31 dezembro 2013

Na despedida do 2013

O ponto máximo de outro campeonato (o segundo, recorde nacional) sem derrotas.
O momento do Campeonato Kelvin

 
 

Give me one moment in time
when I'm more than I thought I could be
When all of my dreams
are a heartbeat away
and the answers are all up to me
 
Give me one moment in time
when I'm facing with destiny
Then in that moment of time
I will feel
I will feel
ETERNITY

You're a winner
for a lifetime
If you seize
that one moment in time
MAKE IT SHINE
 

Whitney Elizabeth Houston (9/8/1963-11/2/2012)

29 dezembro 2013

Mau futebol mas "extraordinário"

Tal como anotei no jogo do campeonato, Porto e Sporting jogam mal e está visto que não saem disto. É claro que ninguém toca no ponto, porque decerto ninguém vê o jogo alheado do "ambiente". Por fim, os que vêem na tv ouvem o relato, como se fosse na rádio, de um ex-jornalista precisamente radialista e para mais ex-director de Informação do Sporting. As nossas tv's continuam a assassinar o futebol, mas ninguém se importa desde que não se diga mal do mau futebol que se joga.
 
"Extraordinário", "notável", "cheio de força" e por aí fora são os epítetos do ex.-director de Informação do Sporting a relatar o jogo na TVI. Parabéns à prima. No caso, eram quase sempre dirigidos a jogadores do Sporting, o que faz sentido até porque quase todos os do Porto jogaram mal, valendo-lhes alguma disciplina e controlo mental, face ao "teatro" de Jefferson a cair em cada lance e até a fazer falta sobre Varela não assinalada mas a originar um sururu causado pela falta não marcada a Jefferson mas que valeu amarelo a Varela... Além do "teatro" de Jefferson, a tal "força motriz" de Cédric foi de tal forma que deve ter sido o jogador mais faltoso em campo - à medida dos médios de "força" e de "bater forte e feio" que fazem o meio-campo leonino um portento a destruir jogo - mas a ver um amarelo apenas nos descontos e por protestar. Porque nunca viu um por acumulação de faltas não se sabe, porque ao mau jogo em campo, de parte a parte, o ex-director de Informação do Sporting que relatou na TVI só dizia bem do Cédric e do Sporting, sem se saber quem era suposto ver amarelo ou não...
 
O Porto joga mal porque se abusa dos maus passes e com mus passes não pode haver futebol de jeito. Vimos o duplo pivot ao meio que só faz lateralizar jogo e acumular passes errados a Herrera, já se viu assim muitas vezes, e agora até a Fernando. Como poderia o jogo fluir para Carlos Eduardo no vértice adiantado do triângulo e com os flanqueadores mais desastrados do dia como Varela e Licá? É impressionante o mau futebol de ambos e, assim, um tosco como Ghilas não pode fazer nada, como Jackson não tem feito. O sistema continua errado e sem dar resultado, mas os portistas têm de levar com isto até ao desastre final.
 
O Sporting joga mal porque joga sem jeito e chuta prà frente. O Sporting é isto: forte e feio e seja o que Deus quiser. Tivesse o Porto os flanqueadores como Wilson Eduardo - vá lá que Varela não é inferior - e especialmente Capel e Carrillo e outro galo cantaria. Dizem que Quaresma pode compensar, mas não é o mesmo Quaresma da linha que saiu do Dragão há cinco anos e meio. O Sporting joga forte e feio, limita-se a não inventar e a aproveitar os erros alheios. Só. É pouco, mas vai disfarçando porque a sua mediania não se sente na compita europeia. O pior é se, com este empate, sai também da taça da treta e fica só com o campeonato para ganhar... Nunca se sabe. Mas aquilo espremidinho não dá nada.
 
Não deu nada contra um Porto de meia equipa a jogar mal a bola, valendo o acerto dos centrais, porque os laterais foram um desastre e Alex Sandro é um câncro de contínuas más exibições. Fabiano defendeu umas bolas, mas de extraordinário só o empolgado ex-director de Informação do Sporting que nunca viu o excesso de faltas de Cédric ou o truncar do jogo dos médios leoninos que só agarram e derrubam o adversário, impedindo qualquer construção, veja-se a entrada para vermelho de William Carvalho sobre Varela mas é tudo tão "extraordinário" o que se vê  que acaba por não se ver o essencial.
 
No essencial, a equipa que perdeu a Europa esta época e que na época passada saiu da taça da treta na fase de grupos com o Moreirense e o P. Ferreira fazia o jogo da sua vida. O jogo da sua vida em mais um clássico que não ganhou, o que deve ser extraordinário e notável pois já lá vão quatro em três ou quatro meses e nada, dali não sai nadinha.
 
Não conseguir ver que este mau futebol deve ser denunciado e não glosado como algo grandioso, para mais com um olho preferencial para o clube do ex-director de Informação do Sporting é algo tão patológico e bizarro como só possível de suceder em Portugal.
 
É isto, é uma merda, mas desde que cheire bem a alguém está tudo bem. Note-se que no Porto-Sporting, ainda durante o jogo, eu disse que as duas equipas jogavam mal e que o Sporting, no fim, até não jogou nada e foi inferior ao Porto. Atendendo ao jogo quase violento com que os lagartinhos marcaram a sua noite de redenção que redundou noutro fracasso e revelador da sua impotência, desde há dois meses que nada mudou. Para mais, continuam convencidos que vão em 1º no campeonato, mesmo tendo perdido com o Porto. É tudo "extraordinário", "notável" e "cheio de força", mas só sucede em Portugal e, assim, não vale um caralho!
 
Como gosto de contrariar a bovinidade dominante só por isso acedi a fazer este apontamento quebrando o jejum, porque isto não merece mais. E palpita-me que, fora do campo, as coisas devem ter azedado com os viscondes falidos a perderem a compostura mas a mostrarem o fraco verniz que têm. Isso, porém, ainda me interessa menos.

26 dezembro 2013

Presépios deprimentes

Tinha escrito, depois eliminei, agora reponho a coisa porque o João Gonçalves dedicou umas linhas às v(n)ossas queridas televisões, que entretanto li depois do jantar e ainda incrédulo pela forma como o Liverpool, desfrutando de oportunidades flagrantes mas concedendo golos de principiantes, perdeu com o Manchester City, imerecidamente, onde o melhor futebol sucumbiu à equipa mais madura e matreira.
 
O que tinha ensaiado era sobre o assolapado amor da RTP pelos nossos emigrantes da bola mais renomados. Podem fazer a propaganda que quiserem, enquanto continuam a assassinar a imparcialidade jornalística que pode ser, aqui e ali, quebrada com uma "mentira piedosa" como se não fizesse mal a alguém. Mas não se pode abusar, assim:
- Ronaldo estará "imparável", segundo a crónica do comicieiro de serviço, mas interessou pouco (tal como os credenciados 69 golos no ano civil não chegarem para os recordes de Muller e Pelé que os 92 golos de Messi em 2012 bateram de largo) se o seu golo em Valencia foi em fora-de-jogo de resto apanhando quatro madridistas no total;
- Mourinho empatou no Arsenal, uma festa porque nunca perde com eles sem importar o contributo retranqueiro do costume para o 0-0, como se viu em finais de Agosto na visita ao M. United; mas mostrar muitas imagens do Chelsea e sonegar as imagens do penálti por marcar para o Arsenal e a entrada para expulsão de Obi Mikel sobre Arteta não é de certeza obra do acaso.
 
E se a RTP nos traz os figurantes maiores do seu presépio de trazer por casa, enquanto a Judite entrevistava, com o seu choro pessoal por questão passional, a "nova directora" da TVI Cristina ri-te, ri-te e voz mais aguda que a outra maluca Querida Júlia  da estação (ou é da SIC?), o João Gonçalves vai escrevendo o resumo da coisa: 
 
"Não admira que as audiências do "cabo" aumentem enquanto a dos canais generalistas e seus derivados diminuem. Nestes reina a endogamia e o ensimesmamento. Os da "casa" entrevistam-se uns aos outros, entram nos programas uns dos outros, promovem-se uns aos outros, "partilham" uns e outros, com os espectadores que nada lhes pediram, as suas vidas mais ou menos "gloriosas", os seus "amores", as suas coisinhas. É deprimente, mesmo quando só há sorrisos idiotas no ar e, no limite, chega a ser repelente. No fundo parecem "casas dos segredos" em pseudo sofisticado. Ainda vamos ver um dia destes a dra. Judite, por exemplo, a entrevistar uma lampreia de ovos ou um leitão de Negrais gentilmente oferecidos pelo prof. Marcelo, o dr. da Ponte a apresentar o eurofestival da canção com a Furtado ou o recente desenho animado de Clara de Sousa a brincar com o homólogo de João Manzarra em torno do "regresso a mercado". Não se queixem". - no blogger que melhor escreve e tão bem retrata o Portugalório sempre cada vez mais Portugal dos Pequeninos.
 

