As Marias Amélias agradecem.
Portugal é um pais pequeno com um talento imenso. Quando trabalhamos com afinco num produto que amamos e trabalhamos em conjunto o resultado é a exportação de produtos que raramente têm rival. Sem entrar em questões muito técnicas, reparem só no vinho, no azeite, no queijo e nos jogadores de futebol. Todos do melhor que há no mundo. Somos nós que temos a matéria prima e que a trabalhamos de forma inigualável.
O problema é que o jogador de futebol não é um produto inerte. Por isso é também necessário (e muito) trabalhar-lhe a mente. Sem ir aos estudos de antropologia morfológica do Jorge Dias, onde está bem explicado de onde vem e o que representa o homem português, e dando o devido desconto motivado pelo enorme número de misturas que esta raça Portuguesa contém, é fácil de ver, que o Português tem um grande defeito: a incapacidade de trabalhar em conjunto.
Quando esta incapacidade é ultrapassada, os resultados são por norma estrondosos. E todos além fronteiras ficam admiradíssimos como é que um país tão pequeno pode alcançar resultados deste nível, alguns fazem comparações e dizem mesmo que nunca conseguiriam fazer “tal coisa”. Mas nós conseguimos. Talvez porque conseguimos, torna-mo-nos excessivamente competitivos entre nós.
Portugal tem jogadores de luxo. São portentos de técnica e alguns são jogadores que fisicamente nada ficam a dever a outros que provêem de futebóis directos como os do norte da Europa. São jogadores experientes, jogam ao mais alto nível nos melhores campeonatos da Europa e nas competições com maior visibilidade no mundo. Têm cultura táctica suficiente para saberem ler um jogo e adaptarem-se às vicissitudes do mesmo. Os jogadores Portugueses têm portanto capacidades de sobra para lutar por títulos Mundiais e Europeus e para adoptarem uma atitude solidária e altamente competitiva em qualquer jogo, contra qualquer adversário. Têm portanto, a obrigação de saberem actuar como um grupo coeso.
Mas raramente o fazem.
Posto isto, há questões a colocar:
Portugal é um pais pequeno com um talento imenso. Quando trabalhamos com afinco num produto que amamos e trabalhamos em conjunto o resultado é a exportação de produtos que raramente têm rival. Sem entrar em questões muito técnicas, reparem só no vinho, no azeite, no queijo e nos jogadores de futebol. Todos do melhor que há no mundo. Somos nós que temos a matéria prima e que a trabalhamos de forma inigualável.
O problema é que o jogador de futebol não é um produto inerte. Por isso é também necessário (e muito) trabalhar-lhe a mente. Sem ir aos estudos de antropologia morfológica do Jorge Dias, onde está bem explicado de onde vem e o que representa o homem português, e dando o devido desconto motivado pelo enorme número de misturas que esta raça Portuguesa contém, é fácil de ver, que o Português tem um grande defeito: a incapacidade de trabalhar em conjunto.
Quando esta incapacidade é ultrapassada, os resultados são por norma estrondosos. E todos além fronteiras ficam admiradíssimos como é que um país tão pequeno pode alcançar resultados deste nível, alguns fazem comparações e dizem mesmo que nunca conseguiriam fazer “tal coisa”. Mas nós conseguimos. Talvez porque conseguimos, torna-mo-nos excessivamente competitivos entre nós.
Portugal tem jogadores de luxo. São portentos de técnica e alguns são jogadores que fisicamente nada ficam a dever a outros que provêem de futebóis directos como os do norte da Europa. São jogadores experientes, jogam ao mais alto nível nos melhores campeonatos da Europa e nas competições com maior visibilidade no mundo. Têm cultura táctica suficiente para saberem ler um jogo e adaptarem-se às vicissitudes do mesmo. Os jogadores Portugueses têm portanto capacidades de sobra para lutar por títulos Mundiais e Europeus e para adoptarem uma atitude solidária e altamente competitiva em qualquer jogo, contra qualquer adversário. Têm portanto, a obrigação de saberem actuar como um grupo coeso.
Mas raramente o fazem.
Posto isto, há questões a colocar:
Porque terão sido sempre, os jogadores Portugueses, um bando de Marias Amélias mimadas, que “fabricam” grupinhos na selecção e que privilegiam objectivos pessoais acéfalos em vez de privilegiarem o bem comum, os resultados do grupo e os títulos internacionais?
