30 novembro 2008

Passado o exame da Europa, venha o do campeonato

Convocados: B. Alves, C. Rodriguez, E. Farias, Fernando, Fucile, Guarín, Helton, Hulk, Lino, Lisandro, Lucho, M. Gonzalez, Nuno, R. Meireles, Rolando, Sapunaru, Stepanov, T. Costa.

FCPorto - Académica, 18H15 - SportTv1

29 novembro 2008

No país da justiça faz de conta...

Comunicado da F.C. Porto – Futebol, SAD

A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD informa o seguinte:

1 - Conforme participámos no nosso comunicado do passado dia 10 de Novembro, a Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD apresentou à Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional dois Processos de Revisão das decisões disciplinares condenatórias de que havia sido destinatária em 9 de Maio de 2008;

2 - No dia 25 do presente mês de Novembro, a Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD foi notificada pela Comissão Disciplinar, por faxe, que os processos disciplinares em questão se encontravam em poder do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, o que, no entendimento daquele órgão, «inviabilizaria, por ora, a apreciação dos pedidos de Revisão»;

3 - Ou seja, a Comissão Disciplinar, face a Processos de Revisão legítimos, idóneos e juridicamente enquadrados nos próprios regulamentos da LPFP, decide não decidir, por tempo indeterminado, sem sequer se preocupar em engendrar um esboço de justificação ou de fundamentação mínima;

4 - A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD não pode deixar de qualificar essa lamentável atitude como um veto de gaveta, um esforço patético de evitar o acesso ao direito e à justiça a que todos têm direito;

5 - O mesmo órgão que manifestou um fervor quase desvairado na sua acutilância punitiva na fase acusatória dos processos disciplinares, em que não hesitou em bater a todas as portas de Tribunais e de uma «super-equipa» do Ministério Público, para obter certidões que sustentassem a sua acusação, recusa agora ter a mesma pró-actividade. Não deixa de ser inédito que não tenha tido o cuidado de duplicar os seus documentos antes de os remeter para a FPF e agora nada faça para obter uma cópia, quando se trata de rever as suas decisões. Porque será que são tão expeditos a recorrer aos audiovisuais e não descobriram a utilidade da fotocopiadora e da memória do computador?;

6 - Perante isto, revela a Comissão Disciplinar da LPFP uma estranha inércia e contenção até agora desconhecidas, mostrando a sua dupla face;

7 - A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD declara de modo inequívoco que não se conformará, uma vez mais, com esta forma cada vez mais despudorada de encarar a realização da justiça desportiva em Portugal, pelo que informa ter hoje apresentado reclamação daquela decisão junto do órgão competente.

Porto, 28 de Novembro de 2008

In fcporto.pt

27 novembro 2008

No país do futebol faz de conta...

... quanto vale a prevenção de um terramoto! Ou como a caverna de Platão afinal tem nome: Alvalade

Volta e meia tenho pressentimentos alarmistas sem estar sujeito a três dias de exercício urbano contra terramotos. Ontem, por momentos, pensei que o FC Porto tinha perdido 4-0 no Arsenal, mas não...
- se em Londres os dragões podiam ter chegado a 2-0 e incomodado seriamente os ingleses, ontem vi uma equipa leonina encolhida, tal como no Camp Nou, à espera da derrocada

- se no Emirates o FC Porto sofreu um golo de contra-ataque (foi bem um pontapé para a frente até Adebayor), ontem revi uma jogada de formalismo idêntico mas mais substancial, com a bola jogada de pé para pé, rasteira, da área catalã até Messi que teve de se desmarcar para apanhar a bola)

- Adebayor fugiu a Benitez e foi à linha de fundo para oferecer o golo a van Persie; Messi fugiu a Carriço e ofereceu o golo a Henry

- se o 2-0 dos "gunners" surgiu de um cabeceamento felicíssimo de Adebayor, tão feliz quanto acidental a levar a bola ao solo para ressaltar e sobrevoar Helton e Benitez na linha de baliza, o 2-0 dos catalães foi um cabeceamento de Henry para a entrada de Piqué antecipada pelo corte infeliz de Polga
a meter a bola na sua baliza.
De repente vi dois jogos quase iguais mas posturas diferentes das equipas portuguesas em compita com colossos europeus. Estava 2-0 ao intervalo em ambos os casos, acabou 4-0 num e 5-2 noutro. Só por mera coincidência ou distracção se encontrarão pontos em comum.

Tanto que o 4-0 foi HUMILHAÇÃO, o 5-2 que resultou na maior goleada sofrida em casa foi apenas INGENUIDADE.

Os catastrofismos de importância capital, de que todo o País deve tomar conta, é só quando se previne terramotos. Porque quem alvitrou que o FC Porto iria sofrer a qualidade do Arsenal não perspectivou, mesmo após a demonstração do primeiro jogo em Barcelona, que este adversário
também é de outra galáxia. E o problema é esse mas muitos fingem não ver enquanto o Adamastor não lhes aparece à frente.

A Imprensa "Porreiro, pá!", garantia que o LEÃO BRAVO ESPERA BARÇA, os plumitivos do regime achavam o "momento certo" para o Barcelona visitar Alvalade e "vencê-lo não é missão impossível".

A medida (comparativa?) destes indigentes mentais teria sido um confronto com a Naval na batalha do costume que se saldou por mais dois leões expulsos.

Em parte é verdade, porque Caneira continua a distribuir "lenha" e Polga passa mais uma vez sem ser expulso e voltou a não ver amarelo por jogar a bola com a mão.

Mas em parte é mentira, porque não parecia o mesmo Moutinho a rebolar-se na Liga e a aceitar, profissionalmente, as faltas sofridas na Champions, nem os leões abespinhados contra os árbitros portugueses eram ontem os mesmos. Nesta área, porém, Paulo Bento continuou igual a si próprio, de uma cegueira irrecuperável para quem se formou em avaliador de árbitros...

Mas hoje parece que não se passou nada, não houve a maior derrota caseira de sempre na Europa e o 2-5 até terá sido exagerado. Depois de capas de jornais aos leões para contrariar as mágoas de não terem visibilidade, hoje volta o vermelho do costume e o proverbial "é para ganhar", o Olimpo é nosso.

Ainda hoje me pergunto se serei pessimista ao ler as declarações dos treinadores.

Jesualdo aceitou o veredicto final de um "jogo horrível" em Londres, apesar da excelente meia hora inicial do FC Porto. Paulo Bento passou de "encafunado" no banco a um morto-vivo retirado do caixão
quando num minuto o Sporting fez dois golos. A iminência do desastre quase transformou o 2-3 momentâneo e imprevisto em empate como se o jogo o permitisse no pantanal de Alvalade.

A bonomia com que esta derrota foi encarada só tem paralelo, na visão "calimeriana" de sempre, pela cegueira de não ter visto um primeiro golo, de livre, sem ter havido falta de Marquez (cortou com o peito, não com o braço) e não ter visto o penálti evidente de Rui Patrício que corta a bola mas trava a marcha para golo de Bojan Krkic.

Isto num Barça sem pressão, com duas equipas já qualificadas e à vontade para fazerem o seu melhor. Quando o Arsenal recebeu o FC Porto, tinha de ganhar após o empate em Kiev e sofrera um revés inesperado na Liga com o Hull, dias antes...

