de Ouro ontem à noite ou a SAD portista a convidar mais um ministro afecto ao Sporting para mostrar como o futebol une coisas aparentemente incompatíveis.

E se nos blogs leoninos, piu, piu, assobiar para o ar, na bluegosfera nada vi, ou não se deu por ela ou apanhei uma informação desacreditada, deve ser isso.

E, contudo, a verdade é como o azeite. Há é azeiteiros que escorregam muito facilmente nas esparrelas da vida coerente, firme e capaz.

27 outubro 2014

Em O Jogo 2-1 não é o mesmo que 2-1 a lançar penáltis para a capa

Aqui há dias comentei, do Porto-Braga, que achava ridículo O Jogo meter na capa que tinha ficado um penálti por marcar a favor do Braga, no último minuto, e que poderia ditar empate (2-2) no resultado. Ficou a sensação de o FC Porto ter sido beneficiado por Pedro Proença. Ora, eu achei e acho que não foi penálti o pretenso derrube de Martins Indi a um bracarense que simplesmente tentou sacar dali alguma coisa pois a jogada estava perdida e não há como tentar.
 
Ao invés, para mim seria muito mais penálti o derrube a Alex Sandro na 1ª parte, mas o árbitro considerou simulação e deu amarelo ao portista que foi mesmo tocado, na área, pelo defesa bracarense.
 
No final, como se recorda, Sérgio Conceição queixou-se de um penálti por assinalar a seu favor.
 
Ninguém lhe perguntou se não teria achado penálti o lance do Alex Sandro, mas isto é assim...
 
Em O Jogo, depois, verifiquei que, apesar do destaque da capa sobre o penálti para o Braga que ficou por assinalar, havia o penálti do Alex Sandro em consideração no Tribunal de O Jogo, o painel de 3 ex-árbitros que dizem tudo e o seu contrário. Nunca fiz disso cavalo de batalha, até por normalmente não acompanhar a página e nunca ligar ao que os árbitros, ou comentadores quaisquer, acham disto e daquilo. Formo a minha opinião e não preciso de muletas nem de apitos.
 
Desse aspecto de livrar os jornalistas do incómodo de darem a sua opinião, que a dão por tudo e por nada e normalmente por nada e por tudo encolhem o olhinho do cu com medo das reacções negativas, digo e mantenho que é uma bizantinice de retirar o ónus aos jornalistas. Não sei se se dão bem com isso, mas é problema deles, de cada um e de todos no mesmo barco.
 
Agora, para o Braga-Benfica, há destaque na capa de O Jogo, que vi esta tarde, de um penálti por marcar para cada lado. E como se chega a essa conclusão? Pois bem, o tal tribunal de ex-árbitros que dão conta da sua incapacidade de verem melhor na tv do que viam, normalmente mal, no campo quando apitavam, diz-nos que há 3 votos a favor de um penálto a favor do Braga - claro derrube de Eliseu a Pardo, que qualquer árbitro-assistente deveria ver à sua frente mas o parolo que por lá estaria não quis envergonhar o mau chefe de equipa que passou o jogo a assobiar para o ar -, enquanto o penálti a favor do Benfica - claro agarrão/placagem a Gaitan, mas num lance mais difícil de ver pelo aglomerado de jogadores na sequência de um canto ou livre - tinha 2 votos a favor e 1 contra.
 
Ora, com 2-1 a favor do penálti para o Benfica, lá apareceu na capa o penálti para o Benfica.
 
Tão diferente do 2-1 a favor do penálti sobre Alex Sandro mas que O Jogo não levou à capa.
 
Como diria um antigo dirigente do futebol, olhem, para escrever isso no jornal mais valia servirem-se do jornal para limpar o cu que deve estar sujo para não verem a merda que fazem!

Já quanto a Jorge Jesus reclamar do penálti a favor da sua equipa, também ninguém lhe perguntou se não tinha visto o penálti sobre Pardo, mas isto é assim.

Já quanto ao 2º penálti sobre Pardo, há de facto falta, mas também a jogada nasceu de um fora-de-jogo não assinalado.

Estupidamente, O Jogo e os 3 árbitros aceitam comentar um lance (penálti por falta de Lisandro Lopez na área) precedido de irregularidade e que, por isso, devia simplesmente ter ficado pela génese da jogada.

Como diria Raul Águas, uma vez a desabafar sobre o "golo da jornada" no tempo do saudoso "Domingo Desportivo", quem elege melhor golo da jornada um canto directo não é capaz de escolher melhor.

O Jogo também não. A imbecilidade da exploração, sem coerência nem respeito pelas regras do jogo, dos lances no Tribunal da Treta está assim demonstrada por si.

I rest my case.

26 outubro 2014

Ok, tiveram o prémio de aproximação mas agora joguem e calem-se

Vinha a reparar há uns dias, já este mês, que alguma ansiedade dos jogadores portistas face à classificação levava-os a falar do desejo de uma escorregadela do Benfica para encurtarem distâncias para o 1º lugar.
 
Parece que as preces foram ouvidas. Só agora soube que o Benfica perdeu em Braga e não faço ideia do que se passou, estou a zero para além de saber do 2-1 final.
 
Por acaso passei ao lado da Pedreira eram umas 20.25h, perto do início do desafio. Já não havia trânsito mas a via rápida Braga-Vila Verde estava bem preenchida com carros estacionados na berma, tolerâncias dos jogos da bola. Ou seja, tudo indicava que o Benfica ia... "encostar".
 
Agora alguém diga aos jogadores do FC Porto para pensarem em jogar bem, ganhar melhor e saltar em brave para a liderança, pois têm categoria para isso. É estúpido estar ansioso a olhar para a classificação em Outubro. O FC Porto, matematicamente, ainda dependia de si para ser campeão e a Liga esta época comporta 34 jornadas, ainda nem passou 1/3. Mas o terço deu para rezar e Jesus ajoelhar. Foi como ter o prémio de aproximação à Lotaria, numa altura em que anda tanta gente preocupada com o Euromilionário que não aparece e todos dão conta que seja português mas pode nem ser face à fronteira ali perto de Castelo Branco.
 
Com a demonstração de força e classe do FC Porto, sim mesmo em Arouca onde na época passada ganhou 3-1 por esta altura mas mal dominando o jogo e deixando largos períodos para os locais que ainda reduziram (1-2) antes da estocada final creio que de Quintero, é boa altura para mostrar galões. Mas convém deixar de pensar nos outros e fazer o vosso/nosso trabalho.

25 outubro 2014

Ninguém roía na pele de Lopetegui por causa da rotação?

Houve apenas uma mexida face ao onze na Champions e pode ter servido para os fanáticos da crítica lembrarem que não se deve mexer no onze que vence: Marcano, bem, no lugar de Maicon, mal nos últimos jogos. Porém, com 3-0 ao intervalo em Arouca, eu perguntava-me quando é que o técnico começava a dar minutos aos menos utilizados? Ainda demorou 15 minutos a meter Quaresma por Tello e este teve tempo para uma preciosa assistência para Jackson fazer o seu segundo e o 4-0. Ou seja, tarde e a más horas, JL iniciava a rotação. Ainda entraram Aboubakar por Jackson, fazendo o 5-0, e Adrian Lopez também foi a jogo, precisamente todas as unidades ofensivas da múltipla capacidade de usar o potencial do plantel à disposição.
 
Curiosamente, a rotação parecia não fazer parte das conversas da treta nos relatos da tv e da rádio, que fui ouvindo aqui e ali. Entraram pela curiosa questão da eficácia, como se o FC Porto tivesse concretizado as cinco ocasiões de golo criadas. Primeiro, foram mesmo criadas e não oferecidas ou por azar do adversário; segundo, podiam ter sido 9 ou 10 golos, num jogo bem conseguido em que os médios fizeram jogo entre linhas com Quintero endiabrado a abrir jogo e o marcador. Brahimi e Tello tanto jogavam na largura como pelo meio e o jogo pareceu fácil como o 5-0 indica. E de tal forma que pareceu que o Arouca não constituiu obstáculo e que o FC Porto não obteve uma goleada, palavrão fora de moda de tal forma nunca usada pelas abencerragens da SportTV.
 
Calhou talvez o FC Porto fazer a sua segunda grande goleada da época por o adversário vestir de amarelo, como o BATE que levou 6-0 na Champions. Mas a equipa vai entrosando processos, a defesa deu menos baldas (Maicon pode ter aprendido alguma coisa no banco), Casemiro deu menos lenha e jogou mais a bola até marcar de cabeça, enfim foi um jogo sem sobressaltos mas acima de tudo bem conseguido.
 
E os que não viram que foi pela ineficácia, defensiva e ofensiva, frente ao Sporting que a eliminação da Taça aconteceu como um bambúrrio, agora tinham de puxar a sardinha para essa brasa de forma a não se encontrar mérito no "folgado" e "tranquilo" (SportTV dixit) conseguido.

