19 outubro 2011

Aí está a grande confusão

Este péssimo jogo com o APOEL veio confirmar o que afirmo pela terceira vez nesta Liga dos Campeões: o FC Porto tem o avançado-centro de menor qualidade do grupo. Ailton revelou-se muito bom, como antes Luiz Adriano, que igualmente marcou no Dragão, e Kerzhakov, do Zenit.




Aqui o FC Porto está já em desvantagem ao cabo de três jogos muito fracos na Europa.




Porém, hoje, Kléber não foi a razão de o FC Porto quase não entrar na área. Os médios não se chegaram a ela e, pior, fizeram maus passes, com Guarín a bater todos os recordes mas a permanecer em campo injustificadamente 90' penosos, para não dizer pior...




Agora que um mau jogo e 1-1 em casa pode dar largas à verve dos que só aparecem a criticar, vou deixar-vos a minha impressão sobre um facto que, se não pode ser provado, será altamente discutível mais do que qualquer opção antes criticada do treinador. Depois de uma 1ª parte inimaginável de Guarín e um Moutinho apagadíssimo, impedindo a equipa de se instalar num terreno já pejado de cipriotas (sempre nove atrás da linha da bola) com circulação de bola e persistência no ataque, Vítor Pereira terá tido medo de tirar Guarín?




Eu acho que sim, mas é só uma impressão, porque não é matéria em que possa haver verdade absoluta. Receoso e acusando talvez a crítica, que julguei excessiva, de ter tirado Guarín com o Benfica, hoje o técnico não teve arrojo de o tirar e lançar Belluschi. Este veio mostrar o que faltava para os médios se instalarem mais à frente. Varela foi levar a bola à área que James não conseguia e Hulk desperdiçava em remates de longe. Foi só na parte final que o FC Porto ameaçou poder ganhar, instalando-se junto à área cipriota e obrigando o técnico contrário a meter mais um trinco...




Moutinho e Guarín deviam ter saído por improdutividade gritante, ao invés e desta vez sim Vítor Pereira tirou o melhor médio, Fernando, que faz uma acção de "polvo" que mais ninguém consegue. Defour deu outra agressividade e intensidade, depois de Belluschi, e creio que Vítor Pereira poderá estar condicionado pelas críticas anteriores o que seria muito mau se fosse influenciável a esse ponto.




Não resta muito mais a dizer a não ser, mais uma vez, apontar que para os que se julgam críticos sapientes e conscientes pensem agora se Sapunaru é melhor do que Fucile, que poucos querem ver com agrado não obstante a crítica justa ao seu mau jogo na Rússia. Sapunaru não ajuda nada a atacar e a defender não é melhor.




De crítica em crítica excessiva há uma pressão exterior que penso poder condicionar negativamente o treinador e, de seguida, os jogadores. O jogo defensivo do APOEL, já previsível, não é a única causa para um péssimo jogo e fraco resultado. Os jogadores tratam bem a bola e o Ailton é de primeir categoria como provou com o golo.




Não sei se Guarín não foi o pior em campo, porque este bimbo francês que chegou agora à Champions fez de tudo para proteger os alegadamente mais fracos, com faltas inventadas quando se posicionava atrás do jogadores para não ver os lances, amarelos em barda ao FC Porto como se fizesse uma perseguição de arma em punho aos cipriotas e por fim quase lhes garantia a vitória com uma falta não assinalada a Ailton e um fora-de-jogo por punir em que valeu Helton nos descontos.




Para inacreditável, só faltou isso. Para discutir a equipa e o seu jogo, não faltam motivos, agora acrescidos com novos e evidentes factores de preocupação em que o treinador se deixou enredar escusadamente. Agora terá de mostrar ter o pulso na equipa desgarrada e desinteressada, como excessivamente o acusaram antes.




Pelo exposto e por mais uma vez ter estado fora, nada justifica uma fotografia, porque todos saem mal e com culpas próprias.


Acabou por ficar tudo igual no grupo mas não me surpreende, sempre o achei difícil e equilibrado. Na próxima haverá mais luz, mas seguramente luta até ao fim. Sirvam-se disso e limpem-se às previsões também...

30 comentários:

  1. Criticar é importante e nem sempre lhe subjaz a malícia ou o gosto por destruir. Vítor Pereira está mesmo influenciável, alérgico à crítica e permeável a ela. Abdicou de ler os jogos, pensando que as coisas se resolvem por inerência. Está a prazo.

