30 agosto 2011

«Mamma, que tengo una cucaracha en los pantalones»

Isto só a propósito de muitas pontas soltas que estão por aí, pelo menos até amanhã e enquanto posso actualizar esta coisa, preocupado com aqueles que querem comentar mas os seus ditos ficam em suspenso. Cá arranjei um 'wifi spot', entre bolandas da "primeira praia privativa da Europa" com tanta areia à volta de uma piscina com vista para os pinheiros da Beira Alta e uma das mais selectivas e luxuriantes praias do Mediterrâneo algures no sul de Espanha que continua a fazer uma certa diferença para os que acham o máximo do sul de Portugal, um bocadito para pôr a escrita e a leitura em dia.


Aí estão os vossos comentários, desculpem las molestias por ele retraso, vi de relance a goleada do Real Madrid ao g.r. Roberto e a um central fantasma F. Meira, depois mais um festival do Barça mas a uma equipa de Champions e semifinalista da Liga Europa. Só agora, aos 30º das 3 da tarde de Marbella, soube de mais um significativo resultado do spordem e que o benfas ganhou porque teve a diferença de ter despachado o Roberto carrasco há um ano. Vejo ainda a actualidade passada, segundo uns blogues, mas parece tudo atrasado, ou que se fala da Supertaça que não tinha mais nada para falar no sábado, ou do adiamento do Porto-Leiria que a data do jogo da selecção impunha, mais os interesses televisivos que são lixados quando não nos favorecem e aos quais encolhemos os ombros quando chateiam os interesses dos rivais.


Nada de anormal. Há quem não tenha visto um Barça superior, nem sequer mais oportunidades de golo. Como há quem lamente que, a 30 de Agosto deste ano da graça que parece ter perdido toda a piada, a questão do Álvaro ainda esteja pendente. Não adianta chorar, nem discutir se o mercado devia fechar a 15 de Agosto, a 1 de Agosto ou a 15 de Julho. A minha opção já foi devidamente defendida há muito (a data do meio), muito antes destas polémicas estéreis que surgem porque não se pensa nas coisas antes.


Rio-me de levantarem dúvidas sobre a capacidade de Carlos Freitas em comprar tanto para o spordem, de questionarem a capacidade de Domingos, de voltarem a falar da arbitragem, de se chatearem tanto com o mercado e os empresários. Tristes. É por falta de coerência destes potenciais leitores que os jornais, reflectindo a massa para quem vendem/servem, são o que são, estão bem uns para os outros, todos entendidos em tanta coisa de saberem coisa nenhuma.


Li algo sobre Vagner Love, parece-me bem e bom, para fechar o assunto do avançado não vejo melhor por aí mas ai do saldo da venda do Falcao... pois é, esquecem-se que os 45ME - que levaram o R. Micael de borla, apesar da cláusula de 30ME que ninguém mais discutiu - vão levar um rombo, porque isto de vender implica ter de comprar para tapar o buraco e o único que fica em aberto é o das contas, mas as pessoas embandeiram em arco facilmente com as "capacidades negociais" e balelas que tais.


Vamos ver se a barata tonta do mercado que rabeia por aí não vai fazer cócegas em mais alguma coisa. Que não o ressuscitar da "abuela" e outras fantasias até respirarem todos de alívio a 1 de Setembro, quando Vítor Pereira tiver oportunidade de defender na UEFA a sua data para o fecho do mercado.


Hasta mañana!

29 agosto 2011

Data do Porto-Benfica pode gerar "guerra" por causa da Champions?

O Porto-Benfica, da 6ª jornada, poderá jogar-se a uma 6ª feira, se o FC Porto não fizer finca-pé do período de descanso intervalar entre jogos oficiais e impor o clássico a um sábado à tarde. É uma possibilidade adveniente do sorteio de 5ª feira para a Champions e que, em geral, compatibilizando com o seu Grupo G, deixa os campeões nacionais relativamente confortados com a conjugação das provas mais importantes. A pressão de disputar a Europa e o campeonato pode ter efeitos contrários às facilidades antevistas do calendário da Champions, mediante os jogos domésticos.





A questão é a que deriva de o Porto-Benfica jogar-se antes da 2ª ronda da Champions que fará os lisbonenses jogarem fora, em Galati, a uma 3ª feira, 27/9. O FC Porto tem também uma deslocação longa e difícil a Sampetersburgo, visitando Bruno Alves e Cª, mas para jogar numa 4ª feira, 28/9. Se o FC Porto receber o Benfica no sábado anterior, 24/9, a meio da tarde, podem cumprir-se as 72h de descanso para os benfiquistas jogarem às 10 da noite na Roménia, sem prejuízo do seu intervalo defendido pelos regulamentos para jogar no Petrovsky quatro dias depois.

É uma possibilidade se o FC Porto extremar posições negociais e recusar jogar a uma 6ª feira (23/9) à noite o clássico, já que é a equipa visitada que deve ser consultada para efeitos de transmissão televisiva.

O campeonato não articula jogos de maior importância com os da Champions para o FC Porto.
Antes de receber o Shakhtar na 1ª jornada, os dragões recebem o V. Setúbal para a 4ª jornada e deve ser a uma 6ª feira (9/9), já que na 3ª seguinte joga-se o confronto europeu. Depois da Champions, visita ao Feirense, na 5ª ronda da Liga.

Mas a forçosa antecipação com os sadinos deixa já em sobrecarga a equipa com o adiamento da visita a Leiria para 6 de Setembro, por força da Supertaça europeia. Assim, o FC Porto terá de jogar 3ª (Leiria), 6ª (Setúbal) e 3ª (Shakhtar), com meras 72 horas entre os jogos com leirienses e sadinos.

Já após a visita à antiga Leninegrado, o FC Porto visitará a Académica. Depois da pausa de Outubro para as selecções, à recepção ao APOEL (19/10) segue-se uma outra, ao Nacional. Depois, antes de visitar o APOEL, outro jogo no Dragão (P. Ferreira) e a saída a Olhão depois da de Chipre.

Neste período, o Benfica recebe o Basileia e antes recebe o Olhanense, para depois se deslocar a Braga que nessa semana recebe o Maribor. O Braga-Benfica deverá jogar-se a uma 2ª feira, se não no domingo à noite (6/11).

Ora, o Braga estará na Liga Europa mas não terá implicações a seguir com o FC Porto, jogando no Dragão depois de os campeões cumprirem a última longa saída a Donetsk. A vantagem da Liga Europa é que, nas duas últimas jornadas, estas são desfasadas das da Champions, pelo que ao visitar o Dragão, talvez a 27/11, domingo, o Braga só na 4ª feira seguinte (30/11) recebe o Birmingham.

A 5ª ronda da Champions levará, ao mesmo tempo, o Benfica a ter de jogar o apuramento em Old Trafford, mas a uma 3ª feira (22/11) e... antes de visitar Alvalade.
Mas, tal como o Braga, o Sporting estará descansado da pressão de jogar na Europa. Porque não joga na semana da Champions, mas apenas recebe o Zurique a 1 de Novembro, uma quinta-feira, depois da visita do Benfica (27/11, na jornada do Porto-Braga).
Por fim, após receber o Otelul, a 7/12, o Benfica tem a visita ao Marítimo. O FC Porto recebe o Zenit e vai a seguir ao Beira-Mar com a vantagem de jogar na 3ª para a Champions.
Todos estes factores não são despiciendos, pois trata-se dos quatro, ou 3+1, candidatos ao título, com os minhotos assumidamente na corrida.
Quanto ao clássico Sporting-Porto, como é só a terminar a 1ª volta fica apenas para Janeiro, sem a pressão europeia, mas com o lufa.-lufa da Taça da Liga durante esse mês e uma ou outra fase da Taça de Portugal.

26 agosto 2011

Derrota que não deslustra mas dá sinais de alarme e arrefece algum entusiasmo

Republico este maravilhoso cartoon que um dia aqui trouxe retirado do Mundo Deportivo


A 16/11/2003 "levámos" Messi a ver o Dragão, com 16 anos para a sua estreia na equipa principal do Barça pela mão de Rijkaard. Este reencontro com a melhor equipa mundial de sempre e o melhor jogador da Terra e arredores na actualidade fez-nos ver o Monumento Messi.

Estaríamos "quites", mas o Barça é que levou a Supertaça no Mónaco, com um golo do prodígio argentino, uma assistência fatal para o 2-0 de Fàbregas e a fazer expulsar Rolando com dois amarelos. Imparável. Impagável. Inatingível.

Uma derrota natural que o FC Porto fez por não merecer até um passe, algo involuntário (só queria desviar a bola de um adversário), de Guarín isolar Messi. Lembrei-me logo do passe tonto para Helton de Bruno Alves em Old Trafford, em 2009, quando o Porto vencia e dominava o M. United, mas esse foi mesmo deliberado e desatento, que Rooney aproveitou...

Ora, ante a melhor equipa da História do futebol dar-lhe a ajuda para vencer não é bem um mérito portista. Ao invés, contribuiu para quebrar a confiança de um atrevido FC Porto que se tinha posto bem em campo, importunando o campeão europeu e retirando-.lhe bases e apoio para o seu futebol habitual de toque e progressão em total controlo. Fora isto, porque o FC Porto perdeu o controlo emocional bem antes de duas faltas escusadas de Rolando e a falta estúpida de Guarín a confirmar o seu estado alterado que não beneficiou o seu futebol, a equipa de Vítor Pereira não tem de que se envergonhar. Aliás, não foi preciso fazer caça ao homem tipo Mourinho ou antijogo com o Barça, o que dignifica o vencido que a mais não é obrigado.


O que sobra dizer, e porventura será tratado com pinças por pretensos comentadores encartados da bola indígena, é que o FC Porto está a enfrentar alguns problemas que não se sabem quando serão resolvidos, mesmo depois do fecho do mercado.


Para já, falta a inteligência de Falcao, que era a referência absoluta na frente e sabia que espaços calcorrear até em termos defensivos junto à área contrária. Kléber, que não o sabe e já não pode aprender com o goleador colombiano como sonhava, pode esforçar-se muito mas não é sequer um jogador completo e terá de adaptar-se às exigências de uma equipa ganhadora. De Falcao, ironicamente, tivemos a imagem do dia no sorteio da Liga Europa, não só a receber a placa - com a sua foto colorida com equipamento portista - de melhor jogador da competição, mas com um flash dos seus maravilhosos golos que a idiotice da UEFA resume apenas a 17... mas chegam e são todos belíssimos.


Depois, como já aqui referi após os jogos com o V. Guimarães, a pré-época diferenciada para alguns deixou vários jogadores em diferentes estados físicos e de confiança. Moutinho está distante do pêndulo que foi e o meio-campo ressente-se porque também Guarín está a fazer a pré-época em competição. Varela tem sido, igualmente, uma sombra de si mesmo e nesta partida vimos a estreia de Cristian Rodriguez na temporada, também sem pré-época mas o seu vigor físico ajudou o FC Porto jogar mais à frente e a pressionar o reduto do Barça.


Atrelado à ausência de Falcao está, obviamente, o problema do mercado, que parece não ter acabado. Não é que os rumores tenham feito mossa em Rolando, que tem estado muito bem. Mas a ausência de Álvaro, escusada desta vez, tem que se lhe diga. Com Sapunaru também pouco afoito com bola, era bom ter o Fucile excelente que temos visto`mas à direita, com "Palito" na esquerda. O mercado levou Falcao, e R. Micael, para já nada trouxe que ajude a recompor o nível anterior em geral e falta saber o que ainda estará para vir até 31...