Lisboa chora prà Europa os outros choram em Portugal

Depois do choradinho lisbonense por causa dos árbitros europeus, volta a Liga tuga onde esta época tem servido para tantas equipas chorarem os árbitros da parvónia que levam os clubes de Lisboa ao colo.
 Lopetegui, como se sabe, entre outros epítetos, já foi chamado de "o chorão". E outros se lhe seguem...

Foi comovente ouvir de novo Jorge Jesus, tal como em Leverkusen, dizer que o Benfica "está condicionado pelos árbitros" na Champions. Pudera, faltas como a de Lisandro Lopez não dão vermelho em Portugal e quiçá a expulsão de Artur com o Zenit não teria acontecido com um qualquer Vasco Santos ou Luís Ferreira, para não falar dos penáltis não assinalados contra o Benfica.
 
 
De resto, num dia Jesus solidariza-se com o Sporting, cujo Mau Vício vai no seguimento da impunidade encarnada na Liga tuga. E quanto a mãos na bola ou bolas na mão, o Sporting já tem a sua conta de benevolências arbitrais nos dois jogos já realizados com o FC Porto. Coincidentemente, nem Maurício em Alvalade para a Liga nem Jonathan Silva no Dragão para a Taça de Portugal tiveram o "rigor" de que os de Campo Grande se queixam.
 
E, helàs, ontem já vinha o grunho do carvalho solidarizar-se com o grunho do Alto dos Moinhos, apesar da memória viva do "limpinho, limpinho" que põe a fronteira nalgum lado essencial. Mas há sportinguistas que percebem a diferença entre nacional e internacional...
 
Esta jornada europeia foi mais do mesmo nos resultados mas ainda pior na imagem e no discurso: a culminar, a ironia de um penálti-fantasma a favor do Estoril contra o protectorado russo do Dínamo de Moscovo. Foi você que falou em aberração?

Saberá Jesus o que é uma entrada para expulsão? Não, em Portugal desconhece, entradas como a de Lisandro Lopez a Moutinho já se viu, directo às pernas e sem ver a bola, de Maxi Pereira a Moutinho no Benfica-Porto em que o "João pode vir o João! Ferreira viu impávido a agressão brutal junto à linha lateral. Ouvir estas coisas da parte de benfas é como escutar o Vasco Santana, na chamada "Canção de Lisboa", a falar com e como um lampião.

Na Europa, pela 3ª jornada de grupos, voltou a ver-se quem vence: salvo o Estoril com o Panathinaikos, mas nenhuma equipa além do FC Porto ganhou um jogo na Champions ou Europa League. E vamos já em 15 jogos, 3 vitórias no total, 2 delas portistas.

Deve ser isso o que o Calimero-mor quer dizer sobre os feitos internacionais do Sporting que elevam o nome de Portugal na Europa: só se for cobrir-se de ridículo com um protesto estapafúrdio digno de ignorantes que são por ser a estreia internacional deste espalhafatoso grunho do carvalho.

A Liga tuga vai retomar na senda do proteccionismo arbitral aos clubes de Lisboa no pouco que já vai de temporada doméstica com os seus mamarrachos e bochechos. Para um interessante Sporting-Marítimo o vi-te ó Pereira, sócio leonino, nomeou um tenrinho de quem nunca se ouviu falar. Assim a arbitragem está bem e de resto o documento estruturante que o Sporting diz que ninguém ligou - por só ter coisas impraticáveis como sorteio dos árbitros reprovado por UEFA/FIFA - deveria apontar nesse sentido: tudo controlado em Lisboa. Mas não é assim há vários anos? Ou só porque haverá um duque na Liga, no Porto, alguma coisa muda nos naips de barões e viscondes da capitolina capital centralista?
 
Daí que seja este o fim-de-semana oportuno para ver quem perderá a vontade de chorar que já tiveram Estoril, Moreirense, FC Porto, Boavista, V. Setúbal e por aí fora. Tudo por decisões de arbitragem que os desfavoreceram. Imagine-se contra quem...

De resto, enfim, a choradeira é um fado português...

24 outubro 2014

Contas ao Mundial e patrocinadores

O FC Porto (SAD) apresentou 40ME de prejuízo na época finda. Uma catástrofe financeira decorrente da tragédia desportiva, a primeira era esperada em consequência da antevisão lúcida do que seria a segunda. Há sempre coisas que não lembram ao diabo e se pensavam arredias do Dragão mas, sem querer alongar-me nos comentários às contas, do que só tenho preparação básica, reporto três pontos importantes a reter do balanço geral enquanto apreciação desapaixonada mas objectiva:
- inexplicavelmente, a Administração ganhou mais dinheiro comparativamente à época anterior; não importa se Pinto da Costa recebeu mais de 800 mil euros brutos e a Administração custou mais de 2ME; sem se saber porquê, num ano de vacas magras em que a folha salarial decresceu, e sem ter de pagar prémios por objectivos pois foi tudo falhado, parece que PdC e seus pares lucraram com a coisa: se não é a quadratura do ciclo, está realmente uma conta de soma incógnita o que não é bom;
- entretanto, pensando-se que era boa a aposta em internacionais para quem a presença em Mundiais e Europeus potencia os activos que são os jogadores, o novo administrador financeiro Fernando Gomes vem queixar-se... do Mundial: porque ocorreu e porque só depois dele se venderam Fernando e Mangala, custando a crer que de tão falados antes não tenham sido vendidos antes também da epopeia do Brasil que nem implicou o brasileiro; ora, por exemplo, o Real Madrid só comprou James Rodriguez depois do Mundial onde foi o melhor marcador e um dos melhores jogadores, mas isso compreende-se; já não se entende o desabafo de Fernando Gomes a não ser na óptica de justificar um catastrófico ano financeiro porque as vendas posteriores ao Mundial atenuariam as contas negativas e, que chatice, esse dinheiro só esta época entrará nas contas, o que não deixa de ser desculpa de "mau pagador";
- de igual modo, parece bastante antipática a alusão à perda de patrocínios de BES e PT, previstos para o fim desta época; para já, eu gostaria de saber como se continuará a publicitar uma marca (BES) que já nem existe): não se podia alterar aquilo para o Novo Banco ou o BES dos patrocínios está no "Banco Mau"?; mas a queixa da perda de patrocínios é esquizofrénica, pois há vários meses para encontrar dois novos patrocinadores, incluindo para o "naming" das bancadas relacionadas com a PT. Uma marca como a do FC Porto está angustiada por ter nove ou 10 meses (isto nem é de agora...) para encontrar novos parceiros comerciais?
 
E é assim que de contas más se somam explicações pouco recomendáveis como se o mundo acabasse agora e os novos responsáveis não encontrassem soluções - uma ideia que vai ganhando raízes num clube empresa que tem mostrado poucas soluções alternativas e isso não abona nada nem os responsáveis, nem a marca nem as contas tão más apresentadas e que deviam trazer de imediato não lamentos mas acções concretas.
 
É por isso que quando se registam prejuízos desta envergadura nunca são os números, já previstos, que preocupam, mas a ausência de rumo e carência de ideias. Para gente tão bem paga - quase 90 mil euros em 3 meses para o próprio novo administrador financeiro, 30 mil mensais que nem no Governo socialista Fernando Gomes receberia enquanto ministro - é de esperar muito mais. Desportivamente e em gestão económica. Este é o desastre.

23 outubro 2014

Andou o FC Porto a esfalfar-se no sábado...

Criando ocasiões, em barda, de bola corrida, recupero facilmente:
1) Adrián Lopez isolado acerta em Patrício
2) Adrián Lopez ia isolar-se mas inventam, palavra da moda entre fantasma e arbitragem tendenciosa, um fora-de-jogo inexistente
3) Jackson isola-se e faz 1-1
4) Marcano cabeceia, é um autêntico penálti de cabeça, mas Patrício dá uma palmada necessária porque a bola calhou ir direita a ele - um lance de quase golo mas numa bola parada (canto)
 
Isto só em situações de golo iminente e sem oposição; haveria outros lances perigosos, mas era areia a a mais para a camioneta de entendidos...
 
Ora, ao Schalke não foi preciso jogar bem:
a) bastou que um árbitro amarelasse devidamente entradas perigosas e em 12 ou 13 minutos expulsou um reincidente por Mau Vício
b) aproveitou lances de bola parada e assim fez 3 golos: dois livres laterais e um penálti
c) podia ter marcado mais um, mas perdoaram um penálti de Nani
 
Ou seja, tudo somado, a "boa defesa" do Spórtem que foi comida na profundidade ante o FC Porto que terá tido "buracos defensivos", saiu-se maravilhosamente do Dragão; mas conseguiu ser batida em dois livres laterais com apenas um adversário entre vários defesas frente à baliza.
 
