27 março 2015

Qual é a parte que não percebem?

Calhou o desastre aéreo impor também a palavra associada à tragédia recente de Portugal.
Eis um Tríptico para a Páscoa, ainda fui a tempo de meter isto depois de me despedir a sonhar com o profeta Jejus que aí ficou prostrado na sua magnanimidade. Ámen.

Entretanto, deixado isto escrito atempadamente, soube ontem que o CM publicou excertos das gravações que expõe o 44 sem margem para dúvidas.
Nos telejornais do almoço, ontem, só me apercebi de menção a uma ou outra "conversa" na SIC, mas já com 1h de emissão feita, passavam cerca das 14h e vi por acaso, no zapping para ver onde chegava a pouca-vergonha do encobrimento do ex-Primeiro-Sinistro.
A Imprensa em geral é isto, de encobrimento da merda que enterrou Portugal até ao pescoço para se entreterem em guerras de alecrim e manjerona que os chuchas importa manter para desviar atenções. Os responsáveis do JN fogem disto como o diabo da Cruz, pelo que ainda li ontem.
Tenho pena que na RTP não esteja, como há 11 anos, o Rui Cerqueira a passar todos os excertos que o CM publicava do Apito Dourado. Sim, o mesmo que hoje é qualquer coisa na alegada Comunicação do FC Porto. Esse mesmo. E nem esqueci a cara da moço que encenava com ele, também entretanto desaparecida do monte, mas não virgem.
Hoje o Sol afirma, perentoriamente, que ele nem escreveu o livro. Deve ter pedido ao Miguel Sousa Calares, com prefácio do dirigente desportivo que foi visitá-lo a Évora. Ficam bem todos uns com os outros. Consta que haverá hoje mais uma entrevista a encher chouriços de Pinto da Costa: dedique um "mémoire" ao homem  da tortura, que tem-se notabilizado e muito...
Entretenham o pagode que ele gosta é de pão e circo. Mas não pensem que são todos pacóvios e que calam e guardam.

26 março 2015

Eu não sei... que mais te posso dar, um dia jóias noutro dia o luar... gritos de dor, gritos de prazer...

A "nuticia" da coluna à esquerda devia era ter um ponto de interrogação em cima. Jejus no PSG ou Barça?
Para já, os lugares não estão vacantes.
Apesar da quadra do sacrifício e do beato Jorge em campo.
Depois, era tão giro ouvir Jejus em espanhol, já nem digo catalã, ou em franciú, lá se fosse o inglês ele safa-se bastante bem, nem fica nada a dever ao pretuguês que desfaz alarvemente.
Ou, então, os "jornalistas e comentadores falam ... como se fossem bêbados".
Deve ser isso. Porque senão não teria piada alguma, vamos entrar na era da expiação dos pecados, mesmo àqueles que renegam uma, duas, três vezes - que o rei vai nu.
E por aqui me fico, bom fds e boa Páscoa se possível!
Aproveitem mais uma entrevista do grunho do carvalho ao Rascord: só podia, né? Logo numa altura em que nada tem para ganhar, só para falar. Deve ser a vertigem de subir ao 2º lugar. Parabéns aos primos. E saudações ao 44, cada vez mais carente de amigos que ficam lá longe e as romarias vão ficando caras...

25 março 2015

PREC hoje é 25 de Março... :)

"Em suma: o 25 de Novembro em termos militares foi a mesma rábula  que o 25 de Abril em que as semelhanças com a guerra do Solnado são tentadoras.
É costume dizer-se que a partir do 25 de Novembro a "direita" retomou o  poder e acabou o prec. Este suicídio colectivo e em marcha acelerada terminou, de facto, mas apenas na instituição militar. O resto continuou bem vivo e actuante e dali a pouco começava outra aventura: a das FP25, com os resquícios dos doidos do prec, alguns deles ainda hoje no asilo ideológico em que se meteram. Porém, nunca se terminou com o esquerdismo comunista, porque dali a meses tínhamos uma Constituição "à maneira" que deixava intocáveis as nacionalizações e deixou-se lavrar o fogo da linguagem esquerdista na pradaria dos usos e costumes, até hoje. A sociedade portuguesa se não estava modificada até então, ficou-o nos anos a seguir. O grande vencedor do 25 de Novembro foi o esquerdismo moderado do PS e a social-democracia do PSD que conquistaram a alforria eleitoral que nos conduziria às duas bancarrotas em perspectiva. E ainda há quem diga que as pessoas não mudam...e na verdade em relação a alguns capitães de Abril tal se verificará. Ainda andam por aí, feitos lémures de 1975 a catequizar jovens das escolas sobre os grandes benefícios do 25 de Abril de 74 que trouxe a luz ao Portugal apagado de então".
 
Porquê? Porque é 25, sei lá, apeteceu-me e não há nada de novo sob o sol, por esta altura. O resto está na porta da loja. Com fotos e tudo. Como sempre. Para não esquecer.
E o Dragão ajuda muito também.

Soube, entretanto, temendo a opressão informativa e a omissão da História nos me(r)dia controlados e vigiados por dentro de gente sem memória nem vontade de ter chatices para resguardar a vidinha, que a RTP e A1 (RDP) dão, agora, coisas de "um minuto" para (julgarem pensar) chegar à divulgação do PREC sinistro de há 40 anos. Bom era dar horas de programas com excertos de quem contou e viveu as coisas por dentro, decerto avivaria a memória dos desmiolados e calaria as aventesmas que dali nos chegaram e hoje ainda com menos crédito eleitoral e representatividade do que então parecem os arautos da Liberdade, para não falar do "Pugresso", obviamente das soluções (desconhecidas e não divulgadas) do "Creximento".

DE HOJE MESMO:
Entretanto, primeiro avança sem apoios quem mal é reconhecido como político, de juventude inconsciente filiado comunista como pecado verdadeiramente não original, mas como cidadão e empresário. E pelas reacções suscitadas acho que o lançamento foi óptimo. Henrique Neto apresenta-se hoje: se fosse agora e quisesse ir votar só lá iria por este. Embora isto da PR seja estapafúrdio e realmente inútil só possível numa república das bananas que se julga Democracia só por dar voto aos cidadãos...
Ontem, formou-se um partido político de cidadãos e não de aventesmas da esquerda bisonha e nunca moderna, um "Nós Cidadãos" que julguei ser marketing da distribuidora do cabo...

24 março 2015

Orgulhosamente sós

Não estava a par do Congresso da UEFA por estes dias em Viena, onde Platini era reconduzido, sem oposição e por aclamação ordinária, na presidência e o importante Comité Executivo daria lugar a algumas eleições parcelares de membros em fim de mandato, como é normal. Fernando Gomes, da FPF, foi eleito para o CE, hoje, segundo li por aí, um posto já ocupado, sem relevo, por Madaíl à custa de concessões várias dando um passo atrás para depois Portugal receber o Euro-2004 com apoio da Alemanha para quem não saiba, mesmo tendo a Espanha como concorrente, além de Silva Resende que ficou também ligado à indiferença da UEFA que conduziu à tragédia de Heysel, e a um Cazal-Ribeiro, ao que li, de que nem tinha conhecimento mas num tempo de pioneirismo e de nenhuma afirmação portuguesa, era só para cumprir calendário.
 
Não é que seja uma eleição de importância por aí além, mas mais vale estar do que não estar mesmo que seja redundante o personagem e irrelevante a sua presença enquanto inspirador de alguma política, algo que Fernando Gomes não tem por não ter perfil para isso. É só mais um mas o cargo é relevante, para todos os efeitos. A ocasião em si é de monta, como tal, mesmo que a conquista do lugar seja muito inferior à dimensão que estas ocasiões têm. Dou como exemplo o falado mas esvaziado G18 e a presença exclusiva do FC Porto que não valia nada no contexto do grupo formado e dos objectivos a alcançar mas tornava relevante a presença de um português. Contudo, raramente a Imprensa tuga seguiu aquilo de perto e sei de quem seguiu que, burro e incompetente como sempre, era igual estar lá ou não porque não percebia puto daquilo e passava-lhe ao lado a relevância e oportunidade da informação a colher. Um asno que ainda por aí anda, irrelevante.
 
Entretanto, alertado por notícias avulsas nos jornais, percebi ainda que a ocasião era propícia para os candidatos à eleição da FIFA em Maio e entre os quais está Figo, como esteve no recente congresso da CONMEBOL sul-americana e tem de seguir os congressos de outras confederações continentais.
 
Seria interessante acompanhar a máquina que segue e suporta Figo mas este é uma ocasião perdida à partida para a grunhice da Imprensa tuga divulgar os meandros e os bastidores em que estas coisas ocorrem.
 
Pois nem por Fernando Gomes estar perto da entrada no CE nem por Figo estar em campanha para a FIFA vi, folheando nos escaparates, enviado-especial de O Jogo e de Record.
 
Diz tudo de si e do ponto a que chegaram. Não sei se A Bola mandou alguém a um/dois momento(s) importante(s) mas admito que sim porque esse raramente falhou o compromisso com a sua história.
 
E é isto. Daí que, em geral, haja que olhar para dentro e o que há dentro de portas são as pequenas misérias e as grandes confusões por tudo e nada. Oportunidades perdidas e o regresso a tempos não muito recuados.

EM TEMPO:
Orgulhosamente estúpido continua, enfiando a cabeça na areia para ficar com o rabo ao leu à mercê dos interesses, o JN: nem na capa fez referência a uma candidatura à PR e no interior remeteu para página irrelevante. Diz nada e diz tudo.

Ver o jogo pelo resultado ou as incidências tomando o Clássico

Vejo e leio mais amiúde a Imprensa estrangeira do que a tuga nas consultas programadas online ou simplesmente no Twitter porque o mundo não acaba em Badajoz e muito menos se limita ao Terreiro do Paço e quintas adjacentes das coutadas centralistas. E sigo de perto mais as incidências das ligas espanhola ou inglesa, entre outras, do que as malandrices da faz de conta cuja liga tem contas por fazer e, como no País, ninguém em Tribunal!
 