Para adoçar o fel, nada como Alvalade assobiar o melhor jogador do mundo quando saiu: Lionel Messi.

Aquela gente sabe do que gosta, custa-lhe é apreciar o momento que se lhe é oferecido. Parece que o Barça apresentou uma média de idades, fora Henry, Marquez e Valdez, capaz de rivalizar com a eterna juventude leonina. E decerto muitos jogadores catalães eram totalmente desconhecidos do público...

A qualidade é um conceito abstracto, mas concreto, não está ao alcance de todos e, pelo visto, do entendimento da maioria que fará de conta não ter visto Messi jogar, enquanto eu fico com a minha memória, evocada há dias, de ele ter-se estreado como profissional na inauguração do Dragão, a 15 de Novembro de 2003.

Mural da História: podemos não ser bons a prever terramotos, mas minimizar as suas consequências está nos genes de quem nunca percebe por que o mundo pula e avança. O Sporting entra e é palco da alegoria de Platão: só vê sombras quando sai da caverna...

Actualização (23.50)

Para jogar na Europa é preciso força e técnica. O FC Porto teve ambas, o Sporting só força mas não chegou, o Benfica nenhuma e o Braga só técnica, sabe o que faz à bola mas não aguentou o ímpeto dos (toscos) alemães, porém a sua galhardia continua a merecer elogios.

Já o "desportivo", fez por igualar o "recreativo" e uma mão cheia para cada um iguala-os na mediocridade.

As trompetas anunciavam o Olimpo, o Pique ganhava ao Valverde, o Benfica esmagava o Olympiacos, o Nuno Gomes já marcara até em Salonica e das favas contadas dos fanfarrões do costume - até deixarem constrangido o técnico das Flores sobre infelizes comparações com o seu Valência, por quem vira os colossos Espanyol e o Getafe arrumarem com os gayvotas em dois tempos - passou-se à tragédia grega só encoberta por manobras populistas dignas de Governos do Terceiro-Mundo - como o português (pinto) de sousa!

Vai ser difícil fazer capas de jornais amanhã, por ser improvável que "puxem" pela Naval para destronar o Leixões... Que surpresas haverá? Qual página mais "criativa" estará nas bancas? Que troglodita irá comentar a edição de novo dia: "Olhó desastre!".

Passaram apenas dois meses, mas lembro-me que um programa televisivo da bola, a puxar o lado mais idiota dos adeptos acéfalos chamados a comentar as mesmas barbaridades dos encartados de serviço, trouxe um espectador ao telefone, que se anunciou como jornalista, de Lisboa, com 63 anos, a proclamar sobre a única derrota da jornada europeia, a do FC Porto em Londres: "Os resultados das várias equipas portuguesas foram bons, mas nenhum como a derrota daqueles tipos lá de cima".

Jogador da Bancada - Época 2008/2009 - 14º Round


PS: Em comentário coloco os nomes dos jogadores que actuaram neste jogo e o treinador. Só necessitam de copiar, colar na vossa caixa de comentários e atribuir a vossa nota (de 0 a 10).

25 novembro 2008

Com naturalidade nos oitavos

Fenerbahce 1-2 FCPorto
Lisandro 18' e 28 e Kazim Kazim 64'

Equipa: Helton, Fucile, Rolando, B. Alves, P. Emanuel, Fernando, R. Meireles, T. Costa (Guarin 61'), C. Rodriguez (M. Gonzalez 74'), Lisandro e Hulk (Pelé 79')

Faltando ainda uma jornada para o final da fase grupos, eis que o FCPorto conseguiu carimbar a passagem aos oitavos de final da Champions League, fruto duma vitória inequívoca, realizando uma exibição com uma enorme personalidade, duma solidez táctica pouco vista nesta época. Ao jeito do “desafio” lançado pelo Zirtaev aquando do post de lançamento ao jogo, pode-se dizer que foi um FCPorto de luxo, sem Lucho, que venceu na Turquia.

Não, não é um facto inédito, e histórico, no palmarés do nosso clube, esta equipa não irá ficar na história, a comunicação social passará ao lado deste feito preferindo outros assuntos tal é a normalidade das vitórias portistas, mas para quem esteve durante algum tempo com os pés fora dos oitavos de final, esta vitória, com a consequente passagem garantida, terá um sabor ainda mais suculento do que apenas ser uma obrigação. Como a morte de Mark Twain, as noticias da morte da equipa do FCPorto na Champions League foram bastante exageradas.

Sem Lucho Gonzalez castigado por um momento de euforia na Rússia, Jesualdo Ferreira entregou o meio-campo aos cuidados de Tomás Costa, coadjuvado por Fernando e Raúl Meireles, enquanto na frente apostou no tridente que já vem sendo habitual Rodriguez-Hulk-Lisandro, na defesa Pedro Emanuel voltaria a ser aposta para defesa esquerdo, tendo Fucile alinhado pela direita.

Cedo se viu que a equipa portista teria de vestir o fato-macaco e arregaçar as mangas para levar de vencida uma equipa que, a jogar em sua casa perante o seu público fanático, tinha o orgulho ferido devido à má época que está a fazer, logo nos primeiros minutos Roberto Carlos, com os seus famosos remates potentes, quis ameaçar a baliza de Helton mas com pouco perigo.

A partir dos 10 minutos, o FCPorto assumia o domínio da partida, não mais o largando até ao final da primeira parte, a equipa pressionava muito perto da baliza adversária, com isso conseguia recuperar muitas bolas no seu meio-campo e chegar mais rápido à baliza adversária.

Aos 19 minutos, depois de uma jogada de insistência, Bruno Alves cruzava de forma perfeita para Lisandro Lopez que, com um remate acrobático, inauguraria o marcador. A equipa turca abanou e o FCPorto começaria a jogar à vontade, parecendo que os seus jogadores estavam em todo o lado, Raúl Meireles ainda testou a sua pontaria mas, por pouco, rematou ao lado.

O domínio portista era tal não sendo surpresa que, aos 28 minutos, depois de um longo lançamento lateral de Fucile, tendo a bola sobrado para os seus pés, Lisandro Lopez, na recarga de um seu próprio remate que o guarda-redes turco defendeu para a frente, alargaria a vantagem portista, bisando na partida.

Com tamanha desvantagem e sem capacidade de resposta, a equipa turca mais atónita e perdida ficaria, passados poucos minutos Tomás Costa enviou uma bola ao poste, concluindo uma excelente jogada de contra-ataque, e até ao final da primeira parte a segurança portista ditava o desacerto do seu adversário.

Na segunda parte, a equipa turca apostaria tudo no ataque, Aragónes faria entrar Kazim Kazim para dar largura ao ataque e a equipa vinha com disposição de empurrar a equipa portista para a sua baliza. Mas o FCPorto estava a realizar uma exibição demasiado personalizada, com muita garra e muita solidariedade entre todos, não tendo nenhum receio do ataque turco, era uma equipa disposta a sofrer e lutar muito para levar a vitória para casa.

Aos 63 minutos, Kazim Kazim reduzia a desvantagem turca, após um passe infeliz de Fernando, e com um remate fortuito, a bola iria embater no pé de Bruno Alves ganhando um efeito caprichoso, devolvendo as esperanças à equipa da casa. Momentos antes, Hulk numa jogada individual teve o golo, e consequente “morte do jogo” nos seus pés, mas permitiu uma defesa do guarda-redes turco.