    ResponderEliminar
  2. Só falta acrescentar uma coisa:
    Alvaro Pereira foi um autentico ZERO!..aliás desde que se soube que não ia para o Chelsea que não dá uma para a caixa..
    Alvaro Pereira a par de Guarin foram de longe os piores.
    Curiosamente a equipa é mesma do ano passado excepto Falcao e o treinador..
    Sem eles perdemos liderança, confiança, solidariedade, conjunto mas acima de tudo um defice tremendo na leitura dos jogos.
    Agora começo a duvidar das suas capacidades..infelizmente!

    ResponderEliminar
  3. Depois de um período bem grande de "experiência", concluo que o Vítor Pereira não é treinador para o Porto por duas razões (que se destacam das outras):

    1 - Não tem rasgo.

    2 -Não tem, sequer, um vislumbre de 'cojones' (passe a boçalidade)

    ResponderEliminar
  4. Vítor Pereira efectua mal as substituições, porque não sabe ler e interpretar um jogo, não sabe analisar o evoluir de jogo, ou seja, ainda não é um treinador principal, até pode ser um excelente adjunto, mas ainda não possui maturidade mental para ser o técnico principal do FC Porto. Na minha humilde opinião deve ser substituído, precisamos de outro técnico a liderar a equipa.

    ResponderEliminar
  5. Creio que só o VP (isto de manobrar um balneário é bem mais complicado do que possa parecer) ainda não percebeu que em lugar de Guarin e Moutinho têm de jogar Defour e Belluschi. O primeiro tem a fome de mostrar o que vale que tinha precisamente Moutinho no ano passado. O segundo traz calma e cérebro a um jogo atabalhoado que depende excessivamente de Hulk para resolver todos os problemas.

    A direcção decidiu gastar fortunas em 4 jogadores que nem jogam e tanto Defour e Mangala já deram entender que são melhores do que o que havia. No entanto continuam no banco. Quanto aos brasileiros, gastar tanto dinheiro num jogador sem posição definida que só chega em Janeiro é um risco bastante alto especialmente para quem só quis Kléber e mais ninguém.

    abraço

    ResponderEliminar
  6. Exibição cinzenta e preocupante, a dar a ideia que a equipa passa realmente por um momento periclitante. A defesa continua a dar brindes. Otamendi entregou de bandeja o ouro ao bandido, mas Helton resolveu. Os laterais estiveram lentos e complicados. O meio campo esteve muito apagado com Moutinho e sobretudo Guarín em claro sub-rendimento. Na frente, Kléber esteve activo mas infeliz no remate e James muitos furos abaixo das expectativas. Também Vítor Pereira não esteve feliz a mexer na equipa. Se as entradas de Silvestre Varela, Belluschi e Defour foram bem observadas, embora com algum atraso, já a saída de Fernando me pareceu desastrada. Creio que seria mais plausível a saída de Guarín.

    Enfim, mais um passo em falso que não ajuda em nada a auto-confiança necessária para voltar às exibições à Porto.

    Um abraço

    ResponderEliminar
  7. Não comento, já disse tudo o que me ocorreu sobre esta história antes!

    ResponderEliminar
  8. O que também não ajuda nada à auto-confiança são os assobios durante 90 minutos...

    ResponderEliminar
  9. Pois, a massa assobiativa já cá faltava. E, claro, são muito entendidos. Assobiaram a saída do James, porquê?

    ResponderEliminar
  10. ..."Assobiaram a saída do James, porquê?"...


    Se calhar , porque estavam a ouvir o comentador da RR , digo eu .

    ResponderEliminar
  11. O Bernardino Barros . essa sumidade comentadeira, já convidado do PortoCanal... - disse que James estava bem?

    ResponderEliminar
  12. Zé Luís :

    ...Disse que o Guarin não estava lá a fazer nada e devia ter saído. Que o James devia ter ficado e o Varela não devia ter entrado ...


    Um abraço

    ResponderEliminar
  13. O Guarin estava lá a falhar passes de forma assustadora. Só se os adeptos assobiassem o Guarin...

    O James não estava a render, as substituições foram bem feitas e ajudaram a equipa, à parte o Fernando que não devia ter saído.