Obviamente, vi o Clássico e, como culé mas sem vendas nos olhos, registei que o Madrid foi melhor do que o Barça - tal como na 1ª volta, tal como na época passada - apesar de, no final, o Barça ter falhado a goleada. Houve muito mais Madrid, de um nível altíssimo e é isso que para a Imprensa afecta conta. Na devida proporção e não na proporção da Imprensa abjecta que, fosse um clássico tuga, choraria ainda mais baba e ranho. O Madrid teria ganho porque na maioria do tempo, e até ao inopinado 2-1 de Suarez, mandava, ameaçava era rei e senhor no Camp Nou. Mas o futebol é assim, nem sempre ganha o melhor por muito que sejam igualados e sejam dos melhores do mundo, todos os resultados são possíveis, embora pesasse a folga europeia da semana para uns e o fardo de um jogo exigente para os catalães (notável jogo com o City).
 
Há quem pegue por aí mas não se fique por aí. E, de resto, atendendo ao já visto, os +4 pontos do Barça não são nada, como diz bem Sérgio Ramos. Tal como ao FC Porto em Abril, Madrid e Barça jogam o futuro interno pendentes dos duros duelos da Champions; estes, olhando para o passado recente, até dão perspectivas de o Madrid ser apeado e o Barça continuar, olhando o registo histórico numérico.
 
Cá na parvónia das luminárias sentadas nas sinecuras de Lisboa a coisa seria do tipo "Merecia mais" mas lá não estão com meias medidas nem chamaram nomes ao árbitro (que poupou a expulsão a Carvajal por duplo amarelo inapelável). O Madrid perdoou e é verdade, a coisa podia perfeitamente ter corrido para o seu lado, mas no final não aconteceu goleada pelos imponderáveis da bola e, tudo somado, o Barça ganhou bem, apesar de o Madrid ter sido, em larga fatia, melhor. Como são igualados, tudo pode acontecer: na 1ª volta, perdendo 3-1, o Barça marcou a abrir e podia ter ampliado 2 ou 3 vezes antes do 1-1 de gp estupidamente concedida. Não constou, então, que se deixasse de ver o jogo pelo resultado, que pareceu claro e no final foi claro; mas as ocasiões iniciais desperdiçadas, uma de Messi a 3 metros de Casillas para o 0-2, também teriam dado um avanço quiçá insuperável para o Barça. É assim. E como sigo atentamente os jogos guardo, para além dos resultados, mais do que as molduras dos belos quadros que nos deixam, ainda que este Clássico tenha sido dos piores dos últimos anos.
 
Ou seja, dá jeito ver os jogos pelo resultado ou pelas incidências. Ainda assim, a estupidez natural da pasquinagem tuga não dou desconto nenhum, à do País vizinho felizmente bem repartida entre os dois pólos absorventes e galácticos, dou o mérito de alto profissionalismo fixado por cima da especulação gratuita e da cegueira clubística deformativa da informação assertiva e bem fornecida.

Não se pense, porém, que também no valor e expressão profissional dos jornalistas, muitos dos quais conheço há anos, as coisas deixam de ser igualadas para o bem e o mal. O Madrid pode ter jogado muito bem, e asfixiou o Barça por uma hora, mas também os seus adeptos não deixaram de importunar (dizem insultar) os seus jogadores: lá como cá... E quanto às crónicas e opiniões, se ganhar está tudo bem, se perder é o fim do mundo. Para Barcelona a vitória foi merecida, na 1ª volta também era o fim do mundo tendo o Barça igualmente "perdonado". Es la vida. Mas pede-se equilíbrio e categoria que mesmo o contexto apaixonado do futebol impõe aos profissionais, perdoando-se um excesso ou outro devidamente contextualizado. Vale que para lá de Badajoz há jornais desportivos que assumem as dores e as cores dos seus, da Corunha a Valência, passando pelo 2-2 de Madrid e Barcelona.

Por cá há os envergonhados que não saem da cepa torta mesmo dando uma no cravo e outra na ferradura e os lacaios assumidos mas que se dizem equidistantes e equilibrados fomentando o terror informativo aos que não constam do rol de prebendas a distribuir pelos capitolinos. Também por aí a Espanha é relativamente bem descentralizada, autónoma e determinada e Portugal meteu-se no buraco conformista e conveniente e esgota-se na implosão suicida que mesmo quem arriba a St. Apolónia faz por reforçar.

23 março 2015

Do Quinzero à Quaresma onde se reabilita 'Jejus'

 
A Madeira não pode ser uma ilha dos Ciclópes quando o FC Porto lá vai e ainda falta a taça da treta.
 
E Quinzero tem de voltar aos juvenis, nem que seja para engraxar botas.
 
Do asco que ficou da derrota no Marítimo, meti Quaresma ao barulho.
 
Quinzero já tinha confirmado no Bessa a sua rotunda inutilidade: enganou-se na profissão, jongleur num circo com a bola perdia para as focas amestradas e os golfinhos com bico na boca ainda mais fino.
 
De Quaresma, mesmo tendo sido dos mais inconformados então, ocorre o mau e o bom, nunca se sabe. Para certos jogos é um desastre, não tem mentalidade. Escrevi-o já pela visita a Alvalade. Perde as estribeiras, não se controla, não arrisca o drible, amua e acaba até a ser algo violento.
 
Mas desenrasca muita coisa. Sábado fez em 15 minutos o que ninguém fez em 75 antes e nos 90 entre os que lá estiveram desde o início. Quaresma mostra o seu carácter, mesmo quando pelo lado negro da lua. Ou seja, talvez inspirado na Quadra, tem aparecido bem, "limpo" da cabeça e entregando-se à equipa. Tiro-lhe o chapéu: neste contexto, como disse no início de ter perdido o episódio da braçadeira (agora recuperada com o Arouca), o Quaresma é importantíssimo; ao invés, se amua, só divide e prejudica. Mas tem futebol!

Foi uma lástima ver Brahimi embrulhar-se em inconsequências e pela primeira vez vi Lopetegui sem saber o que fazer e sem coragem de mexer, ainda na 1ª parte. Já com o Arouca, apesar do MVP Aboubakar, foi Quaresma que puxou por aquilo, ele foi o MVP que no jogo seguinte não pode ir para o banco. Lopetegui conhece e avalia o plantel dia a dia, mas os jogos mostram-nos sempre coisas que não precisamos saber dos treinos. NO sábado havia insuficiências que entravam pelos olhos dentro muito antes de Tello inventar um golo improvável ainda que belo.
 
O Quinzero deviam poupá-lo a mais vergonhas. Bastou na época passada, onde disfarçava entre os Josué, Licá, Carlos Eduardo e tutti quanti.

Partantos, graças a Lopetegui, numa sua recaída que o inibe já de voltar aos "alcoólicos anónimos", podíamos crucificar o energúmeno e, ajoelhado com os ínvios a darem-lhe na cabeça e a coroá-lo de espinhos, não espetamos os pregos na sua cruz. Uma lástima, realmente. Esse rei vai nú e nós tivemos vergonha e pudor de o denunciar. Ou se eles estão borradinhos, e pareceu pelo semblante no final em Vila do Conde, mais a histeria idiota dos que até aqui andavam em catarse fanática de extremismo saloio na grande bebedeira do reino pacóvio, o FC Porto deu uma meia página de pasquim para se limparem um bocadinho.

Continuo a pensar que o Benfica será campeão, não pelo que vale, menos pelo que joga, muito pelo que tem sido, e não deixará de ser, ajudado, pedindo já às alminhas que não se esqueçam da esmola semanal, mas porque o fardo europeu vai pesar e o calendário é apertado mesmo para o extenso e valioso plantel às ordens de Lopetegui. Mas alguns valem Quinzero. E esse é outro problema.

22 março 2015

No rescaldo antes da retoma

Escrevo logo a seguir ao post sobre o jogo e fica a congelar como o Porto na classificação.
 
Ver Herrera a caroços de azeitona e a ter de jogar pelo México sei lá onde; ver Brahimi a azeitona só caroço incapaz de "agredir" ou sequer iludir alguém, ver Casemiro nem caroço nem azeitona, ver Danilo e Alex Sandro sem caroço e sem azeitona e perguntar por que, mesmo assim, Oliver que já tinha regressado com o Arouca não entrou, mas sim Quintero, pergunto se há mais balas no tambor para roleta russa e em que estado chegarão ao Olival daqui por uns dias.
 
A equipa tem feito muitos jogos, ao contrário do Benfica que tem obrigação de fazer muito mais mas sem andor não vai lá, mas irá fazer muitos e mais importantes ainda dentro em breve, pelo que o "bajón" físico vai durar e a retoma será tão dura quanto a ressaca de um período de êxtase que nos inebriou até levarmos com um soco no estômago.

Se foi difícil aguentar o Nacional, também o FC Porto tinha perdido ontem com o Rio Ave, uma equipa organizada e arrumada para causar danos na frente sem temer o adversário desde o início e superando duas lesões musculares num minuto. O FC Porto visita o Rio Ave entre os jogos do Bayern na fase que aí vem de lua cheia.

E, depois do que se viu e antevê, pensar que é bom o FC Porto depender de si, só mesmo um burro ficará optimista. Acho que se algum ficou mesmo, além do treinador portista, só o Jorge Jejum, que além de grunho continua a alardear deploráveis conhecimentos de arbitragem que nunca lhe ocorrem nas situações favoráveis.
 
Não há plantel em extensão e rotatividade que assegurem boas notas nos exames difíceis de Abril. Problemas mil.

21 março 2015

Só os burros não aprendem (e em dose dupla)

Já não é a primeira vez que depois de um deslize do Benfica - suplantado em tudo pelo Rio Ave (2-1) - horas antes, em Vila do Conde, que o FC Porto dá um passo em falso.
 