Jesualdo Ferreira mexia na equipa cirurgicamente, Guarin entrava para o lugar de Tomás Costa, Mariano substituiria Rodriguez e Hulk dava a vaga a Pelé, dando ainda mais músculo ao seu meio-campo controlando as investidas atacantes dos turcos que tentavam, tudo por tudo, chegar ao empate mas sem muito sucesso.

Até ao final da partida, o FCPorto aguentaria o “chuveirinho” turco e ainda procurava descer à baliza adversária, mas o mais importante era que a equipa nunca quebrou quer física, quer tacticamente, jogando sempre com muita entre-ajuda e muita garra, juntando isso à eficácia de Lisandro foram os segredos para a conquista de três pontos, com inteira justiça.

O FCPorto poderá, agora, encarar a partida contra o Arsenal com uma maior tranquilidade, podendo até, se Jesualdo Ferreira necessitar, de fazer descansar alguns jogadores, restando apenas a vontade de se vingar da humilhação sofrida em Londres, assim como a possibilidade de chegar a primeiro lugar do grupo, mas, o que interessa, é que o maior objectivo está conseguido, a passagem aos oitavos de final já cá canta. A partir de agora, tudo pode acontecer.

Fenerbahce 1-2 FCPorto

Lisandro 18' e 28 e Kazim Kazim 64'
Equipa: Helton, Fucile, Rolando, B. Alves, P. Emanuel, Fernando, R. Meireles, T. Costa (Guarin 61'), C. Rodriguez (M. Gonzalez 74'), Lisandro e Hulk (Pelé 79')

Precisamos de um FCPorto de luxo sem Lucho


Convocados: B. Alves, C. Rodriguez, E. Farias, Fernando, Guarín, Hulk, Lino, Lisandro, M. Gonzalez, Nuno, P. Emanuel, R. Meireles, Rolando, Sapunaru, Tarik, T. Costa e Ventura

Fenerbahce - FCPorto, 19H45 - RTP1

PS: Não se esqueçam que têm hoje até às 17h15 para actualizar as vossas equipas do UEFA Fantasy Football

22 novembro 2008

Um sério caso de polícia

"A operação fair-play desmontou a tese calabresa, mostrando que a comparação entre Porto e Palermo, invocada por pseudo-sociólogos e afins, só pode ter sido inventada por palermas. O problema das claques não tem base regional. Tem a ver com o seu modelo, semelhante ao das milícias, que propicia a infiltração por marginais e radicais. Gente que, protegida pelo ambiente de clã e pelo fervor colectivo, encontra, no seu seio, condimentos propícios à construção de teias de cumplicidades.

Por isso, as claques devem ser filtradas e legalizadas, para serem menos estanques e terem hierarquias responsáveis e responsabilizáveis. As outras, que são barrigas de aluguer para a marginalidade, só podem ser desmanteladas pela força da lei. Mas a certificação não pode ser um instrumento branqueador.

No caso da claque benfiquista, o clube deve ser responsabilizado se os materiais ilegais tiverem sido apreendidos dentro das instalações do clube, porque é fácil compreender que essas áreas reservadas dos estádios são a mala diplomática onde se podem esconder armas e drogas, fumos e tochas, que por isso escapam ao controle de acesso aos jogos.


As claques são úteis como apoiantes, e também fazem parte do grande espectáculo, desde que resistam à subversão dos seus fins: seja pela marginalidade, seja pela mão dos dirigentes dos clubes.

Infelizmente, é vulgar serem estes a corromper as claques, para as arregimentarem e transformarem em guardas pretorianas ao serviço de desígnios que rigorosamente nada têm a ver com a glória desportiva. Quando as claques servem de escolta aos dirigentes para as suas bravatas cobardes, quando são usadas por eles para silenciarem jornalistas incómodos ou vozes discordantes, deixam de ser úteis e passam a ser, apenas, um problema muito sério e uma ameaça à nossa segurança. Um sério caso de polícia.
"
Rui Moreira in Coluna do Senador (A Bola)


PS: Quero aproveitar este post para agradecer todas as palavras simpáticas que me foram endereçadas na caixa de comentários do anterior post e dizer-lhes que na medida do meu possível e do meu escasso tempo tentarei, junto com os meus colegas, não desiludir quem visita este blog e tentarei sempre lançar os debates que acho mais importantes para o FCPorto e tudo o que se poderá de algum modo relacionar com o clube.

Este post é um desses exemplos, porque apesar de o problema parecer estar longe e o assunto nada ter a ver connosco, a verdade é que também na claque que acompanha o nosso clube poderão existir problemas de algum modo semelhantes e que mais tarde poderão afectar a imagem do clube.

Obrigado a todos.

20 novembro 2008

Prestígio...

...de Vítor Baía

"Vítor Baía, antigo jogador do F.C. Porto e actual director de relações externas do clube, vai ser distinguido pela Confederação do Desporto de Portugal com o prémio «alto prestígio».

Para além do ex-guarda-redes, o prémio será também entregue à selecção portuguesa de hóquei em patins que conquistou o primeiro título mundial, em 1947. O galardão vai ser entregue a Correia dos Santos, único elemento dessa equipa que ainda é vivo.

Os prémios serão entregues na Gala do Desporto, que se realiza esta quinta-feira no Casino Estoril, e que vai estar subordinada ao tema «amor à camisola»."
In maisfutebol

...do Portistas da Bancada


Não é todos os dias que se atingem números destes de páginas vistas num blog:

E isto em pouco mais de dois anos, o que para mim é deveras prestigiante.

Mais uma vez, só tenho de agradecer a todos os Portistas que enchem esta Bancada.

Acho que é hora de dizerem de vossa justiça: o que acham deste blog? Digam o que está bem, o que podia estar melhor, o que está mal, o que deveria estar e não está, o que está e não deveria estar, etc. A caixa de comentários é toda vossa, aliás, como sempre foi.

Obrigado a todos.

19 novembro 2008

No país da inveja, os seguidores inveterados do mal educadíssimo Gaúcho, parecem preferir que a selecção perca, a testemunharem o êxito de Queirós.

As Marias Amélias agradecem.

Portugal é um pais pequeno com um talento imenso. Quando trabalhamos com afinco num produto que amamos e trabalhamos em conjunto o resultado é a exportação de produtos que raramente têm rival. Sem entrar em questões muito técnicas, reparem só no vinho, no azeite, no queijo e nos jogadores de futebol. Todos do melhor que há no mundo. Somos nós que temos a matéria prima e que a trabalhamos de forma inigualável.

O problema é que o jogador de futebol não é um produto inerte. Por isso é também necessário (e muito) trabalhar-lhe a mente. Sem ir aos estudos de antropologia morfológica do Jorge Dias, onde está bem explicado de onde vem e o que representa o homem português, e dando o devido desconto motivado pelo enorme número de misturas que esta raça Portuguesa contém, é fácil de ver, que o Português tem um grande defeito: a incapacidade de trabalhar em conjunto.

Quando esta incapacidade é ultrapassada, os resultados são por norma estrondosos. E todos além fronteiras ficam admiradíssimos como é que um país tão pequeno pode alcançar resultados deste nível, alguns fazem comparações e dizem mesmo que nunca conseguiriam fazer “tal coisa”. Mas nós conseguimos. Talvez porque conseguimos, torna-mo-nos excessivamente competitivos entre nós.

