26 agosto 2011

Derrota que não deslustra mas dá sinais de alarme e arrefece algum entusiasmo

Republico este maravilhoso cartoon que um dia aqui trouxe retirado do Mundo Deportivo


A 16/11/2003 "levámos" Messi a ver o Dragão, com 16 anos para a sua estreia na equipa principal do Barça pela mão de Rijkaard. Este reencontro com a melhor equipa mundial de sempre e o melhor jogador da Terra e arredores na actualidade fez-nos ver o Monumento Messi.

Estaríamos "quites", mas o Barça é que levou a Supertaça no Mónaco, com um golo do prodígio argentino, uma assistência fatal para o 2-0 de Fàbregas e a fazer expulsar Rolando com dois amarelos. Imparável. Impagável. Inatingível.

Uma derrota natural que o FC Porto fez por não merecer até um passe, algo involuntário (só queria desviar a bola de um adversário), de Guarín isolar Messi. Lembrei-me logo do passe tonto para Helton de Bruno Alves em Old Trafford, em 2009, quando o Porto vencia e dominava o M. United, mas esse foi mesmo deliberado e desatento, que Rooney aproveitou...

Ora, ante a melhor equipa da História do futebol dar-lhe a ajuda para vencer não é bem um mérito portista. Ao invés, contribuiu para quebrar a confiança de um atrevido FC Porto que se tinha posto bem em campo, importunando o campeão europeu e retirando-.lhe bases e apoio para o seu futebol habitual de toque e progressão em total controlo. Fora isto, porque o FC Porto perdeu o controlo emocional bem antes de duas faltas escusadas de Rolando e a falta estúpida de Guarín a confirmar o seu estado alterado que não beneficiou o seu futebol, a equipa de Vítor Pereira não tem de que se envergonhar. Aliás, não foi preciso fazer caça ao homem tipo Mourinho ou antijogo com o Barça, o que dignifica o vencido que a mais não é obrigado.


O que sobra dizer, e porventura será tratado com pinças por pretensos comentadores encartados da bola indígena, é que o FC Porto está a enfrentar alguns problemas que não se sabem quando serão resolvidos, mesmo depois do fecho do mercado.


Para já, falta a inteligência de Falcao, que era a referência absoluta na frente e sabia que espaços calcorrear até em termos defensivos junto à área contrária. Kléber, que não o sabe e já não pode aprender com o goleador colombiano como sonhava, pode esforçar-se muito mas não é sequer um jogador completo e terá de adaptar-se às exigências de uma equipa ganhadora. De Falcao, ironicamente, tivemos a imagem do dia no sorteio da Liga Europa, não só a receber a placa - com a sua foto colorida com equipamento portista - de melhor jogador da competição, mas com um flash dos seus maravilhosos golos que a idiotice da UEFA resume apenas a 17... mas chegam e são todos belíssimos.


Depois, como já aqui referi após os jogos com o V. Guimarães, a pré-época diferenciada para alguns deixou vários jogadores em diferentes estados físicos e de confiança. Moutinho está distante do pêndulo que foi e o meio-campo ressente-se porque também Guarín está a fazer a pré-época em competição. Varela tem sido, igualmente, uma sombra de si mesmo e nesta partida vimos a estreia de Cristian Rodriguez na temporada, também sem pré-época mas o seu vigor físico ajudou o FC Porto jogar mais à frente e a pressionar o reduto do Barça.


Atrelado à ausência de Falcao está, obviamente, o problema do mercado, que parece não ter acabado. Não é que os rumores tenham feito mossa em Rolando, que tem estado muito bem. Mas a ausência de Álvaro, escusada desta vez, tem que se lhe diga. Com Sapunaru também pouco afoito com bola, era bom ter o Fucile excelente que temos visto`mas à direita, com "Palito" na esquerda. O mercado levou Falcao, e R. Micael, para já nada trouxe que ajude a recompor o nível anterior em geral e falta saber o que ainda estará para vir até 31...


No fim de contas, com o desacerto global que dá para manter a ordem no plano interno, esta lição faz soar o alarme que ainda não tocou em certas alminhas convencidas do portismo: face ao perigoso sorteio da Champions, que muitos não tiveram em devida conta, é bom que a equipa arrepie caminho, sob pena de ter surpresas com equipas mais rodadas como Zenit e Shakhtar.