Nada disto transpareceu dos recentes jogos do Spórtem, especialmente na vitória de "classe" no Dragão; a Imprensa, dita Desportiva q.b., anda aí a espalhar sofismas e captar leitores ignaros tanto quanto os pasquineiros de serviço.
 
Entretanto, de volta ao Dragão assobiador, o FC Porto só marcou um golo a jogar pelo meio, criando dois lances de golo a Jackson (demora a rematar e a rematar mal em cada caso) mas em jogadas partindo dos corredores de onde, como uma seta mas com sorte, Quaresma marcou a vitória e aconchegou o ego da pasquinagem de serviço e dos controladores opinativos à distância que manipulam os cordelinhos nas editorias, vidé tv's e replays.
 
Parece que é com Quaresma - que os próprios pasquineiros e opinadores reprovaram em Lille e justificaram o castigo alongado - que se ganha.
 
Quando dirão que será sem Maicon e sem Casemiro, com inteligência para jogar sem risco nos passes indevidos em zonas proibitvas, jogando pelo seguro como o Spórtem - ou como quando jogava sob o comando de Vítor Pereira, já para não falar de outro ostracizado Jesualdo -, com a qualidade intacta que tem na frente, e as alternativas para tudo e alguma coisa, o FC Porto será o que se espera a confirmar o seu potencial. Dominador.
 
Até lá, mais do que os devaneios de Lopetegui, viverá sob a ameaça dos talibãs da Imprensa que agora elegeram o ayatollah Quaresma, vulgo cigano e tatuado com versículos de um qualquer Corão, para levarem a sua revolução avante. Camaradas, para a frente é o caminho e a luta fica para lá do abismo do absurdo.

Entretanto, na formação de talentos...

Depois de levar 5-0 em casa da parte do Chelsea, houve mais 3-0 na casa do Schalke.
O FC Porto lidera o seu grupo na Youth League.
Mas a tónica da formação, como antigamente na equipa mais jovem, está no Spórtem.
Como convém à propaganda norte-coreana, não se fala disso que não interessa.

22 outubro 2014

O exemplo de Marco Silva e o da Imprensa norte-coreana

Foi só há pouco mais de um ano o Estoril-FC Porto (2-2) e ainda estou a ver a reacção colérica e desrespeitosa de Marco Silva face ao banco portista. Vai fazer em Janeiro três anos um Gil Vicente-FC Porto (3-1), a única derrota, como um (Bruno) Caixão, no percurso de Vítor Pereira na Liga tuga. Lembro, para terminar, que os treinadores beneficiados, um deles hoje a falar de casos de arbitragem como nunca quis falar e agora não acerta um, rejeitaram influências de árbitros nos resultados aludidos. O recente V. Guimarães-FC Porto (1-1), outro caso em que o fantasma da arbitragem foi devidamente exorcizado, está tão presente que nem fale a pena falar.
 
Diferente também foi a postura dos jornais de Pyongyang, a notória capital da sub-informação e pseudo-informação norte-coreana. E não só a escrita é posta em dia: ouvi de tudo na rádio ontem à noite, mas nada do que a seguir segue do que vi posteriormente na tv.
 
O frango do Patrício, inaudível nas ondas hertzianas, foi culpa do árbitro; as duas faltas (uma até no meio campo do Schalke, a outra do meio para cima das costas de um pobre coitado) para amarelo do Mau Vício Maurício foram culpa do Huntelaar que devia aguentar com as cargas ilegais que as equipas de Pyongyang beneficiam com a complacência de árbitros do regime Juche mas anunciavam que o amarelo fatídico não era justo; o golo regular, ilegal na rádio, de Huntelaar só questionável por quem usa as Leis do Jogo para seu benefício apenas - tudo boas decisões de arbitragem que estão em causa não se sabe bem porquê a não ser porque sim.
 
Fala-se de um penálti-fantasma, como se no regime Juche não existissem factos sinistros e fantasmas divertidos para congregar as almas puras e a ilusão de óptica não fosse sequer superada pela ilusão de uma construção utópica realisticamente depauperada mas que a propaganda trata de mascarar da melhor maneira.

Mas qual penálti-fantasma? Bola na mão ou na cara? É difícil visualizar em tempo real, mas no sábado o mesmo Jonathan Silva interveio num lance em que não foi difícil descortinar que houve mão e não houve cara!

Não deve ser a indignação pelo penálti por marcar por falta de Nani - esta nunca ouvi, e só de madrugada vi num resumo fora de horas para não se perceber a realidade e todos dormirem o sono dos justos. Por muito menos foi expulso no M. United frente ao Real Madrid ainda há duas épocas.

Como dizia ontem, é uma chatice. Mas compõe-se com uns floreados, uma cara na capa como se fosse um pedófilo e um grito de caserna para os Casuals se unirem. Estão bem assim e não podia ser de outra maneira.

Quanto aos norte-coreanos, não fui eu que inventei e não sou potencial refugiado...

21 outubro 2014

Sempre a dar borlas, até as vitórias são caras

O FC  Porto poderia fazer jogos brilhantes, mas sem dar borlas e golos aos adversários nunca seria a mesma coisa. Mais um golo estúpido a perturbar a equipa e a manchar uma exibição até ali brilhante, não fosse dar-se ainda o caso de se desperdiçarem soberanas oportunidades de golo. Vá lá que estas não pesaram tanto, como no sábado, e a oferta permitida e já de catálogo também não estragou completamente o plano, mas a verdade é que o 1-1 consentido voltou a perturbar a equipa em sério risco de se desintegrar. Quaresma salvou a noite em que Jackson voltou a falhar clamorosamente, agora dois "penáltis" a menos de 11 metros da baliza, num executando lento para permitir um corte e no outro abrindo o espaço frontal à baliza para errar o remate.
 
Basicamente foi isto, porque com incidências deste tipo torna-se exasperante falar do futebol portista tão marcado por golos falhados e golos oferecidos. Não foi, de novo, problema de rotação, nem de sistema, nem de falta de entrega, foi falta de maturidade, falta de frieza, falta de eficácia porque, para desespero de todos, parecer ter de ser assim que nos despertam, estas infantilidades que não vemos no Bayern (7-1 à Roma a fazer de Brasil em casa) ou Chelsea, ou mesmo Shakhtar (7-0 em Borisov).
 
Também não creio que esta demonstração, para o bem e para o mal, da equipa de Lopetegui afaste os críticos crónicos dos preconceitos do costume sem perceberem a realidade e dores de crescimento de uma equipa que dá tudo, incluindo dar abébias aos adversários. Mas lá vai ela na liderança do grupo, o que não significa nada, pois se o Athletic vencer os 3 jogos da 2ª volta fica na luta (fará 10 pontos) e a vantagem é que nessas condições afastaria o Shakhtar do apuramento que está a sorrir aos Dragões mas ainda exigirá pontos nas duas deslocações que tem agora a Bilbau e a Borisov.
 
Talvez a equipa sossegue agora um pouco e a rotação de jogadores siga o seu caminho que parece sem retorno segundo o bloco de notas de JL. A equipa fez uma 1ª parte excelente mas qualquer erro próprio a deita abaixo, sintomas de qualidade indiscutível que tem em si e da imaturidade reinante também. Hoje quando muito ficou exposta a pouca fiabilidade de Casemiro a 6, lento a abordar o passe de Herrera que também não primou pela qualidade e de novo a falta de maleabilidade de Maicon, outra vez entortado na área no lance do 1-1.
 
A falta de qualidade na finalização é mais preocupante ainda. Porque se no sábado as ocasiões soberanas fossem convertidas não ocorreriam os erros defensivos, pois a vantagem no marcador propicia sempre algum conforto psicológico. O FC Porto tem de se pôr por cima no marcador, já que amiúde fica por cima no jogo. Vulgarizou o Athletic na 1ª parte, limitado a um remate de longe ao poste, mas tremeu por desconcentração e nervos próprios com as asneiras em poucos minutos e o jogo tornou-se feio.
 
Mas o futebol é assim, muda de cariz um jogo quando menos se espera. JL voltou a estar bem nas substituições (R. Neves por Quintero desgastado; Quaresma por Casemiro; Oliver por Tello), os jogadores erram é passes até no último possível, vejam-se as ocasiões goradas por isso nos instantes finais que poderiam avolumar um resultado que o FC Porto justificava mais confortável.
 
Ninguém diga, por isso, que está bem, veja-se o frango de Patrício na Alemanha - mas o lamento foi da expulsão justa de Maurício com 2º amarelo; veja-se um golo de livre lateral com um central Howedes a marcar sozinho entre seis defesas do Sporting, mas a culpa deve ter sido da chuva; veja-se um golo limpo de Huntelaar, em linha com a defesa, transformado com golo ilegal por aqueles que assobiaram para o lado no sábado quando Adrián López se isolava em posição regular mas também não deu.
 
