29 julho 2014

O asilo do FC Porto na área da comunicação

Soube ontem, de fonte segura, que o FC Porto tem mais um reforço contratado, ainda que não oficializado. O director do Jornal de Notícias, Manuel Tavares, vai engrossar o filão misericordioso albergado no Dragão, passando a administrador na área dos Média do FC Porto. Aquilo começa mesmo a parecer um asilo, de resto recolhendo a tralha que anda por aí e que na área dos Média pouco ou nada acrescenta à bitola medíocre que tem pautado a acção dos portistas nas redes sociais e de exploração comunicativa, do Torto Canal a um site oficial pouco mais do que indigente.
 
Pode sair Varela aos 29 anos, ou ceder-se Josué, Licá e outros medíocres produtos da arrojada época passada que ficou nos anais como a pior dos últimos 30 e tal anos para honra de Pinto da Costa por uns tempos tão preocupado com o Museu. Das saídas do plantel quase ninguém fala para não ter de se remexer no que deu a época passada... 
 
Mas o FC Porto não para de reforçar um sector de administração/gestão que poucos frutos tem dado.
 
O nível online do JN condiz com a queda assustadora do produto que Manuel Tavares pastoreou nos últimos anos. E se o registo em papel é sofrível, o online é demoníaco mas ainda bem que o futuro ex-jornalista não terá influência editorial na área ou arriscar-se-ia a marcar golos na própria baliza. Vai para administrador, ao que me contaram mesmo à porta do edifício do Jornal de Notícias, em Gonçalo Cristóvão. Mas se, eventualmente, puder intervir no Torto Canal, vai ser mais do mesmo, se as pessoas que decerto são mais assíduas a verem aquela coisa perceberem que o canal é fechado, autista e só entre amigos, são quatro ou cinco que, de resto, já estiveram juntos por aí. O problema, para resumir, é que subsiste esta coisa dos "quatro ou cinco" e, pior, aparentemente são muito "portistas" como se alguém antes tivesse dado conta disso. Se o Octávio questionava o portismo de um Manuel Serrão que ninguém sabia quem era nos anos 90, que diria agora de uns quantos que por aí aparecem? Vá lá que Fernando Gomes, passando às boas com Pinto da Costa, não tem assento na Administração sentando-se ao lado de Manuel Tavares - porque há coisas que caem e batem, mas não no vazio... o que para bom entendedor do passado do crescimento do FC Porto, à parte os títulos, é mais de meia, são mil palavras!
 
De resto, parece que pouco faltará acrescentar ao ramalhete da indigência comunicacional que tem a expressão mínima no que apelidei desde o início de Torto Canal e que tantos portistas agora vão vituperando e lamentando.
 
Deve ser a chamada evolução na continuidade. Ao que me consta quem, em segunda via, me confirmou a notícia, uma revista (Visão?) já teria dado o lamiré sem citar nomes ou clubes. Como raramente li jornais e cada vez menos tenho vontade de o fazer, não fazia a mínima ideia. No JN todos falam disto mas nada há de oficial, até uma indemnização compensatória adequada prodigalizar uma saída airosa e um refúgio de asilo em que se tornou o FC Porto. Ainda bem que não é um rato a fugir do Dragão, como clamava há uns meses Pinto da Costa. No JN alguns, por sua vez, sentir-se-ão órfãos. E o mundo continuará a girar sobre si mesmo. Os grunhos mais papistas que o Papa vão assobiar para o lado, como de costume, preferindo nem comentar mais uma e outra e outra desilusões face àquilo que nunca quiseram ver e que rejeitam comentar por muito que batam no peito e sérios que sejam, bah...
 
Ao Jornal de Notícias, por fim, o futuro não deverá reservar pior destino do que o que já tem tido, um OCS sem rei nem roque, pasto das chamas dos negócios de poder em curso na Controlinveste.
 
Aos adeptos portistas isto pouco dirá, os jornalistas do JN apenas encolherão os ombros e aguardarão outro nomeado. Mas os detractores rivais dos vários clubes ressuscitarão o conluio de alguns jornalistas portuenses com o FC Porto e as associações de ideias, com os factos da época e de muitas épocas, para apimentar a relação. A tal questão da promiscuidade. A trampa não é só no futebol, nem apenas a promiscuidade entre o jornalismo e o poder político e económico, como no caso da Banca cuja publicidade tanta falta faz às edições em papel comprando subserviência editorial.

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