Vários jogadores já perceberam, hoje, o altíssimo nível que o Barça mostra, ainda no começo do seu desfile imperial, e que se revê em geral na Champions. O portismo da bancada, como antes o benfiquismo extasiado, pensa que é fácil manter o nível da época passada. Não é e, para sê-lo, será preciso muito trabalho. E nota-se que a equipa não está ainda bem trabalhada. Tacticamente até esteve bem, sem perder a identidade nem desfigurar o sistema de jogo. Mas há vários pontos em equação que não moldam o melhor colectivo, pelas falhas individuais e o rendimento diferenciado de vários jogadores.


Para quem tem Falcao, sem desmerecer de Kléber, não há dúvida que substituir o Tigre será um problema, mas é obrigatório e quem vier é para jogar, não para ficar a ver. O FC Porto não quis ver o Barça jogar, mas viu que não tinha os melhores argumentos. Isso não escandaliza, por isso a derrota não dói e é merecida, nem valendo a pena reclamar o justo penálti não sancionado de Keita em Guarín que poderia dar o empate e levar a prolongamento, no único erro do árbitro para o qual também não vou alinhar na teoria da conspiração e do proteccionismo ao mais poderoso. Seria obrigação do auxiliar alertar Kuipers para a falta, de pormenor, já que foi à sua frente, mas isso não pode beliscar o mérito e a estupenda categoria do Barça, ainda sem navegar ao ritmo habitual e já temível. O Barça que, pelo presidente Rosell, "veio da praia e ganhou ao Real Madrid", mas um Barça, como então referi, sem a rotação e intensidade habituais.


O FC Porto, sim, pode pôr os olhos no que é preciso, para evoluir. Os adeptos, por fim, até aceitarão a derrota, como previsível, mas sem notar nos perigos que se acercam. O fecho do mercado, a inconstância dos jogadores, alguma falta de confiança e determinação na zona ofensiva. É curioso, já desde o fim da época se anunciaram as saídas de Rodriguez e de Fernando e hoje vimo-los em campo, sem sabermos se um dia voltaremos a ver Álvaro como vimos, fugazmente, Falcao. E o nervosismo portista tem-se acentuado neste particular, como demonstram o treinador a apelar ao fecho do mercado mais cedo e aos dichotes de Pinto da Costa que recusa sempre em meia hora uma proposta que chegue... E não creio que tal ajude à equipa.

Mas isso sou eu a falar, mais ou menos sozinho... E espero que não me gozem com o argumento da ajuda do árbitro ao Barça, depois da do Guarín... Agora há que concentrar só nos problemas internos para aplainar até fazer um Setembro bom que é o que serve para arrancar para o título e cimentar logo a primazia no grupo da Champions. Havia muita gente com a cabeça e o discurso na Supertaça, até para se medir com o melhor futebol alguma vez visto e competentemente ganhador. Vale que o FC Porto respondeu à exigência, mas viu que não chega àquele pedestal.


até já: estarei fora uns dias, deixarei apenas pendente uma coisita para animar as hostes especulando um bocadinho, saberei só dos resultados do campeonato a que se segue a pausa neste fds, não seguirei o fim do mercado a não ser que Álvaro acabe em Espanha...


Por isso, não me deterei na boa entrevista de Platini, que muitos terão dificuldade em entender, interpretar, porque o franciú é mesmo assim, desconcertante como foi enquanto jogador de eleição.


Entretanto, vi os pasquins de relance e anotei o Rascord com pouco mais de 3 páginas e a reportagem remetida para a segunda parte do jornal, depois das centrais, apesar ou por causa de um imbecil zé ninguém que tem um cargo relevante no jornal de caserna que esta tropa desvirtuou completamente até ser a inutilidade que é hoje.


O Jogo deu 10 páginas, com três delas para Platini, mesmo tendo só mais um escriba do que o Rascord no Mónaco. E um "chapeiro", o que ajuda quando há quem queria e saiba escrever. E ninguém, lá presente, tratou sequer dos sorteios. É obra, ou não...