No fim de contas, com o desacerto global que dá para manter a ordem no plano interno, esta lição faz soar o alarme que ainda não tocou em certas alminhas convencidas do portismo: face ao perigoso sorteio da Champions, que muitos não tiveram em devida conta, é bom que a equipa arrepie caminho, sob pena de ter surpresas com equipas mais rodadas como Zenit e Shakhtar.


Vários jogadores já perceberam, hoje, o altíssimo nível que o Barça mostra, ainda no começo do seu desfile imperial, e que se revê em geral na Champions. O portismo da bancada, como antes o benfiquismo extasiado, pensa que é fácil manter o nível da época passada. Não é e, para sê-lo, será preciso muito trabalho. E nota-se que a equipa não está ainda bem trabalhada. Tacticamente até esteve bem, sem perder a identidade nem desfigurar o sistema de jogo. Mas há vários pontos em equação que não moldam o melhor colectivo, pelas falhas individuais e o rendimento diferenciado de vários jogadores.


Para quem tem Falcao, sem desmerecer de Kléber, não há dúvida que substituir o Tigre será um problema, mas é obrigatório e quem vier é para jogar, não para ficar a ver. O FC Porto não quis ver o Barça jogar, mas viu que não tinha os melhores argumentos. Isso não escandaliza, por isso a derrota não dói e é merecida, nem valendo a pena reclamar o justo penálti não sancionado de Keita em Guarín que poderia dar o empate e levar a prolongamento, no único erro do árbitro para o qual também não vou alinhar na teoria da conspiração e do proteccionismo ao mais poderoso. Seria obrigação do auxiliar alertar Kuipers para a falta, de pormenor, já que foi à sua frente, mas isso não pode beliscar o mérito e a estupenda categoria do Barça, ainda sem navegar ao ritmo habitual e já temível. O Barça que, pelo presidente Rosell, "veio da praia e ganhou ao Real Madrid", mas um Barça, como então referi, sem a rotação e intensidade habituais.


O FC Porto, sim, pode pôr os olhos no que é preciso, para evoluir. Os adeptos, por fim, até aceitarão a derrota, como previsível, mas sem notar nos perigos que se acercam. O fecho do mercado, a inconstância dos jogadores, alguma falta de confiança e determinação na zona ofensiva. É curioso, já desde o fim da época se anunciaram as saídas de Rodriguez e de Fernando e hoje vimo-los em campo, sem sabermos se um dia voltaremos a ver Álvaro como vimos, fugazmente, Falcao. E o nervosismo portista tem-se acentuado neste particular, como demonstram o treinador a apelar ao fecho do mercado mais cedo e aos dichotes de Pinto da Costa que recusa sempre em meia hora uma proposta que chegue... E não creio que tal ajude à equipa.

Mas isso sou eu a falar, mais ou menos sozinho... E espero que não me gozem com o argumento da ajuda do árbitro ao Barça, depois da do Guarín... Agora há que concentrar só nos problemas internos para aplainar até fazer um Setembro bom que é o que serve para arrancar para o título e cimentar logo a primazia no grupo da Champions. Havia muita gente com a cabeça e o discurso na Supertaça, até para se medir com o melhor futebol alguma vez visto e competentemente ganhador. Vale que o FC Porto respondeu à exigência, mas viu que não chega àquele pedestal.


até já: estarei fora uns dias, deixarei apenas pendente uma coisita para animar as hostes especulando um bocadinho, saberei só dos resultados do campeonato a que se segue a pausa neste fds, não seguirei o fim do mercado a não ser que Álvaro acabe em Espanha...


Por isso, não me deterei na boa entrevista de Platini, que muitos terão dificuldade em entender, interpretar, porque o franciú é mesmo assim, desconcertante como foi enquanto jogador de eleição.


Entretanto, vi os pasquins de relance e anotei o Rascord com pouco mais de 3 páginas e a reportagem remetida para a segunda parte do jornal, depois das centrais, apesar ou por causa de um imbecil zé ninguém que tem um cargo relevante no jornal de caserna que esta tropa desvirtuou completamente até ser a inutilidade que é hoje.


O Jogo deu 10 páginas, com três delas para Platini, mesmo tendo só mais um escriba do que o Rascord no Mónaco. E um "chapeiro", o que ajuda quando há quem queria e saiba escrever. E ninguém, lá presente, tratou sequer dos sorteios. É obra, ou não...

A propósito do Porto-Barça, de Supertaças e a taça latrina segundo o Rascord

Agora que o FC Porto se prepara para disputar a Supertaça europeia com a melhor equipa de futebol de sempre, não estando mais em questão a ultrapassagem dos dragões ao Benfica no número de títulos conquistados no futebol da antigamente chamada 1ª categoria, é interessante reparar na diferença entre estes quadros, publicados no Rascord com 11 dias de intervalo.


O último foi no passado dia 19, após a Supertaça de Espanha. Parece que o Barça igualou o número de títulos do Real Madrid.


Antes, após a Supertaça Cândido de Oliveira, com o FC Porto a superar o V. Guimarães, o elencar dos troféus à compita com o Benfica era outro.


Como se sabe, os pasquins de Lisboa querem forçosamente aproximar o Benfica do FC Porto atribuindo-lhe a "legalidade" da disputa de um troféu nos anos 50, antes das competições sob a égide da UEFA se iniciarem em 1955. Por sinal, um troféu, que era só disputado como quadrangular entre equipas de Portugal, Espanha, França e Itália, e que, curiosamente, Barcelona e Real Madrid venceram por duas vezes cada.


A contabilidade passa a ser diferente no Rascord, provando-se ser mais fácil apanhar um mentiroso que um coxo. Nem adianta confirmar que Real Madrid e Barcelona também contam esses êxitos no seu palmarés, como contam muitos outros e que não são necessariamente troféus oficiais. Quando andei a pesquisar, além de uma competição em Caracas que até V. Setúbal e Boavista disputaram nos anos 70, descobri o nome curioso de um troféu disputado pelo Real Madrid: a Taça Mancomunada.

Fica, então, o Rascord com a obrigação de limpar isto, que é onde normalmente vegeta.

25 agosto 2011

Champions para "chofrer" apesar dos escalpes presentes do vencedor da Liga Europa - e saem três dos últimos quatro vencedores, dasse!...

ACTUALIZADO:, apesar de a reeleição de Messi como melhor jogador da Europa em 2010-11 pareça coisa do passado e potencialmente sem alteração previsível nos tempos mais próximos...
Porto no Grupo G, primeiro cabeça-de-série a sair no sorteio, calhou o Shakhtar Donetsk do Pote 2 e sobrou o Milan para o Grupo H com o Barcelona, uff... Benfica para o Man. United.
Porra, mais uma lonjga viagem a leste, agora com o Zenit de Bruno Alves e Danny. O que falta? Otelul nas margens do Mar Negro? Já que o BATE tinha saído, para Milan e Barcelona dois anos depois de ter apanhado Real Madrid e Juventus...
Bem, foi mais longe ainda e reencontramos o APOEL ao cabo de dois anos. O parolo do Eurosport só sabe falar dos clubes de Lisboa e diz que o Benfica jogou com eles, não jogou com o Omonia, mas enfim, isto da impreparação desta gentinha sem qualificação dá para isto.
Em resumo, três dos últimos quatro vencedores da Liga Europa: Zenit em 2008, Shakhtar em 2009 e FC Porto em 2011. Se não é o grupo da morte, não sei o que seja. Embora os grupos do Bayern e do Arsenal sejam duros, duros... Benfica acaba com Basileia e Otelul, já tem o 2º lugar assegurado, o M. U. tem o grupo mais fácil de deve ganhar os jogos todos.


Os grupos:
Group A com vencedores das antigas Taça dos Campeões, Taça das Taças e Taça UEFA
FC Bayern München (GER)
Villarreal CF (ESP)
Manchester City FC (ENG)
SSC Napoli (ITA)
Group B
FC Internazionale Milano (ITA)
PFC CSKA Moskva (RUS)
LOSC Lille Métropole (FRA)
Trabzonspor AŞ (TUR)
Group C
Manchester United FC (ENG)
SL Benfica (POR)
FC Basel 1893 (SUI)
FC Oţelul Galaţi (ROU)
Group D
Real Madrid CF (ESP), reencontro com Ajax e Lyon um ano depois
Olympique Lyonnais (FRA)
AFC Ajax (NED)
GNK Dinamo Zagreb (CRO)
Group E
Chelsea FC (ENG), AVB tem o Genk outra vez
Valencia CF (ESP)
Bayer 04 Leverkusen (GER)
KRC Genk (BEL)
Group F, com dois campeões europeus e um finalista
Arsenal FC (ENG)
Olympique de Marseille (FRA)
Olympiacos FC (GRE)
Borussia Dortmund (GER)
Group G
FC Porto (POR)
FC Shakhtar Donetsk (UKR)
FC Zenit St Petersburg (RUS)
APOEL FC (CYP)
Group H
FC Barcelona (ESP)
AC Milan (ITA)
FC BATE Borisov (BLR)
FC Viktoria Plzeň (CZE)
Falta ver o calendário, vai demorar um bocado mas teremos um Outono quente, se não terminar no gelo do Donbass Arena com 15 graus negativos em Dezembro...

Bem, visto o calendário, do mal o menos, começamos em casa com o Shakhtar e acabamos no Dragão com o Zenit que, por força dos condicionalismos climatéricos, teria de acabar fora o grupo. Pelo meio, os dois jogos seguidos com o APOEL que, tal como em 2009, podem ditar o apuramento à 4ª jornada quando ganhámos em Nicósia com golo tardio de Falcao.


Não é pelos 11 antigos vencedores da Champions/Taça dos Campeões que a edição 2011-12 será a mais difícil de sempre, mesmo com o FC Porto incluído no Pote 1 e vencedor da Liga Europa, para o sorteio de hoje, véspera da Supertaça que o campeão nacional disputará no Mónaco com o Barcelona.
Até pode concluir-se pela valia do vencedor da Liga Europa dada a presença de três equipas que o FC Porto eliminou pelo caminho: Genk, CSKA Moscovo e Villarreal.
A verdade é que torna-se difícil escolher um grupo fácil, pela presença de equipas poderosas no Pote 2, de novo com os moscovitas e o submarino amarelo como potenciais opositores dos dragões.
Mais acessível parece o Pote 3, apesar da presença de M. City, Zenit e Olympiacos; enquanto no 4 há boas hipóteses, mas também dois escolhos a evitar como B. Dotmund e Nápoles.
Não sei como gostariam de escolher se tal fosse possível, mas além do Benfica, que não é possível ter como opositor do mesmo país, só mesmo o Villarreal e talvez o Valência sejam boas hipóteses, ou até o Lyon, apesar da má experiência da pré-época (1-2).
Assim, um grupo complicado seria:
Porto, Milan, Olympiacos e B. Dortmund
E talvez o nais fácil fosse:
Porto, Villarreal, Basileia e Otelul (embora qualquer dos outros servisse, à excepção do Nápoles).
O que me palpita de cada pote para o FC Porto:
Villarreal, cá por causa de uma coisa
Ajax, para acertar contas antigas num ano em que estava no mesmo grupo o D. Zagreb
Genk para o reencontro da pré-eliminatória da Liga Europa.
Não seria nada mau, mas evitei equipas poderosas que não dá jeito enfrentar.
Com Barça e Madrid no Pote 1, Valencia e Villarreal podem cair aos seis restantes cabeças-de-série e tornam-se elevadas as probabilidades de um espanhol sair aos dragões. O apuramento sofrido do Arsenal fez o Milan cair para o Pote 2, o que dava mais jeito era ter passado a Udinese e tirar o Milan do caminho e que fará, seguramente, um bruá seja qual for o grupo em que cair com um cabeça-de-série (excepto o Inter). Já viram o azar se sair ao Porto?
Entretanto, a UEFA dá mais uma prova de independência e rigor, ao contrário da teoria do choradinho de proteger os poderosos. O Fenerbahce foi excluído e o Trabzonspor, eliminado pelo Benfica, repescado como 2º da Turquia, pelo escândalo de resultados combinados no campeonato local. O vice-presidente e nº 2 da hierarquia, potencial sucessor de Platini, é o turco Senes Erzik, mas a UEFA não teve contemplações. Já agora, apesar de aparentemente implicado no escândalo, e jogar hoje na Liga Europa, não sei se há decisão igual para o Besiktas "português"...
A entrada do Viktoria Plzen, checo, antigo clube patrocinado pela Skoda, vai dar para perceber se o nome da cidade se lê como deve ser lido, Pilzen, de onde deriva a Pilsener, cerveja "copiada" dos mestres checos, ou Plezen como andam a divulgar, creio que mal, nas estações, pelo menos na RTP.
Faites vos jeux.

