Dois belos golos de James, com classe e nervos de aço para definir individualmente duas situações de golo em fintas a Tiago Pinto antes do remate certeiro para o canto mais distante, com pontapés colocados de pé esquerdo e do direito, bastaram ao FC Porto para vergar um equilibrado Rio Ave que teve um par de situações de golo finalizadas com a ingenuidade e parcimónia do costume por Yazalde.
Mas se na 1ª parte, onde entrou sem Moutinho (castigado, Defour no seu lugar de formiguinha do entrejogo defensivo) e acabou sem Hulk (lesão muscular que pode dar mais de uma semana pelo menos, se tiver uma gravidade no momento impossível de avaliar), o FC Porto impôs o ritmo mas não usufruiu de claras ocasiões para marcar, após o intervalo os campeões nacionais chamaram os vila-condenses para mais longe da sua área e construíram uma mão cheia de oportunidades ingloriamente desperdiçadas.
Perdidas duas das suas maiores referências organizativas e determinantes, o FC Porto "entaramelou" um pouco o jogo e um diálogo com a bola pouco fluente, mas rodeou sempre a área contrária com mais consistência. Belluschi, de novo problemático e errático no remate com a baliza à mercê em duas ocasiões, continua a não engrenar como nº 10 em potência e foi rendido pelo jovem Iturbe que, muito precipitado, não melhorou o esclarecimento.
Também mais uma vez a ligação a Kléber pede outro entendimento. Cristian Rodriguez e James Rodriguez, este mais por dentro que pela direita, deram muito que fazer ao Rio Ave, o primeiro acabou substituído por Varela que precisa igualmente de ritmo e a Taça da Liga ajudará já na 4ª feira com o Estoril.
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Isto numa altura em que Guardiola pedirá Hulk no Barça para ele mesmo ficar em Camp Nou...
O FC Porto faz volume de jogo, tem o défice do ponta-de-lança desde a venda de Falcao, como se sabe, o contratempo de Hulk pode criar uma certa emergência ou ser ultrapassado a tempo e a contento. A defesa, o filtro do meio-campo e a rotina alternadamente atacante dos dois laterais, com Maicon de novo bem, vão fazendo um dragão mais paciente em campo que na bancada, que gere os ritmos e a bola com mais segurança sem perder o pendor ofensivo claramente vincado e que, obviamente, também dá uma ou outra hipótese de o adversário aproveitar para criar perigo.
Uma arbitragem imbecil, como de costume, para não passar impune, a punir todos os toquezinhos portistas e mais alguns. Nada a dizer da expulsão (último defesa) de Rolando. Mas de novo um adversário a teimar nas faltas já com um amarelo (Tiago Pinto) sem ver vermelho. O livrinho da arbitragem tuga foi escrito por um mestre da provocação permanente aos jogadores do FC Porto que só não se arreliaram e destrambelharam psicologicamente porque o jogo esteve sempre dominado.
Estamos em Janeiro e jogamos parece pre temporada , mesmo vencendo o jogo e com um brilho de james vejo que Vitor pereira não percebeu que tendo um idiota de um Ponta de lança fixo , a nossa ofensiva move-se de outra forma. Enfim , Força porto
ResponderEliminarSaudações Portistas
Forçosamente, "a nossa ofensiva" tem de mover-se de outra forma.
ResponderEliminarÉ incontornável, não há processos de jogo iguais com jogadores diferentes.
Não sei qual é a estranheza. O FC Porto tem de jogar diferente, tem de jogar com os jogadores que tem e com estes não há muito para variar a forma.
A mim isso não me surpreende. Tento perceber, como sempre fiz, as razões e os motivos subjacentes, às opções do treinador. Dentro e fora do campo, aqui na base das suas escolhas.
VP trabalha da melhor forma com a matéria prima disponível.
Há quem ache que poderia fazer muito melhor, mas está claro que isso é uma opinião oca, carente de comprovação e sem sustentação palpável. As exibições individuais e colectivas têm dado exemplos sobejos para se perceber as dificuldades de manobra do treinador.
Como já disse aqui, e cada um comenta como quer e se quiser, o que não tem sucedido, o FC Porto actual está bem para as dificuldades estruturais do momento e que advêm da ausência de Falcao. VP teve de apurar a melhor forma de "jogar". Este "jogar" está dependente de muitos factores. Só os adeptos não percebem - e já nem digo a acéfala Imprensa dita da especialidade -, tendo oportunidade de seguir a par e passo a evolução da equipa e dos jogadores (uma equipa nem sempre é a soma das partes, pode ser mais do que isso ou ficar aquém do expectável), como a equipa tem de jogar.
Mesmo que os últimos dois meses e picos tenham demonstrado cabalmente que, de momento, só pode ser assim. Não há sequer dois pontas-de-lança, os dois laterais-direitos estão encostados e por aí fora. Portanto, hou há que fazer de conta que não se percebe, ou demonstrar incapacidade para se perceber que nem sempre o que desejamos podemos ter.
Os adeptos continuam presos à época passada que é de reprodução improvável em larga medida.
Nas condições actuais, a equipa está bem, enquanto equipa, não brilhando mas não comprometendo. Para comprometer já bastou Outubro negro q.b. e é melhor como está do que como estava.
A forma como se encara a situação com naturalidade e com normalidade é mais própria de discussão de café do que de reflexão amadurecida.
E continuamos assim. Agora com a dúvida Hulk. Quanto ao resto, tenho poucas dúvidas. Não que as expectativas sejam elevadas, não são, mas com optimismo moderado adveniente das circunstâncias que condicionam a equipa. E para isso temos de remontar ao início da época, aquele em que ninguém percebeu os problemas porque teríamos de passar.