31 agosto 2016

A selecção também não vende... nem o mercado de jogadores serve

Em 2014, foram 42 156 exemplares de média vendidos de Janeiro a Junho (semestre), quando o Benfica venceu as três competições domésticas. Ao Rascord, de nada serviu, pois conseguiu não vender sequer mais um exemplar do pasquim em comparação com 2013, quando o Benfica perdeu tudo e Jesus ajoelhou no Dragão, aos pés de Kelvin e Vítor Pereira mesmo com a colaboração do manco Liedson.
Na altura fiz o sumário da situação. A despeito do encobrimento das malfeitorias do Benfica no futebol tuga e mesmo com a selecção do Bentinho da treta abençoada pela Imprensa do regime para um desastroso caminho pantanoso no Brasil, o Rascord, ungindo e benzendo toda a porcaria lisbonense de volta aos tempos do regionalismo saloio em que quase sempre vegetou, perdia leitores e especialmente vendas. Um declive inclinado acentuado desde 2003, quando dos quase 92 mil diários de vendas chegou, 10 anos depois de chico-espertos terem avacalhado o jornal que lograra suplantar A Bolha, passou para exactamente metade, 46 mil em média, isto no ano todo.
Pois bem, comprovado que o Benfica não faz vender jornais, pois nenhum desportivo logrou subir as vendas ganhe ou perca o clube do regime que tem muitos adeptos mas tão rançosos e saloios quanto os jornaleiros e a pasquinagem em geral, verifica-se agora que nem a selecção melhorou o panorama. É certo que o milagroso título europeu só ocorreu em Julho, mas ao final de Junho já Portugal ia lançado para as meias-finais - e no semestre do ano o Rascord vendeu 37 480 panfletos, que conseguem diminuir dos 38 761 do período homólogo (Jan-Jun 2015). Pior, conseguiu em tempo de vacas gordas e títulos forjados pelo Benfica e com a Selecção em alta vender menos do que de Janeiro a Abril!
Os números, oficiais, da APCT, surgem hoje no CM, cujas vendas desceram para 97 mil em média depois de anos de ribombantes +100 mil. Mesmo assim, 60 em cada 100 compradores leva o CM para casa.

Ora, ou o pessoal não curte tanto os êxitos do futebol, preferindo as tricas e os parlapateiros que as tvs ampliam absurdamente, com as suas idiosincráticas editorias de produção de lixo televisivo e auditivo, ou os pasquins são cada vez mais para deitar ao lixo se chegam a ser comprados.

Veja-se o JN, do inefável Camões, o general prussiano que se bateu servilmente para Sócrates o nomear e trazer consigo a cáfila lisbonense que hoje domina o jornal símbolo do Porto em tempos e hoje decadente como a ideologia esquerdista que marca transversalmente a porcaria da Imprensa tuga mas no caso do diário de Gonçalo Cristóvão afundou de vez a sua credibilidade.

Hoje, o JN tem pouco mais de 42 mil exemplares de venda no semestre. Não tarda, consegue um dia ficar até abaixo do Rascord, algo que já aconteceu porque em tempos, alinhado na produção diária desde 1995, o jornal que era da Travessa dos Inglesinhos e hoje orbita as cercanias da Luz em vez da Lua, esse jornal superou A Bolha e vendia acima de 100 mil exemplares um ano inteiro.

No dia em que fecha o mercado de transferências e depois de mais uma jornada de campeonato com clássico onde a pasquinagem, entregue a amanuenses e polvilhada de comentadores face à imperícia técnica caseira para o domínio das coisas da bola, independentemente do que vier a comprar-se ou vender-se, temos que, à imagem do Sporting-Porto e de tantos clássicos dos últimos anos, não é com jogadores que se ganham jogos e campeonatos, mas "fazendo as coisas por outro lado".
O Benfica já as vem fazendo há muito e por isso passou a ganhar ante a decadência de Pinto da Costa que teve de ser o grunho do Carvalho a profetizar e, hoje, como se viu domingo, a ganhar. Não pelos jogadores, mas com arbitragem miserável de um internacional tuga promovido à maneira dos condes de Abranhos que pululam no circo lisbonense, como sempre (en)cantou o nobre e inimitável Eça de Queirós.

Entretenham-se, pois, com as pantominices do circo me(r)diático. Porque já nem o absurdo e patético silêncio do decrépito presidente do FC Porto estranha - ou faz vender jornais. Se calhar vendiam-se quando ele falava, o FC Porto era defendido e o respeito era infundido.