Portugal tem jogadores de luxo. São portentos de técnica e alguns são jogadores que fisicamente nada ficam a dever a outros que provêem de futebóis directos como os do norte da Europa. São jogadores experientes, jogam ao mais alto nível nos melhores campeonatos da Europa e nas competições com maior visibilidade no mundo. Têm cultura táctica suficiente para saberem ler um jogo e adaptarem-se às vicissitudes do mesmo. Os jogadores Portugueses têm portanto capacidades de sobra para lutar por títulos Mundiais e Europeus e para adoptarem uma atitude solidária e altamente competitiva em qualquer jogo, contra qualquer adversário. Têm portanto, a obrigação de saberem actuar como um grupo coeso.

Mas raramente o fazem.

Posto isto, há questões a colocar:
Porque terão sido sempre, os jogadores Portugueses, um bando de Marias Amélias mimadas, que “fabricam” grupinhos na selecção e que privilegiam objectivos pessoais acéfalos em vez de privilegiarem o bem comum, os resultados do grupo e os títulos internacionais?

Porque será que a selecção nacional sempre se portou como uma entidade fragmentada com querelas individuais e clubísticas a sobreporem-se ao interesse nacional?

Porque será que depois dos casos Saltillos e Paulas, depois de passeios em olivais lavrados em vésperas de meias-finais de Euros em 84 (em vez de preparações profissionais ajustadas) com as Amélias a dormir em pisos de hotel separados consoante o clube que representavam, depois dos actos xenófobos de alguns dos eternamente adorados pela nossa comunicação social analfabeta aquando da nacionalização de Deco (que é um dos poucos jogadores que não é uma Amélia), porque será pergunto eu, que a degeneração das meninas continua?

Porque será que os Portugueses são tão invejosos e quezilentos consigo próprios? Qual é o objectivo primordial de uma gente que se odeia a si própria?
A realidade é esta: a grande maioria dos jogadores Portugueses é imatura e mal formada. São rodeados por gente mal preparada e por um ambiente de total indisciplina em que os prevaricadores são todos os dias elevados a deuses do Bananal por essa comunicação social analfabeta e mesquinha que tão bem conhecemos. Quando se educam crianças não se devem enaltecer nem ignorar as atitudes de falta de respeito.

E é precisamente isso que a maior parte da comunicação social faz. Quando Scolari obteve resultados tão fantásticos como as derrotas com a Itália, Espanha, (0-3 em casa num jogo humilhante para Portugal em Guimarães), Grécia (por duas vezes em casa), Rep. Irlanda, França, Alemanha, Dinamarca, Polónia, e os excelentes empates com o Lichtenstein, a Polónia, a Sérvia e Finlândia (estes 3 últimos todos em casa), nunca se vislumbrou nenhuma capa de jornal a chamar burro ao seleccionador.

Talvez pelo facto de os nossos jornalistas sofrerem do sintoma de “invejosis acéfalus”, logo ao 4º jogo Queirós é apelidado de burro.

Enfim, Queirós provavelmente não terá tido pulso para tomar conta de tanta Maria Amélia mimada e imatura, mas não tem uma equipa base preparada por Mourinho e não pode entrar dentro de campo com um chicote e obrigar as meninas a comportarem-se como homens.

A preparação mental dos nossos jogadores tem sido tão mal feita ao longo dos anos, que neste momento não existe sequer um líder dentro do campo. Existem estatutos. Ora agora o ataque de mimo deu-me a mim e por isso quem marca o livre sou eu.

O lixo da Federação ainda não foi varrido e o ciclo ainda não se completou. Até lá só com outro milagre Mourinho se poderá sonhar com títulos e qualificações sem sobressaltos Albaneses. Para mim, o seleccionador nacional deveria sempre ser estrangeiro. Só um estrangeiro estará imune a determinadas pressões e só um estrangeiro não terá pejo em insurgir-se contra determinadas atitudes, que para nós Portugueses parecem normais de tão recorrentes, mas que para ele são uma novidade completamente inaceitável.

A não ser que haja para aí outro Sargentão. Mas tem que ser um a sério, de carreira, que isto de fazer correr Amélias tem muito que se lhe diga.

18 novembro 2008

Aquilo que estamos a ver não é o que vemos…

Onde se fala de bastidores num tasco mal frequentado a propósito do E. Amadora-FC Porto e de papagaios do costume com os mestres da arruaça, comparando Lisboa com Gondomar

O FC Porto vai demorar a ascender ao 1º lugar, mais do que desejaríamos, mercê do adiamento, para alguns suspeito, do jogo com o Estrela da Amadora, agendado para 17 de Dezembro. Será pelo Natal que ascende ao topo? Não sabemos o que esperar, tendo de aguardar tanto pelo jogo que reponha a normalidade do campeonato de modo a que todos andem a par, perante a indiferença do tasqueiro desta taberna mal frequentada que é a Liga.

Como foi o clube da Reboleira a pedir o adiamento, temos duas teorias em confronto qual delas a mais conspirativa:

1) cedeu a interesses, não especificados, do FC Porto, pondo-se de cócoras perante o chamado “rei do Norte” proclamado pelos bardos da citânia de Guimarães;

2) há a hipótese de o próprio clube tricolor ter mesmo interesse em adiar a contenda antevendo o previsível pré-aviso de greve que incidiria sobre a recepção aos dragões e com perspectiva de negócio antes da reabertura do mercado.

Na 1ª hipótese, é possível tudo e o seu contrário, tal e qual as voltas e reviravoltas dos diversos ministros dignos do Governo Sótraques: o das Obras, o da Saúde (que já foi…), o do Dinheiro, a do Eduquês que nos ensina como uma Lei pode ser alterada em casa por despacho e a um Domingo, tal como se tiram diplomas. Para ajudar a este desconchavo tuga, até um Lobo da táctica com espaço na Imprensa. Rádio e Televisão já vê Rochemback lento quando há um mês era o dinamizador ofensivo; as “contratações cirúrgicas” do Sporting passaram a “cirurgia de cataratas”; o pico das Flores está entalado nas “transições” das mil e uma maneiras de desenhar um losango; e o moço Fernando, afinal, até está quase a fazer esquecer o Paulo Assunção.

Não é birra minha, que não tenho arte nem engenho, ao contrário da vergonha que me aflige, mas desta vez apercebi-me que o idiota letrado viu no Porto-Guimarães não um Fernando a soltar jogo, e de primeira, melhor do que fazia até o inesquecível Paulo Assunção, mas a ser somente um meco defensivo posicional sem ter nada a ver com o equilíbrio que dá à equipa.

Já na outra teoria da conspiração, o Joaquim Evangelista não tem nada a ver com o fomentar da greve para favorecer o Benfica. Erraram o alvo quantos assim pensaram, evocando até um Setúbal-Benfica que terá estado ameaçado – e salvo um passageiro do Brasil corrido à chapada do aeroporto em Lisboa, um autocarro de adeptos incendiado na Luz, um morto por very-light (muita luz, precisamente, em “inglês técnico”) no Jamor, uns comboios escaqueirados e um polícia maltratado e um adepto esfaqueado em Guimarães (onde quem pagou foi a casa do FC Porto que os bardos locais não deixam abrir), nada de censurável ocorre naquelas bandas.

