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Há 40 anos, a 2/1/1972, tão inopinadamente como na data da estreia-surpresa, surgiu num Porto-Beira-Mar (1-0, golo de Flávio) - e já nascera com a bola colada ao pé direito, normalmente com a parte exterior, braços caídos ao longo do corpo, médio de cobertura numa dupla com Pavão e no lugar de Bené. Acabou por fazer 15 dos últimos 17 jogos do campeonato, porém faria furor por boas e más razões ao longo de 10 épocas de azul-e-branco. Amiúde desaparecia das Antas, faltava aos treinos, mas quando assentou liderou o FC Porto a quebrar a hegemonia lisbonense: Taça em 1977, campeonato em 1978 e 79, já subjugado por Pedroto que extraiu todo o seu potencial e seguir como discípulo do que sempre chamou "O Mestre". Chegou a treinador do FC Porto para outro bicampeonato (97 e 98), depois de levar Portugal ao Euro-96 em Inglaterra. Polémico mas frontal, foi o epicentro de vários escândalos mediáticos quer nas Antas ("Off-Record"), quer na Selecção (Caso Paula). Também entusiasmou no Sporting com a dobradinha de 1982. Saiu duas vezes do Porto para o Bétis de Sevilha, como jogador em 1979 por escassos meses, como treinador após a dobradinha de 1998 por escassas jornadas em Espanha. Voltou a liderar a Selecção no Mundial de 2002 após o qual até no aeroporto Francisco Sá Carneiro foi mal recebido por adeptos em fúria e onde foi protegido pelo filho Vasco, ainda imberbe e longe de ser um protagonista de reality-show na TVI em que ameaçou denunciar eventuais "malfeitorias" do pai que retaliou com processos-crime...
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Uma figura em todo o sentido. E que figura, um finório inteligente, mordaz, bem falante, persuasivo e... egocêntrico
sirvo-me da memória sobre todos estes factos lembrados pela rama e da estatística do fantástico Almanaque do FC Porto, da autoria de Rui Miguel Tovar, que me ajuda a situar cronologicamente muitos dos passos que vivi enquanto jovem adepto, mas não na estreia citada de Oliveira a 2 de Janeiro de 1972. Estava sim, no meu primeiro jogo nas Antas, em Março, frente ao V. Guimarães, e dele ouvia, e vi, ter "um pé direito muito jeitoso", dito por quem acompanhava nas romarias quinzenais.
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Zé Luís :
ResponderEliminarEste meu "primo" Ribeiro Oliveira foi um dos génios da bola que mais alegrias me deu .
Bom ano !
Cubilhas disse um dia que se Oliveira fosse um menino pobre seria o melhor jogador do mundo.
ResponderEliminarBom Ano Novo a todos,em especial aos Portistas.
Tenho uma vaga ideia dessa declaração. Oliveira era de facto um menino mimado e podia ter ido mais longe, ele próprio o reconheceu bastantes vezes quando virou treinador.
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