30 abril 2013

Os 7-0 que Heynckes esqueceu


A propósito, e lembro desses jogos televisionados, Heynckes disse que na 1ª mão em casa deveria ter ganho por 7-1, um jogador seu, que não nomeia, falhou dois golos isolado quando podia ter servido colegas melhor colocados. Ficou só 5-1 e o Madrid deu a volta para seguir em frente (4-0 no último minuto) e ganhar a segunda Taça UEFA consecutiva. 

A Imprensa de Madrid aproveita tudo para levar ao marcador desta noite o 3-0 necessário para a equipa de Mourinho superar o 1-4 de Dortmund. 

E se Heynckes fez por esquecer a maior goleada da sua carreira que não foi essa em Madrid, a Imprensa espanhola também esquece que o Benfica goleado em Vigo por 7-0 (corrigido e verificado no vídeo fácil de ver no YouTube) em 1999 tinha Heynckes no banco e, no fim, João Pinto a pedir desculpas... O Celta já fez história que Heynckes quer esquecer e ninguém parece lembrar...

Quanto a remontadas, está difícil no campeonato, com a sorte do Benfica a passar de mais uma bola no poste de Artur a um autogolo que deu a vitória nos Barreiros. Realmente, com os sacristões e capelas deste regime e tanta sorte junta parece mais complicado revalidar o título para o FC Porto mas sempre pode ainda adiar tudo para a última jornada. 

Nem o Real Madrid deixa de acreditar, nem o Barcelona face ao 0-4 de Munique e a máquina trituradora do Bayern de Heynckes. Porque haveria o FC Porto de deixar de acreditar?

26 abril 2013

A corrupção com o sacristão

Não era preciso mais factos e argumentos, mas a nota de 3,7, em 5 possíveis, dada pelo observador do árbitro, um Luís Ferreira que fica para a história de mais uma vigarice com o clube do Regime, a João Capela é só mais do mesmo. A corrupção está instalada e, como se vê, quem a manobra não é de quem habitualmente se fala, mas de quem faz as coisas por outro lado.

Os ingleses chamam a isto "to add insult to injury", os tugas em geral sabem ser do mais comezinho no País corrupto a um nível bem mais elevado do que antigamente, cantem as Grândolas que quiserem e falem das gaivotas a voar até se cansarem: "voava, voava, filha da puta nunca mais parava" era o refrão da miudagem no pós 25/4, já fartos da lengalenga da educação popular que os revolucionários quiseram impor até o Povo mostrar que não queria mais da mesma merda com cheio diferente. 

Já vimos, de resto, broncas com delegados disto e daquilo na Luz: do grunho que nada viu no campo, do pascácio que nada viu no túnel, do servil amanuense de serviço, como dizia Pedroto, que reverenciava quem se sentava na tribuna e ai de quem ousasse dizer mal pairando a ameaça de tribunal. Pimenta Machado sabia que o cancro da arbitragem eram os delegados e o entorno dos árbitros que os levava a apitar mal. Esta nota é só mais uma nota da vergonha que não foi erradicada e reside no poder instalado em Lisboa para fazer as coisas calabotianas de antigamente. É só uma nota de sacristão em nome da capelinha de interesses que quer à viva força levar o Benfica a campeão.

A forma de fazer isto, colocar todo o poder em Lisboa, começou com a saga do Pífio Dourado em que os palonços dos Loureiros se deixaram embrulhar pela cantilena da transparência e da verdade desportiva ditada dos pasquins da capital pelos quais muitos senhores do futebol do Norte mantiveram também eles um venerando respeitinho. A decadência do Norte, também no futebol, surgiu pela capitulação aos interesses de Lisboa que manietou muita gente e levou outra gente a sacrificar quem podia estar do mesmo lado da barricada. Os castigos do Pífio Dourado são constante e invariavelmente destruídos mas a semente do mal germinou e arrastou um par de boas almas que se venderam ao Diabo. O FC Porto tem grandes culpas neste cartório, porque se é grande a nau é enorme a tormenta a que não soube resistir. E se perdeu acção influente na Liga para se chegar ao descalabro que é hoje o futebol português foi por pensar em resistir por si marimbando-se para tudo o que poderia ruir à volta. O panorama é desolador à volta, seguramente não passou despercebido.

Da nota do sacristão que velou pela luz certa na capela abençoada nem vale a pena dizer nada. Nem é excepcional nem será a última vez que tal acontece.

Mas a divulgação da nota - uma informação vital que há um ano e pouco aqui pedi por causa do roubo do Caixão em Barcelos - prova-se uma vez mais ser possível de fazer, seja e que maneira for. Lembro-me que o FC Porto não a pediu, um paspalho caquético e burro de corte andou aí a (des)dizer que tal não era possível, como se tal fosse impossível ao FC Porto ou a outro órgão de informação. Na época passada o Sporting chegou a saber a nota do mesmo Caixão também em Barcelos, onde até perdeu limpinho, limpinho mas armou uma "puta" que o árbitro infame de Setúbal que se julgava intocável - "ainda andarei cá muitos anos", disse - de repente viu-se fodido e estrebuchou pela nota no final da época. 

Terá sido coincidência que seja hoje a Renascença a dar a nota do Capela, por sinal numa altura em que o ex-jornalista da casa é anunciado como de saída do Sporting? Não seria o mesmo tipo, que nem fixo o nome, a dar então a nota de Barcelos e a dar esta da Luz? Só pategos e informação selectiva segredada a ouvidos ignaros podem achar que as notas dos árbitros não se sabem.

A prova da corrupção está aí. A dobrar. Até um míope vê.

Depois do castigo exemplar do Cardozo, do penálti à maneira com a Académica, da vitória fraudulenta, fraudulenta no dérbi com amnistia disciplinar para os vermelhos e penáltis por marcar para os verdes, do Capela mafioso do Marítimo-Porto, de mais um penálti inacreditavelmente negado ao Porto no Moreirense, o banho turco aconteceria para repor a Verdade Desportiva se os corruptos entrassem pela Madeira dentro. Mas há tempo para escolher a próxima capela para estas alminhas vendidas ao Diabo e justamente ao alcance de um cachaço. Não é difícil antever João Ferreira no Jamor, como alvitrou PdC, porque o vigarista da escola do Lucílio e do Carlos Valente acaba carreira e terá prémio até pela arbitragem escandalosa do Benfica-Porto. Mas para segurar esta merda vermelha tão tremida não há como um Roubarte Gomes para os Barreiros, condescendente com os arrasados lampiões e decerto severo para os impetuosos madeirenses que queiram fazer valer a sua aspiração à Liga Europa.

Fenerbahce podia ter dado quatro como os alemães mas os postes devolveram três bolas...

Na Liga Europa, desvirtuada pela repescagem imoral e indecente de equipas caídas da Champions, espero que ao menos o Fenerbahce chegue à final de Amesterdão, já que o Basileia perdeu em casa com o Chelsea. Nesta competição defendo as equipas que jogam nela desde o princípio e já que o Basileia deixou o Sporting pelo caminho, que o Fenerbahce faça o mesmo ao Benfica. Categoria e futebol mostrou a rodos no estádio que recebeu a final de 2009, onde um árbitro desconhecido mas decente e honesto foi exemplar em imparcialidade, marcou um penálti evidente e amarelou quem tinha de amarelar, incluído o suspeito Maxi, mesmo um Pierre Webo que perde a 2ª mão por suspensão depois de chutar a bola para longe mesmo reclamando de um fora-de-jogo ilegal que lhe apontaram quando podia ter-se isolado e nos descontos marcado o 2-0 que se justificava plenamente.
 
Vamos ver que interesses de Capela ainda defendem a equipa do Regime, do antigo e do actual que no âmago paternalista e protector do interesses das "famílias" ricaças ou "socialistas", no jogo da Madeira. Que a intensidade do Benfica se perdeu e por cá só é amparada pelo andor da arbitragem já se viu e sabe como é. Depois da cagueira com o Newcastle (duas bolas nos postes na Luz), da banalidade com o Bordéus cujo g.r. comprometeu nos dois jogos, da eliminatória ganha em sorte e com favor da arbitragem a anular um golo limpo aos alemães em Lisboa frente ao Bayer Leverkusen, esperemos ver a vaca esgotar o leite lá fora e cá dentro.
O Fenerbahce jogou maravilhosamente, tão bem quanto os alemães frente aos espanhóis. Podia também ter dado quatro, mas de tantas bolas nos postes só uma entrou, ao menos valeu a vitória mesmo perdendo Meireles, que jogão!, por lesão. Além disso, perdeu dois jogadores por acumulação de amarelos que os suspendem do jogo da Luz. Não bastavam três bolas nos postes, uma delas de penálti, para tanto azar dos turcos. O Benfica foi, de novo na Europa, escapando por pouco à derrota em Newcastle, fraquinho e se houver uma arbitragem limpa na Luz, pelo menos tanto como a do sérvio Mazic que parecia o van Bommel do apito, o Fenerbahce sempre pode aspirar a ganhar uma prova europeia de forma limpinha, limpinha. É que o Galatasaray vencedor da UEFA em 2000 lá foi repescado da Champions. O que continua a ser um ESCÂNDALO no século XXI!
 
