31 março 2009

Artigo maldito


Está mal. Muito mal... E agora sobre o que vai escrever o Cartaxana no Record? O que vai comentar o Jorge Baptista, o Rui Santos, etc...? A notícia da alteração do famigerado artigo 1.04 foi do pior que aconteceu este ano... Acho que lá para o fim de 2009, no balanço antes do Reveillon, será algo a ter em conta com o que pior se passou este ano no país juntamente com o desemprego, crise económica, etc...

Nada de novo. A minha resposta é a mesma de Jesualdo na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Leixões. Já estava à espera, era algo natural apesar de não o parecer para muita gente... O TAS já na época do famoso acórdão deu um valente puxão de orelhas à Uefa e principalmente ao desbocado do senhor Platini... Repararam que ele só falou do Porto e se esqueceu da Juventus? Reparem que o TAS alerta para esse facto no caso das equipas que só por não se terem apurado para a champions pela interpretação desse mesmo artigo nunca seriam verdadeiramente sancionadas...

Mas claro o Platini só se lembrava do Porto... E não da sua Juventus onde ele conquistou muito do prestígio que acumula hoje pelo grande jogador que foi, mas ,jogando naquele, que é claramente o clube mais corrupto de Itália, e que, ao contrário do Porto, foi condenado por corrupção activa.

Só uma imprecisão na notícia dada... O F. C. Porto foi condenado disciplinarmente... Mas ainda não considero que tenha transitado em julgado, porque a Liga e as suas decisões disciplinares tais como as de quaisquer outro órgão de outro tipo de organização que profira sanções meramente disciplinares e decisões de cariz administrativo, são susceptíveis de recurso para Tribunal Administrativo e Fiscal, e creio que ainda corre aí um recurso do nosso presidente. E pelo que se tem visto...

A testemunha que esteve por base na condenação desportiva do F.C.Porto é a mesma que os tribunais comuns - com verdadeiros juízes capazes de reunir todos os elementos de prova e, acima de tudo, os únicos com a faculdade de julgar a prática ou não de ilícitos e que, melhor que ninguém, podem aferir da credibilidade ou não de uma testemunha sobre o tal processo da fruta - já foram claros ao arquiva-lo por considerar que a testemunha não tinha credibilidade... Uma grande estalada de luva branca na justiceira Morgado, uma vez que, o que os juízes acabam por indirectamente mostrar é que, não havia sequer motivo para reabrir o processo... Porque depois de arquivados só novas provas idóneas, relevantes e que alterem substancialmente as circunstâncias que levaram ao arquivamento é que podem levar ao reabrir de um processo...

Já na época neste mesmo blog questionei a intervenção da Justiceira Morgado nesse âmbito. Porque não considerava eu então, nem considero agora, que um livro que foi alterado por uma benfiquista movida a ódio em relação à pessoa acusada, e pago por outro inimigo, que era o presidente do Benfica, e assinado por uma ex-companheira que antes de publicar o livro até pediu dinheiro e fez chantagem, não me perdendo muito, basicamente não o valorava como uma prova nova , idónea e relevante ao ponto de reabrir um processe e gastar mais dinheiro (que não é pouco) dos impostos de todos nós num caso que claramente desde o principio se via que não tinha ponta por onde se lhe pegasse. Livro esse que para além de falar de problemas de flatulência, brincadeiras do capuchinho vermelho e de cães pouco ou nada acrescentava em termos formais ao que já se sabia...

Morgado agarrou-se ao facto de Carolina saber dizer que fruta era código para prostituta... Brilhante... Era preciso escrever um livro inteiro só para isso? Os juízes deram uma bofetada de luva branca a alguém que quis por todos os meios apresentar um troféu de caça porque o era obrigada a fazer por todo o circo mediático causado em sua volta de que ela ia acabar com Pinto da Costa, quando ela como procuradora, melhor do que ninguém, devia saber que uma investigação nunca deve começar inquinada e já com o objectivo concreto de condenar alguém. Esqueceu-se que ela devia procurar era a verdade, por mais que essa não lhe desse os holofotes da fama...

Para nós portistas, foi uma jogada de mestre. Colocaram em campo, uma pessoa elogiada de forma unânime por todos os quadrantes, como alguém implacável e que já se havia referido à corrupção no futebol e que, ainda por cima, tal como podemos ver pelo seu marido e por ela própria, em entrevista anteriores, já tinha uma ideia pré-concebida sobre Pinto da Costa... Por isso agora todos podemos dizer que mesmo numa investigação persecutória onde de tudo fizeram para encontrar algo que condenasse o nosso presidente (uma investigação que curiosamente deixou de fora os clubes de Lisboa) o melhor que conseguiram encontrar foram acusações de tentativa de corrupção e nem de corrupção activa (ou seja não conseguiram provar que o F.C.Porto tenha sido efectivamente beneficiado sequer),e todas arquivadas como se poderá ver no futuro...

Depois de tanto falarem em escutas, o facto é que em nenhuma aparece o nosso presidente a pedir favores ou um árbitro para um jogo. Já outros que nem estavam sob escuta e de forma involuntária acabou-se foi por apanhar o presidente do Benfica de forma clara a pedir um árbitro para um jogo e a dizer que "fazia as coisas por outro lado" e ainda se ouviu escutas do então director do Benfica José Veiga a agradecer favores a Valentim Loureiro. Imaginem se no ano do Estoril Gate tivessem colocado escutas nos telefones de José Veiga e Luís Filipe Vieira as conversas interessantes que todos teríamos ouvido.

Bendita a hora que a justiceira apareceu no nosso futebol e incorporou em si a vontade e o desejo de quase um país inteiro de tudo fazer para condenar uma pessoa. Quando mesmo assim, e depois de anos de escutas, não encontram nada que sustente sequer uma condenação, quando se sabe que a vontade de grande parte do país era essa... Bem… Podemos dizer que somos um clube com a cara mais lavada que qualquer outro que nem investigado foi, mesmo com escutas comprometedoras... e testemunhos directos, acusações directas e provas concretas como no caso Estoril, ou da inscrição ilegal de Ricardo Rocha ou até de um director que acumulava simultaneamente funções com o de accionista de outra sociedade que concorria no mesmo campeonato, algo dado como provado na própria CMVM.

Espero que no final o F.C.Porto peça revisão da condenação disciplinar da liga e que nos devolvam lá os nossos 6 pontinhos. 3 pelo menos já os deviam ter devolvido. Mas não fiquemos por aqui... Indemnizações ao clube terão que ser pagas... Porque tentaram denegrir uma imagem que andamos a construir durante anos não só cá mas lá fora e todos aqueles que tentaram diminuir as nossas conquistas, terão que ser chamados, assumir as suas responsabilidades e pagar por elas.

Podemos concluir que a Justiça não precisa de Justiceiros. Precisa acima de tudo de ser cega. De não julgar e investigar movida a ódios e invejas e ser entregue a quem tem capacidade de julgar: aos TRIBUNAIS. Não a comissões disciplinares da Liga com pessoas que gostam mais de aparecer na televisão e tomarem decisões populares em vez de decisões justas e muito menos por um Conselho de Justiça que envergonha o desporto em Portugal... Um CJ que na época era tão ridículo que o presidente até devia ter medo de ir à casa de banho com medo de, quando voltasse, ,já ter sido deposto do seu cargo pelos seus colegas, sem ele ter tido tempo sequer de apertar a braguilha...

Para terminar, uma pena, o Benfica que este ano até estava a disputar a champions e tinha até esperanças de passar para fase seguinte. Não estava? Estava sim !! O Porto jogava com o Atlético de Madrid, o Sporting com o Bayern de Munique, o Benfica já estava bem colocado no jogo da secretaria... Mas acho que agora com este jogo fora, a eliminação é quase certa... Em casa o Benfica até se safa bem na secretaria... Mas nos jogos fora é que é um problema...

30 março 2009

O FC Porto, a Selecção e a Champions


Cinco anos depois, o futebol português vive entre o desânimo geral com a Selecção, os clubes de Lisboa em perda e o oásis positivo que é o FC Porto. Com a equipa nacional no fio da navalha e já sem a “luxuosa reserva”, moral e técnica, do plantel portista, Portugal defronta amanhã a África do Sul, num jogo particular, quando se avizinha para o tricampeão nacional o duplo confronto com o Manchester United em sete dias.

É possível que Carlos Queiroz prossiga, neste jogo amigável marcado para a Suíça, a busca de melhores soluções entre um naipe de jogadores seleccionáveis órfão das estrelas da “Geração Dourada” e com poucos intérpretes de valia experimentada em equipas nacionais. Neste âmbito, depois do esforço inglório posto em campo e do desencontro das necessidades da equipa nacional com a disponibilidade, física e mental, de alguns jogadores nucleares, admite-se que entrará “sangue novo” neste amistoso que não contribuirá, de forma alguma, para melhorar a “auto-estima” dos rapazes de Queiroz, a não ser uma vitória para mitigar a sede de… golos.

É de prever, então, que o trio de portistas envolvidos seja poupado, até porque Bruno Alves e Raul Meireles fizeram um bom jogo frente aos suecos, dando tudo o que tinham, admitindo-se que Rolando, utilizado apenas meia parte pela lesão de Bosingwa, faça uma perninha.

É incontornável fazer um paralelismo à distância de cinco anos.

A 31/3/2004, Portugal fez um amigável em Braga com a Itália, que perdeu por causa de um canto directo de Miccoli, na preparação para o Europeu de que era organizador. Scolari, que então desdenhava, com Vítor Baía à cabeça, os portugueses do FC Porto, à excepção do naturalizado Deco, não se coibiu de utilizar Paulo Ferreira, Nuno Valente, Ricardo Carvalho, Costinha, o aludido Deco. Maniche não tinha sido convocado e ainda que não tivessem jogado o tempo todo, foram dos jogadores maus utilizados nesse encontro.