O tempore, o mores...

28 agosto 2016

FC Porto ganhou a época em Roma com arbitragem justa

Não sendo possível uma análise escorreita ao 2-1 com que o FC Porto saiu vergado, pela vergonhosa arbitragem lisbonense que justifica mais um limpinho, limpinho do grunho JJ , de Alvalade, importa referir algumas notas soltas.
O FC Porto está muito diferente para melhor em relação ao passado recente.
A pobre, empedernida e enraizada arbitragem tuga, ao invés, não mudou nada.
O FC Porto nunca poderia vencer esta tarde, porque do início ao fim o campo esteve inclinado, primeiro pelo árbitro Tiago Martins depois pelo auxiliar que na 2a parte empurrou o Sporting para a frente.
O FC Porto já logrou o essencial em Roma, acedendo à Champions. A nível doméstico continuará vedado aceder a títulos.
Com um árbitro decente como em Roma, o FC Porto não teria sofrido um golo em livre por falta simulada e outro com benefício de ajeitar a bola com o braço. E o Sporting acabaria, como a Roma, com 9 jogadores ou até menos, Slimani, Bruno César e mesmo Adrien seriam excluídos.
O crescimento do FC Porto não permite lutar com tamanha desigualdade de tratamento.
Resta apoiar esse crescimento de algumas formas:
Aplaudindo o jogo dinâmico que a equipa tem apresentado
Acreditando que a Europa dará esse impulso à confiança da equipa, ao invés do Sporting que sentirá falta de arbitragens amigas e benfazejas.
Recusar assinar a Sporttv cuja transmissão do jogo não desdenharia a Sporting tv, quer nos comentários quer na selecção de imagens mesmo fora do campo, vincando, como a arbitragem, qual a equipa da casa.
Resta saber se o FC Porto silenciarà mais este ROUBO, o primeiro da época a prometer muitos mais.
Se a equipa recobrou alma, a SAD tem de provar o seu crescimento se é capaz e ajudar a equipa que negligenciaou criminosamente nos últimos anos, num silêncio sepulcral contra tantas malfeitorias.
Se o novo hino da liga da época for para levar a sério, não se riam nem cantem se tal for pedido no Dragão. Que Pedro Proença julgue calar os dirigentes forjando falso marketing numa liga viciada impunemente, que cante sozinho. Mas pode ser que o servil e decrépito presidente portista aceite aderir à festa, com o seu séquito se amebas e mediocridade, curvando-se à capital como criticava o seu antecessor Américo de Sá.
Haveria muito mais a escalpelizaram a arbitragem horrorosa do que mérito no jogo pelas equipas. O tom disciplinar discriminatório, apesar de o energumeno habitual ter sido posto fora do campo (como se não tivesse influência, outra coisa tão avessa na UEFA), seria certamente resumido ao nem mostrar cartão, e seria vermelho, a Bruno César sobre Otávio, depois amarelar Danilo por empurrão a Bruno César e não punir Coates por falta idêntica sobre Danilo. Tudo em escassos minutos num longo filme de horrores culminado nos golos "ajeitados" ao Sporting.
O silêncio sobre tudo isto, mesmo a nível me®diatico, tem comparação com o criminoso encobrimento da acção governativa da geringonça. Por muito que se evoque o título europeu, ou o alegado cumprimento do défice (promessa)  e uma fantasmagorica, porque falsa, execução orçamental.
Mau sinal, entretanto, enquanto escrevo num café por smartphone, que Nuno Espírito Santo não comece por abordar a arbitragem e se deixe manipular pelas perguntas, anodinas e não inocentes, dos pés de microfone, servindo à SICK para um directo no seu falacioso folhetim informativo que também deixou cair a promessa de polémica dos Panamá Papers...
O tom é este é se o silêncio do FC Porto o acompanhar nada mais haverá a fazer. É jogar a Champions e fazer número em Portugal.

25 agosto 2016

Do osso romano às peras doces em cacho

Leicester, Brugge e Copenhaga, dificilmente o FC Porto poderia esperar melhor sorteio para a CL 2016-2017. Apanhando o inédito e inesperado campeão inglês, mesmo assim era a equipa mais acessível do Pote 1, à parte o Benfica que regulamentarmente não poderia sair aos dragões. E tudo com viagens relativamente curtas, o que é bom em calendários carregados e têm sido, ainda, um peso as longas viagens ao leste dos últimos anos.