22 comentários:

  1. Dizes bem, é uma derrota que não dói nem sequer sinto que foi injusta, estivemos sempre um passo atrás do Barcelona...Claro que é uma derrota com dois pontos bem marcantes, o brinde a abrir o jogo ao Barça e ao Messi e o penaltie não assinalado a nosso favor, a partir daí não era possível pedir muito mais, as expulsões poderiam ter sido evitadas especialmente a do Guarin, que saiu sem grande brilho mas com dignidade.

    ResponderEliminar
  2. http://www.record.xl.pt/Futebol/Internacional/interior.aspx?content_id=714140

    Zé Luís;

    o roscoff fez a vontade ao caro amigo; taça latrina (esgoto) a contar (tb) em Espanha...


    ahahahahahah

    ResponderEliminar
  3. meireles, e convém lembrar que as expulsões são para descontar na Champions. Começaremos logo sem dois titulares ante o Shakhtar... é só mais uma dificuldade.

    Bem, os avisos ficam dados. De borla mesmo.

    ResponderEliminar
  4. Perdemos da segunda pior maneira (a pior seria entrarmos em campo de maneira diferente da habitual e sairmos goleados - como já aconteceu num passado recente). Assim, foi com uma grande exibição mas com muito azar nas poucas falhas que cometemos - e isso é que custa - a primeira do Guarin (dejavu do passe de B.Alves para Rooney em Old Trafford) a segunda falha, também com Guarin, mas cometida pelo arbitro ao não assinalar o penalty que existiu e por fim o Fernando que parecia estar exausto 10 minutos depois de ter entrado em campo e não foi capaz de segurar uma bola que estava ao alcance e a deixou escapar para o Messi que acabou com a expulsão do Rolando e matando o jogo de vez.

    De resto a equipa esteve excelente, começando pelo Vitor Pereira a mostrar que o Porto não se submete a ninguém e procura sempre impor o seu jogo, mesmo contra a melhor equipa da história do futebol - tiro-lhe o chapéu. Lances de azar aparte o Porto esteve brilhante, principalmente a defender - pressão muito alta, linhas juntas e subidas e, não é um pormenor: tirou 8 foras de jogo ao Barça - vejam as estatísticas e comprovem que não é um numero normal nos jogos deles!

    Dos jogadores achei Souza um gigante, Kleber fez um grande jogo e Otamendi impecável e sem falhas (contra as minhas expectativas).

    Agora só é pena que o jogo com o Leiria não seja já na 2ª feira para passarmos depressa por cima desta derrota.

    ResponderEliminar
  5. não sabia, pai da leoa, mas nem aquece nem arrefece, aquilo é demasiado ridículo para ser comentado, especialmente porque rm e barça nem se importam com isso e sabem que o troféu não era oficial e a fifa já declarou a verdade sobre o assunto.

    fico com a sugestão do roscoff, coff, coff...

    ResponderEliminar
  6. Em relação as diferenças para a época passada, parece-me que este Porto está a tentar ser mais agressivo e mais ofensivo e que apenas tarda(rá) a engrenar pelos argumentos expostos no post. Neste aspecto estou confiante e penso que o trabalho e orientação táctica está completamente assegurado pelo treinador que tem dado mostras de ser competentíssimo a esse nível.

    Agora a diferença negativa que noto em relação ao antigo treinador parece-me a nível motivacional e de comunicação com o plantel e hoje houve sinais disso na maneira com que os jogadores entraram para a segunda-parte - notou-se nas caras deles que estavam sem força mental para dar a volta à coisa - e por ex. no caso do Varela que entrou em campo mas não entrou no jogo e aqui é a complicada situação de ter sido preterido por um jogador que não está sequer inscrito na liga e poderá estar directamente ligado com a maneira como o treinador comunica com o jogador numa situação destas.

    ResponderEliminar
  7. Mas a bolha não vai em tretas...

    ...é contabilidade sem taças latrinas

    é 74 - 73

    http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=283667

    ResponderEliminar
  8. pai da leoa, nem ligo, a cada um o seu quinhão de ridicularia, never ending story e eu só por acaso vi aqueles dois exemplares do roscoff...

