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09 março 2010

Que maneira humilhante de dizer adeus

ARSENAL 5 - 0 FCPORTO
Marcadores: Bendtner (10, 25 e 90m, g.p.), Nasri (63m) e Eboué (65m) Equipa Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves «cap.» e Alvaro Pereira; Nuno André Coelho, Rúben Micael e Raul Meireles; Varela, Falcao e Hulk
Substituições: Nuno André Coelho por Rodríguez (46m), Rúben Micael por Guarín (75m) e Varela por Mariano González (75m)

Mais uma vez, o FCPorto repetiu o filme de à uns anos atrás, foi vergado frente ao Arsenal com uma derrota pesada, uma enorme humilhação que nos envergonha a todos. Mas, sobretudo, deveria envergonh
ar mais a quem vestiu, nesta partida, uma camisola de um clube com um historial europeu que não merecia que manchasse com esta humilhação que vai custar a esquecer.

O FCPorto não pode continuar a ser a equipa q
ue, ultimamente, tem sido, não poderá continuar a ter falta de atitude, a demonstrar desmotivação, fraqueza psicológica, uma apatia generalizada, e injustificada, que tolda a equipa de dar o seu melhor, oferecendo de barato as vitórias aos seus adversários.

Numa altura onde não se poderá agir com cabeça quente, penso que será necessário reflectir seriamente sobre as últimas exibições e sobre a falta
de atitude, tomando as necessárias medidas para que o nosso Porto não se torne num clube onde as derrotas sejam aceites conformadamente, como se está a tornar perigosamente. Uma renovação de ares, de gente, de ambição é urgentemente necessária nesta equipa, e deverá ser o próximo grande desafio da equipa directiva para os dias mais próximos.

É o fim de ciclo para muitos, começando logo pelo seu treinador.
O FCPorto não é isto o que tem sido até ao momento, este não é o FCPorto que aprendi a amar, nem este é o FCPorto que a Europa aprendeu a respeitar, devolvam depressa a alma vencedora a este clube porque já não se aguenta mais tanta mediocridade.

O jogo até nem começaria mal, a equipa de Jesualdo Ferreira, com a surpresa de Nuno André Coelho na equipa inicial entrou muito bem e pressionante mas apenas duraria um minuto e meio, o Arsenal agigantou-se tomando logo conta do domínio da partida. A equipa portista repetiu to
dos os erros que tem vindo a fazer, se contra o Olhanense esses erros custam, então contra equipas como o Arsenal, com jogadores experientes e de qualidade, pagam-se muito mais caro. E pagou-se com uma humilhação histórica. A equipa de Londres foi um autêntico rolo compressor empurrando os portistas para a defesa, com Nuno André Coelho perdido dando origem a um meio campo confuso, e com uma defesa apática, deixando jogar os ingleses à-vontade, o Arsenal aproveitou para ganhar facilmente vantagem na eliminatória.

Foram dois golos completamente oferecidos pela defesa portista, com todos a preferirem ver jogar, no primeiro golo, o meio parecia uma avenida com uma passadeira estendida para os jogadores do Arsenal, passados uns minutos, Fucile oferece a bola aos jogadores do Arsenal que aproveitam para passearem na defesa portista com facilidade e ga
nhar vantagem maior na eliminatória.

Na segunda parte, Jesualdo tirou Nuno André Coelho para dar lugar a Rodriguez, e o FCPorto melhorou um pouco, conseguiu conquistar o domínio no meio campo, e impôs respeito ao Arsenal, ao ponto de Arsene Wenger ter mexido na sua equipa, ele sentia que o FCPorto estava a crescer no jogo e acreditar que poderia reentrar na discussão da eliminatória.

O FCPorto ainda teve uma enorme oportunidade de golo, num lance de bola parada, mas foi sol de pouca dura, o Arsenal, depois da tal substituição feita, novamente conseguiu o domínio da partida, não sendo com surpresa que Nasri consegue um golo, com a tal facilidade já, por demais, vista, no meio de 3 jogadores que apenas se limitavam a olhar para o que ele fazia.

A partir daí, era só uma questão de tempo, o Arsenal não parou e marcou o quarto golo, num lance que tem origem num canto do FCPorto e onde deixaram o Arsenal contra-atacar facilmente.
Até ao fim, era só uma questão de deixar passar o tempo, assistindo impávidos e serenos, esperando que o Arsenal não tentasse acelerar, mas já mesmo no final da partida, Fucile numa altura onde o discernimento já não era o melhor, aproveita para fazer uma grande penalidade, tendo o Arsenal concretizado, dando a estocada final numa humilhação que não se deverá esquecer tão cedo.

O FCPorto despede-se da maneira mais inglória da Champions League, e onde não deverá regressar na próxima época, ainda tem mais duas competições para vencer, mas o mais importante neste momento, o maior desafio de todos será reencontrar a alma vencedora deste clube porque ainda temos duas competições a vencer.

Se não for nesta época, então, começa-se a lançar, rapidamente, bases para que o futuro seja muito melhor do que este presente. Porque este Porto não mais poderá continuar.


PS: Foram 3 anos e tal a colaborar com este blog, hoje é o meu fim de linha. Também é uma despedida inglória por ter sido neste dia tão triste para todos os Portistas, mas era um desiderato que estava combinado à algum tempo entre todos, sendo uma coincidência infeliz. Primeiro de tudo, um muito obrigado ao Zirtaev e ao Zé Luís por terem depositado toda a sua confiança em mim, esperando que, dentro das minhas possibilidades não vos ter desiludido. Depois pedir desculpa se caso isso tivesse, em qualquer altura, acontecido. Por fim, partilhar um enorme abraço a todos os outros ex-colaboradores do blog e, claro, aos leitores, dizendo que foi um enorme prazer. Por último uma mensagem para todos: não são estas derrotas que nos vão abater, podemos ficar abalados, mas quando nos conseguirmos reerguer, estaremos ainda mais fortes, por isso não podemos deixar de dar o nosso apoio, deixar de ser os verdadeiros portistas de bancada . VIVA O FCPORTO SEMPRE.

Que Dragão podemos esperar ?

Quando as coisas às vezes não correm bem, a melhor forma de as alterar é jogar. Este será um jogo que se disputa por diferença de golos. A grande diferença traduz-se no ambiente, que será de grande festa e de grande exaltação. Mas a estrutura da equipa e a forma como encara os adversários não vai mudar muito.

É um jogo que se disputa por diferença de golos e que temos de disputar durante 90 ou 120 minutos. Temos confiança no que somos capazes de fazer.

Com o nosso espírito e com o espírito do Arsenal, será um jogo dividido. Esperamos um Arsenal forte e será um jogo definido por detalhes.