25 dezembro 2013

Parabéns aos primos e primas únicos inter pares

Fazendo jus à nobre tarefa a que se dedicou,  o doutíssimo Tribunal Constitucional, em mais uma clara demonstração de amor à Pátria, declarou (sem apelo possível) inconstitucional o corte nas pensões que o governo queria instaurar com o fim de cumprir as obrigações internacionais que os desmandos de outros determinaram.
 
imagem tirada daqui
 
Nas palavras do dito tribunal, tal chumbo ficou a dever-se à absoluta necessidade de respeitar “o princípio da confiança”, conforme expresso no artigo 2º da Constituição. Consultado tal artigo, verifica-se não constar dele tal princípio. O que quer dizer que, na falta de melhor, se criou um “princípio”, até agora não expresso, mas que o distinto órgão de soberania considerará implícito. O que quer dizer que a Constituição é interpretada a la carte, isto é, quando se quer chegar a uma conclusão política, considera-se implícito o que se revelar útil para “justificar” a decisão. É assim deitado para o caixote do lixo o princípio da certeza jurídica, coisa que, convindo, parece que o TC revoga a seu bel prazer.
Interessante também  é verificar que o “princípio da proporcionalidade”, esse expresso, não se aplica ao caso, pelo menos  no glorioso parecer do TC... e com certeza para grande desgosto do doutor Cavaco, que quereria servir-se dele para defender a sua querida pensãozinha. - no Irritado
 
Artigo 2.º
Estado de direito democrático
A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.
 
E, ainda:
A Constituição da República Portuguesa (edição de 1976, com revisões subsequentes em 1982, 1989, 1992, 1997, 2001, 2004 e 2005) merece ganhar o prémio de livro do ano em 2013. Nunca uma obra política havia estado no centro da vida dos portugueses de um modo tão intenso e polémico. Por essa razão, convém proceder a uma leitura mais atenta da substância da sua narrativa. A mesma tem sido tratada como bíblia sagrada pelos trabalhadores de Portugal, por formular e eternizar a expressão consubstanciada em "direitos inalienáveis" ou ainda "liberdade de expressão". Contudo, os cidadãos do país parecem omitir convenientemente que a mesma magna carta também serviu de cobertura para as excedentárias práticas de transgressão, perpetradas por um sem número de agentes económicos, grupos de interesse, partidos políticos, indivíduos e colectividades. Foi no decurso da sua força constitucional, da sua existência efectiva e da sua vigência desde 1976, que todas as malfeitorias contemporâneas tiveram lugar e que derrearam Portugal, colocando o país na situação em que actualmente se encontra. Por esse facto, há que tirar ilações e também atribuir responsabilidades ao enquadramento jurídico concedido pela Constituição da República Portuguesa. Se a falência técnica, económica, social e moral que retrata o Portugal do presente aconteceu, a mesma decorreu ao abrigo dos valores alegadamente definidos e defendidos na carta constituinte de 1976 (e suas subsequentes alterações em sede de revisão constitucional). Ou seja, a própria constituição também "autorizou" os devaneios dos prevaricadores e fomentou a noção de impunidade jurídica. Deve ser, por isso, também considerada uma colaboradora do regime de descalabro, da demise nacional. Não foi uma outra constituição que serviu de pano de fundo para as ocorrências. Não foi uma distinta constituição, de cariz menos ideológica e mais utilitária, que gerou os desequilíbrios. Não foi uma constituição escrita sem fervor revolucionário que ditou a apropriação indevida por forças de bloqueio económico ou social. Não foi nada disso. Foi sob a batuta desta mesma constituição que os crimes económicos aconteceram, que o fosso entre poderosos e indigentes se cavou, que os sindicatos nasceram mas não evoluíram para avançar a sua missão de protecção de trabalhadores, que os partidos políticos se transformaram em lobbies-sombra para partilhar privilégios e favores e que a soberania foi posta em causa de um modo tão leviano com a assinatura do tratado de adesão às comunidades europeias. Ou seja, Portugal "aconteceu" debaixo da parábola da Constituição da República Portuguesa, e, por essa razão, torna-se urgente ajuízar se a mesma é ainda capaz de defender o país dos seus inimigos endémicos e das ameaças exteriores. Por estas razões, e outras que me escapam, mas que igualmente nos afligem, a Constituição da República também deve ser entendida como uma jangada de pedra. Com o naufrágio à vista, seria sensato analisar em detalhe a carta de marear. O mapa que também contribuiu para desviar Portugal da sua rota - destino malfadado, sina, sorte ou azar. - no Estado Sentido

23 dezembro 2013

Pinto da Costa feito num "31"

Vou alongar-me só um pouco, tentando ser sucinto e porventura incompreendido no processo ou não atingindo de todo o objectivo, mas as histórias devem ser comentadas seriamente com algum rigor e especialmente com verdade, pois ninguém pode julgar um texto por ser curto ou longo, como aqui e através da reflexão que nos merecem estes links, já foi traduzida a confusão reinante e um certo modus faciendi que só corresponde ao descrédito em que a Imprensa em geral se afundou tentando fazer mais com menos o que raramente é verosímil e ainda menos alcançável a não ser um Nobel da Química, da Literatura (mais difícil) ou do Desenrascanço.

Mas como a bola por cá parou - e o FC Porto meteu-se em férias voltando a menosprezar uma participação na taça da treta mas numa conjuntura desfavorável em que não pode dar parte de fraco com o leão a rugir sem mandar mas de juba cheia e moral em alta, sendo de antever problemas em Alvalade - e há tempo para ler entre os jogos da Liga inglesa que entram no quente período do Natal, aí vai uma coisa circunstanciada e desapaixonada, que estas coisas não me pelam.

De resto, é preciso coragem de enfrentar sem tibiezas nem tabus, esqueletos no armário ou preconceitos vários o que a realidade e a actualidade nos oferecem. E embora considere que se o coração está fraco a cabeça está mais para menos que para mais, - há frases que dizem tudo mesmo expressas com o sentido contrário ao jeito de nem com a mentira me enganas e a demagogia não tem dividendos sempre em política - também percebo que não é a biografia de Pinto da Costa mas sim, o que interessa, o fundo das suas decisões de presidente. Como ele as elenca, por assim as considerar, vou ao desafio e, de novo, não alinho na "tribalização" a que um ou outro confrade da bluegosfera resumiu face ao antagonismo suscitado pela reacção de Octávio Machado. De resto, nem é este tipo de leitura que me atrai no futebol e muito menos no resto que nos ensine e informe.

Para os que nele vêem um Deus na terra do futebol, Pinto da Costa podia fazer-se adorado dando-se ao contacto com os vulgares mortais que o adoram e deixar-se tocar, além de com eles falar, pelos adeptos mais fiéis ou simples passantes. Vide as euforias nas visitas a Casas do FC Porto. Infelizmente, tendo-se tornado um Sócrates (portuga e reles) com a diferença de ter ganho coisas importantes ao invés de reconhecimento na Comunicação Social que adulava o ex-Primeiro-Sinistro e despreza o maior presidente de clubes portugueses, Pinto da Costa faz agora de Mário Soares, com disparates e aleivosias várias que escondem os seus interesses mesquinhos e pequeninos dos grupos de interesse gravitando à sua volta.
 
Há dias toquei ao de leve na saída de António Oliveira do FC Porto, desvirtuada ou falseada por Pinto pude espreitar das suas "31 decisões" agradecendo aos Anónimos Portistas como eu confirmei algumas, a que de algum modo assisti, e torci o nariz a várias, sendo que muitas são irrelevantes. De qualquer modo, atendendo à sua áurea e à retumbância inegável dos seus êxitos, Pinto da Costa podia erguer a onda do sucesso mas não sabe e não o aconselham. Enquanto o FC Porto empalidece, em vez de fazer crescer a onda de suplantar o Benfica em títulos, Pinto da Costa envelhece sem préstimo, caindo em contradições.

da Costa no seu recente livro que os basbaques, ou simplesmente curiosos, vão comprar. Pelo que

"Não foi uma surpresa, como conta, ao que consta, Pinto da Costa numa das suas alegadas "31 decisões" presumem-se que todas boas e verdadeiras. Antes de a época terminar já a SAD questionava se Oliveira devia sair e a maioria inclinava-se para a saída. Foi noticiado atempadamente e, como era hábito, aquilo caiu como "uma bomba".
 
A verdade é que Oliveira saiu porque piorou o futebol portista. Mesmo ganhando campeonato e taça. Aliás, perdeu 5 jogos no campeonato... A equipa regredia visivelmente. E, talvez antecipando a saída, Oliveira disse que tinha problemas pessoais (mulher doente) que não o impediram de começar a nova época no Bétis, onde voltou então como treinador mas não por muito tempo.
 
Oliveira ficou com o melhor e o pior registo do FC Porto na Champions.", escrevi há dias.
 
Agora é Octávio Machado que, justamente, "destroca" o caso Jardel, outra das tristes decisões da gestão de Pinto da Costa quando o ex-goleador portista não voltou ao FC Porto apesar de ter chegado ao aeroporto do Porto. Nunca entendi bem a verdade, as acusações foram recíprocas mas sempre percebi uma coisa: Mas também nada do que é dito agora é novo, pois Octávio prestou-se a esclarecer o tema logo no dia em que saiu das Antas.

