12 agosto 2016

Ter só um André não chega

O FC Porto entrou a ganhar na nova época, com sistema de jogo novo e consequente modelo também diferente mas a precisar de outra dinâmica e mais precisão no passe. Com mais jogadores ao meio e na zona intermédia, o jogo tem de ser fluido, foi a espaços, e retirando iniciativa ao adversário com mais e melhor posse de bola. Porque a reconstruir tudo de novo há o risco de um deslize e de um canto, com deficiente marcação ao 1o poste, o rio Ave encheu. Não é admissível um golo assim, com fraca presença defensiva de André Silva que Felipe não logrou corrigir na entrada de Marcelo que ninguém desde o início acompanhou.
Com Maxi a falhar passes permanentemente, André André andou sempre perdido. Os médios não estavam bem colocados e havia ou sobreposição ou lacunas. Falta entendimento e as características de Herrera e André André são algo semelhantes mas a forma como fazem circulação da bola tem de ser mais precisa e, especialmente, expedita.
Se o modelo novo impõe chegar à frente mais rápido e Corona e Otávio estavam bem, os médios têm de possuir outro desembaraço técnico. Otávio joga bem por dentro, Corona é sempre perigoso quando entra na meia direita, mas não havia presença de médio central e os médios do rio Ave cobriam a zona e ganhavam a 2a bola.
O 1-1 bem trabalhado por Alex Telles e concluído por Corona de forma perfeita ajudou a serenar uma equipa que nos últimos anos se ia abaixo ao primeiro contratempo. O golaço de Herrera, como na última visita a vila do Conde, libertou mais a equipa e permitiu ampliar numa gp indiscutível que Otávio ganhou com insistência para André Silva converter à segunda.
Tornou-se uma vitória tranquila só manchada pela expulsão de Alex Telles graças à palhaçada simulador de Heldon e um auxiliar demasiado zeloso mas acima de tudo parvo idiota ludibriar porque quis ser protagonista no circo montado.
O 4x2x3x1 tem de melhorar com a fluidez do meio campo mas André André tem de jogar mais e verticalidade deve ser a prioridade.
Notou-se mais presença à frente da linha da bola mas, estranhamente, sem pressing ofensivo, que julguei ser obrigatório na amostra do único jogo de preparação que vi frente ao PSV.
Depoitre ainda jogou para mostrar o seu físico impressionante que os estúpidos árbitros tugas vão punir com faltas e faltinhas também já a marca geral que de viu da arbitragem de Fábio Veríssimo.
Jogo tem de melhorar, cantos defensivos exigem melhor cobertura e agora segue-se a Roma numa exigente qualificação da CL mas que apanha italianos mais atrasados na pré época e com viagens intercontinentais de permeio. Ganhar sem sofrer golos é prioridade. Um bom teste europeu que pode galvanizar a equipa.

ACT: ao contrário de Sporting e Benfica, o FC Porto ganhou a adversário com estatuto europeu e em geral até jogou bem melhor do que os rivais lisboetas. E vai à frente, para já. Bom começo, portanto, confirmado. Haja mais André André...

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