Pelo segundo ano consecutivo, os dois grandes de Espanha estão praticamente fora das finais que a local Imprensa à (moda chauvinista) francesa previa, claro, como inevitavelmente disputadas entre Madrid e Barça. Se na época passada o Barça pôde queixar-se da falta de sorte com o Chelsea e nos dois jogos, desta feita os castalães reclamam contra três golos ilegais do Bayern mas custa-me a crer ser verdade. Tal como não foi verdade terem sido prejudicados em Milão, foram, sim, em Paris. Mas o Bayern da época passada também merecia mais na final em casa que perdeu estupidamente com o Chelsea. Já o Madrid, há um ano sempre inferior ao Bayern de quem escapou de goleada em Munique e teve sorte em chegar aos penáltis no Bernabéu, levou de novo que contar do Borússia de Dortmund, tal como na fase de grupos em que só por sorte logrou empatar em casa. Mas não deixou o Madrid de Mourinho de ter mais um penálti perdoado (daria talvez o 2-0 e na jogada seguinte, oferecida, logrou o 1-1), tal como sucedeu com o Galatasaray e, antes, teve aquele turco Cakar a prejudicar o United com a expulsão incompreensível de Nani. Dos árbitros, como o Benfica, não se pode queixar o Madrid, helàs dois clubes do Regime, dos dois lados da fronteira.
 
Era bonito ver uma final alemã em Wembley, local, nome e estádio, pelo menos o velho, que tanto diz aos teutónicos pelo título mundial perdido em 1966 e pelo título europeu ganho em 1996. Já tivemos final espanhola em 2000 (Paris) e inglesa em 2008 (Moscovo) e a Alemanha há muito não tem um título europeu de clubes: desde 2001, do Bayern com o Valência, olé, um opositor espanhol.

24 abril 2013

O Regime

Alguns dias ausente inibiram-me, como avisara, de comentar mas não passei ao lado das "grandes questões". Mesmo longe, amiúde em bolandas, na hora certa parei para... ver o(s) jogo(s). Em boa e até improvável companhia. De regresso ao nosso país de sempre não trago boas recordações nem sequer novidades: a vida lá fora, mesmo para os nossos imigrantes longe de concretizarem, muitos deles, o sonho da vida dourada, não está fácil e cá dentro é a porca miséria do costume. Entretanto, na companhia de portugueses tão anónimos quanto eu, conseguindo até dar uma olhada, com atraso do envio (então ao domingo nem de ontem havia jornais), a cada um dos três pasquins desportivos, verifiquei que um actor vai dar corpo e alma ao seu sentir de adepto numa tv de um jornal para adeptos e escuso-me a dizer os nomes dele e daquilo mas quem - ainda há quem... - lê... deve saber do que eu estou a falar. O que pretende, sic, esse actor? Desmistificar a ideia de o Benfica ser o clube do regime (sic). Não sei, nem vou saber, se o actor, tipicamente de comédia, já debitou no programa daquela tv de jornal para adeptos fiéis e tão fiéis que muitos dizem, encartados em qualquer coisa ou simplesmente ignaros, terem começado a ler por aquelas páginas amiúde traduzidas como Bíblia. Acho até que muitos portistas têm essa convicção, tal a forma entusiasta como a ele/ela se referem. E sem querer beliscar a boa escrita do João Ferreira nestes emails do João, a verdade que ressalta é que só o que A Bola diz merece comentários e acirrados, tal a importância que ainda se reveste a sua leitura e difusão.













Fiquei com curiosidade, não sobre a reacção do FC Porto e muito menos sobre como reagiria o Torto Canal porque não confio em milagres nem sou crente cego à espera de Godot, mas como o Vermelhices retraria a coisa do derby. Ao seu estilo.
Estamos já de novo noutro 25 de Abril e nada como falar do tal Regime. O outro, o antigo, e o novo, dito nosso por quem se revê nele (e eu não, nunca revi), mas com o denominador comum, no tocante ao futebol, sobre o clube do regime. Vi os jogos do Porto, com mais um penálti, e brutal, por marcar, e do Benfica em que, depois da época passada termos visto um árbitro marcar três penáltis contra um visitante na Liz, vimos um árbitro negar três penáltis a um visitante na Luz. O Regime está vivo, vivó Regime!!!
 
Confesso, porém, que não tenho estômago para certas leituras, às quais chego sempre por terceira (ou mais) via, nem sequer para certas arbitragens. De João Capela, Ó Capela, disse o que disse no Marítimo-Porto.:
- um penálti sobre Lucho transformado em amarelo por simulação quando o argentino foi tocado no joelho;
- mais um penálti por marcar por gravata de Igor a Jackson;
- três entradas de jogadores do Marítimo por trás sem vermelho directo, a primeira nem amarelo a Heldon (sobre Otamendi), Heldon que ainda levaria um amarelo mas podia continuar em campo; outra de Igor a Jackson que deu sururu mas sem expulsão; mais uma de Roberge a Jackson que nem por ser à entrada da área deu sequer amarelo;
Parece que poucos o viram da mesma forma e até o FC Porto se calou por mais um arbítrio. Consequência ou não, Capela decidiu a Taça da Liga ainda que seja difícil contestar o penálti assinalado e embora difícil de engolir não restam argumentos para acusar o árbitro. Agora, Capela poderá ter ajudado a decidir o campeonato com uma arbitragem monstruosa, digna do Regime, o antigo e o que ainda vigora, por muita areia para os olhos e cuspo para o ar que uns tantos queiram atirar com o silêncio cúmplice e autodestrutivo do FC Porto. Lá está, eu levantei-me do meu lugar, placidamente sentado numa plateia cordata e correcta sem extravasar o que fosse, ainda antes do final da 1ª parte do derby. ão houve uma, uma única situação de despique directo, duvidosa, que o árbitro não tenha apitado a favor do Benfica. Uma só. Uma apenas. E já lá tinham ido dois penáltis por marcar para o Sporting e uma série de faltas de Maxi Pereira, como sempre, sem a necessária sanção disciplinar do árbitro. Uma arbitragem à moda antiga, mesmo que moderna e mesmo que uns tantos e uns tansos queiram fazer crer que há 20 anos era pior e há 30 anos o Pinto da Costa manobrava a arbitragem, não se sabendo hoje quem, com a marioneta vi-te ó Pereira, manobra a arbitragem.
 
Não deixou de ser uma boa ocasião para os saloios do Sporting pensarem em quem manobra a arbitragem, com a marioneta do seu consócio que já quiseram expulsar da respectiva comunidade. O Benfica está mais perto de ganhar o campeonato com arbitragens de autêntico colo-colo - como o do emblema do clube chileno que vi na lapela de um jovem à minha chegada ao aeroporto - e o Sporting de ficar fora da Europa. Uma arbitragem de Capela a separar o que em tempos parecia unir os clubes da Santa Aliança contra o FC Porto. Mas uma arbitragem que vem no seguimento da pressão, mais do que dos conluios dos corredores do poder, em tempos exercida.
 
De Capela foi a expulsão, inapelável, de Aimar na época passada em Olhão, no único jogo de João Capela que o Benfica não ganhou, não marcou mas também nunca sofreu golos em oito ocasiões!
 
De João Santos, por alegadamente não ter visto um milimétrico fora de jogo de Maicon no 3-2 da Luz, a sua incapacidade visitual não foi glosada desta vez pelo treinador da treta: João Santos, que devia ter visto o penálti sobre Wolfswinkel, borrou-se e não ajudou o árbitro que, por seu lado, também "não viu porque não quis".
 
Lembrei-me, no jogo cuja arbitragem me inquietava e em que indirectamente o FC Porto era interessado, da pusilanimidade disciplinar de João Capela no Marítimo-FC Porto, então favorecendo o Marítimo (três jogadores deviam ter sido expulsados) e agora o Benfica: só Maxi Pereira fez faltas para expulsão por duas vezes e ainda cometeu dois penáltis sem terem sido assinalados e, assim, sem ver os respectivos cartões. E lembrei-me do cachaço no auxiliar de Jorge Sousa que de imediato começou a ver tão bem que viu uma bola de Cardozo para lá da linha de golo num jogo de 1-1.
 
Como as coisas me ocorrem no momento, não só deixei de ver os minutos finais da 1ª parte em campo tão infamemente inclinado, como não assisti ao quarto de hora final do jogo em que terá sido cometida mais uma penalidade não assinalada contra o Benfica.
 
Que o treinador da treta que sabe ser possível ganhar na Luz só com a Playstation tenha dito que foi uma "grande arbitragem", já o fizera no 2-2 com o FC Porto em Janeiro, com pena sua de não pode dizer que foi uma vitória "limpinha, limpinha" porque não ganhou; mas sem ter havido penáltis houve, sim, três fora-de-jogo mal assinalados que poderiam ter deixado os portistas isolados com hipóteses de golo ante Artur, a arbitragem de João "Pode vir o João" Ferreira impediu que mais golos portistas pudessem acontecer e nada como cortar cerce jogadas mesmo antes de chegar a bola à área - para além de ter deixado em campo sem expulsão inapelável mas não concretizada quer Matic quer, helàs, o famoso Maxi Pereira na entrada animal a João Moutinho.
 
Daqueles lados sabemos o que é considerada uma "grande arbitragem" e uma "vitória limpinha, limpinha". E que, além da arbitragem, a disciplina é o que é.
 
Do nosso lado a cada 25 de Abril lembramos como era antes, quem pôde ver, e como é hoje, demonstrado à saciedade.
 
Infelizmente, o nosso País não é só futebol, felizmente, mas é cada vez mais o mesmo País saloio, corrupto e atrasado, vivendo sempre histórias irreais com sonhos de grandeza sob o vínculo ao antigo e sempre renovado Regime, que amanhã se celebra, quem quiser.
 
A Imprensa de sarjeta, com a autocensura promovida internamente, dá o lastro comunicacional e institucional de reverência com o respeitinho de antigamente. Daí, como o País, essa também, estar em queda de credibilidade e em risco de sobrevivência.
 