Por exemplo, além do Nápoles, o Benfica apanha agora D. Kiev e Besiktas Istambul que o FC Porto tem encontrado nos últimos anos. É um fardo extra atendendo aos compromissos nacionais fazer viagens de mais de 4 e mesmo 5 horas. Vai certamente ser bonito ver a Luz receber de novo Quaresma como era hábito com o FC Porto... E se para lá seguir Aboubakar, a imagem do golo vitorioso do último clássico vai pairar sempre!

Já o Sporting não tem viagens longas, mas a mestria táctica de Jesus vai ser testada ao limite com equipas a quem nunca ganhou, como Real Madrid e Borússia Dortmund... sendo a maldição alemã premente em Alvalade e até um pesadelo com derrotas históricas.

Mas o Sporting, adversário no clássico de domingo, pode "acarditar" que com Jesus vai já lançado para a final... da Liga Europa. Não tem hipóteses com Madrid e Dortmund, não pode adormecer com os polacos do Legia Varsóvia.


Valeu a pena esfolar o osso romano no Play-Off para ter agora das peras mais doces na fase de grupos. Em minha opinião nunca teve o FC Porto um grupo tão acessível na Champions e tem, inclusive, a oportunidade de vencer pela primeira vez em Inglaterra, já que o Leicester não pode ser considerado papão nem sequer favorito a vencer o grupo. Não que o nível seja elevado neste quatuor, nem o FC Porto está ainda numa primeira linha de equipas a ter em conta na prova.

Três adversários de futebol directo e físico que vão bem com a nova forma de jogar do FC Porto. Que, de resto, tem bom histórico com belgas e dinamarqueses e com os ingleses pode quebrar então o tal tabu de nunca lá ter vencido. Com o Brugge, na Taça UEFA, o FC Porto já passou uma vez, no tempo de Cubillas, com 3-0 e 2-3. Leicester e Copenhaga (FCK) são novidades.

É com o Brugge, precisamente, que o FC Porto fará a dupla jornada que normalmente deita fora uma das equipas. E acabar com o campeão inglês em casa quando entra o carregado Dezembro para o Leicester é também uma benesse do calendário que permita uma visita do Copenhaga ao Dragão a abrir - uma jornada que o FC Porto nunca perdeu em casa e normalmente até ganha.

Igualmente importante é o encaixe dos jogos europeus com as provas domésticas. Após o clássico de domingo, o FC Porto só enfrenta o Benfica em Janeiro, pelo que pode fazer o grupo sem estorvos de maior, o que os rivais não poderão dizer entre si.

No resto, apesar das novidades Rostov (afastou Ajax) e Legia (repondo um clube polaco após 20 anos de ausência), não deixa de haver confrontos recentes: Mónaco-Leverkusen, Atlético vs. PSV e Bayern os quais eliminou na última época, Madrid-Dortmund, Barça-Celtic, mesmo Basileia-Ludogorets. E se Cristiano Ronaldo abre contra Rui Patrício no Madrid-Sporting, Pep Guardiola tem na visita ao Camp Nou uma prova de aço pelo City. Já Ancelotti no Bayern reencontra Simeone que lhe ganhava quase sempre na Liga espanhola mas teve na final de Lisboa a desforra quando o Real bateu o Atlético no prolongamento.

23 agosto 2016

Vitória e entrada dignas do Olímp(ic)o - um terramoto!

ACT: face ao terramoto verificado no centro de Itália, esta noite, que fez sair da cama os habitantes de Roma, não há dúvida da extensão dos danos da vitória portista. Lisboa já deve estar em alerta máximo!