Porque será que a selecção nacional sempre se portou como uma entidade fragmentada com querelas individuais e clubísticas a sobreporem-se ao interesse nacional?
Porque será que depois dos casos Saltillos e Paulas, depois de passeios em olivais lavrados em vésperas de meias-finais de Euros em 84 (em vez de preparações profissionais ajustadas) com as Amélias a dormir em pisos de hotel separados consoante o clube que representavam, depois dos actos xenófobos de alguns dos eternamente adorados pela nossa comunicação social analfabeta aquando da nacionalização de Deco (que é um dos poucos jogadores que não é uma Amélia), porque será pergunto eu, que a degeneração das meninas continua?
Porque será que os Portugueses são tão invejosos e quezilentos consigo próprios? Qual é o objectivo primordial de uma gente que se odeia a si própria?
A realidade é esta: a grande maioria dos jogadores Portugueses é imatura e mal formada. São rodeados por gente mal preparada e por um ambiente de total indisciplina em que os prevaricadores são todos os dias elevados a deuses do Bananal por essa comunicação social analfabeta e mesquinha que tão bem conhecemos. Quando se educam crianças não se devem enaltecer nem ignorar as atitudes de falta de respeito.
E é precisamente isso que a maior parte da comunicação social faz. Quando Scolari obteve resultados tão fantásticos como as derrotas com a Itália, Espanha, (0-3 em casa num jogo humilhante para Portugal em Guimarães), Grécia (por duas vezes em casa), Rep. Irlanda, França, Alemanha, Dinamarca, Polónia, e os excelentes empates com o Lichtenstein, a Polónia, a Sérvia e Finlândia (estes 3 últimos todos em casa), nunca se vislumbrou nenhuma capa de jornal a chamar burro ao seleccionador.
Talvez pelo facto de os nossos jornalistas sofrerem do sintoma de “invejosis acéfalus”, logo ao 4º jogo Queirós é apelidado de burro.
Enfim, Queirós provavelmente não terá tido pulso para tomar conta de tanta Maria Amélia mimada e imatura, mas não tem uma equipa base preparada por Mourinho e não pode entrar dentro de campo com um chicote e obrigar as meninas a comportarem-se como homens.
A preparação mental dos nossos jogadores tem sido tão mal feita ao longo dos anos, que neste momento não existe sequer um líder dentro do campo. Existem estatutos. Ora agora o ataque de mimo deu-me a mim e por isso quem marca o livre sou eu.
O lixo da Federação ainda não foi varrido e o ciclo ainda não se completou. Até lá só com outro milagre Mourinho se poderá sonhar com títulos e qualificações sem sobressaltos Albaneses. Para mim, o seleccionador nacional deveria sempre ser estrangeiro. Só um estrangeiro estará imune a determinadas pressões e só um estrangeiro não terá pejo em insurgir-se contra determinadas atitudes, que para nós Portugueses parecem normais de tão recorrentes, mas que para ele são uma novidade completamente inaceitável.
A não ser que haja para aí outro Sargentão. Mas tem que ser um a sério, de carreira, que isto de fazer correr Amélias tem muito que se lhe diga.
E é precisamente isso que a maior parte da comunicação social faz. Quando Scolari obteve resultados tão fantásticos como as derrotas com a Itália, Espanha, (0-3 em casa num jogo humilhante para Portugal em Guimarães), Grécia (por duas vezes em casa), Rep. Irlanda, França, Alemanha, Dinamarca, Polónia, e os excelentes empates com o Lichtenstein, a Polónia, a Sérvia e Finlândia (estes 3 últimos todos em casa), nunca se vislumbrou nenhuma capa de jornal a chamar burro ao seleccionador.
Talvez pelo facto de os nossos jornalistas sofrerem do sintoma de “invejosis acéfalus”, logo ao 4º jogo Queirós é apelidado de burro.
Enfim, Queirós provavelmente não terá tido pulso para tomar conta de tanta Maria Amélia mimada e imatura, mas não tem uma equipa base preparada por Mourinho e não pode entrar dentro de campo com um chicote e obrigar as meninas a comportarem-se como homens.
A preparação mental dos nossos jogadores tem sido tão mal feita ao longo dos anos, que neste momento não existe sequer um líder dentro do campo. Existem estatutos. Ora agora o ataque de mimo deu-me a mim e por isso quem marca o livre sou eu.