Quanto ao ambiente em que vi os jogos, com gente de todas as cores, era o benfiquista, após o
magnífico golo de 2-0, quem dizia, como piada mas de forma respeitável e não acintosa ao seu colega sportinguista, que "assim fica 2-2 e está tudo bem". Não sei como terá reagido ao terceiro penálti perdoado ao Benfica, mas imagino que o amigo sportinguista com quem cavaqueirava continua e amigavelmente cada vez mais acharia graça àquilo tudo. Eu já não tinha estômago para tanto. O meu regime alimentar rejeita produtos censuráveis e intragáveis. Mas a cada qual o seu Regime. Vivó Regime, se o tal actor de comédia não discordar.


VOCÊ DISSE SWOT SWAP? Ao pôr a leitura em dia, procurando só o que vale a pena, eis o Regime, o antigo tão recente que muitos ainda não entenderam, a sacudir a água do capote; e mais do mesmo. Como é o Regime, então? Lembro-me que foi o JN a levantar a lebre há umas duas semanas e o resto da maralha nem tugiu nem mugiu: agora fala-se nisto e nunca se apontou a origem da notícia, nunca se fez referência à fonte onde todos foram beber. A inveja, como no fim dos Lusíadas, e o despeito são a marca da Portugalidade, por muito bem que a cantem por estes dias. Isto é a nossa maneira de ser, o Regime.

16 abril 2013

Contrafacção

Enquanto a derrota portista é glosada e mal digerida no site oficial do clube em que se apresenta o resultado anterior como próprio do jogo a seguir com o Moreirense,
a provar, de novo, a massa de que é feita aquela porcaria que é sempre a imagem visível, e internacional, do clube e da SAD, há outras reflexões a ter em conta, não como o pateta José Correia se transformou desvairado e em postura cobarde e censória, sobre as incidências que se vão apurando e a consciência que se vai formando.

Li ontem, por acaso, em O Jogo (do qual procurei o link mas não vislumbrei na net, o que é notável e diz bem do negócio online para mais assinado mas sem apelativo para pagar informação não disponível) que Pinto da Costa já estaria a preparar qualquer coisa, desde a recandidatura à próxima época do futebol SAD, com treinador e plantel nas cogitações. É uma verdade lapalissiana, seguramente, porque é consabido, ou sempre comunicado à exaustão, que no FC Porto prepara-se sempre tudo com muita antecedência. E, ainda, que este tipo de notícias não traz nada de surpreendente ou de novidade, sendo do cardápio de qualquer reacção pós-trauma de uma derrota dolorosa e seja em que clube for. Quando se perde parece que tudo se mexe, já vimos isso em vários clubes e no FC Porto de vez em quando porque normalmente ganha e parece haver pouca necessidade de mexer sendo verdade, também, que mexe-se sempre mesmo em equipa que ganha.
 
O mais preocupante, ou verdadeiramente digno de fazer pensar, é saber, lendo no papel disponível no café, que Pinto da Costa zarpou de Coimbra afastado da equipa. Pior, que Antero Henrique, que ainda na 2ª feira anterior tinha abraçado o treinador na hora dos golos depois de estar no banco a ouvir o relato pela rádio e portar-se como se não fosse nada com ele e desconhecesse VP de todo, entrou no autocarro antes de VP e deixando o treinador, depois da saída antecipada do presidente, sozinho.
 
Mais e ainda pior: lê-se que há uma facção de Antero (sic) na SAD que pretenderá contratar Leonardo Jardim. Há uma facção. Ponto. Quer dizer, haverá outras, alegadamente uma pretenderá Domingos. Não vou discutir nomes, nunca o fiz, apesar de isso agitar a bluegosfera que, assim, vai de encontro ao que recrimina nos jornais, contribuindo para o circo me(r)diático com a verborreia que não aceita na Imprensa que tem esse móbil de negócio e faz parte do seu dia a dia. Entretanto, o presidente saiu, presume-se que intempestivamente. E o delfim move-se por outros objectivos e interesses. Há facções quando era suposto o presidente aglutinar tudo e todos, naquele dizer já da praxe de visão, rigor, ambição e paixão ou coisa parecida no slogan. Há divisões ou facções. Fracturas quando sobram facturas para pagar. Como em qualquer administração, corta quem manda e em tempo voltaremos ao assunto retomando outros casos em que a "estrutura" sacode a água do capote, cena em reposição.

Então, pergunta quem estiver atento e sapiente, mas não é, sempre, atribuído ao presidente o mérito de escolher treinador? Ele mesmo, do alto da sua cátedra sem dúvida intocável, sabedor do métier e que recebe dos treinadores presicamente esse reconhecimento e gratidão para a vida, não diz que escolhe, decide, apresenta aos pares da SAD e estes ratificam a escolha, tida como sábia e invariavelmente certeira?
 
Tal como seria aconselhável qualquer jornadista avisado não escrever certas coisas com risco de parecer mal ou puxa-saco, convém lembrar terem sido essas facções que foram aniquilando a equipa com o desmembramento a cada época, sangrando-a ao som de milhões que, fatalmente, um dia se pagam com derrotas. Ainda confio no título e as próximas duas jornadas serão determinantes para uma escorregadela do Benfica, conquanto já no fds não estarei para comentar. Espero que tudo corra bem, mesmo que um triunfo no campeonato, bálsamo para tudo e mais alguma coisa, não apague o que já se vai dizendo e mostrando. Para não se apagar o que está e vai sendo feito, no contexto da preocupante fase do pós-pintismo o qual não me aquece nem arrefece mas deve dar que pensar a muita gente, tomando este exemplo como referência, até porque o fim está próximo, seja quando for.
 
É que há, por fim, jornalistas que não "inventam", como é o caso citado, embora possam veicular versões, "narrativas" no léxico actual, de facções como se fosse bom haver facções onde quer que seja. E se escrevem é por serem, de algum modo, autorizados e confiantes no que dizem, mesmo que o mais grave esteja encoberto pelos títulos. Não é só grave quando se acumulam frustrações na época, com risco de perder títulos importantes, mas pior será quando o dinheiro abundar menos.
 
E se alguns jornalistas merecem confiança para veicular certas posições, há bloggers que só escrevem se também tiverem autorização, ou segredo de pé de orelha para uma certa versão ou "narrativa" no léxico actual, prometendo fazer o ponto de situação sempre mais tarde, mesmo que seja amanhã.
 
Enfim, como em qualquer dificuldade, em clube ou na vida, o "portismo" está em causa. Afinal, não está tudo em causa como é consabido, igualmente, nestas ocasiões? Afinal, de novo, já se entrou pela via de discutir o penálti quando se vê que há responsabilidades nem atribuídas nem assumidas. Por cobardia, que acontece nas derrotas para as quais nem todos têm estômago. A coragem dos vencedores é só outra treta que se põe a correr, mas essa deixa-nos a encolher os ombros. O pior é agora. Pelo visto.

15 abril 2013

Espaço me(r)diático VII

Este resultado da sondagem é a consequência directa dos telejornais das anas lourenços, dos josés albertos carvalhos e das marias de são josé, na rádio pública. E de toda uma plétora de comentadores avulsos que aqueles convidam para os seus jornais de notícias. Não há dia algum que os syryzas do BE ou os estalinistas do PCP não tenham antena aberta para dizer o que querem e pretendem. Mas não dizem tudo porque para o jornalismo caseiro tipo para quem é bacalhau basta, isso não interessa nada. Nunca lhes perguntam as alternativas reais que pretendem como medidas e contentam-se com proclamações propagandísticas para "mudar de políticas". É um chavão que serve para tudo e contenta este jornalismo pindérico.
´O PS do Seguro, do Sócrates e do Soares também querem o que a sondagem revela e pelas mesmas razões exclusivas: acesso ao pote de nomeações de apaniguados.Só e apenas.

A democracia em Portugal funciona assim: a oposição tem todo o tempo de antena, sem contraditório equivalente porque a Esquerda é dominante no país, principalmente nas tv´s.


 Aqui e a propósito de uma (euro)sondagem do ROC que nem é revisor oficial de contas nem acerta uma que seja em termos de... sondagens, mas tem sempre as encomendas dos amigos do costume.

Isto ainda do famoso Espesso que, dois anos e três meses depois da celebérrima manchete, faz outra do género o FMI já não vem:

Mas há sempre cretinos, sócretinos, lunáticos, déspotas e sumamente perigosos, não por acaso os maiores chuchialistas de sempre, a vender banha da cobra aos ignaros que julgam não pagando deixam de ser pobres e passam a ricos. De resto, Chulares é e será sempre Chulares, mesmo caquético. O gordo bonzo Jaime Gama disse de AJ Jardim ser o Bokassa da Madeira. Imagine-se o que se pode pensar de um dos muitos alegados "pais da demo... cracia" à moda iraquiana de Saddam.

Eu bem digo que esta mentalidade do pessoal das barracas é uma e toda igual.


A corrupção, em França

Em França, a percepção do fenómeno da corrupção não tem paralelo com o que nós temos como norma mediática e até de costumes.
Perante a emergência do caso Cahuzac, cuja essência lida com questões éticas que por cá são mato grosso, eventualmente pior que no Brasil, o que fizeram os franceses, a começar pelos media reputados como "de referência"? Assinalaram todas as questões que se envolvem nestes casos, mesmo as mais subtis mas relevantes para mostrar a raiz e base da corrupção que envolve figuras de "Estado". Por cá, tal coisa soa a surrealismo tipo dali.

A revista Le Nouvel Observateur desta semana é eloquente no elenco dessas razões que um cretino director de jornal de referência português não topa porque nem tem a noção educativa que a tal conduziria e por outro lado nunca o quereria fazer porque lhe estragaria irremediavelmente a vidinha confortável.