O pior é que a data ficou entre as duas mãos da eliminatória da Liga dos Campeões com o Lyon, para os ¼ final. De entre todos os jogos de preparação desse dia, com muitas selecções europeias em campo, os portistas foram os mais sacrificados no total de minutos jogados.

Contudo, aquela selecção não ganhava a nenhuma equipa das apuradas para o Europeu-2004. Ainda assim, já havia escribas do regime que se alimentaram do “espírito de grupo e de família”, fechando os olhos às atrocidades de Scolari. Foi o tempo glorioso dos que não venciam de outra forma e tinham no seleccionador o escudo antiportista. Por isso renegavam quem reclamava a formação da equipa nacional com base no FC Porto, Vítor Baía incluído.

Escribas do regime viravam o bico ao prego
A propósito de escribas do regime, esse Portugal-Itália mereceu reparos da estrutura portista. Lembre-se o “ninguém sabe para onde corre” em campo. Quer quanto à finalidade das experiências de Scolari, quando a solução a que deitaria a mão em desespero de causa esteve ali, meses a fio, diante dos seus olhos. Quer quanto ao desgaste a que, escusadamente, expôs os jogadores portistas envolvidos na Champions. Porém, como os escribas do regime servem para defender o soberano, um eleito pôs-se a fazer contas no Rascord do costume: em vez de escalpelizar os minutos jogados, nessa ronda de jogos de preparação de todas as selecções, por atletas de clubes envolvidos nas eurotaças, o chico-esperto somou os minutos de todos os jogadores utilizados por Scolari na sua selecção. Como até então os portistas eram menosprezados, a conclusão é de que… não se podiam queixar, hèlas!, não eram os mais utilizados.


Nessa época, o FC Porto fez 55 jogos oficiais com a final de Gelsenkirchen, o que era um número habitual na que se tornou a mais competitiva equipa portuguesa, aquela que disputava os títulos sempre até ao fim, ano após ano. As excepções eram/são raras. As excepções no FC Porto eram/são regras nos clubes rivais. Fernando Santos também chegou a liderar a equipa portista em 56 jogos oficiais, o máximo do futebol português.

A questão da gestão do grupo da selecção em favor dos clubes pôs-se, mais à frente, a Scolari. Já com o FC Porto na semifinal com o D. Corunha, os seus jogadores foram dispensados do amigável que se situava entre os dois jogos com os galegos, um jogo em Coimbra, a 28 de Abril, com a… Suécia. Apesar do debate, os ceguetas do costume achavam que Scolari não devia ter dispensado os jogadores do FC Porto. Tal como esta época, querem ver o FC Porto a desgastar-se a ver se perde o título nacional. A propósito destes históricos desaires caseiros com os suecos, Portugal só empatou (2-2) nos descontos.

Dificuldades de Queiroz
É, por isso, importante perceber até que ponto essa exigência competitiva será ponderada por Queiroz. Num momento psicológico delicado da equipa nacional, um resultado menos positivo no particular de amanhã pode recolocar a discussão sobre o seleccionador, a selecção e os interesses dos clubes.

Já era, à hora do jogo de sábado terminar, patético discutir se devia sair Meireles ou Tiago (com risco para o equilíbrio defensivo de jogar com 5 defesas e 5 avançados) para entrar Deco; ou recuar Pepe a central para Ricardo Carvalho derivar para vaga do lesionado Bosingwa (em vez de entrar Rolando), o que obrigaria a recuar Meireles a trinco e deixar a equipa em 5x5; se devíamos perder centímetros e quilos entre Pepe, Rolando e Hugo Almeida no combate aos “pinheiros da Escandinávia”.

Patético se tornou, por fim, quando o tema passou a ser: para que serve um amigável agora? De facto, este jogo com a África do Sul tem pouco sentido e menos “conforto” para quem saiu de um resultado desolador e nem ganhar ajudará às contas da qualificação. Mas ao contrário da anterior qualificação (8 equipas, 14 jogos), esta é curta (6 rivais, 10 jogos apenas) e há datas para preencher e fazer os ensaios e as chamadas que tornem a selecção uma equipa bem definida que ainda não pode ser. Até por muitas das melhores individualidades terem apenas dado, pontualmente, o melhor de si e nunca todas ao mesmo tempo. Daí a desilusão actual que, apesar das contas de qualificação difíceis mas nada complicadas, ainda não compromete o apuramento. Só obriga a ganhar os jogos todos.

Penoso, porém, foi assistir em 2004 a mais de uma dúzia de amigáveis que se revelaram sem sentido, por teimosia própria de quem não dava o braço a torcer e de quem defendeu essa marca de antiportismo que permaneceu por cinco longos anos. Após a derrota com a Grécia, no Dragão, lá teve que se recorrer à reserva de luxo antes desprezada.

Hoje em dia, Queiroz não tem muitos jogadores como núcleo de um clube. Ou melhor, os que tem, do Sporting, acabam de ser trucidados na Europa. A famosa equipa feita em casa, com marca de Academia, não tem peso internacional.

Curiosamente, não é essa a reclamação que se sente. Pelo visto, pedem suplentes do Benfica, como Quim e Nuno Gomes, pois dos seus titulares não há mais um português para pilar na selecção.

Além do mais, Cristiano Ronaldo não marca como na época passada, à altura da credencial de Bota de Ouro, enquanto o estatuto de melhor do mundo parece pesar-lhe cada vez mais, expondo os seus limites e o limite superado da incompreensão de adeptos inconscientes.

Simão com menor explosão nos movimentos de ruptura, joga menos do que também se viu na época passada. Com lesão de Deco e lugares-chave para ocupar, apesar das apostas ganhas de Duda e Pepe ainda que sejam adaptações, mais o ponta-de-lança matador sempre “avis rara” e que viveu, amiúde, de expedientes como Sá Pinto e Cadete, ou mesmo Nuno Gomes, lembramos Pauleta com saudade apesar de apenas 25% dos seus golos terem sido a equipas mais fortes.

Assim, é mais complicado definir a estrutura do onze a fixar na selecção do que apurar as contas para a qualificação que se resumem a ganhar todos os jogos. Futebol, a equipa tem. Faltam golos. E não sobra tranquilidade.

28 março 2009

Portugal 0-0 Suécia

Equipa: Eduardo, Bosingwa (Rolando 45'), R. Carvalho, B. Alves, Duda, Pepe, R. Meireles, Tiago, (Deco 62') Danny (H. Almeida 66'), C. Ronaldo e S. Sabrosa

Portogal está de volta

Hoje à noite joga Portugal frente à Suécia, no Dragão. É tempo de acertar-se o rumo, depois de um início periclitante de qualificação para o Mundial-2010, fruto da transição geracional que Scolari, com timidez mas muito obrigado pelas circunstâncias, teve dificuldades em gerir, por não ser essa, entre muitas outras, uma das suas capacidades como treinador/seleccionador, mesmo apelidando-se de "o chefe".

A sobra ficou com Carlos Queiroz, a quem com uma equipa em renovação pediam a lua e o sol. Como Jesualdo Ferreira no FC Porto esta época, o novo seleccionador não tinha uma tarefa fácil e o vedetismo de uma ou outra individualidade, como Cristiano Ronaldo e mesmo Deco (na origem da derrota imerecida e muito penalizadora com a Dinamarca, em Alvalade, no melhor jogo da Selecção Nacional deste século), não contribuiu para consolidar uma equipa de jovens que perdeu as suas maiores referências anteriores, Rui Costa e Figo sucessivamente, além de outros como Pauleta e Fernando Couto, para não falar de Vítor Baía e Jorge Costa, que aglutinavam o que de melhor tinha a selecção e, por extensão, o futebol português nesta década de luxo.

Um jogo para ganhar, obrigatoriamente, e que será ganho, deve acreditar-se, numa altura em que os detractores de Queiroz, antigos aduladores das vitórias de "meio a zero", estão prontos para o mata e esfola em caso de novo insucesso em casa, após o empate com a Albânia em Braga.

Entre os detractores, agora, contam-se os que estranham a ausência de jogadores do Benfica. Talvez uma explicação para agora ser menos visível (poupando-nos, apesar de tudo, aos excessos bacocos que pautavam as intervenções jornalísticas) a Selecção na televisão e nas páginas dos jornais. Talvez em oposição à contabilidade de portistas e ex-portistas que valeram transferências milionárias ao FC Porto. É, por isso, Portogal que entra hoje em campo, a fazer lembrar o que se pediu em 2004 e que com um melhor treinador, o de então no FC Porto, teria decerto garantido o título europeu de selecções a juntar ao de clube conquistado em Gelsenkirchen.

Parece ter-se traçado, de novo, uma linha entre os que estão com a Selecção e "os outros". Porventura com os portistas reencontrados com uma Selecção que não pode ser uma coutada privada, aceitando como deve ser as escolhas do seleccionador que não escapem ao senso comum. E aqueles que reclamavam serem os portistas hostis a Scolari, por razões de bom senso e, acima de tudo, boa educação, estarão agora a fazer as coisas por outro lado, estranhando a ausência de benfiquistas para pedirem a inclusão de Quim só porque defendeu penáltis na Taça da Liga (mas não há eliminatórias agora, apesar de "finais" pela frente) e de outro suplente de Quique Flores, Nuno Gomes, talvez porque sim e não há muito mais para peneirar daquele plantel encarnado.