Nem Pinto da Costa nem Octávio Machado fizeram o suficiente para Jardel voltar a vestir de azul-e-branco. Isso é uma certeza absoluta e as culpas são repartidas, mesmo que eu conclua que Pinto da Costa teve a maior fatia de culpa porque, sendo omnipresente e omnipotente, como um Deus, devia fazer valer a sua ideia e decisão como fez, e diz que fez, valer em muitas ocasiões. Como reconheço a Pinto da Costa mais qualidades do que muitos acólitos dizem atribuir-lhe, tive sempre para mim que se o presidente quisesse Jardel vinha, como vieram outros porque ele tem sempre a última palavra e lá saberá o que é bom melhor do que qualquer um, dizem sem justificarem quando dá jeito atribuir-lhe o sucesso das apostas - como agora Carlos Eduardo, pelo visto, esquecendo-se as capas em que a "aposta" foi em fulano e beltrano mas que não rendeu - mas não as públicas apostas claramente falhadas. Voltando a Jardel, em vez de difusas e confusas declarações a sacudir a água do capote, nem sempre se pode afirmar que decidiu ou confiou na sua convicção.
 
 
Ora, já houve muitas ocasiões para Pinto da Costa ficar calado. Aproveitava a onda ululante dos seus admiradores, dizia uns dichotes e cumprimentava de mão e andava aí como herói. Às contradições internas significativas que ameaçam o futuro da gestão da SAD após a sua retirada e/ou morte, Pinto da Costa semeia ventos sem convicção e cria tempestades escusadas. O futuro é sombrio, com esta perspectiva de líder que, para cúmulo, se demite de "indicar um sucessor", embora se perceba como seguirá a Dinastia do Dragão.
 
Sobre o caso Jardel, um dos maiores enigmas e uma das derrotas deste século do FC Porto que tão perto esteve de ser evitada mas egoísmos parvos goraram a possibilidade de êxito, Octávio já havia dito uma coisa que creio inédita, pois nunca ouvi falar e duvido que alguma vez tal tivesse vindo a público.
 
Que Adelino Caldeira teria ido a Istambul buscar Jardel, que estava de saída do Galatasaray.
 
Agora, Octávio pegou no que vem no novo livro de Pinto da Costa e massacra impiedosa mas justamente a "decisão" e a "razão" do presidente.
 
Conta Octávio que Pinto da Costa defende, no livro, ter sido intenção do então (2001) treinador portista "jogar em 4x4x2 com Clayton e Domingos no ataque".
 
Acho estranho, pelo que me recordo, pois a referência de ponta-de-lança era Pena, o nº 31 que criou bom impacto quando chegou ainda com Fernando Santos no cargo e precisamente para substituir Jardel. Pena tornou-se goleador e resistiu até à saída de vários brasileiros acusados de boa vida e má conduta, como Esquerdinha e Rubens Júnior.
 
De qualquer modo, Octávio chama a atenção que não só Domingos não fez parte do plantel 2002-2003, como "passou a treinar a equipa B". Facto.
 
Lamentavelmente, ainda, lembro que, depois de Pizzi, foi o tempo de chegar o inválido Esnaider e o plantel esfrangalhado pela SAD, já em 2000 com Fernando Santos, teve talvez o maior número de jogadores de sempre, uns 30 no quadro e utilizados ao longo da época que acabou sob as ordens de Mourinho, entrado em Janeiro de 2002. Lembroºme em 2000 que cheguei de férias e tinham sido contratados jogadores como Pavlin e Pizzi, a que se seguiram outras abencerragens.

Mas falar de memória, como fez Octávio quando no domingo acedi à entrevista na íntegra no CM e já depois de ter escrito só com o resumo acima linkado do Record, é complicado e especialmente falar dos outros é traiçoeiro. Não foi depois do Porto-BMar (2-3) que Mourinho disse ter apenas cinco ou seis jogadores; na verdade, disse "há jogadores que me dão pena" depois de 3-0 no Restelo, mais de um mês após a derrota com os aveirenses a meio da eliminatória da Champions com o Real Madrid.
 
Esse livro novo também não me interessa, como normalmente não interessam as "biografias autorizadas" de que é recente exemplo o livro de Alex Ferguson no qual um leitor atento detectou quase 50 erros factuais apesar da descrição do próprio treinador do M. United.
 
De Jardel a Pena, o aleatório das "31 decisões" que não podem ser as mais relevantes, todas, dos 31 anos de presidência, Pinto da Costa está feito num "31" como a camisola de Pena que parece que não contava e a inclusão de Domingos que já nem existia como jogador.
 
Se isto é a memória melhor dos 31 momentos altos de um gestor, estamos conversados e cientes do modo errático e estapafúrdio como os êxitos do FC Porto não têm sido enaltecidos a começar por dentro. De que é, aliás, exemplo o ostracismo a que foram votados jogadores sem o mérito de uma homenagem, de Vítor Baía e a Jorge Costa - olha, um dos ostracizados por Octávio Machado.
 
O futebol deve ser contado por quem o viveu, mas escrutinado por quem o sabe e pode fazer. Há erros inadmissíveis que não podem escapar ao crivo da verdade histórica e factual.
 
Como tenho o livro de Octávio Machado e vivi praticamente tudo o que contou nele sem remissão para os seus erros, estou à vontade para aceitar a coragem do Palmelão - quando enfrentou o poder difuso da SAD e a emergência de Caldeira que inexplicavelmente era o "homem-forte" das contratações - e partilhar de muitas das razões do insucesso que foram evidentes e individualizadas entre a influência do Paulo "Rasputin" Barbosa e a ascensão do Jorge "Enguia Esquiva" Mendes. Sem esquecer o seu fracasso: de resto, se Octávio pedisse - e ele não garante que pediu, disse apenas que não "vetou" - Jardel tê-lo-ia no próprio dia depois de o Super Mário ter aterrado no Porto.
 
Pinto da Costa continua mal aconselhado e não terá o fim glorioso previsto. A História de sucesso do FC Porto continua vilipendiada por dentro e com tiros nos pés que não a matam mas fragilizam.

22 dezembro 2013

Balanço depende dos pesos na balança (e do lixo debaixo do tapete)

Era impensável tanto o Porto, como até aqui o Sporting, estar em 1º lugar nesta altura e, igualmente, bem mais improvável do que os pasquins acertarem e aceitaram a ordem na classificação no interregno do Natal. O Benfica, do "mais caro plantel de sempre" e o "11º treinador mais bem pago do mundo", só precisa de ter "o melhor jogador do mundo", que bem merece mesmo sem ter ganho algum título. Comparem o Benfica com o Real Madrid e Ronaldo com Matic (eleito o melhor jogador da Liga, é certo que pelos adeptos, convém não esquecer e para quem os 26 golos em 30 jornadas do estreante Jackson foram coisa de somenos), enquanto o Bayern açambarcou todos os títulos em 2013 e Ribéry foi quase sempre o melhor jogador na Bundesliga, na Champions, na Supertaça europeia e, agora, no Mundial de clubes. Da Taça da Alemanha é melhor nem falar, comparando com Ronaldo que conseguiu perder a final em casa...

adenda (16h) porque também ainda não tinha visto as capas dos pasquins, como não vira as imagens de Alvalade: já imaginava que algum pasquim traria os três reis do Natal na liderança do campeonato mas esperava que pelo menos um deles comprovasse a acusação - a certa altura titulavam de ROUBO, com maiúsculas e sem aspas - do presidente do Sporting de que o golo de Slimani teria sido mal invalidado. Cobardemente, nenhum diz nem que foi bem ou que foi mal invalidado. Fica o peito feito do bruto do carvalho, a quem também não se aponta o gesto feio de mostrar o dedo indicador aos árbitros. Mesmo assim, até a posteriori, é sempre possível que um ou outro grunho nos surpreenda. Eu não vi nada, mas parece que o Manuel Mota beneficiou o FC Porto no Restelo, mas devo ser eu que vejo mal; já os lances de bola na mão dos defesas podem passar impunes se forem defesas adversários do FC Porto, mas se foram adversários do Benfica parece ser normal marcar penáltis como o 2-0 do Bonfim, enquanto no Dragão se reclamaram três e eu vi que não tinham razão de ser, mas devo ser eu que vejo mal e em tantos tipos que como cogumelos são plantados nos pasquins a visão é tão apurada como a do presidente do Sporting, quando lhe convém...
 
Há coisas estranhas no irracional mundo da bola.
 
Na semana passada tínhamos o presidente do Sporting a "ver" um fora-de-jogo de "pentelhos" de Jackson, seguramente menos fora-de-jogo do que qualquer dos lances de golo com Montero interveniente em vários golos do Sporting, mas o bruto do carvalho endereçava despautérios à malta dos pasquins que "exageravam" nas apreciações aos lances ilegais que favoreciam o Sporting.
 
De repente, uma mão nas costas de um defesa deixou de ser vista à lupa de Alvalade mas o suficiente para o mago presidente digno vencedor do Stromp da casa clamar que os rivais ganharam dois pontos, endereçando felicitações aos homólogos. E só hoje soube do resultado e vi as imagens do golo bem invalidado ao Sporting.
 
