José Maria Pedroto via mal, aqueles óculos de elevada graduação não impediram que a degradação visual fosse agravada, mas a sua intuição fora do comum assente numa experiência ímpar reforçada por um nível académico invejável e capacidade intelectual acima da média, tornaram-no no mito, real, que se sabe. Por isso foi o que foi e, ao repto do Colectivo no Dragão a pedir a raça à equipa do FC Porto, esta correspondeu mas o jogo deu o que deu numa arbitragem cobarde, mais uma vez, de Artur Soares Dias que me fez lembrar, precisamente, o Zé do Boné cujo tempo acompanhei e com quem ainda privei um pouco, não havia sequer SuperDragoes.
Porquê? Porque a bola vinha no ar e o árbitro já assinalava falta, veja-se o golo anulado ao FC Porto sem se vislumbrar porquê...
"Uma arbitragem à antiga portuguesa, o sr. António Garrido ainda a bola vem no ar e já está a apitar falta", sentenciou um dia O Mestre, após um clássico entre Porto e Benfica.
Mas não é tão simples como isto, é mesmo muito complicado, veja-se também a curiosidade à volta da nomeação para este jogo em que, à partida, o FC Porto denunciava Fábio Veríssimo e sobravam os portuenses ASD e Jorge Sousa.
Ora, não pode ser coincidência que, como numa arbitragem à antiga portuguesa, ASD tenha feito no Dragão o que JS fez à 4a jornada, anulando, sem ver, sem falta, um golo a André Silva por alegada mão na bola que não se registou, tal como não houve falta alguma sobre jogadores do V. Guimarães.
A sério que ASD e JS são as reservas morais, do Porto, na arbitragem tuga virada, como antigamente, a sul?
Na memória recente sabe-se como no clássico de Alvalade houve um golo com a bola ajeitada com a mão e outro de livre por falta inexistente, tudo com o beneplácito do lisboeta Tiago Martins.
Os árbitros do Porto, já dos mais credenciados e antigos no rol da FPF, fazem isto e não podem surpreender-me.
Continuo a considerar que a carga, fora de tempo e sem a bola jogável, de Lisandro nas costas de André Silva era falta e gp e em 3 situações de fora de jogo assinalados ao FC Porto, dois deles pelo também conhecido Rui Licínio e um com Corona bem em jogo, foram assinalados na linha da dúvida que às equipas de Lisboa são concessões e ao FC Porto são transgressões. Para o Benfica tudo, para o FC Porto nada e aos outros cumpra-se a lei, incluindo o Sporting que tem tirado benefícios deste estado bafiento de coisas, o das arbitragens que Pedroto condenava, as claques actuais nem sonhavam e na velha SAD ninguém mais barafusta. Esse legado, astúcia e visão com intuição e profundo conhecimento de Pedroto é que se perdeu. E ninguém praticamente percebe isso, que não é só correr em campo mais do que os adversários...
Entretanto, para um bando de idiotas o episódio de um canto mal cedido é que é importante.
Com a imbecilidade possuindo o portugalório das redes sociais e o politicamente correcto na imprensa de sarjeta, com o JN a sentenciar uma arbitragem sem erros de ASD, temos a pasmaceira do pensamento único em que nenhuma voz destoa, não vá perder-se o emprego, enquanto O Jogo releva o Herrera de palmatória e são os desportivos de Lisboa, afinal, a reconhecerem a sorte que o Benfica teve e a crueldade para o que o FC Porto produziu, à imagem de Pedroto.
No pouco que ainda me dá para ler da pasquinagem, a última pérola foi do meu conhecido Manuel Queirós a apelidar o FC Porto de equipa à moda do Benfica de Mortimore, um que me lembro, há 40 anos feitos em Janeiro, de ter ganhado nas Antas com um só remate de Chalana aos 11'... como se o FC Porto fosse isto e este Benfica mais digno, superando até o recorde de ganhar fora, do que o de Hagan, uma vez travado nas Antas com 2-2 a poucas jornadas do fim de uma caminhada só vitoriosa.
Podiam falar do péssimo passe de Layun pouco antes do "erro" de Herrera, não oferecendo o 2-0 facil a André Silva. Como se no canto não houvesse gente na área para o defender. E, além das ocasiões falhadas num grande jogo portista que teria orgulhado Pedroto, a equipa não pecasse, depois de falhar "matar" o resultado, por gerir mal a bola e o tempo final, perdendo-a com facilidade até em seus lançamentos laterais.
Eu que tanto já escrevi do Herrera mas que me recuso condenar nesta ocasião, aproveito até para pegar numa frase antiga de um rival de Pedroto é que há pouco faleceu. Mário Wilson disse um dia, no Benfica na mó de baixo, que os jogadores precisam de amor. Depois da demonstração de querer e força do FC Porto, diria que esta equipa merece a simpatia dos adeptos e não que a sua frustração, como a que eu tive e me fez dar uma volta de carro a ouvir música romântica para descontrair, precisa da compreensão dos adeptos e não de uma fúria por um acaso em que o futebol é fértil.
Quem não viu tantos craques fazerem asneiras piores atire a primeira pedra. E todos continuaram melhores do que Herrera, de quem eu poderia dizer duas piadas também se quiser marcar este ponto como o essencial de um jogo de supremacia portista sobre o Benfica à moda antiga que nem com Pedroto às vezes chegava.
Depois de 4 anos de asneirolas futebolísticas, premiadas entretanto com a atribuição dum Dragão de Ouro, o jogador que toda a imprensa sulista admira e considera de excelente qualidade é capaz de tudo em cinco minutos. Logo no início das suas atribulações no FCPorto e chamado à equipa num jogo internacional foi colocar-se na barreira da qual antecipadamente saiu levando como consequência um cartão amarelo. Repetida a marcação da falta, repete a asneirola, 2º amarelo e rua.
ResponderEliminarOntem foi chamado à equipa aos 85 m., tempo para ele mais que suficiente para engonhar uma das suas cenas e empurrar os lampiões para o empate.
Não há pachorra para suportar este protojogador de soccer.
Como diria Clint Eastwood : INTOLERÁVEL
Cumprimentos
Ó guilhotina, podias ter ao menos metido um comentário tão bacoco e básico no outro post. Mas és mais um a tresler as coisas e a descrever pior ainda.
ResponderEliminarNão há pachorra mesmo, o Herrera não estava na área a evitar o golo no canto q provocou.
Brilhante reflexologia
Por falar em Guilhotina ! Só é pena o Herrera não ser a Maria Antonieta. Calma para o ano há mais.
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