24 agosto 2011

O árbitro e a "bernarda" e a UEFA a cagar-se para a Ibéria


«Decidi cedo que aquilo que penso dos outros é mais importante do que aquilo que eles pensam sobre mim. Qualquer jogo tem de ter um árbitro e, então, decidi que eu seria o árbitro. », Gore Vidal, tirado daqui http://portugaldospequeninos.blogspot.com/2011/08/o-arbitro.html, excelente como sempre



Este episódio da guerra de alecrim e manjerona em que o Sporting pretende "ganhar o respeito dos árbitros" e a APAF diz que os calimeros "querem ter o que os outros não têm", diz tudo sobre a valia do tema e a boa consideração do sector em que o seu líder Vítor Pereira actua como Vítor Constâncio, sem ondas e à procura de uma "profissionalização" num qualquer BCE, e o presidente da Liga disto tudo cumpre apenas o papel destinado de mestre de cerimónias num cenário sem rei nem roque.

Depois, querem levar tudo muito a sério, e serem levados a sério também, preconizando responsabilidade quando claramente ninguém tem mão nisto: os clubes nos árbitros, o Vítor Pereira nos mesmos, o Fernando Gomes no Vítor Pereira e por aí fora, com regulamentos muito bonitos aprovados por todos mas só para parolo ver.

Pelo meio, alguns fantoches da Imprensa escrita apelam também à responsbilidade. Porém, o foco de tensão começou numa notícia a falar da "indignação" do Sporting com a nomeação de João Ferreira para o jogo de Aveiro. O tumulto actual, uma tempestade num copo de água, não se formou pelas críticas, justas e correctas, do Sporting a Carlos Xistra. Formou-se pela suspeição adicionada com a nomeação seguinte, mas uma revolta interna que só os amigos dos jornais veicularam. João Ferreira, capitão do Exército, sabe a destrinça entre táctica e estratégia e sentiu-se visado.

O Sporting, com a amizade dos compinchas dos jornais como o da Bernarda do Rascord ou o falinhas mansas Tadeia de O Jogo, passou a mensagem e esta chegou ao destinatário. João Ferreira fez bem em recusar fazer de conta que não havia jogo sujo, agora sem ameaça de entendimento de coacção sobre árbitros que num certo arbítrio já deu descida de divisão.

Ao veicular uma notícia assim, acirravam-se os ânimos que os cobardes de Alvalade não quiseram assumir. Dias depois dessa "indignação" veiculada pelos amigos da Imprensa sempre atreitos a estes fretes, o Sporting caiu no ridículo de repisar os erros de Xistra na 1ª jornada. Por fim, para completar a figura de sonsos, dizem que não condicionaram o árbitro da 2ª jornada, porque falaram apenas do sucedido no domingo anterior.

A Imprensa amiga aceita a tese. O troglodita Barroso, sempre em risco de ser fulminado por uma síncope cardíaca, pedia a "irradiação" do árbitro que recusou entrar na dança. O Freitas das 14 contratações sem alguma ter resultado em três jogos oficiais desvia as atenções para os árbitros. O cara de anjo Godinho reitera que o Sporting é "sistematicamente prejudicado", quando ele já estava no cargo na altura em que o Beira-Mar foi selvaticamente roubado em Alvalade pelo Hugo Pacheco que agora derrotou o Feirense na Luz. A deturpação dos factos e a alienação grotesca tomaram conta do cenário e já ninguém sabe como começou o fogo, com mão criminosa que atirou a pedra e assobiou para o ar.

Não admira que, no meio da refrega, o pacóvio Bernardo resmungue contra comentadores da televisão que veêm cada lance à sua maneira, sendo o Rascord um dos farsantes da Liga da Falsidade que instituiu para deturpar a verdade dos jogos pelo prisma da televisão. E o tadinho Tadeia, uma nulidade em todos os sentidos, admira-se de João Ferreira ter ouvidos sensíveis, para se sentir melindrado, quando o árbitro setubalenses ainda há um ano e picos expulsou um médio do Marítimo com o Benfica porque à distância ouviu-lhe um alegado insulto eventualmente dirigido ao árbitro.

Fazem todos de conta que são sérios e pedem respeito por si e pelo jogo, pela verdade e pela isenção, mas não podia haver pior altura para o Sporting se queixar de árbitros em jogos com Olhanense e Beira-Mar que tanto foram espoliados em Alvalade na época passada. E de Xistra os do Sporting não contestaram a competência ao inventar dois penáltis contra o FC Porto na semifinal da Taça da Treta em 2009, virando o resultado, para depois dizerem que foram roubados na final do Algarve com o SLB e o penálti de Pedro Silva claramente inventado por Lucílio Baptista.

O "prejuízo por sistema" de que se queixa o Sporting não foi decerto de um monte de golos irregulares e até um que nem chegou a entrar (V. Guimarães) na época passada. Mas o silêncio dos que conspiram na Imprensa para abafarem os favores arbitrais já chegou, no Rascord da Bernarda indignada, ao ponto de num jogo clamarem por "Roubo" em M. Cónegos por um penálti não marcado, mas disfarçarem o golo do Leiria meio metro na baliza de Ricardo com um "Leão agradece".

Como habitualmente sou severamente crítico dos árbitros, advogando estrangeiros no nosso campeonato há muitos anos e a incapacidade e falta de sentido de liderança de Vítor Pereira, estou à vontade para defender a posição de João Ferreira secundada por todos os árbitros. Porque percebo a origem do problema e o meio inflamado em que alastrou para denunciar a falta de firmeza da Liga, chame-se o tasqueiro Hermínio ou Fernando. No papel, chame-se Bernardo ou António, a pantominice é generalizada, fazendo-se de sonsos num momento e com memória para evocar estórias de arbitragem e concluírem que há corrupção. Pois há, mas é de ideias, ideais, valores. E temos jornalistas a criticarem economistas e advogados na análise de um penálti ou fora-de-jogo mas a padecerem do mesmo mal nos jornais que dirigem.


ACTUALIZAÇÃO (17h): enquanto o Vítor Pereira continua engasgado com a tempestade num copo de água, sem saber se há-de fugir ou dar só corda ao relógio, para não dizer pior, e hoje sem dar a ronda de designações para a 3ª jornada, a UEFA demonstra que, na arbitragem, está a cagar-se para os problemas do sector na Ibéria idiota. A nomeação de Bjorn Kuipers para a Supertaça no Mónaco é uma chapada em portugas e espanhóis, estando Porto e Barça na final. É que saiu de Portugal, do Rascord da "bernarda" exactamente, a notícia veiculada em Espanha de que o Porto tinha jantado com este árbitro holandês depois do jogo com o Villarreal, o dos 5-1 e poker de Falcao. Enquanto se passou a bola à Marca para difundir a suspeição que o Benfica pôs a correr nos correios da intoxicação mediática, atirando a pedra e escondendo a mão, como se o parvo director-adjunto da Marca soubesse onde é Matosinhos e algum espanhol tivesse sabido em que marisqueira Kuipers jantou, e por cá a parvalheira da PGR impõe um inquérito para averiguar o que se passou apesar de desmentidos do próprio árbitro e de testemunhas ocasionais e presenciais, como Rui Moreira que estava nessa marisqueira, do FC Porto, a UEFA nomeou-o sem contemplações.

É uma bofetada de luva branca nas teorias da suspeição e nos conspiradores habituais. Se não estivesse fora e longe do meu arquivo, publicava aquela imagem do livro "Um cagalhão na tola" que aqui publiquei várias vezes.

23 agosto 2011

on the rascord

No sábado ligou-me um amigo, os cumprimentos da praxe e a satisfação de me saber bem, eu acabado de almoçar e a desfrutar dos prazeres do campo e feito o parêntesis da chamada civilização através da Imprensa e dos seus mais variados meios. É certo que, ao beber o café após o repasto, consultando o jornal disponível ao balcão, confessei-lhe ter ficado mal disposto com o que acabara de ler no Rascord.