    ResponderEliminar
  9. miguel87, bem visto essa da motivação e comunicação. Vamos ver daqui para a frente. De momento, não me atreveria a tanto, mas sem dúvida que mostras atenção e determinação na análise.

    Tamb+em acredito na equipa e no treinador, o jogo deu provas disso, mas há muito trabalho pela frente.

    Mas isto só vem confirmar que não é por se manter a equipa - se se mantiver... - e o treinador ser uma solução interna para a continuidade que as coisas funcionam automaticamente.

    Viu-se o benfas na época passada e o desastre a todos os níveis.

    Penso que o FCP não chegará a tal, antes vai arrebitar. Mas a Champions, insisto, não será fácil como alguns apregoam por aí. Só que esses nunca perdem, não é?...

    ResponderEliminar
  10. É verdade, eu próprio já comentei aqui ontem que fiquei admirado com a sobranceria com que grande parte da blogosfera portista olhou para o sorteio.

    Quanto ao resto a analise que fiz também carece de tempo para se confirmar acertada ou não, mas por agora são as impressões que me ficam.

    Bom fim de semana.

    ResponderEliminar
  11. Essa parte das expulsões são a fatia mais negativa desta história porque não acabam aqui, continuam a fazer efeitos mesmo depois de serem sentidas...Por isso condeno a expulsão -a entrada dura- do Guarin, não havia necessidade, para além de tudo o mais o jogo estava perdido.
    Mas o jogo da equipa foi consistente, embora o nosso desequilibrador hoje estivesse ausente...
    -De qualquer modo perdemos por efeito directo de erros nossos e estranhos...
    Espero que as entradas do Iturbe, James e Álvaro Pereira melhorem ainda mais a imprevisibilidade do nosso jogo...Continuo a acreditar em Kléber, tenho de acreditar e gostava também de ter por cá o Kelvin.

    ResponderEliminar
  12. Gostava que alguem me dissesse se porventura o Barça teve mais ocasioes de golo que o Porto...
    Ou se a posse de bola do Bracelona muitas vezes nao passava de passes para o guarda redes e passes falhados-
    O Porto jogou bem, o Falcao faz muita falta, um brinde que se paga caro e um penalty or marcar que mudaria muita coisa..
    P.S. Vitor Pereira deu excelentes sinais hoje, com o plantel a meio gas e frente a um adversario poderoso

    ResponderEliminar
  13. Eu entendo bem toda esta frustração, se tivéssemos o Falcao e o Álvaro Pereira que desequilibra e de que maneira o adversário, teríamos tido hoje muito mais hipóteses.
    Mas enfim a nossa realidade é esta, temos que realizar dinheiro nestas transferências, se não as fizermos e no momento mais adequado, poderão perder-se definitivamente as oportunidades de realizar mais valias e continuarmos a adquirir novos valores
    ...Portanto temos que ter os pés bem assentes no chão e não ignorarmos a nossa mais pura realidade, somos "um pouco menos poderosos, que os todo-poderosos" e estamos muito dependentes das compras que eles nos fazem periodicamente, ainda bem que fazemos o trabalho que lhes competiria, se eles o fizessem tal como deveriam, nem este tipo de negócios poderíamos realizar...

    -Morreu o meu pequeno periquito.

    ResponderEliminar
  14. Principais pontos:

