Substituições: Nuno André Coelho por Rodríguez (46m), Rúben Micael por Guarín (75m) e Varela por Mariano González (75m)
Mais uma vez, o FCPorto repetiu o filme de à uns anos atrás, foi vergado frente ao Arsenal com uma derrota pesada, uma enorme humilhação que nos envergonha a todos. Mas, sobretudo, deveria envergonhar mais a quem vestiu, nesta partida, uma camisola de um clube com um historial europeu que não merecia que manchasse com esta humilhação que vai custar a esquecer.

O FCPorto não pode continuar a ser a equipa que, ultimamente, tem sido, não poderá continuar a ter falta de atitude, a demonstrar desmotivação, fraqueza psicológica, uma apatia generalizada, e injustificada, que tolda a equipa de dar o seu melhor, oferecendo de barato as vitórias aos seus adversários.
Numa altura onde não se poderá agir com cabeça quente, penso que será necessário reflectir seriamente sobre as últimas exibições e sobre a falta de atitude, tomando as necessárias medidas para que o nosso Porto não se torne num clube onde as derrotas sejam aceites conformadamente, como se está a tornar perigosamente. Uma renovação de ares, de gente, de ambição é urgentemente necessária nesta equipa, e deverá ser o próximo grande desafio da equipa directiva para os dias mais próximos.
É o fim de ciclo para muitos, começando logo pelo seu treinador. O FCPorto não é isto o que tem sido até ao momento, este não é o FCPorto que aprendi a amar, nem este é o FCPorto que a Europa aprendeu a respeitar, devolvam depressa a alma vencedora a este clube porque já não se aguenta mais tanta mediocridade.
O jogo até nem começaria mal, a equipa de Jesualdo Ferreira, com a surpresa de Nuno André Coelho na equipa inicial entrou muito bem e pressionante mas apenas duraria um minuto e meio, o Arsenal agigantou-se tomando logo conta do domínio da partida. A equipa portista repetiu todos os erros que tem vindo a fazer, se contra o Olhanense esses erros custam, então contra equipas como o Arsenal, com jogadores experientes e de qualidade, pagam-se muito mais caro. E pagou-se com uma humilhação histórica. A equipa de Londres foi um autêntico rolo compressor empurrando os portistas para a defesa, com Nuno André Coelho perdido dando origem a um meio campo confuso, e com uma defesa apática, deixando jogar os ingleses à-vontade, o Arsenal aproveitou para ganhar facilmente vantagem na eliminatória.
Foram dois golos completamente oferecidos pela defesa portista, com todos a preferirem ver jogar, no primeiro golo, o meio parecia uma avenida com uma passadeira estendida para os jogadores do Arsenal, passados uns minutos, Fucile oferece a bola aos jogadores do Arsenal que aproveitam para passearem na defesa portista com facilidade e ga

Na segunda parte, Jesualdo tirou Nuno André Coelho para dar lugar a Rodriguez, e o FCPorto melhorou um pouco, conseguiu conquistar o domínio no meio campo, e impôs respeito ao Arsenal, ao ponto de Arsene Wenger ter mexido na sua equipa, ele sentia que o FCPorto estava a crescer no jogo e acreditar que poderia reentrar na discussão da eliminatória.
O FCPorto ainda teve uma enorme oportunidade de golo, num lance de bola parada, mas foi sol de pouca dura, o Arsenal, depois da tal substituição feita, novamente conseguiu o domínio da partida, não sendo com surpresa que Nasri consegue um golo, com a tal facilidade já, por demais, vista, no meio de 3 jogadores que apenas se limitavam a olhar para o que ele fazia.
A partir daí, era só uma questão de tempo, o Arsenal não parou e marcou o quarto golo, num lance que tem origem num canto do FCPorto e onde deixaram o Arsenal contra-atacar facilmente. Até ao fim, era só uma questão de deixar passar o tempo, assistindo impávidos e serenos, esperando que o Arsenal não tentasse acelerar, mas já mesmo no final da partida, Fucile numa altura onde o discernimento já não era o melhor, aproveita para fazer uma grande penalidade, tendo o Arsenal concretizado, dando a estocada final numa humilhação que não se deverá esquecer tão cedo.
O FCPorto despede-se da maneira mais inglória da Champions League, e onde não deverá regressar na próxima época, ainda tem mais duas competições para vencer, mas o mais importante neste momento, o maior desafio de todos será reencontrar a alma vencedora deste clube porque ainda temos duas competições a vencer.
Se não for nesta época, então, começa-se a lançar, rapidamente, bases para que o futuro seja muito melhor do que este presente. Porque este Porto não mais poderá continuar.
PS: Foram 3 anos e tal a colaborar com este blog, hoje é o meu fim de linha. Também é uma despedida inglória por ter sido neste dia tão triste para todos os Portistas, mas era um desiderato que estava combinado à algum tempo entre todos, sendo uma coincidência infeliz. Primeiro de tudo, um muito obrigado ao Zirtaev e ao Zé Luís por terem depositado toda a sua confiança em mim, esperando que, dentro das minhas possibilidades não vos ter desiludido. Depois pedir desculpa se caso isso tivesse, em qualquer altura, acontecido. Por fim, partilhar um enorme abraço a todos os outros ex-colaboradores do blog e, claro, aos leitores, dizendo que foi um enorme prazer. Por último uma mensagem para todos: não são estas derrotas que nos vão abater, podemos ficar abalados, mas quando nos conseguirmos reerguer, estaremos ainda mais fortes, por isso não podemos deixar de dar o nosso apoio, deixar de ser os verdadeiros portistas de bancada . VIVA O FCPORTO SEMPRE.