O drama do E. Amadora, como antes com o V. Setúbal à míngua de dinheiro para salários, será corrigido em Dezembro, não porque o FC Porto faça encher a Reboleira (ou Roubalheira, segundo a lenda), até porque para garantia da sua segurança muitos Superdragões poderão ficar de novo retidos nas portagens de Alverca, mas talvez um certo clube irá prometer comprar um jogador estrelista, como antes também com um estorilista (Rui Duarte), com a proximidade da reabertura do mercado em Janeiro.

Desculpe, pode repetir?

A realidade ilude-nos e, por ironia das coisas em que recuso meter o destino ao barulho, é o Benfica a dar mais uma bicada na moralidade em que muitos blogues da bola vegetam para defenderem o cachaço num árbitro-auxiliar ou os prémios de gestão do 4º classificado – e eu a pensar que, SAD ou DASSSSE, o futebol é para ganhar títulos e não distribuir dividendos, que na Bolsa fazem-se operações de marketing próprias da Loja do Chinês mas não na oficina de pneus do Manel da Malveira.

A detenção de uns quantos rufias, sem merecer tal alarido ou só porque quem devia denunciar andou calado, tem sido o paradigma de dois mundos indissociáveis do microcosmo português.

Por um lado, a incapacidade de ver ao perto, porque fumos, tochas, símbolos nazis (na República da Madeira, mas também na Lixeira da Luz), agressões e “very-lights” existem em todos os jogos, fosse no velho ou já no novo estádio do Benfica onde até o cimento das bancadas, a lembrar o antigamente, continua à mostra. Com tudo assim às claras, sempre me fez espécie assistir a este primitivismo da manifestação de adeptos desde que os trogloditas descobriram o fogo. Mas nem quem lá vai regularmente, na livre Lisboa onde o bom comportamento evita uns cachaços que podem dar baixa para cinco dias, notava o “acontecimento” raramente visto noutros estádios mais ou menos modernos.

Por outro lado, e porque cada moeda tem duas faces, a incapacidade de ver ao longe. Num fim-de-semana antecedido pela revelação dos 180 mil contos de prémio pelo 4º lugar, com a correspondente vedação de entrada à Lusa agência que costumava ser mais um órgão do regime onde se lançavam pilhérias sobre a impunidade de Bruno Alves para encobrir a de Nuno Gomes, o mesmo fim-de-semana não tirou toda a gente do torpor do remanso familiar. Nem quando a bolha da inflação sensacionalista rebentou com o anúncio de que o Benfica poderia saltar para o 1º lugar, esse paraíso de prémios mil para quem o alcança mas muitos nem o vislumbram…

O papagaio de serviço, que já foi jornalista da SIC e da TSF antes de assessorar Jorge Sampaio e agora dita interdições de acesso à Imprensa, deu-se para ficar perplexo com a associação criminosa de rufias da droga e vândalos da arruaça, negando que na Luz ali houvesse sede de material suspeito. Ridículo era supor que o Benfica teria a ver com aquilo que, de forma sensacionalista, a pérfida Comunicação Social teimava em inquietar o clube.

Todos o sabiam há anos, como provam manchetes de jornais que muitos preferem esquecer. Ali se guardavam armas e droga, fumos e tochas. Estranha-se a estranheza e ri-se da velha táctica de lembrar que clubes rivais também e tal…

Depois, se há meses porventura resolveram fazer obras na arrecadação de material pirotécnico foi precisamente por causa da que noutros lados chamam de “guarda pretoriana” ter-se, qual Brutus, revoltado com o imperador, quando os Boys maltrataram o presidente do desportivo, cortando-lhe a palavra com risota e chacota e ameaçando-o à saída de uma assembleia.

Agora, institucionalmente, assobiam para o ar como se não fosse nada uma ligação umbilical de 16 anos que gera uns monstrozinhos de ter cuidados.

Mas piada mesmo teve aquela surpresa de saber pela Comunicação Social de uma notificação, que não chegara, para o seu presidente ameaçar alguém de engolir o jornal página a página... Quem se habituou, noutros processos e inquéritos, a isso agora deve rir-se alarvemente.

Caso para dizer: “Bem-vindo ao clube”? Mas para o arauto da transparência e da verdade desportiva seria descer aos terráqueos sujeitos ao achincalhamento e métodos judiciários que ainda não tocam a todos. Até a protecção a reles jornalistas à entrada dum tribunal, no TIC de Lisboa, é bem pior do que em Gondomar…

Jogador da Bancada - Época 2008/2009 - 13º Round


PS: Em comentário coloco os nomes dos jogadores que actuaram neste jogo e o treinador. Só necessitam de copiar, colar na vossa caixa de comentários e atribuir a vossa nota (de 0 a 10).

17 novembro 2008

Já fez 5 anos




PARABENS DRAGÃO!!!


Trófeus (desde 16/11/2003)
1 Liga dos Campeões
1 Taça Intercontinental
4 Campeonatos
1 Taça de Portugal
1 Supertaças de Portugal

Tão novo e já com t'Antas glórias.

16 novembro 2008

Uma vitória de sentido único

Equipa: Helton, Sapunaru (Lino 66'), Rolando, B. Alves, Fucile (Pelé 90'), Fernando, R. Meireles, Lucho, Tarik S. (E. Farias 45'), Lisandro e C. Rodriguez

37.400 espectadores

O FCPorto regressou às vitórias, em jogos a contar para o campeonato nacional, numa partida onde o jogo teve um sentido único: a baliza vitoriana. Quando se podia prever que o Vitória de Guimarães seria um adversário duro de roer, e muito difícil de bater, o certo é que foi um adversário que apenas procurou defender a sua baliza e poucas oportunidades teve para incomodar a defesa portista. Demérito deles mas, houve principalmente, muito mérito para a equipa portista que parecendo querer regressar aos bons tempos, dominou a partida a seu bel-prazer realizando uma exibição, em comparação das últimas, mais condizente com o seu estatuto.

A equipa tricampeã nacional, apresentou-se com três alterações relativamente ao jogo contra o Sporting, duas delas por castigo, saiu Pedro Emanuel e Hulk, entraram Sapunaru e Rodriguez para o seu lugar, e uma por opção, Mariano Gonzalez daria a vaga a Tarik Sektioui. Com essas alterações, Jesualdo mexeria na estrutura da equipa passando a jogar num declarado 4x3x3, com dois extremos e Lisandro Lopez no meio do ataque, o certo é que ganhou a aposta quer em aparecimento de oportunidades de golo, quer pela exibição da equipa.

Logo desde o primeiro minuto, a equipa portista entrou com uma enorme vontade de se impor, na primeira jogada do encontro, Sapunaru rematou forte para uma grande defesa de Nilson. Na jogada seguinte, foi a vez de Lisandro Lopez rematar à meia-volta mas, desta vez, foi fraco e à figura do guardião vitoriano.

O FCPorto entrou bastante forte, sentia-se muita tranquilidade, para isso contribuiu e muito as duas últimas vitórias fora de portas, muita velocidade, muito pressionante empurrando o seu adversário para a sua defesa, a circulação de bola fluía naturalmente, mas os únicos problemas na equipa portista eram mesmo a falta de acerto no último passe e a falta de concretização das muitas oportunidades de golo que, entretanto, surgiriam.