Às vezes dá, outras não; umas vezes é mérito, ou classe, quando não se vê demérito nos outros; outras vezes é... o árbitro de quem Marco Silva nunca quer falar. Eu só vi lágrimas, baba e ranho na rádio quando ainda nem tinha visto os lances de Gelsenkirchen, onde o Sporting voltou a marcar dois golos fortuitos mas isso também nem sempre chega, é uma chatice.

20 outubro 2014

Champions em aberto

Amanhã há Porto-Athletic Bilbau, na TVI, em sinal aberto (19.45h), porque a TVI dá só os jogos em casa das equipas portuguesas na Champions, já confirmei. Árbitro: Damir Skomina (Eslovénia), o que me agrada também. Deixa para 4ª feira, com o Benfica na SportTV, o que me liberta para ver o Liverpool-Real Madrid. Também está bem.

Entretanto, curiosamente, em Espanha o Athletic Bilbau está na zona de descida e tem praticamente a mesma equipa, e treinador, da época passada. E na Alemanha, o Borússia Dortmund está 3 pontos acima do último lugar.

Não é fácil acompanhar os altos e baixos do futebol actual.

19 outubro 2014

Rescaldo friamente depois do calor das acusações gratuitas e resultadistas

Não tenho de acrescentar muito ao que julguei necessário resumir do jogo, ontem. Caso contrário, a muitos dos críticos atuais, gostaria de saber, e recuperar, o que achavam da equipa, dos processos, das transições e da posse serena mas determinada, do tempo do Vítor Pereira. Eu sei o que se foi passando e tenho noção do que sucedeu e o próprio treinador bicampeão, segundo o insuspeito PInto da Costa mas a quem eu não dou crédito em demasia, quis sair por não aguentar as críticas dos adeptos (seriam?) e/ou comentadores.
Isto tudo se enquadra na pasmaceira do que é o FC Porto desde 2011, uma pasmaceira que só o temperamento e conhecimento de VP superou. Mas não quero voltar a falar disso, depois de tudo o que escrevi, mais e melhor do que ninguém, no passado recente. Entretanto...
Só agora comecei a ler alguns posts e comentários na bluegosfera. Mais do mesmo como o que disse acima e nas respostas aos comentários de ontem. Há críticas justas, mas a maioria funciona face ao resultado. Falar de desoreganização e buracos defensivos, citando até excertos de crónicas de jornal ou sites de bola, é ver pelo olho do cu, aquele que só tem uma visão e dá pelo nome do resultado que se cagou no momento. Foi o que sucedeu: saiu um resultado cagado do jogo de ontem.
Os buracos defensivos do FC Porto foram seguramente menos do que as ocasiões em que Adrián Lopez, Jackson (fez golo), Jackson (penálti falhado, mal marcado e claramente impróprio para ele que não os sabe marcar e mostra não ter convicção), Marcano (cabeceamento frontal para o 2-2, defesa de Patrício porque a bola foi para ali directa a ele).
Se me disserem que buracos defensivos portistas o Sporting criou por seu mérito eu rendo-me. Até lá fico só a digerir as desfeitas que um jogo de futebol pode deixar a remoer. Há problemas no meio-campo, sim senhor; Lopetegui não escolhe os melhores para as melhores posições, já é tão evidente que cansa; Maicon e Danilo, mais Casimiro, têm falhas inacreditáveis, torna-se já insuportável; nada tem a ver nem com a rotação nem com os que vão entrando: não foi pelo g.r., não foi pelo lateral-esquerdo, não foi pelo Marcano, infeliz no autogolo e infeliz por não ter feito o 2-2 que o FC Porto justificava plenamente.
O problema de fundo é mais da necessidade de estabilizar um sistema de jogo, algo ao acaso neste momento, do que os jogadores necessários para cada jogo: porque do primeiro pode nascer a complicação do segundo ponto, colocar os jogadores onde se deve e onde são melhores. Mas disso já falei há muito, por mim quero Oliver no meio e um 6 em condições fiáveis.
É flagrante que o FC Porto perdeu por culpa própria e não é preciso esmiuçar. Perdeu por si, não por o Sporting ser melhor. Talvez a estabilidade do Sporting - mesmo plantel, melhorado com Nani - ajude a perceber alguma coisa de positivo nesse lado e o facto de Marco Silva saber como se joga e o que se joga em Portugal. Mas ou temos um treinador estrangeiro - decisão de Pinto da Costa já explicada, mudar o paradigma - ou temos de aceitar um VP bicampeão contestado e um inesperado PF fracassado.
É claro que quando tudo corre mal, dificilmente pode andar para melhor. Não deu para emendar como em Lviv com o Shakhtar. E um jogo mal perdido, repito, não pode fazer perder uma época.
Tudo o resto é de quem anda ao sabor da corrente e emprenha pelos ouvidos mal enxergando o que os pobres olhos, às vezes traseiros, vislumbram.

18 outubro 2014

Não há mal que nunca acabe

Em jogo e ocasiões criadas, e das boas, o FC Porto podia ter eliminado tranquilamente o Sporting mas acabou sucumbido a um rol de azares vários em que não deixam de caber os problemas recorrentes da constituição do meio-campo e as asneiras defensivas. Foi mais por demérito seu do que por mérito alheio que o deslize na Taça de Portugal começou à 1ª, o que não traz mal ao mundo nem acaba a época, apenas um troféu menos importante fica entregue à bicharada.
 
Mas o futebol premeia os eficazes e castiga os idiotas, por muito esforço e talento deixados em campo. Com um arzinho de sorte mas sem favor o FC Porto podia e devia ter eliminado o Sporting, mas fez um autogolo numa jogada que não teria consequência e uma das muitas de pontapé para a frente do Sporting; ofereceu um segundo golo; falhou um penálti e ainda contribuiu activamente para um terceiro tento. O penálti falhado deitou abaixo uma equipa que já tinha tido adversidades por culpa própria em erros reincidentes. E mesmo com o 2-2 sempre à espreita, o 1-3 final é castigo cruel para alertar de uma vez a equipa portista na forma de arrebitar caminho rapidamente.
 
De cada vez que se mexem duas peças simultâneas no meio-campo é sinal de que os eleitos para o onze não eram os melhores. Tem sido assim e desta vez não houve como recuperar. Depois, as asneiras de principiante deixam os cabelos em pé a quem já viu disto montes de vezes na época passada: veja-se o pontapé de Maicon da lateral para o meio, ainda que para um companheiro, mas que devia ter sido ao longo da lateral senão mesmo contra o adversário junto à linha para ganhar um lançamento. E Casemiro ainda fez um mau passe para propiciar ao Sporting mais uma ocasião de golo não criada, como no 0-1, e uma avenida para o remate de Nani.
 
Já não há pachorra para Lopetegui não meter um criativo no meio-campo: voltou a encostar Oliver Torres numa ala. E não há pachorra para as asneiras repetidas de Maicon a cortar e de Danilo a passar. A 1ª fase de construção do jogo portista não pode estar dependente de dois jogadores tecnicamente deficientes. Para mais jogando um ao lado do outro, o que desequilibra totalmente a equipa; de resto, muitos passes mal feitos quando a equipa já esperava no meio-campo contrário e a bola perdida fazia o Sporting parecer que jogava mas só aproveitava benesses.
 
Foi assim que se construiu uma derrota feia que atraiçoou a equipa, que jogou o suficiente para merecer outro resultado, e não fez jus ao futebol jogado. Mas sem o FC Porto pôr-se por cima do marcador é difícil engrenar. E duas mexidas no miolo indicam que a última opção de ataque quando perdes em casa tem de correr mesmo bem. Não correu, porque passes e remates (penálti de Jackson) foram sempre desperdiçados. Foi um jogo perdido por si mesmo. Se der para aprender alguma coisa, muita coisa pode ser salva esta época. Mas há que arrepiar caminho e isso passa por acertar processos como definir a equipa, proibir devaneios estúpidos de um ou outro jogador em especial na defesa e saber marcar a diferença ofensiva com golos e não meras oportunidades.
 
O futebol não sorriu ao FC Porto pelo resultado, mas o FC Porto tem de superar estes momentos. Hoje era difícil, perante tantos tiros nos pés, mas uma derrota não pode afectar em nada pois pode acontecer aos melhores. E nunca me pareceu que o FC Porto não fosse melhor do que o Sporting. Nunca teve foi a sorte do jogo e foi oferecendo os prémios da lotaria ao adversário. Que não tem culpa das asneiras e deslizes alheios e sobre quem o jogo não pode ser resumido como se tivesse sido o melhor em campo. Para o FC Porto, algo desafortunado ultimamente, não há mal que nunca acabe.