A equipa do Arsenal é muito rica e nós também temos detalhes fortes. Temos consciência da qualidade do adversário, sabemos que é difícil jogar aqui, mas sabemos que temos armas para jogar aqui. Nestes jogos a eliminar há também que ter tacticamente um conjunto de adaptações aos regulamentos da prova.

A nossa posição é clara. Vamos discutir este jogo, pois só assim podemos discutir o resultado. Por essa razão, temos de encarar este desafio como se fosse um novo, com um resultado importante que é a passagem. No ano passado estivemos nos quartos-de-final e o objectivo é repetir este ano. Vamos lutar até aos limites para o conseguir. O FC Porto tem vindo a ser alterado ao longo dos anos. O que se pretende no futebol actual é que se consiga chegar onde se quer com essas mudanças. Esse FC Porto «à Porto» já surgiu em muitas ocasiões e espero que surja novamente amanhã. Mas muito mais do que lutar, também é preciso jogar. - Jesualdo Ferreira


Que FCPorto poderemos encontrar, será a maior dúvida que os adeptos portistas irão ter no inicio da partida. Será aquele que brilhou frente ao Braga, ou aquele que temos visto nas últimas duas partidas ?

O jogo contra o Arsenal acaba por ter uma importância ainda maior, fruto de todas as adversidades que o FCPorto tem vindo a encontrar nas últimas semanas, só uma equipa completamente alheada desses problemas, juntando uma enorme dose de coragem, é que os portistas podem imaginar em ultrapassar esta eliminatória.

A vantagem está do lado de cá, cabe a Jesualdo Ferreira e seus pupilos tentar defendê-la com unhas e dentes, como se a suas vidas dependessem disso, porque um Dragão nunca desiste.

ARSENAL - FCPORTO
Emiratus Stadium
19:45 Horas,RTP1
Árbitro: Frank De Bleeckere ( Bélgica)


06 março 2010

Empate não esconde exibição paupérrima

FCPORTO 2 - 2 OLHANENSE
Marcadores:Falcao ( 81´) e Guarin ( 94´): Djalmir ( 13´e 16´)


Equipa
: Helton; Miguel Lopes, Maicon, Bruno Alves e Alvaro Pereira; Tomás Costa, Ruben Micael e Belluschi; Mariano, Falcao e Rodriguez
Substituições: Tomás Costa por Varela (39m), Miguel Lopes por Valeri (64m) e Ruben Micael por Guarín (78m)

Se caso houvessem dúvidas, o resultado frente ao Olhanense, tratou de as dissipar: o FCPorto está fora da rota do título. E o plantel já tem a noção disso, embora não queiram transparecer cá para fora, quando são abordados pela comunicação social. A atitude demasiada desmotivada de alguns jogadores só leva a concluir que eles já deitaram a toalha ao chão, e que a derrota em Alvalade deixou bastantes mossas no balneário portista.

Com destaque para o capitão, uma figura que, neste clube e noutros tempos, sempre foi o último a abandonar o barco e o primeiro da dar o peito às balas, ora Bruno Alves nunca foi ao árbitro protestar pelas suas decisões, até pela decisão de ter levado um cartão amarelo num lance onde ele próprio é carregado, sendo a imagem de quase toda uma equipa que não tem forças para erguer a cabeça e para lutar contra as adversidades que os jogos lhes colocam, além de ter tido sempre uma atitude demasiada passiva com os seus colegas.

A equipa técnica, conjuntamente com a direcção, algo terá que fazer porque, apesar do campeonato estar completamente perdido, o FCPorto ainda está envolvido em 3 competições e ainda está a tempo de ter uma época aceitável, sendo necessário evitar o descalabro e acabar o resto do campeonato que falta com dignidade.

O golo de empate, marcado por Guarin, aos 94 minutos não apaga a paupérrima exibição, mais uma num espaço de uma semana, e naquilo que o FCPorto não fez durante toda a partida.

Apesar de ter começado com uma oportunidade de golo falhado por Falcao, quando o FCPorto se apercebeu já tinham dois golos de desvantagem, a partir daí a equipa sentiu-se completamente perdida em campo, a bola queimava nos pés de alguns jogadores e a equipa também começava a desperdiçar alguns golos.

Na segunda parte, a imagem dada pela equipa foi a mesma, passes completamente disparatados, jogadores que não eram agressivos, o Olhanense limitava-se a defender mas não era necessário correr muito, a equipa portista não punha velocidade nas suas acções ofensivas, por isso os homens de Olhão limitavam-se a tapar os caminhos da sua baliza sem necessário andar atrás da bola.

O FCPorto consegue nos últimos 10 minutos, dois golos fruto da insistência dos seus jogadores, Falcao mais uma vez demonstrou que é das contratações mais certeiras desta época, o colombiano até quase na defesa veio recuperar bolas, mas apesar dessa recuperação não se pode esconder o mau momento que a equipa continua a estar.

Agora segue-se o Arsenal, com esta atitude e motivação perdedora o FCPorto não vai a lado nenhum, por isso é necessário que isto mude, e o mais depressa possível porque a honra e o nome europeu do FCPorto vale mais do aquilo que nos últimos dois jogos a equipa mostrou.




28 fevereiro 2010

Adeus Penta, até depois.

SPORTING 3 - 0 FCPORTO
Marcadores: Djaló ( 6 ´), Izmailov ( 45´) e
Miguel Veloso ( 47´)

Depois da sinfonia de futebol da jornada anterior, o FCPorto, em Alvalade, mais parecia um conjunto filarmónico a tocar música de quinta categoria. Este FCPorto, a jogar assim, não merece ser campeão, nem teve atitude de campeão. As camisolas foram as mesmas, os jogadores também, mas a atitude foi completamente diferente da das últimas exibições, e logo nesta altura onde estes três pontos poderão ter levado a dizer adeus ao sonho do Pentacampeonato.

O FCPorto teve um jogo em tudo o contrário do que tem feito nas últimas partidas. É verdade que também se poderá queixar da falta de sorte, sofre três golos quase caídos do céu, e em alturas cruciais da partida, quando o Sporting pouco tinha feito para isso, mas a equipa não foi capaz de tornear as dificuldades de jogar contra um adversário que se preocupou mais em não deixar jogar, fazendo faltas e mais faltas, e pontapeando bolas para o ar, não conseguindo dar agressividade ao seu futebol, falhando imensos passes no meio campo. O FCPorto não se conseguiu encontrar e não foi feliz no incómodo casaco de forças que o Sporting lhe vestiu logo no inicio.

A equipa de Jesualdo Ferreira ficou abalada depois do golo sofrido, aos 6 minutos, e não conseguia colocar a bola no chão, indo no jogo do seu adversário, com os extremos Varela e Mariano a fazerem tudo mal, a equipa sentia dificuldades em querer impor o seu jogo.

No meio da primeira parte, ainda conseguiu equilibrar e empurrar o Sporting para trás, que apenas se preocupava em afastar a bola da área, mas o FCPorto não conseguia fazer uma ligação meio-campo/ataque com qualidade, falhando bastante no último passe.

