14 dezembro 2014

Uns com o futebol outros com os golos

Além da forma pífia de sofrer os golos - num lancamento lateral e numa má defesa de fabiano - o FC Porto volta a padecer dos seus erros de finalizacao, como sucedeu com a eliminacao da taça frente ao Sporting.
Repõe o problema da juventude e inexperiencia da equipa que sofre com as manhas de conjuntos mais traquejados, nas inevitaveis dores de crescimento.
Só o tempo levará ao amadurecimento por forma a superar as vicissitudes dos jogos, como a infelicidade de lances inocuos na defesa e as ocasiões goradas na frente. Na 1a parte, até pelo golo sofrido, o futebol perdia para o raguebi. O 2o golo, também saído do nada, matou o jogo, até porque o golo caseiro redentor foi escapando sabe-se lá como. A equipa portista voltou a não ter sorte nos remates. Um golo estimularia a reviravolta. A eficácia da champions anda arrredia no campeonato.
De resto, como antevi, a eliminacao europeia do Benfica só favorece a concentracao nas provas domesticas.
Ainda hoje o Liverpool falhou 6 golos feitos, de Gea foi o melhor em campo e o M. Unites venceu 3-0. Há que aceitar os resultados.

13 comentários:

  1. Caro Zé Luís, algo curto na análise. Com este plantel, não ganhar um dos 3 jogos que fizemos com os rivais de Lisboa, é mais do que preocupante. Ainda para mais com a diferença de planteis que a meu ver existe. Hoje tal como contra os lagartos, bastou preencher meio campo e pressionar algo alto, para deixarmos de existir. Claro que os outros foram eficazes, mas temos jogadores para muito mais que isto, falta-nos quem os comande. Estamos em Dezembro e com o campeonato como miragem e fora da taça.

    Saudações portistas!

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  2. Caro Pedro M., não quis sequer fazer uma análise. O caro amigo também não a faz, antes limita-se a extrair uma conclusão que de algum modo também a tirei

    Se eu quisesse fazer uma análise, mas é inútil e não alteraria nada do que se passou, não acataria essa presunção da pressão alta do adversário, que não impediu o FC Porto de sair a jogar, curto e longo. Nem isso provocou erros defensivos ou perdas de bola em zona proibida, como frente ao Sporting. Esse efeito do jogo do Benfica não foi importante e não criou pressão defensiva no FC Porto. Não é por aí e se isso fosse uma análise não seríamos verdadeiros: o FC Porto, como frente ao Sporting, criou várias ocasiões de golo. Nunca quero ir ao detalhes da descrição dos lances, mas bastaria evocar as duas bolas na trave para desmistificar alguma coisa a respeito do resultado justo.

    Aliás, se invoco o jogo que vi da Liga inglesa, com o Liverpool a criar ocasiões flagrantes e o M.U. a marcar (um golo até m fora-de-jogo clamoroso), é para lembrar, a quem não viu, que o futebol da tanto para isso como deu na época passada para o Liverpool ganhar 3-0 em Old Trafford sem criar as ocasiões de golo hoje desperdiçadas, simplesmente correu bem demais...

    Sobre o campeonato, a vantagem é toda do Benfica, como logo enunciei mal ficou fora da Europa, mas está longe de terminar, o título não está entregue embora bem encaminhado. E nem quero recuperar o modo como o Benfica chegou à vantagem de 3 pontos na liderança ao longo destes meses, seria fastidioso, e inútil, como discutir as nuances do jogo de hoje no Dragão. O meio-campo hoje portou-se muito melhor do que com o Sporting. A equipa esteve bem, apenas distraída lamentavelmente num lance patético no 0-1 e infeliz no g.r. que não podia oferecer o 0-2. Foram erros individuais de uma natureza aleatória e muito diferente daqueles da eliminação da Taça.

    A partir de um certo ponto há que aceitar os resultados e perceber que, tendo qualidade e opções, a equipa tem rendido e estaria sempre sujeita a estes imponderáveis que se notam mais numa equipa em construção.

    Para olhar mais fundo no FC Porto teria de recuperar muitas coisas que já escrevi nos últimos anos e em particular o momento que inverteu tudo o que era marca do FC Porto e é da responsabilidade da SAD e do presidente que para muitos são intocáveis e para mim não são intocáveis. Mas não quero voltar a falar de Vítor Pereira, do mau humor dos adeptos e dos tiros nos pés dados daí para cá. O momento Kelvin ficou no Museu mas marcou muito mais do que o título desse ano.