Igualmente dependente do peso que se põe nos pratos da balança para o balanço que os destemidos aceitam fazer, com mau futebol generalizado, o Porto de Preocupações Fonseca parece ter deitado para debaixo do tapete todo o lixo que tais Produções Fictícias proporcionaram até aqui, incluindo aproveitar para a Europa jogadores que só se mostraram num jogo e deixar de fora outros que ele seguramente avaliou mal e agora chama à colação; e passando por queimar todo o meio-campo, à vez e em conjunto, num desatino de más opções, umas evidentes e históricas e outras de bradar aos céus simplesmente, até desenterrar do armário um dos esqueletos que lá deixou.
 
Ah, parece que Carlos Eduardo é uma aposta presidencial, como se as outras não fossem e esta, que dá brado e "pode salvar um treinador" - o que não acredito e a quadra só nos lembra alguém que é suposto ter "salvo a Humanidade" num sacrifício humano incomum e não por capricho como PF fez -, é que conta.
 
Temos sempre tempo e exemplos para nos lembrarmos do culto de personalidade norte-coreana da Imprensa cá do regime.
 
O Porto é o 1º classificado contra muitas evidências e outras tantas incongruências, Preocupações Fonseca não tem salvo coisíssima nenhuma mas tem tanto direito como Leonardo Jardim de reclamar o mérito da posição porque está lá. 
 
O Sporting é 2º classificado (porque perdeu com o Porto e tem melhor diferença de golos face ao Benfica, com quem empatou) e pouco mais a dizer. 
 
O Benfica, momentaneamente em 3º lugar por ter menor diferença de golos em relação ao Sporting com quem empatou e não lhe dá vantagem tê-lo feito em Alvalade, está obrigado a ganhar o campeonato, lembrou o presidente. O que, pegando no balanço que vem de Maio, nem quer dizer que a obrigação seja uma pressão sobre o Jorge Jejum, pois o balanço anterior, seja como for, não pesou sobre o treinador das derrotas.

Imaginem que Ribéry não ganhava qualquer título, nem colectivo nem individual...

O balanço é este. Não há outro.

20 dezembro 2013

Vai indo...

... apesar de, porventura, o treinador continuar a dizer que o sistema é o mesmo, sendo que os jogadores ocupam diferentes posições e há uma conectividade elevada que faz o jogo fluir como nunca até aqui, e apesar de insistir num dos seus "fétiches", como o "sistema" na sua pobre cabeça, que é Licá, um aproximado 4x3x3 e Fernando cada vez mais igual a si jogando sozinho a trinco só não fez mais porque, em jogo de sentido único com um adversário sem saber, nem poder, esticar o jogo, deixar Kelvin no banco e meter Licé de início com zero de produtividade por muito abnegado que seja, e é, revela que continua a ser o treinador a o elo mais fraco que durante cinco longos meses prendeu o FC Porto e só algum desespero face à inoperância do que imaginava fazer sem o saber permitiu à equipa soltar-se mais.
 
É confrangedor ver Licá, jogador de contra-ataque puro porque tem velocidade mas não sabe fintar um meco, literalmente, num jogo de ataque continuado para mais numa posição de extremo que não é a sua. O Porto chegou a 2-0 em lances de bola parada (cantos) e marcou mais dois de belo efeito, por Carlos Eduardo e Herrera podendo ter feito, facilmente, mais quatro ou cinco. Desde que Licá saiu, a equipa não mais teve um lado perdedor e um flanco manco de iniciativa, profundidade e contundência, até por ser Mangala, adaptado, o lateral-esquerdo.
 
Depois das inúmeras e inúteis experiências que só a sua pobre cabecinha produzia infantilmente, o treinador não só retirou Josué que complicava e muito menos era o 10 que imaginava (descontando a ideia peregrina de Lucho atrás do ponta-de-lança) mas a quem não punha a jogar ao meio nem tirava rendimento como ala que não é, como o fez desaparecer completamente, estando agora suplantado por Herrera que vai entrando mais ou menos com convicção.
 
Tal como em Vila do Conde, e aqui de novo se conclui que a equipa "vai indo", a presença de Kelvin deu outro ar e até respeito ao ataque, onde a "souplesse" se distinguiu da força bruta e remate em força também de Licá. Nem de propósito, os golos em jeito de artista a brindar ao melhor futebol da meia hora final expuseram as contradições do Produções Fictícias que não para de dar provas da sua pouca capacidade e argúcia técnica para o cargo.
 
Não dá para deslumbrar nem sequer sossegar. Perderam-se meses estupidamente e temo ter-se perdido algum jogador que está claramente abaixo das suas possibilidades, como Lucho que creio ter perdido a alegria de jogar e parece, como no jogo anterior, um peso morto - Licá ainda esperneia, Lucho está moribundo! - na equipa que não sente a falta dele. Continuo a ver maus sinais em vez de reabilitação (o Preocupações Fonseca não deixa) e rumo firme, muito menos certo. Como não embandeiro em arco com vitórias sem peso específico, eis uma metade do ano que não dá gosto e não afasta a sensação de desgosto.

Parlamento discute hoje uma petição pública!?

Será o fim de brincadeiras indecentes de gente irresponsável que, como de costume, se perdeu na bruma do tempo e das asneiras "sociais". Far-se-á História de Portugal?

O resgate de Portugal (também) começa por aqui, mas Portugal precisa de libertar-se de si próprio, dos sistemas que o enredam e das vigarices que o atrasam.

Isto enquanto assistimos a mais revelações das desas
trosas formas de governança em que os visados nas comissões parlamentares sacodem sempre a água do capote. As PPP instigadas pelos xuxas socialistas são o mais flagrante exemplo mas ainda e porventura nunca alguém foi ou irá preso.

O Tózero está preocupado com os dinheiros que vêm ou não vêm, os famintos das prebendas do Orçamento espumam da boca e querem os despojos que anseiam há três anos e por mais de 30 anos lhes foram franqueados pelo Chulares e seita de correligionários todos protectores dos seus interesses pobrezinhos.
 

Aproveitamento das redes sociais, menos no Futebol

Todos os dias algum teletragédia telejornal, ou jornalismo travestido na opinião de um "fake" que por aí ainda anda, traz-nos uma menção ou até uma reportagem completa de ou sobre um tema explorado nas redes sociais. O de uma sociedade de advogadas, todas mulheres, dizem-se especializadas em cobranças difíceis sabe-se lá com que artes e variadas "skills", é apenas o último na berra, mas vale o que vale. Por acaso fui dos que comentaram quando a a novidade apareceu primeiro na Porta da Loja mas nunca me apeteceu transpor para aqui o show-off do caso. As tv's sim, até porque surgiram queixas da promoção atrevida e muito sensual na própria Ordem dos Advogados; só não sei porque não ouviram Marinho e Pinto que tem sempre algo a dizer sobre tudo e para além disso e ser já ex-BOA não lhe retira créditos, como não retira em ex-ministros, ex-disto e ex-daquilo.
 
O que noto, sempre, é que as tv's nunca pegam em temas do futebol explorados, para vergonha do jornalismo televisivo, nas redes sociais. Isso é que era coragem, até para aqueles directores de Informação que se prezam de inserir nos seus jornais de tv tanta coisa, que até chateia, à solta nas redes sociais, mesmo que, como Judite de Sousa instada por Medina Carreira a ler nos blogs o que dela escrevem, depois venham dizer "tenho lá tempo para ler blogues".
 
Fosse essa a tendência e a sua vergonha matá-los-ia provavelmente. De resto, as edições online dos jornais, onde muitos aceitam deixar campear a mais estúpida violência verbal e insultos como se não bastasse o pretoguês cavernoso que é o sinal da Pátria da ignorância atrevida, recebem muitos "recados" e amiúde bastantes correcções às notícias da forma como estão escritas, ou mal ou com coisas inverosímeis. Mas em nome de qualquer Liberdade há quem ache que o Zé Povo deve dizer o que acha da forma que acha e sabe, o que denota também o nível da publicação mas também o alheamento dos responsáveis editoriais que se marimbam porque nem lêem aquilo.
 
O Público demorou mais de dois anos a pegar no caso da Licenciatura fraudulenta, comprovadamente, do ex-Primeiro-Sinistro Sócrates, depois de toda a exposição e factualidade no blogue Do Portugal Profundo de António Balbino Caldeira. Foi, creio que em 2007/2008, a minha primeira constatação do fracasso da Imprensa, de resto visível na inenarrável governança da coisa pública nos anos infaustos do sócretinismo de que as tv's eram o arauto inverso tal a grandiosidade que nos estava prometida mesmo até à assinatura do MoU em Maio de 2011 que nos garantia, ainda assim, um próspero futuro.
 
Muito recentemente, num "6ª às 9", da RTP-1, alguém achou que a tragédia de 1983-85 (não de 1383-85 mas do tempo mesmo de Mário Chulares) devia ser resumida a um tipo de "magazinismo" ligeiro e presumivelmente com piada, quando se justificava um programa, sério, rigoroso, competente, independente e jornalístico, com todos os desmandos dessa era. Por sinal algo que os blogues em concreto têm vindo a repescar cada vez que o ex-Bochechas, agora com os pés para a cova mas a cabeça sempre na lua, diz alguma trauliteirada sempre com eco nos média reverenciais.
 