    Pior fez o habitual Lobo das tácticas, queixava-se na SportTV que os médios não chegavam à área e quando Defour chegou e quase marcou chamou-lhe "corpo estranho".

    É dizer tudo e o seu contrário, o habitual.

    ResponderEliminar
  14. Zé Luís :

    ... Mas o cúmulo foi na RTPI onde
    fizeram um autêntico drama ,
    ao ponto de afirmarem que se
    "A PROVA" terminasse ontem o FCPORTO estaria excluído ...


    Haja paciência para os aturar !


    Um abraço

    ResponderEliminar
  15. Achar que as tristes figuras (figurinhas) que temos andado a fazer, se devem em 1º lugar ao ponta de lança não lembra ao diabo...
    Há 2 anos com Falcão ficamos em 3º, e mesmo no ano passado, Falcão surgiu em grande nos ultimos 4/5 meses.. Mas,
    Kleber é um excelente PL, esperem para ver, aqui ou num clube que jogue para um avançado com as caracteristicas dele. Mas,
    Todos sabemos qual a causa do que se passa...e mais não digo!

    ResponderEliminar
  16. Boas

    Não sou daqueles que passa rapidamente do 8 ao 80 ou vice-versa. Por norma sou uma pessoa confiante e acredito sempre no nosso FCP.

    Ainda não fiz nenhum comentário à equipa este ano. Dei tempo ao tempo, mas não nego que ontem saí do Dragão deveras preocupado, não só pelo jogo em si, mas principalmente com o futuro. Fiquei com a sensação que este ano não vamos lá, apesar de ser optimista por natureza. Alguns apontamentos sobre o jogo de ontem e do inicio de temporada:

    - A pré-época parece-me que foi mal delineada. Ao contrário de outros anos, gastamos balúrdios em jogadores (bons é certo) mas à espera de efectuar alguns encaixes que não vieram a acontecer (guarin, fernando, rolando, álvaro e cebola por exemplo). Alguns destes jogadores não devem ter ficado muito sais feitos e não estão a render o mesmo

    - A condição física da equipa deixa muito a desejar. Por exemplo Moutinho fez 5 épocas consecutivas nos lagartos a jogar 90 minutos a um ritmo alto. Ontem pediu para sair e já se arrasta há uns jogos. Ele próprio o reconheceu no final do jogo. Álvaro Pereira é outro exemplo. Sapunaru nem se fala, não subiu na segunda parte. O próprio hulk acaba o jogo de rastos. Em situações normais nos empates em casa com equipas inferiores (apoel e 5lb) tínhamos que encostar os adversários às cordas e em vez disso a equipa partiu-se e mais 10 minutos e poderíamos ter perdido os jogos. Nada contra a idade (32/33 anos) do preparador físico mas não tem curriculum para o porto (espinho, sanjoanense e santa clara, todas equipas que morreram na praia nos seus campeonatos…). O preparador físico do ano passado, AVB levou-o...

    - Temos provavelmente a pior equipa técnica dos últimos anos a nível de adjunto, preparador físico e do adjunto da casa (Semedo), um ídolo de juventude mas que não me parece que transmita a mística do dragão. O ano passado tínhamos o Pedro Emanuel. Ontem o capital de confiança que Vítor pereira tinha perdeu-o. Só mesmo alguns talibans é que confiam na decisão do presidente e ainda dão crédito ao treinador. Este, por norma, arma bem as equipas mas tem dificuldades em ler o jogo e actua quase sempre tarde.

    ResponderEliminar
  17. - Aos 5 minutos de jogo de ontem já guarin era assobiado por uma pequena, mas audível, parte dos adeptos. Acho que Vítor pereira tentou segurar o jogador e evitar uma forte assobiadela na sua substituição. Correu mal. Deveria ter saído ao intervalo e poupava o jogador a uma segunda parte em que ouviu das boas. Ficou queimado. Está um jogador diferente dos anos passados, tenta jogar mais bonito, mas é na força que se distingue.