    De qualquer modo, sem miasmas, aceitando os resultados como sempre aceito e não estou sequer lixado pela atitude da equipa que foi sempre excelente, agora há que dar tempo ao tempo. O que está mal para trás já não tem remédio e a reconstrução é isto mesmo.

    É preciso é assimilá-la e perceber os custos de contexto.

    A equipa não me desilude, bem pelo contrário, e a época está longe de terminada.

    A terminar, basta comparar a estabilidade que o Benfica conquistou, como antes era apanágio do FC Porto, enquanto por cá se embarcou numa instabilidade e recriação permanentes de plantéis e treinadores. Quantos são?

    Se calhar a falta de comando está, há muito, radicada na SAD, já o repeti amiúde para voltar a fazer disto um cavalo de batalha.

    Quem o entendeu, entendeu; quem rosnou e me marginalizou entretenha-se com explicações mais prosaicas se as houver. Mas isso são contas de outro rosário, agora limito-me a ver os jogos e não pelo que os outros vêem, coisa que aliás nunca me sucedeu.

    Abraço

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  3. Sim senhor, grande crónica e grande resposta. O porto cada vez tem mais pipoqueiros... juntamente com o silencio da nossa administração, identifico como sendo o mais grave/importante acontecimentos deste ano desportivo.

    P.s.- não sou muito de comentar, mas sinto que cada vez é mais necessar8 juntar a minha voz à daaqueles que defendem o nosso clube. Faltou as arbitragens este ano para completar a triologia, apesar de que este jogo foi mais sorte que faltou...
    Um grande abraço portista
    Andre Gomes

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  4. Acho que o Zé Luís comete um erro com a seguinte análise:

    "Se eu quisesse fazer uma análise, mas é inútil e não alteraria nada do que se passou, não acataria essa presunção da pressão alta do adversário, que não impediu o FC Porto de sair a jogar, curto e longo. Nem isso provocou erros defensivos ou perdas de bola em zona proibida"

    Se acerta quando diz não ter a pressão alta impedido o FCP de sair a jogar, ou causado erros, já cinca na desvalorização dessa opção táctica por parte de Jesus. Não se trata apenas de impedir de sair a jogar, ou provocar o erro. É obrigar os médios a terem de recuar para buscar jogo - e foi exactamente isso que aconteceu. Casemiro ainda tentou, mas não tem capacidade técnica para o fazer sozinho e Herrera foi-se apagando, por estar manietado nestes momentos.

    Jesus adoptou a mesma estratégia singela das equipas que este ano nos roubaram pontos: pressão sobre a 1ª fase de construção e duas linhas defensivas muito próximas. E é simples porque o nosso treinador até ao momento ainda não teve arte para 1) melhorar a saída de bola, 2) incutir movimentos atacantes colectivos. Da primeira opção estratégica do adversário resultam a possibilidade de erro em zonas recuadas e o manietar do nosso meio campo, onde o Benfica até já tinha superioridade numérica. Da segunda, a ausência de espaço para roturas individuais em velocidade, especialmente pelas faixas, que é quase todo o projecto atacante do FCP em 2014/15.

    Foi simples para os quase amadores do Boavista. Não o seria para o Benfica?

    Sobre a vergonha que foi a conferência de imprensa de Lopetegui, e que deve ter feito corar muito portista a começar pelo sr. presidente, só tenho duas palavras a dizer: Paulo Fonseca. Em espanhol acho que se diz "Lopetegui"...

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  5. André Pinto, antes do mais gosto de enfatizar ter todo o gosto em ripostar e comentar junto com os que me visitam. Mas gosto muito mais quando isso se faz regularmente e não só nas derrotas como o AP se habitua.

    Quanto ao que diz, ponha as coisas como quiser que nada alterará. Qualquer equipa defensiva obrigará sempre os médios a recuarem. O Benfica foi uma equipa defensiva que nada fez para ganhar o jogo. Comparativamente, a pressão alta do Sporting fez muito mais por isso, e pareceu mais natural a vitória leonina, conquanto se tenha exposto a golos pelo meio tantas as ocasiões esbanjadas.