Também ele vira a coisa da mesma maneira. A crónica do Vítor Pinto, habitualmente certeira, trazia um ataque cerrado ao árbitro do Porto-Gil Vicente, sempre a apreciação primeira que vejo em certos pasquins e denota quem lá vai pelo andar da carruagem. Só que nem sempre o cocheiro é o carrasco, às vezes é vítima, do que se controla à distância. Não demorámos a chegar ao entendimento da coisa, eu e o meu amigo.
Já me causou estranheza ver o Vítor Pinto negar a evidência do penálti sobre Hulk. Estava em queda, como descreve, antes de Vilela lhe tocar? Já nem digo que omitiram o empurrão ostensivo e visível, que levou Rui Silva a marcar penálti. Ler a seguir que Sapunaru fez gravata a um gilista e era caso para penálti tornava o caso mais grave, digno de investigação. Além da indisposição indisfarçável para quem leu a coisa.
Uma página ou duas adiante, o filme dos lances polémicos denunciava tudo. João Rui Rodrigues fazia a súmula dos acontecimentos. Otamendi devia ter sido expulso, com o que concordo inteiramente; Hulk atirou-se para o chão e, como não foi empurrado, devia ter levado amarelo e o Porto já não empatava; por fim, Sapunaru, que só pôs um braço num gilista, nem agarrou nem empurrou, e este deixou-se cair, fizera falta merecedora de penálti.
O cenário estava completo e o mistério de Polichinelo desvendado sem recurso a gurus
A engrenagem montada na Luz começara com Jesus a perorar contra o penálti, sacrílego, de Guimarães, não existindo, para o profeta e catedrático do futebol e mestre das tácticas, qualquer falta de Leonel Olimpio sobre... Sapunaru. O arcanjo Gabriel apontara o rumo a JRR e ao Rascord, onde um director-adjunto de qualquer coisa saído de uma TV Mais ou TV 7 Dias ou similar e curso de Farinha Amparo já negava o que tinha sido evidente uma semana antes e remetia-se para os protestos de Manuel Machado e concomitantemente de Jorge Jesus que nele se apoiava para defender a tese com um pau de marmeleiro. Sapunaru, involuntariamente, tornou-se o elo de ligação da indignação de Jesus e do crime cometido sobre um gilista. JRR telefonou a VP a dizer que Hulk similou e Sapunaru agarrou e pronto, o veículo de propaganda da Luz, independentemente de apoio oficioso na Travessa da Queimada, já tinha mais um meio de estender o seu poder comunicacional.
É evidente de que nada serve a Antero Henrique telefonar, por sua vez, ao Alfredo Jorge, embora lhe consiga desmarcar cronistas para jogos no Dragão, algo que não consegue com Carlos Pereira Santos em A Bola, seguramente de mais espinha direita e jornalista de craveira do que muitos portistas pensam dos profissionais deste jornal maldito e sobre o qual o FC Porto lança diatribes em forma de Labaredas de forma obsessiva e até patética. Do longo braço da lei encarnada, como aqui então descrevi, saberá hoje o FC Porto melhor do que ninguém, se atendermos ao brado do próprio arcanjo Gabriel horrorizado por Francisco J. Marques ter saído da Lusa, onde um bando de bons rapazes um dia invadiu a Redacção em Lisboa para chegar à falta com ele, para director de Informação no Dragão
O Alfredo Jorge não belisca o poder de Lisboa que o instalou no Porto sabendo o que a casa gasta mas recebendo o seu quinhão como capataz. O Vítor Pinto já devia saber que, consoante o mensageiro, a mensagem traz gás Sarin e deve ser devolvida à procedência, sob pena de envolver-se na intoxicação.
Não sei se, com um golo indevido - daqueles tão ao gosto do... vidoso - e um penálti negado aos gilistas o FC Porto-Gil Vicente não acabará na lista negra da famigerada Liga da Falsidade que os farsolas deste pasquim implementaram na capital com o beneplácito dos pascácios portuenses resignados a baixar a tola e a seguir as calças.
Mas, mais telefonema menos barulho, a montagem deve ter sido esta. A Luz que alumia o Rascord lá teve os apaniguados do costume em nome da verdade desportiva que também gostam de apregoar. E os mais ferozes críticos da Crítica lá têm mais argumentos para a teoria da conspiração fomentada onde fazem as coisas por outro lado.

Tudo isto, porquê? Para fazer ligação ao post abaixo e, por absurdo, fazer o ponto da situação em relação à... relação dos adeptos com os média. Andam agora muitos portistas a propagandear a Marca que, no resto do ano, abominam e sabem ser o jornal do regime do lado de lá. A Marca salienta a gestão do FC Porto pelas mais-valias das transferências. É evidente que nem o Barça nem o Madrid podem comprar para revender com lucro. O seu negócio é outro. A Marca, como a muitos portistas, diz pouco de como 30ME de R. Micael e 45ME de Falcao, e as suas cláusulas ditas inflexíveis, custaram só 45ME pelos dois ao Atlético. E prontos, a Marca limpa a sua imagem de denegrir o FC Porto desde que Mourinho foi campeão europeu em 2004 e os adeptos ficam satisfeitos por um jornal inimigo render-se às evidências quando há tanta coisa pouco transparente e dignificante.

Isto é como rasgar as vestes por isto e aquilo e, depois, acaba tudo a beber uns copos e contar umas larachas. Leiam em baixo o resto para o dia.

off the rascord

Há coisas que, nos jornais cá da terrinha, têm tanta explicação aparente quanto o entendimento que muitos julgam ter da coisa mas nem fazem a leitura diária para apreenderem a vastidão do "fenómeno" e, amiúde, nem sabem o que lá diz mas comentam pelo que ouvem de terceiros. E muita gente afadiga-se contra este e aquele jornal e, há sensivelmente 15 anos, os portistas foram convocados para zurzirem, se não pudessem mais, no jornal que, em Outubro de 96, ou 97 nem lembro bem, trouxe esta manchete. Rasgaram-se vestes e houve mesmo ameaças de morte.
Acaba por nem ser surpresa, derrubados tantos muros e ultrapassadas tantas divergências num lado quantas as que se ergueram noutro lado que dantes era defendido em família, ver agora António Oliveira como colunista do jornal que o quis liquidar enquanto treinador portista. Não foi a "tentativa de assassinato por meio audiovisual", como rebuscadamente o dr. Zito designou o "caso Paula" contado na inenarrável SIC do Schnitzer amparado no abominável homem das neves e do famigerado "Donos da Bola".
Certo é que, trocando a Selecção que levara ao Euro-96, pelo FC Porto, Oliveira estava como que nas suas sete quintas e seus mordomos. Pinto da Costa conseguiu fazer o golpe mais baixo da história do FC Porto com um comício convocado não por causa da retrete das Antas, mas por um ataque que considerou ser ao FC Porto, enchendo o pavilhão Américo de Sá e, após uma armadilha digna de "mccarthismo", a mim enojando-me de vómitos.
Não só não tardou, em Maio de 1999, que a entrevista do Penta fosse dada ao Record, no alto da cadeira colocada justamente sobre um 5 gigante em pleno relvado das Antas, pelo presidente portista. Enterrados diferendos de direitos reservados, também não se esperou muito até Oliveira dar a primeira entrevista no regresso como seleccionador em 2000.
As coisas são como são e quem escolheu um lado da barricada sabe com que cara ficou. Felizmente, está tudo enterrado, ou assim parece, e é um gosto ler a sabedoria de António Oliveira, hoje no alto do seu curso de Direito da Católica, salvo erro, e a gozar como sempre soube fazer da vida, hoje alienando a sua participação na Olivedesportos e na Controlinveste que detém O Jogo que, enquanto patrão, ali o defendeu até ao ridículo. Zangado, desta feita, com o mano Jaquim, quiçá ainda zangado com a manchete de A Bola com a morte de Nuno Ferrari no dia dos Cinzazero na Luz para a Supertaça algures (18 ou 19) em Setembro de 1996, era forçoso que Oliveira se virasse para o Record. Um prazer, repito, auscultar a sua análise aos meandros da bola, aliás patente numa magnífica entrevista que há tempos deu ao jornal que chegou a ser o inimigo fidagal dos manos Oliveira mas que até nos mais acérrimos opositores à influência então tida como nefasta no futebol português encontrou aliados de peso para a dimensão editorial do grupo de comunicação mais vasto do País.

21 agosto 2011

Anda Pacheco, que Jesus empurra!...

Já tinha alertado sobre este cromo, Hugo Pacheco, que fez a pior arbitragem da época passada no Sporting-Beira-Mar.


Agora, tal como fez aos aveirenses há uns mesitos, também negou um penálti claríssimo ao Feirense, com 2-1 no marcador, vi hoje num resumo muito resumido na televisão. Não sei se passou mais alguma coisa de "normal", o meireles apontou um outro potencial penálti logo no início, mas como não vi e não suscitou "interesse" das televisões, não sei. Mas fica registado, porque antes estava alertado.

Pacheco não marca penáltis na Luz e em Alvalade para os visitantes, embora no tal jogo da época passada inventou um para o Sporting ganhar. Com o Beira-Mar até anulou um golo limpíssimo ainda na 1ª parte. Perguntem ao Rui Bento como foi...

Agora em Aveiro, a pressão dos calimeros sobre os árbitros deu em tirar um amador da bancada, mas os da "luta pela dignificação da arbitragem" queriam levar um tipo da sua laia a apitar o jogo. Esta merda só não parece os anos 70 porque o Rui Prantos não tinha caracóis e se usava gravatas berrantes valia-lhe pouco na tv a preto e branco.

Já agora, a gajada da Imprensa lisbonense já comentou, de per si, este episódio grotesco da Direcção dos calimeros? Ou assobia para o ar e pede apenas "paz na arbitragem" e o blá, blá pacificador porque não se pode mandar prender ninguém?

O Ricardo Bosta da liga do tasqueiro Hermínio não teria uma solução criativa para achar isto uma coacção sobre os árbitros? Ah, a nova liga do Gomes aprovou um regulamento e tal, mas isso é só para as calendas gregas...

Achei muita piada o novo apóstolo da verdade dos calimeros dizer que quer árbitros profissionais porque passarão a ser menos incompetentes.

Vê-se logo há quanto tempo andam nisto, basicamente desde 3ª feira, os dirigentes leoninos. Há dois ou três anos o Paulo Bento dizia que não se devia deitar mais dinheiro onde já há tanto. Chamou-lhes "profissionais incompetentes" se passassem a ganhar mais. Não têm um patrocínio os árbitros? Era...








20 agosto 2011

Vítor Pereira fala "grosso" aos cretinos que não valem um vintém, mas o FC Porto ainda não o faz em campo




Como era expectável, não só o FC Porto "pagou" por ter querido não explorar os penáltis por assinalar na Supertaça, como subitamente viu-se sujeito a uma barragem de artilharia culminada com o tiro na água do cretino que não vale um vintém sobre o penálti de Guimarães. O jogo de estreia oficial de Vítor Pereira no Dragão, que teve três golos como o de apresentação com o Peñarol, não marcou o futebol-espectáculo que a ocasião mereceria e o treinador prometeu. Mas o FC Porto ganhou, creio que até de forma mais tremida do que em Guimarães, no jogo de campeões em que o da II Liga teve galo apesar de cantar primeiro.
Mesmo um penálti, bem assinalado, logo aos 2' concedido a um clube que veio da II Liga, não desarmará os críticos ferrenhos de qualquer coisa que não prejudique o FC Porto. Concordo, digo desde já, que Otamendi devia ter sido expulso, cometendo falta de último defesa após uma asneira grossa de Sapunaru depois logo redimida com o golo de 2-1 pelo romeno na reviravolta cedo lograda face ao atrevimento dos gilistas.



Mas outro penálti evidente - fruto do jogo do empurra e do agarra que marca os jogos em Portugal e ninguém combate, amiúde até defende por ser um recurso alegadamente legítimo dos mais fracos - que deu para Hulk empatar sem ser um "golo esquisito" como em Guimarães, decerto reavivará a discussão patética, deixando em carne viva o cenário da arbitragem ainda a procissão não saiu do adro e já com os clubes de Lisboa na cruzada para condicionar os árbitros.
Ridículo e sem vergonha, sem a vergonha que não teve de pedir desculpa por ter reclamado contra a anulação de um golo do Benfica claramente obtido em falta na época passada, ao contrário do mea culpa assumido pouco antes por AVB após a má visão e mã informação que lhe prestaram em Guimarães quando ali, então, o FC Porto empatou, Jorge Jesus pode achar o que quiser sobre os penáltis para o FC Porto e tem nova oportunidade para confirmar que é um cretino e não vale um vintém. Hulk foi empurrado por um gilista e Rui Silva, de frente para o lance, não hesitou, como Benquerença não teve contemplações em Guimarães.
Após uma jornada europeia desastrosa sem uma vitória, com um golo que JV Pinto considerou perfeitamente legal - como eu acho o 2-2 do Twente - contra toda a opinião que se publica, e uma expulsão de João Paulo em Madrid, por falta desastrada e inútil a meio do meio-campo defensivo do Atl. Madrid, que nem Manuel Machado contesta porque as coisas na Europa fiam mais fino e os castigos sérios não se fazem esperar como até o idiota Mourinho sabe da mão pesada da UEFA, nada como prosseguir assim a discussão sobre tolices da 1ª jornada, com o treinador do Benfica parvo e desbragado a reclamar contra todas as evidências e o Sporting a "afastar" um árbitro de um seu jogo como se tivesse queixas de João Ferreira mas não decerto em jogos frente ao FC Porto que as terá muito maiores. Antevendo-se um clima de guerra civil, até a ocasião é má para a indisposição costumeira dos calimeros.