    - Ao fim de meia dúzia de jogos ainda não vi kleber a receber e dominar uma bola de costas para a baliza e tabelar com os médios. Acho que tem potencialidades mas ainda está verde

    - Não é normal vermos os nossos jogadores a discutir dentro de campo. Ontem por duas vezes rolando tem a possibilidade de meter a bola na linha em hulk e não o fez. Este veio pedir explicações ao central que com a mão disse que não. Não percebi. Em jogos anteriores já vi mais que uma vez o fucile a discutir com o hulk por este não ajudar

    - Mesmo as claques deixaram de apoiar e tornaram-se adeptos “normais” mais preocupados em apupar jogadores e treinadores quando estes mais precisavam

    Acho que o problema chama-se AVB. Ao contrário que ele apregoava não é um treinador banal que só teve resultados porque tinha uma equipa fantástica ao seu dispor. Ele é um treinador fantástico que conseguiu tornar jogadores bons numa grande equipa e agora esses jogadores julgam-se melhores que aquilo que são, perderam a humildade e jogam muito pelo individual. Sou de opinião de que no futebol actual, para além de ter bons jogadores, uma grande equipa distingue-se pela sua condição física e mental. Pelo que eu vejo esta equipa técnica não consegue colocar a equipa em níveis mentais e físicos no patamar desejável. Existe muita desconcentração, algum relaxamento e quando o tempo aperta, as pernas não chegam e falta discernimento

    Mesmo assim, domingo, contra a nossa besta negra lá estarei, porque SOMOS PORTO E O NOSSO DESITINO É VENCER

    Um Abraço

    ResponderEliminar
  18. Parece-me que acabou a época, tá tudo mal habituado e a pressão vai cada vez aumentar mais. Não me parece que VP consiga dominar a equipa agora quando toda a gente lhe pede a cabeça por o FCP não parecer o Barcelona...

    ResponderEliminar
  19. Como disse, vi o jogo longe, na tv, e confiava que Guarín saísse ao intervalo. Talvez fosse poupado a assobiadela, aquela que teve por cada passe falhado uma, outra e mais uma vez. Não tinha dado conta de assobios no início, mas foram perceptíveis a meio da 1ª parte.

    Guarín era claramente o elo mais fraco, mas os outros médios e alas não atacavam a bola e o espaço como deviam. Agora não há Mariano e o Cebola pouco joga, para se queixarem.

    O individualismo tomou conta do plantel, acredito que sim, e o treinador pouco pode fazer a não ser dar um grito forte de alerta e... meter quem tem como alternativa.

    Sim, também vejo que o Kléber não domina uma bola e é impossível fazer jogo com ele fora da área.

    Por isso digo que temos o mais fraco ponta-de-lança de que há memória e isso tem reflexos no jogo e na confiança da equipa. E comparamos com os pontas-de-lança dos adversários e vemos que sozinhos dão cabo de uma defesa só com a sua técnica e saber jogar fora de posição.

    Infelizmente, esse não é o único problema, mas é um problema estrutural porque esta pecha não se altera de um dia ou uma época para a outra.

    Mas é um problema. E perdemos até por comparação.

    A pressão vai acentuar-se. Veremos quem aguenta e se a "estrutura" dará o apoio necessário mas começo a desconfiar que não e alguém lavará as mãos disto tudo.

    Mas é verdade que muitos jogavam estar à altura do Barcelona... Até parecemos os benfas da época passada com a ideia de sermos quase como o Barça...

    ResponderEliminar
  20. A saída de £ibras Boa$, quer se queira quer não, dando ou não razão ao seu desejo de ser multi-milionário instantâneo, despoletou a instabilidade mental em grande parte dos jogadores que se viram abandonados por alguém que há bem pouco tempo os tinha aconselhado publicamente a não querer sair para outros clubes mais ricos antes do tempo.

    Logo a seguir a isso tivemos uma pré-epoca mais que atribulada com a chegada de jogadores a conta gotas e com os rumores diários sobre propostas milionárias a vários jogadores. Este aspecto não deve ser menosprezado pela importância que representa na preparação de uma época a todos os níveis - físico, mental, táctico e até na influência que tem nas inscrições para a Champions.

    Apesar de tudo isso, a equipa entrou na época a jogar bem, ganhando a supertaça nacional, exibindo-se a bom nível frente ao Barcelona e ganhando os primeiros jogos do campeonato, incluindo num dos campos em que tinha empatado na época de sonho passada.

    Mais cedo ou mais tarde as consequências das atribulações vividas teriam que vir ao de cima como agora se verifica.

    Por tudo isto não me parece justo culpar o treinador actual pelo estado em que estão as coisas.