O Benfica não joga puto, o FC Porto não tem estofo. E não só não foi capaz de se aproximar a 1 ponto da liderança, cortesia de um jogo extraordinário do Rio Ave que pude ver na íntegra, depois de só ver o Benfica nos jogos com os grandes rivais e também uma boa porcaria mesmo escapando sem perder, como a equipa de Lopetegui, por culpa do treinador, não se empolgou com a janela aberta de esperança - como acabou a revelar baixa de forma física e sem estado de alma que suplantasse esse défice de pernas e pulmões que inibiu todos nos parâmetros da velocidade, explosão, posicionamento e ganho nos duelos individuais, logo perdendo toda a ligação nos sectores parecendo que jogava com menos um tal a superioridade do Nacional na defesa, no meio e no ataque.
 
Depois de não descortinar que Brahimi, nas lonas, não sacava uma finta, e mesmo Tello ser incapaz de ir à linha de fundo e fazer um "pique" no 1x1, acabando a 1ª parte a fazer um golão em rara jogada individual à falta de jogo colectivo, Lopetegui só podia insuflar desânimo com essa mosca morta que dá pelo nome de Quintero e que pensei ter desaparecido do mapa após o inenarrável jogo do Bessa.
O treinador não só não escolheu a melhor equipa, com jogadores frouxos e em "bajón" físico num estouro que se ouviu na Madeira, como fez más substituições e perdeu mais de uma hora de jogo com um meio-campo permeável - Herrera a passo, já visto com o Arouca ainda que jogar com 10 pesasse - e essa incapacidade de ler o que o jogo pedia foi determinante. Depois de trocar o "amarelado" Casemiro, também ele lento, por R. Neves, e Quintero rendendo Evandro também estranhamente complicativo, foi muito tarde que entrou Quaresma pelo improdutivo Brahimi. Quaresma sozinho quase ganhou o jogo abrindo um flanco como não se tinha visto mas Aboubakar continuou muito desamparado na área e com os médios - alô Quintero?! - sem nunca chegarem para a meia-distância e o apoio próximo.
 
Lucas João falhou de baliza aberta o que poderia ter sido o golpe de misericórdia para um Porto abúlico, sem alma nem futebol ligado e com um estrondoso estouro que até o moribundo Benfica ouviu ganhando novo alento enquanto carpia estranhas acusações à arbitragem de Vila do Conde.
 
E se o líder andou sempre ao colinho, estranhando se lhe falta apoio próximo e decisivo, o perseguidor teme chegar-se à frente e mesmo a juventude do plantel, que tem soluções, demonstra falta de ambição.
 
Antes da paragem do campeonato e o seu recomeço com trepidante sucessão de jogos este sinal de fraqueza, assombroso, depois de êxtase competitivo e de beleza futebolística, foi surpreendente, quiçá inexplicável e é altamente preocupante porque o "bajón" físico foi notório e não é com ratos assustados que se apanham gatos pingados como o bafiento Benfica, muito menos barões bávaros como o Bayern. De resto, o FC Porto não tem a desculpa da Europa, como o Benfica não tem (a não ser cansar-se de ver pela tv e, agora, esperar que o Bayern cumpra a sua obrigação sem favor) para jogo tão fraco mesmo quando ganhava 1-0, tal como o FC Porto.
 
Muito má hora para mostrar debilidades julgadas ultrapassadas e provar incapacidade de se auto-estimular para grandes feitos.
 
Sem menosprezo para o Nacional que parecia ter mais jogadores em campo, os sectores ligados, a fluidez assegurada, a subida à área sempre com vários homens, ainda que os ferros tenham protegido duas vezes a sua baliza mas sem o Porto sequer impor jogo e posse, por falta de força e jeito. Se aos madeirenses sobrou um pouco de sorte, mesmo falhando golo de baliza aberta (Lucas João traído por ligeiro ressalto da bola para lhe meter mal o pé e ela subir à canela e sair por alto), tendo algumas baixas importantes, a verdade é que não merecia perder e o empate é justíssimo.
 
A cara de Quintero e a inépcia de Lopetegui demonstram as faltas de jeito e de força como rostos do fracasso. E, como é repetido, realmente só os burros não aprendem.
 
Jesus, por exemplo, ainda bem que continua longe da divindade que se apregoa na terra. Esta tarde só faltou ajoelhar outra vez, com Luisão expulso quis o pontinho e meteu outro para defender, mas acabou ajoelhado a pedir que não expulsem mais jogadores do Benfica porque é um exagero, aí uns 11 em 26 jogos e não pode ser, da mesma forma que já chateia marcar penáltis por mão na bola na área, mesmo que o árbitro tenha sido amigo poucos minutos depois ao poupar o 2º amarelo ao bom samaritano Samaris que Jesus, uma vez ou outra com o neurónio a funcionar, percebeu ser hora de não arriscar também aí e sacou o grego de mais chatices numa epístola aos celoricenses de Basto que bem encheram e deram luz mas está visto que não é isso que se torna decisivo - o andor é que faz falta.
 
A propósito, achei bem o portuense Manuel Oliveira, sem "o", na Choupana, mesmo na carga sobre Quaresma que julgo legal. E, de facto, Lopetegui não chegou a queixar-se do árbitro. O tipo com nome de cineasta sem "o" foi, afinal, uma lufada de ar fresco que o caruncho físico dos dragões não fez por merecer, tal como a brisa atlântica chegada de Vila do Conde não insuflou de ânimo os dragões.

20 março 2015

Com Benfica e Mourinho a verem na televisão

Porto-Bayern a 15 de Abril, entre a ida ao Rio Ave (12/4, decerto 11 por haver o Estoril a 6/4) e a recepção à Académica (19/4, certamente 18 por causa da 2ª mão a uma 3ª feira) e Bayern-Porto a 21 de Abril antes da ida à Luz (26/4), é o panorama para o Abril problemas mil após o sorteio da Champions que traz muitos dos melhores do Mundo ao Dragão, sejam campeões alemães ou medalhas de bronze holandeses no certame brasileiro de 2014.

Os problemas de Abril avolumam-se porque, como então questionei o adiamento da semifinal da taça da treta com o Marítimo dia 2 mesmo que o FC Porto jogue com os menos utilizados, o FC Porto tem a 6 o Estoril em casa e o Rio Ave em Vila do Conde a 10 ou 11, jogos de quatro em quatro dias, o que penso deveria ter sido evitado no caso da taça da treta e não obrigaria ao Porto-Estoril passar para a 2ª feira seguinte. Isto, por si só, parece de pouca monta, não fosse o caso de ser previsível que o FC Porto passasse o Basileia e teria este panorama na Champions viesse quem viesse.
 
Nem vale a pena falar do adversário, apesar de ser um dos mais fortes da Europa, enquanto por pouco não calhava ao FC Porto um dos dois mais acessíveis que saíram a seguir das mãos de Kalle Riedle, Juve-Mónaco, a parelha final do cartaz da Champions.
 
Se o Benfica vai esperar a ver na televisão, Mourinho também terá razões para se roer de inveja, pois se o Chelsea do antifutebol da sua lavra tivesse passado o PSG estaria agora diante do sonho molhado do Barcelona, sendo que Paris e Barça repetem o confronto da época passada nesta fase (e já se viram nos grupos, 3-2 e 1-3, ganhando o Barça o grupo) e depois também de os catalães terem superado o City. Há um ano, 2-2 e 1-1 fizeram passar o Barça com os resultados que agora fizeram passar o PSG ante o Chelsea do antifutebol.
 
Mourinho também poderia ter uma antevisão da época passada, tivesse o Chelsea passado mas é passado, no confronto com o Atl. Madrid ou até com o seu novo ódio de estimação Real Madrid, com os vizinhos a reeditarem a final de Lisboa desta vez em suas casas e sem os preços hoteleiros loucos de Maio'2014. Será o 3º duelo madrileno, incluindo as semifinais de 1959 que meteu 3º jogo. Vaya Leyenda!
 
O ex-técnico do FC Porto, como o FC Porto também, poderia desejar o Mónaco, como na final de 2004, mas acabou por sair à Juventus, um dos principais, e então dos mais bem colocados com o Inter, emblemas que o requisitaram ainda antes de Gelsenkirchen.
 
Pelo que, o FC Porto tem uma tarefa dificílima, obviamente, mesmo invocando gesta de 87 mas já superado, posteriormente, pelo Bayern em 91 e 2000, também nos 1/4, com um dos grandes favoritos à presença na final em solo alemão.
 
O FC Porto mini-mini Barcelona apanha o mini-Barcelona e vamos ver se o Barcelona mesmo se safa desta.
 
Mas há muita gente a roer-se de inveja, pois o quadro de pretendentes às semifinais é este:
Paris SG-Barça; Atlético-Real M.; FCP-Bayern M.; Juventus-Mónaco
 
Na época passada avançaram Atlético-Barça e Madrid-Bayern, pelo menos um cairá desta vez ou poderá sobrar um de Madrid e quereria dizer que o FC Porto seguiria em frente. 
 
Quer dizer, se passarem os não favoritos (quem são?, quem são? PSG, Atl. apesar de ter ganho 4 e 2 empates dos 6 jogos com o Real Madrid esta época!!!, FCP e Mónaco) fica tudo em aberto para a final de Berlim, onde faltará pôr o creme na bola.
 
Partantos, depois de roerem as unhas, chuchem nos dedos.
 
O cartaz é suculento e o Benfica vem muito depois, até depois do 25/4. E isso é histórico, para uns passadistas, para outros arautos da Liberdade. No futebol também. Aliás, a História demonstra-o.

19 março 2015

Manuel Oliveira, sem "o", discretamente do Porto mas tem sido assim com o FC Porto


Mais um nome estranho para arbitrar o Nacional-FC Porto. Desconheço quem seja Manuel Oliveira, mas é do Porto e vai dirigir o jogo de sábado na Choupana. É do Porto fico de pé atrás, há um vasto rol de gente do ramo que não se recomenda, aliás praticamente nenhum; é desconhecido mais desconfiado fico. Tem sido assim, em jogos discretos lá vão árbitros discretos. Ou, se conhecidos, de há muitos anos, árbitros sem estatuto. Começou com o antiquíssimo, mas nunca internacional, Paulo Vigarista em Guimarães. Entretanto, foram aparecendo os Jorge Ferreira, Luís Ferreira, o Tavares da última jornada, tudo com arbitragens de merda, árbitros de merda para u futebol atolado na merda do descrédito absoluto. Mas os presidentes andam preocupados com as contas da Liga, sem meterem o anterior presidente da mesma em Tribunal e ouvindo deste, para cúmulo, que isto da Liga é uma vergonha. Fala o roto ao nu.
 