Vão cinco anos em que se discutia a ausência de Vítor Baía e muito mais que aqui lembrarei durante a semana. Uma polémica nunca aclarada, por alargado sentimento de vergonha, que agora se replica noutro âmbito, de outra afronta ao FC Porto, com a provável presença de Hermínio Loureiro na tribuna presidencial onde tem medo de aceder para atribuir o troféu de campeão da época passada...

A minha aposta para hoje:
Portugal - Suécia, 20H45 - TVI

O essencial e o acessório

O FC Porto vai disputar os quartos-de-final da Liga dos Campeões com o Manchester United, uma equipa que por acaso já eliminou duas vezes em provas da UEFA. Em vez de recordarem essas façanhas, de se congratularem com a vinda de Cristiano Ronaldo e Nani a Portugal, ou de avaliarem o mau momento da equipa inglesa que tem delapidado a sua vantagem no campeonato doméstico, houve jornais que preferiram dar eco às velhas bravatas de sir Alex, esquecendo que ele as engoliu em seco depois do célebre golo de Costinha em Old Trafford.

Naturalmente, o inglês disse, como lhe compete, que o FC Porto era o adversário que pretendia. É normal porque conhece bem o futebol português e porque parte com a vantagem que resulta da diferença de orçamentos entre os dois clubes, que é de doze para um. Curiosamente, Jesualdo Ferreira disse precisamente o mesmo, ou seja, que o sorteio correspondeu à sua preferência, porque fará história se eliminar o campeão europeu. Com dois treinadores tão felizes, veremos o que acontece em Abril. Há uma coincidência feliz: este ano, a data da final coincide com a do célebre jogo de Viena, em 1987, em que por acaso também não éramos levados a sério…

Por cá, a final da Taça da Liga correspondeu inteiramente às expectativas. Depois da questão da reinterpretação dos novos regulamentos, depois de sucessivas arbitragens isentas (de avaliação, é claro), depois do jogo invisível na Madeira (inspirado num célebre filme de César Monteiro), a final conseguiu ser a cereja no bolo da vergonha, com violência, pouco fairplay e uma arbitragem «à Lucílio», em que o internacional quis homenagear condignamente o cinquentenário do caso Calabote. Afinal, quem tem razão é o presidente do Benfica, que vai gritando que o futebol é uma mentira.

Rui Moreira in A Bola.

26 março 2009

Porque Lucílio Baptista

honra o dr. José Mourinho

“Presidente, por favor, deixe-me sair, quero ir embora para bem longe disto”, Alvalade, 31/1/2004. O técnico não antevia só os detalhes dos jogos. Um emigrante de sucesso que transforma uma oport
unidade numa conquista

O vozeirão, a esquizofrenia e maus modos das elites lisbonenses não abafaram a cerimónia da distinção de José Mourinho como doutor honoris causa na FMH onde estudou há 20 anos, na UTL. Um título honorífico, que não requer preparação específica nem exame apropriado e que, resumidamente, é um tributo a alguém com preparação académica obtida numa escola de saber que distingue esse aluno, antigo ou que nem ali estudou, pelo conhecimento, e triunfos, que revela ao longo da sua carreira.

Muitos portistas ganharam tanta aversão ao ex-técnico campeão europeu como, então, os adeptos rivais o detestavam porque ganhava com o FC Porto. Hoje, porém, uma figura unânime no mundo da bola lusitana cujos amanuenses da escrita e pés de microfone o incensam, veneram e beijam o terreno que ele pisa, Mourinho recebe elogios sem conta. Já fez interromper, só por aterrar onde o provincianismo se concentra em doses industriais, uma entrevista a um putativo candidato a primeiro-ministro que, naturalmente, se indignou e deixou o programa televisivo em directo. Cada vez que volta à Pátria, como emigrante de sucesso, Mourinho tem uma comissão de recepção digna de chefe de Estado, fruto de uma simples assessoria de Imprensa que basta soprar o “ele vem aí” para desencadear o frenesim das redacções.

É coincidência que este acto de distinção académica tenha ocorrido nos dias da tormenta estranha relacionada com a taça da treta, claramente uma desproporção que amesquinha quer o sujeito quer o significado.


Ironia do destino, sim, muito mais pelo simbolismo, foi alteração da verdade desportiva quando à data se completaram 50 anos do caso Calabote. Uma personificação naquele que, não por acaso, passaram há muito a designar de Lucílio Calabote Baptista, só porque marcou um penálti erradamente, como se um qualquer Baptista, como Paulo, não se equivoque muito mais cada vez que leva o apito à boca porque lho consentem também…


Repugnante
O que tem a ver Lucílio Baptista com José Mourinho? Tudo. E nada. Mas o árbitro – de quem já falei abertamente aqui, num daqueles cenários de horror a que nos habituámos em dia de Sporting-Porto – está na causa da honra ora conferida a Mourinho.

Os louvaminhas do regime sofrem de uma amnésia tão repugnante quanto muitas decisões de árbitros no futebol português sem coragem para pagar a estrangeiros um serviço que por cá se considera sujo. Tivesse a Imprensa, na sua generalidade, memória, além de competência, e os lugares-comuns dariam espaço a evocações mais propícias se recuarmos ao lançamento da carreira de José Mourinho.

Alguns dos jornalistas babados ante Mourinho na cerimónia tipicamente lisbonense, com a corte de idólatras conhecidos e uma chusma de basbaques anónimos, disseram cobras e lagartos do homem, a 31/1/2004, no final de um, sempre polémico e cada vez mais com Lucílio Baptista a apitar, Sporting-FC Porto.


José Mourinho dirigiu com garbo o competente líder da I Liga nessa noite de infâmia em Alvalade, na rota do que sucedera um ano antes no velho estádio, sempre com o mesmo protagonista arbitral. O final do ano, porém, apanharia Mourinho já longe de Portugal, a arrecadar êxitos no Chelsea para gáudio de uma plêiade de admiradores redescobertos cá na parvónia, a quem,
tardiamente, só à segunda visita do Chelsea ao Dragão, questionaram sobre o efeito do Apito Dourado e a possível perda dos dois títulos de Mourinho nesses anos de azul-e-branco: “Estas medalhas de campeão ninguém mas tira”, respondeu, com desdém, enquanto se apimentava um cozinhado esquisito, na Imprensa do regime, sobre o FC Porto-E. Amadora, curiosamente disputado uma semana antes desse Sporting-Porto.

O que sucedera, entretanto, foi que Mourinho sentiu Portugal pequenino para a sua ambição e desafio profissionais. Tudo porque, depois de um jogo cheio de peripécias, e com a acusação de ter rasgado a camisola de Rui Jorge que alegadamente levaram ao balneário portista para troca com uma azul-e-branca como se o pretendente não tivesse à vontade e conhecimento de ex-colegas para o fazer por si próprio, Mourinho teve uma frase lancinante na conferência de Imprensa, apelando com veemência sem que o destinatário desse sinal de alarme estivesse presente:

- Presidente, por favor, deixe-me sair, quero ir embora para bem longe disto.
O FC Porto mantivera o Sporting a cinco pontos de distância, com o 1-1 final, e suportara o assédio imoral de Lucílio Baptista que forjou o resultado. Um ano antes, no velho estádio, o árbitro negou quatro grandes penalidades ao FC Porto, incluindo uma mão na bola no lance que precedeu o golo de Costinha que bastou para vencer o desafio. Naquela noite de invernia, no novo estádio cuja cobertura nas bancadas não retinha a chuva, o FC Porto sofreu dois penáltis, um desperdiçado por Rochemback num tiro furioso que sobrevoou a baliza de Baía, tal a inclinação do campo ainda na 1ª parte; outro a dar o empate, por Pedro Barbosa, por alegado derrube de Secretário a Liedson. Este penálti fantasmagórico, já de si indecente, teve o pecado original de nascer de um lançamento lateral feito rapidamente por Rui Jorge, após a ordem do árbitro de recomeçar o jogo interrompido para assistência, fora do campo, a João Vieira Pinto que embatera com violência contra os painéis metálicos de publicidade, mas um reatamento em que o árbitro não verificou estarem todos os jogadores (e muitos foram à margem do campo ver as condições do jogador lesionado) atentos para recomeçar o jogo. Lembro-me, porque assisti no estádio, que nem Fernando Santos tomou conta do recomeço do jogo, tal o alvoroço que a paragem provocou.

O episódio de Rui Jorge, com peso na consciência e a leveza de mandar o roupeiro ao outro balneário trocar a camisola, teve a sequela de vitimização inerente ao clube visitado, depois uma suspensão a Mourinho na CD da Liga onde vigilavam os anónimos Mourão e Cebola, um castigo que não iria cumprir por ter saído para o Chelsea, e a amnistia final no CJ da FPF.

Até deixar o FC Porto, com a renitência de Pinto da Costa a quem Mourinho apelara em Alvalade para não consumar o seu contrato com os dragões, sem adivinhar-se que sairia em condições menos honoríficas mas com o dinheiro como causa, Mourinho seria campeão nacional de forma folgada, festejando até no hotel a segunda de três derrotas consecutivas do Sporting (Boavista, Leiria e Benfica), e antes de sagrar-se campeão europeu – um título que prognosticam irrepetível, no que será porventura uma ironia do destino – perdeu a final da Taça de Portugal no Jamor, frente ao Benfica, numa arbitragem mais uma vez com a marca de Lucílio Baptista.