E depois desse equilíbrio, um pontapé no meio da rua, no meio do nada, o Sporting alarga a vantagem, indo para o intervalo a vencer com um resultado injusto, embora aproveitando os erros do conjunto portista.

Na segunda parte, Jesualdo Ferreira mandou entrar Belluschi na procura de uma melhor atitude da equipa, mas levou como resposta mais um golo caído do céu para o Sporting, com a equipa a estender a passadeira e a deixar jogar, Miguel Veloso rematou forte não dando hipóteses ao guarda-redes portista.

A partir daí, o jogo terminou, e o que assistimos foi um baixar de braços dos jogadores portistas que não mais conseguiram levantar a cabeça. Vá lá que não se perdeu a dignidade e a equipa lutou para não sair de Alvalade vergado com o peso de humilhação histórica e também os jogadores tiveram auto-controlo suficiente para não se perderem em situações tristes e nada dignificadoras.

Quanto ao título, são 9 e 8 pontos de diferença para os seus adversários, cabe ao FCPorto encarar o resto do campeonato de forma digna e lutar pelos títulos nas outras três competições em que está inserida.

Quanto a esta partida, é necessário que não seja uma noite para esquecer, mas sim para ficar bem lembrado na mente de todos, que noites destas não podem voltar a acontecer, porque este não foi Porto que jogou em Alvalade.

21 fevereiro 2010

Ser Dragão é isto

FCPorto 5 - 1 Braga
Marcadores: Raul Meireles (16'), Alvaro Pereira ( 35'), Falcão (36' e 73´) Belluschi (83') e Alan 90'+1

Equipa : Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Alvaro Pereira; Raul Meireles, Fernando e Ruben Micael; Mariano, Falcao e Varela
Substituições: Rúben Micael por Tomás Costa (68m), Varela por Belluschi (77m) e Fernando por Valeri (78m)

O FCPorto demonstrou, para quem quis apreciar, o porquê de ser Tetracampeão e do porquê de ser um alvo, sistematicamente, a abater nas manobras de bastidores de quem manda no futebol português.

Contra a equipa que, regularmente, melhor praticava futebol nos campo
s nacionais, aquela equipa que ainda não tinha sofrido mais do que 2 golos numa partida, e uma das candidatas à discussão do título de campeão, o FCPorto realizou uma exibição demasiada perfeita para quem quer pôr em dúvida a justiça da vitória portista.

São nestas alturas, nas alturas onde mais nos atacam, onde mais ratoeiras nos colocam no caminho, que o FCPorto se agiganta e demonstra qual é a sua força, uma força que mete receio aos nossos inimigos. E quase como adivinhando esta exibição plena de raiva, de ambição, de união e de magia, o FCPorto, nos anúncios de lançamento desta partida, já dizia que “ Ser Dragão é isto” e o que se passou no relvado foi a imagem do que é ser Dragão.

Foi com camisolas com os nomes e números de Hulk e Sapunaru que os jogadores entraram para o aquecimento e foi para eles, e em nome da injustiça que eles foram vítimas nesta semana, que a equipa se uniu com o pensamento de vencer uma partida que poderia ditar o fim das esperanças do revalidar o título. Mas, pelo menos para já, o F
CPorto ainda pode acalentar esperanças no Penta campeonato, continua a ser muito difícil, continuamos a estar atrasados, mas ainda estamos na luta.

Quanto à partida, Jesualdo Ferreira lançou a equipa esperada, e o FCPorto dominou tacticamente a partida desde o primeiro minuto, nunca deixando que o Braga tomasse conta do jogo, e quando o fez foi um domínio consentido e controlado pelos azuis e brancos.

A equipa portista demonstrou raiva e muita ambição de fazer um resultado positivo, tendo sempre muita posse de bol
a desde o inicio, marcando sempre nas alturas certas, indo para o intervalo já com o resultado quase decidido.

Tudo saiu perfeito, aos 16 minutos, depois de um belo trabalho de Varela na esquerda, Raul Meireles deu o mote para uma noite que viria a ser de gala. Aos 35 minutos, Álvaro Pereira fez um golão, um remate fora da área, colocado e sem hipóteses para Eduardo que apenas iria buscar no fundo das redes. Mas o intervalo ainda não iria acontecer, até que Falcao respondesse a mais um cruzamento perfeito de Varela, antecipando-se a tudo e todos, fazendo o terceiro golo para a equipa portista, perante um Braga estupefacto para tanto Porto.

Na segunda parte, o FCPorto baixou o ritmo, com isso o Braga equilibrou um bocadinho, mas ficou-se sempre com a sensação que o FCPorto tinha consentido esse domínio aos bracarenses, para, em qualquer altura matar, ainda mais, a partida.

Isso aconteceu aos 73 minutos, através de um canto marcado de forma perfeita por Raul Meireles, Falcao iria se erguer no meio de todos e marcar de cabeça. Mas, o FCPorto ainda queria mais, a raiva ainda não se tinha desvanecido e aos 81 minutos, depois de um trabalho incansável de Mariano Gonzalez, a bola sobraria para Belluschi que rematou forte par ao fundo das redes.

Ainda houve tempo para uma única desatenção na defesa portista, que Alan aproveitaria para fazer o tento de honra.

Os pontos de atraso ainda são alguns, com a dificuldade de estarem duas equipas à nossa frente, mas são estas exibições que nos fazem acreditar neste Porto. Uma vitória em Alvalade será essencial nesta caminhada, mas com esta reacção, esta união, esta crença e vontade dos seus atletas, os adeptos portistas ainda podem acreditar num final feliz.

17 fevereiro 2010

Saboroso, mas muito perigoso

FCPorto 2 - 1 Arsenal
Marcadores: Varela ( 11´) e Falcao ( 41') e Campbell ( 18´)

FC PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves «cap» e Alvaro Pereira; Fernando, Ruben Micael e Raul Meireles; Varela, Falcao e Hulk
Substituições: Raul Meireles por Tomás Costa (68m), Hulk por Mariano (81m), Ruben Micael por Belluschi (85m)

O FCPorto deu um passo positivo na direcção aos quartos de final da Champions League. Se bem que é um passo bastante perigoso, a vitória alcançada não lhe permite descansar sobre os louros conquistados, muito antes pelo contrário, o FCPorto terá que estar bastante atento na segunda mão e para passar esta eliminatória necessita de uma enorme dose de coragem, valentia, e terá que estar muito bem fisicamente, porque no Estádio do Dragão o Arsenal mostrou a sua classe e que não é equipa de se deixar levar vencida facilmente.