Porquê árbitros sem currículo nos jogos do FC Porto? Porque se errarem têm essa desculpa; e têm errado imenso; a desculpa surge propositadamente como desculpabilizante, atirando o odioso, ao invés, para as "nomeações". É tudo programado, nem é cabala, está tão demonstrado como os famosos bloqueios agora denunciados pelo Collina num jogo europeu do Benfica. Calha vir uma denúncia, grave, por causa da impunidade, de fora. Poucos deram por isso, O Jogo deu destaque no interior mas remeteu para um discreto título na capa como um pasquim a desvalorizar a sentença arrasadora, a meio do jogo judiciário, que mantém o vigarista Sócrates na prisão de Évora. Diz bem do que vale a Imprensa, incapaz de denunciar por si própria o mal que mina o futebol tuga. O JN fez o mesmo, tocou na coisa mas não fez estardalhaço. Essa timidez da Imprensa dita nortenha reflecte, por outro lado, o seu declínio mesmo nas terras de origem. Nada sucede por acaso. E esconder as coisas só diz de quem o faz, quem vê de fora sabe avaliar o que se omite e a falta de coragem para o denunciar.
 
Li, entretanto, ontem, no JN que Pinto da Costa terá tido uma multa de 150 euros, mais ou menos, porque terá protestado junto do árbitro Tavares do recente jogo inclinado com o Arouca. Não havia notícia a desenvolver o tema, surgiu num cabeçalho do noticiário do FC Porto. Fiquei a saber o mesmo. Em O Jogo nem me apercebi dessa multa. Devo andar muito distraído, ando mesmo, ou andam a camuflar bem as coisas e não aparece um Vítor Pereira a dizer o "futebol do Benfica é isto" ou a catalogar Jesus como treinador que só se gaba nas vitórias e "os insucessos não é com ele".
 
Entretanto, temos o Manuel Oliveira, do Porto, na Choupana. Nem quero saber do que já fez no campeonato, sigo muito à distância e nem vejo mais jogos para além dos do Porto, tirando um Benfica-Sporting ou coisa assim. Mas sei o que os da sua estirpe têm feito. E arrepio-me.
 
Arrepio-me porque a tendência, manifestada cabalmente pelo Tavares de domingo passado, é vincada. E se não é do cu é das calças, vide a denúncia de Pinto da Costa sobre o Porto-Guimarães que o sobe-e-desce algarvio Nuno Almeida não controlou como devia. Até um Vasco Santos, parolo portuense ansioso por agradar a Lisboa para ter insígnias, teve de meter a colherada como 4º árbitro...
 
Por exemplo, soubemos esta semana da avaliação tão negativa do Cospe Machado no jogo que eu segui apenas até aos 30 e tal minutos, porque percebi que o jogo em Braga da taça da treta era uma merda própria da competição malfadada e do reles futebol tuga que é servido à populaça com doses cavalares de megalomania típica do Ronaldo. Uma avaliação tão negativa que em todas as decisões analisadas foram todas em prejuízo do FC Porto. Quatro em quatro. Cem por cento. Nem no pífio FC Porto-E. Amadora lograram descortinar algo similar, nem de perto...
 
Logo o Cospe Machado que é pela aparência, mas só isso, o Collina tuga. Uma merda luzidia como a sua cabeça vazia e não só de dose capilar. O Collina que surge a dar o exemplo negativo e bafiento que por cá não é denunciado mas sabemos como é lá fora e sabemos que os de cá não aprendem com os de fora, a começar pela Imprensa de sarjeta cujo papel não serve, hoje, nem para embrulhar peixe, como há tempos se dizia.
 
Mais um sinal inequívoco do que se passa mas sabe-se, em notícia inexistente, que Pinto da Costa criticou, algures e desconhece-se em que tom, de que forma e em que local (em virtude das limitações desses contactos), o Tavares da encomenda de domingo. Vá lá que não foi uma multa de 39 euros. Foram 150 euros, mais ou menos. Pasmo.
 
Parece-me acertada a presença de um internacional, Marco Ferreira, no Rio Ave-Benfica. Temi que fosse, pela enésima vez, Bruno Caixão, cujas peripécias no jogo em cartaz já entraram na história. Mas será o internacional Marco Ferreira o valentão, tipo Jorge Tavares no Dragão, que expulsa jogadores que vão para a baliza em situação de clara oportunidade de golo? Não, por duas vezes Marco Ferreira não expulsou jogadores que como últimos defesas impediram claras oportunidades de golo, frente ao P. Ferreira...
 
É que se também, por outro lado, se procura poupar os internacionais a poucas-vergonhas, retirando-os amiúde dos jogos do Benfica sempre marcados por coisas anómalas mas nenhuma contra o Benfica, isso tem a ver com a mãozinha das nomeações e nada acontece por acaso. A Imprensa espanhola até já percebeu que algo de anormal se passava, mas talvez por haver uma ligação de muitos espanhóis esta época no FC Porto, ajuda a alertar.
 
Depois admiram-se da imagem que Portugal, também no futebol, tem lá fora, à parte a selecção que aparece nas fases finais e tem ainda Ronaldo para mostrar.
 
Devia envergonhar toda a gente, do meio, mas só realça a timidez com que tratam as coisas cá dentro.
 
A intervenção de Collina é uma espécie de Troika a chamar as coisas pelos nomes e a pôr as instituições a terem vergonha do que omitem e permitem, sempre à margem das leis.
 
O destinatário é bem identificado. Mas o tuga faz-se de sonso. A cavalgadura de sempre, sempre comido de cebolada, que pode repelir a impertinência dos "cámones" que olhem cá para dentro mas sabe que tem, ou devia, clamar "aqui d'el rei" e fá-lo um dia...
 
Portugal não afundou por acaso. Por muito que muitos nem queiram saber.

18 março 2015

A mim faz-me lembrar todos os veredictos dos tribunais no mesmo sentido...

 
Pinto da Costa pode ir a Évora explicar as diferenças: talvez a de um político preso, em vez de um preso político. Um Tribunal superior que, por unanimidade, mantém e "reforça" a prisão preventiva do 44 consultando o processo pela primeira vez é arrasador mesmo.
 
Aproveite e aprenda o hino da maralha, já que publicamente pouco ou nada mesmo se lhe tem ouvido em defesa do FC Porto.
ACTUALIZADO
Pelo visionamento das capas do dia percebe-se muita coisa consoante os destaques. O JN até dá mais rosto a uma actriz e um diz que disse do que a uma sentença de tribunal superior.

O Público, a quem o patrão Belmiro não deu o golpe de misericórdia antes de se reformar, mostra como se faz mesmo, despudoradamente, como já fizera entre o caso da SS de PPC e a casa amansardada de António Costa em Lisboa...

Ainda regressando ao tempo de há 10 ou 11 anos, lembro quem apresentava os telejornais emitidos no Porto diariamente escarrapachando as capas do CM e hoje tem um cargo mais ou menos relevante, ainda que pífio, no FC Porto. Hoje as capas do CM, o jornal que vende mais do que todos os outros diários  juntos, são sonegadas nas pantalhas do País pacóvio remetido à sua ignorância e estupidez naturais e ignaros na captação da sub-informação que as tv's do regime emitem e até omitem.

17 março 2015

E o Benfica deixou de ser falado na Europa...

Onde não teve colinho, onde os árbitros "são muito rigorosos e condicionam os meus jogadores" segundo estranhava Jesus naquele tempo, o Benfica fez a figura que se sabe mas tinha, até esta noite, um registo notável: única equipa a ter vencido o Mónaco (1-0 na Luz porque foi perdoado um penálti clamoroso por Jardel jogar a bola com a mão na sua área).
Já não era a única que marcara golos a Subasic, o g.r. da equipa de Jardim, depois de o Arsenal ter marcado em Londres (1-3). Com a vitória do Arsenal (2-0) no Mónaco, insuficiente para passar por golos fora com 3-3 nas duas mãos, o Benfica já não tem motivo para merecer alguma referência, sendo que a tinha sem sequer ter jogado este ano na Europa.
Agora pode continuar a jogar metade dos seus jogos com equipas reduzidas por os árbitros tugas serem "muito rigorosos e mais do que condicionarem, expulsando mesmo, jogadores das equipas adversárias".

«Você cheira mal, devia lavar-se»

A expulsão (indevida) de Ibrahimovic no jogo com o Chelsea e o penálti (não marcado) sobre Quaresma frente ao Arouca repõe-me no caminho de ver os jogos em casa pelo streaming, pois se o distinto Gatuno Galamba tem direito a piratear, como bom socialista, eu também e não sou presunçoso.
 
É que posso já ter voltado à Escola ao fim de 30 anos, posso ter dado a volta ao Mundo em menos tempo, mas queria evitar escaramuças, para dizer o mínimo, a ver jogos e ouvir "estupidezes" nos cafés com tugas estúpidos a quem quanto mais bola na pantalha mais merda na carola e sabe-se lá como em casa, ao calha. Também falta pouco para o final da época e esta vida são dois dias e um já vai a meio, pelo que manter a sanidade mental, mesmo com a chegada de novos gurus à querida RTP, é uma condição para envelhecer bem e a bem.
Quanto à blague da semana que os dandy da escardalhada caviar desprezam, podia dizer tanto da jornalista ofendida - considerando matrimónio anterior entretanto, ao que dizem, desfeito - mas teria de remeter o causídico, patusco mas verme que não sabe com quem se liga, para o aludido esposo digno dos seus dichotes, mas ele tem tanto que fazer para defender o indefensável que nem teria tempo para se lavar lui-mêmme. E pelo aspecto já deixa a desejar.