Temos por isso um problema específico, em Portugal: os media de referência não topam casos de corrupção como estes, nem se interessam demasiado em investigar seja o que for a esse propósito, ao contrário do que se faz na Europa civilizada. Qual a razão profunda de tal fenómeno? Não esperemos que um ISCTE, madrassa das esquerdas bem-pensantes o venha a estudar como deve ser, porque é daí, desse local mesmo que saem as larvas do bicho careta que corrói as demais instituições democráticas.
Não foi aí que um inenarrável cursou, durante quatro trimestres, um cursilho para possuir um «Diploma de Pós-Graduação em Gestão de Empresas com a designação de MBA», o que corresponde à parte curricular do mestrado em Gestão" ? Alguma vez tal instituição se deu ao cuidado de esclarecer que tal cursilho acelerado teve essa duração e não os dois anos proclamados e muito menos o valor de um verdadeiro "master business administration", como é uso nos
MBA´s a sério e a valer?
Alguma vez os media, dirigidos por esses cretinos se deram ao cuidado de o sindicar e analisar quando tal questão se colocou?

Portanto, qual a razão profunda de tal condescendência corruptiva? Quanto a mim adianto uma explicação: a mediocridade contagia e topar excelência em lugares de onde a mesma se ausentou há muitos anos, será impossível. Por isso, os pares cooptam-se nas redacções e o ambiente geral reflecte o nível de cima que é demasiado baixo. E tem outro, porventura mais relevante: ganham bem onde estão, precisamente para fazer esse trabalho de sapa intelectual e portanto seriam duplamente estúpidos em levantar questões que aparentemente não existem. A RTP paga uma ninharia relativa aos cabeças falantes dos telejornais para escolherem as notícias que entendem mais convenientes e nunca as mais incómodas para o poder que está e arranjou um estratagema genial para os arreatar ao hábito: paga-lhes um suplemento que só subsiste enquanto dirigem a redacção das notícias. Se deixarem de redigir o que os cabeças falantes dizem, acaba-se-lhes a mama da teta gorda que lhes rende o triplo ou quádruplo do habitual e da tabela.

De novo, aqui, a porta da loja.

Enfim, se os portistas consideram sistema e regime o que se passa no futebol, mal olham para o lado político das coisas e uma corrente de pensamento, precisamente plasmado na Imprensa do regime tal qual no futebol tuga, para todos saberem a cartilha que se sabe e lê.


E, ainda, na reposição do Nobel nóvel comentador que ontem regressou ao ecrã do regime, cujo primeiro episódio agora é apresentado aos flashes a falar de "orçamentos inconstitucionais" como se a duplicação da despesa pública nos seis 6 anos de reinado fosse condizente com a CRP, um oportuno esclarecimento sobre licenciaturas e coisas que um jornalista vulgar deveria saber há vários anos pelo homem que denunciou a fraude de Estado que a PGR atirou para debaixo do tapete.
Deste, é preciso ter topete. Porque vergonha na cara não tem.

E por falar em noticias que se fazem ou são omitidas...

Para rematar a faena, ontem ao final do dia, domingo, os três telestarolas abriram com a ausência de um ministro na tomada de posse de dois novos ministros quando faltaram outros ministros... Enfim...

--- para perceber a agonia da Imprensa do Porto, só sendo da estirpe da de Lisboa: especulação, demagogia, populismo, periodismo de caserna ou regimental. Surpresos?
 

13 abril 2013

Parabéns ao Braga, mas dispensavam-se as baldas defensivas

Pronto, lá perdeu o Porto uma final com o Braga, algum dia tinha de ser e a verdade é que, além de justa a vitória dos minhotos, a defesa portista ameaçava fazer a desfeita aos seus adeptos e à equipa. Depois de terem sido oferecidos quatro (4) lances de golo na 2ª feira para o campeonato, desta vez houve mais ofertas, especialmente com o 1-0 e 10 jogadores na 2ª parte, com a agravante de a mais perigosa ter redundado em golo, e expulsão de Abdoulaye, no único lance ofensivo de registo dos minhotos numa 1ª parte dominada pelo FC Porto. Fabiano só viu um remate à sua baliza aos 63' e Quim, imbatível frente a Benfica e FC Porto como prémio de carreira merecido, chegou a ter mais trabalho até o FC Porto arriscar tudo na frente e mostrar-se vulnerável atrás, quando Fabiano emergiu a encher a baliza.
 
Tal como no golo sofrido no Dragão ante Alan (antes da tabela e do remate fatal), a ajuda defensiva de Danilo foi ridícula, agora com Mossoró, e Abdoulaye arriscou num desarme que Mossoró aproveitou para cavar o tal penálti. Danilo já tinha sido o responsável pelo primeiro amarelo a Abdoulaye, por ter sido pastelão a dominar uma bola que perdeu e levou ao precipitado carrinho do central numa falta escusada e só feita pela imaturidade  do jovem africano, depois reincidente no penálti. Danilo confirmou-se o flop dos 20ME, da mesma forma que o meio-campo dá sinais de fragilidade arrepiante: Lucho de novo substituído, agora ao intervalo, James ainda sem encontrar o 1 para ser o 10 necessário e também retirado sem glória do campo, Moutinho e Fernando muito marcados pelos faltosos médios centrais do Braga.
 
Mossoró, que podia ter empatado a final de Dublin numa oferta de Fernando, acabou por ser o homem do jogo (pela organização?) quando aos 79 minutos pensei que seria Custódio, tantas as faltas cometidas sem cartão. O Braga em vantagem, imerecida ao intervalo, soube gerir as emoções e a reacção corajosa do FC Porto, trocando bem a bola, nos espaços, para em contra-ataque, nestas condições, poder ampliar, justificando aí o triunfo, que honra a cidade, o clube e os jogadores muito determinados em ganharem um troféu esta época como pretendiam. Mesmo assim, quase todas as oportunidades foram de baldas defensivas portistas, Otamendi reentrou para ceder logo a primeira, depois foi Alex Sandro, ainda Mangala, um fartote que podia ter dado goleada não fosse a bravura de Fabiano.
 
Mesmo com 10, um adversário bem plantado, extremos lançados só com a equipa em dificuldades como na 2ª feira, com Kelvin e Atsu infelizes desta vez, o FC Porto vendeu cara a derrota, honra seja feita a quem porfiou até final e ainda ameaçou marcar. Mas as baldas oferecidas custaram caro e o problema é que repetem-se desde o jogo em Málaga. Mas a equipa acabou em orgulho, mostrando fair-play no final porque só tem de queixar-se de si mesma. A reacção de Vítor Pereira sobre o penálti é compreensível mas é apenas uma opinião, discutível, sem mostrar azedume veemente com a arbitragem correcta. Danilo e Abdoulaye, por duas vezes que valeram amarelos e expulsão do central, têm seguramente mais "culpas" no desfecho e contra isso o Braga não tem... "culpa".
 
A defesa joga sobre brasas e parece que sob brasas, como se algo queimasse à partida e pairasse sobre a cabeça dos jogadores, talvez pelas lesões ditarem muitas mexidas num sector sempre sensível como é o dos centrais, coadjuvada por um meio-campo sem energia pelos comandantes já aludidos e esgotados. Os médios têm sido a falta de inspiração, quando antes eram a fonte da mesma, que emperra a equipa e disso já falei na 2ª feira, temos um gravíssimo problema para o futuro próximo sem Lucho, sem Moutinho e talvez sem Fernando.
 
Se já foi dificílimo gerir o pós-Dublin em 2011, com tantas vitórias, a ausência de triunfos sonantes se o campeonato for perdido pode levar a igual sangria. O título nacional, objectivo da época, esse sim, pode salvar a temporada mas a equipa não parece acreditar muito nisso, pelo que se tem visto noutros jogos. Ainda assim, foi infeliz nesta final, nos capítulos defensivo e ofensivo e por isso não tem como atenuar a derrota, a segunda em taças com os bracarenses e em ambas acabando com 10. Sinas,, além dos sinais. Perder de vez em quando um título faz bem à humildade e espera-se que a equipa não desista do campeonato mas também que não ofereça tantas baldas ao adversário.
 
NOTA HISTÓRICA - não sou muuuuuito antigo, mas ainda do tempo em que o Braga ganhou uma Taça da Liga, creio que por 2-0 à CUF, nas Antas, quando a Liga foi criada ou reactivada mais propriamente, um troféu tão legítimo e oficial, aí por 1975 ou 76, como qualquer taça latrina que desenterrem do baú. Mas se eles também deixam subjugar-se pela história escrita convenientemente por outros em Lisboa já não é comigo. Sei que em Braga há quem tenha memória dessa tarde a meio da semana no Porto. Talvez uma premonição.

12 abril 2013

Dificuldades com o Braga

Ouvi há pouco (zunzun num tj das 20h) que Douglão está nos convocados do Braga. Há dias, no Dragão, tinha sido Nuno André Coelho a recuperar e enfrentar o FC Porto. Está na sina que o FC Porto defronta o Braga com os seus centrais na máxima força ou quase, alinhando os titulares. Douglão regressa? OK, mas o importante é o contexto de análise, até face a outros jogos.
 
Não é um pormenor despiciendo. Contudo, alguém deu conta da coisa? Dos pasquins nem sei, mas imagino. E, na verdade, tirando a visita do Braga à Luz na 1ª jornada da Liga, tendo ainda Lima nas suas fileiras, só o FC Porto apanha o Braga com bons centrais. Peseiro já experimentou várias duplas, todas deram barraca nos jogos mais importantes e que o Braga perdeu. Não estou para isso, não tenho de cor as duplas usadas, mas com lesões e castigos, alguns absurdos como o de Douglão expulso pelo Roubarte Gomes antes da visita do Benfica a Braga, os centrais do Braga naufragaram e com/sem eles a equipa. O Benfica em Braga para o campeonato e a taça da treta apanhou anjinhos, ainda lembro as barracas do Haas no jogo do campeonato onde Peseiro teve de improvisar centrais. Há dias com o Sporting foi Palmeira de recurso e a meter água, deixou logo a titularidade quando a seguir se jogou no Dragão.
 