    ResponderEliminar
  21. Eu ainda não faço isso, miguel87, pressinto que quem o faz, directa ou encapotadamente, prevê as consequências. Tudo pode acontecer. Mas também acho que os jogadores têm a primeira responsabilidade, são os mesmos da época passada e ninguém os instruiu para jogar pior ou correr menos.

    Começa é a haver muito ruído e muitos adeptos influenciados pelo que ouve dizer. Depois, veêm algum como Dragão de Ouro e é um problema...

    ResponderEliminar
  22. Minuto 69, xeque…
    Minuto 71, xeque-mate…

    Ao minuto 69 deste jogo, há uma ruptura na minha confiança em VP. Num jogo medonho, indescritível, que coloca a nu todas as fragilidades da construção desta época. A partir do minuto 71 fiquei, tão só, à espera de um milagre. Só isso nos daria 3 pontos. Uma fífia do adversário ou um momento de inspiração nossa. Nada mais. Organização, motivação, táctica…eram tudo coisas que estavam a milhas de nós.

    A estrutura tem que reflectir no que se está a processar. Se continuarmos nesta espiral, em breve, já nem valerá a pena mudar.

    Mas a estrutura também deve reflectir nos seus próprios erros. Continuidade sem o líder? É das coisas mais difíceis que existem em gestão de recursos humanos. É um caminho muito estreito, escorregadio e imprevisível. Pré-época? Uma vergonha. Então o passeio à Alemanha, com uma equipa “faz de conta” é algo que em nada nos beneficiou. Pelo contrário. E pior que tudo, continuamos a arrastar as deficiências de construção de um plantel extenso, valioso, mas profundamente desequilibrado.

    Voltando ao jogo, penso que neste jogo foi GRITANTE a falta de capacidade emocional da equipa. O problema não é físico. Basta ver as estatísticas. Não é o que correm, mas como correm, com que intensidade, com que inter-ajuda, com que vontade. Já o tinha dito. Não há crença, não há dinâmica de grupo. O tombo que demos da época passada para esta é avassalador. Isto está na base de todas as nossas dificuldades tácticas: na pressão alta, nas compensações defensivas (situação que expõe de forma agravada uma situação que se arrasta da época anterior e à qual a estrutura não deu uma resposta cabal: consistência da nossa dupla de centrais), na capacidade de meter o passe vertical logo no primeiro momento de transição ofensiva, na capacidade de dar largura e profundidade ao nosso jogo pelos flancos e no “carrossel” que temos que fazer nas costas do Kléber.
    Tudo isto tem a mesma causa. Eu não me vou iludir mais.

    Dificuldades gerais que tivemos até ao minuto 69:
    • Com os dois extremos que usamos (com jogo interior muito mais forte que o exterior), precisamos que os laterais estejam disponíveis para flanquear. Algo que raramente aconteceu.
    • Não sei se por ordem táctica (mais grave) ou se por mote próprio (menos grave, mais incompreensivelmente não corrigido), mas não podemos colocar os nossos interiores a vir buscar jogo aos centrais. Isso é trabalho do Fernando. Com isto, recuamos o nosso meio campo, damos fôlego ao meio campo do adversário, dificultamos o nosso primeiro passe vertical, dificultamos o jogo flanqueado e fazemos do Kléber uma ilha. Mas pior, ao mínimo erro, o nosso meio campo defensivo está em cima da nossa linha defensiva. Ou seja, o risco é tremendamente maior. Jogamos com um meio campo muito recuado e pouco pressionante.
    • Dificuldades tremendas de flanquear.
    • O “carrossel” na frente não deve englobar o Kléber. São os 3 jogadores nas suas costas que devem criar a imprevisibilidade. Não digo que o Kléber não o possa fazer pontualmente, mas a sua função é manter sempre aberta uma linha de passe (de preferência diagonal), em constante desmarcação e fuga aos centrais contrários para o passe ser metido ou para arrastar as marcações. Meter o Kléber no flanco por sistema é um tiro no pé.
    • Uma segunda parte vinda das trevas. Dois remates de Hulk e um roubo de bola do Kléber. É isto uma dinâmica de vitória?

