19 março 2015

Manuel Oliveira, sem "o", discretamente do Porto mas tem sido assim com o FC Porto


Mais um nome estranho para arbitrar o Nacional-FC Porto. Desconheço quem seja Manuel Oliveira, mas é do Porto e vai dirigir o jogo de sábado na Choupana. É do Porto fico de pé atrás, há um vasto rol de gente do ramo que não se recomenda, aliás praticamente nenhum; é desconhecido mais desconfiado fico. Tem sido assim, em jogos discretos lá vão árbitros discretos. Ou, se conhecidos, de há muitos anos, árbitros sem estatuto. Começou com o antiquíssimo, mas nunca internacional, Paulo Vigarista em Guimarães. Entretanto, foram aparecendo os Jorge Ferreira, Luís Ferreira, o Tavares da última jornada, tudo com arbitragens de merda, árbitros de merda para u futebol atolado na merda do descrédito absoluto. Mas os presidentes andam preocupados com as contas da Liga, sem meterem o anterior presidente da mesma em Tribunal e ouvindo deste, para cúmulo, que isto da Liga é uma vergonha. Fala o roto ao nu.
 
Porquê árbitros sem currículo nos jogos do FC Porto? Porque se errarem têm essa desculpa; e têm errado imenso; a desculpa surge propositadamente como desculpabilizante, atirando o odioso, ao invés, para as "nomeações". É tudo programado, nem é cabala, está tão demonstrado como os famosos bloqueios agora denunciados pelo Collina num jogo europeu do Benfica. Calha vir uma denúncia, grave, por causa da impunidade, de fora. Poucos deram por isso, O Jogo deu destaque no interior mas remeteu para um discreto título na capa como um pasquim a desvalorizar a sentença arrasadora, a meio do jogo judiciário, que mantém o vigarista Sócrates na prisão de Évora. Diz bem do que vale a Imprensa, incapaz de denunciar por si própria o mal que mina o futebol tuga. O JN fez o mesmo, tocou na coisa mas não fez estardalhaço. Essa timidez da Imprensa dita nortenha reflecte, por outro lado, o seu declínio mesmo nas terras de origem. Nada sucede por acaso. E esconder as coisas só diz de quem o faz, quem vê de fora sabe avaliar o que se omite e a falta de coragem para o denunciar.
 
Li, entretanto, ontem, no JN que Pinto da Costa terá tido uma multa de 150 euros, mais ou menos, porque terá protestado junto do árbitro Tavares do recente jogo inclinado com o Arouca. Não havia notícia a desenvolver o tema, surgiu num cabeçalho do noticiário do FC Porto. Fiquei a saber o mesmo. Em O Jogo nem me apercebi dessa multa. Devo andar muito distraído, ando mesmo, ou andam a camuflar bem as coisas e não aparece um Vítor Pereira a dizer o "futebol do Benfica é isto" ou a catalogar Jesus como treinador que só se gaba nas vitórias e "os insucessos não é com ele".
 
Entretanto, temos o Manuel Oliveira, do Porto, na Choupana. Nem quero saber do que já fez no campeonato, sigo muito à distância e nem vejo mais jogos para além dos do Porto, tirando um Benfica-Sporting ou coisa assim. Mas sei o que os da sua estirpe têm feito. E arrepio-me.
 
Arrepio-me porque a tendência, manifestada cabalmente pelo Tavares de domingo passado, é vincada. E se não é do cu é das calças, vide a denúncia de Pinto da Costa sobre o Porto-Guimarães que o sobe-e-desce algarvio Nuno Almeida não controlou como devia. Até um Vasco Santos, parolo portuense ansioso por agradar a Lisboa para ter insígnias, teve de meter a colherada como 4º árbitro...
 
Por exemplo, soubemos esta semana da avaliação tão negativa do Cospe Machado no jogo que eu segui apenas até aos 30 e tal minutos, porque percebi que o jogo em Braga da taça da treta era uma merda própria da competição malfadada e do reles futebol tuga que é servido à populaça com doses cavalares de megalomania típica do Ronaldo. Uma avaliação tão negativa que em todas as decisões analisadas foram todas em prejuízo do FC Porto. Quatro em quatro. Cem por cento. Nem no pífio FC Porto-E. Amadora lograram descortinar algo similar, nem de perto...
 
Logo o Cospe Machado que é pela aparência, mas só isso, o Collina tuga. Uma merda luzidia como a sua cabeça vazia e não só de dose capilar. O Collina que surge a dar o exemplo negativo e bafiento que por cá não é denunciado mas sabemos como é lá fora e sabemos que os de cá não aprendem com os de fora, a começar pela Imprensa de sarjeta cujo papel não serve, hoje, nem para embrulhar peixe, como há tempos se dizia.
 
Mais um sinal inequívoco do que se passa mas sabe-se, em notícia inexistente, que Pinto da Costa criticou, algures e desconhece-se em que tom, de que forma e em que local (em virtude das limitações desses contactos), o Tavares da encomenda de domingo. Vá lá que não foi uma multa de 39 euros. Foram 150 euros, mais ou menos. Pasmo.
 
Parece-me acertada a presença de um internacional, Marco Ferreira, no Rio Ave-Benfica. Temi que fosse, pela enésima vez, Bruno Caixão, cujas peripécias no jogo em cartaz já entraram na história. Mas será o internacional Marco Ferreira o valentão, tipo Jorge Tavares no Dragão, que expulsa jogadores que vão para a baliza em situação de clara oportunidade de golo? Não, por duas vezes Marco Ferreira não expulsou jogadores que como últimos defesas impediram claras oportunidades de golo, frente ao P. Ferreira...
 
É que se também, por outro lado, se procura poupar os internacionais a poucas-vergonhas, retirando-os amiúde dos jogos do Benfica sempre marcados por coisas anómalas mas nenhuma contra o Benfica, isso tem a ver com a mãozinha das nomeações e nada acontece por acaso. A Imprensa espanhola até já percebeu que algo de anormal se passava, mas talvez por haver uma ligação de muitos espanhóis esta época no FC Porto, ajuda a alertar.
 
Depois admiram-se da imagem que Portugal, também no futebol, tem lá fora, à parte a selecção que aparece nas fases finais e tem ainda Ronaldo para mostrar.
 
Devia envergonhar toda a gente, do meio, mas só realça a timidez com que tratam as coisas cá dentro.
 
A intervenção de Collina é uma espécie de Troika a chamar as coisas pelos nomes e a pôr as instituições a terem vergonha do que omitem e permitem, sempre à margem das leis.
 
O destinatário é bem identificado. Mas o tuga faz-se de sonso. A cavalgadura de sempre, sempre comido de cebolada, que pode repelir a impertinência dos "cámones" que olhem cá para dentro mas sabe que tem, ou devia, clamar "aqui d'el rei" e fá-lo um dia...
 
Portugal não afundou por acaso. Por muito que muitos nem queiram saber.

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