31 maio 2014

Dar lustro ao pechisbeque

Parece que hoje a selecção volta a jogar no Jamor, com a Grécia, sem ninguém lembrar a última vez que lá fez um jogo mesmo que a feijões.
 
Não tenho ideia de o Jamor, à parte o domingo das sardinhadas na mata antes da bola em cenário tão pitoresco como pindérico nos tempos actuais de estádios modernos que até em Portugal reluzem há 10 anos, ter tido alguma utilidade recente.
 
Quanto a jogos sob luz artificial, um dos artifícios criados para manter viva a "chama de presença" do pechisbeque do regime, tanto da bola indígena como da política serôdia, já era tempo de lhe dar brilho, desde a finalíssima Porto-Sporting de 2000, que Clayton e Deco decidiram numa quarta-feira à noite, estreando a iluminação em mais uma "PPP" ruinosa e um investimento sem retorno nem utilidade sequer. Entretanto, sabemos que o ex-edil de Sintra que prometeu criar a Casa das Selecções no seu concelho e para o que dois mandatos não chegaram desde o anúncio das belas intenções é candidato à Liga de clubes sem o fardo de promessas eleitorais nem a cobrança de uma Imprensa decente, pois os amigos são para as ocasiões e a malta de Lisboa e da política não gosta de ser incomodada, por isso até os do Porto querem ir para lá que é um manã...

Também antes de um Mundial, há 20 anos, o Jamor foi palco de uma vitória do Porto sobre o Sporting com a proverbial classe e elevação dos "anfitriões" que se repetiria no ano seguinte numa ida a Alvalade, em que dois energúmenos morreram a atirar pedras, insultos e cuspo sobre a famosa Porta 10 A de onde tanto se agitaram que caíram: era por onde as equipas  entravam no estádio leonino - e cuja memória foi há poucas semanas evocada pelo bronco de serviço aos fidalgos de bela linhagem mas manchada roupagem. De outro exemplo do "desportivismo" e da "festa do futebol" no penico de Oeiras pode-se apreciar a seguir.
 
 
Era tempo de ligar os holofotes, não fosse aquilo apagar-se de vez e, depois das cadeiras que já criaram comichões diversas, ter de suscitar os ânimos da Imprensa amiga para dourar a pílula de mais um elefante branco que o regime adora preservar. Será, porventura, o último efeito do "interesse público" a desaparecer deste Portugal corporativo. Antes ou depois da RTP, a ele atrelada, é a grande questão, sendo tão inútil, desajeitada e vazia como o anfiteatro. Mas os epígonos destas coisas lá entoarão os hinos e hossanas devidos. A bem da Nação que se foda deles.

Para compor o ramalhete, temos o hino e as mascotes. É um País de Fantasia.
 

30 maio 2014

Ex-treinadores do Porto são mesmo bons

Apesar de muito endeusado por alguns e até de achar justificado o salário confirmado de 4ME anuais brutos (fez questão de sublinhar que paga impostos, ouvi ontem à noite na rádio quando respigaram algo de uma entrevista conveniente e condescendente), capaz até de recusar o Milan, Jesus não tem a preferência da RTP para comentar no Mundial do Brasil.
 
Pelo que ouvi nos últimos dias em que estive ausente e agora mesmo num telejornal, quer Vítor Pereira quer Paulo Fonseca serão analistas no canal que tem o exclusivo em sinal aberto da transmissão dos jogos do Mundial.
 
Não sei se os ex-treinadores do FC Porto se sentem livres de algum pecado original, quiçá contratual, para se entregarem à primeira prostituta que lhes ofereçam os seus aposentos e reconhecimentos. O se a RTP tem um particular enlevo por aqueles que, em geral, no activo do Dragão, invariavelmente despreza durante uma época futebolística a que devota outras atenções e salamaleques.
 
Certo é que certas coisas são imutáveis em Portugal. Até o PCP nos relembra, ainda frescos os festejos pelos 40 anos do 25/4, por antecipação, os 40 anos do PREC em mais uma manifestação do espírito golpista e revisionista que o caracterizou sempre.

Já é tempo de celebrar o 50º e tal aniversário de qualquer conquista europeia

O Sporting fez-se lembrar do 50º aniversário da conquista da Taça das Taças em meados de Maio, o mês das finais europeias. Não sei se pensam divulgar, no já em andamento canal do clube, uma iniciativa vinícola, nem que seja Champomy para queques com molho de alface e creme de ervilha, como a dos vizinhos aos seus 50 anos de uma conquista europeia.
 
Creio que ainda há tempo este mês para celebrar 52 ou 53 anos de qualquer coisa. Como já estou nesta faixa etária até compreendo o entusiasmo. Nada como glórias passadas, mesmo que naqueles tempos "o Benfica não tinha esses constrangimentos das arbitragens", para esquecer anos seguidos a perder.
 
E que se erga uma taça, pode ser de vinho e até pode ser de marca recente, à falta de melhor.

28 maio 2014

Real Madrid como o FC Porto'87

Substituições judiciosas na 2ª parte, Ancelotti fez de Artur Jorge. Meteu Marcelo e Isco por Coentrão e Khedira pela hora de jogo, como no FC Porto em Viena quando entraram Juary por Quim (45m) e Frasco por Inácio (66). Há coisas importantes que não são notadas por toda a gente.

27 maio 2014

É só fazer as contas

Cumprem-se 27 anos da conquista de Viena sobre os vermelhos de Munique. Neste período, ufanos, os benfiquistas reencontraram-se com a dobradinha em Portugal, até juntaram a taça da treta que quebrava o jejum do Jorge nos tempos recentes de vacas bem magras e assobios em vez de aplausos.

Enquanto o Benfica, desde 1987, logrou 2 dobradinhas e duas finais da Champions em 1988 e 1990 sem um golo para amostra e duas finais seguidas de repescagem pela porta dos fundos apenas com um golo de penálti na época passada, percebendo-se o momento histórico do histérico monumento à verve dos pasquins capitolinos - a que não pode deixar de associar-se, modesta e timidamente, o "campeão do 2º lugar" -, o que ganhou o FC Porto?
 
Muitos títulos nacionais:
18 campeonatos (todos pelo tributo dos árbitros) em 1988, 1990, 1992, 1993, 1995-96-97-98-99, 2003, 2004, 2006-07-08-09, 2011-12-13 
11 Taça de Portugal em 1988, 1991, 1994, 1998, 2000, 2001, 2003, 2006, 2009-10-11
16 Supertaças de Portugal em 1990, 1991 (acabada em 1992), 1993 (acabada em 1994), 1994 (acabada em 1995), 1996, 1998-99, 2001, 2003-04, 2006, 2009-10-11-12-13
 
e vários internacionais;
Taça Intercontinental em 1988 e 2004
Supertaça da Europa em 1988
Taça UEFA em 2003
Liga dos Campeões em 2004
Liga Europa em 2011
 
E uma palavra.
 
HEGEMONIA!
 
Os perdedores enfureceram-se e os ganhadores acomodaram-se. Apenas uma pausa na paisagem?

26 maio 2014

Benfica corta relações com o Atl., Madrid

É o que dá ir à Luz lembrar como se perde uma final da Champions por 4-1 após prolongamento, depois de Wembley'68 com M. Utd

Saudações da Câmara Municipal de Lisboa

Nem sequer foi há 10 anos, pós-Gelsenkirchen (26/5/2004). Mas após o 27 de Maio de 1987. Parece que não, mas havia outra elevação. E o Benfica até ganhara a dobradinha que não conseguiria por mais 27 anos.
Hoje, nem o Costa do castelo assomou à varanda, atestando uma daquelas vitórias pífias que entretém a manada das tv's

25 maio 2014

Como ler as eleições europeias se os espanhóis não nos entendem?

A palhaçada cumpriu o seu ciclo com cartaz mais ou menos eleitoral. O Tózero esteve ao seu nível, reclamando uma "mudança" quando levou a cabeça de lista o eurodeputado com mais faltas no Parlamento Europeu e com zero (0) documentos produzidos em 5 anos em Estrasburgo. As pessoas, que nem conhecem os da lista, votam por uma suposta ideia, nem ideologia é, revelando-se também inúteis para o propósito de mudança. A "intrapolação" dos resultados para a Europa para a realidade interna é digna do circo montado em que a Imprensa, no rescaldo eleitoral, "castiga" quem não obteve mais votos para protagonizar a "mudança" proclamada mas não deu uma informação sobre os candidatos que, piores do que aqueles em S. Bento que ainda se vão vendo semanalmente, não fazem ideia quem sejam.