    ResponderEliminar
  23. Dificuldades gerais que tivemos até ao minuto 69:
    • Com os dois extremos que usamos (com jogo interior muito mais forte que o exterior), precisamos que os laterais estejam disponíveis para flanquear. Algo que raramente aconteceu.
    • Não sei se por ordem táctica (mais grave) ou se por mote próprio (menos grave, mais incompreensivelmente não corrigido), mas não podemos colocar os nossos interiores a vir buscar jogo aos centrais. Isso é trabalho do Fernando. Com isto, recuamos o nosso meio campo, damos fôlego ao meio campo do adversário, dificultamos o nosso primeiro passe vertical, dificultamos o jogo flanqueado e fazemos do Kléber uma ilha. Mas pior, ao mínimo erro, o nosso meio campo defensivo está em cima da nossa linha defensiva. Ou seja, o risco é tremendamente maior. Jogamos com um meio campo muito recuado e pouco pressionante.
    • Dificuldades tremendas de flanquear.
    • O “carrossel” na frente não deve englobar o Kléber. São os 3 jogadores nas suas costas que devem criar a imprevisibilidade. Não digo que o Kléber não o possa fazer pontualmente, mas a sua função é manter sempre aberta uma linha de passe (de preferência diagonal), em constante desmarcação e fuga aos centrais contrários para o passe ser metido ou para arrastar as marcações. Meter o Kléber no flanco por sistema é um tiro no pé.
    • Uma segunda parte vinda das trevas. Dois remates de Hulk e um roubo de bola do Kléber. É isto uma dinâmica de vitória?

    E depois vem o minuto 69. E para mim, basta!
    Temos um APOEL bem fechado e armado no seu meio campo. Temos um APOEL que mete sempre 4 jogadores na frente e abertos quando em posse. E o que faz VP quando decide arriscar (TARDE E A MÁS HORAS)? Retira a âncora da equipa. Retira o nosso 6, o homem que segura as pontas defensivas, que compensa os laterais…e recicla Guarín a 6. Para mim, é o fim de linha. É uma substituição absurda, completamente destituída de razão ou compreensão e que levou a equipa à total inépcia.
    Percebo mil e uma razões pelas quais o VP possa não ser o maior culpado disto. Sei as culpas da estrutura e dos amuados. Ok, até admito que não seja um “MESTRE” treinador e que não consiga fazer milagres. Admito, até, que o que faça seja neutro. O que não admito é que afogue aquilo que mal tem a cabeça à tona de água. É uma substituição medonha! Um grito lancinante de incapacidade. Pior, só tirando o Helton e colocando o Bracalli em campo.
    Para mim é uma substituição de “chumbo directo”. Chamem-me “maluquinho da posição 6”, o que quiserem. Matou a nossa ténue capacidade de resolver o jogo. E quase que nem um ponto ganhávamos se não fosse São Helton no último suspiro, num lance em que não há 6 para segurar a transição ofensiva do APOEL. Este foi o nosso Xeque.
    O Xeque Mate deu-o o treinador do APOEL, dois minutos depois a meter um 6, a MATAR O NOSSO JOGO e a alvancar a sua equipa para a frente. Precisamente o contrário do nosso treinador.
    A partir disto, quando já tínhamos visto o que era o futebol sem um 6 esta época, para mim, é fatal. Acabou. À primeira, quem quer cai. À segunda já só cai quem quer. Espero que não tenha oportunidade para chegar a azino.
    Nunca pensei que fossemos por aqui outra vez. Mas fomos e num jogo decisivo em casa após desaire calamitoso na Rússia.
    Poderão argumentar que ainda estamos em primeiro e na luta por tudo. Eu direi, sim estamos, por enquanto. Não quero que isso seja uma miragem, mas uma realidade. Agora é uma miragem.
    Poderão dizer que não há treinadores disponíveis. Há.
    Poderão levantar fantasmas do passado como a fatídica época do pós-Mourinho. Mas é assim que caminhamos para ela. Só com um treinador, é verdade (e de pseudo-continuidade), mas a caminho e a passo ligeiro!

    ResponderEliminar
  24. Helton – Se não fosse aquela defesa, teríamos menos um ponto e se calhar outras novidades. No entanto, deixou a mensagem no fim. Dura. Só não percebe quem não quiser perceber. Jogo ao seu nível, onde se revelou determinante.

    Sapunaru – Acho que fez um jogo equilibrado. Agora, o Sapunaru é isto. Limitações físicas constantes que o impedem de ser o “vaivém “ que a equipa precisa (e muitas vezes nem acaba os jogos) e limitações técnicas que o fazem perigar contra um Macedónio qualquer. No geral, para mim fez um jogo equilibrado. Mediano “menos”, mas equilibrado.

