30 maio 2016
Posicionamentos
Após as notícias de hoje nos únicos jornais publicados, de sede, no Porto, não restam dúvidas que a informação oferecida, ou deixada cair não desinteressadamente, confirma Nuno Espírito Santo como novo técnico. Não será uma surpresa, como nem é verdadeiramente entusiasmante.
A validação oficial não tardará decerto, nos próximos dias ou até horas. Mas não me suscita, além de pouco entusiasmo, alguma análise alongada, porque sendo uma peça essencial da engrenagem, no FC Porto o treinador, salvo raras e distintas excepções, não tem grande margem de liberdade e muito menos poder, com os capatazes mas incapazes da SAD tratando de ter tudo no seu intimo controlo com os resultados nefastos e vastos de devastação que se sabem.
Mais do que as qualidades humanas e técnicas de Nuno, que encarnou no tempo da roubalheira de 2010 um grito de Somos Porto à frente do plantel na sala de imprensa, começo por realçar logo a ligação umbilical a Jorge Mendes e o que pode significar de acesso ao mercado tão alheio às competências próprias dos entendidos da malfadada "estrutura". É um pequeno vislumbre de eventual mudança de política no mercado, mas o efeito prático resta para ver, antevendo-se, porém, mais uma rebaldaria face a muito que tem de se remexer no plantel e outro contentor de jogadores a contratar, por manifesta insuficiência em qualidade, porque a quantidade tem sido maná para comissionistas vários e respectiva cadeia alimentar...
Fixo, ainda, para já o posicionamento, também aqui, da Informação no JN, com manchete em que se debruçou exclusivamente a informação televisiva do almoço, com 2 pgs de destaque denunciando trabalho preparado e avisado a tempo, contraponto da coisa trapalhona, atarefada e de última hora, na derradeira página de O Jogo, percebendo-se que saiu ali por favor para não parecer mal e deixar o pasquim desportivo local de mãos a abanar. Parecem, assim, salvaguardadas as ligações locais preferenciais que o FC Porto corta repetidamente com a imprensa portuense para seu prejuízo. O que pode, também aqui, ser um bom sinal de frutos recíprocos, sem deixar de reconhecer-se que, também aqui, a divisão no seio da SAD fez por atrasar, ou nem queria ceder, a divulgação ao pasquim desportivo, sabe-se lá porquê mas que denúncia um incómodo evidente e latente do FC Porto com O Jogo que nunca na sua existência soube, da sua parte, posicionar-se no contexto da Informação desportiva, a não ser quando o patrão e treinador portista era o mesmo António Oliveira há 20 anos...
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