Temos um Beira-Mar-Sporting com a memória ainda viva do roubo escandaloso aos aveirenses há uns meses atrás com um golo mal anulado, um penálti sonegado aos aveirenses e um penálti inventado para o Sporting ganhar 1-0 em casa - e isso pelo árbitro Hugo Pacheco, como aqui recordei esta semana, que apitará, tenrinho, o Benfica-Feirense deste sábado.

É, por isso, no manicómio aberto "around the clock all the year around" no futebol cá da terrinha onde os interesses de capela são manipulados pela Imprensa sectária e facciosa, que não se dá valor ao Gil Vicente, capaz de recuperar de 0-2 com o Benfica mesmo com um golo sofrido em fora-de-jogo que os cretinos não reconhecem, para um 2-2 que acabou por saber a pouco.
E se campeão se viu no Dragão, para mim, até foi o Gil Vicente, que dominou a 1ª parte, criou mais oportunidades de golo e saiu para o intervalo imerecidamente a perder, com metade das faltas cometidas dos campeões da I Liga e da Liga Europa.
Vítor Pereira falou grosso e promete acabar a discussão à distância com Jesus, porque nem sempre esse diálogo leva o mais crente ao céu,
Mas a equipa ainda não manda em campo como mandava. Não mandou em Guimarães, fruto de uma atitude de maior reserva e menos exposição em campo complicado com um opositor na retranca e com bolas longas para o que Deus quiser. Um futebol de treta que já começa a exasperar os adeptos vitorianos, como se viu ontem em Madrid com insultos à forma e postura da equipa no Calderon, mas uma estratégia que faz as delícias de outros desde que sirva para travar o FC Porto.
Ora, o campeão da II Liga joga positivo, não esconde os seus argumentos, não receia o medo cénico e não achei inferior ao FC Porto sem ritmo e muito menos sem a espectacularidade que Vítor Pereira garantiu para a sua estreia oficial em casa. Incomodado nas saídas de bola da defesa, como é exemplo o lance inicial que deu 0-1 e muitos se repetiram ao longo do jogo, não é só o início da construção que sai frouxo e até comprometedor. O meio-campo não está em rotação adequada, pelo menos com vista ao embate com o Super-Barça. Moutinho perde tantas bolas, o que é raro, quantas as que ganha, o que é mais normal, e há demasiado jogo curto-circuitado, ou pela ousadia do adversário ou por menos frescura física dos médios portistas em que só Souza tem um desempenho mais uniforme e que tem justificado a sua titularidade. Já Guarín, sem pré-época, como referi em Guimarães, vai tendo minutos de rodagem. Mas as poucas alterações no onze da época passada para esta, com o mesmo onze escalado da 1ª jornada, não tem desculpa para mostrar menos entrosamento e sem as ideias definidas que já todos partilham há um ano, à excepção de Kléber.
Hulk, que marcou o penálti bem mais calmo desta vez, executou o canto perfeito para Sapunaru se redimir no 2-1 e marcou de bomba o 3-1 ao começar a 2ª parte, arrumando a questão. O penálti existiu, o canto que deu 2-1 também, o livre para o 3-1 (falta sobre Souza) também, pelo que os cães podem ladrar que a caravana prosseguirá o seu rumo. Esperemos rumo ao espectáculo que foi a marca da época passada e que Vítor Pereira agora reitera que se conseguirá.

Não há drama de maior com o jogo menos conseguido e para o qual a proximidade - a uma semana de distância - da Supertaça europeia não serve de desculpa. Tem de perceber-se que, mesmo para uma equipa apenas sem Falcao e Fernando, o início de época não é propriamente a continuidade do exuberante fim da época passada. Otamendi esteve muito timorato e nervoso desta vez, ao contrário da 1ª jornada onde foi imperial. Sapunaru acumulou outras asneiras ao longo do jogo e é no desequilíbrio entre as diferentes prestações individuais, a que se junta a repetição com Varela inconsequente na esquerda, que não faz, de momento, o colectivo habitual do FC Porto. O jogo ressente-se e o adversário, para mais de sangue na guelra, ou crista alta se quiserem, com gente nova e de muito valor técnico e boa frescura física, "perde o respeito", o que neste caso é saudável e, por isso, mostrou como o Gil vai cantar de galo e ser a equipa-sensação da temporada. Já desde o jogo da Taça da Liga, em Janeiro, no empate 2-2 que afastou o FC Porto da competição (embora então dependesse do que fizesse o Nacional vencedor dos jogos do grupo), fiquei muito impressionado com o Gil Vicente e aquele negrão endiabrado meu homónimo que, agora em Braga, teve a infelicidade de se lesionar. O Zé Luís ex-gilista é, para mim, o jogador a rever e poderia ou ainda poderá ser a revelação da temporada.

Voltei a ficar impressionado com o Gil Vicente, enquanto acho normal o conjuntural "jogo estacionário" do FC Porto.

Se quiserem, já agora, foi com um 3-1 ao Gil, à 3ª jornada e depois do 2-2 inicial com o Belenenses, que Mourinho se estreou a vencer no Dragão em 2002-2003, então graças, salvo erro, a dois golos de Maniche para decidir a contenda.

Contenda, sim, ficará agora com Rui Silva sob foco da atenção do idiota treinador do Benfica, que não sabe com quantas ajudas - nomeadamente o fora-de-jogo claríssimo de Urreta no jogo do 1-0 por Saviola em 2009 - foi campeão graças à APAF e ao SLB, o sr. Lucílio Baptista que validou esse triunfo indevido, como antes validou o triunfo indevido por falta inexistente ante a Naval antes da visita do FC Porto para a qual o Benfica temia e tremia com a possibilidade de ser ultrapassado na classificação.

Quanto aos calimeros, na outra polémica do dia e com mais um motivo para os árbitros boicotarem os seus jogos, já esquecidos de como foram beneficiados com o Olhanense e o Beira-Mar na época passada em casa, com golos adversários anulados sem motivo ou explicação plausível, só reforçam a cruzada da capital incomodada com o triunfante FC Porto que, bem ou mal, segue a sua marcha, imparável, mesmo que algo periclitante.
Agora, enquanto não chega o substituto de Falcao - forçosamente para entrar directo no onze! - e Kléber, subitamente órfão do colombiano, voltou a falhar isolado diante do guarda-redes pelo 3º jogo consecutivo, acusando a pressão e o nervosismo próprio (tem 20 anos apenas) que implica a competição ao mais alto nível e no clube mais competitivo e titulado de Portugal, vamos assistir de cadeira aos jogos dos de Lisboa. Quer dizer, dificilmente lhes deitarei o olho, mas esperarei pelo esmiuçar das jogadas nos resumos alargados, para ver golos em fora-de-jogo, como já deu, e expulsão perdoada ao Jeffren que o Sporting faz também por ocultar sob a capa do prejuízo e das indignações sopradas aos alcoviteiros amigos que dão o lamiré dias antes de os novos calimeros em funções assumirem as suas dores de forma oficial.

19 agosto 2011

Como salvar a face por Falcao?

Está nos jornais, de cá e de lá, mereceu comunicado à CMVM e a venda de Falcao ao Atlético de Madrid até teve esta imagem abaixo, que vimos também na transmissão televisiva da SportTV, das "bienvenidas" ao artilheiro colombiano no Calderon. Mas, apesar disto tudo, e do recorde de transferência em Portugal, não está, perto da meia noite no site do FC Porto. Este continua a ser um logro, como nebulosa é ainda a Comunicação da SAD aqui analisada pelo Jorge http://www.porta19.com/2011/08/fonte-de-noticias/.  Ou, então, como convém, alija-se responsabilidades, repartindo-as ou transferindo-as para um quase clandestino Porto Canal, onde tudo é recitado em soprano baixo a lembrar um funeral e não com vivacidade e alegria próprias de um grande clube vencedor e hegemónico a nível nacional!

O negócio, mesmo merecendo as maiores parangonas, parece cair mal. Resta saber porquê, embora a resposta não seja dada, ou entendida, pelos tipos do "efe-erre-á" que já não chamam a este "pesetero", como ao outro libras Boas, ainda que um tenha saído do Dragão pela cláusula de rescisão religiosamente respeitada e o outro, apesar de ampliada em 50% há um mês e vivificada urbi et orbi pela Nação Portista, sai abaixo da fasquia que era, também esta, supostamente inflexível, a dos 45ME.