O FC Porto voltou a conseguir um brilhante e retumbante êxito europeu fora de portas, com um 3-0 à Roma no Olímpico cedo emudecido pela confiante e autoritária entrada em jogo dos dragões. Um 3-0 que faz recordar igual resultado na visita ao Atl. Madrid ainda no tempo de Jesualdo Ferreira, mas esse foi cumprir uma formalidade a fechar a fase de grupos e esta noite tratava-se de uma final em que o 1-1 do Dragão dava conforto aos italianos.
Felipe teve uma entrada fulgurante de cabeça a inaugurar o marcador e aliviando o fardo do autogolo da 1ª mão, em que manifestou falta de reacção. Também o FC Porto não foi a equipa timorata e envergonhada de há uma semana quando até o seu público assustou pela passividade demonstrada.
O conforto com que a equipa se moveu sempre em campo, reiterando quão assimiladas estão as ideias de Nuno já patentes nos jogos oficiais disputados, permitiu cedo apagar a má imagem do início da eliminatória e impondo logo respeito à Roma. Muito mais do que as iniciativas romanas controladas pelo posicionamento dos médios e entreajuda fundamental nas tarefas de cobertura, o FC Porto dominou o jogo mesmo com menor posse de bola. E se Salah podia ter empatado, na única grande ocasião da Roma na 1ª parte, também o 2-0 pairou antes do intervalo, quando os locais tinham menos um em campo por expulsão, correctíssima, de de Rossi.
Foi gerir a 2ª parte, até porque domingo há clássico em Alvalade, e outra expulsão, acertadíssima, de outro jogador da Roma indicava que a qualificação não fugiria. Contudo, quanto a mim, quando era preciso mais bola em profundidade para espalhar a Roma no comprimento do campo, Nuno optou por um médio de passe curto, juntando Sérgio Oliveira a André André que já mal passava da linha divisória. Layún substituíra, muito bem, Maxi Pereira e quanto a mim ganha o lugar de caras, tem mais força e velocidade e assim fez o 2-0 num contra-ataque à italiana, em 3 toques e golo de baliza escancarada. Tinha passado um último assomo de valentia romana com 9 em campo mas em busca do 1-1. Na televisão ouvia-se não só o palerma da RTP a aludir à desvantagem numérica dos romanos em campo quase em permanência, como se o FC Porto tivesse culpa disso e o árbitro não tivesse assumido decisões justíssimas. Também se ouvia o banco portista a pedir calma, refreando a equipa de ir para o 2-0, o que compagina com a entrada de Sérgio Oliveira que cedo fez asneiras, perdeu passes, enervou-se, levou logo um amarelo e confirma não ter estaleca para estas andanças. Já não bastava, nos últimos jogos, ver Herrera e André André desencontrados nas missões defesa-ataque, ver com eles Sérgio Oliveira era desafiar a probabilidade de sofrer um golo. 
Otávio, ao invés, confirma-se como um puto com genica, gana, carácter, assumindo os duelos e não desistindo das bolas divididas. Um puto que faz lembrar Quintero, com alguma semelhança física e de semblante, mas é todo o contrário do parvo colombiano que nunca será jogador de futebol competitivo. Otávio é um motor que joga da ala para dentro, bem complementado por Corona no outro lado. Corona que assinou um golo fantástico para 3-0 - logo este lance individual com tiro fulminante de canhota a lembrar o 3-0 de Hulk no Calderon, em jogada similar, se é que alguém se lembra, alguma tv vai ter memória e mesmo o Torto Canal será capaz de mostrar o que vale.
Vale um triunfo rotundo, fantástico, que ecoará pela Europa e decerto alguns clubes italianos ficaram de olho em jogadores portistas mas não são aqueles para vender até final do mês.
O futebol e a ligação colectiva que notei na equipa nos primeiros jogos convenceram-me que o FC Porto tinha hipóteses de passar à fase de grupos (21ª presença) e fará certamente uma época bem mais positiva e à sua imagem do que nas últimas temporadas de autêntico desastre competitivo e financeiro. A equipa sabe o que quer do jogo, o sistema adoptado adequa-se mais às características de jogadores que não têm uma amplitude tão grande e tão lata como o 4x3x3 exige e reclama jogadores de um nível superior e completo.
Parabéns a NES e aos jogadores, merecendo mais dois reforços pontuais para lacunas evidentes no plantel. Até porque precisamente a Champions exige muito mais e o empenho no campeonato não pode ser dissimulado. A visita a Alvalade mostrará algo mais do que é preciso. Mas muito já está feito e, apesar de contratempos e falta de soluções, NES já ganhou a época. Tem um apoiante indefectível, mesmo que não venha a ter mais meios para dar corpo a latas ambições de conquista.
Não vou entrar em guerras de palavras com parvos e grunhos com espaço me(r)diático inconcebível a não ser num portugalório de acéfalos e amebas várias. Nenhuma equipa portuguesa logrou, ainda, na Champions, repetir os resultados do FC Porto e já nem remonto a 2004. Isso é inalcançável para a patetice tuga. E a parlapatice saloia não tem arcaboiço intelectual para entender, logo discutir, futebol a sério. O palerma da RTP é um caricato exemplo da falta de nível cá da paróquia e do mau serviço informativo e comunicacional infelizmente extensível nessa área a vários clubes. 

