06 outubro 2014

Hugo Miguel não viu, o JN também não e O Jogo sabe-se lá o que vê

 
Digo desde já que sou paciente, mas pouco, do médico que aconselhava Luís Filipe Vieira a não ver jogos do Benfica. Faz mal à saúde e teto preservar a minha da melhor forma possível, resguardando-me de emoções fortes e azedume no estômago tanto como reacção epidérmica em cada jogo do benfas.
 
E, entretanto, não sei se O Jogo viu o penálti claríssimo - ah, o Jesus também não viu, como é óbvio, e chorou por não ter jogado contra 10 mais cedo no jogo - a favor do Arouca para escarrapachá-lo na capa made in Lisboa.
 
Certo é que O Jogo - cujo Tribunal de 3 ex-árbitros, cada qual com o seu passado idiossincrático, já descrevi como uma bizantinice que retira aos seus jornalistas capacidade de análise e isenta de asneiras próprias numa demissão flagrante do "ser jornalista" que supõe isenção mas também conhecimento do que se fala - expôs na 1ª página, no Porto, que houve um penálti para o Braga no último minuto, no Dragão. Algo que eu não vi, mas o defeito deve ser meu que não "marco" penáltis por tudo e por nada.
 
Curiosamente, numa votação 2 contra 1 em que quem não viu foi Pedro Henriques cuja peculiaridade como árbitro sempre registei por este blog de forma abundante e contundente, há um penálti a favor do Porto, avalizado por Jorge Coroado e por José Leirós, e que não devia deixar dúvidas a ninguém - num lance em que Pedro Proença pune uma suposta simulação de Alex Sandro e dá-lhe amarelo, algo já visto e revisto muitas vezes no Dragão. Mas esse penálti, que não sei se O Jogo viu porque o meu amigo que costuma comprar O Jogo hoje só tinha A Bola e o JN no café, não aparece na capa de O Jogo.
 
A Bola, por seu lado, assinala um penálti contra o Benfica não marcado, um penálti no Dragão mas a favor do FC Porto e com mais razão do que uma suposta falta - insisto, eu não a vejo - de Martins Indi sobre um mergulhador do Braga.
 
Esta coisa de pasquins, árbitros e penáltis é desconcertante. Mas passa, até à próxima vez. Porque a estupidez, dizia Einstein, não tem limites.
 
O Tribunal de O Jogo continua a não justificar a sua existência e os jornalistas a demitirem-se da sua responsabilidade. O Jogo também pouco justifica a sua crónica deficiência de posicionamento editorial.
 
E continuamos assim.

4 comentários:

  1. Uma vergonha sem par. Quando até O Jogo faz aquela nojentice... enfim.. tudo dito.

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  2. Tribunal do " O Jogo" deve ter o software Citius, não???

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  3. A culpa nunca é de quem se fala, normalmente, mas de quem permite que isto se fale. A culpa é editorial. Ponto.
    Do Tribunal de O Jogo falo apenas como ilustração do que tudo isto é. Nunca lhe dei credibilidade e raramente sei o que lá se sentencia.
    Mas basta ver a votação de 2x1 e 3x0 no colectivo de ex-juízes para não se perceber como O Jogo ousa meter um lance na capa e outro não. De resto, como digo, é penálti sobre o Alex Sandro e não há penálti de Martins Indi.
    Mas se insistem é porque gostam.
    Havia um pasquim que tinha uma merda qualquer, não sei se ainda tem, do "campeonato da verdade" que, na administração, era tido não pela sua bondade e valência próprias, mas por ser polémico e suscitar questões de café.
    Esse pasquim em 10 anos caiu de 92 para 46 mil exemplares vendidos por dia. É o Rascord. Tudo pela verdade num jornal que era o mais vendido e melhor da área desportiva e passou a ser um "jornal generalista especializado em Desporto". Não é subtileza, apenas estupidez idiossincrática.
    Esta opção foi rematada recentemente com a restauração da equipa dirigente que o afundou em 10 anos, após um ano e pouco de interregno do Manha.
    Enquanto as pessoas não entenderem estes meandros nunca perceberão porque isto é assim. Tal como no País em geral e o que é preciso fazer e não se faz.

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  4. Temos de reconhecer que dada a mudança repentina das regras do futebol como a que aconteceu esta época é muito difícil para nós leigos destrinçar o que está bem do que está mal!
    Na nossa imensa ignorância ainda pensamos que cortar uma bola com o cotovelo ou com a mão deveria dar lugar á marcação de uma grande penalidade contra a equipa do dono da mão ou do cotovelo!
    Ainda pensamos que fazer uma gravata ao avançado adversário dentro da área tem a mesma sansão!
    A nossa falta de conhecimento desta ciência que são as regras de futebol chega ao cumulo de pensarmos que um jogador que aperta o gasganete de um adversário colega de profissão com as duas mãos devia ser punido com cartão vermelho directo e um joguito pelo menos! Nada disso,as regras são outras! Santa ignorância!

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