Com os esperados regressos de Hulk e Raul Meireles à equipa, o FCPorto começou a partida muito forte ofensivamente, aliás a mesma começou muito rápida de parte a parte, e com sucessivas falhas defensivas, tendo a equipa portista, aos 11 minutos, beneficiado da maior falha da partida, depois de um trabalho fabuloso de Varela, o português cruzou e conseguiu a enorme ajuda do guarda-redes do Arsenal que muito atrapalhadamente meteu a bola na baliza.

Mas, passados poucos minutos, o Arsenal viria a empatar a eliminatória, num canto onde os jogadores portistas estiveram a ver jogar, Sol Campbell aproveitou as falhas de marcação e empurrou para a baliza portista.

A partir daí, o FCPorto sentiu muito o golo sofrido, tendo o Arsenal pegado no domínio da partida não mais o largando até ao final da primeira parte. O carrossel ofensivo dos ingleses era uma realidade da qual o meio campo portista não conseguia estancar, tendo imensas dificuldades em conseguir controlar o ímpeto ofensivo dos ingleses.

O tridente do meio campo portista perdia imensos lances e coleccionava passes errados, apenas Varela e Falcao lutavam no ataque tentando puxar a equipa para a frente, mas quase sempre sem sucesso.

Na segunda parte, o jogo começou da mesma forma, embora o FCPorto começasse a equilibrar mais no meio campo, mas o minuto 51 iria ser o momento chave da partida com o FCPorto conseguir marcar de forma rápida um livre indirecto e ganhar vantagem no jogo e na eliminatória.

Felizmente, o árbitro que andou todo o jogo a inventar faltas e faltinhas, com um critério muito estranho, teve coragem para não repetir um lance que nada tem de ilegal. Como a memória dos fracos e dos medíocres é curta, convêm não esquecer num lance semelhante que aconteceu em 2004, mas desta vez com o Arsenal a se beneficiado, dessa vez Wenger não se queixou.

A partir daí, o FCPorto melhorou, o golo abanou a estrutura dos ingleses, com a saída de Raúl Meireles, que sentiu muito a falta de ritmo e a sua paragem por lesão, o meio campo começou a jogar mais claramente, Fernando começava a acertar nos cortes e nos passes, a equipa saia da teia montada pelos ingleses e o FCPorto começava a criar tinha mais oportunidades para matar a eliminatória, o que por pouco não aconteceu.

Mas, o Arsenal veio para a frente à procura do empate e também por pouco não conseguiu, o FCPorto acabou a partida com o credo na boca e de rastos fisicamente, o que poderá prejudicar a equipa para a preparação da partida importante contra o Braga.

Primeira parte está ganha, meio caminho está traçado rumo aos 4ºs de final, apesar do resultado perigoso, é melhor vencer do que perder ou empatar, agora daqui a 15 dias vai ser necessário saber sofrer e estar bem fisicamente para dar o passo mais decisivo da eliminatória.





10 fevereiro 2010

Uma bomba para carimbar a final

FCPORTO 1 - 0 ACADÉMICA
Marcadores: Mariano ( 81')

FC PORTO: Nuno; Miguel Lopes, Nuno André Coelho, Bruno Alves «cap» e Alvaro Pereira; Tomás Costa, Belluschi, Guarín e Valeri; Mariano e Orlando Sá
Substituições: Belluschi por Varela (46m), Bruno Alves por Maicon (60m) e Valeri por Ruben Micael (64m)

Se esta partida fosse um combate de boxe diria que foi um combate interessante, com alguns momentos agradáveis para quem assistiu, que as equipas estiveram equilibradas, que o FCPorto bateu a Académica por pontos, e que até teve direito a um golpe baixo, mas do árbitro quando, aos 15 minutos, anula um golo, de forma escandalosa, a Bruno Alves. Nada do que não estejamos habituados, este ano o FCPorto está na frente no “goal-average” dos golos limpos mal anulados com a promessa a de não ficar por aqui.

O FCPorto consegue a passagem à final da Taça da Liga, com a particularidade de não ter sofrido nenhum golo nesta competição, fazendo uma carreira equilibrada, e muito bem gerida por parte da equipa técnica, dando minutos a outros jogadores para eles se integrarem de forma mais rápida, ganhando até atletas para um futuro próximo. Jogadores como Nuno, Maicon, Nuno André Coelho, Miguel Lopes, Tomás Costa, Sérgio Oliveira mostraram que estão dispostos e aptos para aquilo que o FCPorto necessite até ao final da época. Contrariamente ao que foi propagado por alguns “chicos-espertos”,o FCPorto encarou esta competição de forma séria e empenhada, porque só assim é que conseguia chegar à final.

Desde já um primeiro registo, e aplauso para a Académica que foi mesmo uma briosa vencida, foi uma equipa completamente diferente daquela que se apresentou na última vez no Dragão, jogou, com cuidados defensivos como é óbvio, mas de peito feito, teve algumas possibilidades de marcar, não teve medo de ter a bola, tendo até bons executantes, complicando muito a vida ao FCPorto, principalmente na primeira parte.

Quanto ao FCPorto, teve uma primeira parte muito má, a jogar num sistema que não é habitual, em 4x4x2, a equipa portista teve muitas dificuldades em acertar dois passes seguidos, parecia que a Académica tinha mais jogadores do que o FCPorto, o meio campo portista não construía de forma fluida e tinha imensas dificuldades em sair com a bola jogável para os seus avançados. Mas, como já referi atrás, o golo roubado a Bruno Alves teria dado uma outra dimensão à exibição da equipa que não deixou de ter oportunidades de golo. Mas, defensivamente, não esteve tão agressivo, no bom sentido, o que, por vezes, foi perigoso.

Na segunda parte, Varela entrou para o lugar de Belluschi, o FCPorto mudou para o sistema habitual, mudando logo o seu modo de jogar, a equipa apareceu mais equilibrada, mais rápida, nos primeiros 5 minutos teve oportunidades suficientes para golear, se não fosse a falta de eficácia, e categoria também, de Orlando Sá.

O FCPorto, no meio da segunda parte, depois de ter visto a Académica equilibrar um pouco as coisas, começou a acercar-se mais da baliza do seu adversário, Jesualdo Ferreira tirou Valeri para dar a liderança no meio campo a Ruben Micael, tendo o golo aparecido em grande estilo, mais uma vez inspirado pela braçadeira de capitão, Mariano Gonzalez fez um grande golo, com a bola a entrar no ângulo da baliza deixando Ricardo pregado ao solo.

Até ao fim, a Briosa ainda tentou chegar ao golo, mas o FCPorto defendeu bem a vantagem, conseguindo uma vantagem justa numa partida equilibrada.

Individualmente, destaque para Mariano Gonzalez não só pelo golo que marcou, mas sim pelo que jogou, estes golos estão a dar-lhe enorme confiança e com isso o seu futebol está a aparecer de forma positiva, destaque positivo também para Nuno André Coelho e Maicon, para o trabalho incansável de Tomás Costa no meio campo, pela negativa Guarin transformou-se numa anedota, com a graça final ser a de ter jogado toda a partida e Orlando Sá que mostrou, mais uma vez, que ainda tem um caminho longo para percorrer.