Douglão vem de uma paragem algo longa e pode acusar fadiga, mas NAC esteve bem no Dragão. O Braga pode ter os seus centrais melhores, como tem sido com o FC Porto nesta época. É ver as fichas de jogo e com as unidades disponíveis percebe-se a razão de alguns resultados e de muitas dificuldades que certos clubes passam ao longo da época. Se alguém olhasse a isso a apreciação do campeonato seria mais honesta e competente. Já se sabe que não funciona assim.
 
Estive para tocar o assunto antes do jogo de 2ª feira, com o regresso de NAC. Com Douglão o Braga é mais forte, ainda que Peseiro prometa, desta vez, meter um avançado... Acrescem as dificuldades para o FC Porto amanhã: por Douglão ou por Peseiro jogar mais aberto e com ponta-de-lança?
 
Sem dúvida será um jogo totalmente diferente do anterior embate. E melhor.
 
(tudo isto para não falar do FC Porto favorito a um troféu que não presta mas é mais oficial que uma taça latrina, nem falar da taça da treta).

11 abril 2013

Espaço me(r)diático VI

Estive fora e, normalmente, nem vejo sequer capas de jornais, muito menos ouvir telejornais. Apanho um resumo de dois dias após um motor "partido" que mais me lixou.
Directamente da nossa Imprensa televisiva e uma certa ideologia de fazer as coisas, aqui:
Os noticiários televisivos das 13 horas de hoje foram parciais, insensatos, irracionais, incendiários, mas foram um retrato fiel do país.
Juntaram o esquerdismo medular e cego da classe jornalística, a mistura explosiva de ambição ardente e feroz irresponsabilidade do PS, os ressentimentos vingativos de comentadores como Pacheco Pereira (as razões de outros, as tvs calaram-nas), e a senilidade criminosa de alguns barões desta República. Compuseram, em resumo, a mais fina mistura de mediocridade, ganância, falência ideológica, dissimulação e inimputabilidade, ou seja, um retrato fino da esquerda portuguesa.
«Primeiro as pessoas,1», ou seja, gasta-se o que há e pede-se o resto emprestado; «primeiro as pessoas, 2», ou seja, paraliza-se com impostos quem investiria e aforraria, e distribui-se o produto independentemente de necessidade e mérito; «política de crescimento», ou seja, investimento do dinheiro dos contribuintes na criação de emprego passageiro e ilusório; «défice orçamental» sem limites, porque o há-de pagar a «Europa solidária»; «dívida externa» alucinada, porque se não houver dinheiro não se paga. Políticas falidas, desaguadas em dívidas criminosas, desaguadas em protestos de revolta e recusa de pagamento. E alguns enriquecimentos (Sem causa?! Ora, a causa é social e notória!).
O futuro que nos promete este sector que os media promovem é muito familiar: é o passado, é o Portugal mediano, imobilista, corporativo, infectado de coutadas, pobre mas fustigado de anúncios de solidariedade, dito «solidário» como sinónimo de indigente, dito «social» como sinónimo de assistido e conformado (à força, se for preciso). É o Portugal de Salazar e da esquerda.
E sabendo que os velhos ditados populares, como aquele que glorifica quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é burro ou não tem arte, melhor seriam aplicados pelos doutos juizes, com ou sem TC, e fica para a posteridade, aqui.
Revisitando velhas glórias aqui:
Depois de Chávez lhe ter aparecido sob a forma de um passarinho (o pajarito chiquitito começou a piar e lembrou-lhes: «Hoje arranca a batalha...»), Maduro lança maldição índia, a de Macarapana, sobre quem não votar nele. Entretanto, a Globovisión passará para mãos chavistas, enquanto os cinco canais públicos transmitem 24 horas de propaganda do PSUV – o dr. Soares deve achar bem, porque foi dos primeiros a apoiar o encerramento de estações de tv e rádio, por serem «impertinentes» para com o caudillo. Nunca se devem esquecer estas coisas.

Ainda, por falar em Chaves e musas inspiradoras lusitanas como esse Chulares acima citado, temos uma bela série, para vincar a presença do espírito maligno e verdadeiramente nojento que infesta este sítio já de si mal frequentado:
Sócrates 1
Sócrates 2
Sócrates 3
Sócrates 4
O Sócrates continua bem no fundinho, mas deve ser tudo cabalas e perseguições, coisas negras e tal.

 

09 abril 2013

Inacarditável mas fazem tudo por outro lado agora na marcação dos jogos

Então, antecipam o jogo da Taça com o P. Ferreira de 4ª feira dia 17 para 2ª feira dia 15, datas livres que fazem sentido. E se no dia 25, na semana seguinte, o Benfica tem possibilidade de jogar a semifinal europeia a uma 5ª feira, o normal seria antecipar o jogo com o Sporting para sábado, até por já terem antecipado a semifinal da Taça. Lógico? Comum? Previsível? Não! O dérbi de Lisboa joga-se a um domingo com uma potencial semifinal europeia a meio da semana, depois com um jogo no Marítimo no domingo e a 2ª mão da semifinal europeia que poderão jogar na 5ª feira seguinte.
 
Observei isto ontem à noite e não quis acarditar!
 
O Moreirense-Porto é imposto antes do Benfica-Sporting? Querem ver se o Porto perde pontos e o Benfica joga mais à vontade o dérbi mesmo perdendo um dia de descanso para a jornada europeia?
 
Ou não acarditam que passam em Newcastle? Depois da cagueira da 1ª mão deviam acarditar mais. Mesmo assim acardito que passarão um mau bocado no Nordeste de Inglaterra. Mas passam. Ou podem passar, até porque a vaca ainda não deve ter deixado de dar leite.
 
Pode parecer menos importante e para o FC Porto é indiferente jogar antes ou depois do Benfica, mas face ao calendário e compromissos do Benfica na Europa, para além desta agenda dos horários dos jogos, não faz sentido até porque normalmente não sai ao início da semana, mas no final de uma semana, ou seja se calhar já devia ter saído. Mas pouca coisa parece fazer sentido neste campeonato e nesta época europeia.

08 abril 2013

Substituição de Lucho

O título é tão objectivo quanto ambiguo, mas assim está bem. Da mesma forma, o objectivo do Tri está em aberto, mas temo que este futebol inconvincente do bicampeão não dê para tanto, porém a qualidade só não é condição indispensável para ser campeão, nem a qualidade do plantel sequer e nesta matéria deixa muito a desejar o FC Porto a penar por falta de soluções. Vai valendo a força da inspiração e um acreditar ténue mas que ainda atemoriza adversários.
 
Voltando ao início, só acreditei na vitória com a saída de Lucho. E faço este destaque propositadamente, pois já dá pena e é uma lástima ver Lucho arrastar-se em campo e fazer crer que a equipa ainda espera dele alguma coisa de definitivo - da mesma forma que James joga pouco, muito pouco mesmo e por isso digo que o nosso nº 10 perdeu o 1 mas ainda é decisivo nos remates, fez um belo 1-1 e um canto perfeito para Kelvin acabar com o jogo. Eu já desesperava com Lucho em campo e apesar de Kelvin não ter mostrado ao que vinha sempre achei que era melhor assim do que andar a fazer de conta.
 
Percebeu-se que VP abraçou Lucho após um golo, o 2-1 ou o 3-1, sendo Kelvin o elemento fundamental, lançado para a extrema-direita como esquerdino mas sem sequer buscar a linha mas a procurar tanto o jogo interior como James o que desguarnece os flancos e faz a defesa contrária fechar toda ao meio e adensar o caminho para a baliza. Kelvin podia ter entrado noutros jogos, ainda há dias notei que ficou no banco quando podia ter entrado face à falta de extremos e de tão desenquadrado de jogar mal arriscou no 1x1 em que é forte e até desconcertante. Foram Kelvin e Atsu, entrado antes por Defour que é só interior embora se esforce por jogar na linha, deram vivacidade ao ataque portista que voltou a ser infeliz com os ferros (mais duas bolas) e retardaram a vitória.
 
A substituição revelou-se acertada e demonstra que Lucho está acabado se pensarmos em influência na manobra ofensiva, hoje já nem se trata de desgaste de dois jogos por semana, foi poupado 4ª feira e não dá mais, muito menos meterem-lhe bolas nas costas da defesa, ele nunca foi de buscar a bola no espaço e não seria agora que perdeu totalmente velocidade. Com a saída provável de Moutinho no final da época, com esta "transferência" de agente, a perda de Lucho será maior na próxima época e é todo o meio-campo que fica em causa, até porque Fernando pretende, legitimamente, sair mas é sempre dos melhores e voltou a ser o melhor médio outra vez. Quando o FC Porto foi ao assalto da área, não havia médios para a segunda bola ou a ressaca fora da área, o que normalmente significa ter a equipa partida porque há jogadores que não compensam com posicionamento mais interior quando a bola é sacudida da área pelo adversário.
 
Como é que neste contexto o FC Porto ainda ganha jogos, dominando com menos intensidade, perdendo fluidez e convicção mas ainda assim forte demais para fazer o Braga, primeiro perdendo pela falta de comparência dos adeptos, jogar mais na retranca que nunca está época?!
 
Pior, se o Braga fez um belo golo em 1x2 na área mesmo descontando o espaço e a pasmaceira da defesa portista, o FC Porto conseguiu oferecer aos minhotos quatro ocasiões de golo, duas delas pelo Otamendi cada vez mais desassossegado e com passes de risco para trás de arrepiar os cabelos (como no Marítimo), além de não acertar num passe longo para os flancos. A defesa se anda sobre brasas também tem azar, Maicon lesionou-se outra vez e ainda bem que Mangala pode voltar a jogar esperemos que até final e até ao título.
 
