A semana em revista

Agora que tive algum descanso, mas só algum porque isto com crianças já nunca mais não é o mesmo, volto antes do jogo de hoje para escrever sobre o que acho ter tido maior relevância durante esta minha semana de ausência.

A primeira nota vai para o facto de o FCPorto ter finalmente contratado alguém para tomar conta da formação do clube. O nome desse responsável é Luís Castro, não me perguntem se é a pessoa certa, é de certeza um grande passo que penso ter estado esquecido desde sempre, pelo menos a este nível. Terá com certeza a confiança da SAD para esse posto, por isso e para já é a pessoa certa. Espero que tenha muito boa relação com o treinador da equipa principal e que ambos tentem dar um rumo ao clube. Um rumo que terá que passar por definir um esquema táctico próprio do clube, que terá que incutir a mística em todos os jovens dragões e que terá que fazer com que as bases sejam preparadas desde as escolinhas aos juniores para que estes cheguem aos seniores completamente integrados no esquema táctico a na mística da equipa principal. Aliás como já tinha escrito. É acima de tudo um bom passo para o futuro e por isso uma boa notícia.

A segunda nota vai para o facto de hoje, em princípio, Jesualdo Ferreira voltar ao 4-3-3. Não é que não esteja de acordo, o treinador melhor que ninguém sabe se os jogadores estão ou não preparados para este esquema. A minha preocupação vai para o facto de o segundo central poder ser Ricardo Costa ou até Bruno Alves. Não vou falar mais sobre estes jogadores, vou esperar para ver e serei o primeiro a dar os parabéns aos jogadores em caso disso. Fica apenas a nota.

A terceira nota vai para o facto de o FCPorto ter de ir fazer o jogo na Luz. Não sei o que se tem falado sobre isso, apesar de achar que são “manobras” demasiado estranhas, penso que o FCPorto ganha com este facto. Senão vejamos, um grande estádio, como o FCPorto está habituado; um grande estádio do adversário quase vazio, o que desmoraliza a equipa da “casa” e por fim até acho que até terá mais adeptos do FCPorto que do Estrela da Amadora. Apesar de achar “manobras” demasiado estranhas como disse, penso que neste caso “a caça se vira contra o caçador”.

A quarta nota, apesar de não gostar muito de gastar espaço com estes assuntos, vai para a entrega de um certo “dossiê” na PJ por certos “senhores”. Francisco José Viegas ontem no JN escreveu sobre isso e eu não só subscrevo como transcrevo e sobre o assunto mais não falo.
“Imaginemos que eu tenho em meu poder, devidamente dactilografado e com anexos, apensos e notas de rodapé, um relatório sobre actividades alegadamente comprometedoras de uma, duas ou vinte instituições que não fazem jeito que existam. Chamo-lhe "dossiê", exibo-o diante das câmaras de televisão, ameaço, sustento que me chegou às mãos por razões que desconheço - e que o seu autor, anónimo para todos os efeitos, me disse ser tudo verdade. Claro que eu posso ter mandado coligir os documentos, reunir os anexos e redigir a acusação. Mas que importa se as massas agradecem e a multidão rejubila? Assim vai o futebolês. Uma espécie de vergonha escrita a baldes de tinta vermelha.”

PS: Todos os anos vejo que o Dragão está cada vez mais espalhada pelo país. Onde estive, estive com gente de todo o país onde se incluíam muitos lisboetas e acreditem que muita desta gente é portista, mas mesmo muita. O país está a mudar, para melhor claro.