Em 2014, foram 42 156 exemplares de média vendidos de Janeiro a Junho (semestre), quando o Benfica venceu as três competições domésticas. Ao Rascord, de nada serviu, pois conseguiu não vender sequer mais um exemplar do pasquim em comparação com 2013, quando o Benfica perdeu tudo e Jesus ajoelhou no Dragão, aos pés de Kelvin e Vítor Pereira mesmo com a colaboração do manco Liedson.
Na altura fiz o sumário da situação. A despeito do encobrimento das malfeitorias do Benfica no futebol tuga e mesmo com a selecção do Bentinho da treta abençoada pela Imprensa do regime para um desastroso caminho pantanoso no Brasil, o Rascord, ungindo e benzendo toda a porcaria lisbonense de volta aos tempos do regionalismo saloio em que quase sempre vegetou, perdia leitores e especialmente vendas. Um declive inclinado acentuado desde 2003, quando dos quase 92 mil diários de vendas chegou, 10 anos depois de chico-espertos terem avacalhado o jornal que lograra suplantar A Bolha, passou para exactamente metade, 46 mil em média, isto no ano todo.
Pois bem, comprovado que o Benfica não faz vender jornais, pois nenhum desportivo logrou subir as vendas ganhe ou perca o clube do regime que tem muitos adeptos mas tão rançosos e saloios quanto os jornaleiros e a pasquinagem em geral, verifica-se agora que nem a selecção melhorou o panorama. É certo que o milagroso título europeu só ocorreu em Julho, mas ao final de Junho já Portugal ia lançado para as meias-finais - e no semestre do ano o Rascord vendeu 37 480 panfletos, que conseguem diminuir dos 38 761 do período homólogo (Jan-Jun 2015). Pior, conseguiu em tempo de vacas gordas e títulos forjados pelo Benfica e com a Selecção em alta vender menos do que de Janeiro a Abril!
Os números, oficiais, da APCT, surgem hoje no CM, cujas vendas desceram para 97 mil em média depois de anos de ribombantes +100 mil. Mesmo assim, 60 em cada 100 compradores leva o CM para casa.
Ora, ou o pessoal não curte tanto os êxitos do futebol, preferindo as tricas e os parlapateiros que as tvs ampliam absurdamente, com as suas idiosincráticas editorias de produção de lixo televisivo e auditivo, ou os pasquins são cada vez mais para deitar ao lixo se chegam a ser comprados.
Veja-se o JN, do inefável Camões, o general prussiano que se bateu servilmente para Sócrates o nomear e trazer consigo a cáfila lisbonense que hoje domina o jornal símbolo do Porto em tempos e hoje decadente como a ideologia esquerdista que marca transversalmente a porcaria da Imprensa tuga mas no caso do diário de Gonçalo Cristóvão afundou de vez a sua credibilidade.
Hoje, o JN tem pouco mais de 42 mil exemplares de venda no semestre. Não tarda, consegue um dia ficar até abaixo do Rascord, algo que já aconteceu porque em tempos, alinhado na produção diária desde 1995, o jornal que era da Travessa dos Inglesinhos e hoje orbita as cercanias da Luz em vez da Lua, esse jornal superou A Bolha e vendia acima de 100 mil exemplares um ano inteiro.
No dia em que fecha o mercado de transferências e depois de mais uma jornada de campeonato com clássico onde a pasquinagem, entregue a amanuenses e polvilhada de comentadores face à imperícia técnica caseira para o domínio das coisas da bola, independentemente do que vier a comprar-se ou vender-se, temos que, à imagem do Sporting-Porto e de tantos clássicos dos últimos anos, não é com jogadores que se ganham jogos e campeonatos, mas "fazendo as coisas por outro lado".
O Benfica já as vem fazendo há muito e por isso passou a ganhar ante a decadência de Pinto da Costa que teve de ser o grunho do Carvalho a profetizar e, hoje, como se viu domingo, a ganhar. Não pelos jogadores, mas com arbitragem miserável de um internacional tuga promovido à maneira dos condes de Abranhos que pululam no circo lisbonense, como sempre (en)cantou o nobre e inimitável Eça de Queirós.
Entretenham-se, pois, com as pantominices do circo me(r)diático. Porque já nem o absurdo e patético silêncio do decrépito presidente do FC Porto estranha - ou faz vender jornais. Se calhar vendiam-se quando ele falava, o FC Porto era defendido e o respeito era infundido.
O tempore, o mores...
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