Objectivo conseguido, o FCPorto agora volta as atenções para outras competições, deixando de lado o pensamento da Taça da Liga, deixando um problema nas mãos da Comissão Disciplinar da Liga, como justificar o adiamento da decisão do caso “Túnel da Luz” para depois de 20 de Março.


02 fevereiro 2010

Uma vitória à Porto...finalmente

FCPorto 5 - 2 Sporting
Marcadores: Rolando (17), Falcao (33, 41), Varela (47), Mariano (56); Izmailov (21), Liedson (90+1)

Equipa - Beto; Fucile, Rolando, Maicon e Álvaro Pereira; Fernando, Ruben Micael ( Valeri 76´) e Belluschi ( Tomás Costa 72´); Mariano, Falcao (Orlando Sá 76´) e Varela.

Apetece-me roubar as palavras de um jogador que está no FCPorto à menos de um mês e que já demonstrou o quanto conhece bem esta casa: foi uma vitória à Porto. Mas, por outro lado, apetece perguntar: por onde andou, até ao momento, este FCPorto ?

É verdade que o adversário foi dos mais fracos que passou pelo Estádio do Dragão, mas o FCPorto que goleou, que humilhou, que deixou o seu adversário apenas cheirar a bola, foi uma equipa que não se tinha visto a jogar assim durante toda esta época, jogos da Champions League à parte.

O que mudou? Primeiro de tudo, mudou a eficácia dos seus jogadores. Dantes, e as estatísticas confirmam, o FCPorto, que sempre foi das equipas mais rematadoras do campeonato, não marcava golos, apesar das imensas oportunidades criadas, nesta partida parecia que cada remate à baliza a bola estava lá dentro. E em duas partidas, nove golos marcados.

Depois mudou também a velocidade do futebol praticado, principalmente no meio campo, e a qualidade e o acerto de passe, e isso tem um nome que se tem de destacar: Ruben Micael. O madeirense entrou de caras na equipa titular, e com a sua entrada a equipa ganhou uma maior consistência no meio campo, uma maior clareza, e uma qualidade que esta época estava a rarear se ver no Dragão.

Por último, mudou a atitude dos próprios atletas portistas, uma atitude de verdadeiros vencedores, demonstraram que entraram para o campo com a convicção que a noite teria que ser histórica e que a vitória teria que pender para o seu lado.

O FCPorto entrou demolidor, empurrando a equipa lisboeta para a sua área, pressionando forte, e muito perto da baliza adversária, parecendo surpreender tudo e todos, praticando um futebol rápido, logo nos primeiros minutos Varela falha um golo quase escandaloso, por isso foi com naturalidade que aos 18 minutos Rolando empurra a bola para a baliza inaugurando o marcador.
O Sporting, nos minutos seguintes, tentou, e de certa forma por alguns minutos conseguiu, equilibrar a partida, logo no primeiro remate à baliza, faz um grande golo por Izmailov. O jogo foi repartido durante alguns minutos, mas o FCPorto pegou logo no domínio para não mais deixar fugir.

Aos 34 minutos, Alvaro entrega a bola a Falcao, tendo este mostrado os seus dotes reconhecidos de goleador, rematando forte e com sucesso dando justiça ao marcador. Mas Falcao não queria ir para o intervalo sem marcar mais um, e desta feita, aos 42 minutos, de cabeça, respondendo a um cruzamento perfeito de Ruben Micael.

Na segunda parte, quando se pensava que o Sporting poderia tentar reagir, o FCPorto mata as ambições do seu adversário, Varela tem um trabalho fantástico, gozando quase na cara de Grimmi para depois rematar de forma cruzada.

Mas a noite estava destinada a ser histórica e inesquecível, ainda deu tempo para que Mariano Gonzalez fizesse o melhor golo da noite, marcando um golo fantástico, um golo perfeito, sendo a cereja em cima do bolo.

O FCPorto, até ao final, controlou as operações, dando a cheirar a bola ao seu adversário, que já não tinha força anímica para sequer construir uma jogada digna desse nome. O golo que ainda viria a marcar acontece porque a equipa portista embrenhada na euforia do público baixou um pouco os níveis de concentração.

Oeiras fica mais perto com esta exibição, e os níveis de confiança subiram, e muito, na equipa com estas duas últimas vitórias importantes, e consequentes boas exibições, espera-se que este momento seja para continuar. O FCPorto não poderá ficar eufórico, ainda existiram alguns erros a colmatar, mas sentiu-se que a jogar assim, poderemos ter direito a uma segunda metade de época mais feliz.


30 janeiro 2010

Golear em velocidade de cruzeiro

Nacional 0 - 4 FCPorto
Marcadores: Varela ( 30' e 85´) e Falcao ( 45´e 62´)

Equipa: Helton, Fucile, Alvaro, Rolando, Maicon, Fernando ( Tomás Costa 71´), Belluschi, Ruben Micael, Rodriguez ( Mariano 19´), Varela, Falcao ( Orlando Sá 78´)

O FCPorto continua a sua perseguição aos clubes da frente, conquistando uma vitória bastante importante, frente a um adversário difícil, acabando por realizar uma exibição sempre em crescendo, podendo se considerar das exibições tacticamente mais perfeitas e mais tranquilas dos últimos tempos.

Apesar da equipa portista demorar a entrosar-se e a adaptar ao relvado escorregadio, foi crescendo minuto a minuto até à concretização do primeiro golo, que lhe permitiu dominar completamente o jogo como bem quis, acabado por fazer uma partida globalmente interessante, principalmente a nível táctico.

A estreia de Ruben Micael, em jogos do campeonato, foi quase perfeita, faltando apenas o golo, o madeirense esteve sempre muito activo no meio campo, sempre muito tranquilo, a bola nunca lhe queimou os pés, parecendo fazer parte do plantel portista há mais tempo, sendo também bastante decisivo para o avolumar do resultado, participando activamente na criação de 3 golos portistas. Por último, foi também um verdadeiro saco de pancada dos jogadores nacionalistas, que entre pontapés de todo o tipo foram se entretendo enquanto Carlos Xistra nada fazia para por cobro a essa atitude dos madeirenses.

Além de Ruben Micael que esteve impecável a “fazer” de Raul Meireles, Maicon também substituiu muito bem Bruno Alves, mais uma vez o brasileiro demonstrou ter sido uma contratação acertada para um futuro próximo.

Quanto à partida, o FCPorto entrou mal, o Nacional estava muito bem organizado, principalmente na sua defesa, quanto ao ataque, em toda a partida, Helton não deverá ter tido um remate digno de registo para defender. Com a saída, por lesão, de Rodriguez, e com a entrada de Mariano, o FCPorto começou a querer tomar conta do domínio, que viria conquistar definitivamente após a obtenção do primeiro golo, de grande penalidade, marcado por Varela.