O lixo da Federação ainda não foi varrido e o ciclo ainda não se completou. Até lá só com outro milagre Mourinho se poderá sonhar com títulos e qualificações sem sobressaltos Albaneses. Para mim, o seleccionador nacional deveria sempre ser estrangeiro. Só um estrangeiro estará imune a determinadas pressões e só um estrangeiro não terá pejo em insurgir-se contra determinadas atitudes, que para nós Portugueses parecem normais de tão recorrentes, mas que para ele são uma novidade completamente inaceitável.
A não ser que haja para aí outro Sargentão. Mas tem que ser um a sério, de carreira, que isto de fazer correr Amélias tem muito que se lhe diga.
intercalar:
ResponderEliminar3x2 ao intervalo
Rabiola 6'
Mariano Gonzalez 38'
Farías 43'
está animado !
Boa malha, soren, mas há aí dois perigos:
ResponderEliminaro "Maria Amélia" é generalizado, mas pode ser direccionado apenas para aquele que tem esse epíteto e que, não por acaso, foi capa do Rascord a dizer que "Não se rende" numa indirecta ao CQ por não ter sido chamado para ir ao Brasil.
a questão do estrangeiro, já nem digo nada embora aceite por princípio, da mesma forma que aceitei a vinda de Scolari mas ao fim de um ano percebi que não valia a pena essa aposta, pois o estrangeiro conseguiu fraccionar o País futebolístico da mesma forma que é "culpa" dos técnicos nacionais.
Eu acho que se deve ter um bom seleccionador, estrangeiro ou Portugues é indiferente. Actualmente acho que com os jogadores a jogar fora de portugal as amelias vão desaparecendo.
ResponderEliminarO que me custa é ver que não haja um jogador com carisma na selecção para ser capitão dos que jogam talvez deco pudesse ser (houve um tempo que havia baia,couto,jorge costa ,figo etc), mas Ronaldo é que acho que nunca deveria ser.
Ora ai estao as Amélias no seu melhor. E acreditem que odeio ter razao em coisas destas.
ResponderEliminarOs Brasileiros fizeram o que sempre fazem, correram e suaram a camisola do seu pais. As Amélias estiveram iguais a si proprias.
Nao ha empenho, nem disciplina. Um filme visto e revisto, sempre que nao existe alguém que discipline tanta "estrela decadente".
Continuo a achar que o seleccionador deveria ser estrangeiro. E ha muitos por ai, que viriam com seriedade e brio sem procurar fragmentaçoes. Basta termos gente séria à frente da Federaçao, que saiba traçar o perfil necessario. O tal lixo de que Queiros falou e com quem agora se voltou a "deitar". O resultado é o habitual.
Um seleccionador Portugues esta sujeito a pressoes que nenhum dos treinadores Portugueses da actualidade consegue ultrapassar, com a excepçao de Mourinho.
A razao é o estatuto e a falta dele.
Normalmente as pessoas mal formadas so respeitam estatutos. Ditatoriais ainda melhor.
Quando assim é, ou existe uma estrutura Federativa que mude os comportamentos, ou entao nada feito. E ela nao existe.
Tens razão, soren, as amélias foram passear e algumas com o objectivo de, no parque de diversões, mostrarem que são bons.
ResponderEliminarDeco jogou "para" o Brasil vê-lo.
Pepe vinha de uma lesão e não devia jogar.
C. Ronaldo viu, à frente dele, dois ou três melhores do mundo, o Kaká que o é ainda, o Robinho, o Anderson.
O Quim sofre golos que não lembram ao diabo.
O Tiago voltou a queimar uma oportunidade.
o P. Ferreira sobrevive porque não há melhor para ali.
O Simão marca um golito mas anda sempre desaparecido do jogo.
o Queiroz volta a meter um meio-campo desordenado, ninguém marca, nenhum defende, não há trinco salva-vidas e o naufrágio é evidente.
Não me alarmo com a goleada. Já vimos goleadas assim nos últimos anos e a equipa sem capacidade de jogar. Mas a conjuntura não é favorável a mais experiências e ainda há um amigável em Fevereiro.
O Brasil-Portugal foi encarado como amigável, para o espectáculo e o reencontro de bons irmãos, mas os tugas nunca saíram do sério e foram alardear um falso estatuto sem concretização de resultados.
Os canarinhos jogaram a sério e, porque são melhores individualmente, ganharam com facilidade.
Felizmente há pessoas que pensam como eu em relação a este assunto... por vezes chego a pensar que estou só eu vejo as coisas dessa forma...