O mérito de Mourinho de transformar uma oportunidade numa conquista, vencendo tudo em 2003, campeonato, taça e Taça UEFA que é única no futebol português, foi traído pelo pântano da arbitragem que enlameia o futebol nacional, com sede em Setúbal como aqui alertei há pouco tempo, fruto da escola de apitar que teve em Carlos Valente o seu mentor e que tem sucedâneos, além de Lucílio Baptista, nos inefáveis Bruno Paixão e João Ferreira.


Não fosse a trágica personificação da arbitragem portuguesa em Lucílio Baptista e outros apitos sadinos, mais a intriga palaciana e os jogos de poder em vias de sacralizar como único profissional no sector o dirigente Vítor Pereira, digno produto da “inteligentsia” lisbonense na matéria como há 50 anos era moeda comum local no mercadejar de influências, e Mourinho porventura não teria sido compelido a deixar o País para ser reconhecido mundialmente, virando as costas à mediocridade reinante para ser aclamado e ofertado quando circunstancialmente cá volta, como ídolo antes invectivado, hoje sapiente quando era arrogante, famoso depois de ter sido rejeitado.


É isto Portugal. E os portugueses.

25 março 2009

Tirem-nos deste filme (parte 2)

Mas estava eu tão feliz por ver o nosso F.C. Porto fora deste filme, quando logo vi que nos tinham que meter ao barulho. Primeiro foi o Quique que não fala de árbitros mas que para justifica-lo mencionou que também no jogo do Porto ele tinha razão para falar de árbitros e não falou. Argumento repetido por uma série de comentadeiros do Benfica em vários canais de televisão. E voltamos à táctica benfiquista de sempre, tentar que uma mentira repetida mil vezes se torne verdade. Dando por dado adquirido que o Benfica foi prejudicado no Dragão, esquecendo-se de afirmar que o penalti sobre o Lisandro é duvidoso, uma vez que há um toque e que mesmo se consideramos que não é penalti, ainda ficou um por marcar a favor do Porto ainda na 1ª parte, mas claro, com o apoio da comunicação social, tentou-se ocultar esse facto e agora utiliza-se esse jogo como argumento para tudo.

A mesma comunicação social, que só quis e quer falar da Taça da Liga, para se escamotear dois factos importantes:
O F.C. Porto é o único dos 3 grandes que segue na 2ª prova mais importante do calendário português: a taça de Portugal.

O F.C. Porto neste jogo das meias finais, foi mais uma vez altamente prejudicado. Em dois penaltis pelo menos fora outros 3 já no jogo passado da Liga.
A diferença é que o F.C. Porto mesmo assim, vai ganhando. Não precisamos de nos desculpar nos árbitros, porque mesmo com eles a apitar contra o nosso clube, a nossa competência permite superar mais esse obstáculo e assim ganhar jogos, sem precisarmos de falar todos os dias em verdade desportiva como outros clubes. Falam muito porque quem não é sério, precisa de o repetir várias vezes, para primeiro se convencer a si próprio e depois assim tentar convencer os outros.

E diz-se que o Benfica aí teve fairplay e soube perder. É o que o Benfica mais tem. Nem tenta chegar à champions através da secretaria nem nada. O Benfica nesse jogo pediu sumaríssimo a dois jogadores do F.C. Porto numa inequívoca prova de fairplay. Um deles pedido a Lisandro por simular um penalti, não atendido, porque como se vê nas imagens existe toque para ele se desequilibrar. Mas como a Liga não dorme, fez-lhes a vontade uns jogos mais tarde e no último jogo para o campeonato não só não marcaram um penalti claro sobre Lisandro como lhe deram um amarelo por simulação o que o deixa de fora do jogo com o Guimarães. Pois bem, o Benfica já que é a favor da verdade desportiva e que não se tente fazer batota, porque não pede uma suspensão a Di Maria? Se há acto mais anti desportivo e simulação mais grosseria, essa é a de Di Maria pedindo uma mão e forçando a marcação de um penalti que ele está farto de saber que não existiu.

E fartaram-se de questionar a falta de fairplay de Pedro Silva, que num acto de raiva se descontrolou por se sentir não só roubado como alvo de uma injustiça e mandou a medalha da taça da liga para bem longe. Até foi simpático, mandou-a para a relva, latas daquela competição mereciam ir directas para o lixo, até foi simpático. Mas alguém viu alguém questionar atitude de Di Maria? Os mesmos que clamavam pela falta de fairplay de Lisandro ao simular um penalti, agora acham o gesto de Di Maria aceitável? Haverá clube mais hipócrita? Dizem-se os paladinos e defensores da verdade desportiva, mas pedem árbitros ao telefone, têm casos como o Estorilgate, nunca são investigados, pagam livros a alternadeiras e ainda ganham taças roubadas e calam-se? O mesmo clube que tem um jogador condenado por doping e que tem ainda a lata de, antes da final da taça da liga, insinuar que o Sporting havia jogado os jogos com o Benfica dopado e pede controlo anti-doping para a final? O cúmulo da hipocrisia, foi o mesmo clube que pugna pela verdade desportiva e que teve o Nuno Assis condenado por doping, e que viu o seu caso ilegalmente arquivado por um senhor ex dirigente do Benfica colocado na Liga (afinal verdade desportiva é dizer que se preocupa em ter gente na liga e não bons jogadores) e que depois foi posteriormente condenado no tribunal arbitral do Desporto que criticou ainda a falta de transparência em todo o processo.

Mas o F.C. Porto mesmo não tendo jogado nessa mísera final, ainda veio mais à baila que o Benfica, o verdadeiro beneficiado. O Benfica através do mentecapto do seu director de comunicação (aquele senhor já foi porta voz do nosso Presidente da República? Como vai este país...) deu um show de falta de vergonha na cara, de hipocrisia, ignorância e falta de fairplay. Aparecendo todo sorridente e com a taça da liga ao lado, numa deselegância atroz para com o rival que tinha sido roubado no dia anterior dessa mesma taça, que ele agora a mostrava a todos todo orgulhoso. Quando muitos jornaleiros diziam que como é óbvio o Benfica nada fez para ganhar a taça daquela forma, nem gostava de ganhar roubado nem nada, muito menos em jogos disputados no Algarve, eis que aparece um senhor com a coragem (ou deveria dizer, a lata?) de dizer que o Benfica ainda foi mas é prejudicado na final da taça da Liga???Algo autista, intelectualmente bacoco e pouco inteligente já tinhamos reparado que era. Foi apenas um exemplo mais.

Mas o que me chocou mais, foi o senhor dirigir todas as suas forças ao... F.C. Porto. Mas nós jogamos a final? Não demos nós a hipótese que Benfica e Sporting tivessem a sua final dos sonhos e desde logo nos demarcamos daquela competição??? Então porque nos metem neste filme???? O senhor teve a coragem de dizer que o Sporting tinha falta de fair play e mau perder. Que o Benfica tinha sido prejudicado no Dragão (lá está a mentira repetida de sempre) e que o Sporting nada fez pela transparência do futebol, porque afinal o presidente do Sporting até se sentava ao lado de Pinto da Costa. Mas é crime agora alguém se sentar ao lado do presidente do clube contra o qual se vai jogar? Não fazem todos isso?? Ainda se fosse atrás do presidente, tudo bem, pelos rumores de flatulência levantados pela alternadeira/escritora, mas ao lado não percebi sinceramente o grande problema.
Afinal o que este grande senhor queria dizer é que a táctica de credibilizar o futebol português passa por ninguém se sentar ao lado do Pinto da Costa, mas sim, todos ao lado do senhor LFV.

Aliás alianças e manifestos com o Benfica foram o alicerce dos títulos do Sporting nos últimos anos. Os sportinguistas foram burros uma vez ao assinar esse manifesto que lhes tirou o título dando-o de bandeja ao Benfica, não são burros para cair duas vezes na mesma esparrela, principalmente quando têm duas mãos numa taça e vêm uma mão invisível tira-la das suas mãos e que agora prepara o assalto -no verdadeiro sentido da palavra- ao 2º lugar que dá acesso à champions.


Mas o interessante é, como um jogo entre Benfica e Sporting, numa competição em que o F.C. Porto até desde cedo desvalorizou e a deixou para esses dois se divertirem com ela, acaba tudo por vir ter a nós como sempre. Mesmo quando deixamos os outros ganhar, ainda somos atacados por isso. Eu bem sabia que a culpa do Lucilio Baptista ter dado a Taça ao Benfica nada teria a ver com a pressão logo antes do jogo de LFV ao afirmar “a nomeação desse senhor só pode ser uma brincadeira”, mas sim com o suspeito de sempre, o Diabo em forma de gente. O homem responsável de todos os males em Portugal e além fronteiras: Pinto da Costa. Quando é preciso arranjar um culpado e não há ninguém, em caso de dúvida a culpa é sempre dele. Até mesmo quando ele nem fala, o clube dele nem participa na competição. No fundo no fundo até foi ele que deu um envelope ao Lucilio para beneficiar o Benfica e lhes salvar a época com uma tacinha da treta só para depois dizerem que o Benfica foi beneficiado, sacana, mesmo maquiavélico este Pinto da Costa já viram?

Depois, a forma como o senhor se expressa falando da nossa instituição, algo como “o Sporting não combate a falta de verdade desportiva porque se senta ao lado de Pinto da Costa, e se há clube que não tem transparência e que estraga a verdade desportiva e é um que fica lá para o Norte”. A forma de desprezo com que esse senhor falou do nosso clube só demonstra a pequenez e mesquinhez do Benfica actualmente, através dos dirigentes medíocres e incompetentes que o servem e deveria merecer resposta rápida e forte da Sad do F.C. Porto.