E como ler os resultados "europeus"? Com a parcimónia contrária à que em Lisboa se recebeu a final da Champions. Já tinha ouvido nos primeiros desembarques e julguei brincadeira; depois continuou-se a ouvir só perguntas em português que, mesmo tão básicas, embatucavam os castelhanos e a sua proverbial falta de jeito para línguas e certamente pouco virados para o Atlântico porque Madrid ainda é mais "supranacional" do que Lisboa e esta é uma aldeia à beira da capital ibérica que é a deles.
 
Foi tão ridículo julgarmo-nos, estas tv's da parvalheira nacional-serôdia, na Europa do futebol, com montes de directos a ouvir os tasqueiros e os convivas que mesmo à despedida de um adepto do Atl. Madrid uma parvinha, creio que na RTP, perguntava se Ronaldo era o melhor do mundo e recebeu de resposta que era Futre - mas a parvinha não deve ter percebido e só deve ter na cabecinha tonta ou vazia o tronco nu que CR7 quis mostrar para as capas dos pasquins cá da terrinha. Em Madrid, ao invés, não foi Ronaldo que contou, foi Ramos, depois Bale, ainda Marcelo e di Maria, além de Ancelotti. Em Lisboa não percebem que o mundo vai mais além do Terreiro do Paço e da Praça da Figueira onde estava a fan zone do RM.
 
Portugal esforça-se, muito mas raramente bem sucedido, por receber os visitantes com agrado, simpatia e, para tal, fazendo-os sentir-se em casa facilitando no idioma: hotéis, restaurantes, até taxistas e polícias aprendem umas coisas de inglês ou outro idioma. Os estrangeiros, em cujo país não têm essa deferência e dificilmente o Português entrará nas suas prioridades para receber visitantes tugas, notam esse esforço e valorizam, daí acharem-nos simpáticos, que os recebemos bem e por aí fora, relaxando-os sobre o nosso solo acolhedor, sob o sol aconchegante e no calor da comida que conforta o estômago e outros sentidos.
 
O que ordenaram aos pés-de-microfone nas tv's da parvalheira? Falem-lhes em Português e eles que se desenrasquem! Ou seja, os pataratas editores e chefes acham que deve ouvir-se montes de espanhóis, sendo que os castelhanos são os menos entusiastas por línguas, mas não se lhes fala da melhor forma que entendam para se exprimirem como sabem e podem, porque são dos gentios mais limitados à face da terra, já Eça o tinha relatado.
 
Cheguei a pensar que também era dificuldade dos pés-de-microfone falarem espanholês, e era, minha nossa senhora que essas estagiárias devem ir a umas aulas de castelhano que há por aí, mas a tendência foi geral: era para falar-lhes em Português e mainada.
 
Há quem possa achar que assim está bem, mas a verdade é que o futebol foi deles, a final foi deles, as suas opiniões interessavam tanto quanto aquela parvinha esperar de um colchonero que assentisse ser CR7 o "mehor do mundo". Mas só idiotas podiam esperar resultados diferentes e os espanhóis não quiseram saber do Português para nada, foram-se embora despreocupados, à parte os do Atlético decepcionados pelo resultado, e a maioria das entrevistas de rua não serviu nada a não ser o ridículo disto tudo. Uma vergonha mas todo o respeito pelos pergaminhos a que as tv's tugas nos têm habituado. Mas se o futebol relatado e comentado é mau e entregue aos mesmos, como dar ideias aos novatos e aos repórteres de rua?
 
Chapeau final para a parvinha da Maria João Ruela (SIC), ainda no sábado à noite e decorria o intervalo da final, passei lá em zapping porque o Rodrigues dos Santos (RTP) ainda nos davaa saber uma reportaem num combóio de adeptos desde Madrid da noite anterior!, fechar os directos da rua espantada por os espanhóis não perceberem Português. Da TVI não vi nem ouvi nada, nem quero ouvir o Dani a masturbar-se com o Real Madrid...
 
Há comprovadamente gente estúpida e gente a mais, ignara, como a SIC abundantemente tem revelado aos vários Artur Baptista da Silva que lá aparecem e à escardalhada e benficada em geral que me afastaram irrevogavelmente da SICN há anos, no panorama da Imprensa tuga.
 
Daí ela, a Imprensa, ter a mesma credibilidade que têm os políticos, a Política que também não sabe (a Imprensa) tratar a não ser com o reverencial respeitinho a uns figurões palermas que por aí andam há anos a repetir vacuidades, mas decerto convencida que está na bitola da importância e das credencais da Imprensa no panorama europeu em geral. Tão convencida do seu papel "imprescindível" na Informação - quando se vê cada vez mais sub-informação enquanto crescem os chamados subdirectores da dita - como o patarata do Tózero da sua inabalável vitória. Pífios.

Em vez de pato, pode ser a caça ao coelho


Abstenção fará tremer alguma coisa?

Sim, nos politólogos por breves instantes antes de compelidos, pelos pivots orientadores das conversas da treta que vejo/ouço tanto como as do futebol, a enveredarem pelo caminho recto, ainda que sinuoso, de falar dos "campeões", nem que sejam os do "2º lugar". Pelo visto, sim, também nos comunas: mas estes cada vez mais nos fazem rir e vão-me ensinando coisas que nunca imaginei serem culpa do capitalismo, pois vi o "1984" e naqueles lados controlava-se tudo, até na hora de votar, se votavam...
 
Se chegará aos 70%? Vou contribuir para ela. Afinal, se da Europa não falam e os do "vírus do socialismo despesista" até já montam a tenda do programa de Governo e os comunas do bota-abaixo auguram "eleições antecipadas", why bother with Europe? E para que servem as eleições para o PE e o Presidente da Comissão que até é eleito pelo Conselho Europeu e não pelos eleitores nem pelos eurodeputados?
 
À moda de Vieira a blindar o acesso à presidência do clube do regime, a coisa pôs-se assim na Europa. Claro que na Europa a culpa é da Merkel e dos alemães, esses diabos que, depois da Troika, ainda nos farão suar as estopinhas em Salvador da Baía. Mas a democracia benfiquense é tanto um mimo quanto o ecumenismo do Costa daquele novo castelo.
 
Afinal, com poucos ou nenhuns votantes, mesmo que com menos um assento para lamentar em Estrasburgo, os candidatos a 21 lugares serão eleitos e lá estarão e andarão por aí. Acho que com o fim do reinado do Barroso, ex-MRPP que louvava Estaline há 40 anos, nos revela o que pode ser a Europa na forma como é dirigida e se deixa dirigir, mas mostra mais o oportunismo político cá da terrinha.

Mas descobri que vai a votos o Partido Pró-Vida, de que não ouvi falar durante estes dias. Já sei em quem vou votar!

Mas há sempre pontos de vista diferentes. Sim, as eleições são importantes e, sim, o futuro da Europa está em jogo. De uma maneira ou doutra temos o que merecemos.
Para mim, a questão é que envio cartas e reclamações aos partidos de cá e só dois respondem, o Estado não respondeu, nem o Presidente nem o MNE sobre coisas que deviam cuidar. Faço-lhes o manguito. Assim, portanto...

... embora, porém, vomitando tudo o que tenha a ver com a tralha súcia chucialista, do cheiro oportuno do pote e das rábulas de má economia do Tózero na linhagem que o precede, gostando de dar um par de estalos no Chico-esperto Assis possa decidir ir votar, sempre no contra, até pelos maus exemplos dados, dos dele e dele mesmo. De resto, desconhecendo a senhora do Montijo mas percebendo as suas proezas na esteira das de outros, tenho memória e não é preciso muito esforço.
Continuo a não ligar a sondagens, especialmente quanto aos "indecisos" e a previsão da abstenção. Há quem confie que, pela primeira vez, sabe-se lá porquê, ficará abaixo dos 50% em Europeias. OK, não seria o arco Silva a contrariar a vontade e a proclamação do Bronco do Carvalho de lutar pelo título - era o que faltava se viesse em contracorrente! - mas por isso se vê como Leonardo Jardim foi 10 vezes mis esperto: lutar pelo título e jogar na Champions ao mesmo tempo é mais compensador no Mónaco.

24 maio 2014

A importância de um treinador

Já falei dele na semifinal com o Bayern. Agora ganha como treinador a terceira Liga dos Campeões, depois de duas com o Milan em 2003 e 2007, igualando Bob Paisley (3 com o Liverpool). A sua serenidade e versatilidade táctica contagia o Real Madrid e as substituições ao intervalo acabam por ganhar, no limite mas com justiça, a final a um estóico Atlético de Madrid.
 