Rodriguez era dos mais activos no ataque, muito explosivo e trabalhador, tendo algumas boas situações para inaugurar o marcador, situações essas que ou Nilson defendia ou Rodriguez, que necessita de um golo para dar uma maior tranquilidade ao seu futebol, falhava, por vezes, de forma atrapalhada, como por exemplo num lance onde quase escandalosamente, não conseguiu marcar perante muitas facilidades da defesa vitoriana. Tarik também parece querer chegar aos velhos tempos, Lisandro sempre esforçado e o tridente do meio-campo controlava sempre as operações, com destaque para a grande exibição de Fernando.

A partir do meio da primeira parte, o jogo começou a baixar de intensidade, mas o FCPorto não desistia da procura do golo, as oportunidades surgiam, quase naturalmente, mas a equipa não conseguia acertar com a baliza, tendo indo para o intervalo com um injusto 0 a 0, perante o futebol atacante e oportunidades de golo falhadas pelos seus jogadores.

Jesualdo Ferreira faria entrar, ao intervalo, Ernesto Farías para o lugar de Tarik, com o intuito de tentar descobrir o caminho do golo. O jogo esse começaria da mesma forma, o FCPorto a querer marcar, encontrando pela frente um autocarro mas que abriria várias brechas que a equipa azul e branca não aproveitaria.

Até que, aos 65 minutos, depois duma jogada de insistência, com origem de um canto, Raúl Meireles cruzou de forma perfeita para Lisandro Lopez que, livre de marcação, cabeceou para o fundo da baliza fazendo o golo já muito merecido, para aquilo que a equipa portista tinha feito até ao momento. Foi pela 50ª vez que Lisandro Lopez marcou com a camisola portista.

A partir daí, o Vitória quis arriscar um bocadinho, vindo mais para a frente, abrindo mais brechas na sua defesa, com isso o FCPorto aproveitava para criar mais algumas oportunidades, mas, fisicamente, a equipa já ressentia do esforço das últimas partidas e, por vezes faltava clarividência na finalização.

Mas a partida não iria terminar sem que o FCPorto marcasse mais um golo, desta vez por Ernesto Farías que, sendo assistido pelo compatriota Lisandro, apareceu isolado e escolheu, tranquilamente, o melhor lado para colocar a bola fora do alcance de Nilson, fazendo o resultado final.

Foi com o hino da Champions League, uma pequena provocação à equipa vitoriana, fazendo lembrar o final do ano passado frente de um jogo frente a um clube muito amigo do Vitória de Guimarães, juntando a presença de António Salvador, presidente do Braga, lado a lado com Pinto da Costa, na tribuna, que a partida terminou com um resultado justo, e sem qualquer discussão.

A crise parece que já lá vai, a equipa portista começa a querer voltar às boas exibições, as oportunidades de golo já surgem fluentemente agora é uma questão de afinar a pontaria, o FCPorto conquistou uma vitória importante, ainda por cima diante do seu público, tendo com isso regressado a tranquilidade ao Dragão. Agora é tempo de descanso, fruto do adiamento do jogo contra o Estrela da Amadora, e preparar a próxima partida, partida essa de extrema importância, tanto para a continuidade da equipa na Champions League, como para a continuação do regresso aos momentos felizes que este clube, felizmente, nos habituou nos últimos anos.

15 novembro 2008

FCPorto 2-0 V. Guimarães

Lisandro 65' e E. Farias 88'Equipa: Helton, Sapunaru (Lino 66'), Rolando, B. Alves, Fucile (Pelé 90'), Fernando, R. Meireles, Lucho, Tarik S. (E. Farias 45'), Lisandro e C. Rodriguez

Vitória para ganhar embalo

Convocados: B. Alves, C. Rodriguez, E. Farias, Fernando, Fucile, Helton, Lino, Lisandro, Lucho González, Mariano Gonzalez, Nuno, Pelé, R. Meireles, Rolando, Sapunaru, Stepanov, Tarik S. e Tomás Costa

FCPorto - V. Guimarães, 18H15 - SportTv1

14 novembro 2008

Mantidos "patamares de exigência"


"Direcção rejeita prémios para segundo e terceiro lugares

Na Assembleia-Geral da SAD do F.C.Porto, a administrição da mesma recusou qualquer prémio caso o clube termine o campeonato em segundo ou terceiro lugar. A proposta avançada pela Comissão de Vencimentos previa prémios para os administradores caso o clube ficasse entre os três primeiros.

A notícia avançada pela Agência Lusa, revela que o presidente dos dragões terá rejeitado essa proposta, aceitando apenas prémios no caso do F.C.Porto revalidar o título ou vencer alguma competição internacional.

A Comissão de Vencimentos justifica a sua proposta, com base no facto de serem posições que dão acesso às competições europeias. «Os três primeiros lugares do Campeonato Nacional permitiam o acesso dos respectivos clubes à Liga dos Campeões da UEFA ou à Taça UEFA».

Nesse sentido, continua o relatório: «Considera esta Comissão que a metodologia que definiu, podendo embora ser discutível à luz de outras lógicas e critérios, é absolutamente lícita e transparente, não lhe cabendo, pois, alterá-la ao sabor do ruído entretanto criado». Pinto da Costa recusou esse prémios.

SAD não aceita recomendação para divulgar individualmente remunerações
Ainda em relação à questão dos vencimentos e prémios dos administradores, realce para o facto da CMVM recomendar que a remuneração dos membros dos órgãos de administração dever ser discriminada individualmente. Contudo, a SAD do F.C. Porto optou por não seguir esta recomendação, como pode ler-se no Relatório sobre o Governo das Sociedades apresentado esta quinta-feira.

A SAD justifica porquê: «A remuneração dos membros do órgão de administração não é objecto de divulgação em termos individuais, pelo facto da sociedade considerar que a análise por parte dos accionistas do desempenho da administração da sociedade deve ser feita colegialmente, cabendo à Comissão de Vencimentos a análise da adequação da remuneração individual»."
In maisfutebol

Entretanto em resultado da mesma reunião da Assembleia Geral da SAD realizada no dia de ontem, a FCPorto - Futebol SAD emitiu o seguinte comunicado:
"Comunicado da F.C. Porto – Futebol, SAD

A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos da alínea g) do nº 2 do artigo 249º do Código dos Valores Mobiliários, vem informar que, na Assembleia Geral realizada hoje, dia 13 de Outubro de 2008, com início às 15 horas, foram tomadas as seguintes deliberações:

1 - Aprovação do relatório e contas individual do exercício de 2007/2008, com 99,99% dos votos a favor;
2 - Aprovação do relatório e contas consolidado do exercício de 2007/2008, com 99,99% dos votos a favor;

3 - Aprovação da proposta de aplicação de resultados, por unanimidade;
4 - Aprovação da proposta da atribuição de um voto de louvor à administração e fiscalização da sociedade, com 99,99% dos votos a favor;
5 - Aprovação do Orçamento de Exploração para o exercício de 2008/2009, por unanimidade;
6 - Aprovação do Conselho Fiscal, para o quadriénio 2008/2011, por unanimidade.

O Conselho de Administração
Porto, 13 de Novembro de 2008"
In fcporto.pt

Já agora e como curiosidade o FCPorto foi o clube em Portugal que movimentou mais dinheiro.


"F.C. Porto foi dos três grandes quem movimentou mais dinheiro
Uma comparação entre os Relatório e Contas das SAD de Benfica, F.C. Porto e Sporting da época anterior permite algumas conclusões interessantes em relação às finanças dos três grandes. O Maisfutebol deu-se ao trabalho de fazer a comparação dos itens mais relevantes e apresenta em baixo os dados concluídos.