17 outubro 2014

Conselho ao "bisconde" para se acolher na casa do Conde de Ferreira

Caríssimo venerado "bisconde" do Compo Grande,
 
faz Bócelênssia bem em enxotar a canalha e exortar a seguir outros caminhos menos ínvios a bem da bola que melhor bata na tola. Releve, porém, que nem toda a local massa ignara é igual, há uma franja resiliente que se senta no banco bom da sociedade elevada e erudita que sabe que campanário escutar o sino do apelo às almas puras. E acredite que, além de Bossa senhoria ao chegar entre hoje e amanhã trazer augúrios de melhor tempo, mesmo que uma pinga de abençoada chuva nos lembre de ser digno de aspergir-vos de bons sentimentos, muitos acorrerão às ladeiras do tortuoso caminho para ter a mais ampla e real visão do guia que felizmente a dibina probidência nos concede com a graça de todos os nobres cujos espíritos contemplamos com a maior admiração e perante os quais humildemente reverenciamos.
 
Isto para Bossa tranquilidade e sem prejuízo de confirmar os receios de Bocelênssia; e tome por prudente, tão sábio quanto sóbrio à Bossa atenção, o conselho de evitar a arruaça que uns meliantes Casuais podem causar a quem ordeiramente segue um trilho próprio rumo à Luz que melhor alumiar tão distinto caminho.
 
Procedente da capitolina Lisboa, teime amanhã em seguir a estrada aberta (ver mapa 'aeuro' local), essa serpenteante larga faixa castanha da visão altíssima que vos sirvo, apropriadamente apodada pelos locais de Via Certa do Inferno, vulgo VCI e eximo-me a trocar os vês pelos bês que Bossos olhos enxergam tão bem à distância. Quem vem e atravessa o rio, melhor ao largo da Serra do Pilar, e do velho casario que se estende até ao mar, faça o desvio do Freixo e olhe de soslaio para o mostrengo que possa erguer-se à sua esquerda, na subida aos infernos que tal aproximação tremuras lhe cause.
 
Escuse-se a ir a pé do antro da podridão, onde assaltantes vários atacam como testemunhado pela isenta Imprensa ao serviço de Bocelênssia e tão mau agoiro trazem como se viu no 31 (3-1) da última visita ao sertanejo mal frequentado. E não receie ameaças dos trogloditas, menos ainda dos caciques entronados, que pediam polícia e justiça no seu encalço: será a cavalo como cortejo de tão excelsa figura e com toda a justiça reverente ante sua magnânima forma de distribuir sábias baforadas pela incontornável bentoinha.
 
Decerto Bossos prestimosos esforços de consolidação do poder régio a que há-de chegar não deixarão de acompanhar as sortes de tão vasta e destemida equipa que tanto tem representado Portugal como é do timbre do clube que do País acolheu no nome leonino e tão sportibo. Por obras valorosas se ergueram tão distintos feitos internacionais para adequadamente ser o SCP digno portador do brasão pátrio, que isso de ter dado nome a Portugal foi em tempo de outras senhorias menos fidagais do que Bossa ascendência admite provir. E de freguesias lisbonenses nem vale a pena falar. Muito menos de retrógradas probíncias.

Daí, adiante, ser melhor seguir o caminho do mar e vislumbrar orgulhosas venturas rumo a Oeste, esse Far West que o digníssimo bisconde leva na alma de pioneiro com a tenacidade de um quacker desembarcado do Mayflower com a graça de borboletas e lírios e girassóis dos frondosos corredores dos balneários de Albalade: inopinadamente, terá diante de Bossa ambição o mesmo cenário idílico que de Lisboa se avista como de fácil conquista, tal como naus quinhentistas mas agora com os modernos serviços de propaganda e actualizados engenhos me(r)diáticos e tecnológicos ao dispor do único clube que se diz de Portugal, junto do qual o Atlético é, não de uma freguesia como o da outra da qual não se diz o nome por nojo, apenas o capacho, em Alcântara, por onde sobrevoa a ponte do nosso herói e mentor de Santa Comba.
 
Dê, contudo, conta (e verá facilmente a estrada bordejada, como acima antevejo, por homens bons e não os rascas tripeiros) que uma oportuna rotunda - as rádios dizem do trânsito ser o Nó das Ántas, mas não há nó górdio que sua habilidade saloia não saiba desmontar ao mais ínfimo pormenor - ao chegar ao pico da Bossa esmerada escalada a esconjuro dos martírios da fé que há-dem livrar do fogo eterno quem tão de acções tão alvas e altas se proclama em honra de ancestrais tradições, essa derivação lhe permite, pois, à direita, seguir os ditosos caminhos que outros nomes dinásticos estabeleceram em honra da boa saúde e alienada resiliência em bem acolher quem aquela casa cor-de-rosa visita, com frondoso jardim à entrada e abrir os horizontes de um verde imaculado em toda a propriedade e para deleite de Bossa senhoria. Consta até que hortas biçosas estão ao dispor de quem mais força de vencer demonstre e o caríssimo bisconde há-de mostrar trabalho depois de ter largado suas empresas para abraçar, desinteressado, a causa da enorme empresa que é o nosso nobre clube que aspira dirigir por mais de uma Guerra de Trinta Anos, como as coisas da História lhe contarão de outros tempos por leituras cavalgaduras cavalheirescas relevando tacanhas tamanhas aspirações.
 
Tome conta, lá no alto da arte de bem cavalar em toda a sela, deve logo também virar à esquerda mal encontre tal caminho pavimentado com os louvores que sua destreza merece e capaz de amolecer os rudes calhaus que nos entorpecem a caminhada. Como em terra onde ponha o olho, além de todos genuflectirem, sua ordem é acatada sem rebuços, não ligue a sinal proibido, pois dos senhores mais nobres de intenções é digno o reino das transgressões.
 
Defronte terá, sem desprimor para a heráldica e hierárquica precedência de Bosselênssia, a casa do Conde de Ferreira, edifício apalaçado e belo e entorno pacífico e romântico onde encontrará o necessário repouso após tão arriscada tormenta de aceder a terras de bárbaros na profundeza da probíncia. Consta que ali dentro, nos segredos que só mentes brilhantes podem manter, se procede às mais miraculosas profilaxias do espírito atreito a maleitas do diabo. Aí decerto comerá sopas e caldos para mitigar as dores do corpo e aspergido como é de livro será de unguentos e precações atinentes ao equilíbrio mental. Famílias há que se recolhem nesses aposentos de onde voluntariamente nem querem sair e decerto fará justiça aos ares bondosos e melhores tratamentos psicossomáticos face ao tão desacreditado Júlio de Matos que serve pobremente os crescentes pecadores da capitolina Lisboa.
 
Ficará ainda a salvo dos urros e bruás do covil do Dragão infame, onde é frequente e propalada a invasão dos gentíos a fazer tremer apenas os pobres [árbitros] de espírito, esse clube sem paz que se renega combater pela regeneração da bola tuga em boa hora assumida por Bocelênssia com a partilha do expedito mandatário da Liga já merecedor sem favor de um posto hierárquico de barão, quiçá duque para saber o que é a escalada das birtudes e o alcance das honrarias.
 
Ficará Bocelênssia num privilegiado promontório, que os locais desdenham como sanatório, mirando do alto da sua importância secular a temporalidade que Bossa acção determinada, estratégica e justa poderá alcançar ao fundo, passando pela dita Liga a seus pés espojada e o mar aberto que não lhe refreia o ímpeto de cabaleiro do apocalipse para conquistas que, qual Rei Artur, tem conseguido nas frias e húmidas ilhas da Velha Albion já derretidas ao som do seu Inglês Técnico e certeiras proclamações sobre fundos, dinheiros e mordomias que devem ser primorosamente libertas do pecado venial destes tenebrosos tempos que Bocelênssia tão bem sabe desconstruir.
 
E quando entender, sentindo-se repousado e convicto de ser bom ficar em nome da santa saúde da moleirinha cinzenta a que devemos dar cor e ânimo, ou optando livremente pela saída airosa de tão aconchegado ambiente de salubridade intelectual que merecerá os seus mais generosos elogios, pode meter pés ao caminho; perdão, mandar os servos carregarem a liteira que acima de todos Bossa atitude e alteza de carácter transportará com a protecção dos desígnios do Altíssimo. Os ébrios e demoníacos pantomineiros locais já terão caído em desgraça a pavimentar as esconsas vielas de lúgubres candeeiros amiúde sem cumprirem a função e deixarem esta parte do reino nas trevas.
 
Ficará, assim, logo bacinado para bisita seguinte na Liga de faca e alguidar montado para sangrar em nome de Portugal e para Honra, Deboção e Glória que tanto faz chorar amiúde suas militantes tropas sempre encantadas com epopeias sem par.
 