    - excelente abordagem táctica do nosso técnico, secamos o Barça até sofrermos o golo.
    - Kléber, na minha opinião, está muito verdinho, a diferença, neste jogo, entre ele e um rotweiler ou um doberman que corria atrás da bola, para pressionar, sempre que os defesas do Barça a trocavam no sector recuado foi nenhuma. No único lance, perto do final da 1ª parte, em que poderia ter feito a diferença parece que bloqueou e não foi espevitado a atacar a bola, deixando que um jogador do Barça chegasse primeiro. Tanto se critica o Walter, nas penso que neste lance o Walter não teria ficado especado a olhar para a bola e teria arrancado em direcção à baliza.
    - Se chegassemos com o nulo ao intervalo, estariamos em superioridade motivacional sobre o Barça, e com os contra-ataques que tinhamos planeado e com um pressing sobre o Barça tinhamos excelentes hipóteses de ganhar o jogo.
    - A oferta do Guarin desiquilibrou a balança.
    - O Barça, mesmo quando perde, tem sempre mais posse de bola, mas uma coisa é dominar a bola e outra é dominar o jogo, ora até sofrermos o golo estavamos a dominar o jogo.
    - Precisamos de um avançado centro para a Champions, na minha opinião Kléber ainda está verdinho e não tem pedalada para estes jogos, e sendo assim prefiro o Walter.
    - A questão dos penaltys; não faz parte da nossa cultura a "choraminguice" sobre a arbitragem, mas fomos prejudicados, dos 2 lances para penalty um é claro: a falta sobre o Guarin e o 4º árbitro, de certeza, que viu bem o lance; no outro lance, da mão de Villa é difícil, pelas imagens que existem, de descortinar se vai ao braço ou ao peito. O Rolando é mal expulso, no 2º amarelo mal toca no Messi, e se toca é de raspão, aliás Messi já estava em queda.
    Saímos de cabeça erguida.

    ResponderEliminar
  15. Esta derrota de ontem marcou uma viragem, até aqui nunca nos confrontáramos assim de forma tão objectiva, tão concreta, tão real, tão directa com aquele que era considerado o colosso dos colossos do momento Desportivo.
    -No dia anterior tivéramos a oportunidade de assistir à Gala da UEFA e à atribuição de vários prémios, no que diz respeito ao melhor da Europa estavam lá dois Barcelonistas e um Madrilenho de nacionalidade Portuguesa...Ganhou Messi a Xavi e Cristiano!
    -Passou por lá Falcao para receber o prémio de melhor marcador das provas Internacionais da UEFA.
    Com a vitória de ontem o Barcelona dobrou o Palmarés do Real Madrid, o Porto já dobrara o do Benfica...
    -A nossa derrota de ontem assentou num erro todo nosso e num erro do árbitro, esses dois erros crassos abriram o caminho ao Barcelona, uma situação que era impensável poder suceder assim, apenas duas horas antes.
    Não há nenhum optimismo, eu não tenho nenhum optimismo, apenas uma constatação, a consciência da nossa verdadeira dimensão.
    Apenas a noção de que para sermos exactamente iguais ao Barcelona teríamos que ter nascido num País mais poderoso, ter uma massa apoiante mais fiel e numerosa, ter apoios que mesmo dentro de Portugal sempre nos foram negados...É essa a nossa História, é essa a nossa dimensão, não é ainda a História e a Dimensão definitivas mas é a que poderemos assumir neste momento.
    -Para além de tudo isto, estou triste, morreu o meu canarinho, estava velhinho e cansado e talvez assustado com as minhas atitudes...Estava comigo há uns bons anos...Morreu no mesmo momento em que o Porto perdia no Principado do Mónaco.
    Não posso fazer nada para desafiar esta realidade.

    ResponderEliminar
  16. Caro Zé Luís, defensor acérrimo dos blaugrana:

    A verdade é que defrontámos a melhor equipa do Mundo, mas não é menos verdade que esta é sempre beneficiada pelas sucessivas equipas de arbitragem que passam pelo seu caminho. Ontem não houve excepção.

    Já nem falo do penálti óbvio, mas sim da distribuição dos amarelos. Deixo apenas um exemplo: Abidal corta um remate com a mão quase em cima da linha de área e apenas recebeu um aperto de mão e um até sempre.

    Jogar contra o Barcelona é passar pela imensa dificuldade de defrontar quem é excelente e também lutar contra a maioria de decisões adversas dos juízes...

    Saudações azuis e brancas

    ResponderEliminar
  17. Pedro Gasga:
    Esse "é sempre beneficiada" não é bem assim, basta recordar a famigerada eliminatória com o Inter e a vergonhosa actuação de Benquerença em S.Siro e o golo que daria a passagem ao Barça sobre o minuto 90 em Barcelona por uma mão inexistente assinalada ao Barça e onde o arbitro só apitou após o lance concluir em golo.

    Ainda agora contra o Porto houve lances de queixa, mas para os dois lados - os culés queixam-se e com a sua razão do lance em que o arbitro interrompeu uma jogada em que estavam já 2 atacantes isolados a entrar no nosso meio campo para marcar uma falta à saida da defesa deles - ainda havia 1-0 e 11 contra 11 em campo.