Como a Imprensa, sem fazer muito do que lhe compete, passou a ter vergonha de ser subalternizada pelas redes sociais, nomeadamente os blogs que ridicularizam a sua (dela) informação e dão os pontos de vista nunca transmitidos em jornais a não ser por colunistas especializados e pagos para veicularem uma tendência obrigando a veicular todas as tendências possíveis, eis que qualquer edição online traz também algo das redes sociais. Normalmente, as redes sociais ridicularizam os jornais e as tv's, mas nunca estas se atrevem a ripostar.
 

19 dezembro 2013

Jogar casino em Lisboa e Mike Tyson inspirado em Kierkgaard

Depois temos deputados ubíquos que se devem distrair das asneiras que fazem. Estão aqui e estão lá, mas sem saberem de nada.
 
O presidente do Sporting, que está lá mas a ver o que se passa cá no que lhe convém, também já diz: "Sou só eu, cadê os outros?", desviando atenções dos benefícios recebidos e concentrando atenções nos benefícios dos rivais, imaginando ver coisas em favor do FC Porto.

E saber que o presente é o passado apenas com roupas giras, dá toda a profundidade de pensamento do ex-pugilista que, como o bruto do carvalho, continua a divertir-se a contar: "quantos são?, quantos são?". Para o que o Rui Rocha se inspirou para um título, enfim, inspiradíssimo talvez mais em Kant do que em Sócrates
 
 
Tá visto que os jornais nem para limpar merda servem, mas a RTP que a "sociedade civil" do Porto quer ter como virgem ´lá no alto abria ontem noticiários com uma decisão de um tribunal (Funchal) para a anulação da prova de acesso dos professores, enquanto outras decisões de tribunais, uma delas (Beja) desta mesma semana, passaram desconhecidas do público talvez por serem em sentido contrário.

Mas esse é o País que não existe contado por jornalistas que um dia lerão Mike Tyson e perceberão que Cristiano Ronaldo não ganhou absolutamente nada em 2013 para ser considerado o melhor do ano. Nem Mourinho, cujas derrotas passam incólumes ao crivo da crítica tuga como o primeiro golo do Benfica no Algarve sem sombra de pecado da TVI.

18 dezembro 2013

Timing do Tottenham

 
Só agora (23.13h) vi o resultado: creio que é a maior bronca do ano. O plano inclinado é já a seguir. Hot Slurs!...

Slimani, Padrezeco qualquer e o esquecido Bolat na RTP da virgem de Gaia

A RTP, da mediocridade ética, moral e técnica de sempre salvo o cuidado a ter com a reverência ao centralismo regimental do malfadado País onde foi criada, hoje brindou-nos com duas pérolas de noticiário desportivo.
 
Um polaco qualquer que ninguém ouviu falar e nem sabe escrever o nome conseguiu ter golos para apresentar-se num telejornal parece que produzido no monte da tal virgem ofendida sentida por alguns portuenses igualmente reverenciais para com tudo o que é Lisboa. O próprio nome do clube do incógnito polaco, Heerenveen, já uma vez foi notado por haver jornalistas que nem sabiam com quantos "e" se escrevia, apesar de ter jogado com o Benfica numa prova avulso qualquer. Mas o Priztek ou Padrezec qualquer conseguiu que alguém esgravatasse uns golos perdidos nas brumas da liga holandesa, o que é notável do afã de mostrar serviço,
 
Por sinal, o Slimani de que ninguém ouviu falar e é suplente no Sporting teve honras de ser apresentado no telejornal do monte da tal virgem em Gaia pela cerimónia argelina em que recebeu o troféu de melhor jogador do País que poucos portugueses saberão ter-se qualificado para o Mundial e os poucos portugueses que saberão deste futebol magrebino nunca ouviram ou viram notícias de jogadores de renome igualmente premiados na Argélia, de Rabah Madjer a Tarik Sektioui. Mas um prestimoso jornalista lá foi talvez à internet desenterrar das margens do deserto um pote de ouro para brindar ao serviço público prestado aos lisbonenses.
 
Pensar que o guarda-redes Bolat, contratado pelo FC Porto no Verão (para a esperada situação incógnita em que vive e o absurdo de ocupar o lugar de um 3º g.r. que devia por força caber a um jovem formado em casa), marcou um golo na Liga dos Campeões há pouco mais de dois anos mas a RTP então não deu imagens desse lance invulgar (Standard-AZ, 1-1) nem sequer informou desse feito, diz tudo sobre a raridade que é tanto o serviço público da RTP, mesmo a do monte da tal virgem cheia de pecados que alguns nortenhos não abdicam para terem mais um palco onde se pavonearem, como da falta de meios que deve acudir em tempo de férias...
 
Tudo somado é apenas mais do mesmo e saldo zero de credibilidade e honorabilidade e mais um exemplo da faceta comum deste País que há muito deixou de navegar pelo mundo todo e se concentra no quintal lisnonense em cuja idiossincrasia se inspirou e nele ainda vegeta, apesar da contribuição forçada e coercivamente aplicada a cada conta de electricidade do mais vulgar cidadão dos lugares mais recônditos do rincão tuga tão esconsos quantos os cantos onde se descobrem as pérolas que abrilhantam noticiários de Sporting e Benfica.
 
É evidente que estas coisas sucedem, entre muitas outras, não só à custa dos contribuintes mas de quem, seja corta-relvas ou maduro da treta e ex-vendedores de cervejas ou gestores avulsos em fábricas de alfinetes ou alcatrão das autoestradas, usa e abusa dos dinheiros públicos. É por isso que todos querem ter o Estado como patrão e a chupeta súcia e xuxialista servir ao maior número de chorões, mamões e coirões.
 
O mais engraçado é que em Lisboa queixam-se de serem mal servidos e de a RTP ter um monte de defeitos. Para os portuenses já mais um, o de ser alegadamente virgem...

Jesus, que até um cego via...

A cada jogo passado sem a presença do prevaricador foi somada a contagem decrescente até Jesus voltar ao banco. É antes do Natal, como convém, mas podem aproveitar se o detector de metais brilhantes golos em fora-de-jogo lá do alto da tribuna viu o golo de Lima em Faro. Agora que ele deve voltar a falar, e antes de voltar a bater, perguntem se é mais fácil de ver golos ilegais do banco ou do cimo da bancada com melhor perspectiva do jogo.

Ou o "só não viu porque não quis" só se aplica aos outros? E decerto que a tv dos bimbos demonstra cabalmente com todas as imagens, como lhes é creditado, tudo do "vi claramente visto o lume vivo" a chama imensa.
 
Se juntarem o penálti por alegado simulacro de agressão de um defesa do Arouca para evitar a derrota em casa, pois é um par de bandarilhas que espetam em África, paladinos das liberdades de expressão e respeitadores dos direitos humanos e até das pessoas que se metem em aviões.

Já agora, aos "publishers" que continuam a desacreditar em papel contando com o santo graal das tecnologias a vender informação que ninguém quer pelas apps onde é mais fácil ver os erros dos árbitros pelo YouTube e comparar as páginas dos pasquins que falam de lances ilegais quando dá jeito aos saloios eis mais uma dica para os inteligentes cá da parvónia sobre o futuro do jornalismo e a receptividade do público mais "moderno".

De resto, ups que não era este link que queria passar sob pena de as virgens ofendidas se surpreenderem sem coçarem o grelo pelo namorado da russa morena,  também não surpreende que o Calimero lamente e it's an injustice, it is"... 

17 dezembro 2013

Branquinho, branquinho...


Passou de limpinho só para um lado a branquinho para os dois. O moço de recados da TVI nem sequer falou no fora-de-jogo flagrante de Lima no Algarve, onde as laranjas devem ter um sabor saloio especial. Os calimeros que se encanitam por tudo e por nada já passaram a reagir como os encornados cada vez que se assinala a favor um penálti fora da área e até fora do campo...
 
Como de costume, tão novos, tão parvos e medíocres e tão submissos no regime do eixo Setúbal-Lisboa que promete promoções, os árbitros portuenses Vasco Santos, em Faro, e Hugo Pacheco, em Alvalade, cumpriram o ritmo alucinante das suas decisões mais marcantes dos últimos anos. Apanhados aqui.
 
Ainda bem que, para equilibrar, um parolo da RTP do Porto, que as "forças vivas do Norte" querem reactivar a todo o custo por sentirem desamparo mediático, observou que, apesar do cabelo rentinho de Jackson, o 2-1 em Vila do Conde foi em fora-de-jogo.
 
Quem passa o ano a ver navios só pode chegar bêbado ao Natal. Parabéns aos primos!
 
Nas lides das pantalhas, não há dúvida que o projecto Relvas e PSD para a RTP vai de vento em popa quando era suposto ir com os pés para a cova. Não fosse pagarmos aquela merda mais ainda na taxa do audiovisual e o portuga nem notaria que aquilo existe.
 
Tudo o que toca o corta-relvas, não há dúvida, é de um catedrático de primeira, ao nível dos engenheiros aos domingos.
 
Afinal, Branquinho também em tempos andou ali pelo Monte da Virgem e lá arribou onde é preciso, mesmo sem saber o que era a Ongoing...
 
Tão clarinho que branco mais bronco não há.

Mas falar disto é falar do aquecimento global... com todos a suar as estopinhas quando diziam que a Economia ia arrefecer e o mercado interno morrer.
 

16 dezembro 2013

De Frankfurt a Nápoles (com AVB?)