Mas temo mesmo que este futebol não chegue para tanto, um futebol pastoso que tem, ainda, um óbice: com a falta de sorte com lesões e bolas nos postes, com os adversários a marcarem normalmente na primeira vez que vão à baliza, quando não solicitados por passes desastrados, sem extremos, dantes Alex Sandro compensava e fazia lembrar/esquecer Álvaro Pereira, sem que Danilo ajudasse na lateral-direita. Alex Sandro está complicativo, agarra-se muito à bola (mais um sprint de 50 metros sem a largar), também faz passes de risco... para trás. E quando os laterais não ajudam, sem extremos, é difícil Jackson ter bolas de golo. Não tem sequer. E a seca continua.
 
Este é um problema adveniente da falta de soluções ofensivas. Obviamente, Liedson continua à vista para perceberem o erro tremendo de contratar outro manco. E ser campeão assim será quase um milagre, para já dependendo de um deslize do Benfica que bem pode acontecer até final do mês e se calhar em hecatombe.
 
Pode ser o click que falta ao FC Porto, como foi para entusiasmar o Benfica: perder pontos.

07 abril 2013

Levemente entortado com Tranquilidade

Os jornalistas, antigos aficionados em Lisboa e novos subservientes no Porto, fizeram de conta que não viram. Podem ser estúpidos, mas não são cegos, embora pareçam. Os bloggers fingiram que, descontada a questão física e a intensidade competitiva, Liedson poderia resultar. Uns e outros, embora questionem as opções de VP em utilizá-lo tão pouco, não chamam a atenção para quem teve a responsabilidade de contratá-lo e, para isso, teve de passar o crivo clínico. Tanto no aspecto técnico como no clínico, ainda há quem, na "estrutura", se sobreponha, pois não é só na hora das vitórias que isso é relevado. Ou seja, a SAD deveria justificar bem como "aceitou" Liedson à luz dos testes clínicos e, acima de tudo, da evidência física que em português é ter olhos de ver.
 
Liedson, diz aqui, tem um joelho levemente entortado, com redução de capacidade de 23%. Como eu já disse com todas as letras, ainda no tempo do Sporting eu via-o a mancar. Ele mancava. Agora comprova que estava mal e, por isso, mancava. Liedson é o Manco Janko que eu falei na altura da sua contratação. Destaquei sempre isso e agora que alguns da bluegosfera vão percebendo a fraca utilização mediante o que vâo apercebendo nos poucos minutos em campo, é óbvio que teria de haver algo que fazia Liedson demorar tanto a aparecer. Já estou a ver que em vez de Janko, pois o austríaco sempre tinha as faculdades físicas a 100%, fomos buscar o Mielcarski que pelo Porto se lesionou com graviade e ficou a mancar como jogador.
 
Não há que enganar. Ao meio milhão de salários que se diz Liedson vir  receber por meia época no Porto, com toda a preocupação dos trogloditas de Alvalade com os seus ódios de gatinho mimado, Liedson pede um milhão a uma seguradora. Com Tranquilidade.
 
Acho que até Sótraques é menino para falar desta calamidade sucedida ao FC Porto que perdeu mais uma oportunidade de colmatar deficiência numérica nas opções atacantes.
 
Ah, os grunhos portistas do costume vão passar ao lado do facto e destruir o mensageiro, quando não invejarem quem se deu ao desplante de prever borrasca. Mas à espera que nos dê o golo do campeonato. Pudera ele também.

O espaço me(r)diático V

Com a reposição imposição de um comentador político sui generis, hoje parece que se estabelece o definitivo bola ao centro para se iniciar um jogo em que todas as estações de tv têm um parlrador de serviço, exclusivo, chamativo para quem se importa com isso e (ir)relevante para os mais que se estão cagando para isso como outros, há tempos, para o "segredo de justiça" com opinião de Ferro (Rodrigues) em defesa da chusma que povoa estas franjas de apaniguados, muitos deles, ora essa, precisamente na corrente me(r)diática, seja na Imprensa, na TV ou mesmo nos blogs. Daí reduzir-se o espaço livre e descomprometido, como este é e está à vontade para malhar num lado e noutro.
 
É relevante assinalar, como venho fazendo neste bloco de identificação da idiosincrasia tuga movida a caroços de azeitona e posicionada pelos interesses que o periodismo parolo paroquiano permite, depois da autocensura imposta pelo que agora dão corda livre para resfolegar e espernear, que nada disto é novo mas convém sublinhar. De resto, o espectro político-deprimente da comentadeirice avulsa mas encartada alargou-se desde o campo destrutivo desportivo, como tem sido consabidamente publicitado mas a que uns quantos pacóvios dão as tais "audiências para a televisão" que a Marisa Montes recusava ser.

Segundo consta, hoje ao fim da tarde o Primeiro-Ministro fará uma comunicação ao país. Não conhecendo o conteúdo desde já adianto que esta só será justificada por dois motivos. A saber, o pedido de demissão do governo por falta de condições para aplicar o programa assinado (pelo governo anterior, sublinhe-se) com a “troika” ou para anunciar a substituição das medidas “chumbadas” pelo TC por cortes alternativos. De preferência no âmbito de um plano mais vasto de redução na despesa corrente. Caso contrário, mais valeria ter aproveitado o resto do fim-de-semana para passear com a família. É tempo deste governo assumir com clareza perante os portugueses a realidade da situação económica e financeira e deixa bem claro as consequência das várias alternativas e tirar daí as devidas ilações.

De resto, um relato para seguir, um e ouro aqui:
Quais coreias, qual carapuça. Portugal continua a dominar o topo da página do Financial Times. Desta vez com um título sugestivo: Resgate a Portugal descarrilou. E é também o topo da página do Wall Street Journal, com um título muito parecido: Portugal avisa que a decisão do Tribunal Constitucional pode fazer descarrilar o resgate. O primeiro-ministro tem umas horas, muito poucas, para convencer a comunidade financeira mundial de que não fomos ao tapete, a coisa não é, afinal, o que parece. Os mercados no Oriente começam a abrir a partir das 9:00, em Sidney.

Se for preciso um desenho, pois trata-se de Economia, estúpidos:
é fácil, tem umas barras, a duas cores, não tem códigos, apenas a percentagem necessária para não se fazer uma mistura indevida. E que se fodam o TC e a CRP que representam mas dela emanam.
Condivam-se os adeptos da coisa a aderirem a manifs onde não constam os seus interesses, bem divididos entre públicos e privados.

Por fim, quem julga que o panorama destrutivo desportivo é diferente do animal político está enganado e se calhar tanto que até manda umas bocas para um campo mas no outro lado pensa de forma diferente. Os idiotas são desta massa...

06 abril 2013

Esplendor sem relvas dos "sujeitos que auferem por verbas públicas"

Enquanto os cientistas descobrem, uff!, a matéria negra que procuravam no quarto escuro do Cosmos, o vulgar mortal tuga vai continuar na dúvida sobre qual destes marmelos, que aos 40 anos podem reformar-se bastando-lhes 10 no cargo, é o FUNCIONÁRIO PÚBLICO e qual é o PENSIONISTA seguramente dourado, um e outro democraticamente garantidos nas suas benesses regimentares que o 25 de Abril, como se sabe, sorri só a alguns, 38 anos depois.
O tribunal político que se dá ao desplante de mandar (in)directas ao Governo está só a rogar ao Executivo que, para compensar uns mil milhões de euros agora retirados em nome da "igualdade" nunca existente em garantismo de emprego for life e ADSE melhor que a reles SS do comum tuga, aplique mais um Imposto Extraordinário A TODOS para não se pensar que os do privado que mantém o Estado sanguessuga e as ténias do seu aparelho digestivo escapam a corte num subsídio diferente dos da casta em que estes ditos juiizes superiormente se encaixam com as mordomias de Zeus. Injustiça mesmo é os Céus caírem em cima do Filipe Pinhal, porque os doutos do TC não conseguem chegar a ter a reforma de 40mil do ex-BCP, vai daí aceitam cortar-lhe na miserável pensão do reformado indignado por excelência...

Mas se a Economia (estúpidos!) vai ter um balão de oxigenio pois vai haver mais 1200 milhões para gastar, como pede a Esquerda desmiolada, haverá quem confie que a Constituição dará de comer ao resto do pagode que dizem estar a empobrecer e parece ser o parente pobre desta coisa?
 
Estávamos nós a pensar que o mal disto tudo eram os infestantes na relva e o ex-Primeiro Sinistro teria muito que falar sobre percursos académicos, quando factos surgem à superfície enquanto baixam as águas no Ribatejo e povoações deixam de estar isoladas e submersas. Face Oculta dos insondáveis mistérios da nossa vivíssima República centenária, Freeport de muitos abrigos e cefalópode de todos os tentáculos, só falta agora o valentão do Espesso do "FMI já não vem", de Janeiro de 2011, desenterrar nas Ilhas Virgens a impúdica gestão de off-shores e saber que dinheiro anda a boiar perto do Triângulo das Bermudas.

É mesmo uma boa altura para o espaço me(r)diático se abrir a tal luminária, que os jornalistas do servicinho do Marcelino com o "Berbicacho de Belém", depois do desaparecimento das cassetes da Casa Pia do Correio da Manhã, está no ponto para conferir o título de doutor honoris causa a tão ilustre licenciado abençoado a um domingo.

Quando se pensava na entrada em campo para a Liga Europa (20.05h), a equipa entrou como se fosse na Champions (21h), 
Confusos, os pés-de-microfone abandalharam, sobrepuseram-se e completaram o espectáculo cada qual com a sua pergunta em directo. E, contudo, continuava a não haver relvas...