20 agosto 2016

Problemas e soluções

É o que todas as equipas, e trabalhos, se confrontam e o suado 1-0 com o Estoril mostrou o que há e o que falta. Mas é um panorama animador, não o desnorte completo e braços caídos das últimas épocas. Creio que o jogo pachorrento e a falta de crença da época passada não daria para ganhar este jogo, como não deu em vários jogos.
André Silva resolveu, procurou o espaço e antecipou-se a um soberbo Dunkler, desviando de Moreira, outro esterilização numa noite quase perfeita. O puto portista fez lembrar o matador Gomes que há 40 anos também marcou em 5 jogos seguidos. Acho que André é mais jogador do que foi Gomes, mas precisa crescer e marcar mais, certo é que melhora a cada jogo.
É para estas partidas fechadas, em que centrais curtinhos, gr sem falhas e erros de pontaria dos avançados, que faz sentido Depoitre. Mas cedo ficou lesionado quase sem jogar. Não é o mesmo ter 2 pdl na área ou 1+1 como Adrian Lopez que é de apoio lateral.
Entretanto, NES mudou o meio-campo, sem Danilo e o André André que tem sido só um André e não a valer por dois. Com Varela à direita e Corona à esquerda, Otávio fez o meio, atrás de André Silva. Ainda o 4x2x3x1 mas mais móvel e inventivo. Boa 1a parte, mas percebendo-se que a falta de golo iria enervar e condicionar.
Enervou e condicionou, não só os que estavam como os que entraram. Moreira defendeu 7 bolas de golo mas também a imperiais no remate adiou a estocada final, ainda porque Sérgio Oliveira e André André que renderam Herrera e Otávio não trouxeram calma e precisão no passe. Também Rúben Neves se precipitava mas não deixava de tentar. A verdade é que a juventude da equipa, acabando com 4 jogadores da formação, prejudicou. Falta gente de calibre físico mas mais maturidade para o passe letal. Acabou por sair da fórmula da época passada, de Layun para André Silva! E numa equipa cujo 11 de início tinha só Otávio como... reforço!
Mas foi e é tido diferente. Velocidade e verticalidade desde o início. Podia estar 3 ou 4 a 0 no 1o tempo, mas a precipitação e a ansiedade tomaram conta na distribuição de jogo e em especial na finalização.
Ao fim e ao cabo, sem mais kg e cm na área, com nervoso nos miúdos e impericia no remate, valeu a única bola que, escapando a Moreira, podia entrar e contar.
Mas também há muita raça, crença a sério, disputa rija da bola e pressa na recuperação. Na época passada perdiam-se pontos à falta disto tudo. Um jogo determinado, mais à feição do FC Porto, sem desfalecer.
As continuas alterações meio-campo denunciam ainda a maleita que tenho abordado e confirmam as dificuldades de NES em fazer uma equipa mais forte. Ninguém está a convencer, à parte Otávio que é único reforço no sector que justifica a titularidade. E tanto pode faltar um Rafa que rompa em velocidade estonteante, ou um Oliver com mais perícia no passe para um 10 de origem. Não vou fazer drama com a ida de Rafa para a Luz, embora possa questionar-se dispêndio de milhões jogadores que nem calçam...
O espírito da equipa é mais arejado, o colectivo reage como tal e isso significa que o plano do treinador é entendido, respeitado e cumprido. Com outras soluções técnicas e de mentalidade mais madura este tipo de jogos poderão ser resolvidos com outra tranquilidade.
E superando os nervos e não se abstendo-se com a descrença, a equipa passou mais um teste de crescimento e autoridade.
Por isso gostei, mais do que todos os jogos da época passada. Pena que, adiando o golo sem deixar de o procurar, a generalidade dos jogadores não tenha frieza e lucidez para resolver melhor e tornar a pressão ofensiva asfixiante.
Este 1-0 tem mais valor do que alguns 2-0 e 3-1 da época finda. Mesmo aquele 3-1 à Académica que deixou o FC Porto episodicamente no 1o lugar e o Dragão assobiando Lopetegui por não ter lançado André Silva com à partes patéticos de Pinto da Costa.
O momento é a confiança são outros. O FC Porto também está muito diferente, para melhor. E ir a Alvalade a seguir, como no início do ano para logo perder o 1o lugar, inspira outra confiança que claramente faltava.
Boa vitória, percebe-se o que falta e o que se pode arranjar até ao fim do mês.
A eliminatória, particular, com a Roma é um assunto à parte. Um matá-la para o qual o FC Porto não parece preparado. E também percebe a razão, além de o adversário ser muito forte e credenciado.
Porém, não pode alterar os dados de mais uma reconstrução em Nova época. Porque o mal foi feito. Remedeie-se.