Com todo o respeito que merece qualquer equipa alemã, e apesar de o FC Porto deste momento não convencer nem assegurar o que quer que seja, o Eintracht de Frankfurt é um adversário acessível na transição para a Liga Europa com jogos em Fevereiro e o primeiro no Dragão; a seguir perspectiva-se o Nápoles à espera e aí, com o recordista de pontos eliminado da Champions, será seguramente o fim da linha em Março. Entretanto, com Villas-Boas despedido no Tottenham, sabe-se lá que treinador terá o FC Porto a partir de Janeiro (e já será tarde talvez...)?
 
Foi o 6º classificado da Bundesliga da época passada, com os mesmos 51 pontos do Freiburgo que agora não aguentou o grupo do Estoril (suplantado por Sevilha e Slovan apesar de ter ganho em Liberec). Mas a este nível a Bundesliga alemã é tão fluída que raramente se repetem as equipas do lote fora da Champions: ambas estão agora a lutar pela permanência e considerando apenas os jogos em casa ocupam até os últimos lugares sem qualquer vitória. Tanto que, para acabar em 6º lugar, bastaram os rubro-negros (como o Olhanense que vem já ao Dragão) ganhar 5 dos 17 jogos da 2ª volta. E esta época, apesar da vitória de ontem em Leverkusen (ganhou 3 jogos fora), o Eintracht de Frankfurt, que nunca defrontou equipas portuguesas, está à rasca na classificação, mantendo o treinador Armin Veh que já levou o Estugarda a campeão mas apenas saltou da zona de despromoção.
 
 
Para o Porto cheirar um bocadinho a glória, só mesmo a proximidade do Banco Central Europeu na capital financeira da Alemanha...
 
Já a antevisão de um duelo com o Nápoles, 40 anos depois do duplo 0-1 com os italianos na Taça UEFA, é de um grau de dificuldade elevadíssimo e seguramente condenado ao insucesso, dado o potencial da equipa de Rafa Benitez que é claramente de Champions e deve chegar para o Swansea de Laudrup.
 
Nem se propunha no sorteio um duelo nos 1/8 final com o Benfica, que terá dificuldades ante o aguerrido PAOK a quem já eliminou por golos fora mas tem uma eliminação com os salónicos do Aris na sua história e normalmente saem tragédias gregas. O Benfica se passar deve ter o Tottenham (defronta o Dnipro) a seguir já sem AVB hoje demitido, a quem não bastou ganhar o grupo só com vitórias e ter chegado aos 1/4 final da Liga Europa na época passada (eliminado pelo Basileia nos penáltis).
 
Não podia haver dérbis nacionais nesta fase, mas na seguinte há três em perspectiva, ainda que o mais notável seja o mais expectável de suceder, passando Juventus (face a Trabzonspor) e Fiorentina (com o Esbjerg) como é de antever. Já um Odessa (defronta o Lyon) com o Shakhtar (mais favorito ante o Viktoria Plzen) é menos provável e menos ainda um dérby sevilhano, pois se o Sevilha pode afastar o Maribor já o Bétis não deve aguentar com o Rubin Kazan que há um ano afastou o detentor Atlético de Madrid.
 
Na Champions, de novo Arsenal-Bayern como há um ano e Mourinho volta a defrontar Sneijder e Drogba no Galatasaray, agora pelo Chelsea e há um ano pelo Real Madrid que toma o Schalke desta vez. Man. City-Barça é o outro jogo grande a par do Arsenal-Bayern decidido há um ano pelos golos fora e com vitórias forasteiras (3-1 em Londres e 2-0 em Munique). Mas a TVI e os parvinhos da ordem devem dar enormes destaques ao Chelsea e ao Real Madrid como se o mundo da bola acabasse em Badajoz saído do saloio TGV do Poceirão...
 
Isto agora vai acalmar, apesar de o fantasma de AVB pairar a sério por aí.
 
Ontem, voltámos a ver o Porto confuso num sistema de jogo difuso em que nem o pobre Preocupações Fonseca confirma as alterações que todos vêem: mais um 4x3x3 que o 4x2x3x1 que ele diz não ter mudado, com Lucho ainda à frente mas mais descaído na ala enquanto Licá passou a apoiante próximo de Jackson partindo do flanco e com Carlos Eduardo sem fazer parelha com Fernando, mais a fazer de Defour na época passada e com Lucho no lugar que era de Moutinho, numa nova configuração do sector nevrálgico que não acerta com a enésima experiência e com o reiterada teimosia de julgar num mundo de Produções Fictícias.
 
Enfim, nenhumas perspectivas de melhoras e muitas sombras negras no horizonte, uma ou outra algo ruiva para destoar mas deve ser do Natal.

Pedir "mais RTP" é querer a coisa de Lisboa no Porto

Qual Torto Canal, qual quê? Serve para quê? Os portistas que se fiavam na Virgem dizem cobras e lagartos daquilo, mas aquilo está apenas matizado uns períodos com abafada alma de dragão. Mas as "personalidades" do Norte, e do Porto em particular que as "do Norte" obviamente olham de soslaio para um canal mais ou menos "identificado" por ter dois ou três programas específicos do FC Porto, querem é ter a atenção da RTP...
 
 
Parece que o drama começou por um programa fatela, das manhãs das senhoras mais ou menos idosas e mais que menos sem ter que fazer, ter sido desviado do Porto para Lisboa. Uma chatice. A Sónia Araújo só perde tempo nas viagens, de resto continua a aparecer em todas esta Catarina Furtado do Norte.
 
Entretanto, com tantas sumidades a darem sumiço a tantas ideias de jornais fortes e tv indispensável no Norte, há tempos uns portistas criaram uma petição patusca a protestarem com a Informação Desportiva da RTP. Serão os mesmos que se queixam do Torto Canal, a espécie de "em casa de ferreiro espeto de pau"...
Não há dúvida que no Norte apreciam os símbolos do regime, do Norte foram tantos para a tv de Lisboa e por estas bandas não há mais ideias do que pedir "mais RTP", fazendo menos por alternativas sérias e condizentes com a vitalidade da "sociedade civil". As "personalidades" pensam mesmo no Norte ou querem só a presença das coisas de Lisboa no Porto?

Eu aprecio imenso os alemães - até comecei a estudar a língua e terei aprendido mais depressa do que PF pôr o FC Porto a jogar futebol - e tenho pena que não haja um alemão a dirigir o País para se aprender a fazer coisas de jeito e não só na Auto-Europa...

Também estava lá

15 dezembro 2013

É difícil...

... cada jogo, um tormento avaliar o meio-campo, um desespero ver Lucho tão inexpressivo e Alex Sandro sem qualquer clarividência enquanto se enreda com a bola e nada produz. Pelo meio, um golo sofrido em aberta avenida central e apenas, depois de abrir com golo de livre lateral até fechar com segunda bola de livre frontal devolvido pela barreira, o drible de Varela e o cabeceamento subtil de Jackson. Um lance vistoso só comparado à entrada de Kelvin. Carlos Eduardo fez um jogo positivo, mas está muito ansioso para mostrar o que tem e quer fazer tudo de uma vez. Ele e Kelvin sabe-se lá porquê excluídos da Champions...
 
Não dá gosto ver, não tranquiliza o jogo, há titulares em mau estado (Josué foi ao banco, penso que é inédito), suplentes que entram sem saberem onde caíram: Herrera voltou a entrar, como em Madrid, e logo fazer asneiras com a bola, só estorva. Nova configuração do meio-campo - Defour voltou a estar bem com o Braga e em Madrid, mas estranhamente voltou ao banco também -, já não pareceu o duplo pivot ainda que Carlos Eduardo tenha jogado atrás e Lucho à frente, de novo sem efeito positivo, Licá a partir do flanco para o apoio junto a Jackson pelo que o sistema andou ali esfrangalhado e, mais uma vez, com ele o futebol e os vazios de jogo na construção ofensiva e na desatenção que deu o 1-1.
 
Tá visto que vamos continuar a levar com isto, nem carne nem peixe, sem entusiasmar, parece que até que o Pai Natal é esperado para trazer alguma coisa de novo que não se vislumbra. Da forma que está não vejo restauro possível e se alguém poderá um dia fazer a assemblagem de tantas peças partidas e pontas soltas. Mas ganhou-se sem sobressaltos para além do golo sofrido, o que já não é mau mas sabe a pouco e continua a jogar-se pouco e mal.

Liverpool rolling back the years

Vi hoje o Liverpool fazer movimentos atacantes, em largura e profundidade, que me lembro apenas nos anos 70, fosse Kevin Keegan ou Kenny Dalglish que lhe sucedeu o º 7 dos Reds. E a demolição do Tottenham, para além da maior vitória de sempre em WHLane (5-0), resultou de um jogo espantoso de harmonia e acutilância, do meio-campo e do ataque, onde o novo nº 7 Luis Suarez deixou de literalmente morder os adversários para metaforicamente os engolir: tem mais golos sozinho do que os Spurs e mais nove equipas na Liga inglesa!