A 1ª parte do RM foi má, controlado e até afogado pelo acerto táctico constante do Atlético. O golo redentor, aos 90+3, percebeu-se que afundou moralmente a equipa com menos recursos técnicos e físicos. O Real deitou fora o campeonato, o Atlético teve de lutar por ele até ao fim e, em Lisboa, pagou caro todo o esforço de Abril e Maio embora sem perder a sua identidade e sem desmerecer da admiração granjeada toda a época.
 
As entradas de Marcelo, por Coentrão, e Isco, por Khedira, recompuseram o RM, arrumaram o meio-campo e deram impulso pela esquerda onde só di Maria não chegava. A inclusão de José Sosa no Atlético encurtou mais a equipa parcimoniosa a sair a jogar. E a queda dos dois esteios defensivos do Atlético nas laterais, Filipe Luis e Juanfran, a soçobrarem após uma época praticamente inesgotáveis, desequilibrou a contenda.
 
Não foi Ronaldo, pouco fresco e nada dinâmico, a acrescentar alguma coisa, viu-se mais, como num anúncio, D. Inércia e um RM à imagem do BES atrapalhado e falido.
 Foi a inércia que ganhou com o acumular do peso das últimas semanas no Atlético e um golo fatídico nos descontos, 40 anos depois de Schwarzenbeck ter marcado aos 120' em Bruxelas - que lembro ter visto na tv - para forçar um segundo jogo em que as forças também faltaram ao Atlético e cujo golo, de livre de Luís Aragonês, não chegou. A minha maior simpatia para o Atlético que acompanho no infortúnio, mas os meios galácticos do RM e um treinador de topo e recordista acabaram impondo a lei do mais forte. Mesmo com D. Inércia em campo também e não Ronaldo.

A importância de um treinador

Na época de entrada na Champions, o Hexa recorde do Andebol em Portugal tem 5 títulos de Ljubomir Obradovic. Parabéns aos campeões: 24-19 ao Benfica, Sporting em 2º lugar pode também festejar. Os seus "cinco violinos no andebol" é que também passaram à história. O bronco do carvalho vai dizer cobras e... lagartos. Pensar que a época começou, por acaso, com o arrufo do patetinha de Alvalade num encontro de andebol no Algarve e o bate-boca com Adelino Caldeira não podia ser mais irónico, apesar da perda da taça para o Sporting.

87348

Reduzido a 10 na meia hora final, o QPR logrou ganhar com um golo no último minuto por Bobby Zamora, garantindo o regresso, um ano após a descida, à Premier League, deixando o Derby pregado no Championship onde foi 3º classificado atrás dos promovidos Leicester e Burnley.
 
Isto das finais em Wembley tem em cada ano a sua história, a sua magia e os seus dramas. Mesmo o tipo da Skysports acha "unbelievable" e não é pelo erro defensivo do Derby nem pelo "dirty" Harry de volta ao topo.. Mais uma vez, a equipa à rasca, e às riscas (rubro-negras, quando são ainda azuis e brancas como se vê nas bancadas), ganhou. Ganho potencial de 80ME, mas terá de pagar uns 20ME em dívidas pelo Fair-Play financeiro que não respeitou na época passada, em que desceu sendo a equipa que mais gastou em salários!!!
 
Em Inglaterra é assim: Wembley, Fair-Play, futebol. E contaram-se, oficialmente, 87 348 espectadores. What about that!

A Irina na final de Lisboa a torcer pelo CR7 e a desafiar a tribuna VIP


A renda do Benfica e a final mais perto do Sporting

A Bola noticia que a renda do Benfica, por alugar o estádio para a final "de Lisboa", é de 2ME. Nada mau.
 
Fiquei a saber, aqui, que esta é a ocasião mais próxima de o Sporting estar numa final da Champions. Tem piada, só me lembrava de uma quase semifinal, mas perderam com uns espanhóis, creio que a Real Sociedad.
 
A Bola põe o Ronaldo mais alto, ainda que atrás, que Tiago, na capa. E eu a pensar que quase ninguém torce pelo Real Madrid, como demonstram todas as perguntas aos tugas da capital que passam nas tv's da parvalheira. Aliás, em Wembley, entre duas equipas alemãs, as tv's inglesas andaram pelas ruas a perguntar quem ia ganhar depois de directos incontáveis com as chegadas de Bayern e Dortmund...

Final da "Segundona" em Wembley vale tanto como a da Champions em Lisboa

Já soubemos que o Cardiff City, último classificado da Premier League, vai receber 60M euros (ainda que divididos por 4 anos, sempre dá 15ME anuais). O vencedor da Champions em Lisboa deverá receber à volta de 40ME no total da época, com os prémios somados e o pool televisivo.
 
Esta tarde, às 15h, Derby e QPR tentam voltar à Premier League, o primeiro ao fim de 6 anos quando desceu com a pior pontuação de sempre, o último apenas despromovido na época passada ao Championship, a 2ª divisão que é a I Divisão da Liga inglesa, logo abaixo do campeonato organizado pela federação (PL). A final do play-off é o chamado "jogo mais valioso do mundo", pelos ganhos potenciais para o vencedor.
 
Se o Derby subir pode ganhar 140ME, o que por ano dará uns 35ME  A "Segundona" já promoveu Leicester e Burnley como primeiros classificados; os 4 seguintes jogam play-offs e hoje é a final dos vencedores dos confrontos anteriores a duas mãos.
 
Ah, e decerto Wembley vai encher: 80 mil lugares. Na Luz, 60 mil para a final da Champions.
 
É por isso que os ingleses só ligam ao seu futebol e estão sempre de costas voltadas para o continente. Ou não tivessem ignorado logo a 1ª edição da Taça dos Campeões em 1955 (o Chelsea campeão recusou jogar).
 
Eu gosto sempre de coisas diferentes. E vou ver o jogo de Wembley. Aquilo nem é o Jamor...

A final de Lisboa e uma renda para o Benfica

Tal como nos jogos da Selecção, em que a FPF paga uma renda ao clube que cede o estádio, a UEFA também paga uma renda por alugar a Luz para a final da Champions - é claro que não podia ser de borla.
 
Tal como ainda não percebi, já lá vão 10 anos de um estádio belíssimo que teve a honra de abrir o Euro-2004, como a FPF, o FC Porto ou ambos nunca candidataram o Dragão a uma final da Liga Europa/UEFA, já que a lotação de menos de 60 mil não permite receber a da Champions e tendo em conta que o estádio da Juventus tem a capacidade (41 mil lugares) inferior à do Dragão; também não entendo como, em dia de conferência do BCE que marca também o "fim da Troika", não aparecem socialistas, comunistas, esquerdistas e benfiquistas, tudo o que de vermelho faz mal ao País, a reclamarem contra uma renda para o Benfica.
 
É certo que da Câmara de Lisboa não faltam incentivos ao clube do regime e que touch pas mon Benfica é o lema na capital, onde abundam negociatas de Carnide ao Seixal e casos avulso pairam nos tribunais por favores e préstimos vários.
 
Mas quando a esquerdalhada infecta reclama contra a Troika que nos emprestou dinheiro antes mal gasto e por isso desaparecido por falta de retorno e vocifera sempre contra as rendas excessivas quando é o Benfica todos se calam.
 
Olhem, foi como se calaram os que almejavam chegar à final em casa na Champions e investiram tudo, mesmo tudo, ganhando apenas uma repescagem, imoral e anti-ética, para a Liga Europa onde foram apenas sparring-partner na final de Turim, além de uns títulos domésticos. Era a melhor equipa dos últimos 30 anos e a Champions a cenoura à frente do burro - mas nada que um Olympiacos não faça esquecer mesmo com o Roberto na baliza. Esquecido foi o fracasso na Champions e hoje alugam o estádio para outros centralistas fazerem a festa.
 
Podiam era calar-se para sempre. Por exemplo, o antes tão odiado Fernando Gomes do FC Porto, da gestão, das Finanças e da SAD, até por ter recebido o beneplácito da Luz calou-se e já ninguém dá algo por ele como sendo do Porto.

O Benfica, por seu lado, perde uma oportunidade de ouro com a final espanhola em Lisboa para desassossego do "irrevogável" Portas e o seu 1640 há pouco anunciado com a saída da Troika. Como se dá bem com o Platini, o Benfica pedia a revogação da final, mandava para Barcelona ou mesmo Madrid (o Atlético não se importava de jogar até no Bernabéu) e garantia a final para o ano para chegar à final em casa tão desejada...