17 agosto 2016

Perdeu-se um André e sobra outro pé frio

Confirmado que André André não traz dinâmica ao meio campo e isso faz muita diferença, como se viu em Vila do Conde. O autogolo de Felipe confirma também que há outro pé frio além de Marcano. O brasileiro já fora pouco expedito frente ao PSV e agora voltou a nao decidir atacar a bola para alívio à bruta.
A equipa andou perdida na 1a parte, graças a uma bela Roma que surpreendeu atrevida e mandona. Mas também porque a titularidade de Adrian Lopez criou dúvidas sobre se se mantinha o 4x2x3x1 de 6a feira ou era um 4x4x2, aliás mais evidente na 2a parte, com muitas ocasiões de golo desperdiçadas, aproveitando-se apenas uma gp por André Silva bem melhor batida do que frente ao Rio Ave.. Mas parece ser este apenas o único André que se aproveita...
O pé frio de Felipe não deu cabeça quente na bola parada ofensiva. A Roma jogou 2a parte com 10, Vermaelen foi bem expulso na estreia, mas já contra 10 o FC Porto teve dificuldades noutras ocasiões e Spaletti volta a sair do Dragão sem perder nem sabe como. Otávio, André Silva, Felipe podiam ter colocado o resultado mais confortável numa eliminatória que se antevia complicada e agora obriga a marcar no Olímpico. Duas vezes. Repete-se Nápoles?
Mas o trio Otávio - André André - Herrera voltou a nao render bem. Mais dúvidas que certezas. E o Adrian Lopez mais junto à André Silva fora de casa?


12 agosto 2016

Ter só um André não chega

O FC Porto entrou a ganhar na nova época, com sistema de jogo novo e consequente modelo também diferente mas a precisar de outra dinâmica e mais precisão no passe. Com mais jogadores ao meio e na zona intermédia, o jogo tem de ser fluido, foi a espaços, e retirando iniciativa ao adversário com mais e melhor posse de bola. Porque a reconstruir tudo de novo há o risco de um deslize e de um canto, com deficiente marcação ao 1o poste, o rio Ave encheu. Não é admissível um golo assim, com fraca presença defensiva de André Silva que Felipe não logrou corrigir na entrada de Marcelo que ninguém desde o início acompanhou.
Com Maxi a falhar passes permanentemente, André André andou sempre perdido. Os médios não estavam bem colocados e havia ou sobreposição ou lacunas. Falta entendimento e as características de Herrera e André André são algo semelhantes mas a forma como fazem circulação da bola tem de ser mais precisa e, especialmente, expedita.
Se o modelo novo impõe chegar à frente mais rápido e Corona e Otávio estavam bem, os médios têm de possuir outro desembaraço técnico. Otávio joga bem por dentro, Corona é sempre perigoso quando entra na meia direita, mas não havia presença de médio central e os médios do rio Ave cobriam a zona e ganhavam a 2a bola.
O 1-1 bem trabalhado por Alex Telles e concluído por Corona de forma perfeita ajudou a serenar uma equipa que nos últimos anos se ia abaixo ao primeiro contratempo. O golaço de Herrera, como na última visita a vila do Conde, libertou mais a equipa e permitiu ampliar numa gp indiscutível que Otávio ganhou com insistência para André Silva converter à segunda.
Tornou-se uma vitória tranquila só manchada pela expulsão de Alex Telles graças à palhaçada simulador de Heldon e um auxiliar demasiado zeloso mas acima de tudo parvo idiota ludibriar porque quis ser protagonista no circo montado.
O 4x2x3x1 tem de melhorar com a fluidez do meio campo mas André André tem de jogar mais e verticalidade deve ser a prioridade.
Notou-se mais presença à frente da linha da bola mas, estranhamente, sem pressing ofensivo, que julguei ser obrigatório na amostra do único jogo de preparação que vi frente ao PSV.
Depoitre ainda jogou para mostrar o seu físico impressionante que os estúpidos árbitros tugas vão punir com faltas e faltinhas também já a marca geral que de viu da arbitragem de Fábio Veríssimo.
Jogo tem de melhorar, cantos defensivos exigem melhor cobertura e agora segue-se a Roma numa exigente qualificação da CL mas que apanha italianos mais atrasados na pré época e com viagens intercontinentais de permeio. Ganhar sem sofrer golos é prioridade. Um bom teste europeu que pode galvanizar a equipa.