Como qualificar o negócio? Antes pouco plausível. Previsível, só de há uns dias, porque o destino foi mimoseado até por Pinto da Costa, a liquidez do Atlético zombada da mesma maneira e na mesma onda e a inflexibilidade tem contornos de anedota, disfarçada com mais uns 7ME por "objectivos" que, de momento, ninguém sabe quais são - mas não o de campeão espanhol, certamente, e duvido que sirva para o derbi de Madrid.
Ao vender Falcao e Ruben Micael por 45ME, um belo encaixe sim senhor e que compensa os 43ME já gastos em aquisições que, feita a catadupa dos últimos dias, fazia antever um magote de saídas que parece não ficar por Sereno (Colónia), não sendo já de descartar Moutinho e Álvaro Pereira (juntos por 55ME) no Chelsea, o FC Porto pode dizer duas coisas, ou alguém que, à parte o incensar destas coisas todas por uns rotuladas como "brilhantes" e lucro fantástico:
- Vendeu Falcao pela cláusula e ofereceu, num inesperado e indevido gesto de boa vontade, Ruben Micael totalmente à borla;
- Vendeu Falcao abaixo da cláusula, a tabela máxima que presidente e apaniguados juram ser para manter e não bufar, quem tiver dinheiro que se chegue à frente, mas Ruben Micael pelos 5ME esperados, o que é notável em desproporção e rigor absoluto que favorece o português e que seria menos de esperar.
Ora, para disfarçar a venda abaixo da cláusula, digna de mitos sempre abalados até por mais de "um cêntimo", depois de Bruno Alves e Raul Meireles, nada como juntar um factor de diversão, à falta de negócios alheios para distribuir galhardetes e picardias mediáticas. É Ruben Micael, hoje a fazer 26 anos e a caminho do... Saragoça, que é o seu destino, por empréstimo estipulado por um ano, jogar na mesma equipa que negociou por uma bagatela... Roberto, sim o frangueiro.
A mim não me surpreende e até achava "muita fruta" tanta acalmia, ainda com a borrasca previsivelmente a meio, e mais juras de amor eterno caucionadas pela célebre cláusula. Juras de amor eterno que tanto podem ser confissões públicas sobre a cadeira de sonho, como prender um 9 de sonho à camisola subindo a cláusula em 50% como só a permitir o alcance aos que alguns presidentes acham serem os maiores da Europa: o Barça, o Real Madrid e o M. United, ninguém mais, nem o Bayern, nem o Milan, muito menos o Atlético de Madrid.
É claro que a baboseira, mas também a cortesia perene de certos epígonos armados em cavaleiros do apocalipse e guardiães do portismo mais papista que o Papa, não servirá de lição e daqui por uns tempos uns serão vituperados se abandonarem, licitamente, o Dragão e outros abençoados por permitirem mais um encaixe extra, algo que era suposto, pensava eu, a SAD acautelar em Março com AVB por força da iminência dos seus êxitos estrondosos, um reforço da cláusula, como em meia dúzia de dias celebraram com Falcao. Assim, dá para salvar a face e continuar a condenar o ex-treinador às galeras, ainda ele não perdeu as estribeiras e a rectidão como o anjo Mourinho caído em desgraça e candidato a figurar no memorial de El Escorial para as figuras do regime madridista...
Se não houverem mais penáltis para o FC Porto para os críticos ironizarem, esta venda de Falcao por menos 5ME do que o estipulado quiçá os "5ME da treta", contra todas as garantias de intransigência e máxima acuidade negocial, será devidamente glosada, até por supor um enfraquecimento do FC Porto no plano interno, acima de tudo isso, porque na frente europeia a perda é evidente mesmo que mitigada intramuros face a concorrência de menor gabarito.
Já terão passado, entretanto, os remoques aos jornais que vendiam meia equipa, quase a sair pela porta grande e esperemos com maior dignidade e brilho através da Comunicação do clube/SAD, que continua a agradar aos parolos do costume, que também abundam no portismo.
Uma vitória hoje sobre o Gil Vicente permitirá passar sobre isto como cão em vinha vindimada. Um desaire caseiro já levantaria questões colaterais.
Mas o que nunca se saberá, nesta era de mais transparência em vidro fosco do tabuleiro do mercado de transferências com "players" imprevistos mas decisivos - mesmo que vituperados a maior parte do tempo pelos clubes que amiúde a eles socorrem para despachar o expediente - é que interesses há por detrás disto tudo, que influências e premências se movimentam e até triunfam. Fala-se em Jorge Mendes e nunca se percebe se é o intermediário ou o senhor. Quando dá jeito, é o primeiro. Quando é o segundo, é diabolizado. Contudo, os clubes não vivem sem eles e os jogadores, subitamente, chutam para canto o que dantes consideravam rumores e entram de cabeça em assumirem novos amores, como fez Falcao em Guimarães, sabe-se lá impulsionado por quem e num impulso bem mais contundente, eficaz e até decisivo do que quando subiu para cabecear, escandalosamente, ao lado o cruzamento milimétrico de Hulk - que o colombiano troca de bom grado pelas assistências desse tosco Sálvio que esta noite voltei a ver arrastar-se no campo frente ao V. Guimarães.
Posto isto, todas estas coisas devem ser tidas com reservas, tal como não dizer desta água não beberei. Aos contorcionistas, que desprezam quem pensa e não quem é cão de fila, obediente e cego e só ladrando para o dono, ficam, agora, os aplausos, depois dos assobios por coisas bem mais líquidas e escorreitas. Ou é da massa do sangue tuga regozijar-se com as coisas feitas por outro lado e estar sempre parcimonioso, quando não laudatório, com o chico-espertismo em que gosta de se mirar?
Como a todos os outros, desejo boa sorte a Falcao, legitimamente na pista do dinheiro que é tão bom para ele como para o clube, como sucedeu com André Villas-Boas, lamentando eu que siga o destino que Futre teve há 24 anos, para ganhar dinheiro por apenas um par de taças do Rei. Embora já anteveja Falcao a decidir a Liga Europa, pelo segundo ano seguido, reconquistando-a para o Atlético a quem o FC Porto sucedeu, enquanto a baliza de Dublin vem para o Museu do Dragão. E uns milhões bem necessários, que a uns contenta também por tapar as despesas e suprir as necessidades do orçamento recorde.
Resta saber quem mais sairá e o que sobrará, de responsabilidade, para Vítor Pereira.
Jesualdo Ferreira, a quem foi renovado o contrato por dois anos após a dobradinha de 2009 e os quartos-de-final da Champions, perdeu Lucho e Lisandro e só durou um ano, apesar do conforto dos milhões, quando era suposta a aposta maior na Champions que justificava o prémio da sua continuidade menos abonada para uma boa parte dos adeptos.
Porque tudo isto é uma ilusão, especialmente para os iludidos que, como os outros fizeram com o "ganho" com Roberto, contam apenas a entrada e a saída do dinheiro.
E a confiança de que chegará outro Falcao, certamente barato, para renovar a esperança. Tal como em 2009, não sobrará para esta Champions. E a manutenção da equipa, como em 2003 e 2004, continua na mente de todos e decerto com pedestal condigno no Museu.

18 agosto 2011

Sub-20 num final mundial 20 anos depois

Não sei se as capas dos pasquins trarão o feito em relevo merecido, de manhã, com Portugal na final do Mundial sub-20 na Colômbia 20 anos depois de Lisboa-91 e na senda do primeiro, inesperado e histórico êxito de Riade-89. Acabou agora a semifinal com a França (2-0).


Mas tenho a certeza que não faltarão os editoriais de pacotilha a lembrarem o desaproveitamento destes jogadores, mais uma nova fornada de talentos promissores, com tantos já emprestados pelos três grandes e alguns outros, portugueses de gema, que já foram cedidos aos mais diversos clubes.


Serão editoriais da gente que exulta com as contratações aos magotes de estrangeiros que os mesmos três grandes conseguem comprar a preços de milhões. E as expõem nas capas com orgulho e reverência, para os impensáveis 80 e tal milhões de euros gastos. E isto em tempos de crise. De princípios. Mas que serão enunciados em nome da lei e da grei, como se fizessem campanha pelo produto nacional e bom, alguns já a jogarem no estrangeiro porque cá não têm oportunidades.

Barça em défice chega para Madrid esfusiante mas improfícuo e estupidamente violento



Só Messi, de momento, põe o Barça no pedestal mundial e mais dois golos do melhor jogador do mundo, o último dos quais a poucos minutos do final da 2ª mão da Supertaça de Espanha para fazer o 3-2 e evitar o prolongamento já depois da 1 da manhã em Barcelona, vulgarizaram o Real Madrid que acabou, mais uma vez, a fazer uma triste e pacóvia figura.

Ainda é um campeão europeu em défice de prepração que no dia 26 enfrentará o FC Porto no Mónaco, na Supertaça europeia que será, tudo o indica, o seu próximo jogo oficial, se for concretizada a greve que adiará este fim-de-semana o arranque da Liga das estrelas?

Sem ritmo e, especialmente, sem intensidade de jogo, jogando recuado e com a prudência que o seu actual momento aconselha, o Barça estará ainda tão "enferrujado" de amanhã a oito dias no Principado? Seria bom para o FC Porto ter aspirações a vencer o colosso espanhol ao qual Messi bastou para, com três dos cinco golos em dois jogos, derrotar o Real Madrid.


Os merengues, num estado de preparação mais adiantado, jogaram mais ofensivamente do que nos quatro duelos marcantes do final da época passada. Ironicamente, mostrando mais codícia, o futebol da equipa de Mourinho, contudo, parece mais improfícuo e voltou a ser incapaz de dar profundidade e acutilância na área à maior posse de bola e jogo que "instalou" no meio-campo do adversário.


Ou seja, um Barça ainda insuficiente, comparado com o "normal" das últimas épocas, acabou por chegar para o melhor que o Real Madrid tem apresentado e que será próximo do que valerá nos meses até ao Natal. O que significa, mesmo assim, ser o Barça um colosso enorme para o FC Porto com vista à Supertaça da UEFA. Ainda intransponível?


Porém, Fàbregas já jogou e assistiu Messi para o 3-2 final que deixou Camp Nou em loucura, apesar de um jogo timorato dos catalães, com a defesa muito recuada e muito jogo pra trás, sem assumir nem comandar a partida a seu gosto. Por insuficiência própria e atrevimento madridista, que quis beneficiar da sua melhor condição no momento, mas os catalães jogaram no controlo da partida e da "eliminatória", com o 2-2 favorável obtido em Madrid e que os da capital igualaram perto do fim para aspirarem ao prolongamento.


Mas em desespero, o Real Madrid voltou a fazer uma figura triste e até insólita, com os protagonistas do costume a portarem-se como animais em campo. Pepe voltou a não ser expulso, agredindo Piqué num canto mas sem um Benquerença - que tanto prejudicou os catalães frente ao Inter de Mourinho em 2010 - para marcar o penálti respectivo que daria o 3-1 e sentenciaria a partida. Pepe acabou por fazer uma assistência para Benzema no 2-2, mas o outro animal em campo, Marcelo, não evitou ser expulso já nos descontos, depois de poupado ao vermelho por uma agressão a Messi com uma patada depois de falhar um corte, uma agressão que o brasileiro já fez na 1ª mão e tinha feito na infame final da Taça do Rei, aí frente a Pedro, o que cobre de ridículo não só este jogador, tal como Pepe, como os suspeitos árbitros espanhóis que só em último caso ousam expulsar um jogador do Real Madrid.


Este Barça, mais "falível", "humano", "terreno", e acossado quando o adversário pressiona a saída de bola da sua defesa, parece mais ao alcance de um FC Porto que seja determinado e objectivo e evite a circulação de bola de Xavi e Iniesta a que se junta, agora, Fàbregas. Iniesta abriu o marcador com uma fuga pelo meio da defesa marengue, muito permeável.


E é essa a esperança que os dois jogos da Supertaça de Espanha deixam, com a equipa de Guardiola longe ainda da sua melhor condição mas, ainda assim, capaz de bater o Real Madrid cujo descontrolo emocional no final comprova o timbre das últimas épocas marcadas pelo complexo de inferioridade face ao tricampeão espanhol a quem só ganhou um dos últimos nove jogos, a Taça do Rei, e apenas na toada violenta e intimidatória permitida pelos submissos árbitros espanhóis.


17 agosto 2011

Ainda os penáltis, agora "feios" e "esquisitos" mesmo se incontestados

Volto, insisto no tema dos penáltis da 1ª jornada. Um tipo lê cada coisa que, se não partilhar minimamente, não dá eco do que por aí se diz, bem ou mal.


O penálti do FC Porto em Guimarães é tema recorrente de conversa, fiada mas escrita. Tal como a ironia do João Manha no Rascord a que me reportava implicitamente em baixo, hoje é o arquitecto do Sol, o inefável cronista domingueiro António Saraiva que, sublinhando a clubite aguda, dá no mesmo.


Como lhes dói a coisa e não parece aliviar...


Agora deu-lhe para apelidar os penáltis de, imagine-se, "feio" e "esquisito". Isto é, falando sobre o golo do Porto que deu para ganhar em Guimarães, não contesta a validade e justeza do mesmo. Na tónica da imbecilidade futeboleira que dá contornos fantasmagóricos à mais pura realidade, o director do semanário Sol diz que o Porto venceu com "um golo feio" e "um golo esquisito".


Já tínhamos lido e ouvido de penáltis bem ou mal marcados, de penáltis justos ou inexistentes, de penáltis visíveis e invisíveis quando não mesmo inventados, de penáltis inevitáveis e outros escusados, inclusive de penáltis fora da área, quando a mesma cresce para fora dos limites das suas marcações a branco no relvado. A brincar, até ouvimos falar de penáltis de cabeça. Mas golos feitos de penálti "feios" ou "esquisitos", mesmo não questionando a legitimidade da marcação da falta dentro da área e do correspondente castigo máximo, não, nunca tinha lido ou ouvido.


