Postiga abriu a porta do autocarro

FCPorto 3-0 Beira-Mar
(Postiga, Lisandro e Tarik)

Ao contrário do esperado para um jogo àquela hora, os adeptos do FCPorto disseram presente ao irem ao estádio num número razoável. 31423 espectadores foram ver o o jogo em que Jardel regressou à sua primeira casa em Portugal e não deram o seu tempo por mal empregue.

Surpreendetemente Jesualdo Ferreira não colocou Anderson de início, talvez devido ao jogador ter treinado pouco durante a semana devido a uma gripe. Colocou Jorginho o que não é a mesma coisa como todos podemos comprovar e em particular o próprio treinador.

O Beira-Mar, como tinha dito no post anterior, veio jogar à defesa, sempre 10 homens atrás da linha da bola, tentando atrasar ao máximo o golo portista. O FCPorto conseguiu fazer uma forte pressão no meio campo adversário não deixando quase nunca a equipe de Aveiro avançar no terreno.

Logo nos primeiros 10 minutos o FCPorto teve várias oportunidades de golo, estando mais uma vez Adriano no centro das atenções, mas pela negativa, já que desperdiça as oportunidades ao mesmo ritmo que elas lhe são proporcionadas. Está em clara má forma e foi nessas várias oportunidades que imaginei o Jardel, que não teve nem uma oportunidade durante todo o jogo, a jogar do outro lado.

A primeira e única vez que o Beira-Mar rematou à baliza foi aos 18 minutos numa bela jogada em que Helton mostrou porque foi chamado à sua selecção. A equipa de Augusto Inácio desiludiu por completo. É certo que uma equipa só joga o que a outra deixa jogar, mas o Beira-Mar pareceu não ter mais intenções que apenas defender o zero a zero.

Apesar de dominar e ir criando oportunidades, o FCPorto mostrava que faltava qualquer coisa ao seu futebol. Jorginho que até tinha começado muito activo foi-se apagando e Quaresma mostrava-se muito egoísta apesar de ser o único em campo que parecia conseguir romper com a defesa adversária. O técnico do FCPorto viu isto tudo e à meia hora de jogo punha a aquecer Anderson e Lisandro Lopez. E assim chegava o intervalo.

Para a segunda parte fizeram-se as substituições que todos esperavam. Anderson substitui o inoperante Jorginho e o desperdiçador Adriano dá lugar a Lisandro, passando Postiga o centro de ataque e ficando Lisandro com o lado esquerdo. Uma maior velocidade por parte do FCPorto parece ter entrado também ao intervalo e as oportunidades foram novamente surgindo, até que Hélder Postiga numa bela jogada inaugura o marcador.

A porta do autocarro estava aberta e a partir daí o Beira-Mar teria que fazer algo mais. Começou a abrir espaços na defesa e o FCPorto ia criando lances de perigo uns atrás dos outros com Anderson a fazer passes fantásticos e Quaresma muitos cruzamentos. Postiga sai, e que bem que esteve, foi talvez o melhor do FCPorto, entrando Tarik para o seu lugar. Lisandro passava a ser o ponta-de-lança e aproveitou bem a oportunidade. No seu já conhecido estilo de guerreiro não desistiu de uma bola e fez pressão sobre o defesa aproveitando para marcar o segundo golo. O FCPorto continuou o mesmo futebol até ao fim. Rápido, incisivo e eficaz. Um futebol atraente que só poderia dar em mais golos. E assim já no final do jogo, numa tabelinha com Lisandro, Tarik remata para o terceiro pondo um ponto final a uma excelente segunda parte.

Uma nota para a bela homenagem que Jardel recebeu do público do Dragão e que me emocionou também a mim a ver em casa. Até os Super-Dragões estiveram bem ao cantar a música do Jardigol, que saudades que me deu…

PS: Aproveito para dizer que está uma nova pergunta na «Opinião da Bancada». A questão é eleger o melhor jogador deste jogo.

Informo que o jogador mais votado na «Opinião da Bancada» como melhor jogador do Naval-FCPorto foi Marek Cech com 38% (14 votos) de opiniões favoráveis.