De Bosso admirador mais incondicional que supunhais ter tão bem infiltrado na terra de ninguém, as esperanças de uma boa biagem com estes conselhos que creiais meritórios e assegurada aventurança na Casa do Conde de Ferreira, vosso lídimo anfitrião que não enjeitareis por superioridade moral e estatuto nobre, nem por despeito face ao "bis" que vos põe acima de condes, marqueses, duques e barões já ameaçados com a Inquisição (o Barão foi, logo a abrir esta radiosa época de caça, excomungado), honrar com tão prestimosa presença caucionada por tonitruantes trompetas que salvificamente a anunciavam há semanas como sempre Bocelênssia faz questão de antecipar.

 

16 outubro 2014

Sabia que o Sporting não ganha no Dragão desde 2007?

Notícia foi, antes do clássico da Liga de Setembro, o FC Porto não ganhar em Alvalade desde 2008.

Do bipolar visitante que se anuncia com promessas vãs e pedagogia do Rascord (agora com legendas)


(vá lá, além de CR7 sempre pode dizer que até RQ7 é produto da Academia :)
 
ACT: a confusão na moleirinha que não é suposta existir nos lagartos vê-se bem como este bestunto julga a capa do Rascord como desfavorável ao Spórtem e favorável ao FC Porto.
Em suma, como nos excertos de pasquim acima mostrados, o denominador comum é esse lixo cofineiro chamado Rascord, com os anteriores enterras no poleiro de novo e prontos a reduzir as vendas em mais 100%. Parabéns aos primos e título rectificado pois o post passou a ter legendas (13.15h)

15 outubro 2014

Será o Quintela o Goebbels do Grunho de Carvalho?

Já tínhamos percebido que o timing das incursões me(r)diáticas tinha algo de tão sigiloso quanto estudado e, daí, apreendido facilmente à segunda ou terceira tentativa de usar o palco pouco púdico.
 
A teatralidade, no gesto, é acompanhada do soundbyte. A questão é caprichar. Elege-se um judeu para demonizar e culpá-lo das maiores desvergonhas e prejuízos à causa defendida é o menor dos problemas. Pode tornar-se o pior dos argumentos se tudo for repetido até à náusea. Aí, até os convivas perderão o agrado da companhia e a certeza de melhores dias tão prometidos. O problema é a identificação do mensageiro para desconstruir o discurso elaborado.




 
Para a arruaça vingar, publicar um livro sem alguma coisa para destacar é algo imperioso. Vai daí, escolhe-se um autor, parcimonioso e serventuário q.b., sendo indiferente se primeiro se escolheu o autor ou antes converteu-se um lacaio, alegadamente da comunicação in vivo, para fazer de prosador morto à nascença pela falta de credibilidade.
 
Custa mais escrever sem motivo e arenga pior não ter feitos para descrever. Normalmente escreve-se das glórias próprias, não das wanna be; o wishful thinking não colhe todos os dias, mas repetir mentiras mil vezes pode resultar em mentes perturbadas de um rebanho sem rumo no seio do qual as ovelhas negras, pálidas de tão despudorado vigor em praticar o kim-il-sunguismo norte-coreano - acidulado pela infâmia de apontar a dinastias de outros e enjeitar os laços famigliares próprios - de eventos celestiais abençoados numa criatura ou sua família eleita, tendem a afastar-se, esperando que a Natureza das coisas siga o seu curso e separe o trigo vivífico do joio mais sujo.
 
Vai daí que o grande clássico ainda pode ter mais uns episódios grotescos em noites de cristalina edição da imprensa capitolina ávida de puxar pela verve corajosa do fanfarrão que fala à distância e pavimenta o seu caminho com as mais torpes insinuações.
 
Começou, mais uma vez, a encenação do Grande Clássico do fado triste da turva alma tuga que chora por todos os cantos por um consolo primordial: sair vivo da mais inóspita das paragens como regressar dos mares do fim do mundo.
 
É esta a epopeia bacoca de uns pacóvios sem jeito. Vamos dar início, então, à dissecação da obra, que a semana é curta e o jogo está a três dias.
 

14 outubro 2014

Quaresma cruza toda a história

Neste processo de recuperação da Selecção, em que Fernando Santos tinha tudo a perder mas muito a ganhar à frente de um barco à deriva que precisava mais de uma chicotada metodológica, de personalidade, do que psicológica face à imoralidade reinante e desumanidade arrepiante, mais do que os regressos dos filhos pródigos que muito a reforçam, está provado que a regeneração rejuvenescedora da equipa pode começar por alguém com os 36 anos de Ricardo Carvalho, o melhor português em Copenhaga. Mas, ironicamente, desafiando mais do que o estigma etário aparvalhado que também domina o apartheid em que os mais velhos são colocados na sociedade em geral e no mercado de trabalho em particular, é a forma de fazer outros engolirem os próprios preconceitos e rebaixarem as suas doutas opiniões como o reaparecimento de Quaresma voltou a provar na miraculosa vitória na Dinamarca que fará os parolos basbaques do costume atirar tudo o que está para trás para debaixo do tapete sempre convenientemente à porta das porcas misérias do futebol tuga.
 
Quaresma entrou bem e marcou o golo em Paris. O tipo que não podia ir ao Mundial do Brasil, diziam quem habitualmente não pensa pela própria cabeça e torna-se meramente altifalante de outros mais temerosos ainda de assumirem posições, pois faria mau balneário e tecnicamente pouco acrescentaria à coisa que animava uma parvalheira congénita de gente mal (in)formada, voltou a entrar e a ser decisivo. Um cruzamento maravilhoso, daqueles em que tem servido Jackson Martinez para provar a valia da sua utilidade no Dragão, deu uma vitória altamente improvável e nada merecida, em algo tão insólito como um golo aos 90+5' e mais autogolo (Kjaer) do que cabeçada do CR7.
 
Até porque só a 7' do fim, quando o seleccionador resolveu tirar Tiago em défice para abrir Quaresma como nunca a selecção jogou aberta na largura total do campo, Portugal nem queria, nem sabia nem podia ganhar. Meio-campo sem agressividade, limitando-se à espera pelo erro de perda de bola dos dinamarqueses, foi a tónica que deu à mais fraca equipa no plano técnico uma inusitada supremacia na posse de bola. E foi sempre assim, mesmo quando saiu Nani e entrou João Mário só para procurar mais um bocadinho recuperar a bola, sendo inócua a troca de Danny por Éder pois os da frente estiveram sempre bastante desapoiados. Portugal ganhou sem querer, sem poder mas a saber, finalmente, com Quaresma a forma de abrir aquilo, algo só visto numa perda de bola infantil que permitiu a Danny isolar CR7 para falhar.
 
Tudo está bem quando acaba bem até porque quem decerto defendeu a exclusão de Quaresma do Mundial agora, tranquilamente, sem peso na consciência dos que ganham nas palavras mas escondem os subterfúgios usados, cantará hossanas por Fernando Santos, além dos 3 da vida airada com que eram catalogados, recuperar também Quaresma que, afinal, nem se importa de jogar alguns minutos no finalzinho de um jogo que era para empatar na disposição táctica e defensiva da equipa.
 
Até porque há momentos de sorte que são mais oportunos do que outros momentos de pura sorte.
 
Depois de tantas asneiras entre Paris e Copenhaga, isto cai como mosca na sopa dos parolos do costume. Só hoje me apercebi que um parvalhão jornaleiro, e não devia ser do CM, perguntou a FS se por ele jogaria contra a França, ignorância que o seleccionador partilhou porque os morcões da comunicação da FPF não souberam informá-lo que esses jogos com a França decorriam do sorteio e do regulamento de qualificação, não eram sequer "negociáveis". E, ainda hoje, os do efe-erre-á e do la,la,la,la, Brasil, Brasil contavam como se tivesse sido há um ano (foi mas em Novembro) que CR7 marcou os golos à Suécia, aqueles que ficaram na história por aselhice deles e que os vizinhos da Dinamarca não cairiam na esparrela de lhe abrirem aquelas avenidas.
 
Prontos, mas nada disto se passou. Chuva de asneiras foi só em Lisboa. Até o Cédric se pôs a distribuir lenha sem levar cartões com a impunidade conhecida no Sporting e ainda ganhou um livre ridículo de cuja insistência resultou o golo inopinado mas só possível porque Quaresma deixou todos de boca aberta, mesmo aqueles que à boca cheia o ostracizaram da Selecção. Os mesmos que acham normal Quaresma e Ronaldo jogarem juntos, quando parecia apenas admissível que fosse o par Nani-Ronaldo o eleito da intelligentsia lisbonense que faz e desfaz com toda a desfaçatez.
 
É pena estes ganharem alguma coisa também nesta merda toda. Podiam ter ido na enxurrada e ficam para apanhar as canas das suas torpezas em foguetório insano.