15 março 2015

Desfazer de mitos na goleada à arbitragem

Mais uma arbitragem ar de cor. Pornografia rasca de putas de beira de estrada. Uma expulsão inacreditavel. Um penalti claro negado. Um fora de jogo não assinalado que quase dava empate. Um fora de jogo inexistente marcado a brahimi. Um jogo de novo viciado pela tropa de choque ao serviço do Benfica.
A coisa positiva e única deste campeonato é negar nos jogos do FC Porto que as equipas pequenas são prejudicadas

13 março 2015

A rotatividade de Lopetegui revista e anotada

Pode haver coincidências casuais no futebol mas pouco há de novidade e muito menos fruto do azar, considerando o médio e longo prazo. Daí que, voltando a abordar a rotatividade dos planteis como Lopetegui chegou a aflorar no final do jogo com o Basileia, é importante notar um ou outro ponto sobre o assunto que muitos opinam na base da emoção do momento e sempre sem o conhecimento próximo sequer pela habituação e visão por dentro de um fenómeno do género que marca o futebol moderno.
 
Não vou falar do que aqui defendi, no início da época, na matéria, percebendo e aceitando as opções de Lopetegui. Uma vez mais, fui ao contrário da manada que vociferava qualquer coisa. Certo é que, nas condições criadas para 2014-2015 seria difícil começar melhor, mas isto é como avaliar a governação com a Troika depois do pedido de assistência financeira que vinha acompanhada de exigências dos credores que os devedores, por bem, devem respeitar e tentar cumprir mesmo que se façam ajustamentos que foi o que se andou a fazer nestes quatro anos lá no fundo do poço onde os socialistas nos meteram.

Para todos os efeitos, essencialmente para ver jogadores e avaliar um plantel que começava cedo a arriscar a época com a pré-eliminatória decisiva da Champions, houve rotatividade. Não ainda no sentido pleno do termo e da função e dinâmica de "gerir" o plantel, mas isso não deixou de estar presente e Lopetegui referiu-o também por esse prisma. Agora que o FC Porto atingiu a velocidade de cruzeiro e quando se perspectivava, nesta altura, precisamente a profundidade do plantel, a sua diversidade de opções mas também a respectiva valia e o ponto de "forma" no momento crucial da temporada com o regresso à Europa, fazer então o levantamento de algumas situações.
 
Não só as soluções respondem, eu diria à excepção desse atraso de vida que é Quintero, mas já nos últimos jogos se viu a entrada de Evandro como uma luva no onze ou a rendição de Jackson por Aboubakar e a maleabilidade de Quaresma já mais crente de que não é o salvador da pátria mas pode ser muito útil e contar como os outros na medida do seu talento inato. Mas os efeitos da rotatividade notam-se, ainda, pela frescura física que os portistas têm revelado, passando por cima de adversários e mesmo em jogos muito duros como Guimarães, Boavista, Sporting, Braga e Basileia fizeram.
 
Mas há mais, porque temos a facilidade de comparação com o que se pratica lá fora de onde chegou a questão da rotatividade, ainda que ao tempo Mourinho a impusesse no FC Porto e por isso saiu-se bem em todas as frentes.
 
Ora, depois da fanfarra merengue de 22 vitórias consecutivas mas em que se foi lançando o alerta de Ancelotti não variar muito o onze e até repeti-lo bastantes vezes, além de decretar que a tripla BBC era sempre titular desde que estivessem em condições Bale, Benzema e Cristiano, temos o afundanço espectacular do Real Madrid nos últimos meses, desde o início do ano, que lhe custou a liderança da Liga espanhola e o fim de 10 vitórias consecutivas na Champions com uma derrota em casa por um adversário a quem o Sporting marcou 7 golos...
 
Ver como se arrastaram os médios do Madrid na 3ª feira foi a prova de como aquilo vai pior do que um escarrador a pedal.
 
Ainda na Champions, a impressionante prova de força física e mental do Paris SG com o Chelsea revela a gestão criteriosa de Laurent Blanc para levar os franceses a um jogo fantástico em Londres nas condições anormais que se viram, subjugando o Chelsea, que não jogou no fds em Inglaterra, nos planos do jogo jogado, da disputa feroz da bola com vigor físico insuperável e a jogar com 10 por mais de 90 minutos com o prolongamento e do carácter psicológico que não pode ser acicatado apenas com 1/4 milhão de euros de prémio individual que dizem o sheik dos Emirados ter oferecido aos parisienses.
 
É claro que isto da rotatividade pode correr mal se não houver jogadores em quantidade e qualidade, algo que Ancelotti tem em Madrid e conheceu no Milan enquanto jogador e treinador campeão europeu. Ancelotti não é um nabo chegado de paraquedas. Mas eu sempre me pareceu que a influência de di Maria na época passada, durante a época e marcante nas finais ganhas, ia fazer falta ao Real Madrid.
 
Creio que não me enganei, mas também não fiz o curso de adivinho em Vilar de Perdizes e já vamos em 2015 com duas sexta-feiras 13. Ao invés, vejo muitos idiotas úteis a polvilharem as tv's da parvalheira com considerações e fellatios informativos e opinativos que obrigam a pôr a bolinha vermelha no canto do ecrã.
 
Eppure, a bola move-se e não tem propriamente segredos.
 
O que não deixa, no FC Porto, de evitar considerar-se como potencial campeão dado o atraso e as ajudas ao Benfica. Tivesse o Benfica, pobre e remediado, continuado na Europa, fizessem os fellatios e amparassem as quedas como fazem os árbitros, e não tinha eu sentenciado que o campeão está encontrado com o benfas limitado às reles provas domésticas de ordinária administração. Iríamos ver o Benfica a cair de novo com estrondo e só cairá, desta vez sim, por incompetência - o que em Jesus não é um dogma do género da antiga infalibilidade papal, de Pio IX no Concílio Vaticano I em 1870 (e criou a Imaculada Conceição; Pio XII depois a Ascensão de Maria). Quanto ao pio dos melros, é deixá-los pousar.

12 março 2015

Como um desportivo de Madrid deixa mal o presidente do Real Madrid

Florentino convocó ayer a la prensa para atacar a la prensa. El móvil inmediato fue la portada de Marca, que hablaba de ultimátum a Ancelotti. El móvil no tan inmediato fue la bronca del Bernabéu el otro día, cuando el equipo rozó la eliminación. El madridista está enfadado y ya reparte sus culpas (véase AS de ayer) entre la plantilla (56%), Ancelotti (27%) y Florentino (17%). Ante este estado de opinión, bueno es buscar un enemigo externo, por más que la prensa no haga alineaciones ni fichajes desmesurados de utilidad relativa. La prensa ve lo que pasa y cuenta lo que hay, cada cual según su leal saber y entender.
Sobre la visión que tiene Florentino acerca de la prensa es ilustrativo el hecho escandaloso de que al poco de su triunfal regreso contratara, con sueldos generosos, a dos periodistas de El Mundo condenados en firme por la Audiencia Provincial, tras recurso, por un delito de calumnias contra el anterior presidente, Ramón Calderón. Le atribuyeron falsamente el uso privado de una tarjeta del Madrid. Uno de ellos dos es hoy el director de la televisión del club, el otro se sienta en el banquillo con los jugadores. Ninguno de los dos tenía experiencia previa para los cargos que ahora desempeñan.
Este ejemplo de miseria humana me ahorra acudir a aquel precedente del “never, never, never” con el que salió a ‘desmentir’ a este periódico cuando anunciamos que lo de Beckham estaba hecho, o tantos otros precedentes en que ha sido ‘económico’ con la verdad. Hablando de Florentino y la prensa, recuerdo que en 2004 contrató un póster en centrales de AS y Marca, en campaña, anunciando que en ese mandato iba a cubrir el Bernabéu. Hace once años. Ese día sí publicamos ambos una mentira. El Bernabéu aún sigue descubierto, así que las pitadas las pueden escuchar los transeúntes de La Castellana
 
Como sempre, o director do As.  Tem Mourinho no título, mas isso é uma coisa atravessada de jornalista, nunca se lhe refere mas arrasa Florentino. Só agora li. E com parágrafo especial dedicado a jornalistas. Além da Marca da rivalidade, a abrir as hostilidades. Como sempre, brilhante.
 

Pinto da Costa ainda vai ter de ir a Évora outra vez...

Parece que o FC Porto acumulou quase 25 milhões de euros na Champions - é praticamente um crime. Em tempos alguém tentou incriminar os dragões quanto à Europa da bola. Portugal está perigoso. E a inveja é fodida, já dizia o Camões que rematou assim o último Canto...
Entretanto, multiplicam-se os pedidos inúteis a testemunhar a vacuidade e bacoquice do tuga ignaro em nome do 44. Mas tem fava ou não tem Fava?
 

Justiça poética contra o Chelsea na noite dos horrores de Mourinho

Deixei de apreciar Mourinho pelo que de maléfico se tornou no futebol internacional e não o escondi, pelo que fiquei muito feliz por uma noite de horrores que sintetiza o que há muito sentenciei: o fim do mito de Mourinho.

Ex-Republic of Ireland striker John Aldridge:
Chelsea simply got what they deserved. The way they played portrayed their manager. Negativity at home, rarely works.
 
Pelo segundo ano consecutivo eliminado em casa na Champions e sempre por jogar na defensiva mesmo marcando primeiro: há um ano foi nas meias-finais com o Atl. Madrid (1-3 em casa).
Agora nem a jogar contra 10 e com um árbitro caseiro e que torpedeou o jogo e a verdade desportiva com aberrante crit´rio disciplinar, Mourinho é capaz de ganhar. Mais um jogo em que marca prineiro, como em Paris, e não vence. Apesar da liderança, pífia, tem sido assim nos jogos grandes da Liga inglesa. Não vence nenhum.
Vi a pior arbitragem possível na Europa em +40 anos de futebol e nem assim o Chelsea superou o PSG a jogar com 10 desde a meia hora de jogo. O vermelho a Ibrahimovic seria bem mostrado se tivesse sido igual para entradas iguais de Ramires, Matic e Diego Costa, mas Matic conseguiu sair sem um amarelo sequer e o Chelsea devia ter acabado com 8 ou mesmo 7 jogadores em campo.
Nem por ter descansado no fds, afastado da Taça de Inglaterra, o Chelsea teve a frescura física e a força mental para se impor, repita-se, em casa, com um árbitro a favor, com vantagem na eliminatória e no marcador, contra 10.
Já na época passada só por infelicidade, e um golo tardio de Ba, o Paris SG foi eliminado; desta vez foi muito melhor, com 11, e bem melhor com 10.
E pedia Mourinho "melhor futebol" ao PSG por ter melhores jogadores. Mourinho assassina o futebol e desprestigia os seus jogadores, nenhum evolui mais com ele. Catastrófico.
 