É só para registar, porque a idiotice futeboleira própria dos "escarafunchosos" e maus perdedores não tem limites. É só mais um a assobiar para o lado por um lance favorável ao seu clube, no caso o primeiro golo em Barcelos obtido com Nolito em fora-de-jogo - embora eu admita que, no limite, por milímetros, seja uma jogada passível de passar, favorecendo o avançado, como tese defendida nas recomendações do International Board e, nesse âmbito, a aplicar a todos os clubes e eu aqui não faço distinções e levo tudo na mesma medida, daí considerar injusto o golo mal anulado a Postiga e justo, mas que poderia passar, o golo de João Tomás invalidado ao Rio Ave frente ao Braga. A mim não me apanham com tergiversações e efabulações como este arquitecto que, quando foge do seu objecto de trabalho, no caso a política, como sucede com o director do Jornal de Negócios também em "calúnia" no Rascord, o Pedro Santos Guerreiro, são casos doentios, como os demais que ali bolsam e vituperam a verdade desportiva que dizem defender.


Feito mais este registo, realce para as nomeações de hoje, nas quais o Xistra foi para a jarra logo a começar... Rui Silva, um desconhecido, estará 6ª feira no Dragão. João Ferreira passa do Benfica ao Sporting e estará em Aveiro no domingo. Sábado, na Luz, o tenrinho Hugo Pacheco.


Ora, este Pacheco é tão novo e já tem uma história e notória, mas que a muitos escapa ou não interessa avivar a memória e é bem recente.




Estreante na I Liga, Hugo Pacheco protagonizou o maior roubo do campeonato passado foi no Sporting-Beira-Mar e é boa altura para lembrar como os calimeros são favorecidos montes de vezes mas fazem por esquecer. Esse Pacheco primeiro anulou um golo limpo aos aveirenses na 1ª parte, como antes sucedeu no Sporting-Olhanense e ninguém sabe porquê mas sucedeu em dois jogos em Alvalade na mesma época. Depois, o tal Pacheco negou um penálti flagrante por carga sobre um chinês do BM e tudo como 0-0 no marcador. Por fim, inventou uma mão de um aveirense e permitiu a vitória de 1-0 dos leões, uma daquelas vitórias por penálti, para mais inventado, depois das peripécias anteriores, que são tão contestadas quando sucedeu para o FC Porto e mesmo em penáltis indiscutíveis.


Pelo que, estamos na mesma, a todo o vapor, logo à 1ª jornada. É só para lembrar e marcar terreno, confrontando posições.



Nem se compreende sequer o nervosismo gritante que por aí vai, com a cegueira correspondente e atrelada a imbecilidade incontrolável e perigo de saúde pública em risco sério. É que, no final da época, vão à Champions os dois primeiros classificados e o 3º vai à pré-eliminatória, logo há mais lugares para os milhões e escusam de se afligir logo à 1ª jornada. Para mais, de forma patética.


nota: o empedernido "artnis" insiste em querer comentar e segue de imediato para o lixo, não percebo porque insiste mas os burros são assim, parece, e nada a fazer, só cumprir regras de higiene. Qualquer ideia pateta que tenha a apresentar aos benfiquistas terá muito por onde se estender, mas não aqui. Se quer falar de penáltis, pode consultar o quadro à direita no blog onde está compilado o total de penáltis desde há muitos anos, para aí 25 ou mais. O resto é treta, tal como questionar o penálti de Guimarães que ninguém de bom senso, a não ser uns parolos e o Manuel Machado, contestou de facto, só lamentou ter sido assinalado, bem asinalado mas foi uma chatice.

Petróleo no Dragão e lodo no cais


Sou apanhado desprevenido pela distracção a que se votaram, subitamente e em uníssono, muitos dos críticos encartados da bola indígena colocados nas sinecuras do costume dignas de epígonos do regime a puxarem todos para o mesmo lado reunidos à volta da capital. Mas não surpreendido, ainda que estupefacto pela mudança e escolha de "objecto de estudo" em relação ao FC Porto tão típico da "Imprensa Destrutiva" dos que se dizem da dita desportiva.

Ainda pensei que exercessem a ironia de falar da abundância de meios no Dragão para acumular 43ME em aquisições. Nesse caso, aproveitariam uma "deixa" de Pinto da Costa dirigida como remoque ao Benfica há pouco tempo. Mas não, mesmo contratações anunciadas para o Benfica, todos "a caminho" se não mesmo já nas imediações da Luz, acabando no Dragão num desvio de 180º, nada disso suscita lamúrias e arrotos de mau perder. E, contudo, tantas aquisições no FC Porto só podem supor várias saídas, algo que nem me passava pela cabeça, tal como não imaginava, mesmo sabendo da consolidada imagem portista de negociar bem e ter crédito no mercado e liquidez e avales à prova de crise, poder ver bater recordes de compras, seja em valores individuais (13ME por Danilo), seja no somatório da pré-época - e não vejo, feliz ou infelizmente, muitos portistas capazes de pensarem um bocadinho nisto, se é bom ou um exagero, confiantes em que, no final, tudo dê certo.
Mas não, a estupidez natural da comentadeirisse futeboleira, fundada no mais absoluto sectarismo a realçar a inutilidade das críticas e a intoxicação mediática que leva a novas atitudes de fanfarronice e trauliteirismo que numa semana já rendeu uns dentes partidos e uns desacatos em cafés como no Velho Oeste sem lei, esse tarantantan clubístico desbragado que dizem sustentar audiências e alimentar o manicómio, só dá para ironizar, sim, mas com as boas decisões de arbitragem.
Deu para implicar com um penálti bem marcado, e resolutamente assinalado, a favor do FC Porto. Imagine-se se não fosse penálti. Há um ano, um defesa navalista movimentou o braço em direcção à bola e foi penálti, porém criticou-se na base do maniqueísmo: ah, se fosse ao contrário não marcava... Agora foi mais evidente ainda a falta e deu penálti inapelável, mas foi a forma de ouvir falar Manuel Machado de arbitragens, uma semana depois do silêncio dos ratos, do Manuel Machado e dos comentadeiros que não registaram nenhum dos quatro penáltis por marcar na Supertaça tão "equilibrada" por Pedro Proença.
Nem se discute a violência gratuita de Jeffren que, com 0-1 em Alvalade, devia ter deixado o Sporting a jogar com 10 a maior parte do jogo. Ou o golo em fora-de-jogo de Nolito, ainda que numa margem de erro que deve ser concedida ao avançado, mas que não funcionou, mal, em favor de Postiga. São esses lances que, com erros claros, devia merecer atenção. Mas a imbecilidade pura de comentários manhosos atirou o penálti de Benquerença para o foco das atenções.
Malmequer, Benquerença, realça-se que durante a época passada não marcou qualquer penálti. Podiam complementar que na época passada Benquerença não apitou qualquer jogo do FC Porto. O último que apitou, porém, não deve ser bom de recordar, foi o Porto-Benfica do Dia da Mãe com a vitória de 3-1 e em jogo em que transformou um penálti sobre Fucile, não assinalado, num amarelo que foi o segundo e expulsou o uruguaio e um potencial 2-0 deixou o FC Porto de Jesualdo com 10 e logo a seguir a sofrer o 1-1.
Quando a verdade é contada a metade e são sonegados dados para avaliação a estória não pode ter sucesso. Apenas os crónicos burros que alimentam o sistema da intoxicação e da estupidez marcantes do comentário da bola indígena. Com tendência para agravar-se, como é exemplar neste começo do campeonato depois do parêntesis, e irrelevância, da Supertaça com o triunfo indiscutível e natural do FC Porto.
Por fim, vi agora algumas imagens mais concretas do jogo do Sporting e há uma porrada de um jogador do Olhanense num do Sporting, quase no fim, que era vermelho directo. Mas do Xistra e da sua estranha complacência não se optou por falar como mau exemplo. Quseram dar mau exemplo da boa decisão de Benquerença em Guimarães. E sobram motivos acrescidos para as nomeações, hoje, para a próxima jornada, como se os árbitros fossem o centro do futebol mas não se lhes atribuísse a medida exacta dos seus erros e dos seus méritos, em vez de ironizar apenas como não tendo mais nada para dizer.

16 agosto 2011

Começou o campeonato e já há penáltis (e até uma expulsão, mas não foi do N'Diaye e do Jeffrrén)

ACTUALIZADO. Esta manchete tem dois crimes, um de pura estupidez

e outro de português puro, não havendo concordância do "ser" com o plural "adeptos" "Mãe e filho". E nós a pensarmos se seria Xistra ou o João "Pode vir o João" Ferreira em risco de terem dentes partidos...


Eu bem me pareceu que a Supertaça foi mais ou menos a brincar, ou clandestina, ao jeito de uma taça latrina. Proença negou 4 penáltis ao FC Porto e só pude, do jogo, concluir que não tendo lugar à aplicação das Leis do Jogo a competição não pode ser oficial. Não houve burburinho por causa disso, o FC Porto não se queixou - e eu acho que deve fazê-lo mais ainda quando ganha, que é quase sempre, por reforçar a sua razão e tornar ensurdecedor o silêncio dos cúmplices dos que fazem as coisas por outro lado -, a coisa passou na desportiva.

Mais: tal como escrevi, a segunda vantagem desse roubo foi não ouvir Manuel Machado falar da arbitragem. E quanto aos afonsinos pensarem que jogam muito e batem-se de igual com o FC Porto é conversa entre parolos...

O campeonato começou, o FC Porto ganhou e lá foi de penálti. Insuspeito, claríssimo, sem margem para dúvidas e Benquerença apitou logo. Ora, como isto já é a sério e mete, em princípio, as Leis do Jogo, os azedos já destilam azedume, o que é normal.

O Sporting teve um golo mal anulado, um penálti humanamente impossível de ver a não ser na tv e uma capa do Rascord a falar de influência de arbitragem. Toda a gente já esqueceu o golo anulado sabe-se lá porquê ao Olhanense no 0-0 da época passada em Alvalade... Mas, para todos os efeitos, o Sporting foi prejudicado neste jogo, é um facto, como é um facto que o fora-de-jogo é muito traiçoeiro mas nem todas as capas dos jornais tratam lances idênticos e diferentes clubes da mesma forma. Pelo que, lá virá a maré em que, de roubo ao Sporting, o Rascord lá trará a capa do "Leão agradece" quando o árbitro assim decidir e influenciar o resultado...

Ah, entretanto vi de relance uma entrada de Jeffrén à moda de Pepe. Ou de Binya, aquele que levou 5 ou 6 jogos da UEFA, a mesma UEFA que pune exemplarmente os brutamontes como Pepe. E Jeffrén promete. Mas a entrada assassina passou com um amarelo do Xistra, os calimeros a assobiarem para o ar e o Rascord a meter a viola no saco, ao menos vi em A Bola a referência ao lance na 1ª página a par dos lances em que o Sporting seria prejudicado pela arbitragem.





O Benfica empatou, o Braga empatou e Nuno Gomes nem fez diferença num caso e noutro. Só três vitórias em oito jogos repartidos por quatro dias e seis horários, o que dá para todos os paladares nesta tasca mal frequentada. Um golo em fora-de-jogo para o 0-1, uma situação que dá para passar no limite, mas o mesmo não sucedeu a João Tomás frente ao Braga...