Dos contestatários das rendas, os chuchialistas calam-se porque já distribuíram as suas pelos Mexias deste País. Os comunas bem clamam contra a Troika e o dinheiro do endividamento que é preciso pagar, mas eram os ferozes apoiantes de Sócrates para investimentos faraónicos que trariam mais dívida e compromissos avultadíssimos para TTT, TGV e NAL.

Ah, touch pas ma Lisbonne...

23 maio 2014

Do Jamor à final de Lisboa com problemas de segurança

Entre estudos da teoria da cor, li ontem, por acaso, que os problemas na final do Jamor foram vários mas nenhuns da responsabilidade das forças policiais. E percebi, por acaso, que um nome ressaltava: é o do tal comandante policial de Lisboa que um dia falou sobre "os adeptos lá do Norte", como se fossem uns sacanas que dão cabo de tudo.
 
Já lera que a Polícia culpara os adeptos por terem chegado em cima da hora ao jogo, quando as portas estavam abertas há muito tempo. Danados, vêm de tão longe perto e isto é o que dá patrocinarem visitas à capital em dia de fogueira na mata. Os tipos do Rio Ave é que lançaram a confusão. Entupiram as entradas. Porque o estádio "tem condições" e até vai receber, ao fim de muitos anos que se esqueceram, "um jogo da selecção".
 
Mas com as fardas azuis celeste, em vez do azul carregado que substituíra o cinzento do tempo da outra senhora, os adeptos vão andar num brinquinho. Mesmo que o comissário Dias lá permanece na PSP a dizer inanidades e, como funcionário público, não seja despedido por incompetência e discriminação, além de estar ali para não fazer nada e não ser perturbado pelos adeptos, esses provocadores do sistema policial que, alarmado com a horda madridista a caminho, já PROIBIU que a final de sábado noutro estádio abarracado emblemático da capital seja transmitida pela cidade em ecrãs gigantes. Em Lisboa é tudo pequenino e não sabem disso. Mas vão aprender.
 
Convinha, talvez informar os invasores de Castela que 1640 só aconteceu uma vez e o Portas só está excitado no esfíncter por aliviar-se da Troika. Portanto, os de Castela podem vir à vontade, mas não podem ver futebol em ecrã gigante. Não, tem de ser nos tascos e provam os couratos. Onde se viu isso nos Europeus e Mundiais, como no Euro-2004 que foi por aí algures?...
 
Talvez os castelhanos aprendem que ir a Lisboa não é fácil: JÁ HOUVE ADEPTOS BARRADOS À SAÍDA DA PORTAGEM E IMPEDIDOS DE ASSISTIR A UM JOGO DE HÓQUEI EM PATINS porque a Polícia não garantia a segurança deles e mandou-os de volta para o Porto.
 
Mas há muita gente distraída com as coisas da vida e deslumbrada com Lisboa.
 
Em especial os lisboetas. Ou só esses, vá lá...

Uma recepção da final de Lisboa à moda do Benfica


Um árbitro daqueles apreciados na Luz para a final de Lisboa

O holandês Bjorn Kuijpers dirige esta noite a final da Champions. O Benfica não deve ter muito que dizer mal dele, depois de dizer mal de todos os árbitros que o Benfica julga que o prejudicaram. Nas Kuijpers já foi falado em Lisboa por ser corrupto e por ser um ladrão conveniente.

Foi relatado um jantar em Matosinhos deste árbitro, alegadamente pago (o jantar) por alguém do FC Porto, após a semifinal da Liga Europa com o Villarreal em 2011. Aí era corrupto.

Na Supertaça desse ano, no Mónaco, ante o Barça de Guardiola, Kuijpers negou ao FC Porto um penálti mais nítido e flagrante do que qualquer dos 15 324 penáltis reclamados pelo Benfica em Turim - mas já não lamentado o penálti negado ao Tottenham na Luz, nos 1/4 final, que poderia ter levado a eliminatória a prolongamento... Kuijpers, no Mónaco, foi um ladrão conveniente.

Na Luz decerto não lembram os penáltis mais claríssimos do que os 18 951 reclamados ao longo da época pelo Benfica, aqueles que Artur Soares Dias negou, por duas vezes, ao FC Porto na última jornada da 1ª volta.

Preferem o penálti mentiroso do Proença a desequilibrar a semifinal da Taça de Portugal...

O campeonato acabou com um campeão com menos de 2 golos de média marcados por jogo, apesar de vários penáltis generosos como o que evitou a derrota com o Arouca (2-2), graças ao Nuno Almeida, ou o que devia tranquilizar em Braga mas foi falhado apesar do esforço de precisão do consócio Proença.

Um campeonato, curiosamente, onde o Vi-te ó Pereira das arbitragens acabou a dizer que em geral não satisfizeram as ditas, sabe-se lá porquê mas pode adivinhar-se. Apesar do profissionalismo, há cada vez mais jogos viciados e praticamente nenhum clássico bem dirigido. Capela dos pecados velhos, dos vícios antigos, das sintonias instaladas, do regime bolorento.

Sabe-se lá porquê, a não ser por chorarem quando "o árbitro não ajuda", árbitros e Benfica é uma associação irresistível, um elo inquebrantável, uma correlação imorredoura. Ou não tivesse o já falecido Coluna dito uma vez que "no meu tempo o Benfica não tinha esses constrangimentos da arbitragem".

É curioso como as manhas da arbitragem desaguam na Luz.

A UEFA, e o Platini, de facto tem muitos rabos de palha.

22 maio 2014

Fazer o 58º jogo e acabar com 6-2 no Jamor

Foi em 2011: campeonato ganho, apesar do apagão e da "chuva que veio de baixo", a 6 de Abril na Luz, a 5 jornadas do fim e acabado com 21 pontos de avanço; a 20 desse mês a reviravolta na semifinal da Taça com 3-1 depois de 0-2 no Dragão quando o grunho gritava "quero a final no Jamor!"; a 18 de Maio, Liga Europa com 1-0 ao Braga em Dublin; por fim, a 22 de Maio, 6-2 ao V. Guimarães, com 5-2 ao intervalo. Era o 58º jogo da época, o máximo que alguma equipa portuguesa conseguiu fazer em jogos oficiais - e porque AVB deu a balda ao Kiesczek e saímos mais cedo da taça da treta em Janeiro. O FC Porto jogou, ganhou, convenceu e esmagou, fez quase 150 golos na temporada que começara com a conquista da taça, contra os sarrafeiros em Aveiro (2-0), ganhou todos os troféus menos a taça da treta, repetiu a proeza de 2003 em que ganhou campeonato-taça-taça UEFA. No Jamor foi avassalador. Não chegou morto nem cheirava a enterro, despachara na Europa o Sevilha (sim, o Sevilha), o CSKA Moscovo, o Spartak Moscovo e o Villarreal, fora a fase de grupos e o play-off.

A diferença para 2014? Era só o FC Porto. E destes da foto já lá não está nenhum mas Beto voltou, agora, a vencer a prova europeia, ele que fechou a época a defender um penálti, de Edgar, entre o 2-4 (Hulk) e o 2-5 (James) em cima do intervalo, no Jamor.
 
Isto é que é escrito a ouro na história do futebol. E duas vezes em 8 anos. E com recorde de jogos. Uma equipa viva e um treinador que valeu ainda 15ME, mais o Falcao goleador-mor das competições europeias numa época (18 golos) a valer 40ME.
 
Qualquer semelhança com a realidade actual é só brincadeira do diabo... e entretenimento de parolos.
 
O balanço foi 49V 9E 5D 145-42 golos.

Pois é, faltam análises...

O fracasso, rotundo, do FC Porto não foi, porventura não será, totalmente desvendado. A não ser que os inêxitos se acumulem, em vez da promessa lúdica de ganhar por mais 30 anos a que o presidente, caduco e sem acertar uma de jeito nos últimos anos, se propõe, aos 78 anos salvo erro, manter-se "com o mesmo vigor" por mais 32 anos... Se isto já cheira a putrefacção agora...
Ainda irei ler esta tarde para perceber, mas esta é uma pedrada no charco, mesmo dada por um calhau na defesa que regrediu a olhos vistos como jogador. Mas comparar esta capa à dos outros pasquins com um novo (novo mesmo...) treinador a dizer que vai lutar para ser campeão no clube com o presidente bronco do carvalho que já terá proclamado a jihad não era de esperar diferente, nem do novo técnico nem dos pasquins da treta...
 