David Luiz e Thiago Silva fizeram de cabeça, em cantos, os golos do PSG que empataram 2-2 e ganharam a eliminatória, após 1-1 na 1ª mão. Logo a dupla de centrais brasileira afundada no Mundial'2014 e eleita, imerecidamente, para o XI do ano da FIFA que ninguém compreendeu.

Mas a suprema ironia foi ver o Chelsea perder no prolongamento uma eliminatória da forma que levou a prolongamento a final de Munique em 2012, com o Bayern.
 
Drogba marcara de cabeça num canto aos 88', levou a final a prolongamento e marcou o penálti decisivo no desempate.
 
Desta feita entrou quase no fim, viu David Luiz levar a eliminatória a prolongamento eThiago Silva marcar o golo que sentenciou a eliminatória - mas o adversário a jogar com 10 e o Chelsea a abusar do jogo duro com a complacência do árbitro e sem a categoria de Pedro Proença em 2012.
 
Melhor epitáfio não podia sair de uma eliminatória vibrante para sepultar a memória daquela final que o Chelsea não merecia vencer nas gp e para enterrar de vez o futebol do século XIX que Mourinho, insistentemente, inspira nas suas equipas.
 
Já ouvir a voz de enterro dos pascácios da TVI por esta eliminação lembra os fellatios da estação aos jogos europeus de Mourinho e que infelizmente ainda apanhei ao chegar a casa.

Na época passada era o condutor do autocarro, agora perde o trem sujeito a vexames dos adeptos
Na noite de todos os horrores de Mourinho, o futebol emergiu de forma assombrosa da mediocridade que Mourinho tem emprestado ao jogo e cujos mind games são já patéticos e que se viram contra si.
 
Por muito menos o sheik do Kuwait mandou a selecção no Mundial-82 sair do campo logo em jogo com a França, em Espanha. O sheik qatari, salvo erro, que manda no PSG, deu outra lição a Abramovich. E Laurent Blanc obteve o supremo gozo depois do desafio idiota de Mourinho sobre o que é jogar futebol.
 
The last, but not least, enquanto o Chelsea era eliminado a jogar contra 10, o Bayern de Guardiola dava 7-0 ao Shakhtar a jogar contra 10. Pepe disse que se tornou fácil jogar em superioridade numérica.
 
Mourinho seguramente dispensava mais esta, mas é uma tragédia pessoal que só beneficia o futebol e quem o ama de verdade.
 
Os tugas basbaques com as proezas de Mourinho são genericamente os mesmos que supõem melhores condições em Portugal com os inenarráveis socialistas do frouxo Ferro e do cobarde Costa.

Adenda: para rematar a faena contra Mou:
 

11 março 2015

Vermelho nos 40 anos do PREC

 
Acontece, ainda, no 11 de Março de hoje, 40 anos depois de uma alegada tentativa de "golpe de Estado" que serviu um propósito político de (tentar) instaurar uma ditadura comunista em Portugal. Algo que já vinha temperado pela agit-prop visceralmente comuna (criada precisamente na proto URSS pelos bolcheviques como forma de "instruir" um povo já não escravo, porque libertado pelo cazarismo da terra e do senhor, mas ainda e sempre ignorante e analfabeto) lançada a 28 de Setembro de 1974 em que a manifestação da "Maioria Silenciosa", absolutamente pacífica e convocada de apoio ao poder então em vigor (no caso o general Spínola à cabeça do MFA), foi simplesmente atacada pelas forças ditas revolucionárias no que foi o verdadeiro início do Processo Revolucionário em Curso (PREC) cujos efeitos ainda hoje se notam mas os destruidores da Economia de então, ainda hoje no Parlamento a defender "os trabalhadores", preferem falar dos malefícios da adesão à CEE (11 anos mais tarde, mas Portugal já tinha palco internacional, quebrando gradualmente o isolacionismo, no âmbito da EFTA).
 
Ora, a data histórica não podia ser mais irónica quando o FC Porto se torna, de novo, o emblema de Portugal por excelência na Europa. Antes do 25/4, o FC Porto era um parceiro menor, sem influência nem representatividade através da Imprensa nacional, salvo a que, então pujante e hoje desaparecida, se publicava no Porto: era o JN mas, ao tempo, CP e PJ eram até mais fortes em vendas, especialmente o "Janeiro".
 
O futebol é, aqui, um pretexto para abordar o problema de fundo, mas hoje em dia qualquer coisa é pretexto para qualquer coisa, então de paneleirices nem se fala e as gajas fazem-se ao deboche com descaramento estúpido e desfaçatez intelectual que o acesso aos Media não permitem contestar. A Liberdade permitida pela Internet, as Redes Sociais fez muito mais pelas pessoas, os seus anseios e opiniões, do que uma suposta liberdade de Imprensa que os serventuários do poder torpedearam por dentro. A Imprensa, hoje, está tão castrada, instrumentalizada, como há 40 anos - eu lia o JN diariamente e via as pessoas que lá trabalhavam; hoje sem ler e conhecer por dentro dá-me vómitos tudo aquilo. Adiante.
 
Tivemos o Verão Quente de 1975 mas não parece, pela aragem, que se fale ao longo dos próximos meses dos acontecimentos extraordinários de há 40 anos. É pena, muitas pessoas ficariam a saber o que eram aquelas massas e o que são, hoje, muitos que vêm daquele tempo, muitos também que se transfiguraram: quase ninguém da Política tuga actual pode dizer que, há 40 anos, não estava entre os radicalistas de Esquerda: do Barroso do MRPP ao Pacheco Pereira do MDP e os do PS eram tão radicais vs moderados como são hoje entre os Galambas idiotas e as Moreiras abstrusas. E, contudo, a Maioria Silenciosa existia, como existe: quem rejeita subjugar-se ao politicamente correcto e à tendência da moda, aquela que por décadas manietou gente tão bem conceituada como os suecos, por exemplo, onde muita gente de há 40 anos bebia o saber da "economia social" e a "transformação pacífica da sociedade" numa de autómatos sem opinião nem relevância. Estou a acabar de ler um livro da época, "O Novo Totalitarismo - a Experiência Sueca", comprado por acaso por... 50 cêntimos. Aterradora a inspiração de Olof Palme que, por exemplo, era o inspirador de Mário Soares e a "Social-Democracia" igualmente apregoada em Portugal (plasmada no PPD, por exemplo) era tanto uma mescla de RDA com sovietização suave à moda da URSS sem excessos torcionários estalinistas.
 
Eu tinha 12/13 anos por aqueles tempos, vivi muita coisa de perto por estar próximo da Baixa do Porto e ao lado do Quartel-General (Exército, com Polícia Militar) onde tantos acontecimentos ocorreram mesmo antes do 25/4 (explosão de bomba em noite de Marcello Caetano falar à família, em Março/74), mas não tinha bem consciência nem política (impossível) nem do significado dos tumultos. A Imprensa era absoluta e facciosamente radical. Mas ao ler coisas como esta ou esta já fico a par do que se passou com contexto que conhecia mas não identificava claramente. O jose tem feito um trabalho notável para quebrar o isolacionismo tuga mergulhando, com páginas da época, em histórias fascinantes que nos avivam a memória.
 
Em 2014 não faltaram, meses a fio, programas dos 40 anos de Abril, na rádio e tv públicas, mas parece que o período mais escaldante - e mais fracturante mesmo, provocando a separação das águas e a definitiva secessão do Mário Soares progressista de Esquerda face a Cunhal comunista inveterado crente cego na ditadura, dita do proletariado que não deixava de ser remetido, etimologicamente, a criar prole e trabalhar como burro sem direitos - vai passar ao lado dos que querem reescrever a História. A Social-Democracia fez o mesmo na Suécia e décadas de "progressismo social" levaram, além da famosa taxa de suicídios, à reviravolta dos anos 90 em que aquilo já não dava mais e a ideologia foi enterrada de vez.
 
Enquanto no fds dei conta, fugazmente, de repórteres aflitos atrás do ministro Paulo Portas em que um corajoso pé-de-microfone repetidamente o chamou de "cobarde" por sair de uma cerimónia pela porta de trás evitando os apaniguados do costume da CGTP e quejandos, mas sem notar alguma menção nos blogues ao regressar a casa esta semana, passou igualmente inadvertido o lançamento de um livro que podia fazer o contraponto, democrático, livre e desempoeirado, a outros livros que no ano passado circularam a recuperar as memórias dos presos políticos da PIDE, por causa do 25/4.
 
Foi lançado na semana passada o livro de quem viveu, na carne, o arremedo torcionário do PREC logo a 28 de Setembro de 1974. Não consta que tv's e jornais pegassem no assunto, ajudassem a divulgação e chamassem o autor a falar do que muitos preferem esconder. Por sinal, um familiar de Marcello Caetano... Mas isso agora não interessa nada, a Imprensa abafou e o vermelho renasce como tentou há 40 anos, felizmente sem sucesso mas não sem que muita violência (no Porto com episódios extremos, na Serra do Pilar e no assalto ao Palacete dos Pestanas em cuja vizinhança, na Lapa, eu vivia então, à Praça da República).deixasse o País à beira da impensável Guerra Civil depois abortada por múltiplos factores, internos e externos, permitindo a restauração do regime democrático que os alegados "democratas" torpedeavam grotescamente (cerco da AR, greve em resposta do Governo de Pinheiro de Azevedo e muitos episódios hoje patuscos mas à época alarmantes).
 