ResponderEliminarParabéns pelo post!!
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ResponderEliminarAntes de tudo quero frisar que gosto da selecção. Por isso, sempre achei estranho o regresso de Carlos Queirós. Quando saiu, falou que era necessário varrer a porcaria da FPF. Ora, os mesmos que lá estavam na altura, por lá continuam. Quanto ao jogo com o Brasil, só veio confirmar que a selecção é neste momento uma feira de vaidades e Cristiano Ronaldo é a figura de cartaz. Como é possível dar a braçadeira de capitão a um miúdo que vai para a conferência de imprensa falar se as brasileiras gostam ou não dele. Em relação a Queirós, o jogo foi importante porque deu para sentir a atmosfera de um Mundial. Espero que se tenha divertido, porque quando chegar a hora da verdade ele vai ver os jogos sentado no sofá.
ResponderEliminarTenho saudades de Scolari? Tenho. Não gostava da forma como o homem se referia ao nosso clube, mas é preciso não esquecer que ele foi instrumentalizado nesse sentido. Como bom brasileiro que é, tratou de comprar uma guerra logo no início, para se salvaguardar se as coisas corressem mal. Num universo de dez milhões, era óbio que ele se iria colocar no meio dos sete milhões de anti-portistas. Só lhe ficava bem. O cara é esperto
Saudações (des)portistas,
ResponderEliminarConcordo, quase na íntegra, com esta crónica. De facto, há já muito tempo que me revoltei contra a corja de pseudovedetas que invade a selecção nacional suportada pela força da comunicação social lisboeta. Alguns destes até envergam, desgraçadamente, a braçadeira de capitão.
Infelizmente, há já muito tempo que não me sinto identificado, em nada, com a selecção nacional de futebol. Para mim, não passa de um grupinho mimado, incompetente, vaidoso e mesquinho. Desde o Presidente até aos jogadores, tirando, honrosamente, algumas excepções. Como o Deco, por exemplo.
Mas o que mais me incomoda é que temos um capitão de equipa a roçar a boçalidade, estúpido, com a mania das grandezas e muita, mas mesmo muita, falta de humildade. E não me venham com tangas porque este menino da tanga, não é, nem de longe nem de perto, o melhor jogador do mundo.
Por tudo isto, a "minha" selecção nacional continua a ser, apenas e só, o grande Futebol Clube do Porto.
Bom post, soren; É notável a forma como alguém que está tão longe, consegue ter uma visão e uma percepção do estado das coisas, cá no rectângulo, tão actualizada. Parabéns por isso também.
ResponderEliminarDesde os tempos da selecção de júniores, que tenho alguma simpatia pelo prof. Carlos Queirós, e reconheço-lhe grande mérito no trabalho desenvolvido nos diversos escalões etários do futebol jovem. Porém, como treinador de séniores foi um completo fiasco, não teve sucesso em nenhum clube ou selecção por onde passou. Não o queria a treinar a equipa sénior do Porto, prefiro o Jesualdo. Ah, já sei que muitos portistas não concordam, mas é a minha opinião. Penso mesmo que Carlos Queirós, do ponto de vista pessoal, cometeu um erro ao aceitar vir treinar a selecção nesta altura. É que ao contrário do que muitos acham, o apuramento para o próximo campeonato do mundo era à partida bastante dificil, muito mais dificil do que qualquer dos apuramentos de Scolari. Não vale a pena sequer falar de 2004. No apuramento para o ùltimo Europeu, ficamos integrados num grupo formado por selecções da terceira divisão europeia, e, a nossa sorte, foi que eram apurados automaticamente os dois primeiros. Caso contrário teria sido um desastre, não conseguimos ganhar à Polónia, que ficou à nossa frente no grupo. No apuramento para o mundial da Africa do Sul, Portugal faz parte de um grupo no qual se encontram duas boas selecções, Suécia e Dinamarca e só se qualifica automáticamente o primeiro. Isto faz toda a diferença. Scolari, com quem não simpatizo como cidadão e não reconheço mérito especial como treinador, burro não é de facto, e soube sair no momento certo. É que desta vez ele não tinha o apuramento garantido.
Como português, que gosto de ser, lamento ter de dizer que, infelizmente, também entendo que para Portugal, era melhor ter um seleccionador estrangeiro, tendo em conta que o único Português com estatuto suficiente, Mourinho, para se colocar acima das habituais tricas do sistema, não se encontra disponível.