O F.C. Porto foi o clube que movimentou mais dinheiro. Os azuis e brancos lideraram no valor total de transacções, fossem elas compras ou vendas de atletas. Os dragões ganharam 35 milhões em transferências, contra 13 do Benfica e 2,5 do Sporting. Já em relação a aquisições, o F.C. Porto gastou 19 milhões, contra 15 do Benfica e 7 milhões do Sporting.

O F.C. Porto ficou à frente também nos custos com o pessoal. Os portistas pagaram 38,7 milhões a funcionários (incluindo o plantel), contra 27 milhões do Benfica e 19 milhões do Sporting. Neste caso influenciou o facto do F.C. Porto ter o quadro de atletas mais extenso: 47 jogadores. Os leões conseguiram baixar 10 por cento em relação ao ano anterior.

Foi possível também perceber que o Benfica tinha na época anterior o plantel com maior valor, sendo que este valor é calculado por vários factores: custos de aquisição, percentagem do passe, anos de contrato, entre outros. Os encarnados tinham um plantel avaliado em mais de 53 milhões de euros, contra 50 do F.C. Porto e pouco mais de 38 do Sporting.

De resto, o Benfica tinha seis jogadores avaliados em mais de dois milhões de euros, 12 jogadores entre um e dois milhões e 18 com valor inferior a um milhão. O F.C. Porto tinha sete superiores a dois milhões, oito entre um e dois milhões e 20 inferiores a um milhão. O Sporting tinha onze com valor superior a um milhão e 14 com valor inferior.

Por fim, o Sporting foi o clube com mais proveitos em direitos televisivos. Já o F.C. Porto ganhou em publicidade e provas europeias. Quanto a bilheteiras, F.C. Porto e Sporting empataram-se na frente. No final de todas as contas, os três clubes deram lucro. O F.C. Porto disparou, porém: 8 milhões. Benfica 120 mil euros e Sporting 597 mil euros."
In maisfutebol.pt

PS: Negritos meus.

Carlsberg Cup - Calendário 2008/09

Fase de Grupos
1ª Jornada - 7 de Janeiro
2ª Jornada - 14 de Janeiro
3ª Jornada - 18 de Janeiro
Apuram-se para as meias-finais os primeiros classificados de cada grupo e o melhor segundo.


Adenda:

TAÇA DE PORTUGAL8ºs de final

Cinfães - FCPorto

Paços de Ferreira-Vizela
Trofense-Nacional
Naval-Portimonense
Leixões-Benfica
Setúbal/Moncorvo- Guimarães
Estrela da Amadora-Olivais e Moscavide

13 novembro 2008

Da “consciência tranquila”

“Para os amigos, tudo; para os inimigos, nada; para os outros, cumpra-se a lei”
da sabedoria popular

Parece que a exibição de Bruno Paixão uniformizou as críticas à capacidade deste árbitro, mas é ilusão. Se essa aparência ressaltou não deixou de vincar o sentido de não tomar o partido da vítima maior, o FC Porto, como sempre sucede negando aos dragões inúmeras razões de queixa de arbitragem da mesma forma que a Imprensa Destrutiva, como A Bola e Record, nunca fizeram uma 1ª página com os portistas como prejudicados…

Esta onda de indignação de virgens ofendidas esconde o falso moralismo de que os diversos pasquins dão provas.

Não há novidade alguma em Bruno Paixão ter tido boa nota no clássico. Já a tivera do observador em Campo Maior (19/2/2000) e o Record é testemunha disso porque nessa noite infame deu-lhe 3 (de 0 a 5). E, tal como ontem nos dois desportivos, Bruno Paixão disse e diz ter a “consciência tranquila”. Carlos Manuel, então técnico dos alentejanos, gabou-se do mérito da vitória da mesma forma que Paulo Bento não viu a mão de Tonel na Supertaça de Leiria decidida pelo mesmo Bruno Paixão.

Vítor Constâncio vai em poucos meses à AR falar de uma bronca com um banco. E diz-se de “consciência tranquila”, no rombo do BPN como no anterior do BCP, refutando falhas de supervisão do Banco de Portugal. Fica a grande interrogação de quem supervisiona o supervisor de modo a apontar-lhe incapacidade que dite a sua exoneração.

Na tasca da Liga
Há quem não veja no futebol o Estado do País e, neste, das pessoas, sejam políticos, empresários, jornalistas, jogadores, árbitros. É a impunidade, mas teme-se falar em temos políticos como se conspurcassem o futebol. Ou vice-versa, se tomarmos em conta um ex-político como Hermínio Loureiro, presidente da Liga que nela arranjou uma familiar se a não tem: prima pela ausência.

Em escassos meses, desde Abril, este tasqueiro no seu aspecto abarracado revê os mesmos casos de incumprimento salarial dos clubes que então aqui apontei, jogavam-se o Porto-E. Amadora e Boavista-Benfica na mesma jornada. Mais: continua a permitir bilhetes caros no futebol: 10 euros para a Taça (da FPF) e 25 euros na Liga, o mínimo para as últimas visitas do FC Porto a Alvalade.

O presidente da Liga deixa a (in)justiça desportiva actuar selectivamente – mas no seu blogue tanto fala de mostras de sapatos, entrevistas e agendas políticas e coisas que nada têm a ver com as “4 Linhas” que é o seu espaço individual e a razão de ser da sua ocupação, apesar de receber como deputado do PSD na AR! Um indivíduo que reclama atenção do Governo para o futebol mas permite o aviltamento da justiça e o desvario na arbitragem, é este mesmo quando se marimbou para as tricas do andebol entre Liga e FPA quando foi em 20004 secretário de Estado do Desporto.

Temos um ministro das Finanças de quem as PME dizem não saber a dívida do Estado para com elas. A ministra da Saúde não sabe quanto o Estado deve aos hospitais, farmácias e fornecedores diversos. O sonso PGR a gozar com os prazos ditados pela juíza titular do caso Casa Pia. Os jornais dizem não perceber como um avaliador do árbitro dá nota positiva a Bruno Paixão. É tudo igual, não?

Temos, portanto, tanta coisa que mete nojo, para manter o nível de Paulo Bento.

Bruno Paixão é só outro produto inquinado do sector de arbitragem sem rei nem roque, fruto da sua promoção incompreensível e de fecharem os olhos a tantas asneiras sem, porém, ter o exclusivo delas, nem da perplexidade quanto à promoção feita a outros como O. Benquerença, Duarte Gomes, Lucílio Baptista, Pedro Proença, Pedro Henriques que bem reincide nos erros mas nem assim chega a internacional. Tudo isto no seio da Liga que supostamente estaria regenerada, para o que o Apito Dourado traria o desejado “limpar da porcaria”. Pelo que se vê, só mudaram as moscas.

Porquê? Porque achavam que o Apito Dourado, expondo uns para encobrir outros, esconderia o assalto ao sistema de arbitragem, agora como dantes baseado na “cunha” e não na competência.

Rosa Santos, ex-árbitro internacional, dizia ontem em O Jogo que eliminaram os árbitros da província para favorecer os do Porto e Lisboa com todo o tráfico de influências agora só restrito aos dois pólos em que se divide o País mas reservou tendência única dos árbitros: prejudicar o FC Porto.