11 outubro 2014

«Mais uma vez Cédric ultrapassado»

"ainda no recente clássico vi que Cédric pode ter muita força, glúteos desenvolvidos, pinta de gostar de halteres, correr muito, mas tudo isso fazia, por exemplo, João Pereira, embora com menos músculos visíveis. Mas em futebolês corrente, um e outro não valem um chavo. Acaba por ser curioso como Fernando Santos prescinde de um fraco lateral-direito em favor de outro fraco lateral-direito. Dirão que não haverá mais e melhores, mas só para esquecer que uma das primeiras aleivosias e mentiras de Paulo Bento foi ostracizar Bosingwa numa altura em que ele ainda dava alguma coisa. Foi o primeiro de muitos problemas de seriedade e arrogância que a Imprensa do regime fez por esquecer".
 
A tónica do França-Portugal foi aquela, ainda que só aos 40 e tal minutos a RTP de idiotas tenha reconhecido em directo algo visível desde o 1-0 aos 3'. É certo que o 2-0 nasce de um fora-de-jogo tão fácil de detectar como ilegítimo desculpar a avenida de novo aberta pelo lateral do Sporting. E nem era por acaso que a França carregava por aquele lado. No outro flanco, bastava alguém aparecer em velocidade à segunda bola que o Eliseu também não estava lá, vide ainda a sequência antes do 1-0.
 
A questão é que não se diz isto, a fraca prestação dos laterais, com a identificação dos problemas que se percebiam na convocatória, como a escrevi no dia 3. De igual modo, João Pereira foi sempre fraco mas resistiu até deixar de jogar no Valência, que o queriam tanto pôr fora que se esqueceram de o pôr fora pensando que ele ia por si. Não foi. Nem voltou a ser boa a apreciação da selecção, fruto de mais um erro de casting, o de outro valenciano, André Gomes, a fazer lembrar aquela patética aparição humilhante de André Almeida frente à Alemanha no Brasil.
 
Porque a convocatória do dia 3 já antevia isto. Só que o ecumenismo de Fernando Santos, na sua génese católica praticante, tinha não só de levar à inclusão óbvia dos filhos pródigos, em boa hora de regresso a casa e todos estiveram bem ainda que Tiago muito posicional e pouco interventivo na fase de construção, como introduzir uma coisa estranha naquele meio-campo que é suposto alimentar um ataque com potencial devastador. E essa parte viu-se, mas quando entrou o puto João Mário que de tão entusiasmado ganhou um penálti a tropeçar em si mesmo como se fosse um qualquer Lima do Benfica.
 
E a malta da RTP ainda queria outro penálti sobre Eliseu como aqueles que fatalmente são concedidos ao Benfica na Liga tuga e com a complacência silenciosa e criminosa das tv's da parvalheira.
 
Não se esperava, isso sim, é que Fernando Santos tenha reunido o tão largo consenso com a inclusão de Eliseu a lateral da tanga em detrimento de Antunes que é lateral mesmo. Eliseu, fora o excesso de peso, até costumava jogar à frente de Antunes no Málaga nesse corredor, mas como agora está no Benfica e ali só ataca, Santos pensou ser engraçado e imaginar que se defrontava o Arouca ou o P. Ferreira e árbitros portugueses permissivos dariam corda ao rapaz no corredor. Faltou a bandarilha de meter outro médio de parte pedra, como Adrien, para compor o ramalhete das desgraças próprias mas que encantam a intelligentsia lisbonense.
 
Isto, de resto, começara mal no dia do jogo em que a estúpida e inútil RTP tem de socorrer-se de uma fonte externa para dar a estatística dos confrontos França-Portugal, recorrendo a um blog. Seria inimaginável mas esta malta nova gosta das redes sociais e das muletas alheias, porque pensar tá queto e gizar algo de si é problemático com tantos pés de microfone espalhados a recolher opiniões dos emigrantes como se fôssemos recomeçar a tertúlia brasileira e o efe-erre-á da praxe.
 
Mas ainda bem que Portugal não voltou a ganhar à França depois de 2-0 de 1975 em Paris. Por sinal, um jogo que a RTP, a preto e branco, transmitiu em directo num sábado à tarde e que eu lembro de ver mas a RTP, afinal, não tem memória porque aquela gente de desporto e futebol sempre falhou a missão e sempre emporcalhou a emissão.
 
Digo ainda bem que veio derrota, porque nem se imagina se vencesse o forrobodó que seria com os louvaminheiros do costume ansiosos por não perderem outra fase final para as figurinhas da treta a servirem-nos a hora a que os jogadores lavam os dentes e descalçam os chinelos antes do almoço. Ouvimos o tradicional "elogio aos jogadores" e a proverbial "atitude", mas faltou intensidade em que levámos goleada da França e codícia na área em que não houve espaços para rematar como os concedidos aos franceses na nossa área.
 
É que na sequência da última vitória com a França, Portugal teve um jogo fundamental na qualificação para o Euro-1976, jogando em Praga para perder 5-0 com a Checoslováquia...

10 outubro 2014

Benfas desta vida não prosperam na imoralidade da UEFA

 
Mas isto é uma forma de a UEFA descalçar a sua bota e o pedregulho que lhe aperta os calos e que é a indecente repescagem do 3º dos grupos da Champions para a Liga Europa onde poderá acumular mais pontos para o seu ranking particular (o clube) e que daí coloca em vantagem sobre outras equipas que continuam na Champions podendo ser eliminadas logo aos 1/8 ou mesmo 1/4 final. Ver exemplos abaixo.
 
Foi a forma de o Benfica subir na tabela de clubes e alcandorar-se ao Pote 1 da Champions onde fracassou em 4 dos últimos 5 anos incapaz de passar a fase de grupos. Aliás, há duas épocas, salientei aqui que o Benfica na final da Liga Europa (com o Chelsea) acabava de obter mais pontos no total da época do que o Madrid de Mourinho eliminado pelo Bayern nas meias-finais da Champions.
 
É inacreditável como se persiste neste erro, imoral e ilegítimo, além de anti-ético, sendo que agora esses pontos acumulados "fraudulentamente" deixam de permitir ao clube beneficiado escalar a tabela até ao Pote 1 que, pela via normal, não acederia.
 
Ao desejar meter no Pote 1 apenas os campeões nacionais dos 7 países do ranking "nacional", a UEFA evita os chico-espertos a quem dá corda com represcagens hediondas e que mais do que qualquer outro beneficiou o Benfica, amiúde relegado da proa-rainha para se encher de bazófia depois de Dezembro transformando um desastre financeiro e desportivo numa epopeia que, ainda assim, não lhe permitiu em dois anos seguidos acabar com a seca de títulos internacionais que dura há mais de meio século.
 
É claro que Barça e Madrid, por exemplo, só poderão estar junto no Pote 1 se um for campeão nacional e o outro campeão europeu. É bom que o Pote 1 seja reservado aos campeões, mesmo que se abra uma porta para o Montpellier e o Lille em França ou, quiçá, um Paços de Ferreira e mesmo um Sporting que sejam campeões portugueses.
 
Há muitos anos que o Bayer Leverkusen tem presença assídua na Champions sem nunca ter sido campeão alemão e apenas no seu historial ganhou uma Taça da Alemanha recentemente e uma Taça UEFA em 1988 salvo erro mas quando a participação na Taça UEFA decorria da qualificação por via do campeonato nacional.
 
Para mim sempre foi bizarro ver um campeão europeu sem ser campeão nacional mas em nome do robustecimento da Liga dos Campeões até compreendo e aceito. Mas nunca juntar o que deve ser separado: os campeões e os outros, estes devem ficar em potes próprios dependentes do seu ranking individual; especialmente o Pote 1. O que a UEFA argumenta tem razão de ser: M. City campeão num níel inferior ao Arsenal (Pote 1) que foi quarto.

Mas sou eu que malho contra o avanço no retrocesso para a Liga Europa? Porque é que a descredibilizada Imprensa tuga da especialidade de trazer por casa não olha o assunto como a BBC Sport faz mesmo que ponha em causa Arsenal e... Chelsea?

Pois é, o Arsenal não ganha a PL desde 2004, é certo que está há 18 ou 19 anos na Champions e nos últimos 10 ou 12 anos sempre passou a fase de grupos e os seus pontos, assim, são legítimos e credíveis mesmo que não vá mais longe do que a 1ª eliminatória na Primavera. OK, mas mesmo assim há quem questione em Inglaterra por que tem de ser assim?

A verdade desportiva passa ao lado do interesse dos da herdade desportiva. Mas foi graças à exposição destas incongruências, especialmente vindo de Inglaterra, que a UEFA acedeu a mudar as regras, só para o Pote 1 aparentemente, para o triénio 2015-2018.