Depois destas atordoadas todas, e depois deste director de comunicação que entre outras pérolas já havia dito que Soares Franco era aliado de Pinto da Costa, para além das insinuações do doping, está à espera que o Sporting se dê bem com o Benfica. Estranho é ainda terem algum tipo de relação institucional.
O mesmo de sempre. Algo de podre no Reino da Dinamarca e a culpa é de Pinto da Costa e do F.C. Porto. Se um dia algum benfiquista acorda com uma unha encravada pensa logo “raios me partam aquele Pinto da Costa”. Tudo vai dar a ele. Uma boa forma de fugir às nossas próprias culpas e afastar a suspeição sobre nós, desviando as atenções.

Imaginem se o F.C. Porto ganhasse já nem digo uma taça, mas um jogo desta forma, com o árbitro a fazer aquele espectáculo degradante durante minutos e com um país inteiro a ver? Já se pediam investigações, apito dourado, apito final, etc. É que com o Benfica, trata-se de um erro, o Benfica afinal até já foi prejudicado noutros jogos e até se queixou pouquinho e é totalmente inocente, e ai de quem ousar falar em jogo sujo ou pressão do Benfica, esse clube tão sério, coerente, que adora a verdade desportiva quando é para atacar as vitórias dos outros mas se esqueça dela na altura de roubar taças.

O problema no entanto é mais fundo. Esta final foi apenas um sinal do que aí vem. Mais que nunca o Benfica este ano para sobreviver precisa de ilusões (vulgo títulos nem que sejam taças da liga) e dinheiro como do pão para a boca. Depois de contratar jogadores muito caros, com salários muito pesados e de estar numa situação financeira calamitosa e sem nenhum grande activo para negociar, o Benfica tem mesmo que se apurar para a Champions. Se os benfiquistas achavam que Vale e Azevedo levava o Benfica para a ruína, deviam ver como deixou LFV as finanças do clube depois de sucessivas promessas de equipas maravilhas, que resultaram num único campeonato e taça ambos roubados e com o mesmo local do crime: o estádio do Algarve.


O Benfica já ganhou 3 pontos com uma bola na cara, transformada em mão, e agora uma taça com um peito fora da área transformado em penalti. Isto em poucas semanas. Daí o discurso muito perspicaz de Paulo Bento pedindo que deixem ao Sporting que possa ficar pelo menos com o 2º lugar. Para isso era necessário que o Benfica ficasse com o 1º e o Porto abaixo do 3º. Assim os dois de Lisboa ficariam felizes e amigos outra vez. O Benfica se fica mais um ano sem Champions arrisca o colapso financeiro, e ou vende tudo o que tem e não tem e começa do zero, ainda mais atrás do F.C. Porto e se calhar até atrás do Sporting, ou pode arriscar fechar as portas ou ter que ser salvo pelo Estado como aconteceu com Vale e Azevedo.


Logo, estejamos atentos ás arbitragens. O colinho tem que ser preparado, a direcção da Liga apoiada pelo Benfica e ajudada a construir pelo Benfica não pode deixar cair o Benfica, muito menos a enorme máquina da comunicação social que se alimenta dos benfiquistas e lhes vende sonhos e ilusões. Terá que haver um esforço concertado para os colocar mais acima. O próprio Quique acha milagroso ainda estar tão perto do Porto, pois vê que o Benfica não tem equipa para isso, mas já começa a perceber como é que isso é possível. Felizmente o que não faltam aí são mãos amigas. Como é óbvio isto sobrará para o F.C. Porto, afinal, nós mesmo sem jogar ainda fomos mencionados como se até tivéssemos entrado em campo.


A estratégia é clara. O Benfica tem que ir á champions, o Sporting está a mover-se para que não lhes roubem o 2º lugar e sabe-se que se contentam com ele, adivinhem quem é o mais cómodo de fazer cair? Não se espantem que as arbitragens das últimas jornadas tragam várias armadilhas, ainda para mais sabendo que teremos muitos jogos para disputar e rotatividade para adoptar para nos mantermos competitivos e com chances em todas as competições.


O colinho do Benfica será mais escandaloso que nunca, e pode ser, afinal vivemos num país em que quando o Benfica empata com o Porto num jogo em que uma bola não se vê em nenhuma imagem se entra e em que o árbitro estava a uns 30 metros o títulos é: “Entrou!!!!” ou quando num
jogo em que há dois penaltis, um polémico a favor e outro claro por marcar a favor do Porto e o título desse jornal é “Penalti fantasma rouba vitória ao Benfica”. Esse mesmo jornal e outros que depois de um dos maiores escândalos de arbitragem nos últimos tempos tem a lata de dar a seguinte 1ª página “Taça das emoções” Como vimos, não há qualquer tipo de constrangimento de mentir, de ocultar, de manipular a verdade de forma a beneficiar quem garante a grande receita desses jornais. A comunicação social tem um poder enorme, é capaz de eleger e derrubar governos dizem, afinal porque não seria capaz de levar um clube ao colo?

Estejamos atentos e unidos. Como sempre não bastará sermos melhores, teremos que ser muito superiores e saber ter a calma e o controlo emocional necessários para arbitragens habilidosas e tendenciosas que nos vão aparecer. Temos que estar preparados para vencer equipas com muito mais que 11 jogadores. E preparados para saber que até ao final da época o Benfica perderá muito poucos pontos, afinal, se nos últimos tempos cara e peito já são vistas como mão, imaginemos o que nos reservam os próximos jogos.
Não podemos adormecer e muito menos calar-nos. Tirem-nos deste filme o mais urgentemente possível, que para taças da treta nós nunca demos, e bem, para esse peditório. Se calhar agora os que antes achavam mal já acham que agora foi bendita a hora que a estrutura F.C. Porto decidiu dar a importância à Taça da treta que ela merecia, nenhuma. Mas quem já está a tentar derrubar-nos com jogos de bastidores, que saibam e sintam que deste lado ninguém dorme.

Terão que fazer muito mais que isso para derrubar a força de um clube e de uma região!! Sim, senhor Director da comunicação do Benfica, somos “aquele clube lá pró Norte” e com muito orgulho. A nossa sede é no Norte, mas o nosso prestígio e as nossas conquistas e adeptos espalham-se por todo o Mundo. Com mãos amigas ou não F.C. Porto será Tetra Campeão!!!

24 março 2009

Tirem-nos deste filme (parte 1)

A taça da treta (taça da liga) acabou em grande. Ao nível que nos tinha habituado. Uma competição sem utilidade nenhuma, que serviu apenas para uma direcção da Liga fragilizada tentar provar trabalho. Provar que tinham feito algo no seu mandato, sem ser dar a cabeça de Pinto da Costa a milhares de portugueses só para os deixar satisfeitos e dar a ilusão a benfiquistas e sportinguistas que tinham apanhado o bicho papão que lhes roubava os títulos.

Deu-lhes a hipótese de continuarem a mentir-se a si próprios, e a acreditarem que o F. C. Porto não é melhor, que apenas o ganhou porque alguma ajuda deve ter tido.

Eu, desde início, em todos os meus textos, manifestei o meu total desprezo por essa competição criada pela direcção da Liga. Custava-me a entender, é como havia portistas que achavam um pecado capital o F.C. Porto ter como política de rodar jogadores nessa competição menor, pouco profissional e séria, para os poupar para as verdadeiras competições.

Não vou explicar novamente as razões para isso. Apenas citar um senhor que se tornou a grande figura de um programa engraçado que mostra o futebol real: a liga dos últimos. Esse grande e caricato senhor auto denomina-se de Capitão Moura. E canta aos 7 ventos que é “um homem sério, justo, honesto, coerente e imparcial”. Pois a Taça da liga não é uma competição nem séria, nem justa, nem honesta, nada coerente e muito menos imparcial. Falta de seriedade, justiça, honestidade e coerência é algo que se notou desde o início da competição. Anunciada como a salvação dos cubes pequenos, logo se viu que isso era uma grande tetra tal como a taça, uma vez que esses clubes são excluídos assim que se chega ao grande bolo que se trata quando os 3 grandes entram em cena.

Faltou logo coerência com o que se prometia. Aliás o único clube coerente foi o F.C. Porto. Dizia-se que era uma competição para dar receitas aos pequenos e para os grandes rodarem jogadores menos utilizados e lançarem jovens da formação. Enquanto o Sporting e o Benfica se matavam por salvar a época com esta competição, o F.C. Porto mantinha-se fiel ao espírito apregoado pela Liga e aproveitou para rodar menos utilizados e juniores e ainda foi criticado e mal visto por isso, vendo-se isso como sinal de desprezo pela competição e retaliação para com a direcção da Liga. Como se o F.C. Porto tivesse alguma obrigação de andar a promover, desgatando os seus jogadores, uma competição que nada fez por ser respeitada.

De resto isso ficou bem claro através de: regulamentos estranhos, absurdos, mal feitos, que nem os próprios organizadores compreendiam, a confusão de não saber quem passava, o facto de o F.C. Porto ter jogado ás 16h da tarde na Madeira a meio da semana e num jogo em que o nevoeiro não deixou ninguém ver o jogo, o facto de os jogos decisivos por coincidência não serem á mesma hora, e o Porto ter que esperar pelo dia a seguir para ver se passava, podendo os seus rivais combinar resultados.

A falta de imparcialidade, essa então, foi clara como a água. O F.C. Porto em dois jogos teve 4 penaltis assinalados contra. Dois com o Vitória de Setúbal, dois contra o Sporting. Mesmo jogando com uma equipa de suplentes e juniores e não levando a competição a sério (porque ela não mereceu nunca ser levada a sério, tal como esta direcção da liga não merece) o F.C. Porto mesmo assim acabou por ter uma cultura vencedora, conseguia superar obstáculos, como equipas de 1ª liga na sua máxima força e ainda com a mão invisível da organização a empurra-las para nos vencer.