    Não alinho nessa tanga do "eles são sempre favorecidos" antes estou como disse o nosso mister: os jogadores erram, os treinadores erram e os árbitros erram.

    Neste jogo perdemos com a melhor equipa do mundo porque erramos duma maneira que não se podia errar. Eles também erram, mas conseguem errar menos e além disso conseguem forçar ao erro do adversário como ninguém, daí serem os melhores.
    Seria interessante ver este duelo numa outra fase da época, com equipas em pico de forma e plantel estabilizado...talvez aí o Porto conseguisse errar um pouco menos e jogando da maneira que jogou na sexta, conseguir um resultado melhor.

    ResponderEliminar
  18. -Lembram-se do Domingos Amaral o filho do tal Freitas do Amaral -o do Citroen para cada Português- que deu um parecer sobre o célebre "golpe palaciano" do CJ da FPF?...

    "From: Domingos Amaral

    To: Luz Jardim Amaral

    Minha querida filha

    Nasceste numa quarta-feira à noite, precisamente às 22h52, como o teu irmão Duarte sempre lembra. Enquanto a tua querida mãe Sofia esperava pela sua cesariana, na companhia das tuas avós e tias e da tua irmã mais velha, Carolina (a Leonor ainda é pequenina e ficou em casa), eu e o Duarte demos um saltinho ao estádio do Benfica. Foi rápido e fácil, apenas uma pequena caminhada, pois tu estavas pronta a nascer precisamente no Hospital da Luz, que é mesmo ao lado da nossa catedral, o Estádio da Luz."


    -Algumas dúvidas?...Elas só existem na capacidade que estes Amarais têm em silenciar os seus mais íntimos pensamentos.Mas que é uma vergonha é, não que os Amarais não tenham o direito de pensar e amar como desejem, mas sim pelo facto de mesmo assim pensarem ser adequado formular "pareceres jurídicos ou outros" sobre questões relacionadas com o Benfica!
    "À mulher de César não basta ser séria..."

    ResponderEliminar
  19. Jogamos de igual para igual com o grande Barcelona. Só tenho pena daquele descuido que estragou tudo.

    Metem-me nojo todos aqueles lampiões ressabiados que torceram pelo Barça.

    Parabéns pelo blog. Vou continuar a acompanhar.

    ResponderEliminar
  20. Amigo Zé Luis
    Dei os parabéns a um "fortuventurenho"
    pelo barça.
    ganharam e isso é que conta.
    talvez a melhor equipa de sempre.
    o Nosso Porto esteve quase.
    Quase.
    Abraço

    ResponderEliminar
  21. Custou-me muito perder. Foi dos jogos que mais me custou ver e tive um "after-match" muito duro. Penoso.
    Tivemos uma resposta fantástica ao desafio que nos foi colocado, confesso que fiquei admirado com a nossa entrada, mas também fomos nós que trucidamos tudo o que construímos.

    Não ignoro o enviado do Platini. Aliás, a revolta que sinto também é muito devido a isso. Nem vou falar dos dois penaltis. Aquele primeiro cartão amarelo ao Rodríguez, para mim, foi de uma desfaçatez ímpar e um abrir de portagem ao Barcelona.


    Mas permitam-me centrar em nós. Não acho que os bons períodos iniciais apagam a fraqueza exibicional que tivemos no final da primeira parte, nem uma segunda parte sem garra à FC Porto e um final anárquico e auto-mutilador devido às mudanças por nós introduzidas.
    Arrastamos em demasia uma equipa em esforço e cada vez mais distante do seu ponta de lança. É verdade que nos fechamos bem cá atrás, mas assim seria uma questão de tempo. Deixamos de causar perigo ao Barcelona. As nossa substituições pecaram por tardias e quando aconteceram arrasaram connosco porque foram tacticamente erradas. Brutalmente. A anarquia táctica gerada e o abandono do nosso modelo do jogo foram o nosso auto xeque mate.

    Helton- Salvou-nos do que pode. Muito bom jogo de pés.