E tantos alvitraram que o campeonato ia ser equilbradíssimo - e não há prova de que não venha a sê-lo, mas desconfio... - que, de repente, ao verem o Porto na frente logo as más línguas de péssimos fígados com cloacas feridas desataram a bradar:

MUTTLEYYYYYYY, DO SOMETHIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIING?.....


Adivinha: mal vi o benfas, não vi os calimeros, nem sabia do braga e apanhei apenas um lance ou outro mal amanhado; nem sei se é correcto dizê-lo sem dados na mão, mas a 1ª jornada só terá tido uma expulsão e não, não foi o N'Diaye, o Pepe africano que bate em tudo o que mexe e não vê cartões. Agora, logo à 1ª jornada, de quem é o jogador expulso que vai desfalcar a sua equipa na 2ª jornada e que jogo é esse? Dou só a pista do Jorge Rouba Sousa...


15 agosto 2011

Hulk marca e dá para Falcao falhar

Hulk promete ser de novo o protagonista maior da época e, tal como há um ano, deu a vitória ao FC Porto na abertura do campeonato, também de penálti como sucedeu então na F. Foz com a Naval. O Incrível fez o 1-0 essencial e deu o 2-0 a Falcao quase no fim, mas o colombiano com a baliza aberta cabeceou ao lado como ao lado parece andar agora que já manifesta vontade de sair...


O FC Porto impôs-se em Guimarães num jogo tirado a papel químico do da Supertaça. Com mais canelada e e sofrimento, face ao futebol digno da 3ª divisão inglesa e tipo lixa nº 5 dos vitorianos, os dragões geriram bem a contenda, criando mais oportunidades do que os locais. Só Kléber falhou três ante Nilson, mais do que as duas ocasiões dos minhotos na 1ª parte. Pensava-se que Falcao o corrigiria na arte de marcar, mas o 2-0 falhado a quatro metros da baliza confirma que o colombiano está muio distante da boa forma, pelo atraso na preparação, como parece distante de poder ficar no Dragão. Da mesma forma, Guarín também vai somando minutos enquanto lhe falta treino, mas Vítor Pereira teve de gerir os internacionais, deixando Ruben Micael no banco em vez do colombiano. Otamendi rendeu Maicon ao lado de Rolando e dá outra segurança ao sector, nas duas alterações ao onze que iniciou a Supertaça em Aveiro.


O N'Diaye confirma-se como o Pepe no nosso campeonato, batendo em tudo e sempre sem ver cartões, sabe-se lá até quando. Mais um festival de jogo duro, generalizado nos vimaranenses, mas foi Moutinho a ver o primeiro cartão quando outros vitorianos antes o mereciam. Mas Benquerença esteve muito atento e decidido na gravata de Olimpio a Sapunaru num canto, um exemplo do jogo em cima que tem sido a marca dos vitorianos mas que não pode durar toda a época e não lhes trará grandes benefícios trocarem a posse de bola pela agressividade sobre o adversário. Tanta energia dispendida em jogadas inócuas que quando chegou a hora da frieza Barrientos não conseguiu concluir ante Helton, numa fase em que a superioridade numérica no meio-campo retirava espaços aos médios portistas. No final, Belluschi reforçou o miolo em detrimento de Varela, quando já Falcao jogava no lugar de Kléber que falhou três vezes isolado diante de Nilson.


Uma vitória natural do FC Porto, sujeito ao kick and rush vitoriano mas controlando melhor os lances aéreos e as bolas longas. E um passo em frente dado em relação aos rivais que empataram todos, com fases mais adiantadas de preparação o que só valoriza mais a gestão que Vítor Pereira tem de fazer de momento. E 6ª feira é já o Gil Vicente na 2ª jornada antes da Supertaça europeia no Mónaco uma semana depois face ao campeão europeu Barcelona que tem os mesmos problemas de treino e de tempo para gerir, mas pode gastar 35ME em Alexis Sanchez e 40ME em Fàbregas, sem temer que lhe saia o goleador...

14 agosto 2011

Tourada de Madrid com bandarilhas no toureiro

Prontos, depois da tourada de Guimarães, a de Madrid teve protagonistas melhores num cenário habitual que tanto assusta os árbitros: os de Mourinho voltaram a acabar um jogo com 11, distribuiram porrada e ficam felizes com o 2-2 que o árbitro espanhol da 1ª mão da Supertaça não quis desfazer, negando um penálti sacrossanto sobre Pedro.


Pepe voltou a ser o animal poupado ao matadouro, tal como na final da Taça do Rei. Mais uma entrada assassina sobre Dani Alves, agora mais à frente ainda junto à bandeirola de canto do Barcelona, mas passou impune. Só com árbitros estrangeiros poderá ser posto no curral, da mesma forma que Marcelo, que agrediu Pedro na final da Taça do Rei, deu sem bola em Messi e nem amarelo viu, tal como Pepe. Qualquer deles devia ter acabado o jogo mais cedo, mas o brasileiro conseguiu ainda fazer um penálti sobre Pedro não marcado. E Xabi Alonso só à 5ª falta viu amarelo, de forma que o Real Madrid dos portugueses voltou a ser poupado, o que só envergonha a arbitragem espanhola. Para compor o ramalhete, Messi voltou a marcar e CR7 não, enquanto Caientrão estreou-se a simular uma falta em frente à área e a ver um amarelo por protestos, o que se enquadra no cenário de proteccionismo feroz que impede qualquer hipótese de êxito do Barça no Bernabéu. Desde um pé em riste de Khedira na careca de Abidal e sem cartão deu para entender que voltaria a valer tudo aos merengues, mas não dobraram o Barça apesar de muito forcing mas pouco sumo, o que dá para antever mais do mesmo para a época em Espanha e o Real Madrid não consegue jogo colectivo como o tricampão que, mesmo em baixo nas "pilhas", aguentou bem o balanço do mar encapelado da capital...


Tal como Vítor Pereira neste início de época, Pep Guadiola também vai gerindo as entradas dos jogadores depois de uma pré-época sem trabalho adequado. Xavi, Piqué e Pedro saltaram do banco, o Barça acusa ainda muita falta de rodagem mas além desta pensa ainda na Supertaça do Mónaco com o FC Porto. Villa e Messi marcaram, só faltou Alexis Sanchez fazer o gosto ao pé mas o trio avançado do Barça fez sempre a cabeça em água aos merengues, apesar de o meio-campo recomposto sem os habituais Busquets e Xavi não render muito.

13 agosto 2011

Que recorde vale a 1ª volta a Vítor Pereira?

Prontos, pensavam que vinha aqui entreter com os empatas que por aí andam, mas antes de tudo o mais interessa o FC Porto. Do resto falaremos depois.


Quem souber responder à pergunta do título pode ir ao Mónaco ver a Supertaça que eu não pago.


Mas é tão simples quanto o que aí está em desafio: a 1ª volta pode trazer um recorde ao FC Porto. Qual?

12 agosto 2011

Corrigir um pormenor é evitar o golo do ano passado



Eu já tinha tocado no assunto, na leitura que fiz da Supertaça em Aveiro. Como esperava, quase ninguém tocou no assunto. Constatei, depois, que só o Record deu destaque a essa declaração de Vítor Pereira em Aveiro. Hoje, na conferência de Imprensa no Olival, o treinador do FC Porto referiu-se a isso mesmo, agora sem especificar mas tocando implicitamente no tema. Os poucos jornalistas presentes não procuraram saber mais além do que o repórter do PortoCanal quis saber, quando levantou, muito bem, a questão que ficou pendente do último domingo.


A saber: a única dificuldade que o FC Porto teve para ganhar a Supertaça foi o pontapé para a frente do V. Guimarães. Aliás, implicando duas coisas:


1) a defesa fica a pé fixo, não se desposiciona e torna-se um muro firme difícil de derrubar - e para mais quando são perdoadas várias grandes penalidades a quem tantas faltas comete dentro e nas imediações da área, como infelizmente sucedeu com Pedro Proença.


2) optando pelo pontapé longo, longe de ser considerado uma "transição rápida", o Guimarães quis potenciar a velocidade dos seus extremos e a corpulência do seu avançado-centro - acabou por marcar apenas de canto, mas no primeiro e único que teve na 1ª parte, o que é frequente suceder no futebol, marcando numa oportunidade.


Ora, eu percebi cedo estes dois problemas ao ver o jogo de Aveiro, Vítor Pereira disse-o sem tibiezas na conferência de Imprensa após o jogo e hoje, instado a comentar o que esperava táctica e estrategicamente do Guimarães e o que o FC Porto corrigiria no seu jogo, o treinador portista referiu apenas a necessidade de "corrigir um pormenor" e poder vencer na estreia no campeonato. O pormenor é esse, o FC Porto quis jogar demasiado depressa em Aveiro, asfixiou o adversário pressionando-o logo junto à sua área e criou imensas dificuldades a que o Vitória respondeu com pontapés longos para os seus avançados. Os minhotos jogavam com uma equipa partida, meia a defender e meia a atacar, o FC Porto por momentos chegou a ficar partido, como o seu treinador reconheceu, e houve jogadas em que os centrais portistas não tinham Souza à sua frente. Essa exposição pode causar um golo do adversário.


Não sucedeu em Aveiro. Mas, basta lembrarmos, aliás, o 1-1 da época passada. Bola longa, da direita para a esquerda, Fucile a facilitar e Faouzi a entrar nas suas costas para marcar ante Helton. Custou não ganhar um jogo dominado pelo FC Porto, o mesmo podia ter sucedido em Aveiro e Vítor Pereira não espera um Guimarães diferente, mesmo perante os seus adeptos que potencialmente poderiam exigir outra postura da sua equipa. Ao invés, estes e esta preferem achar que quase equilibraram a partida de Aveiro, desequilibrada pelos critérios aberrantes de Pedro Proença e negando que o FC Porto construísse um resultado mais confortável. Porque a partida em si não deixou outras dúvidas, nem nos penáltis por assinalar.


É essa a chave do jogo de domingo. O FC Porto vai dominar, porque é melhor e a equipa já apresenta um nível muito bom de jogo e de confiança. Mas também os índices físicos, o entrosamento e um posicionamento mais à frente na busca da bola e no potenciar do erro do adversário ainda estão a ser burilados. Acredito que com maior ou menor dificuldade o FC Porto ganhará, em Guimarães, mas há que ter em conta o início de época, em que é tão inevitável forçar comparações, ainda que descabidas, com o que vimos no final da época passada, como não haver ainda toda a gama completa de recursos disponíveis e eficazes que ao longo de uma temporada marcam a carreira de uma equipa como sucedeu nos últimos meses de 2010-2011.


Vamos ter mais bola? Mais "temporização", controlando todas as acções do jogo e com a bola em noso poder? Mais eficácia ofensiva? É uma questão de pormenores. Os pormaiores o FC Porto tem-nos todos e Vítor Pereira assume o favoritismo, no jogo e no campeonato. Pelo que fomos, pelo que fomos, mas o que ainda teremos de ser é que determinará o campeão.

O resto da conferência de Imprensa de hoje foi mais do mesmo, com pouco conteúdo e sem nenhum sinal visível novo. É a vantagem de ver em directo no PortoCanal e até conhecer (no final) os jornalistas de serviço que deambulam na sala. Vítor Pereira respondeu a tudo, mas compreensivelmente evitou algumas questões que são legítimas mas também facilmente descartáveis. Especialmente no tocante ao mercado, nada mais há a dizer, só esperar.