Prontos, temos aí o vermelho vivo para, sem querer, nos lembrarmos do que podíamos ter sido, ou tornado, involuntariamente, porque umas almas julgadas iluminadas queriam conduzir Portugal a uma Albânia - incensada pelo major Tomé ou o camarada Acácio Barreiros do MRPP depois deputedo PS - ou mero satélite da URSS que a Albânia já então recusara ser, algo que só comunas como Bernardino Barros podiam fazer a elogiar a democracia na Coreia do Norte e o órgão do PCP saudando sempre as conquistas dos trabalhadores em Cuba e na Venezuela... nos dias que correm com espuma abundante da merda de outros tempos.
 
Não estranhem se continuarem a não saber, os mais novos, pela Imprensa rigorosamente controlada e, como há 40 anos, politizada abjectamente. O que temos é isto, o que hoje se vê e mesmo pelo que se não vê.
 
Resta saber se, fundadas muito depois daqueles tempos em brasa e com a abertura do espaço televisivo, no início dos 90 para as tv's que agora comemoram aniversários entre Janeiro e Fevereiro, pela mão do Cavaco Silva hoje pomo da discórdia mesmo para quem lhes abriu os horizontes (e sou insuspeito de falar do cara de nojo da PR), a SIC e a TVI vão, elas livremente (?), tomar as rédeas do assunto. Just kidding...

10 março 2015

Noite per...feita de golos fan...tásticos

Golos maravilhosos num jogo de ovo excelente do FC Porto a culminar com goleada histórica atendendo a nunca antes ter obtido um 4-0 na fase pós-grupos da Champions e que atira a equipa de Lopetegui para o patamar de uma das mais goleadoras em prova além de manter o percurso, de 10 jogos com pré-eliminatória, sem derrotas, o que é notável e a par da qualificação para os "Melhores 8" ou 1/4 final dá uma dimensão à equipa e ao clube que o futebol perfumado em bola corrida tem confirmado ultimamente - rematando uma série difícil de jogos com a cereja no topo do bolo.
 
Já era, atrás de Barça e Bayern com 63%, a terceira equipa com mais posse de bola (60%) da fase de grupos e o FC Porto soma já 24 golos em 10 jogos, começando este a desfazer o Basileia da forma que carimbou o apuramento para os grupos com golos de Herrera em Lille e de Brahimi de magistral livre directo com os franceses a abrir a conta no Dragão. Agora foi Brahimi a confirmar não ser obra do acaso a sua perícia à Madjer e reavivando a folha seca de outros tempos em que se contava ainda com Sousa para essas proezas balísticas. E Herrera fez mais um excelente golo a arrumar a questão que Casemiro, de novo de livro à moda de Barcelos, e Aboubakar, ao jeito do tiraço ao Shakhtar, arredondaram impiedosamente.
 
Nem a lesão, felizmente, sem consequências além do susto do choque e o aparato da queda com a cabeça no relvado de Danilo, tirou brilho a uma festa que encheu o Dragão com 41 mil. Até Samuel, de novo poupado inexplicavelmente no início com falta para amarelo à entrada da área, passou desta vez sem ser expulso, pois logrou bater em Aboubakar mesmo sem bola e não terminar a partida como fez na 1ª mão de forma infame.
 
O choque Fabiano-Danilo podia ter corrido para o torto se a atrapalhação fizesse a bola sobrar para Ghazi marcar e igualar a eliminatória. Mesmo o 2-0, se permitido o 2-1 a seguir, levanta dúvidas se o 2-2 não pode deitar tudo a perder. Mas o FC Porto fez uma partida notável de concentração e só com 3-0 permitiu situação de golo para defesa de Fabiano, a um Basileia de tracção atrás e pelo qual Paulo Sousa não revelou desempenho especial para tanta fama de que vinha rodeado.
 
Foi tudo bom, do bom público ao bom futebol e golos de boa distância e boa calibragem nos remates indefensáveis, uma barrigada de futebol de alto nível que eleva o nível de confiança da equipa que tem até meados de Abril (14/15) tempo para respirar e aliviar a pressão europeia, podendo concentrar-se no campeonato e na semifinal da taça da treta sem perder de vista o jogo decisivo com o Benfica. A Champions regressará logo antes da ida à Luz em finais de Abril mas sempre será um mês de alguma folga competitiva e que dará para recuperar jogadores como Jackson e Danilo, sem esquecer Adrián Lopez, além de Oliver, hoje no banco, estar já em vias de regressar.
 
Um mês perfeito passado, a dizimar Sporting, Braga e Basileia, um mês por vir com algum desafogo ainda que imponha a perseguição ao líder na Liga, quando a equipa ganhou coesão defensiva, transpira e respira melhor no meio-campo, vê saltarem soluções do banco a contento seja para titular (Evandro na raça para cimentar a coesão do miolo) ou para entrar e ajudar a sério (Quaresma, Aboubakar), provando-se a profundidade/extensão das soluções do plantel de forma muito satisfatória.
 
Mesmo o sorteio, só no final da próxima semana, ajudará a descomprimir da pressão de "quem vem lá" pelo que tudo serviu, confirmando-se o bem-estar de Danilo quando se temia o pior, para uma grande noite. Digna de Champions. Com bênção do Dragão. Bom para os fãs, boa noite para os golos, feita para delirar e sonhar. Do melhor.

09 março 2015

Wo, wo, wooooh! Isto não é culinária!

Ao ver como di Maria foi expulso (70m) esta noite, no M.U.-Arsenal (1-2) que agora acabou, ocorre-me o pensamento de sempre:
- sentimento de impunidade de jogadores com cultura de Benfica;
- inelutável tendência para querer ludibriar o árbitro, para mais com o público da casa a vociferar;
- do lado dos árbitros, os portugueses devem ter vergonha (em geral);
- no caso concreto, Jorge Sousa que poupou num minuto dois amarelos a Pardo por simular gp, devia ver o que Michael Oliver fez esta noite, sem pestanejar.
 
Primeiro: di Maria faz ziguezague da direita para o meio, sente um ligeiro toque de braço e mergulha frente à área, simula falta e leva amarelo; protesta, puxa a camisola do árbitro - e nem foi tanto como Cardozo uma vez fez a Proença na Madeira! - e, vê-se na repetição, este de costas vira-se a diz "wo, wo, wooooh" e deu de imediato outro amarelo ao argentino.
 
Segundo, mais tarde: Januzaj foge pela direita rumo à área do Arsenal, passa Monreal em corrida, sente um ligeiro toque de braço (ainda fora da área), prolonga a corrida e, sozinho, atira-se para o chão: falta por simulação e competente amarelo.
 
Michael Oliver é muito jovem, não é nem um Bruno Caixão nem o novato Tiago Martins que já tanto se destaca. Vi-o pela primeira vez esta época, num jogo importante em que me impressionou pela frieza, sem se intimidar com os nomes das equipas - e nem me lembro que jogo foi e já foi este ano de 2015!
 
Não hesitou, não teve segundos pensamentos, não "pensou" se ia afectar, prejudicar, claudicar (isso é o pior para os árbitros), cumpriu as regras e aplicou-as a preceito, sem espaventos mas com impressionante profissionalismo.
 
Qualquer semelhança com o que Jorge Sousa, internacional e um digno sucessor de Proença valha o que valer, fez no Braga-Porto é pior do que ver o pobre portuga metido num sketch do Monty Phyton, incluindo o patético Sérgio Conceição.
 
Michael Oliver não é cozinheiro, não esturricou o tacho, não incendiou a área de trabalho, não pôs em risco a sua reputação. Não confundir com o patusco Jamie Oliver das receitas very simple para donas de casa desesperadas.
 
O futebol não é para meninas, nem é de simples receitas de culinária.
 
Vi o jogo na BBC (streaming) com Gary Lineker moderador e Roy Keane, Alan Shearer e Ian Wright convidados e Danny Murphy nos comentários com o narrador-jornalista. Qualidade BBC nunca destoa. Por cá é a merda que se vê.
 
Boa Noite e Boa Sorte!

06 março 2015

Grande jogo e vitoria curta

Dominio absoluto do momentos e dos tempos para subjugar um boavistinha renitente a jogar. Maturidade parece ter chegado à equipa. Dois amarelos ridículos aos laterais mais uma vez. Braga devia ter acabado com 8  mas bem simulacoes repetidas de pardo deram amarelo. Jorge Sousa poupou para a Luz. Micael escapou sem 2o cartão.  Benfi a pode protestar. Ja Jackson pode parar mas ao sair abriu estrada para Aboubakar servir Tello.
Não sei como o Braga ganhou na Luz mas o contra serve bem. O Porto nem isso deixou.
Esmagou e não  pareceu.

Do centralismo ibérico ao real extremismo republicano


Já em 2012 boicotou, alegando obras. Fizeram-se e a final foi em Valência. Agora torcem o nariz de novo a o Barça poder erguer um troféu no seu palco.

Não sei porquê, mas o sanguessuga do centralismo, enraizado na Ibéria, é também capaz de mandar os concidadãos dar a volta ao bilhar grande e ir para outra parte. Quer dizer, sendo Castela o cimento centralizador, coincidindo mesmo com a posição geográfica fulcral no País das Regiões, consegue-se negar o direito à independência de quem o deseje e manter afastados os clubes do país como não desejados. Ainda bem que é iniciativa privada que manda, mesmo que o símbolo real, além do nome, indique a comunhão nacional sob a Coroa e o exemplo.

O Wahhabismo, na Arábia Saudita, já não conseguiria impedir o acesso à capital, Riade, às equipas de outras províncias, ou negar a ida a Meca a qualquer muçulmano. Fale-se de extremismos.
 

Em Lisboa fazem melhor, como sempre: é aqui e mais nada. Jamor para sempre, a um jogo por ano. O Estado paga o Elefante Branco e depois falta nalgum lado. Deve ser por isso a preocupação da falta de uns 5 ou 6 mil euros na Segurança Social?...