E devo confessar que foi ao ler esta peça há um ano e tal que me apercebi do montante indevido de pontos que as equipas transferidas para a Liga Europa alcançaram. O Benfas foi a mais beneficiada de todas mas o Chelsea descrito nesta peça do link acima ganhou a Liga Europa ao Benfica e teve mais pontos do que o Madrid de Mourinho que chegou às meias-finais da Champions. Como digo, o Benfica também beneficiou disso tal como esta época. Na época passada, não fosse o Inter de Milão não se ter apurado, o Benfica não teria ascendido ao Pote 1 em que o FC Porto aparecia em 7º do ranking e como campeão nacional. E o Benfica passou o FC Porto no ranking de clubes pelos pontos acumulados com a Liga Europa. Toda a classificação recente tem sido adulterada mas os tugas assobiam para o ar.
 
Há uma higienização correcta ainda que reste por eliminar a defecação que é manter viva na Europa na Primavera uma equipa que devia estar enterrada no Inverno. Mesmo que isto custe a várias equipas espanholas e inglesas, sendo que Chelsea (2º) e Arsenal (4º) entraram esta época no Pote 1 e o campeão M. City no Pote 2. De Espanha, Real Madrid campeão europeu e Atlético de Madrid campeão espanhol tinham direito a entrarem no Pote 1, o Barça (2º) iria para o Pote 2, tal como o FC Porto.
 
Aplicado a esta época, o FC Porto não ascenderia ao Pote 1 onde por direito próprio estaria o Benfica como campeão nacional. Mas em épocas anteriores o inverso sucedeu mas o Benfica como não campeão só lá ascendeu por força dos pontos ganhos após uma represcagem que sempre denunciei e jamais aceitarei.

Dragão a 3/4 receia encher com bilbaínos?

 
São 2500 bilhetesx45 euros, dá 125 mil euros de receita aproximada. Aceitar 5000 mil bascos, e 250 mil euros, é quase o equivalente a um empate na Champions. É receita e, para mais, num estádio que raramente chega a 3/4 da lotação (38 mil lugares +/-) nos jogos de grupos. Com jeitinho, a visita dos bilbaínos poderia mesmo valer os 400 ou 500 mil euros de um empate no jogo. É dinheiro. É a razão de ser da Champions, pois numa fase de grupos qualquer para clubes não se cobra 45 euros por entrada. Não entendo.
 
A não ser, como observam os espanhóis, por num estádio que não enche, de muitos pipoqueiros de um de basaroco a servir de chefe de claque como forma de animar o ambiente sempre mortiço no Dragão, temer-se que os poucos milhares dos outros valham mais do que os acomodados portistas que, na verdade, poucos motivos de euforia e animação nas bancadas têm antes e no intervalo dos jogos, tal a pasmaceira que tantas vezes aqui denunciei como se a "estrutura" nunca visse como se faz lá fora em termos de música empolgante, estímulo e divertimento para o espectador enquanto a bola não rola.
 
Mas é o ambiente dos outros que fará diminuir as hipóteses e as garras da equipa portista? Não se viu com várias equipas (Schalke talvez a mais notória, mas mesmo E. Frankfurt) um número de adeptos visitantes bem acima dos 5% da lotação e dos +/- 2500 lugares para os visitantes?
 
O FC Porto nem está periclitante, pelo contrário, esta época para temer ser "assaltado" por afición mais festiva, aguerrida, colorida. Joga bem, enfrenta bem o adversário, atrai e conforta os seus adeptos (só quando a bola rola, o resto é um sepulcro): qual o problema?
 
Não vejo por qual prisma se nega uma chance destas num clima propício e que decerto arrastaria mais portistas e talvez levasse o Dragão quase a encher. E os adeptos do Bilbau são alegres e correctos, não são desordeiros impondo cautelas de segurança.

E igualmente não aceito poder ser uma "retaliação" por o Athletic não libertar mais lugares para portistas na partida de Bilbau no seu novo San Mamés. Porque os bilbaínos quase enchem o seu estádio e limitam-se a libertar lugares como impõe o regulamento. Se lugares sobrassem não acredito que os rejeitariam disponibilizar a adeptos do clube visitante. É um acto anti-económico.
 
Enfim, ainda há quem fale em projecção internacional, adeptos sempre presentes, clube respeitado e até invejado.
 
Há quem tenha uma noção errada de História, grandeza e saber-estar. E só vamos reencontrar, daqui a menos de 2 semanas, o primeiro adversário europeu do FC Porto lá do longínquo 1957 e também na competição dos campeões.

09 outubro 2014

Jogo limpo

 

De repente...

... fiquei convencido que só eu não tinha visto o vermelho por mostrar no Restelo ao jogador azul que entrou de pitons ao joelho de um sadino. Jorge Ferreira está absolvido.

Reveja-se o rigor de Jorge Ferreira num pastel de Belém depois do derby tripeiro

A parlapatice comentadeira enferma dos mesmos vícios seja em política ou em futebol. Tudo porque os directores de sub-informação permitem-se convidar experts e sujeitar os domesticados editores e os paus-mandados pivots de telejornais e programas vários para diversos números de contorcionismo ideológico/clubístico e correlativas actividades circenses de fazer chorar os palhaços até alegres mas que ganham bem menos do que as aventesmas das pantalhas, sejam os da casa ou os eleitos para debitarem as suas parvoíces e ordinarice comuns.
 
Repare-se que se pôs a comparar visceralmente, e divergir naturalmente, casos de arbitragem em juízo disciplinar de jogos, equipas, jogadores, lances, momentos e árbitros diversos. É que abriu-se a caixa de Pandora dos vermelhos com a expulsão de Maicon no Porto-Boavista - que eu aceitei, embora torcendo o nariz a entradas boavisteiras mal punidas - tendo já sido aberto várias vezes o livro de contradições quanto à linha do fora-de-jogo: sempre atrasada a favor do Benfica (ou do Sporting, como Montero em Penafiel) ou adiantada se o ataque for do FC Porto, como em Guimarães.
 
E enquanto uns pascácios seleccionados e basbaques afins se dispõem a contabilizar quem foi mais beneficiado e/ou prejudicado pelas inenarráveis arbitragens da comandita do vi-te ó Pereira e o adjunto Lucílio Vigarista, tudo no famoso eixo Lisboa-Setúbal longe de serem mexidos os cordelinhos desde o Porto, há lances que habitualmente nem passam nas tv's nem alguém os observa sequer en passant para puxar a conversa da treta por outras vias.



Pois se se lembram do valente e rigoroso Jorge Ferreira, sem rebuços ante Maicon, podem rever a sua coragem e respeito das Leis do Jogo e da defesa da integridade física dos jogadores visualizando este frame da transmissão da SportTV do Belenenses-Setúbal de domingo à noite. Não demorou mais de 15 dias e duas jornadas para o afoito Jorge Ferreira, um disciplinador tipo aplainador do Exército como era o saloio Pedro Henriques que comenta por aí em fóruns dispersos, cair no alçapão da sua coerência e isenção de árbitro de merda. O implacável contemporizou.
 
Junto apenas o pormenor de, em relação do derby tripeiro, se manter o auxiliar nº 1, Inácio Pereira, já que em Belém o nº 2 foi outro. E menciono-o porque poderá Inácio Pereira ter corroborado ou reforçado a opção do árbitro na expulsão de Maicon. E a entrada em apreço, de Sturgeon, só teve amarelo, como pode verificar-se na ficha do site da Liga: pode ter ido de sola, como Maicon, ao alto da canela/quase joelho e para partir de qualquer modo, ao sadino Miguel Pedro, mas cadê a violência observada no lance de Maicon?
 
Enfim, quem quiser enfie a carapuça. Retirei a foto de O Jogo, que vi anteontem na coluna de Jorge Coroado sobre coisas que passam despercebidas no fds. Fui eu que recortei a foto, a que acedi através de O Jogo onde foi publicado um quadradinho quase como cartoon, e inseri a legenda. Afinal, Jorge Ferreira não desgosta dos azuis, teme é as riscas. Bem podia ficar atrás das grades.
 
É esta merda que marca os campeonatos, a par das bandarilhas dos merdilheiros - expressão cunhada de Valentim Loureiro - que discutem tudo menos o essencial e afastam-se da realidade séria e incontornável, que as tv's da parvalheira desconhecem alarvemente, pois a verdade estraga sempre uma boa estória. Qualquer jornalista sabe disso mas assobia para o lado e a eles juntam-se ex-jornalistas que não se distinguem nem do que vêm fazer nem se situam acima do que já faziam nas redacções.
 
São, porém, todos os idiotas livres de verem falta de Martins Indi sobre um mergulhador do Braga e acharem que Ruben Micael não tocou em Alex Sandro no Dragão. Afinal, quem não viu o toque em Alex Sandro também pode desconfiar que Sturgeon não deu em Miguel Pedro no Restelo e que Jorge Ferreira teve excesso de zelo em amarelar uma alegada suposta eventual tentativa de agressão.
 
Porque a língua de pau e cara de urso apregoam-se quer na política quer no futebol. São da mesma laia. Assim do género de Bom Samaristano já estar rodado para exercer a função de caceteiro como deve ser.