Entretanto, com total surpresa, mas confirmando que aos mais novos cabe alguma rebeldia que o "establishment" não permite, é o fracasso Abdoulaye a folhear um pouco mais o livro de reclamações. Percebe-se, facilmente, o que ele diz; e entende-se o que deixa por dizer. Faltarão sempre análises. Como têm faltado várias assumpções de responsabilidade. O silêncio cobarde de uma SAD cobarde (já o digo há vários anos*) é ensurdecedor. Além do mutismo habitual no comodismo habitual, a SAD fecha-se em copas especialmente em hora de derrota e desta vez foram muitas, abrindo feridas profundas. Serve-se do fim de época, de alguns anúncios para a próxima como quanto ao treinador e do Mundial a distrair o pessoal. Por exemplo, Abdoulaye foi um fracasso: porquê?
 
 Em Barcelona assimem-se. Há clubes que respeitam os adeptos e há outros que têm sócios onde se habituam a comer palha ou mesmo se nem lha dão...

Final que falta ao Dragão e a final em Lisboa que os socialistas não ousaram prometer

A Chulares e a vermelhada da esquerdalhada do século XIX cairiam aos pés do Tózero inseguro nos seus 80 comprimidos para dormir, reduzindo tudo ao mínimo denominador comum (=0).
As tv's capitolinas cairiam num deboche pornográfico em que a Cicciolina, só para rimar, seria uma menina de coro.
E decerto não haveria cargas policiais, adeptos em tumulto e gente a desmaiar com crianças a verem tão cedo o Inferno diante dos seus olhos, não bastando o vinho. E os couratos tinham venda garantida.
Um maná.
Uma oportunidade perdida.
 
Nenhum árbitro/assessor ajudou a esta empreitada que garantiria mais dinheiro para as pensões, aumentos de salários e um boom económico para o afamado "mercado interno".
Até o Sótraques ficaria embeiçado, além de metido num bolso do Tózero.
E Pinto da Costa, como o Hermann parodiou com o "sinhore inginheiro" na década de 90, ficaria com um melão dos diabos: depois do Tripanário a inventar na ficção do Hermanias, viria então a inveja e o pedido de uma final no Dragão?

21 maio 2014

Porto e Barça: Preocupações Fonseca e Tata bitata nunca souberam onde estavam

Sempre sinalizei os (mesmos) problemas do FC Porto e do Barcelona na base do treinador. No campeão espanhol a parvalheira durou até ao fim com o castigo merecido. No Dragão deixaram a coisa apodrecer para não mais poder recuperar. Lê-se agora uma análise antológica e objectiva do mal que, aos poucos, arruinou uma das melhores equipas do mundo que desatou a perder com Valladolid (desceu) e Granada (salvou-se por uma unha negra) sendo varrida da Europa pela equipa que haveria de retirar-lhe a coroa de campeão da forma mais acabrunhante possível.

Se não encontrarem - até na preferência pelo "duplo pivote", os dois trincos - semelhanças, mais uma vez, entre os destinos traçados e trágicos do FC Porto e do FC Barcelona na época ora finda é porque não perceberam o que se passou no Dragão, se o viram e souberam ver, decerto nem tendo visto sequer nem percebendo a dimensão do Barcelona.

El Tata nunca creyó en los 'jugones'

El argentino los utilizó más por inercia que por querencia, ya que su sueño era replicar el doble pivote que practicaba España

                    
Javier Miguel (Sport)                       
El vestuario del FC Barcelona supo que algo no encajaba a finales de febrero. Hasta entonces el Tata había trampeado a su manera con la excusa de la dosificación y con los resultados avalándole -llegó a encarrilar casi veinte partidos consecutivos sin perder a principio de temporada-. En las ruedas de prensa se vanagloriaba como el adalid del juego del Barcelona, el defensor del tiqui-taca, el abanderado de la posesión, el continuista del legado dejado por Pep y Tito, pero en las camarillas con su entorno el discurso se volvía mucho más contenido, sin esa vehemencia recalcitrante. De hecho, un día llegó a asegurar que su modelo no era jugar como el Barcelona "sino como España", es decir, más o menos igual, pero sin ser lo mismo.
Pero a finales de febrero se desató la tormenta y el cordero se transformó en lobo. Martino llegaba al partido de Anoeta con el equipo totalmente 'enchufado' -había eliminado precisamente a la Real Sociedad en semifinales de Copa, estaba prácticamente con un pie y medio en los cuartos de final de la Champions tras la exhibición en Manchester ante el City y además en Liga había acabado de golear 6-0 al Rayo-. Las portadas le elogiaban y todos señalaban como crucial su política de rotaciones que había permitido al equipo llegar fresco y con los jugadores a pleno rendimiento.
Pero ese fatídico 22 de febrero todo se vino abajo, derrumbándose como un castillo de naipes. El Tata perdió la credibilidad en el vestuario, el equipo se encontró de golpe con un técnico que traicionaba el ADN blaugrana para ofrecer su particular versión del juego, la de España llevada hasta la máxima expresión. Ese día, Martino renunció a los jugones -dejó a Xavi y Cesc en el banquillo- y apostó por un doble pivote -Sergio Busquets y Song- para acompañar a Iniesta en el mediocampo. Fue un calco de la pizarra de Del Bosque, pero apostando aún más por el músculo que por la técnica. El resultado final fue desastroso, con el equipo perdiendo 3-1 a falta de media hora para acabar el partido. Aquel día Martino cavó su tumba, ya que nunca más se lo creyeron del todo los jugadores.
Sí, aquel técnico que vino con el aura de seguir marcando la hoja de ruta dejada por Tito Vilanova -llegó a mantener todo su staff técnico-, que se extrañó por los palos que le cayeron por peder la posesión en Vallecas pese a ganar 0-4 y que se tuvo que reunir un día con Xavi Hernández para acabar de conocer qué es el Barcelona, había mostrado sus cartas y había perdido de forma lamentable la mano. A partir de ahora ya no sería lo mismo.
Martino intentó dar un vuelco a la situación recuperando a los jugones para los duelos trascendentales, pero la situación se le fue escapando de las manos. Con los resultados entrando en una auténtico montaña rusa, sus decisiones comenzaron a ser erráticas e incoherentes. Ya daba igual si entrenabas bien o mal porque Tata no valoraba el rendimiento semanal.
Es verdad que algunas derrotas como en Valladolid o Granada no fueron culpa suya, pero el Tata había sembrado sin ganarse la autoridad y acabó recogiendo a la postre derrotas y decepciones.
"Nunca supo dónde estaba", fue el epitafio ayer de un miembro del staff.

19 maio 2014

Diga 23, mas não palhaçada

Se foi um 2 em 1 foi um fracasso. Os "eleitos" interessam-me pouco, com este treinador, o Mundial verei a metade, estarei fora em Junho e não sei como será. Agora, uma semana depois de escolher 30, e sem um treino feito, riscar sete é redundância. Quando saíram os 30 pensei que, como em 2010, só depois de um estágio inicial seria feita a triagem. Mas o bentinho, afinal, tem a porta fechada. Já estavam escolhidos os 23, podia ter anunciado apenas os 7 que ficariam de prevenção. Várias selecções fizeram assim. Tudo na Selecção Nacional é redundante. E degradante. Não sabia que os 23 sairiam hoje, sendo que os que saem hoje são sete antes dados como selecionáveis: não são, não foram, estão enganados. Inqualificável.
 
Não havia necessidade desta palhaçada sem graça. E ainda dizem que mais vale cair em graça do que ser engraçado...
 
Em 2010, Carlos Queiroz é que instou os parolos federativos a fazerem uma apresentação dos 23 finalistas com alguma... "apresentação", para não chamar "show" nem que seja apenas por efeito televisivo. Aquilo ia sair como um comunicado e nada mais.
 
Agora fazem-se duas apresentações e 7 dos apresentados ficarão de fora à segunda, sem uma segunda oportunidade.

ACT. Não segui bem a coisa, além de uma fugaz vista pelo Telejornal, mas parece que ninguém fez a pergunta: porquê isto? O resto, mais chinfrim, menos barulho, foi do trivial. Quaresma não faz bom balneário, em 2006 não lhe bastou ser um dos melhores do campeonato e decidir a Taça com o Setúbal aos olhos de Scolari no Jamor num cruzamento perfeito para a finalização de Adriano. O resto, o João Mário para aqui e o Adrien para ali, foi palha para a manada se entreter. Estava tudo decidido: porquê não ter anunciado antes os 7 reservistas?
Ainda apanhei em rodapé a declaração de que "as críticas seriam maiores se [Quaresma] não estivesse nos 30".
Confissão: os 30 foi para iludir 7.
Objectivo: Quaresma fora do Mundial fará os títulos de amanhã, o que deixa feliz Lisboa e arredores.