Fica, também, uma dúvida: as pessoas conseguem associar factos aparentemente distintos com facilidade ou julgam mais corrente saber fazer contas?

05 abril 2013

O espaço me(r)diático IV

Enquanto estes confundem alhos com bugalhos, apesar da pequena diferença de um "s" não ser despecienda por um ser jornal e outro revista e de países diferentes, tal como a mistura em tantos processos com Relvas e rastejantes infectantes, é de crer que o ex-ministro, afinal, se ajudou, ao que dizem, Sótraques a voltar via RTP agora possa confrontá-lo e também optar pelo comentário político. O Alberto da Ponte, que tratou de cervejas, deve adorar combinar falsos licenciados como, na gestão de F&B que deve conhecer bem melhor do que transumantes televisivos, tal como em vez de porco ou vaca os enlatados trazem ADN de cavalo, quando não asno.
 
Isto se resistir à hipótese de enveredar por alegada Filosofia em Paris ou, mais commumente, assumir como outros negócios pelo Brasil; ou quiçá voltar ao País através do futebol e acabar a servir o seu  Sporting como entendido em coisas me(r)diáticas. Em termos de FC Porto sobra a dúvida maior, existencial, de saber se voltará a uma gala no Coliseu para um espectáculo deprimente que também lhe assenta como uma luva.
 
Entretanto, o Sporting, claro, muda tudo e também a parte da Comunicação, assumindo uma agência do ramo na gestão me(r)diática, o que é de enaltecer, resta saber que ênfase dará ao projecto da tv do clube. Digo de enaltecer porque, como se sabe mas muitos ignoraram este tempo todo, o FC Porto chegou a assumir um contrato com a LPM, depois teve vergonha e permitiu que a própria se retirasse alegando retaliações do poder político-me(r)diático em Lisboa, para, afinal, vir a saber-se que trabalhou para o clube mais ou menos secretamente. Se trabalha ou não é tão irrelevante como saber se aquilo funciona ou vale alguma coisa.

Do espaço me(r)diático da semana, notável a forma como a nova Direcção do Sporting apareceu a debitar como os vulgares papagaios mais identificados com o circo do outro lado da Segunda Circular. Não é que um juiz e constitucionalista, agora empossado no CF do Sporting, um tal Bacelar Gouveia, veio falar de arbitragens e ainda só esteve um jogo oficialmente no cargo? Notável como os juizes, mal vistos mais no campo das questiúnculas constitucionais por defenderem os seus interesses regimentais acautelando reformas douradas, metem logo faladura mal chegam à bola da qual nem sabem porque pincha...

Ah, numa semana em cheio, a série:
Aqui trata-se da cegueira do costume. digna do Público do Belmiro.
Nesta é só mais uma chamada de atenção para a ética de quem a proclama acima dos outros e sendo só sua.
É claro que as licenciaturas só certas criaturas podem comentar, com saber académico e um salário superior a ministro, com carro de empresa e sem corte no cartão de crédito. Marcelino Pão e vinho, à Benfica. O Relvas, afinal, não privatizou a RTP e já se sabe que o lacrau mata a vítima mesmo a meio da travessia do deserto...

 

04 abril 2013

Portistas contentes com a vaca do Benfica vislumbrando o bairro vermelho de Amesterdão

Estava a ver o jogo do Newcastle na Luz e temia que o 15º classificado, a lutar para não descer, de Inglaterra pudesse não perder com um potencial rival entre o 6º e o 8º classificados da Premiership, sejamos razoáveis, se o Benfica lá jogasse, admitamos a comparação, e temia que os adeptos portistas tivessem um ataque de nervos ao ver os nordestinos de além-Mancha a mandar duas bolas aos postes, uma delas logo após o 0-1 e outra a abrir a 2ª parte.
 
Mas o favoritismo do Benfica imperou, mesmo que tivesse de precisar da outra cara da sorte do costume que já contra o Bayer Leverkusen, que foi muito melhor nos dois jogos mas perdeu ambos, tivera os alemães a acertarem nos postes e com um golo limpo mal anulado na Luz quando podiam ter empatado a eliminatória com fortes possibilidades de se qualificarem, jogando mais e criando mais ocasiões de golo. A outra casa da sorte, além dos postes da casa, foi ter um golo oferecido por um defesa a Lima e outro defesa regalar um penálti a Cardozo, para manter o nível do ataque impiedoso.
 
Assim, não sem que antes do fim um fora-de-jogo digno de um auxiliar de João Ferreira tivesse sido mal assinalado aos magpies que, pelo seu lado, sabem que em Portugal lutariam de forma desigual com os colossos portugueses. Aliás, o Marítimo empatou os dois jogos com o Newcastle na fase de grupos e em Inglaterra esteve a um palmo de vencer...
 
Mas imperou a lei do mais forte, também com uma outra fortuna de Rodrigo e Gaitan conseguirem lesionar dois ingleses que tiveram de ser substituídos mas sem que o árbitro francês sequer marcasse falta.


 
Agora percebi esta capa, enigmática, decerto anunciando que, esvaziado o Intendente para o Costa do castelo para lá mudar a Câmara e reabilitar a coisa, pois as meninas que dantes acariciaram Mr. Howard King devem ter-se mudado para o Red Light District da famosa cidade holandesa, aliás desde que aquele auxiliar, mais um, da ronda com os alemães anulou um golo limpo que poderia ter mudado o sinal da eliminatória.
 
Os portistas acabaram, sim, na mesma com um ataque de nervos, lamentando que Pedro Proença não tenha visto Cardozo jogar duas vezes com a mão após um canto, bastando uma vez a Taylor para Monsieur Gautier marcar penálti. Mas já sabemos que é preciso ter sorte ao jogo e ter sorte ao amor dos árbitros também.

Seria muita coincidência juntar Mourinho, Platini e árbitros com fétiches...

Dani Alves não demorou a lembrar o que já anteontem me apetecia ter escrito a propósito da arbitragem de Wolfgang Stark no PSG-Barça. Aquela pressão do "por qué?, por qué?, por qué?" de há dois anos pela expulsão de Pepe numa patada a Dani Alves, pelo mesmo árbitro alemão no Bernabéu foi apropriadamente lembrada a Mourinho após um jogo em que aconteceu de tudo ao Barça:
- uma entrada de Matuidi, já com um amarelo, contra salvo erro Iniesta mas nem segundo amarelo e muito menos vermelho como Stark mostrou a Pepe por entrada rigorosamente igual a Dani Alves no feérico Madrid-Barça de há dois anos;
- um golo de 1-1 em claríssimo fora-de-jogo que até o bem posicionado Stark devia ter visto mas nenhum dos três árbitros envolvidos, o principal, o auxiliar e o de baliza, viram da autoria de Ibrahimovic;
- um golo de 2-2 de Ibrahimovic a dar a sobra a Matuidi, dois jogadores que nem deviam estar em campo, mas a UEFA resolvera amnistiar o sueco retirando-lhe um jogo de castigo de uma suspensão anterior.
 
O PSG usou um jogo muito físico em que atropelou tudo do Barça que mexia e Ancelotti retomou bem a lição de atropelamento físico que Mourinho instaurou em cada jogo do Madrid com o Barça. Desde que haja complacência do árbitro, especialmente se tiver sido atemorizado por Mourinho como foi Stark, a táctica funciona sem expulsões e pode ser bem sucedida.
 
Na mesma noite, um outro árbitro perdoou o jogo físico e de sarrafada quase contínua da Juventus em Munique, poupando Chielini e Arturo Vidal a expulsões, sendo que este fez tantas que até Ribéry o agrediu e devia ter sido expulsado. Mas seguramente a Juventus não devia ter merecido a contemplação benevolenta do árbitro.
 
A Juventus e o PSG favorecidos ao primeiro dia da Champions. Coincidências com Platini, o presidente da UEFA que entretanto foi a Sófia distribuir prebendas em mais um Comité Executivo de fachada no Leste Europeu onde há votos a reconquistar para a manutenção no cargo. PSG é um clube francês que até se prepara para ser campeão. Juventus é um clube onde jogou o francês Platini ganhando duas eurotaças seguidas com muito proteccionismo arbitral: em 1984, Basileia, com um tal Adolf Prokop numa final da TVT com o FC Porto que perdeu 1-2 com uma arbitragem miserável do alemão da RDA; em 1985, à tragédia de Heysel em Bruxelas, na TCE frente ao Liverpool, uma rasteira a Boniek fora da área foi transformada em penálti escandaloso que Platini converteu para dar à Juve o 1º título de campeão europeu.
 
Diria um expert em teoria conspirativa sócretina, com cabalas, negras calúnias e sombrias agendas desinformativas, mas nenhum "atentado contra o Estado de Direito" que pudesse assombrar o manipulador, que só uma mente retorcida juntaria estas peças todas e congeminaria uma orquestração macabra digna de Octávio Malvado, vocês sabem do que estou a falar... Não fosse dar-se o caso de, ontem mesmo, um outro árbitro, Sven Oddar Moen, verberado por Mourinho por uma falta não marcada há um ano em Zagreb por uma entrada de Leko a CR/ que nenhum Arbeloa ou Xabi Alonso desdenharia fazer contra Messi ou Iniesta, ter perdoado um penálti ao Real Madrid, transformando uma pisadela de Sergio Ramos, outro recalcitrante, em Burak Yilmaz num cartão amarelo por suposta simulação que impede o turco de jogar a 2ª mão em Istambul onde o Galatasaray tem de recuperar de 0-3 porque Diego Lopez defendia tudo o que lhe chegava e o Madrid marcava de cada vez que chegava à baliza dos turcos... Para piorar, mostrando a sua ingenuidade, este árbitro nórdico colaborou a limpar a folha a dois caceteiros de Madrid. Nem de propósito.
 
