15 outubro 2011

O alívio de saber pela rádio que estava resolvido sem imaginar que ia em 0-5

Imprevistos vários impediram-me de ver o jogo do Porto (0-8), como antes o Liverpool-M. United. Quando pude saber algo, pelas 4 da tarde, liguei o rádio sem saber a estação, começara a 2ª parte e aguardei. Passaram uns seis minutos na moleza, pelo que fatalmente deduzi que o Porto ganhava. Como o tédio da voz radiofónica era notório, não seria propriamente esperto para vislumbrar que aquilo devia ser resultado tranquilo. Só aí por uns 10 minutos de relato soube que estava em 0-5. Depois ainda ouvi o 0-6, mas o timbre de voz do balde mar não enganava do seu sofrimento de relatar ainda mais dois golitos...

(act.) Walter marcou quatro dos oito, um ano depois de marcar três nos 4-1 ao Limianos (pelo menos lembro-me do resultado e do Walter, de quem fiz um post alusivo sem ter visto o jogos, agradeço ao Pentacampeão a correcção pois atribuía a proeza de Walter frente salvo erro ao Vilafranquense ou Arouca, nem sei bem que o livro do Maisfutebol "Incrível Porto" só se debruça sobre o campeonato sem derrotas e da Taça de Portugal dá apenas a ficha e o resultado da final do Jamor).

SEGREDO DA SEGUNDA LINHA
Ah, não estava propriamente interessado no jogo ou no resultado. Creio que a expectativa de todos nós era ver os "escondidos" Alex Sandro e Iturbe, talvez este mais especificamente. Não vi, contem-me se quiserem sobre o que acharam.
Destaco, porém, independentemente do que mostraram no jogo, as palavras de Vítor Pereira a anunciar calma na apreciação ao lançamento, estudado e executado quando se julgou útil e necessário, do jovem argentino.
Havia tanta expectativa que, quando o Porto fez 0-0 com o Feirense, muitos portistas se perguntaram pelo mini-Messi, julgando o moço de 17 anos como o Messi...as que resolveria alguns problemas.
Com a precipitação costumeira, mais a dose habitual de falta de senso, imaginam porventura que o Iturbe é meio Messi e isso faz mal aos jovens jogadores, o próprio Iturbe falou muito vem de como é preciso ponderação, trabalho e tempo para evoluir. De resto, está no contexto europeu sempre diferente, como enfatizou Vítor Pereira.
Não sei, portanto, se valeu a pena a presença (soube depois que jogou uma horita) ou o tempo na redoma, devidamente ponderados.
ADENDA: parece, não, é seguro que foi substituído ao intervalo, mas ia jurar que ouvi ter saído aos 60' e substituído por Varela e ainda há quem tenha saudades dos relatos da rádio...
Mas um aspecto supremo importa-me realçar, mesmo sem ter visto o jogo: a importância de jogarem as chamadas "segundas escolhas", esses que, livres de compromissos com selecções, passaram estes dias em "quarentena" no Olival, não só a prepararem a partida da Taça como a afinarem mecanismos de entrosamento num onze em que previsivelmente iriam jogar e nivelarem níveis físicos, aquele parâmetro que, como Iturbe, preocupou tanto alguns portistas que imaginaram, sabe-se lá porquê, um défice físico só por causa de três jogos sem vencer.  

(act.)
http://www.myspace.com/video/vid/108267300
retirado daqui:
http://www.porta19.com/2011/10/baias-baronis-%e2%80%93-pero-pinheiro-0-8-fc-porto/
qual Iturbe, qual Walter, o Belluschi deslumbra-nos com uma coisa assim, as apreciações são por conta do Jorge com a idiosincrasia semitótica característica que jamais conseguirei acompanhar entre evocar um amarelo por mostar e o equipamento do Estoril
Continuamos a defender bem a Taça, rumo à quarta.

2 comentários:

  1. Meu caro, há uma ano atrás o Walter marcou três,não ao Vilafranquense, nem sequer ao Arouca. Foi precisamente contra o Limianos, no Dragão. É o que faz andares a pesquisar em livros «foleiros» em vez de te socorreres dos sítios dos portistas.

    Quanto ao jogo, tratou-se de um ensaio em relvado sintético, com um calor do caraças, frente a um adversário inofensivo e sem classe.

    Não deu por isso para aferir da verdadeira capacidade dos estreantes. Porém, não passaram despercebidos alguns bons apontamentos. Alex Sandro integrou-se bem nos movimentos ofensivos, mas denota muita falta de ritmo, o que é natural. Iturbe só jogou meia parte por se ter lesionado. De Messi parece ter muito pouco, Já de James, eu diria que parece gémeo. Esteve em dois golos com movimentos muito parecidos com os do colombiano. Mangala mostrou-se seguro, com bom sentido posicional, capaz de conduzir a bola e entregá-la a preceito. Defour voltou a impressionar, primeiro pela desenvoltura e depois pela ineficácia no remate (marcou um bom golo mas falhou dois cantados). Djalma esteve irrequieto e rematador. Desta vez acertou com a baliza duas vezes. Bracali foi mero espectador tal como o seu substituto Kadú. Walter mostrou o que dele já se conhece. Aparece no sítio certo para marcar com facilidade, umas vezes e falhar outras. Se fosse daqueles que acerta sempre tinha batido hoje um record. Dos habituais o maior destaque vai para o Bellushi que esteve como peixe na água. A jogada do segundo golo foi à Messi sim senhor. Os outros nem bem nem mal.

    Um abraço

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  2. Caro pentacampeão,

    sou um ocnsumidor de informação.

    Sou devorador de informação.

    Por isso, eu próprio produzo informação. Aliás, como tu produzes informação e da boa, citando por exemplo a série dos internacionais portistas que elencas de forma soberba.

    Neste âmbito, acho que já comprei todos os livros possíveis e desejáveis em relação à incomparável época passada:
    - Almanaque do FC Porto, que apesar de o ter não quis ir consultar;
    - um livro muito focalizado em André Villas-Boas, o Special Too que me atraiu só pelo título e resume a carreira do incomparável AVB.
    - o livro Incrível Porto que me chegou precisamente durante a semana, da redacção do Maisfutebol mas que não teria encomendado, há tempos (veio muito atrasado), se soubesse que o Rui Miguel Tover publicaria o livre essencial do FC Porto com toda a história competitiva e todos os dados possíveis que eu gostaria de ter compilado - e fiz o desafio a uma editora para os obter, eu escreveria o palavreado indispensável . mas me dá gosto ter agora à mão.

    Como passei o sábado numa azáfama e cheguei tarde a casa só a tempo de dizer o que está no post, apanhei o livro que tinha à mão, o Incrível Porto que fala só do campeonato em termos estatísticos. Tudo o resto não aparece em pormenor. Daí a falha do livro e a minha falha.

    Não me ocorreu, de memória, quem teria sido o adversário de um desses que sei que ficaram pelo caminho na gloriosa época de 2010-2011.

    Penso que ficas esclarecido sobre a origem do meu erro, de que me penitencio e que agradeço a corecção que inserirei já no post.

    É para isso que servem os amigos e é por isso que eu amiúde corrijo outros na bluegosfera.

    Obrigado.

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