Tão no vinho e obviamente bêbedo

Além de uns carros a buzinar e umas bandeiras vermelhas a esvoaçar nas janelas, que pensei serem próprios da campanha eleitoral, não me surpreendi com um sururu das rádios já passava das 20h e ainda estavam tanto a desejar que os anúncios de chuva para a nova semana não se cumprissem, como nunca gostamos que se cumpra alguma coisa, como decerto passaram o fds a dar viva à saída da Troika ao fim de três penosos anos de sofrimento, indignação, contestação e revolução anunciada que tanto agitou o País, para alguns quase a ferro e fogo.
 
Eis quando, senão, porém e alguma interjeição vernacular, mesmo num rádio que se diz católica e passa um salmo qualquer ao meio dia e a missa às 18.30h mas só durante a semana, surge uma entrevista a dois num local emblemático amiúde vazio mas subitamente reencontrado com pergaminhos antigos e adequado ao líder que fundou o centralismo em Portugal, não sem antes liquidar, com laivos de tortura africana, alguma nobreza recalcitrante do lado produtivo do País bem distante de Lisboa mas não o suficiente para estar livre do longo braço da lei.
 
Um tipo qualquer, que há um ano deve ter andado calado, balbuciou qualquer coisa de "maior do País, da Europa e até do Mundo". Com surpresa, por revelar-se uma criança de tenra idade quando se supunha um jovem adolescente, um miúdo muito antes de adolescente e que mal sabia falar tal como um adolescente "soletrou" que "o jogo [não sei quê que não percebi mas parece que não foi grande merda]... "e o árbitro roubou três penáltis e devia estar no Inferno".

17 maio 2014

Tata bitata até ao fim

Grande  campeao Atlético.  Barça miseravel até ao fim repetindo os erros vezes sem conta nos golod sofridos de canto e nos ataques estéreis em que um falso extremo sem apoio nao pode passar laterais dobrados.
Como o FC Porto foii esperar resultados diferentes com os mesmos falhados processos. Incompetencia de um lao e competencia do campeao

Dia historicamente concorrido

A cambada politiqueira do resto da tralha esquerdista que afundou o País andou entretida com os fait-divers que preenchem os telejornais do cotume. Depois de anos a clamar contra a Troika, que ninguém (nem o Sótraques) queria mas todos precisaram, fazendo manifestações contra a Troika e uma intervenção pessoal contra a Merkel (mais o "escurinho do FMI", segundo o vocabulário desse combatente da palavra que é o nosso Arménio sem calos da museologia sindicalista em vias de passar a arqueologia industrial), não há ensejo de fazer uma manifestação de alívio por a Troika ir embora, mesmo que tanta falta nos faça e ainda venha a fazer - pelo menos para os que ainda não perceberam o que se passou, como chegámos aqui e a recaída previsível pelo laxismo congénito.... Ninguém manifesta contentamento por nos libertarmos do jugo que nestes três anos insistiram que existia e se o Governo marca um evento, como efeméride apropriada, sobre o tema a tralha do costume enfurece-se e, com o mau perder habitual, critica tudo e todos.

Pois eu não quero que a Troika vá embora: prefiro um Polícia vigilante do que um vigilante distraído deste Portugalório insano. Por isso sou o nº 553 desta Petição Nunca Mais!
 
Hoje, contudo, temos o Barça-Atl. Madrid a decidir a Liga espanhola, o Dortmund-Bayern em mais um braço de ferro teitónico agora na Taça da Alemanha e o Arsenal-Hull numa final inédita da FA Cup.
 
Ás 5 da tarde em Espanha e Inglaterra, às 7 na Alemanha - a Alemanha, nem de propósito, para encerrar a festa. Não se admite.
 
Ah, se o Governo marcar o tal evento para hora diferente do futebol concorrido será seguramente uma maquiavélica manobra eleitoralista. Já para não falar da conferência sobre Finanças e Economia do dia 25, em plenas horas de voto para o PE, a cargo do BCE, mas os tugas e os turras cá do sítio não querem saber da Economia e das Finanças para nada, se quisessem não tínhamos chegado até aqui e não tínhamos já passado por dois exemplos anteriores que podem ser apreciados nas capas a baixo, para os Marocas Chulares destas vidas... É por isso que digo NUNCA MAIS, não à Troia, que é precisa para os molengas tugas, mas a mais endividamento e empobrecimento - só os parolos não percebem que o endividamento faz empobrecimento, é consequência de e uma sequência inelutável. Por isso, NUNCA MAIS.

 
 
Até porque, nos "faustosos" 40 anos do 25/4, eu pelo menos sei onde caímos. Andámos nisto há décadas e tinha de vir o futebol estorvar tudo com tanto horário para escolher. Mas o passado não está esquecido. O Marocas Chulares foi o GRANDE ENTERRA EM FRENTE à moda Maoista, sempre a esbanjar e sempre a enganar, mais os seus sequazes.
 
Como diria o Arménio Carlos "Força, força, camarada Vasco, nós seremos a muralha de aço" Vasco Gonçalves, decerto a lembrar quando se falarem dos 40 anos do Verão Quente de 1975 em que nos faltou dar o Grande Salto em Frente passo em frente para o abismo comunista, esta Democracia "política é uma merda, esta política é uma merda".

16 maio 2014

Os 6 milhões que afinal são 3 melões ou nem tanto...

Nunca liguei ao que diziam a este respeito e sei como a coisa começou mas que agora não interessa. O mito dos 6 milhões voltou a ser enterrado, por muito que s tv's da parvónia tenham estendido todos os microfones disponíveis para a manda ululante (a começar pela cambada dos pasquins e das pantalhas). Como já sabia do que ia acontecer, seguramente há mais de uma semana que não ligo a televisão para ver canais nacionais. Daí rir-me daqueles que criticam a "exposição", madura e condimentada, e a adulação serôdia para um fenómeno que, como o Fado, a Amália e agora até o Marocas Chulares, sem esquecer o ainda amado Sótraques, é inerente à saloiice tuga e ao patrioteirismo parolo. Porque os canais ligados ao Poder em Lisboa são assim, como sempre, fosse só a RTP (Renitente a Travar Prejuízos) ou agora com o duo privado a ajudar à pimbalhada. O Torto Canal é que continua sem acertar uma, nem é carne nem peixe, vira-se para Lisboa também e ninguém dá uma para a caixa quanto à viabilidade daquilo que alguém supra-inteligente engendrou no FC Porto da forma como tem conduzido o futebol no Dragão.
 
 
Já na meia-final o circuito chegou aos 3 milhões. Creio que na época passada andou por menos, mas na altura também gozei com o tema, que isto do Glorigozo sempre é verdade que ajuda o PIB, Pimba i Bora com isso.
 
A dúvida não é saber quantos benfas haverá neste canto miserável que Camões não alinhavou nos Lusíadas a não ser terminar a épica com alusão à inveja inata dos tugas.
 
A dúvida é saber quantos "antis" estão naqueles 3 milhões. Porque foram muitos milhares de sevilhanos em delírio em Portugal.
 
Como diria o Vasco Santana de visita ao Zoo, x macacos a y macacos dá z macacos. E não chegou a PM como o avassalador que guterrou: Façam as contas!...

n.b. - levem em conta que o número de abortos tem diminuído... ah, mas se há menos deve ser culpa do Governo e da Emigração...

p.s. - li hoje no JN que as tv's generalistas continuaram ao desafio no desfile de vacuidades e as secções de "Informação" à espera da chegada da equipa cuja tv própria não se deu ao trabalho; não há dúvida sobre a palermice audiovisual e a alienação em nome do clube do regime.

Um dos muitos actos criminosos da gestão desportiva da SAD do FC Porto

Já vi muita estupidez cometida na gestão desportiva do FC Porto este século de muitas conquistas mas idiotas derrotas e épocas "atípicas", quer dizer pior, muito pior do que o "normal". Mas a saída de Beto do FC Porto nunca aceitei. Nem percebi, mesmo com a desculpa de "pretender sair para jogar".

Beto foi suplente de Helton e, jogando uma mão cheia de (bons) jogos com Jesualdo na parte final da época 2009-2010, ainda chegou à selecção. Fez os seis últimos jogos do campeonato, somou vitórias e uma delas no famoso 3-1 ao Benfica que precisava apenas do empate para ser campeão no Dragão, a 2 de Maio de 2010 e com o idiota Olarápio Benquerença a expulsar Fucile por acumulação de amarelos por alegada simulação quando o uruguaio sofreu mesmo penálti não assinalado.