Com mais espaço para jogar, devido à expulsão de um jogador madeirense, o FCPorto foi mais objectivo e mais competente, não deixando que o seu adversário viesse à procura da igualdade, Belluschi e Ruben trabalhavam muito, Fernando parecia estar em todo o lado, e com isso iam conquistando o meio-campo.

Não foi com surpresa que ainda antes do intervalo, Falcao viria a alargar a vantagem, depois de uma combinação entre Ruben e Alvaro, tendo este cruzado de forma perfeita para a cabeça do colombiano.

Na segunda parte, o FCPorto dominou a seu bel-prazer, em velocidade de cruzeiro, impedindo sempre as poucas iniciativas atacantes do Nacional com categoria, Falcao, aos 61 minutos, alargou ainda mais a vantagem respondendo a mais um cruzamento acertado de Alvaro.

Até ao final, o jogo não viria a mudar muito de imagem, e foi com muita naturalidade, que aos 85 minutos, Ruben Micael faz um passe fabuloso para Varela que aparece sozinho em frente ao guarda-redes nacionalista e fez o 4-0, que viria a ser o resultado final.

O FCPorto termina o mês de Janeiro com uma vitória bastante importante, ganhando um outro alento e confiança para um mês de Fevereiro que se prevê decisivo para as competições em que está inserido.


24 janeiro 2010

Uma passagem tranquila para as meias-finais

ESTORIL 0 - 2 FCPORTO

Marcadores: Belluschi ( 54´) e Orlando Sá ( 78')

Equipa: Nuno, Nuno André Coelho ( Álvaro ao intervalo ), Miguel Lopes, Maicon, Rolando, Tomás Costa, Belluschi, Rubén Micael ( 83´), Mariano, Guarin ( Falcao ao intervalo ) e Orlando Sá

O FCPorto conquistou a passagem às meias-finais da Taça da Liga de forma tranquila, com uma exibição q.b., mas com uma atitude competitiva mais aguerrida do que tem tido ultimamente, mais do que suficiente para bater uma equipa teoricamente mais fraca.

Se nalguma coisa a equipa portista é, neste momento, inatacável, é a sua atitude, a sua garra, embora por vezes leve a pensar que alguns jogadores não sabem mais, por exemplo, Mariano Gonzalez é cada vez mais um jogador a menos na equipa, Guarin se já é um jogador duvidoso no meio-campo, no ataque a jogar como extremo direito fica como um peixe fora de água, e até Orlando Sá, apesar do golo apontado, realizou sempre exibições apagadas quando foi chamado à equipa principal, se bem que o português vem de uma lesão grave e anda à procura do ritmo ideal, o que ainda leva a acreditar na melhoria das suas actuações.

Por outro lado, o FCPorto, com os jogos da Taça da Liga, fica a saber que Miguel Lopes e Maicon são duas boas opções quando necessitarem deles, Tomás Costa parece outro a jogar a trinco, pelo menos não complica, que a entrada de Rubén Micael na equipa titular é de caras, tendo com isso a equipa ganho muita qualidade no passe, se bem que ainda não seja ideal, o que é normal para quem tem poucos dias de clube. O madeirense esteve, globalmente, muito bem, pareceu-me um elemento a aparecer muito, e muitas vezes bem, no apoio ao ataque aparecendo muitas vezes na cara de golo, embora não estivesse tão eficaz como nos tempos do Nacional, é um jogador a ter em conta para o futuro próximo da equipa.

Foi uma exibição sem muitos sobressaltos, o FCPorto dominou os 90 minutos, controlou sempre as operações, mesmo quando parecia que o Estoril estivesse por cima, a equipa de Jesualdo Ferreira não deixava que isso acontecesse por muito tempo, apesar de uma ou outra defesa complicada de Nuno. A equipa esteve mais equilibrada e melhor tacticamente na segunda parte, com a entrada de Falcao, e a saída do inócuo Guarin, a equipa passou a jogar num 4x4x2, conseguindo uma melhor exibição, com maior objectividade.

Os golos apesar de aparecerem na segunda parte, já poderiam ter acontecido no primeiro tempo, o FCPorto teve muitas oportunidades para ir para o intervalo a vencer, principalmente, Rúben Micael que ainda falhou alguns golos quase feitos, Mariano Gonzalez foi outro dos perdulários.

Belluschi, aos 54 minutos, foi quem inaugurou o marcador, através de um livre de forma superior, não dando hipóteses de defesa ao guarda-redes do Estoril, coroando uma exibição positiva.

Depois, aos 78 minutos, Orlando Sá como um verdadeiro avançado, ganhou a bola ao defesa do Estoril e com um bom trabalho de execução, tirou da frente o guarda-redes adversário empurrando para a baliza adversária. Que este golo sirva para lhe dar alento e confiança para o seu futuro.

Obrigação cumprida, sem dificuldade, o FCPorto nunca teve o apuramento em causa, agora resta esperar quem lhe vai calhar nas meias-finais.

É tempo de começar a pensar no campeonato, principalmente na partida contra o Nacional que poderá ditar, e muito, o futuro da equipa na luta pelo título.


16 janeiro 2010

Um roubo na perseguição aos líderes

Equipa: Heltón, Fucile ( Guarin 75´), Álvaro, Bruno Alves, Rolando, Tomás Costa ( Farias 60'), Belluschi ( Mariano 79´), Varela, Rodriguez e Falcao

Marcadores: Falcao ( 86´) e Maycon ( 83')

O FCPorto pode ter dado um enorme passo atrás, ou quiçá ter dito adeus, na luta pelo título, frente ao Paços de Ferreira, mostrando que ainda demonstra demasiadas incompetências que lhe permite não ser capaz de vencer tranquilamente um adversário, nem sequer conseguir passar por cima contra outros factores.

É verdade que também foi prejudicado, e bastante, por outros factores, os quais já me irei debruçar, mas isso não poderá disfarçar as enormes lacunas que persistem nesta equipa, desde o inicio da época, e se por alguns momentos ainda vemos algumas melhorias, outros há que confirmam que essas melhorias são apenas excepção à regra: este ano o FCPorto não se está a conseguir encontrar verdadeiramente. Ou pelo menos, não consegue dar continuidade a alguns bons momentos.

Nos primeiros minutos, o FCPorto entrou muito bem, empurrando o seu adversário para a defesa, trocando bem a bola, jogando quase sempre no meio campo adversário, Varela e Rodriguez eram os impulsionadores no ataque, dominando completamente a partida, manietando o seu adversário.