Não era imparcial, porque já antes do jogo de Alvalade se sabia que os miúdos que lá iam jogar juntamente com os suplentes iam para ser carne para canhão. A final de sonho já estava planeada e era até para o Algarve, curiosamente zona do país aonde o Benfica roubou dois títulos através de jogos muito pouco claros nos últimos anos.

Seria insustentável para a Liga de Clubes fazer a sua festa cheia de glamour com o patinho feio que era o F.C. Porto que já ganhava tudo e mais alguma coisa e que se arriscava mesmo a não levar a sério a competição a se apurar para a final e a ganha-la mesmo com suplentes e juniores. Final essa que assim teria menos espectáculo, porque se o Porto nem no sorteio aparecia, muito menos apareceria para a conferência de imprensa conjunta e a dar palmadas nas costas de Hermínio Loureiro como ele queria.

A final estava decidida. E quando o Porto se põe a ganhar em Alvalade e coloca essa final em perigo, o árbitro (que até nem tinha que se preocupar porque não havia observadores) encarregou-se de oferecer dois penaltis ao Sporting para se apurar e assim ganhar uma vitória moralizadora. Uma goleada segundo eles, os mesmos da mesma imprensa que desvalorizou a vitória do Porto contra o Arsenal por se tratar de uma equipa mista, mesmo tratando-se da discussão do 1º lugar da champions, que agora queriam convencer à força tudo e todos que aquela equipa do Porto não era uma equipa B e que o Sporting até não foi beneficiado, e que o Porto foi goleado, numa clara demonstração de força leonina.

Sendo o F.C. Porto um clube sério, honesto, coerente, profissional, não poderia levar a sério uma competição sem credibilidade, sem seriedade, que é a maior vergonha do futebol português desta época. Desperdiçar e arriscar a nossa estrutura profissional numa competição em que à partida já se conheciam os finalistas e até o vencedor, era uma perda de tempo estúpida, e seria o arriscar lesões em jogadores que são bem mais importantes em jogos a sério, competições a sério. Gestão perfeita do clube. Muitos portistas discordaram, depois de ver o belo espectáculo que foi a final, acho que se calhar já devem ter mudado de ideias.

A final esteve ao nível de toda a competição... ridícula. 1º o anunciar durante uma semana do jogo do ano, como se alguma vez uma competição da taça da liga fosse o jogo do ano. Passou até a esquecer-se que Benfica e Sporting tinham sido eliminados da verdadeira taça, a Taça de Portugal e nem se fala dela. 2º um jogo fraco, entre duas equipas que a cada jogo que passa, se vê que ainda só estão na luta pelo título nacional por ainda haver muitos Joões Ferreiras e Lucílios Batistas que lhes permitem estar.

Depois, o escândalo. Já vi erros de arbitragem. Mas aquilo não foi um erro. Um árbitro marcar um penalti quando num lance fora da área a bola bate no peito do jogador já é mau, mas aquela palhaçada de ele expulsar o jogador 1º e só depois ir falar com o assistente que lhe diz que não é penalti, e depois acabar por assinalar penalti porque o assistente que nem acompanha o ataque do Benfica e que está a muitos metros de distância lhe diz para marcar penalti... Isto é do mais escandaloso que já vi, digno de investigação, se em vez de os equipamentos serem vermelhos e brancos fossem azuis e brancos... Mas já se sabe, o Benfica é um clube da verdade desportiva, nunca faria nenhuma trafulhice como roubar uma taça.

O Benfica precisava desesperadamente de uma taça nem que fosse feita de papel e roubada. Nem que fosse de uma competição totalmente ridícula. Diziam que a ideia do Porto ao abdicar da competição era descredibiliza-la e enfraquecer a direcção da Liga, mas era preciso o Porto fazer alguma coisa? Houve alguma competição mais catastrófica que esta do principio ao fim? Eles enterram-se sozinhos, não precisam de empurrão nenhum.

Se tivesse que encontrar a imagem que simbolizava a taça da treta, seria sem dúvida o arremesso da medalha de Pedro Silva. Foi o fim de festa perfeito a simbolizar o que se tratou esta competição, uma treta.

Claro que tivemos que ouvir os comentadores de sempre, aqueles que quando o Porto é beneficiado repetem vezes sem conta a violação da verdade desportiva, falam até á exaustão dos apitos, etc., mas quando se trata do Benfica, de repente, apenas se trata de um erro grave do árbitro, totalmente inocente, que o Benfica não tem culpa e que até se sente mal por vencer assim. O engraçado é que sempre que o Benfica perde aparece o LFV a falar do apito dourado, quando ganha roubando, como na taça da treta, ele não pia. E já agora alguém viu o Rui Costa? Por onde anda ele? Como são os túneis do estádio do Algarve?

O Sporting é claro que se mandou ao ar, e com razão. Mas devia-se lembrar que a mesma mão invisível (não é só a do adam smith que existe) que lhes roubou a taça, simbolizada muito bem pelo gesto do Paulo Bento, foi também a mesma que colocou o Sporting na final, com dois penaltis inexistente oferecidos em Alvalade contra o Porto de suplentes e juniores. Curioso ver que Paulo Bento se apercebeu, por final, que esta competição não devia ter sido levada a sério pelo Sporting, porque se lhes garantia mais uma final que ele tanto gosta, sendo a final contra o Benfica a taça estaria já entregue... Curiosa a forma como ele se expressa "O Sporting levou esta competição a sério ", como a dizer "Então nós jogamos com a nossa melhor equipa, andamos a levar isto a sério desde o ano passado e voces dão assim a taça"? O Paulo bento e o Sporting acabaram por chegar no final de duas taças da Liga à conclusão que o F.C. Porto já tinha chegado há muito tempo, que esta competição não é para ser levada muito a sério, que é boa para, tal como a intercalar, jogar com alguns suplentes, dar-lhes minutos e deixar jogar alguns miudos dos juniores...

Enquanto via o triste espectáculo na televisão só pensava, “ainda bem que o F.C. Porto a tempo se deixou ficar de fora deste filme e deixou a competição da treta para aqueles dois clubes amigos”. Esta competição só sujaria a nossa ilustre sala de troféus. Não é digna. Trocava-a até pela Taça Intercalar. Se não me chateia não ganhar a intercalar, porque havia de fazer questão de ganhar uma competição que suja a verdade desportiva como a Taça da Treta?

Mas vi logo que era bom demais para ser verdade. Vi um Lucílio Baptista a falar e a enterrar-se ainda mais assim como os seus assistentes. Afinal eles têm a certeza que viram a mão em campo. Então eu devo dizer que não se trata de roubo ou incompetência, trata-se de um problema grave do foro psiquiátrico: Esquizofrenia. Eu entendo que um árbitro não veja algo, agora dizer que tem a certeza que viu uma coisa que pura e simplesmente não existiu, isso já é esquizofrenia. Pressenti logo que coisas mais graves e estranhas se passariam...

(continua...)

23 março 2009

Jogador da Bancada - Época 2008/2009 - 37º Round

PS: Em comentário coloco os nomes dos jogadores que actuaram neste jogo e o treinador. Só necessitam de copiar, colar na vossa caixa de comentários e atribuir a vossa nota (de 0 a 10).

Jamor à vista

Lucho 34'(gp) e R. Meireles 39'Equipa: Nuno, Sapunaru, Stepanov, B. Alves, Cissokho, Fernando, R. Meireles, Lucho, M. Gonzalez (Tarik 84'), Lisandro (E. Farias 65') e C. Rodriguez (Hulk 65')

19.108 espectadores


O FCPorto deu um passo forte e bem seguro para a presença na final da Taça de Portugal, a realizar, como o habitual, no Estádio Nacional, em Oeiras, conquistando uma vitória tão incontestável como escassa.

Embora o resultado mereça todos os cuidados e atenção para a partida da 2ª mão, o FCPorto demonstrou que tem todas as condições para pensar que a eliminatória estará quase vencida, notando-se uma enorme diferença de valor entre as duas equipas.

Jesualdo Ferreira, à imagem do que tem feito, e bem, nos últimos jogos, optou por gerir o plantel da melhor maneira, desta vez coube a Helton, Rolando e Hulk descansarem, dando oportunidades a Nuno, Stepanov e a Mariano Gonzalez.

A partida começou de forma interessante, o FCPorto demonstrava interesse em resolver o jogo o mais rápido possível, acercando-se da baliza do Estrela da Amadora. Logo aos 2 minutos, Lisandro Lopez aproveita um deslize do seu adversário para criar a primeira grande oportunidade de golo, mas Nelsón defendeu, de forma apertada, para canto.

Quase no minuto seguinte, Lucho Gonzalez, que deu um festival de golos desperdiçados, rematou de forma enrolada, concluindo mal uma grande jogada entre o seu compatriota Mariano Gonzalez e o uruguaio Rodriguez.

O FCPorto, durante os primeiros 15 minutos, foi uma equipa completamente dominadora, sufocando a equipa de Amadora que não conseguia construir jogadas de perigo, nem sequer passar a linha de meio campo, sentia-se que, a todo o momento, o golo iria aparecer. De facto, apareceu, mas Paulo Baptista anulou, a oportunidade a Lisandro Lopez de inaugurar o marcador, numa decisão essa bastante duvidosa.

A partir daí, o FCPorto começou a baixar o ritmo, o jogo começou a ser muito pausado, e sem forçar muito os azuis e brancos controlavam, esperando ter a oportunidade de conseguir resolver com eficácia as oportunidades criadas que se sucediam.