E que dizer de Beto na campanha da Taça de Portugal dessa época? Fez todos os jogos, menos a final com o Chaves. Helton recuperou de lesão que levara Beto à baliza no final do campeonato, mas foi uma lástima para o g.r. que, numa épica partida no Restelo com o Belenenses (2-2), defendeu vários penáltis no desempate que terminou em 9-10. Beto já era uma lenda a defender penáltis, os pasquins podem é não dar memória de relevo algum a isso. Dos 30 penáltis dessa noite, e dos 15 para o Belenenses, Beto defendeu cinco (outra foi à trave).

Em 2010-2011 foi mesmo o g.r. na Taça de Portugal e na final com o V. Guimarães defendeu um penálti de Edgar que, logo após o 4-2 de Hulk, podia ter ditado o 4-3 antes do intervalo mas da sua defesa saiu um contra-ataque que James concluiu num 5-2. Na semifinal da reviravolta na Luz, sofreu golo de penálti por Cardozo, um penálti inventado por Xistra e que não chegou para devolver a vida aos encarnados. Mas Beto voltou a estar num jogo glorigozo contra o Benfica!
Beto ganhou tudo na época de todas as conquistas em 2011, excepto a taça da treta porque AVB, mal, preferiu o 3º g.r. Kiesczek e este deu um frango monumental com o Nacional, ditando logo de princípio uma eliminação cantada. Na época anterior, com Jesualdo, foi Nuno o g.r. na taça da treta até mamar dois frangos na final do Algarve antes do intervalo...
Helton caminhava para o fim de carreira mas, depois do péssimo exemplo de chamar um estrangeiro para 3º g.r. de resto seguido na época passada com o turco Bolat, a SAD achou que Beto não seria o sucessor de Helton.

Beto foi trocado por Bracalli e saiu para Braga, onde voltou a ser decisivo no desempate por penáltis com a Udinese no play-off de acesso aos grupos da Champions.

Bracalli, que era bom no Nacional, veio e foi quase sem se dar por isso, nos dois anos de Vítor Pereira, relegado para as taças domésticas. Esta época chegou Fabiano, natural sucessor de Helton porque o herdeiro verdadeiro, o novo Vítor Baía, não foi aproveitado no Dragão.
Começou em estranhas escolhas de guarda-redes, há uns anos, o descalabro do mercado de reforços no FC Porto. Nunca o entendi, sempre falei destes maus exemplos no FC Porto, e hoje dá raiva assistir a Beto triunfar num clube inferior ao FC Porto por falta de visão dos entendidos do Dragão.

Já tinha escrito isto ontem de manhã e só à tarde vi que O Jogo abria a final de Turim com a lenda de Beto nos penáltis por cá. Por acaso, foi esquecido o penálti defendido no Jamor em 2011. Por mim, não me lembrava da eliminatória com a Udinese. O seu a seu dono.

15 maio 2014

Só volto a dizer que Beto é, há muitos anos, o melhor guarda-redes português

Reafirmei-o no jogo do Dragão com o Sevilha.

E já é mais lendária do que certas coisas que dizem ser lendárias a sua capacidade incomum para defender penáltis.
 
Ainda no Leixões, ao Benfica de Quique Flores, parou o último penálti de (sim, este do Sevilha) Reyes (0-0 e 5-4 g.p.) na Taça de Portugal. Depois só foi eliminado por um golo de insistência de Mariano Gonzalez no Dragão.
 
Era os tempos de 2008, mas Scolari e os amigos da Imprensa não viam o óbvio. Foi Quim ou Paulo Santos ao Europeu... Ricardo, dos frangos de sempre, era o titular e confirmou com a Alemanha... Patrício já era o abançoado suplente.
 
Beto chegaria à selecção apenas em Junho de 2009, ainda antes de chegar ao FC Porto, salvando Portugal num amigável na Estónia (0-0), lançado por Carlos Queiroz, a despeito das críticas quanto à sua inclusão e, depois, por ser... suplente de Helton no FC Porto, jogando algumas partidas na parte final da época seguinte e tomado como uma chamada de favor. Ninguém lhe reconhecera qualidades acima da média e já tinha uns dois ou três anos a polémica com Jorge Jesus. Acabou por ir ao Mundial-2010, suplente de Eduardo, outro que os de Lisboa não queriam e puxavam pela chamada de Quim, que o Benfica queria vender e precisava promover.
 
Para Jesus, no Sp. Braga, Beto era baixo e não servia. Logo depois, o Leixões foi a Braga ganhar 1-0. Foi a primeira bofetada no treinador da treta.
 
Não aprenderam nada. Nem o FC Porto... mas desta parte falarei amanhã.

Sevilhana de capa e espada iguala a Juventus

A brincar, a brincar, o Sevilha já ergueu três taças da UEFA em menos de 10 anos: 2006, 2007, 2014. Tornou-se o clube "100%": sempre que chegou às meias-finais ganhou as finais. São três, já tem mais troféus europeus - mais uma Supertaça da Europa com 3-0 ao Barça de Rijkaard - do que certos clubes badalados no mundo e arredores. Só nesta prova superou o FC Porto, Gotemburgo e Feyenoord, com 2 semifinais, 2 finais e 2 vitórias. De repente, aparece no topo dos mais vitoriosos nesta competição, igualando os troféus de Juventus e Valência que incluem, estes, a antiga Taça das Feiras, os semifinalistas vencidos esta época, além de Barça, Inter e Liverpool, este também com três troféus em igual número de finais disputadas mas já presente em cinco meias-finais.

Se há pequenos clubes grandes na Europa são deste calibre. O Sevilha, via campeonato, já estava apurado para a Liga Europa mas vai defender o seu troféu depois de começar uma época, à partida, sem Europa (foi 9º em 2013), e reestruturando todo o plantel. As coisas corriam mal, apesar de no início e ainda com Michel ao comando, ter ganho ao Madrid de Mourinho (1-0). Unai Emery entrou em finais de 2013 e preparou... a nova época. Mudança de planos, muitos novos jogadores incluindo três portugueses. Chegou a lutar pelo acesso à Champions, até perder há duas semanas no despique directo com o Athletic em Bilbau. Deu luta na Taça do Rei, virou eliminatórias improváveis (com o vizinho Bétis nos penáltis, ganhando fora) e acaba campeão na Europa e com direito a nova Supertaça, em Cardiff, com outra equipa espanhola, agora Real ou Atlético.

Estas é que são as histórias que engrandecem o futebol mas ficam ao lado dos chorosos e dos fracos dos quais não reza a História.

Benfica só quis igualar a Juventus como maior perdedor europeu

Deu para rir a Juventus queixar-se do apuramento do Benfica, realmente imerecido, a contas com zero remates na 2ª mão da semifinal em Turim. Como se esse tipo de qualificação não fosse mais condizente com proezas italianas e da própria Juve... Mas Jesus achou que passara a melhor equipa, como achou depois do 0-0 e penáltis da taça da treta no Dragão quando podia ter saído esmagado ao intervalo...
 
O 0-0 do Benfica, como no arranque da época passada em Glasgow e o fecho da Champions em Barcelona contra uma equipa de reservas, voltou a não chegar. E a coerência de Jesus voltou a não pegar. Agora já achou que foi injusto, parece que o Sevilha não teve as mais claras oportunidades de golo em jogadas bem delineadas, recortadas, intencionais e só mal finalizadas. As do benfica, ao invés, foram sempre aos repelões, bolas aéreas, perdas de bola do adversário, ressaltos e muito improviso. Enfim...
 
Mas de tantos 0-0 a história lembrará este, mais um depois de Estugarda em 1988. A equipa duas vezes eliminada da Champions em Dezembro alega que chegou a duas finais consecutivas de uma prova mafiosa que repesca indecentemente equipas com privilégios inadmissíveis. Mesmo assim, para o treinador da treta que perde duas finais seguidas, fica que não conseguiu marcar um golo de bola corrida: há um ano foi de penálti com o Chelsea e um penálti generoso por mão na bola de Cahill, não por mérito de uma jogada digna de golo. Ontem foi de novo de penálti, nos penáltis.
 
Mas, prontos!, esses pormenores podem escapar das estatísticas mas, doravante, estas marcam que o Benfica igualou a Juventus em números de finais perdidas: 5 da Champions e 3 da UEFA. Superam Bayern e Barça (7 finais perdidas). Só que todos têm mais troféus ganhos, incluindo em todas as provas.
 