Não apreciei, como adepto do Liverpool, a 1ª época de Brendan Rodgers e continuo a não gostar da defesa, embora a integração do francês Sakho tenha dado uma tranquilidade e certa categoria no eixo que Skrtel não tem e deixa muito a desejar. Juntando mais um punhado de jovens da academia do clube, de Allen a Flanagan e Sterling, entre outros, não sei se o Liverpool é candidato, mas que entusiasma lá isso é verdade. O Natal com jogos com Arsenal (a 2 pontos) e M. City (1 atrás) pode dizer algo, com a vantagem de o Liverpool não ter o estorvo da Europa, tal como Sporting e Roma, por exemplo, a portarem-se igualmente bem.
 
Já o Tottenham e AVB, pois falharam completamente o jogo, fosse em sistema ou alterações: nem um remate à baliza, o que deve ser recorde, e já não lembrava uma equipa de topo inglesa só com um ponta-de-lança, ainda que o Suarez seja também o único no Liverpool mas tem mais apoio directo e vem buscar mais jogo atrás, tornando muito fluído o ataque e dispersando qualquer defesa. Foram cinco, podiam ser oito ou nove e no último remate esteve quase a surgir o sexto...
 
AVB investiu mal os 100ME de Bale, sem ter gasto tudo e podendo melhorar em Janeiro, mas está mal e em risco. Se havia rumores de saída, com o Porto eventualmente à espreita como dizem os ingleses, hoje foi uma demonstração de como aquilo vai de mal a pior, apesar dos 100% de vitórias na Liga Europa.

Ui que vai o bruto Esteves a Vila do Conde

 
Há mais com que Preocupações Fonseca tenha de cuidar, mas depois da dupla Capela em Coimbra e Caixão no Rio Ave-Benfica, não há dúvida que o Vasco gordo do Porto em Olhão e o bruto do Esteves do Sado nos "Arcos" pode valer outro abanão na classificação.
 
SLB sempre em grande no reino do vi-te ó Pereira...

Depois de mais uma demonstração de imbecilidade do portuense Hugo Pacheco em Alvalade, é caso para perguntar quem teme apitar jogos dos leões.

Hugo Pacheco, de uma mediocridade abrilhantada a cada jogo que se vê, negou um penálti estrondoso por derrube a Varela aqui há tempos, não sei se no Porto-Gil Vicente ou ainda na época passada creio que com o Marítimo: Varela foi abalroado por um defesa contrário e bem dentro da área. Ontem, num lance em que já era difícil aceitar marcação de falta num ombro-a-ombro, não só a situação foi claramente fora da área, assim como a mão de Otamendi no Estoril, como o jogador do Sporting estava já fora do campo para lá da linha de fundo.

Deve ter alguma coisa a água que dão de beber aos árbitros.

14 dezembro 2013

Parece o Jejum...

Há um ano era o outro após 0-0 - e a falhar também bastantes golos - contra o Barcelona de reserva.

O mesmo discurso de fracassado e o desfasamento da realidade atendendo ao adversário em poupanças.

ADENDA E ACTUALIZAÇÃO: entretanto, atrasado, tive de pôr este palerma no sítio, porque  basta ver o que vim escrevendo na coluna da direita: os números não explicam tudo no futebol e até as recentes estatísticas da Champions demonstram o fracasso que foi a 2ª pior época de sempre na fase de grupos.

A "narrativa" desinformativa

Da mesma forma que uns gurus enganados, vendedores vencedores de banha de cobra, começaram a diluir a Informação em Infotainment e a embrulhá-la por forma a qualquer pacóvio ser satisfeito oferecendo-lhe coisas básicas e consumo fácil mas tão superficial como de redundância atávica, a ponderação e a argumentação que sustentam uma boa Informação foi-se perdendo, a par de muita experiência e a troco de "ideias novas" cedo percebidas como "ignorância atrevida".
 
Uma das coisas que se perdeu foram os textos longos, necessariamente ponderados, elaborados, rigorosos. Que as pessoas não teriam tempo para ler e enfastiavam-se "perdendo o essencial". Há quem ainda acredite nas "plataformas digitais" sob cujas fundações miríficas jazem as edições em papel. A Newsweek demorou um ano a voltar ao papel. Outras publicações repensam o seu futuro ao arrepio do que eram as "novas ideias".
 
Enquanto se atribui a "sorte" ou à "atitude" os males e os "azares" do FC Porto, as "narrativas" restringem-se aos resultados e ao jogo melhor ou pior. Retira-se a importância do saber e do saber fazer na obtenção de resultados. E qualquer leigo identifica, e resolveria!, o problema.
 
Foi como a crise, órfã do pai e agora a chamar nomes à mãe de todos os males e de quem não tira da crise quem lá caiu. O Soares estapafúrdio acha, como no seu tempo de delírio governativo, que o BCE deve imprimir dinheiro como os EUA e como o mesmo Soares era capaz, como qualquer cabotino cidadão, de fazer a mandar no Bando de Portugal e o sacrossanto escudo.
 
A última pantominice, enquanto os ENVC se afundaram como todas as empresas públicas soverdoras do dinheiro, mal gasto, do Estado e dos cidadãos contribuintes, é a badalada subida, necessária, do salário mínimo (SMN).
 
Há muitos estudos sobre o assunto e não é um tema ideológico, é pura teoria e prática económicas a que os pantomineiros do costume chamam "ultraliberalismo".
 
Mas nada é preciso quando se ouve uma jornalista (apanhei por infeliz acaso em zapping na SICN, a estação de todos os disparates e leviandade desinformativa), como ouvi na 5ª feira de manhã, dizer que o SMN devia subir - "é incontornável" - porque não sobe desde Janeiro de 2011.
 
Está explicado, sucintamente como mandam as novas regras e impõe o novo tempo do periodismo parolo, porque deve o SMN subir. Causa desemprego, mas alguns dizem que não é verdade e acreditam que o "mercado interno" melhoraria, como se fosse possível melhorar impondo, administrativamente à moda bolivariana da Venezuela dos novos visionários do igualitarismo e da sociedade nivelada por baixo ao nível da indigência norte-coreana que em breve atingirá, 1000 euros, por exemplo, igual para toda a gente. Não interessa quem pagaria ou asseguraria esse salário, importa é dizer alguma coisa e ter os tais escassos minutos de fama na televisão.

Espesso mais espesso não há.

Ou há, como a confirmar a velha máxima de um cabotino chefe de redacção que pedia aos jornalistas: "especulem!, especulem""

Ou, ainda, se muita da Informação já é tirada da net, percebe-se que nem da net sabem tirar Informação porque apanham a primeira coisa que aparecer e não se confirma nada, muito menos se sabe do que se escreve nos pasquins ou apresenta nas pantalhas

 
 

13 dezembro 2013

Mas há um feito que une VP e PF

Pelo segundo ano consecutivo, o FC Porto perde a hipótese de se tornar, à frente do Benfica, a equipa portuguesa com mais jogos disputados na Taça/Liga dos Campeões; eram 191, agora são 197 jogos para cada. Os detractores de um e os defensores de outro já têm, de novo, argumentos para se equivalerem. É claro que muita gente aduz pouco ou nada à distinção e à caracterização dos perfis e dos tipos, nem digo estilos, de jogo. Os pacóvios, em maioria, julgam tudo fácil e que ganhar é suficiente, bastando "sorte" ou "azar" e "atitude" ou "mentalidade.
 
Vale o que vale, mas significa muito porque se encurtou um atraso monstruoso aqui há uns anos.

Ao dar o passo em frente, duas vezes, faltou o terreno firme; na época passada bastava passar o Málaga. Até em percentagem de vitórias em todos os jogos europeus o FC Porto começou a andar para trás, apesar de há três anos ter conseguido momentaneamente tornar-se o melhor clube português nas eurotaças.
 Ah, mas parece que a VP criticavam, lembrava ontem O Jogo, a falta de qualidade na Europa, onde para chegar ao 3º lugar em 2011-12 teve de inventar Hulk a ponta-de-lança para ganhar em Donetsk e quando teve Jackson estava apurado à 4ª jornada com o 0-0 em Kiev, na época passada.

Para os confusos com a situação e à "espera de esclarecimentos", pois as coisas são como são e que são o que são.

De novo, qual é a parte que não percebem?

12 dezembro 2013

Se é que interessa ou entusiasma alguma coisa

Seeded
AZ Alkmaar, FC Basel 1893*, SL Benfica*, Eintracht Frankfurt, ACF Fiorentina, KRC Genk, PFC Ludogorets Razgrad, Olympique Lyonnais, SSC Napoli*, FC Rubin Kazan, FC Salzburg, Sevilla FC, FC Shakhtar Donetsk*, Tottenham Hotspur FC, Trabzonspor AŞ, Valencia CF.
Unseeded
AFC Ajax*, FC Anji Makhachkala, Real Betis Balompié, FC Chornomorets Odesa, FC Dnipro Dnipropetrovsk, FC Dynamo Kyiv, Esbjerg fB, Juventus*, SS Lazio, Maccabi Tel-Aviv FC, NK Maribor, PAOK FC, FC Porto*, FC Slovan Liberec, Swansea City AFC, FC Viktoria Plzeň*.
 
Sorteio da Liga Europa, 2ª feira ao meio-dia, em Nyon. Emparelham-se também os duelos dos vencedores dos 1/32 (Fevereiro) para os 1/16 (Março).
 