Até que, aos 24 minutos, surge o momento que influenciou o resto da partida, Falcao fez aquilo que já se adivinhava, e que a equipa já merecia, ficou isolado e frente ao guarda-redes não falhou a oportunidade, marcando um grande golo. Um golo que, escandalosamente, foi anulado pelo fiscal de linha por imaginário fora de jogo.

E confirma-se aqui o outro problema que tem assolado a equipa portista, as sistemáticas decisões erradas das arbitragens que tem prejudicado o FCPorto. É um facto indesmentível que a equipa não pratica bom futebol, mas as arbitragens que prejudicam o FCPorto contribuem imenso para dar mais intranquilidade a uma equipa já de si intranquila.

Da maneira como o FCPorto estava, o golo que foi escandalosamente anulado, poderia contribuir para um jogo mais seguro e tranquilo, à imagem do que estava a ser feito até aquele momento. E o certo é que más decisões de arbitragem também tiram capacidade de discernimento, revoltam e desconcentram uma equipa.

A partir daí, e à medida que o tempo passava, a equipa pareceu ressentir-se, baixando todos os níveis exibicionais, começou a perder qualidade no passe, as linhas estavam demasiado longe umas das outras, Falcao corria na frente sempre sozinho, nunca coadjuvado pelos seus colegas.
Enquanto o Paços de Ferreira espreitava oportunidade para contra-atacar, o FCPorto mostrava um futebol demasiado mastigado, com pouca fluidez, além de uma tremenda falta de eficácia.

Na segunda parte, o FCPorto entrou pior, parecendo que à medida que o tempo passava, a equipa jogava mais mediocramente, começando a falhar imenso na concretização, Jesualdo Ferreira tirava Tomás Costa, que substituiu bem Fernando, para dar lugar a Farias, posteriormente arriscava tudo colocando Guarin no lugar de Fucile.

Minutos depois, mais um fora de jogo escandaloso tirado a Varela, quanto ele seguia isolado para a baliza, Mariano entrava para o lugar de Belluschi, e quando a equipa do FCPorto pressionava forte o Paços de Ferreira, e já desesperava por um golo, os pacenses mostraram como se faz um golo, simples e eficaz.

Se o empate era injusto, a derrota maior injustiça seria, e a partir daí o FCPorto partiu para um vendeval ofensivo, com a partida ganhar um único sentido: a baliza pacense. Não foi com surpresa que Falcao marcava o seu segundo golo na partida, mas apenas este é que contou.

Até ao final, as oportunidades para o FCPorto marcar foram inúmeras mas deixou muito a desejar a eficácia na finalização, além do que a única maneira que a equipa portista procurou marcar, foi através dos lançamentos da bola para a área, o chamado "chuveirinho", o que nem sempre é a melhor maneira para marcar, encontrando um Cássio muito inspirado.

Um FCPorto sofreu um rombo na perseguição aos líderes, visto bem foi um roubo que lhe permite não se tentar aproximar dos mais directos adversários. Resta saber como vai reagir, tanto a equipa dentro do campo, como a SAD fora dele. É tempo de começar a usar as mesmas armas, porque está visto que dentro do campo não basta.

10 janeiro 2010

Nas mãos de Heltón esteve a justiça

Equipa: Helton; Miguel Lopes ( Farías 59') , Rolando, Bruno Alves e Alvaro Pereira; Fernando, Raul Meireles e Belluschi ( Tomás Costa 86´); Varela, Falcao ( Mariano 84´) e Rodríguez.

Marcadores: Falcao ( 15´e 64´) e Bruno Alves ( 37´) e Diego Gaúcho ( 31´) e Ronny ( 52')

O FCPorto continua na perseguição aos líderes conseguindo uma vitória justa, mas com muito sofrimento, com a particularidade de ser, mais uma vez, auto-infligido, o que poderia ter custado bem caro. Valeu Heltón que, nos descontos, conseguiu evitar que o adeus ao título pudesse ter chegado no virar da 1ª volta, redimindo-se também do erro no primeiro golo do U. Leiria.

Apesar de esse auto-sofrimento, o FCPorto até nem esteve globalmente mal, foi uma exibição bem razoável, com muitos bons momentos, com boas reacções aos golos sofridos, embora ainda tenho um lado menos bom, a equipa esteve novamente muito perdulária, e defensivamente esteve desconcentrada nos lances de bola parada. No final acabou por ser feliz, mas procurou imenso essa felicidade.

Com a surpresa de Miguel Lopes de inicio para o lugar do lesionado Fucile, o FCPorto entrou muito bem, forte, a jogar muito rápido. Quando o primeiro golo acontece, já a equipa portista o tinha merecido marcar há muito tempo, visto que criou algumas oportunidades para isso, uma delas deu mesmo em golo só que foi anulado.

Além disso, a equipa parecia estar instalada no meio campo adversário, empurrando o U. Leiria para a sua defesa, Varela era um verdadeiro quebra-cabeças para o seu marcador, o meio-campo trocava bem a bola, Falcao trabalhava incansavelmente na frente, mas o golo tardia a aparecer. Aos 15 minutos, Falcao aproveitando uma sobra, depois de mais uma jogada muito boa de Varela, para marcar o primeiro golo que o FCPorto já merecia.

A partir daí, o FCPorto não mais largou o domínio da partida, trocando sempre a bola de forma rápida, não deixando que o seu adversário viesse para a frente. O jogo até corria de forma agradável, só que, na primeira vez que o Leiria veio à frente fez um golo, num lance de bola parada, Helton fica a ver jogar, quando deveria ter saído porque era uma zona sua, vendo o defesa leiriense cabecear à vontade.

O FCPorto não desmoralizou e também de bola parada, numa jogada vista habitualmente nos jogos portistas, Raul Meireles cruza de forma perfeita a bola para a cabeça de Bruno Alves que com colocação e força recoloca a equipa portista na frente, repondo a justiça no marcador.

Na segunda parte, o FCPorto entrou querendo controlar, mas foi surpreendido, mais uma vez de bola parada, com o golo do empate leiriense, Ronny rematou forte e a bola embateu num jogador portista não dando hipóteses a Helton. Mais um golo que caía do céu para o Leiria.

A partir daí, Jesualdo arrisca, tira Miguel Lopes para colocar Farias, e o FCPorto começa um momento de pressão avassaladora, o Leiria quase nem conseguia sair do meio campo, tendo nesses minutos o FCPorto várias oportunidades para voltar a conseguir vantagem no marcador.

Vantagem que chegaria aos 64 minutos, numa marcação de canto, Rolando cabeceia, o guarda-redes do Leiria defende para a frente, a defesa leiriense não é afoita a tirar a bola da defesa e Falcao remata, voltando a recolocar justiça no marcador.