A propósito da Espanha, em Portugal não é muito diferente o panorama televisivo de merda: tudo vermelho, na política e no futebol. A Ibéria é um todo que se podia aproveitar melhor.

05 março 2015

Sobre as equipas pequenas que acedem à Europa

Este é um argumento válido, o desgaste dos jogos europeus. Mas deve ser usado por quem é cliente assíduo e todos os anos faz muitos jogos de campeonato entremeados com os da UEFA. Ora, ficou a dúvida depois do 2-0 de Wolfsburgo de como iria o Sporting abordar a 2ª mão, três dias completos antes de jogar no Dragão. Pensei que iria poupar-se, o resultado da Alemanha era praticamente definitivo e só por milagre, como na 1ª mão, o Sporting não encaixaria um golo em Alvalade. Marco Silva arriscou tudo e o Sporting empolgou, não foi feliz mas também na Alemanha podia ter sofrido 5 ou 6 golos sem favores e só esquecendo isso se pode admitir que o Sporting podia ter virado a eliminatória a seu favor...
 
Porém, o cansaço europeu nem sempre é justificação. Pode-se notar, pode influenciar, pode ser até decisivo, pode até ter afectado o Sporting no domingo mas a causa da derrota foi outra e o argumento não cola desta vez, o FC Porto foi muito superior. Há inúmeros exemplos que o comprovam e vou de memória citar apenas dois. A propósito.
 
Em 2010, depois de dar 3-0 ao Everton na Liga Europa, o Sporting recebeu o FC Porto 3 dias depois e aplicou igual 3-0. Lembram-se? Era Carvalhal o treinador leonino, Jesualdo o do FC Porto, o FC Porto tinha despachado o Braga com 5-1 no campeonato e até o Sporting com 5-2 na Taça (vide o caso João Pereira abaixo recordado). Carvalhal o tal treinador que os escarafunchosos do Rascord, mesmo com sangue leonino como o caga nisso Ribeiro puseram uma vez numa capa histórica e histriónica que "É Carvalhal ninguém leva a mal" por um 0-0 em Olhão num jogo ventoso.
 
Mas não só, creio que também era Carvalhal o treinador do Braga onde o FC Porto de Jesualdo uma vez foi jogar e perdeu 2-1, tendo 48h de descanso a favor dos portistas, que perderam no Arsenal para a Champions numa 3ª feira e o Braga jogara numa 5ª feira para a Liga Europa, até assisti a esse jogo ao vivo em que Postiga marcou e Luís Filipe fez o 2-1 numa longa correria (cansaço?) num jogo de arbitragem de Lucílio Vigarista.
 
Ficam as notas para desmontar as idiotas teses sempre postas a circular nestas ocasiões.

Só esta tarde, entretanto, já depois de deixado o post em agenda, descobri esta pérola, a rapaziada lagartixa acha que faz muitos jogos e desconhece o efeito de acumular competições e jogar na Liga Europa, como se outras equipas não tivessem passado pelo mesmo.
Mas como, em leituras atravessadas, ainda acabei por ler que "a sede da Cofina é no Porto" (!?) e os jornais CM e Rascord atacam o Sporting deve ser por influência de Pinto da Costa. Foda-se, o socialismo marou esta gente toda e anda a pateta da Teresa Morais a obrigar as empresas, privadas, a empregar 30% de cérebros femininos nas administrações, a bem ou a mal. O neoliberalismo usa-se a par da demagogia como Sócrates falar de PPC.

Por falar em Sócrates, nem todos sabem da inovação do regime norte-coreano em Alvalade quanto à nova comunicação que não tem sido sentida em nome da instituição mas apenas do presidente one man show - enquanto dois ex-colaboradores para a Imprensa pedem 600 mil euros pela saída via despedimento colectivo decretado pelo Praesidium do grunho supremo... 

Sobre a falta de jogadores para justificar o resultado também em equipas pequenas

 
Recapitulando: Jefferson fez falta porque o Sporting perdeu 3-0; Jefferson não fez falta quando o Sporting ganhou 3-1 no Dragão. Jonathan Silva jogou no 3-1, até defendeu com o braço na área sem competente gp mas não houve problema; Jonathan Silva viu Tello fugir-lhe pelo menos 3 vezes e agora devia ter jogado Jefferson.

Mas qual Jefferson? O que criou a situação de 1-0 em Wolfsburgo ao pôr Bas Dost em jogo e nºao impediu o cruzamento da esquerda para o 2-0?

Ou fazem falta quando dá jeito e não têm jeito quando faltam ao serviço?
 
A desculpabilização idiota não é nova nem será a última tentativa para a palha informativa que adeptos ignaros comem de cebolada.
 
Há uns anitos, em 2010, o tema foi, como o escrevi aqui, João Pereira. É, vai a vermelho porque não jogou pelo Braga no Dragão.
Lembram-se de João Pereira? Um mocito baixinho que corria e estorvava muito, chegou à Selecção e foi apaparicado, assim a modos que há uns tempitos o Cédric Soares, enfim...
 
O que se passou com João Pereira? Podem ler, foi há 5 anos, e fez falta ao Sp. Braga por ter levado 5-1 no Dragão. O insuspeito professor Martelo foi o artista de serviço, patego e ignaro, basbaque e idiota útil que confessa as damas aos sermões domingueiros nocturnos, depois de vésperas.
 
O João Pereira que levara 5-2 pelo Sporting a jogar a lateral-direito para a Taça de Portugal fizera falta ao Braga, tendo jogado pelos arsenalistas pouco antes de ir para Alvalade, recorde-se, "defender este clube até à morte".
 
É assim o futebol tuga lido e comentado. De morrer. Ou fugir, de preferência. Estúpido. Para idiotas.
 
Jefferson é igual. Vá lá que não jogou em Guimarães, onde o Sporting levou 3-0 e até ao Dragão era a única derrota sofrida no campeonato.
 
O que se fartaram de comentar os pasquins da especialidade das folhas de caserna para embrulhar peixe. Foi como explorar o paga-não paga à SS de um néscio que evitou fazê-lo para se prejudicar na contagem do tempo, e dos descontos, para a reforma.
 
País de burros mesmo.

Só equipas pequenas reclamam de um golo sofrido cedo

Volto ao clássico com a certeza de cedo terem esgotado as análises que jogos destes merecem para mais em pasquins que se reclamam da especialidade, um deles, básico e bacoco de novo entregue ao cabotino director que em 10 anos reduziu as vendas a metade de 92 para 43 mil/dia, até deixou de ser o maior diário desportivo e passou a generalista "especializado em desporto" (sic) que vale o que vale.
 
O que me apetecia dizer desde domingo tinha a ver com a velha reclamação do tal "golo sofrido cedo". Marco Silva foi apenas o último numa longa lista de treinadores de pequenas equipas que lamentam a sua "estratégia" ter sido afectada por um golo cedo. Quando é que é cedo para sofrer um golo?
 
Cito de memória, mas creio que o 1-0 de Tello foi pelos 30 e poucos minutos. É cedo? Ridículo. Mas a blogosfera leonina lamentou-o e repetiu-o à exaustão.
 
Mas já tivemos quem se queixasse de um golo cedo, aos 6 ou 7 minutos. Foi no último 3-0 ao Sporting para o campeonato, em 1999-2000, quando Inácio tinha pegado na equipa e dois jogos depois chegou às Antas e perante o resultado inapelável até desejou o FC Porto campeão "se não for o Sporting".
 
Por acaso até acabou a ser o Sporting, apesar de Roquette a meio da prova ter dito que "a melhor equipa não ia ganhar o campeonato" e era o FC Porto líder. Adiante.
 
O "golo cedo" só afecta as equipas que não vão para ganhar, mas para ver o que o jogo dá, normalmente equipas pequenas que vão sujeitar-se ao poderio de uma equipa mais forte. É comum na visita ao Porto.
 
Não tenho ideia de um treinador do FC Porto - por isso digo que é a profissão de maior risco em Portugal, além de não ser apaparicado a não ser que, como Couceiro, venha de Lisboa com o beneplácito da Imprensa amiga, ou Fernando Santos ao seu tempo - dizer semelhante coisa. E várias vezes o FC Porto sofreu golos cedo, nos primeiros 10', ou 20' ou mesmo 30' e nem sempre ganhou mas raramente perdeu, sabendo dar a volta a maior parte das vezes. Mas, no fim, queixar-se de "um golo cedo que afectou a equipa ou prejudicou a estratégia" é infantilidade que a Imprensa de merda reconhece mas não identifica, deixa andar.
 
Parece que o golo de abertura afectou o Sporting. Dois minutos antes, Herrera quis brilhar sozinho quando tinha dois colegas em posição frontal à baliza para servir. O lance a solo acabou mal rematado, por cima. Mas o golo cedo só tardava. O faz que joga mas não joga do Sporting, este ano insuficiente como era esperado com o desdobramento por várias provas e da forma que se antevia sem ser com a facilidade da época passada, deu para disfarçar a sua incapacidade até ao golo cedo.
 
O FC Porto sofreu um golo mais cedo em Alvalade e quase dava a volta ao texto no final, mas Tello desperdiçou nos descontos e guardou o melhor para o Dragão. Um golo cedo, um autogolo fortuito que nada o Sporting justificou, não mexeu com o FC Porto no jogo da Taça mal perdido apesar de tantas ocasiões criadas, mas deixou nos pategos e basbaques a ideia de o Sporting ter sido superior em Outubro. Não foi.
 
Em Portugal, nas análises da treta elaboradas para agradar à plateia ou mais concretamente à alcateia dos que esperam palha servida com babetes a proteger a selvajaria intoxicativa, não só se fazem críticas pelo resultado como já pelo "golo cedo".
 
Equipas grandes não sofrem por um golo cedo.
 
A diferença do marcador foi bem mais do que isso e espelhada no futebol e jogo jogado já antes visto na partida da Taça em que só enormes contrariedades impediram o FC Porto de ganhar e estar hoje, quem sabe, na semifinal com o Nacional.
 
Mas o futebol é assim, bem mais do que um lamento por um golo cedo. E discursos da treta.