28 agosto 2014

BATE leve, com cuidado

Reencontro com Shakhtar, já não em Donetsk devido à guerra (para muitos) dos fascistas da Ucrânia contra os libertadores comunistas russos, rever o Athletic Bilbau, 1º adversário europeu de sempre (1957) acabado de eliminar o Nápoles na estreia da nova catedral de San Mamés; estrear-se com o BATE bielorrusso que nesta altura da época não pode ser levado a brincar, que o diga o Bayern de Heynckes futuro campeão europeu mas derrotado em Minsk por 3-1 em Outubro - já ninguém se lembra e foi há duas épocas... - mas onde já não está o brasileiro-bielorrusso Renan Bressan, Herói nessa noite, chegado agora para o Rio Ave. Desta feita não temos Kléber, que até deu a vitória de encosto no 1º jogo com os mineiros ucranianos, mas também não temos Hulk, decisivo depois em Donetsk. Há um ataque forte e Jackson para estourar a sério na Champions. E o Athletic basco de onde é oriundo Lopetegui já era temido no play-off, que o diga o Nápoles.
 
Não é mau de todo, até porque ficou o suspense até à (pen)última de sair a Roma, caída por fim no grupo de Bayern e City que voltam a ver as caras um ano depois. Parece acessível mas tudo vai do começo, não pelo resultado - lembre-se a traumática vitória inicial em Viena - mas da forma e este FC Porto parece estar em forma.

Por acaso, é a receber o BATE que se começa. Importante, porque é depois de uma difícil visita a Guimarães. Bom ainda porque depois há a recepção ao Boavista. E antes da 2ª jornada e do fim de Setembro, o FC Porto vai a Alvalade (6ª da Liga), num jogo seguramente antecipado para uma 6ª feira (26/9), porque o Sporting, que começa a visitar o Maribor, recebe o Chelsea enquanto o FC Porto vai à Ucrânia: o Shakhtar em princípio jogará em Kiev ou, provavelmente, Lviv, na fronteira com a Polónia, devido à guerra no Leste.

Ou seja, é entre Porto e Sporting que a preocupação deve ser mantida, por isso quis esperar pelo calendário saído apenas, como era previsto, pelas 19,.30h.

O FC Porto pode encaminhar o apuramento nas duas primeiras jornadas, depois tem o duplo confronto com os bascos e acaba a receber o Shakhtar, em princípio o rival directo por um lugar na qualificação. Já o Sporting tem não só um duplo embate decisivo com o Schalke, como acaba a jogar em Londres e o calendário afigura-se mais complicado. A ida a Alvalade será crucial para definições no campeonato e ajudar a perceber o futuro na Champions.
 
E pode ser que, num ano de 3 equipas lusas na Champions, o FC Porto seja o único a passar, como nas 3 ocasiões similares já ocorridas. Benfica tem um grupo de médio calibre com Zenit, Leverkusen e Mónaco, já eliminou os dois primeiros recentemente mas nenhum lugar está garantido a nenhuma equipa e qualquer classificação é possível. Hulk e Falcao e Moutinho de visita a Luz do Apagão deve causar calafrios a alguém... Sporting recebeu uma pêra doce no Maribor, mas Chelsea e Schalke são claramente os favoritos, o primeiro por mérito e o segundo por tradição, se os eslovenos não continuarem com umas gracinhas, mas para os leões não é mau de todo face ao tremendismo que se prenunciava com equipas mais difíceis nos níveis acima e no último pote.
 
Além de tudo se parecer repetitivo, com inúmeros reencontros - Arsenal e Dortmund 3 vezes nos últimos 4 anos, PSG e Barça ainda há dois anos se viram de frente embora nas eliminatórias, CSKA leva de novo com City e Bayern e Ajax tem outra vez dois tubarões pela frente em Barça e PSG de novo sem hipótese de seguir em frente -, a mise en scène já domina até o site da UEFA com a maquilhagem na página inicial antes do sorteio como se fosse aparecer por aí a Judite de Sousa... e tivemos o antipático Schmeichel a substituir o português Pedro Pinto não se sabe porquê mas revela de novo o ascendente escandinavo nas fileiras da UEFA onde há vikings por todo o lado. Para variar, e evitar o nojo das tv's tugas, segui em directo no site da UEFA, tinha som mas preferia os quadros à minha frente em vez do vídeo no ecrã do pc.
Por falar em maquilhagem, CR7 foi eleito o melhor da época para a UEFA. Percebe-se duas coisas: não é importante se pela selecção o Mundial foi uma merda, importante é o clube e Ronaldo bateu todos os recordes da Champions como marcador de golos. E, ainda pelo clube, fez bem em agradecer aos colegas. Por exemplo, di Maria teve 12 votos e em 10 lugares ficou no penúltimo, apesar do título europeu e do vice-campeão do Mundo. Messi, com época atípica, foi o melhor do Mundial com surpresa e teve 24 votos, ficando em 5º lugar e arredado do pódio. Umas vezes o Mundial conta, noutras não, não contou as duas coisas, não foi toda a época que esteve em análise e não é só no Real Madrid que não gostavam de di Maria, por isso foi vendido. Mas destas votações está o futebol cheio.
 

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