Quem acode na AF Porto? Martins dos Santos?
Temos um caso grave, agora, no Porto. Ana Sofia Aguiar teve um erro técnico inadmissível mesmo para uma caloira na arbitragem e na jornada seguinte lá foi apitar de novo nos “regionais”. O seu “protector” chama-se Martins dos Santos que disse para quem quis ouvir ter sido correcta a decisão da árbitro no Perafita-Pedrouços de há uma semana. Um penálti do Perafita foi convertido, mas como um jogador da equipa da casa entrou na área antes de o colega bater a penalidade, ela simplesmente anulou o golo e marcou livre indirecto a favor do Pedrouços na sua área. Tudo também sob o olhar do presidente da AF Porto, Lourenço Pinto. No último domingo lá esteve ela no Águas Santas-Salgueiros. O Perafita prometeu recorrer, o encontro deve ser repetido, mas já lhes foi lembrado que há seis clubes para descer na Divisão de Honra da AF Porto…

Bruno Paixão e balde mar Duarte
Voltando a Bruno Paixão, não foi no Campomaiorense-FC Porto, de 19/2/2000, que se revelou na sua infinita mediocridade. E os sportinguistas também não devem ter memória de um jogo do final da 1ª volta, com o Salgueiros a perder 2-0 em Alvalade. Com 1-0, Schmeichel derrubou na área um jogador salgueirista: era penálti e expulsão, mas o árbitro não concedeu e no último minuto ainda foi apitar um penálti fantasmagórico para fixar o resultado final.

No famigerado jogo de Campo Maior, não foram só quatro ou cinco penáltis por marcar para o FC Porto. Jardel marcou um golo sem sombra de irregularidade, num canto. Como dito atrás, Record não lhe apontou erros de monta e deu-lhe 3.

Para quem vomitou neste último clássico o relato de balde mar Duarte na TVI, pode ficar a saber que esse radialista fez o relato de Campo Maior na RR, Manuel Queiroz os comentários no estúdio via TV registando os inúmeros erros de Bruno Paixão, mas a cada penálti negado ao FC Porto o locutor de rádio só se ria, conta quem lá esteve e assistiu à cena.

Desta vez, em editorial, Record vem responder às queixas da APAF e dizer que não branqueia a má arbitragem de Bruno Paixão. Fá-lo para não perder terreno para o concorrente A Bola, que saiu em defesa de Paulo Bento para não agravar o teor das suas declarações bombásticas, depois de ter este jornal considerado que o Sporting foi “mais prejudicado” no clássico.

Liga da Falsidade própria de Rascord
É um conceito muito próprio da desonestidade de que Record já deu provas. No Moreirense-Sporting de 2004-05, um penálti só vislumbrado por uma câmara atrás da baliza, que mais ninguém viu no estádio a não ser dessa bancada de topo, fora do alcance do banco leonino e da Tribuna de Imprensa, foi o mote para um título sem aspas e em letras garrafais: ROUBO. Algo que nem por eufemismos os leões assumiram, mas sim quem sentiu as suas dores…

No famoso golo na baliza de Ricardo para a U. Leiria, já em 2005-06, a 1ª página já teve algum humor e condescendência: LEÃO AGRADECE foi o título, por o árbitro não ter validado um golo que daria 0-1 no jogo; os leirienses marcaram dois e perderam 2-1. Paulo Bento, já agora, qual Bruno Paixão, deu a primeira imagem da sua capacidade analítica: “Quem me garante que, se o golo fosse validado, o Sporting não daria a volta ao resultado?”

Para tornar mais aviltante a falta de dignidade e isenção desta “cão bada”, nem é preciso recorrer à malfadada Liga da Falsidade no Rascord do costume. Neste campeonato dos erros de arbitragem, nunca os clubes de Lisboa são devedores, acabam sempre credores de pontos que os árbitros lhes sonegam. O problema é que os lances que ditam essa avaliação são tirados da TV, não são tidos em conta por quem os vê no estádio.

Meios tecnológicos não dão opinião unânime
Mete nojo, por isso, que um lambe-botas qualquer venha contrariar o próprio jornal. Enquanto na apreciação ao árbitro foi apontado um penálti para cada equipa, alguém no dia seguinte descobre, vá lá, que era 2-1 favorável ao Porto nas reclamações. Porquê, não se sabe. Mesmo num pasquim onde, como em muitos outros, os jornalistas desconhecem as Leis do Jogo, esta ocasião vem desmentir o acerto que alguns reclamam, mesmo no seu próprio jornal, da utilização dos meios tecnológicos para benefício da arbitragem quando tivemos, abundantemente, opiniões tão díspares sobre os lances capitais de Alvalade.

(Faça-se um parêntesis para achar ridículo resumir à contabilidade dos penáltis os erros do árbitro, que devia ter expulsado muitos mais além de Caneira, por entradas violentas (Liedson) ou agressão pura (Roca) e ainda por acumulação de amarelos se outros lhes tivessem sido mostrados (Polga e Abel), todos eles reincidentes em jogo feio e fora das leis em praticamente todos os jogos do Sporting. É redutor olhar só para os penáltis quando em causa está mais uma disparidade de critério disciplinar penalizador para o FC Porto como antes com os desonestos Jorge Sousa, Pedro Proença e Lucílio Baptista, mas que Rascord algum se indignou perante arbitragens fraudulentas)

Pior: tal como em O Jogo o ex-árbitro António Rola defendeu que, havendo “obstrução de Bruno Alves a Abel”, ficou um penálti por marcar para o Sporting, sendo que obstrução só dá direito a livre indirecto, dentro ou fora da área, aparece agora um Zé-ninguém do Rascord a pedir que sejam ex-árbitros a fazer as observações aos juízes de campo.

Já este ano, no campeonato passado, o Benfica-Braga teve dois penáltis que o benfiquista Jorge Sousa negou aos minhotos, ambos por Luisão, um sobre Jailson e outro sobre Matheus. Jorge Coroado, em O Jogo, conseguiu ver Luisão a cortar a bola quando atingiu um adversário no peito!

Os jornalistas que são, historicamente, incapazes de avaliar um árbitro numa cadeira da bancada próxima da do observador da Liga deviam ter vergonha de atirar pedras quando um observador considera ter visto, com clareza cristalina que temos de admitir como boa vista da tribuna, apenas o penálti por carga de Rui Patrício a Hulk. Quantas vezes nos escapou, em qualquer bancada, um lance polémico? Que coragem há para escalpelizarem, os próprios ex-árbitros que fazem as apreciações nos jornais pela TV, os lances polémicos e dividirem-se em opiniões como ainda agora se viu em O Jogo?

Esta pouca-vergonha e falsa indignação que radica em quem mais obrigação teria de isenção e hombridade prolifera de muitas maneiras: não houve no papel de Rascord para embrulhar peixe – salvo uma opinião on-line até de pessoa suspeita para o fazer – uma palavra de censura ao extremismo intolerável de Paulo Bento, antes preferiu no dia do jogo zurzir em Bruno Paixão e no dia seguinte (ontem) em… Sepsi, só porque o romeno disse não desejar voltar à Luz onde a mesma Imprensa do regime lhe augurou muito futuro.

Mas isto – à imagem de Constâncio face à inevitabilidade de fraudes quando há muito dinheiro em jogo – não é a imagem de desonestidade que campeia no País?