ACT: ao contrário de Sporting e Benfica, o FC Porto ganhou a adversário com estatuto europeu e em geral até jogou bem melhor do que os rivais lisboetas. E vai à frente, para já. Bom começo, portanto, confirmado. Haja mais André André...

09 agosto 2016

SAD atávica recorreu ao que o NES viu na época passada

Surpresa o Lepoitre, não é? E como se chegou lá? Não foi pela SAD, certamente.
A SAD devia tratar de um outro central, depois do brasileiro que veio e do outro que foi recambiado. Os CENTRAIS foram e são o câncro do futebol portista. A SAD fez o que fez em Janeiro neste sector: nada. Teve o resultado: nada.
A SAD foi buscar Suk e Marega, avançados, em Janeiro, quando se pediam centrais. Suk e Marega já foram despachados. Isto, à moda da geringonça, não traz miasmas para ninguém, ninguém é preso ou sequer despedido da chusma de incompetentes que atolaram o FC Porto num pântano como muitos conheceram nos anos 60 e 70.
Então, conheciam o Depoitre? Nada. Quem conhecia era o Nuno Espírito Santo. Na época passada, pelo Valência, foi o médio suíço Milicevic e o avançado maliano Coulibaly que atazanaram os jogos com o Gent, no Grupo H da Champions em que os espanhóis foram superados pelos belgas e o Zenit. Milicevic fez 3 golos em 6 jogos, Coulibaly 2, Lepoitre só um, ao Zenit, no último jogo do grupo que levou o Gent aos 1/8 final com o Wolfsburgo, onde caiu com duas derrotas mínimas (2-3 e 0-1).
Coulibaly tem 1,97m, mais do que os 1,93 de Lepoitre, mas a condição de não comunitário, presumo, pode ter levado a optar pelo belga. Não sabemos o que NES desejaria para a frente de ataque que há um ano tinha um Aboubakar pujante e prometedor e agora foi afastado da lista europeia para o play-off com a Roma, daqui a 8 dias.
Esperavam centrais? Não tiveram da SAD senão falsas entradas e saídas precárias, como Indy e Marcano nos habituaram. Indy foi-se, o espanhol infelizmente continua. Veio um espadaúdo brasileiro que ainda está frio para a Europa e Alex veio reprovar em exames médicos.
Qual é a cláusula de Aboubakar? Não interessa, vai sair por menos de um cêntimo abaixo dela... E, entretanto, à falta de melhor, vem uma espécie de Stéphane Paille, 25 anos depois. Ou o esforçado mas manco Marc Janko, do último título com Vítor Pereira... Lepoitre traz outro golo europeu na carreira, na Liga Europa este Verão, aos romenos do Viitorul (5-0). Não é mais do que um poste de área, que Aboubakar nunca foi mas o futebol portista não os pedia nos últimos anos. Talvez venha agora a precisar.
Certo é que para ser desencantada esta solução, a atávica SAD nota-se que andou às escuras. NES espreitou pela fechadura de uma óbvia contenção financeira e desenrascou um meco de área para jogos caseiros apertados. Sem credenciais de realce, à beira deste o argentino Farias era um craque matador e todos sabemos como era a exigência naquele tempo, na década passada, como válida opção de segunda linha que desenrascou vários jogos e foi exemplo de abnegação e espírito de entreajuda.
A SAD imaginou um ponta-de-lança e confundiu o nome de lança de Poitre. E Adrián Lopez? Já nem de segunda apanha? Ridículo. Para chegar a Lepoitre nem sequer a tempo da apresentação de sábado? Faz lembrar o idiota António Costa a deixar ao indigente ministro das Finanças Centeno a alegria de anunciar a diminuição do preço dos combustíveis em 1 cêntimo!... 
Mas agora que a competição a sério vem aí começa a obrigação de falar do que há. Lamentos.