07 abril 2013

O espaço me(r)diático V

Com a reposição imposição de um comentador político sui generis, hoje parece que se estabelece o definitivo bola ao centro para se iniciar um jogo em que todas as estações de tv têm um parlrador de serviço, exclusivo, chamativo para quem se importa com isso e (ir)relevante para os mais que se estão cagando para isso como outros, há tempos, para o "segredo de justiça" com opinião de Ferro (Rodrigues) em defesa da chusma que povoa estas franjas de apaniguados, muitos deles, ora essa, precisamente na corrente me(r)diática, seja na Imprensa, na TV ou mesmo nos blogs. Daí reduzir-se o espaço livre e descomprometido, como este é e está à vontade para malhar num lado e noutro.
 
É relevante assinalar, como venho fazendo neste bloco de identificação da idiosincrasia tuga movida a caroços de azeitona e posicionada pelos interesses que o periodismo parolo paroquiano permite, depois da autocensura imposta pelo que agora dão corda livre para resfolegar e espernear, que nada disto é novo mas convém sublinhar. De resto, o espectro político-deprimente da comentadeirice avulsa mas encartada alargou-se desde o campo destrutivo desportivo, como tem sido consabidamente publicitado mas a que uns quantos pacóvios dão as tais "audiências para a televisão" que a Marisa Montes recusava ser.

Segundo consta, hoje ao fim da tarde o Primeiro-Ministro fará uma comunicação ao país. Não conhecendo o conteúdo desde já adianto que esta só será justificada por dois motivos. A saber, o pedido de demissão do governo por falta de condições para aplicar o programa assinado (pelo governo anterior, sublinhe-se) com a “troika” ou para anunciar a substituição das medidas “chumbadas” pelo TC por cortes alternativos. De preferência no âmbito de um plano mais vasto de redução na despesa corrente. Caso contrário, mais valeria ter aproveitado o resto do fim-de-semana para passear com a família. É tempo deste governo assumir com clareza perante os portugueses a realidade da situação económica e financeira e deixa bem claro as consequência das várias alternativas e tirar daí as devidas ilações.

De resto, um relato para seguir, um e ouro aqui:
Quais coreias, qual carapuça. Portugal continua a dominar o topo da página do Financial Times. Desta vez com um título sugestivo: Resgate a Portugal descarrilou. E é também o topo da página do Wall Street Journal, com um título muito parecido: Portugal avisa que a decisão do Tribunal Constitucional pode fazer descarrilar o resgate. O primeiro-ministro tem umas horas, muito poucas, para convencer a comunidade financeira mundial de que não fomos ao tapete, a coisa não é, afinal, o que parece. Os mercados no Oriente começam a abrir a partir das 9:00, em Sidney.

Se for preciso um desenho, pois trata-se de Economia, estúpidos:
é fácil, tem umas barras, a duas cores, não tem códigos, apenas a percentagem necessária para não se fazer uma mistura indevida. E que se fodam o TC e a CRP que representam mas dela emanam.
Condivam-se os adeptos da coisa a aderirem a manifs onde não constam os seus interesses, bem divididos entre públicos e privados.

Por fim, quem julga que o panorama destrutivo desportivo é diferente do animal político está enganado e se calhar tanto que até manda umas bocas para um campo mas no outro lado pensa de forma diferente. Os idiotas são desta massa...