    Portanto, essa táctica prevalecente não tem nada de novo e já emperrava as equipas do Porto há 2, 10, 20 e 30 anos como de quaisquer outras equipas. Ou seja, Jesus não inventou nada, veio com a táctica de 2012, marcou um golo fortuito por Lima e o jogo esteve sempre a seu favor.

    Ainda há dias vi o Chelsea bater no muro em Sunderland, limitado apenas a remates fora da área. A meio da semana, o City foi lá e apesar de ter estado a perder acabou a dar 4-1. No sábado vi o Barça emperrar de novo ante um Getafe fechado em cima da sua área.

    Estas coisas são naturais no futebol desde que até Hiddink pôs o Chelsea, em 2009 salvo erro, a defender com tudo em Barcelona e no ano seguinte Mourinho fez o mesmo.

    Estaríamos a falar de uma tendência moderna que torna o futebol actual à imagem da Idade da Pedra, mas cada qual come do que prefere.

    Quanto às críticas ao presidente, não vou repetir o que já escalpelizei ao detalhe ao longo dos anos e para as quais não vi respaldo do AP; para não falar da Cão Municação e do Torto Canal, alcunha que caiu mal em muitos portistas mas cedo a defini e cedo tracei o destino fracassado de um projecto idiota e deslocado.

    Não vejo conferências de Imprensa. E quanto a ideias de Preocupações Fonseca, está enterrado a viver glórias em Paços de Ferreira.

    Nunca vi o AP comentar aqui as coisas do Vítor Pereira, mas insisto que se tornaria enfadonho, e cansativo, repisar os argumentos que sempre defendi e que marquei como a queda no abismo do FC Porto. PF foi apenas a 1ª consequência lógica do descalabro a que chegou a entropia portista.

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  6. Não tenho comentado aqui, mas comento noutros lados. Há mais fóruns portistas, caro Zé Luís. Se comento só em derrotas, ou não, é desviar o assunto da conversa e em nada desmerece o que escrevi. Em jeito de remate colocado, deixo-o com uma frase proferida por um gigante do jornalismo da bola e do teatro: -"A grande vaia é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose. Os admiradores corrompem."

    O FCP tem um excelente plantel, acho que Lopetegui não está à sua altura e os problemas que apontei têm atravessado toda a época até ao momento. Essas dificuldades existem, sendo catalogadas por alguns como "dores de crescimento" e por outros como "deficiência técnica". Eu encontro-me entre os segundos, porque não vejo qualquer evolução, a não ser o fim da rotatividade. Ajunto que o grupo dos primeiros vai iludido por resultados positivos obtidos em jogos de menor exigência, muito embora mesmo nessas partidas as exibições patenteassem as mesmas fraquezas. O nosso modelo de jogo é desadequado e Lopetegui demonstrou alguma aselhice na gestão da partida de ontem. Um exemplo? Desde muito cedo que André Almeida esteve amarelado. Das duas uma: ou Tello não cumpriu ordens de explorar essa limitação, ou Lopetegui permaneceu inoperante. Pela minha parte, era trocá-lo de flanco com Brahimi e massacrar o lateral do Benfica.

    Tem toda a razão relativamente ao que diz sobre Jesus. De facto, não houve ali arrojo nenhum, ou tirada de génio. Mas porque contra o FCP este ano é fácil: duas linhas juntas e pressionar alto. Jesus foi tão-só competente.

    Mas há outro equívoco da sua parte, ou incongruência. Diz que qualquer equipa defensiva obriga os médios contrários a recuar. É um contra-senso e advém do seu erro de análise, porque o Benfica não foi uma equipa defensiva (uma equipa defensiva não começa a pressionar a saída de bola adversária logo no guarda-redes). A comparação com o Suntherland e o Getafe é inválida, porque os benfiquistas nunca estiveram a defender em cima da própria área, como sugere, a não ser depois do 2-0. Até aí, subia e baixava, num bloco apertado. O Benfica foi uma equipa expectante, que é algo completamente diferente e diz respeito à atitude competitiva. Deu posse de bola ao Porto - e não foi muita - mas posse estéril, para apanhar o adversário desequilibrado, usando um meio-campo sobrepovoado e combativo. E isto não tem nada a ver com o que Jesus levou ao Dragão em 2012, nem com o Suntherland ou o Getafe.