Isto depois de mais uma demonstração de má, descuidada e arrepiantemente parcial e nada idónea no capítulo disciplinar arbitragem de Hugo Miguel na taça da treta, é muita areia para a minha camioneta sempre indignada em reacções epidérmicas aguentar em tão pouco tempo. Tendo ainda presente a qualificação do Madrid em Old Trafford por mais uma arbitragem que parecia de encomenda feita por um cabeça de... turco, o Çakir que não fez Mourinho pensar em cabaças de dirigentes da Anatólia por gostarem de a UNICEF patrocinar o Barcelona.
 
Ah, declarações que valeram um castigo depois amenizado a Mourinho. Tal como a UEFA concedeu a Ibrahimovic. Ups, lá vamos nós outra vez...
 
Repito, como ontem, só falta que Izmaylov tenha uma pena agravada por ter empurrado um adversário, bruscamente mas sem agressão, por causa da condescendência de órgãos disciplinares para com Cardozo. É que isto não podem ser tudo coincidências mesmo que eu acredite em bruxas, pero que las hay, hay que até dói.

Já agora, para finalizar a Champions, o Málaga jogou curtito, não se empertigou e até teve sorte em não perder. Quem tem cu, tem medo. Os alemães não são para brincadeiras...

E por falar em árbitros de ontem, só faltava esta tirada do Espírito Santo.

Hoje temos a Liga Europa já há procura de um novo campeão e a UEFA despreocupada por jogar-se à mesma hora em Londres no Tottenham e em Chelsea. Felizmente não é no Arsenal e no Tottenham ou no Gulham e no Chelsea, ambos vizinhos, mas as questões televisivas estranhamente não se põem ainda que obriguem um Porto-Rio Ave (ou Samp-Inter) a jogar-se a meio da tarde por causa da Champions.

Esta democracia é uma merda, dizia o companheiro Vasco há 38 anos...

03 abril 2013

Moção de censura à arbitragem

Pouco haveria a dizer do Porto-Rio Ave (4-0) que leva os bicampeões nacionais a duas finais com o Braga, na 2ª feira e no sábado seguinte. VP geriu o plantel, voltou a sentar Liedson por 75' (até substituir James pelo Levezinho), o Porto mastigou o seu futebol pausado por erros individuais na circulação da bola e um adversário acantonado atrás com um falso 4x3x3 em que Bebé e Ukra defendiam as alas enquanto os laterais atrás deles não saíam de posição defensiva, James continua sem encontrar o brilho do 1 e só tem na dimensão binária do seu jogo criativo o 0 que em automação significa desligado, foi algo patético ver Defour e Castro a fazerem jogo pelos flancos enquanto Kelvin estava no banco, enfim muitos pequenos pormenores num jogo em geral sem interesse como são normalmente os da taça da treta. E, tal como no sábado, jogo sem flanqueadores, apesar da presença do tal Kelvin no banco.
 
Fica por dizer, mais uma vez, nesta época como nas anteriores, como a arbitragem parece experimental nesta competição que obriga tudo e todos a rebaixarem-se a um nível rasteiro que marca o desprestígio da prova de forma inelutável.
 
Não só a expulsão, num empurrão sem violência enquanto agressão convencionalmente percebida, de Izmaylov, já nos descontos, por uma bagatela qualquer que dispensava o triste final que se viu, é mais um disparate do árbitro, sempre, como os outros, com um pendor punitivo exacerbado com jogadores portistas nesta época, comparativamente com outros jogadores de outras equipas e em particular do Benfica, como VP fica sem mais um extremo para os próximos dois jogos com o Braga, pelo menos - a não ser que a CD queira dar mostras de uma severidade que, como os árbitros, não tem mostrado na avaliação a castigos como o de Cardozo, para citar o mais flagrante escândalo de mais uma porcaria nauseabunda do futebol cá da parvónia.
 
De resto, de novo, como noutros jogos e como na Luz, por exemplo, três situações de fora-de-jogo no limite sempre decididos em desfavor da equipa que ataca, um deles claramente com Jackson em jogo. Depois, voltando ainda ao critério disciplinar, faltas e mais faltas dos vila-condenses mereceram condescendência por parte de Hugo Miguel e o Nivaldo amarelado já no finalzinho bem podia ter sido expulso, tal como um médio que se fartou de distribuir cacetada em entradas tardias sempre penalizadoras, uma delas lesionando João Moutinho.
 
Ninguém se revolta contra esta bonomia arbitral nos despiques em que amiúde os jogadores do FC Porto são pisados, empurrados e agarrados, enquanto qualquer merdita de um portista leva com um amarelo ou, como Izmaylov, numa reacção intempestiva mas não violenta, um vermelho, tão idiota e estúpido para o árbitro como a de Mangala em Aveiro pelo inefável Xistra.
 
Juntando tudo, é claro que a taça da treta continuará a ser uma merda a que ninguém liga mesmo, contando apenas para uma contabilidade de troféus que chegou, para não variar, ao cúmulo de alguns pataratas irem buscar uma taça da latrina antiga em que nem a UEFA existia mas contam como um troféu normal.
 
No dia em que, ao mesmo tempo, o Seguro quis dar a última noção da sua pusilanimidade e saiu tosquiado da absurda e inócua moção de censura ao Governo, a taça da treta volta a ter na arbitragtem miserável cá da paróquia o tratamento de polé que a mim, pelo menos, merece, tal como a pífia prova que uns basbaques acham ter valor. Um nojo na esteira de outros que por aí andam, como um parolo que mal sabe escrever e não soma duas informações seguidas apontar um "autogolo de Liedson" presumo que pela sua fraca utilização como se a culpa não fosse de quem o contratou sem aval médico indiscutível e a quem se tem de pedir responsabilidades, aliás comprovado por mais uma inexistente aparição do Levezinho a mostrar ao que não veio, nem sequer somar.

02 abril 2013

O espaço me(r)diático III

Já aqui falei da abordagem da Imprensa espanhola, na generalidade e também em cada rincon de Madrid e de Barcelona, cuja bipolaridade, entre outras autonomias (basca, andaluz, valenciana, galega, canária e balear) todas contrapondo-se à castelhana de raiz imperialista, é fracturante mas tem pontos de intocável seriedade por amor-próprio mais do que por causar "enfado" alheio.
 
Nunca a idiosioncrática e macrocéfala lisbonense Imprensa lusitana, já perdida no tempo a portuense muito senhora do seu nariz mas sem que os tripeiros a tenham ajudado a manter títulos tão nobres como o CP já extinto (não sem antes passar por um ogre lisboeta!) e o PJ que vegeta a meias com o ND, com o JN em farrapos para ainda se identificar com o Porto, seria capaz de exemplos tão nobres de informação pura como ainda fazem em Espanha.
 
Por falar em tv's de jornais, que vão aparecendo por aí nas edições online há muito tempo, a do AS, jornal de Madrid e insuspeito a falar de Mourinho, nenhuma seria capaz de dar voz ao jornalista, da Onda Cero, "apupado" por Mourinho esta tarde em conferência de Imprensa. Pois o As não só deu amplo e exclusivo destaque a Fernando a quem Mourinho deixou perguntar alguma coisa quando normalmente o veta para lhe dirigir umas farpas, como a uma lembrança do jornalista sobre umas declarações anteriores, muito antigas, de Mourinho a confiar o seu coração ao Barça juntou declaração e imagem do próprio Mourinho, já mais do que o tradutor de Robson, em Barcelona quando em 1997 ganhou tudo menos a Liga espanhola para o Madrid de Capello.
 
Repito: nenhum jornal assumiria a confrontação e buscaria no arquivo imagem e voz para justificar a entrevista feita a alguém que reclamava essas mesmas sensações e emoções, coisa que o As inseriu na entrevista a Fernando Burgos. É só ver e comparar se uma Bola ou Record seriam capazes, porque nunca o fizeram sequer em papel podendo preparar o arquivo para a edição do dia seguinte, pegassem em algo para confrontar um treinador do Benfica ou do Sporting por coisas que se virariam contra si e rebuscadas após muitos anos e boa memória mas informação completa e isenta, imparcial como pede Mourinho ao jornalista em questão.
 
É desta massa que é feita a boa Informação e não os planfletos em que se transformaram os pasquins lusitanos, ou paus mandados ou editais de caserna para a gente de tasco assim habituada a ser servida.
 
Como diria um amigo meu, perceber e saber da Imprensa ibérica nos dois lados da fronteira é com o confundir xixi com água de colónia. Do lado de cá é a merda que se sabe e o cheiro inconfundível, com o Porto definhando também por culpa dos seus leitores que hoje reclamam muito contra as malfeitorias dos pasquins da capital e até contra o que o Torto Canal não é capaz de fazer.
 
Talvez amanhã fale da jornada da Champions que começou com muita pancada e pouca disciplina e pedagogia arbitral, diria que cabalisticamente com Platini ao barulho... Será talvez até uma ocasião para os basbaques tugas reverenciarem o Mourinho estranhamente, ou não, caído no seu (es)goto muito particularmente idiosincrático de perfil lisbonense.

Entretanto, ao almoço a SIC assumiu a posição basbaque de dizer que "Mourinho calou um jornalista". Infelizmente, recorrendo amiúde ao YouTube, a opção editorial da estação é nem olhar para o que fazem as tv's dos jornais espanhóis, dando voz ao jornalista que foi atacado. A SIC, enfim, rejeita o corporativismo de classe em nome de um seguidismo basbaque e acrítico de um tuga que perdeu a decência moral para ser exemplo de alguma coisa.