23 agosto 2016

Vitória e entrada dignas do Olímp(ic)o - um terramoto!

ACT: face ao terramoto verificado no centro de Itália, esta noite, que fez sair da cama os habitantes de Roma, não há dúvida da extensão dos danos da vitória portista. Lisboa já deve estar em alerta máximo!

O FC Porto voltou a conseguir um brilhante e retumbante êxito europeu fora de portas, com um 3-0 à Roma no Olímpico cedo emudecido pela confiante e autoritária entrada em jogo dos dragões. Um 3-0 que faz recordar igual resultado na visita ao Atl. Madrid ainda no tempo de Jesualdo Ferreira, mas esse foi cumprir uma formalidade a fechar a fase de grupos e esta noite tratava-se de uma final em que o 1-1 do Dragão dava conforto aos italianos.
Felipe teve uma entrada fulgurante de cabeça a inaugurar o marcador e aliviando o fardo do autogolo da 1ª mão, em que manifestou falta de reacção. Também o FC Porto não foi a equipa timorata e envergonhada de há uma semana quando até o seu público assustou pela passividade demonstrada.
O conforto com que a equipa se moveu sempre em campo, reiterando quão assimiladas estão as ideias de Nuno já patentes nos jogos oficiais disputados, permitiu cedo apagar a má imagem do início da eliminatória e impondo logo respeito à Roma. Muito mais do que as iniciativas romanas controladas pelo posicionamento dos médios e entreajuda fundamental nas tarefas de cobertura, o FC Porto dominou o jogo mesmo com menor posse de bola. E se Salah podia ter empatado, na única grande ocasião da Roma na 1ª parte, também o 2-0 pairou antes do intervalo, quando os locais tinham menos um em campo por expulsão, correctíssima, de de Rossi.
Foi gerir a 2ª parte, até porque domingo há clássico em Alvalade, e outra expulsão, acertadíssima, de outro jogador da Roma indicava que a qualificação não fugiria. Contudo, quanto a mim, quando era preciso mais bola em profundidade para espalhar a Roma no comprimento do campo, Nuno optou por um médio de passe curto, juntando Sérgio Oliveira a André André que já mal passava da linha divisória. Layún substituíra, muito bem, Maxi Pereira e quanto a mim ganha o lugar de caras, tem mais força e velocidade e assim fez o 2-0 num contra-ataque à italiana, em 3 toques e golo de baliza escancarada. Tinha passado um último assomo de valentia romana com 9 em campo mas em busca do 1-1. Na televisão ouvia-se não só o palerma da RTP a aludir à desvantagem numérica dos romanos em campo quase em permanência, como se o FC Porto tivesse culpa disso e o árbitro não tivesse assumido decisões justíssimas. Também se ouvia o banco portista a pedir calma, refreando a equipa de ir para o 2-0, o que compagina com a entrada de Sérgio Oliveira que cedo fez asneiras, perdeu passes, enervou-se, levou logo um amarelo e confirma não ter estaleca para estas andanças. Já não bastava, nos últimos jogos, ver Herrera e André André desencontrados nas missões defesa-ataque, ver com eles Sérgio Oliveira era desafiar a probabilidade de sofrer um golo. 
Otávio, ao invés, confirma-se como um puto com genica, gana, carácter, assumindo os duelos e não desistindo das bolas divididas. Um puto que faz lembrar Quintero, com alguma semelhança física e de semblante, mas é todo o contrário do parvo colombiano que nunca será jogador de futebol competitivo. Otávio é um motor que joga da ala para dentro, bem complementado por Corona no outro lado. Corona que assinou um golo fantástico para 3-0 - logo este lance individual com tiro fulminante de canhota a lembrar o 3-0 de Hulk no Calderon, em jogada similar, se é que alguém se lembra, alguma tv vai ter memória e mesmo o Torto Canal será capaz de mostrar o que vale.
Vale um triunfo rotundo, fantástico, que ecoará pela Europa e decerto alguns clubes italianos ficaram de olho em jogadores portistas mas não são aqueles para vender até final do mês.
O futebol e a ligação colectiva que notei na equipa nos primeiros jogos convenceram-me que o FC Porto tinha hipóteses de passar à fase de grupos (21ª presença) e fará certamente uma época bem mais positiva e à sua imagem do que nas últimas temporadas de autêntico desastre competitivo e financeiro. A equipa sabe o que quer do jogo, o sistema adoptado adequa-se mais às características de jogadores que não têm uma amplitude tão grande e tão lata como o 4x3x3 exige e reclama jogadores de um nível superior e completo.
Parabéns a NES e aos jogadores, merecendo mais dois reforços pontuais para lacunas evidentes no plantel. Até porque precisamente a Champions exige muito mais e o empenho no campeonato não pode ser dissimulado. A visita a Alvalade mostrará algo mais do que é preciso. Mas muito já está feito e, apesar de contratempos e falta de soluções, NES já ganhou a época. Tem um apoiante indefectível, mesmo que não venha a ter mais meios para dar corpo a latas ambições de conquista.
Não vou entrar em guerras de palavras com parvos e grunhos com espaço me(r)diático inconcebível a não ser num portugalório de acéfalos e amebas várias. Nenhuma equipa portuguesa logrou, ainda, na Champions, repetir os resultados do FC Porto e já nem remonto a 2004. Isso é inalcançável para a patetice tuga. E a parlapatice saloia não tem arcaboiço intelectual para entender, logo discutir, futebol a sério. O palerma da RTP é um caricato exemplo da falta de nível cá da paróquia e do mau serviço informativo e comunicacional infelizmente extensível nessa área a vários clubes. 

2 comentários:

  1. É bom ver as caras desses palermas espantados com algo não imaginaram ser possível...outra vez lá! Inchem!

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  2. Custa a engolir a vitória do Porto... como dizia o outro: "se a tinha fosse doença muita gente era... tinhosa", em especial aquele palerma tinhoso benfiquista que aparece a segunda à noite na SIC ... e também o Obélix do 5LB da TVI!

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