Não podendo apanhar o Benfica - para ver qual joga pior - na 1ª eliminatória, mas podendo ficar prometido um clássico a seguir se passarem, vejo o menor perigo ao perto à excepção dos italianos e dos espanhóis e do Tottenham de AVB:
AZ, Basileia, Frankfurt, Genk, Lyon, Salzburgo (apesar de 6 vitórias) e, a excepção, Ludogorets (7)
mas muito perigo ao longe, e longas viagens ao Leste:
Fiorentina, Nápoles, Rubin, Shakhtar, Tottenham, Trabzon, Valência, Sevilha (8).
 
Acho que está equilibrado, porque os cabeças-de-série terão dores de cabeça e longas viagens (salvo um Genk-Ajax).
 
De resto, Fevereiro está muito longe e Janeiro é propício a mudança de treinador.

Os pivots que fazem atacar mais...

Cegamente, de facto, Preocupações Fonseca não notou nada na 2ª parte do Porto-Braga. Nada houve de diferente que tivesse levado à vitória. É que nem todos os burros aprendem, porque não mudam. Bem me parecia. Espera, talvez a culpa seja dos jogadores que falham penáltis e acertam nos postes. Mas se é dos jogadores e não do treinador, quem os escolheu foi a SAD. Ah, mas estes jogadores, ou a sua maioria, são campeões, aliás tricampeões - ainda que hoje mesmo, e apesar de o 11 no Calderon ter apenas uma cara nova (Josué) em relação à época passada, em O Jogo o director ainda fala de "equipa inexperiente"!?.... Bem, a culpa deve estar nalgum lado, pois a "atitude" e a "mentalidade" voltaram a estar como sempre estiveram - mas quem a forja, vigia, estimula? A senhora da limpeza, o motorista ou o roupeiro?

O que nos vale é o clube/SAD não ser comandado "de fora para dentro", enquanto lá dentro um grupo de adeptos, por sinal radicais, tagarelava com treinador e director do futebol... A perspectiva, como se vê é a melhor. Os basbaques tem as vistas largas de um túnel onde se confina a arruaça.

Tanto que, escandalosamente, há quem exclame que o Zenit passou com 6 pontos 6! Causa impressão, mas os pontos fazem-se com golos e os golos com futebol, se for organizado e der bom futebol dá para ganhar mais vezes e evitar erros de arbitragem e erros de pontaria. Contemos os golos, então!

Depois de um desastre na Champions, de resto cedo anunciado, em que só no final alguns pacóvios se renderam ao óbvio a par do desgraçado Produções Fictícias, convém notar a alguns distraídos que o FC Porto marcou 4 golos em 6 jogos: o Áustria marcou 4 só ontem e Ibrahimovic marcou quatro só em Bruxelas! Dá uma média de 0,666 golo por jogo, o que vai em conta com a média de 1,833 por jogo no campeonato e atendendo a que na Europa as coisas são mais difíceis até se compreende.

Devagarinho e com letras grandes para ver melhor:
4/6=0,66                 22/12=1,83

Pois é, enquanto se entretiveram a contar as bolas nos postes (duas delas só a tirar a tinta, mas enfim, quando se esperam milagres acredita-se em tudo e qualquer esmola é um bálsamo mais para a alma que para o estômago), o FC Porto marcou 4 golos. Os basbaques e o bacoco do treinador esperavam a eficácia de Viena mas no futebol não há acasos, pelo menos repetidos. A valsa de Viena mostrou que algo estava errado; os tipos dos olhos tortos, mais do que os pés de lado, viram muito tarde o que ia acontecer porque já tinha acontecido.
 
O que não se compreende é a falácia, em que cedo incorreram e discorreram os do efe-erre-á para quem ganhar significa estar tudo bem - e que à falta de outros argumentos usam a "sorte", o "azar", a "atitude", agora um pacóvio juntou a "mentalidade" quando julgávamos ter para dar e vender e não lembro de alguém a ter tirado, e a "garra e determinação" normalmente superados com sapiência e "garra e determinação" se houver um fio condutor e uma linguagem que todos entendam em campo -, dos dois pivots defensivos que empurram a equipa para o ataque.
 
É claro que... deve depender do ataque. Se nunca depende do treinador, não se fica refém do sistema e "não conseguimos ser melhores do que a Académica", não se vê como pode funcionar algo quando tudo parece no melhor dos mundos. E não perdemos Falcao nem houve que inventar Hulk, continuamos lá com o Jackson.

A mim faz-me lembrar, depois do Penta, o Porto de Fernando Santos com Jardel a marcar mais do que antes (38 só no campeonato) e a equipa e marcar menos 19 golos do que na época anterior!... É, podem ir ver que é verdade, como é agora verdade que não há treino, não há jogo, não há organização e a evolução tem sido o plano inclinado que se sabe. Não há acasos.

No início da época também gostei, mas após dois jogos à média de 3 golos (Setúbal e Marítimo) cedo percebi que aquilo era o "piloto automático" da época passada. A equipa estava formatada para outras proezas e cedo se viu a profundidade das mexidas.

Revendo a história, que é muito útil, mas sem revisionismo, que é muito feio.
 
Pior mesmo do que esta época só António Oliveira em 97-98, com 4 pontos e 3 golos marcados (1-1 com Rosenborg e 2-1 ao Olympiacos nas Antas) que renderam esses pontinhos mas não evitaram o último lugar com um 4-0 em Madrid mas no Bernabéu. Veja-se a composição do grupo...
 
Mas Oliveira teria o beneplácito dos conformistas, especialmente ao ser o treinador do Tri que nunca se conquistara e ter passado a Champions anterior - tudo na sua 1ª época - com o melhor registo de sempre: 16 pontos e só um jogo sem ganhar. Mas Oliveira, com os Jardel, Drulovic, Zahovic e até meio ano com Doriva (desde Janeiro e que não jogou a Champions), acabaria por obter a dobradinha, para sair pela porta pequena.
 
Saiu pela porta pequena, Oliveira, porquê?
 
Não foi uma surpresa, como conta, ao que consta, Pinto da Costa numa das suas alegadas "31 decisões" presumem-se que todas boas e verdadeiras. Antes de a época terminar já a SAD questionava se Oliveira devia sair e a maioria inclinava-se para a saída. Foi noticiado atempadamente e, como era hábito, aquilo caiu como "uma bomba".
 
A verdade é que Oliveira saiu porque piorou o futebol portista. Mesmo ganhando campeonato e taça. Aliás, perdeu 5 jogos no campeonato... A equipa regredia visivelmente. E, talvez antecipando a saída, Oliveira disse que tinha problemas pessoais (mulher doente) que não o impediram de começar a nova época no Bétis, onde voltou então como treinador mas não por muito tempo.
 
Oliveira ficou com o melhor e o pior registo do FC Porto na Champions.
 
A seguir ficou Adriaanse, com 5 pontos mas, imagine-se, numa equipa reconstruída, com 8 golos marcados, o dobra da marca desta época. No último jogo, num local impraticável em Bratislava, ainda poderia superar os eslovacos do Artmedia, o 0-0 ficou com a lama do campo, um Artmedia que marcou 5 golos, 3 deles no Dragão (3-2).
 
Tão sedento de glória, Preocupações Fonseca ficou como o único sem vencer em casa e, registe-se, 4 golos marcados.
 
O Marselha, que perdeu os 6 jogos, marcou 5 golos, tantos como o Áustria de Viena que ficou atrás do Porto mas em apenas dois jogos (1-1 no Dragão e 4-1 ontem) superou o ataque portista. Pior ou igual que o FC Porto só os últimos classificados desta fase de grupos agora terminada:
- Real Sociedad (com M. United, B. Leverkusen e Shakhtar), 1 golo marcado
- Steaua, 2
- Celtic (com Barça, Milan e Ajax), 3
- Anderlecht e Copenhaga (com Real Madrid, Juve e Galatasaray), 4
 
CSKA (8) e Marselha e Áustria (5) foram eliminados mas não ficaram a dever muito aos portistas.
 
Ainda há pouco tempo um idiota queria demonstrar com números que a 1ª época de Vítor Pereira era igual à de Preocupações Fonseca. Vítor Pereira, também relegado para a Liga Europa pelo Zenit, foi ganhar o 3º lugar ao Shakhtar (2-0) e só não terminou em 1º do grupo com o 0-0 final com o Zenit porque se perderam muitas ocasiões de golo num jogo de sentido único.
 
De resto, acabámos de ver as "reservas" do Atlético a jogarem como os "titulares" fazem. Aliás, o FC Porto também mantém o seu figurino. A diferença de aproveitamento é que se tornou diferente, na prática, na substância, no método e em tudo.
 
Qual é a parte que não percebem?

CHAMPIONS SEM CRÉDITO - Numa prova que perde interesse a cada ano na pachorrenta fase de grupos, pelo alargamento que Platini quer tornar extensível ao Europeu "vai com todos", só mesmo o cúmulo de, na mesma época, uma equipa com 6 pontos (Zenit) qualificar-se, com um mínimo como recorde (Rangers com 7 já se apurou no grupo do Porto de Adriaanse), e outra com 12 (Nápoles) sair de cena, com o máximo que não evitou a eliminação (10 era o máximo de várias equipas sem se qualificarem, entre elas o Chelsea na época passada em que defendia o troféu, como o Benfica agora conheceu).