Num lance de bastante confusão, dentro da grande área, Vidigal tirou, com a mão, a oportunidade de Lisandro marcar, mas, desta vez, Paulo Baptista não teve dúvidas e apontou para a marca de grande penalidade. Lucho Gonzalez não viria a falhar, colocando justiça àquilo que se estava a assistir.

Passados 4 minutos, o FCPorto iria alargar a vantagem. Raul Meireles, confirmando o seu grande momento de forma, principalmente a nível físico, que está a passar, dando seguimento a um cruzamento atrasado de Rodriguez, rematou de forma colocada e sem hipóteses de defesa a Nélson.

Até ao final do primeiro tempo, o FCPorto viria a controlar a partida, impedindo que o Estrela da Amadora tivesse esperanças de conseguir, pelo menos marcar um golo, parecia que a equipa de Jesualdo Ferreira estava a alinhar com mais jogadores, de tal forma forte era o seu domínio.

Na segunda parte, a equipa da Amadora entrou diferente, disposta a surpreender, com os jogadores a sentirem-se mais desinibidos para as saídas de ataque, querendo impor um ritmo mais rápido, adiantando-se mais no terreno, mas a experiência e a qualidade dos jogadores portistas, que se sente mais à vontade quando as equipas adversárias querem jogar mais abertas, foi o suficiente para que os planos do Estrela abortassem.

Os jogadores do FCPorto aproveitavam para vir para a frente tentando alargar a vantagem, mas a velha questão da eficácia, ou melhor, da falta dela não permitia que o resultado fosse mais dilatado.

Com o Estrela da Amadora rendido, o FCPorto limitou-se a deixar passar o tempo, com o ritmo a baixar imenso convidando a longos bocejos. Pelo meio, Lisandro ainda foi tocado dentro da grande área, mas Paulo Baptista deixou seguir o lance, nada de anormal vindo daquele árbitro.

Jesualdo Ferreira queria dar mais frescura ao ataque, Hulk e Farias entravam para o lugar de Lisandro e Rodriguez, mas o ritmo de jogo bastante lento não se viria a alterar.

Até ao fim, apenas destaque para a entrada de Tarik para a saída de Mariano e para mais um lance duvidoso dentro da grande área do Estrela da Amadora, com os jogadores portistas a pedirem a marcação de grande penalidade, por causa de uma mão de um jogador da equipa da Amadora. Na "comemoração" da efeméride dos 50 anos do caso Calabote, Paulo Baptista, à medida dum outro jogo neste fim de semana, voltou a relembrar velhos tempos.

Embora todo o cuidado seja pouco, o FCPorto estará com um pé e meio na final de Jamor, na partida da Amadora, certamente, irá estar a atenta a todas as ratoeiras que lhe vão tentar colocar no caminho. Como afirma Jesualdo Ferreira é um resultado que dá tranquilidade, mas nunca comodidade, porque será perigoso. E o FCPorto continua em frente para a conquista de um dos seus grandes objectivos da época.

A paragem do campeonato vem numa má altura, o FCPorto estava bastante bem, quer física, quer animicamente, fruto dos resultados positivos que tem vindo a alcançar, espera-se que os jogos da selecção não tragam más noticias, como lesões de jogadores essenciais, para que os jogadores portistas estejam em forma para intenso final de época que a equipa portista irá ter.

22 março 2009

FCPorto 2-0 E. Amadora

Lucho 34'(gp) e R. Meireles 39'Equipa: Nuno, Sapunaru, Stepanov, B. Alves, Cissokho, Fernando, R. Meireles, Lucho, M. Gonzalez (Tarik 84'), Lisandro (E. Farias 65') e C. Rodriguez (Hulk 65')

19.108 espectadores

21 março 2009

Com as estrelas para a taça

Convocados:
Guarda Redes: Nuno e Ventura
Defesas: B. Alves, Cissokho, Rolando, Sapunaru e Stepanov
Médios: A. Madrid, Fernando, Lucho, R. Meireles e T. Costa
Avançados: C. Rodriguez, E. Farias, Lisandro, Hulk, M. Gonzalez e Tarik


FCPorto - E. Amadora, Domingo - 20H45, TVI

Por Zé Luís:
Tenho mais medo de Paulo Baptista do que do M. United. O árbitro de Portalegre, conhecido de presidentes de clubes de Norte a Sul e Ilhas e bem cotado na "folha" necessária à sobrevivência pelo menos na II Liga, já fez falar dele esta época. Não foi pelos 3 penáltis sonegados ao FC Porto na Reboleira, em Dezembro, além de um golo de Lisandro invalidado sabe-se lá porquê. Parece que ficou famoso (e a carteira recheada?) com a inclinação do campo da Luz frente ao Braga, em Janeiro.
A propósito dos 3 penáltis negados pelo cospe Machado no Porto-Naval, tive de recordar os mais relapsos que esta situação dos "três de fora" da contabilidade dos resultados na Liga maior não era virgem. O FC Porto já foi prejudicado na Roubalheira. É certo que esta nomeação para a Taça de Portugal é da cartilha dos génios de arbitragem da FPF. Mas andam distraídos, decerto, como os outros...

20 março 2009

Missão (quase) impossível? Escolheram o clube certo então...

Saiu-nos a fava
O campeão da Europa. O melhor jogador do Mundo, o melhor treinador do Mundo provavelmente. Mas se quisermos podemos falar também na melhor defesa da Europa este ano, com a dupla de centrais mais forte do futebol europeu (Ferdinand x Vidic), o melhor lateral esquerdo do Mundo
provavelmente (Evra), um dos 3 melhores guarda-redes do mundo (Van der Saar) e ainda uma das frentes da ataque mais temidas do Mundo actualmente juntamente com a do Barça.

Não há dúvidas que o Villareal seria o adversário que a maior parte dos portistas queriam. Não pela facilidade, como já muita gente por toda a Europa veio falar do Porto e Villareal, mas porque se trata da equipa que em termos do seu plantel tem tanta ou quase tanta inexperiência como o nosso plantel, recheado de jovens que disputam a champions pela 1ª vez.

Não há dúvidas que os ingleses mesmo sendo adversários a evitar, a sair um deles o Arsenal seria o que melhor se enquadraria no nosso estilo de jogo. Por se tratar de uma equipa muito jovem, que ataca de forma desenfreada, que gosta de ter a bola e que assim nos daria muitos espaços e ocasiões para contra atacar e apesar de muito experientes é composta por muitos jovens e é um clube sem conquistas europeias como o nosso.

Até mesmo entre os papões eu não escolheria o Manchester. A minha preferência recairia sobre o Barça. 1º por o seu estilo de jogo tipicamente holandês, que defende que se deve ter a posse de bola o máximo de tempo possível e atacar de forma continuada o jogo todo sem parar. Uma equipa que joga com a defesa muito subida e que, para mim, tem a pior defesa de todos os papões ainda em prova. 2º Por em Espanha terem a arrogância necessária para nos desvalorizarem totalmente e depois serem surpreendidos com mais facilidade como aconteceu com o Atlético. 3º Pela 1ª página do El Mundo Deportivo que nos considerava a equipa mais acessível em prova.

Mas é com o Manchester United que teremos que medir forças.

Sorteio mau ou terá sido sorteio bom...?
Sorteio mau? Azar? Depende da perspectiva. Aqueles que esperavam ver o F.C. Porto atingir as meias-finais apenas e voltar para casa, seria mais aconselhável um Villareal ou até um Arsenal, seriam equipas que, a priori, nos dariam mais chances de prolongar a nossa continuidade na champions . Se o objectivo for, no entanto, ir até á final e fazer o inimaginável com o plantel mais inexperiente desta champions e que todos olham como inferior…bem, nesse caso este é o jogo certo.

Afinal, se o F.C. Porto conseguir derrotar o Campeão da Europa, aquela que é hoje a melhor equipa da Europa e do Mundo, a próxima eliminatória será encarada com outra ambição e até outro estatuto. Até porque se por um lado, a sorte colocou-nos frente aos campeões da Europa nos quartos, deu-nos a hipótese, de em caso de passagem para as meias finais, evitar: Bayern de Munique, Barcelona, Chelsea e Liverpool. Tal como em 2004, o adversário de maior nomeada que nos separaria da final seria o…Manchester United. Derrotando-o sabíamos que a partir daí podemos derrotar qualquer um e que dificilmente apareceria uma equipa capaz de nos meter medo, e nesse âmbito, nas semi-finais com Villareal ou Arsenal entraríamos como sérios candidatos a um lugar na final o que seria algo de absolutamente incrível.

É mais difícil chegar à final este ano do que foi em 2004. A liga inglesa está mais rica e poderosa que nunca. Para chegar à final, e depois de já termos eliminado um forte Atlético de Madrid, teríamos que obrigatoriamente derrotar os campeões da Europa e líderes da liga inglesa isoladíssimos, e ainda mais uma equipa inglesa ou espanhola até chegar à final. Poderiam ser 2 equipas espanholas e 2 inglesas que teríamos que eliminar. Duas das ligas mais fortes do Mundo e com as quais economicamente as diferenças são maiores para Portugal.

Em 2004 até à final, na fase a eliminar, tivemos apenas que eliminar uma equipa inglesa e uma espanhola. Metade. E 2 francesas incluindo com a final. Desta vez. na final já sabemos que encontraremos um colosso mundial seja de Inglaterra, Espanha ou Alemanha, caso lá cheguemos. Se o nosso objectivo é sonhar mais alto, olhar para lá da cortina…então este emparelhamento é o ideal para nós. Foi justamente eliminando o Manchester em 2004 que ganhamos o balanço e a confiança necessária para sermos campeões da Europa.