Aos 68 minutos, um lance polémico que vai dar para que os jornalistas de serviço estarem entretidos durante toda a semana, Falcao isola-se e tenta passar a bola por cima do guarda-redes, este corta a bola com a cara, mas Elmano Santos interpreta mal o lance e expulsa o guarda-redes leiriense. Toda a semana vamos assistir a um chorrilho de opiniões, especulando que se essa expulsão não tivesse acontecido o Leiria poderia ter dado a volta, mas o certo é que em nenhum momento do jogo, a equipa de Leiria fez por marcar.

A partir daí, o FCPorto baixou o ritmo, não mais dando o domínio da partida ao seu adversário, anda teve mais um golo anulado por fora-de jogo a Farias.Até ao final, FCPorto controlou a equipa do Leiria, amarrando-a num colete de forças, até que Fernando, que estava a realizar um excelente jogo, sempre a recuperar bolas de forma fantástica, teve um momento de infantilidade, cometendo uma falta estúpida dentro da grande área que poderia ter custado a vitória ao FCPorto.

Valeu Helton que defendeu a grande penalidade, não permitindo que do céu caísse mais uma vez o empate para a equipa do Leiria. Nas mãos de Helton esteve a justiça do marcador. A União de Leiria nunca foi capaz de criar jogadas de ataque perigosas para a baliza portista, apenas de bola parada só lá chegou, e o FCPorto acabou por fazer por merecer a felicidade dos últimos momentos.

A perseguição aos líderes contínua, agora a próxima missão é ultrapassar o Paços de Ferreira que na primeira volta roubou dois pontos ao FCPorto.

20 dezembro 2009

As consequências de uma errada teimosia

benfica 1 - 0 FCPORTO
Marcadores: Saviola ( 22´)

Marcadores: Helton, Fucile. Álvaro, Rolando, Bruno Alves, Fernando, Raul Meireles ( Belluschi 79´), Guarin ( Varela ao intervalo), Hulk ( Farias 77´) e Hulk.

O FCPorto perde uma oportunidade de ultrapassar o seu adversário, por muita culpa própria, aquele FCPorto que se apresentou em Lisboa, não foi a equipa que tem vindo a ser nos últimos tempos. Embora também tenha sido prejudicado por vários factores, não mostrou ser capaz de ultrapassar essas mesmas dificuldades.

Uma equipa quando consegue tornar das fraquezas forças, e dificuldades em facilidades, tem mais possibilidades de êxito, mas o FCPorto não teve o engenho para fazer isso mesmo, deixando-se levar por faltas de concentração, de qualidade de alguns jogadores (porque não dizê-lo?), ficando logo, incompreensivelmente, abalado no primeiro momento negativo que teve na partida.

Jesualdo Ferreira lança Guarin no meio campo, certamente a pensar no estado deplorável do terreno, mas, e agora depois do jogo é, certamente, mais fácil falar, provou-se ser uma aposta errada, o colombiano nunca conseguia dar dois toques seguidos na bola, os passes certos foram uma raridade, ainda por cima, foi demasiado macio para um meio campo onde se esperava combatividade.

Foi mesmo no meio campo onde o FCPorto perdeu o jogo, o seu adversário tinha sempre mais homens, sempre mais pressionante e agressivos, conseguindo recuperar a bola mais longe da sua baliza, o FCPorto nunca teve capacidade de recuperar a bola no seu ataque sendo até demasiado macio na recuperação da posse da bola, principalmente, na primeira parte.

Quanto ao tridente da frente, os escolhidos foram Rodriguez-Falcao-Hulk, tendo o brasileiro mostrado que o seu mau momento de forma continua, Hulk quase nunca deu um bom seguimento às suas jogadas.

O FCPorto entrou bem, chamando até si o domínio da partida, tentando pressionar e anular os pontos fortes do seu adversário, mas aos poucos foi caindo, deixando de ter o domínio a partir dos 15 minutos, não mais conseguindo-o até ao final da primeira parte. Aos 22 minutos, e devido a um momento de desconcentração defensivo, a equipa permite que Saviola faça o golo da vitória.

Foram quase 45 minutos que o FCPorto deu de vantagem ao seu adversário, a equipa nunca teve capacidade para lidar com o golo sofrido, pareceu abalada, não conseguindo dar a volta por cima. Alguns jogadores acusavam demasiada pressão, não se adaptavam ao estado da relva, muitos passes errados e muitas bolas perdidas na zona do meio campo, permitiam que o futebol da equipa não conseguisse fluir naturalmente.

Na segunda parte, Jesualdo Ferreira procurou dar a volta, tirou o inenarrável Guarin ( por momentos, pensei em António Oliveira que não tinha pejo em retirar um jogador na partida, nem que seja aos 15 minutos, se ele não estivesse a render) para dar oportunidade a Varela, passando Rodriguez para o meio.

Aí o FCPorto já foi capaz de equilibrar as coisas, mas sempre com muito pouco perigo. Os sectores estavam demasiado longes entre si, Falcao lutava, qual Hércules, na frente sozinho contra toda a gente, Fernando tentava apagar todos os fogos, mas não dava para tudo, Álvaro e Fucile não tinham o acompanhamento desejado, a equipa desunia-se facilmente e as dificuldades acresciam.

Mesmo com a entrada de Farias e Belluschi, para o lugar de Hulk e Raul Meireles, o FCPorto não conseguiu empurrar completamente o seu adversário para a sua baliza, tendo até poucas oportunidades de golo, justificando pouco o merecimento de um golo.

Nada está perdido, o FCPorto apenas perdeu uma partida, já teve uma diferença de pontos maior para os primeiros classificados, mas será necessário algo mais, um pouco mais de alma de Dragão, um pouco mais de ambição e de querer, e também um pouco mais de qualidade no futebol apresentado, para que este FCPorto regresse aos momentos que tem nos vindo a habituar.

Por último, a arbitragem, incompetente como sempre, habilidoso como nunca, uma habilidade refinada com o passar dos anos, qual Vinho do Porto de 5ª categoria. Para prejudicar uma equipa nem é necessário deixar de marcar penalties, e foram dois para o FCPorto e um para a equipa da casa, são aquelas faltinhas, algumas delas de bradar aos céus de tamanha injustiça, que cortam o ritmo às equipas, que param o jogo, que tornam o jogo quezilento, que levam os jogadores a desconcentrarem-se. Quando o FCPorto tentava, e conseguia, estar em cima na partida, quando se aproximava da baliza do adversário, eram faltas a favor que se transformavam contra, pontapés de canto a favor que se tornavam pontapés de baliza do adversário, pontapés de baliza a favor que se tornavam cantos, faltas que poderia originar faltas perigosos que eram passadas em claro.

Além disso tamanha benevolência com os golpes baixos usados pela equipa da casa, e com os protestos do seu banco, uma refinada incompetência com o qual o FCPorto já contava lidar. Nada de novo e para o qual o FCPorto estaria, decerto, avisado.

Mas mesmo assim não foi capaz de se reerguer e de passar por cima das dificuldades.