A Juventus foi melhor e era a equipa mais forte em prova, ainda que repescada igualmente e indecentemente da Champions. Em prosápia o clube da bazófia só quis igualar a Velha Senhora.
 
E nem a mulher de barbas lhe serviu.

14 maio 2014

OLÉ!... y...

Sevilha ganha a Liga Europa arrumando com duas equipas tugas mal repescadas da Champions. Ao menos o Porto bateu os campeões. Os 0-0 e penáltis não dão sempre a mesma Vaca.
 
Mas confirmei que as duas melhores equipas ficaram nas semifinais e teriam protagonizado uma final com mais brilhantismo, futebol e decerto golos. Ainda que também preferisse a vitória do Valência, outra equipa que era da Liga Europa, como o Sevilha. Esta, contudo, como referi na eliminatória com o Porto, é pouco mais do que uma equipa banal, mas há quem diga que nem sempre os melhores ganham no futebol e decerto quem lamente o 0-0 e esqueça o 0-0 do jogo anterior no mesmo estádio, onde o apurado não rematou à baliza...
 
O Sevilha chegou aqui através do Fair-Play financeiro que deixou Málaga (6º) e Rayo Vallecano (8º) fora da Europa por falhas que deviam penalizar mais clubes. E a competição não foi ganha por uma equipa de fora que devia estar arrumada em Dezembro. O Sevilha voltou a salvar a face de uma prova mafiosa onde só nela se aplicam regras estranhas e espúrias que achincalham a competição e perturbam clubes cumpridores e sem benefícios extra.

... GRÁCIAS!!!

Sempre são mais bonitas do que mulheres de barbas...

E ganha a equipa que é desta competição, não uma que devia estar fora da Europa desde Dezembro!

A maldição da mulher barbuda na parte não contada da profecia de Guttmann

Nem se sabe ao certo se nasceu em Janeiro de 1899 ou Março de 1900. Terá sido por Budapeste, enfim, mas naquela altura não havia Hungria, era o Império Austro-Húngaro mas como nasceu do lado Magiar ficou assim húngaro, mesmo morrendo (1981) em Viena de Áustria. Bela Guttmann, que conheceu 18 clubes em 22 anos de treinador terminados no FC Porto (1973) de má memória, era tanto um globetrotter do futebol, mesmo no tempo de raras viagens de avião e semanas em transatlântico até à América do Sul (esteve escassos meses no Peñarol de Montevideu e um ano em S. Paulo de onde arribou ao Porto em finais de 1958), como fala-barato. E, com a tal "dupla nacionalidade", um desenrasca pronto a cair para qualquer lado, como todos os de duas faces, vejam-se os russos na Ucrânia... Esta gente não é boa e, de resto, nem trago aqui o judeu profundo que o apelido indica e o fez sair de Budapeste para Viena (1922) por causa de coisas que depois só se atribuíram aos nazis (como muitas outras, com percursores sempre a Leste, incluindo limpezas étnicas e endogenia), Guttmann chegou uma vez ao Porto e foi campeão, arrebatando o título ao Benfica (com os mesmos 41 pontos e 1 só golo de diferença no Campeonato do Calabote), saindo logo para o Benfica, por dinheiro e por dinheiro, três anos depois, de lá sairia superando a meta de dois anos que dizia ser adequada para estar em cada clube.
 
Isto a propósito de se falar de declarações e alguma profecia que terá feito depois de ganhar duas Taças dos Campeões com o Benfica: 1961 com uma cagueira dos diabos ante o Barcelona; 1962 com o envelhecido Real Madrid sem pernas para Eusébio, Simões e outros jovens rápidos que Puskas e di Stéfano não acompanhavam jogando de cadeirinha e valendo-se da pontaria. Tal como não é certa a data de nascimento não se sabe bem o teor da profecia que terá lançado ao deixar a Luz. Ou que o Benfica não ganharia mais nenhuma taça europeia, ou especificamente só a Taça dos Campeões - versão mais provável, dado ter vencido duas e perdendo logo a terceira final consecutiva para o Milan mesmo estando a ganhar - e resta saber se era para sempre, por 100 anos ou um mix, lá está, de novo como os gajos de dupla face, e este era judeu acima de tudo e pelejava por dinheiro nos dois lados do Atlântico, não é de fiar.
 
Terá ficado a lenda, até porque o Benfica passou a acumular finais perdidas com a surpresa igual quanto às que venceu.
 
É fatal que, agora, para a final de Turim com o Sevilha, se fale de novo na lenda, na profecia e tal, como se isso fosse capaz de impedir uma equipa de ganhar: ah, agora volta a ser com espanhóis, como se Guttmann tivesse feito essa destrinça. Terá saído daí a versão tuga do Bruxo de Fafe, que alguns pategos gostam de papaguear, mas esta parte da história é só uma mezinha para as maleitas domésticas e não vem ao caso.

No fim de contas, a parolice impregnada de lusitanismo impingido de Lisboa e aspergido da mais sacra água benta à falta de melhor argumento, como se até Freud no seu consultório vienense pudesse antever o fenómeno gaja-gajo dos dias de hoje, com barba para chocar e repelente para chocalhar....
 
A verdade é que, morto e enterrado em Viena, Guttmann, afinal, terá dito na sua profecia algo que até abona o Benfica para hoje. Aludindo ao adágio popular do "já tem barbas", tomando a Áustria como país (finalmente) que o adoptou, Bela Guttmann garantiria que seria mais fácil a Áustria ganhar a Eurovisão com uma mulher barbuda do que o Benfica voltar a ganhar uma prova europeia, já nem interessa, nem se esclarece com precisão, se era apenas a Taça dos Campeões pela qual já foi elaborado um vinho pelos 50 anos de perda e, há poucos meses, uma estátua ao tal mágico magiar para esconjurar a maldição.

Enfim, segredo maior desde a 3ª revelação de Fátima neste século...
 
Depois da Conchita Wurst ganhar a final de Copenhaga no sábado, e por bem mais de um pêlo, não há bela sem senão e Guttmann viverá eternamente entre os crentes acéfalos e os ignorantes encartados com a certeza de nada ser inelutável a não ser a morte. Foda-se, como imaginar que uma mulher barbuda ganharia um concurso de canções onde nem uma beldade tuga teve lugar e as mulheres de pêlo na venta do Portugalório insano há muito deixaram de cantar o fado apesar de encarnarem o Povo que lavas no rio?

A profecia de Guttmann, até esta vitória improvável da Áustria, fez mesmo efeito. A parte do segredo da mulher barbuda é que só agora se revelou. Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe.

13 maio 2014

Pinto da Costa diz que a única diferença foi... "não ganhar"?

Os números são invulgares. Mas, o pior, não foi só não ganhar, foi jogar miseravelmente. E ele devia ter visto isso: eu vi em Setembro. Devia ter corrigido o erro: ele não quis dar o braço a torcer. Foi incompetente na análise, teimoso na correcção da trajectória desastrosa e acaba a ser idiota ao misturar conceitos numa vaga definição do que é o futebol. Teve meia casa com o Benfica na despedida. Além das asneiras acumuladas, repete inanidades. Está "finito". Pinto da Costa é o elo mais fraco e quer eternizar-se: "Ainda vou andar por aqui outros 32 anos" - quer dizer que sem ele o FC Porto não tem futuro? Sem visão, mas com mesquinhez, cuida de menorizar o clube. O pior é se passa outro ano sem ganhar. Para já, como presidente, ficou pela 1ª vez atrás dos dois de Lisboa e com a maior distância de sempre. O problema não foi não ganhar, foi a forma como não se ganhou e, até, perdeu. Mesmo a noção de ridículo.                       

       1981-82                 Jg  V  E  D    G    Pt   

1 Sporting CP           30 19  8  3  66- 26 46 
2 SL Benfica            30 20  4  6  60- 22 44
3 FC Porto               30 17  9  4  46- 17 43


2001-2002
1.Sporting CP          34 22  9  3 74-25 75
2.Boavista FC          34 21  7  6 53-20 70
3.FC Porto               34 21  5  8 66-34 68


2009-2010
1.SL Benfica          30  24  4  2  78-20  76 
2.Sp. Braga           30  22  5  3  48-20  71
3. FC Porto           30  21  5  4  70-26  68


2013-2014
Benfica              30  23  5  2  58-18  74
Sporting           30  20  7  3  54-20  67
FC Porto             30  19  4  7  57-25  61