    Álvaro – No plano ofensivo está uma nódoa. Não centra, despeja. Autênticos desastres técnicos. Defensivamente está letárgico. Divide com Rolando as culpas do golo do APOEL. Ambos marcaram com os olhos a 5 metros de distância os homens do APOEL que estavam a fazer a triangulação. Muita má disposição, muito amuo, pouca alegria e pouca produção. Chegou a hora de ver o jogo sentado.

    Otamendi – Uma nódoa autêntica. Vulgarizado até ao ridículo na primeira parte pelo Ailton, na segunda foi bem mais discreto, até parecia querer melhorar e de repente faz o impensável. É um central com um rótulo muito bonito. É internacional argentino, é campeão e ex-capitão do Velez, é isto e aquilo...mas está longe de ser porto seguro para a nossa defesa. O conteúdo não corresponde ao rótulo. O que lhe vale? Que a SAD não quis resolver o problema. As opções que temos são dois jogadores sem liderança, sem capacidade de sofrimento no jogo (não têm experiência de jogos após jogos necessários) e muito crus tacticamente e no controlo emocional (embora talentosos). Se nos oferecerem o dobro do que nos custou…era na hora. Nem pensar duas vezes.

    Rolando – Duas fífias enormes. Uma no golo do APOEL e outra na segunda parte em que poderia levar o vermelho. Numa defesa assim ninguém escapa, mas está sobre brasas e sente a dificuldade de não termos um meio campo mais impositivo. Ainda assim, para mim, foi a terceira desilusão da noite.

    Fernando – Fez o que pôde. Acorreu a todos os fogos, tentou jogar à frente do Guarín (sobretudo) e do Moutinho que insistiam em colocarem-se nas suas costas e não à sua frente. E a sua saída foi a nossa despedida dos 2 pontos e dos €€€ que nos faltaram. Ressalvando São Helton, o melhor em campo.

    Moutinho – É outro jogador, totalmente descrente e perdido. Já nem sabe quem joga nas costas do Kléber, se joga atrás ou à frente do Fernando, se dá a triangulação ao lateral, se troca posicionalmente com o extremo…corre, perdido.

    Guarín – Eis o que tem o rei na barriga. O titular. Aquele que perante o qual todos são suplentes. O craque. A sua exibição é tão pavorosa, sobretudo a nível do passe (até passes laterais curtos!!!) …que só digo o seguinte: se fosse um Castro ou outro puto qualquer a fazer uma exibição destas, NUNCA MAIS CALÇAVAM! MAS NUNCA (era de Infesta para baixo)!!! METEU NOJO!! ASCO!!! Mas como é o “rei”, amanhã será titular. Só não tem culpa de uma coisa, que alguém se tenha lembrado de o voltar a por a 6. É que nem corria!

    James – Não esteve inspirado embora tivesse batalhado. Bem marcado pelo árbitro que o soube retirar do jogo. Gostaria que tivesse passado a 10 com a entrada de um extremo com maior predominância de jogo exterior. Assim não quiseram…fazer o quê? É aguentar enquanto dá…

    Hulk – Sobretudo na segunda parte fomos ele e pouco mais que ele. Tentou ser o “Joker”, mas sozinho não vai lá, sobretudo com uma equipa (em campo e a técnica no banco) que o desajuda.

    Kléber – Já aqui li críticas. Passei-me. Na primeira parte faz dois remates perigosíssimos e à PdL nas 3 bolas que lhe chegaram, na segunda faz um roubo de bola, e aí sim, poderia finalizar melhor. Querem o quê? Com os nossos interiores a enfiarem-se atrás do Fernando, com os extremos metidos em jogo interior e os laterais perros e com centros desastrados…querem o quê?!?!

    Belluschi – Durou 5 minutos. Animou, mas depois o meio campo colapsou. Não havia quem ganhasse uma bola.

    ResponderEliminar
  25. Varela – Um vislumbre do que era. A melhor notícia da noite. Ainda assim, longe de conseguir ser determinante. Um excelente centro e pouco mais. Teria optado pelo Djalma e 30 minutos mais cedo. Mas isso era para ganhar o jogo. Acho que não era essa a ideia.