    Sapunaru - Começou em grande, defensiva a ofensivamente. À medida que a equipa recuava, também perdeu profundidade no seu futebol. Defensivamente ganhou o duelo ao Villa e ao Alexis.

    Fucile - Bem a fechar o seu corredor e a tirar do jogo o Pedro. Esticou mais jogo que o Sapunaru, sobretudo na segunda parte.

    Otamendi - Um dos seus melhores jogos no FC Porto. Só por uma vez perdeu o duelo por ter apostado demais. Sólido.

    Rolando - Foi expulso, tecnicamente, bem expulso, embora fique com a sensação que se o Abidal fizesse duas iguais ao Hulk, ficava em campo. Nem essa mancha retira o GRANDÍSSIMO jogo que fez. Colossal na dobras e nos duelos. O melhor em campo para mim.

    ResponderEliminar
  22. Souza - Muita luta, nunca se perdeu e algumas boas saídas de bola (outras nem tanto). Mas falta-lhe nervo para a posição. Tem dois lances na primeira parte, na mesma jogada em que corta a bola suavemente para os pés dos adversários. Tinha que impor mais "lei e ordem".

    Moutinho - Retraído numa primeira parte em que varreu o meio campo do Barça. Tremendo jogo de equilibrios. Na segunda faltaram-lhe as pernas para chegar mais à frente. Merecia que aquela bola entrasse.

    Guarín - Não vou falar do seu erro. Useiro e vezeiro num FC Porto com paragens cerebrais. Já foi assim em Manchester, já foi assim em alvalade no ano passado. Teve um grande remate e um penalti maior que o Mónaco não assinalado. Parece mais que suficiente, mas não foi. Não foi porque faltou ligação do meio campo ao trio da frente, sobretudo ao Kléber. E isso é responsabilidade sua. Não tivemos um Guarín com as suas progressões verticais em força, nem um Guarín seguro no passe. Nada que surpreendesse. Bastava estar atento ao que o Guarín fez nesta época. Fora de forma e sem a "chama furiosa" que alimenta o seu futebol.

    Rodríguez - vai ser a avaliação mais difícil que vou fazer. Muita luta, muito empenho, muita garra, pouco talento. Ou seja, nunca o Dani Alves teve tal carraça, mas também nunca viu alguém fazer tão pouco com as bolas que lhe ganhava. Excepto um lance na segunda parte em que mostrou o seu talento, todos os outros acabaram ou em cruzamentos para trás da baliza ou em passes transviados. Precisávamos de mais rendimento criativo.

    Hulk - Início tremendo que termina num apagão profundo. À medida que o meio campo e o Sapunaru ficavam mais distantes foi morrendo no jogo. Já começo a ficar deveras farto do seus livres. Já nem os vejo, pois enerva-me!

    Kléber - Pasmado ficou o inocente com a bola e a baliza do Barcelona à mercê no final da primeira parte. Esse Kléber não sei quem é. Não é aquele jogador do Marítimo que era felino no erro do adversário. Quanto ao resto, um lutador de enorme coração. Sem culpa alguma do paupérrimo jogo que lhe chegava. Já sabemos que AINDA não aguenta tão bem o "jejum de bolas bem metidas" como o Falcao aguentava.

    Varela - Ofensivamente zero. Defensivamente zero. Nada de novo, também. Só fica surpreendido quem ainda não viu o FC Porto jogar esta época. E não é por falta de soluções. O Djalma não deve jogar um corno!

    Belluschi - MUITO tardia a substituição. MUITO MESMO. Ainda por cima, abafada por uma desorganização táctica auto-infligida.

    Fernando - Penso que foi uma substituição para ganhar de novo controlo do meio campo ofensivo, ao assegurar maior rotatividade no nosso meio campo defensivo, empurrando os nossos interiores para a frente. Novamente, TARDIO e novamente com o jogador errado. Não percebi MESMO porque não entrou o Defour.


    Mais uma Supertaça Europeia muito mal perdida. Fizemos o mais difícil. Encostamos o Barcelona, emperramos a máquina, mas tivemos medo de a atacar....e acabamos desfazendo todo o nosso trabalho.

    Estou realmente dilacerado por isto.
    DRAGO

    ResponderEliminar