Agora ,é preciso ser realista. Não será vergonha nenhuma cair aos pés do Manchester United, como aliás, o próprio Mourinho e o seu Inter caiu sem conseguir fazer um golo sequer. Nisso também se pode considerar algo de bom. Cair com o Villareal faria com que tudo o que fizemos até agora fosse logo desvalorizado pelos nossos detractores. Com o Manchester a cair, cairemos de pé contra um colosso Mundial.

Teremos que ter calma na análise e ter noção da dimensão económica e desportiva de uma equipa como o Manchester. O caminho não será armarmo-nos em campeões com uma das melhores equipas do Mundo, seja no discurso seja na atitude. Aliás foi o que Mourinho soube fazer em 2004 brilhantemente, amansando a fera, tentando adormecer o Manchester, para depois o surpreender. Tendo humildade, realismo na abordagem ao jogo, mas sem isso querer dizer que não haja a vontade de vencer e uma dualidade de discursos. Uma para dentro, para o balneário, e outra para a imprensa, para o Manchester ouvir.

A história recomenda ao Manchester cautelas e respeito em relação ao F.C. Porto
Se o Manchester não está já avisado de que nós somos capazes de lhes estragar a festa, depois daquele golo de Costinha em Old Trafford, acho que deviam seriamente ter cautelas quando pensarem no F.C. Porto.

Apesar de economicamente ser muito superior a nós, a verdade é que em títulos internacionais eles apenas têm mais uma liga dos campeões que nós. Em termos de troféus internacionais, apenas têm mais 2 que nós, mesmo tendo os milhões de euros para gastar que nós não temos.

É por demais sabida a superioridade inglesa nos confrontos com as equipas portuguesas, mas até nisto o Manchester se devia fixar. Em jogos com o F.C. Porto há 2 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. O equilíbrio sobre o campo em termos históricos não prova essa superioridade esmagadora que há no papel.

Outro dado para o Manchester ter em conta, em confrontos com equipas portuguesas, a sua superioridade é enorme, tendo muitas vitórias para contar e apenas 4 derrotas para se lamentar, mas convém não se esquecerem que das 4 únicas vezes que foram derrotados por equipas portuguesas, duas delas foram justamente com o... F.C. Porto. Há muitos motivos para que eles nos respeitem como se pode ver.

Abordagem à eliminatória
Foi importante que o sorteio ditasse que o 1º jogo fosse em Old Trafford. Permite uma abordagem idêntica à que tivemos com o Atlético. Para acalentarmos esperanças de apuramento, será imperioso sobreviver ao ambiente do Old Trafford como sobrevivemos ao Calderon, marcar golos e a perder que a derrota seja pela diferença mínima e com golos marcados da nossa parte. Qualquer resultado que não passe por uma derrota mínima com golos nossos, um empate ou naturalmente uma vitória nossa, tornará a eliminatória quase fechada a favor dos Red Devils.

Será fundamental mais que nunca para estes dois jogos ter os onze titulares disponíveis e em boas condições. O F.C. Porto só conta com 11 jogadores de qualidade para disputar uma prova como a champions. Não temos banco, como já não tínhamos o ano passado. Por isso é imperioso contar com o nosso melhor onze para estes dois jogos.

É fundamental também que os avançados do F.C. Porto demonstrem mais eficácia. Temos criado muitas oportunidades jogo após jogo, demonstrando uma consistência incrível e automatismos muito fortes quer na ocupação de espaços quer no desdobramento para o ataque. Falta a eficácia. Com o Manchester as chances serão poucas e um falhanço pode ser fatal para as nossas aspirações de apuramento.

O Manchester United tem dois sistemas: o 4-4-2 clássico com o qual joga na liga inglesa. Semelhante ao do Atlético de Madrid, apenas com dois médios centro, dois extremos e dois avançados, mas com melhores intérpretes e uma defesa infinitamente melhor. Na Champions e contra adversários de maior nomeada esse 4-4-2 passa para 4-3-3 com o reforço do meio campo. Ou um 4-4-2 camuflado, com Park a jogar do lado esquerdo mas muito forte tacticamente no apoio ao meio campo.

Para nós o ideal seria que entrassem em campo com sobranceria. Que jogassem num 4-4-2 ofensivo como jogam em Inglaterra. Com apenas dois jogadores no meio e se possível Nani ou Tevez em vez de Park. Assim o nosso meio campo encontraria superioridade num confronto com os dois do meio que podem ser: Anderson, Scholes, Carrick e até Giggs. Isso permitiria a que Fernando baixasse um pouco no apoio a B. Alves e Rolando a lidarem com Rooney e Berbatov e ao mesmo tempo não perderíamos o meio campo, pois Rodriguez fecharia no meio e ajudaria nas tarefas defensivas, permitindo também, que ele fosse o jogador a galgar metros com a bola no pé, chamar os defesas para si no contra ataque e depois com um passe poder isolar Lisandro ou Hulk para situações de confronto directo, saindo Hulk e Lisandro de posições abertas no ataque para o meio.

Em termos defensivos será importante o Professor, manter a postura que adoptou nos confrontos contra o Atlético, também eles, com um ataque temível e muito imprevisível. Será importante unir as linhas, não ter medo de lhes dar a bola desde que os deixemos jogar onde nos é confortável que eles joguem e fazendo uma marcação à zona. Isso exige uma observação cuidada dos movimentos típicos do Manchester, como a subida de Evra pela esquerda, as deambulações de CR7 pelo meio e a troca constante com Rooney com este a cair para as faixas. Ofensivamente o Manchester confunde muito as marcações, com jogadores rápidos e versáteis que confundem com facilidade quem vá para lá com intenção de fazer marcações individuais.

Mais importante que não deixar os jogadores decisivos do Manchester jogarem, será retirar-lhes os espaços para jogar, e isso faz-se através de uma boa ocupação zonal e boa cultura táctica, algo que a equipa vem revelando neste campeonato. Isso exigirá muita atenção e concentração. O segredo para conseguir algo histórico será este:
1- Boa marcação à zona, não cair no erro de ir atrás do jogador e deixar o espaço. Sabemos que se as zonas estiverem bem ocupadas terão que ser eles a desgastarem-se com trocas constantes esperando que a nossa defesa se desposicione. Aí o cansaço físico e emocional será para eles e não para nós. Que com o passar do tempo ganharemos cada vez mais confiança para depois os assustarmos no contra ataque.

2- Superioridade no meio campo. O meio campo contra uma equipa que joga com dois no meio, pode jogar com o apoio de Park ou com 3 mas sem tantas rotinas como nós, terá que ser ganho por nós. Estrangulada a saída de bola deles, eles ficarão muito dependentes de jogadas individuais de CR7 e ele contra uma defesa bem posicionada e aonde os espaços estarão ocupados, por mais que tente, o mais provável é que esbarre contra a nossa defesa se não tiver o espaço e os apoios necessários.

3- Ser realista na abordagem ao jogo. Saber descer as linhas e jogar com elas bem juntas para poder travar um ritmo de jogo muito forte, capaz de ser imposto pelo Manchester por jogar numa liga com outro andamento mas que não nos beneficia porque não estarmos habituados a lidar com ele na nossa liga nacional. Ser realista mas também ambicioso. Lisandro terá que apoiar principalmente nas subidas de Evra. Não deixar que ele suba e assim o Manchester tenha dificuldade no jogo lateral. Mas acima de tudo, será importante não esquecer que teremos que marcar lá, e ter Hulk e Lisandro no ataque com o apoio vindo de trás de Rodriguez e não abdicar desse ataque.
Deixar o jogo amarrado e preso no meio, adormece-lo até por vezes, e depois ser rápido na transição e deixar o nosso tridente em situações em que possam explorar a sua explosão, velocidade e surpreender um Manchester balanceado para o ataque. Será a única chance contra uma equipa que tem um grande ataque mas também tem a melhor defesa da Europa.

4- Na fase de maior risco, e quando Hulk já os tiver assustado. Poderemos arriscar mais, e deixa-lo aberto na faixa direita do nosso ataque. Pois aí das duas uma: Evra sobe e deixa o espaço para Hulk esmagar, ou então Hulk tem menos espaço mas impede que Evra suba e seja um factor de desequilibro se o Manchester não conseguir entrar na defesa do Porto.
O Manchester geralmente com equipas que lhes roubam o espaço e fortes tacticamente, como é o caso do Liverpool por exemplo, costuma jogar muito com o coração e jogar directo para os seus avançados, quando o seu meio campo não consegue entrar no jogo. Isso será bom para nós. Berbatov e Rooney são fortes, mas no jogo aéreo Rolando e Bruno Alves são capazes de dar conta do recado.

Epílogo
Nós somos um clube que cresce quando maior é a dificuldade que nos colocam á frente. Se nos dizem que só passamos se tivermos que ganhar 3 jogos seguidos, dois deles fora na champions e que isso é muito difícil, nós fazemo-lo. Se dizem que nunca ninguém ganhou num estádio como nos disseram em 2003 na Grécia, nós vamos lá e ganhamos.

Somos um clube que cresceu habituado a ter que ser muito melhor que os demais e a ter que trabalhar muito mais que os demais para ter sucesso. Isso deu-nos este calo, esta coragem e ambição sem limites e o estofo para não ter medo de nenhum adversário, de nenhum campo e acima de tudo, não ter medo de ganhar. Faz parte do nosso ADN desafiar as possibilidades e ganhar.

Queriam alguém para uma missão que dizem impossível ou quase impossível, que é derrotar aqueles que são actualmente os campeões da Europa? Escolheram o clube certo então.