    Defour – A verdade é que entrou e não fez melhor que o Moutinho. O que prova que o mal não está no Moutinho mas na (des)organização e na (des)motivação.


    Por fim, um careca cómico com vontade de ser palhaço. Rica prenda “platiniada” que nos calhou.


    Resta saber se a estrutura terá coragem de desviar o curso do rio enquanto o seu caudal é dominável. A partir de um certo ponto (e será breve) é deixar correr e arcar com as consequências.

    DRAGO

    ResponderEliminar
  26. Sharu, uma vez mais partilho as tuas preocupações e a identificação dos problemas.

    A substituição do Fernando foi incompreensível. Estava a ser o melhor médio, apesar de também ter "dançado" no 1-1 a ver o Ailton.

    Guarín foi simplesmente inenarrável, só visto.


    Acho que Defour e Belluschi foram dar mais do que os que substitúiram. Mas Guarín nem a armador esteve bem, nem a trinco, um desastre. O problema, de facto, começou aí. Sem bons passes não há futebol, não é nem bom nem mau, simplesmente náo há jogo.

    Sem bons passes, os alas têm que vir atrás, não porque queiram, mas porque a bola não chega em condições. Os médios falharam clamorosamente. É claro que, às vezes, os alas nem vêm buscar jogo se os médios não o fazem. Resulta daí a equipa partiuda que se viu, dispersa e desorientada a obrigar um ou outro a correr mais do que o necessário.

    Essa foi a grande ponta do iceberg, suficientemente visível para não tirar o Guarín ao intervalo e o Moutinho. Ainda pensei que o técnico esperasse uins 5 ou 10 minutos para ver se havia reacção na 2ª parte, mas não houve e a partir daí cada minuto era uma eternidade até haver mexidas.

    Varela foi mais extremo do que James e percebeu-se que a ideia era ir à linha e cruzar. Por isso fez melhor.

    Numa equipa metida na defesa, é importante largura no ataque, que não houve. Hulk até foi mais extremo do que James, que flectia muito para dentro. Mas os médios n~ºao subiram para a segunda bola ou o remate de ressaca.

    De facto, após dois cruzamentos, Kléber correspondeu. Daí eu não achar que o problema neste jogo foi o pdl, mas é inegável que o FC Porto tem um pdl que é inferior ao dos adversários, já tinha feito esta chamada de atenção nos jogos anteriores e antevia o que seria o "confronto" com Ailton.

    Não me lembro de um pdl tão fraco a titular. Não há memória.

    Se o jogo colectivo não ajuda, as limitações de um pdl que não sabe tabelar e não é apoio para bola longa e apoio para receber e dar de costas para a baliza para médios que venham atrás, então o pdl não está ali a fazer muito.

    Por tudo isto, achei que a melhor maneira de configurar a situação era falar de confusão. Porque cada um tem a sua ideia sobre os problemas e torna-se algo complicado gerir a situação.

    ResponderEliminar
  27. Boas

    por falar em confusão não acham que isto é demais?

    http://www.ojogo.pt/27-294/artigo952193.asp

    um puxão de orelhas ao grupo sob o olhar e ouvidos dos jornalistas?

    Abraços

    ResponderEliminar
  28. DD, eu acho que é propositado.

    Digamos, tanto como o Pinto da Costa ouvir in loco o que Falcao dizia na tv em Guimarães...

    A estratégia de comunicação do FC Porto já foi debatida há muito também... e só dá confusão.

    ResponderEliminar
  29. Em vez da conversa de balneário, recatada e inalcançável, aproveitou-se a réste ade bom tempo, porque vem aí o Inverno já a partir de domingo...

    ResponderEliminar
  30. Zé Luis, não partilho essa opinião sobre o Kleber, de todo. Se podemos aferir a má qualidade de um jogador quando inserido numa equipa que joga bem, não me acredito no contrário, como tem sido o caso (nota: já houve boas exibições colectivas, principalmente na pré-epoca, em que Kleber mostrou qualidade qb. Aqui também acredito que ainda com Falcao a bordo, a pressão sentida por Kleber era bem menor).
    E um exemplo prático foi ontem o jogo de Falcao contra a Udinese, numa equipa muitos furos abaixo da qualidade da sua ex-equipa, e onde quem o visse poderia facilmente afirmar que era um pdl sem qualidade.

    ResponderEliminar