    E engana-se relativamente ao Paulo Fonseca: está vivo, de boa saúde e fala espanhol. Na verdade, ele nunca foi embora; só lhe deram uma equipa melhor.

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    1. O que comenta noutros lados interessa-me pouco. Noutros lados só comento o que os autores escrevem, evito responder a comentadores alheios.
      O jogo não revelou nada do que diz. O Benfica defendeu a pé fixo, com defesa inamovível, dois trincos colados atrás, dois alas que defendiam o corredor e tentavam esticar o jogo, o Talisca movimentou pouco e o Lima não teve apoio. Se foi 10 metros à frente ou 20 metros atrás do que fez em 2012 é irrelevante e uma minhoquice que quer criar para desfocar do jogo.
      Para o benfica o 0-0 era tão bom ontem como era em 2012. Mais isto mais aquilo não acrescenta nada, só confunde. O Benfica não teve oportunidades de golo, nem os golos nasceram de oportunidades de golo. À excepção de uma situação mais tardia, já depois do 2-0. Mas o 2-0 matou o jogo e os ferros não ajudaram a retomá-lo noutro ânimo. Foi praticamente o mesmo com o Sporting.

      Tome por exemplo o golo de Lima com o braço colado ao corpo (legal) e a infelicidade de a bola bater no braço, caído, de Jackson mas o golo ser invalidado, e bem, ainda que o Jackson não tenha querido jogar a bola, foi acidental. Mas temos de aceitar o critério do árbitro, a sorte desses momentos é que foi diferente para Lima e para Jackson.

      Mas este como outros factos que revelam a sorte ou o azar do jogo, como a seguir indico, são coisas que dispenso nas apreciações genéricas, de resto num smartphone com alguma dificuldade de acentuar palavras, pois todos vimos os mesmos factos do jogo e não gosto de lamuriar por lamuriar, daí a visão prática e o resumo o mais objectivo possível.

      Confesso que também pensei nessa abordagem do Tello e julguei que poderia ser o Hulk em cima do David Luiz como no Cinzazero. Mas duvido que levasse a outro amarelo.

      O critério disciplinar do Jorge Sousa foi muito brando, o AA não deixou de fazer faltas e faltinhas, o Maxi idem, o Samaris até agrediu o Jackson e não foi expulso. O Jackson era sempre derrubado, fosse pelo Luisão fosse pelo Jardel, tal como sucedeu com o Sporting.

      É só fazer uma montagem dos lances, sobrepô-los e temos uma arbitragem à moda antiga, aquelas que Pedroto caracterizava como "a bola ainda vem no ar e o (Garrido) já apitava falta". Cabe ao Torto Canal demonstrar isso, mas eu não vejo e se você chegar a ver, ou não, conte por aqui que está à vontade.

      Estava tudo controlado, como diz o André Pinto.

      Mas estou longe de ser parvo e de ver isto pela 1ª vez e com a emoção à flor da pele.

      Na antevisão sucinta do jogo já mencionava o confronto entre uma equipa jovem e em construção e outra montada há anos pelo mesmo treinador. Mesmo o Sporting só mudou o treinador e um ou outro jogador, dáí os mecanismos serem semelhantes. O FC Porto partia sempre em desvantagem no campeonato.

      Nada disto é digno de ser discutido agora, já o abordei desde o início e limito-me a verificar os avanços e recuos da evolução nem sempre positiva da equipa.

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  7. ... mas é preciso salientar que o Benfica foi muito beneficiado pela arbitragem, nós fomos prejudicados de forma gritante em alguns jogos e ontem tivemos uma arbitragem habilidosa do Jorge Sousa.

    Também existiu falta de sorte - futebol é um jogo - e alguma aselhice em não se aproveitarem boas situações nos primeiros 20 minutos de jogo. Estou a lembrar-me dos falhanços de Herrera e Jackson. É muito provável que com 1-0, o Benfica tivesse de mudar de atitude, abrindo mais espaços.

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    1. Não quero ir pelo lado do árbitro. É fácil, mas inútil; da mesma forma, o Jorge Sousa foi habilidoso frente ao Sporting, mas a sorte do jogo é que foi a mesma e teve mais peso.
      A falta de sorte está espelhada na capa de O Jogo: Lima marcou sem querer e Jackson acertou na trave.
      É futebol, como se costuma dizer. Daí não querer enveredar por especulação gratuita. Há que aceitar os resultados sempre, nalgumas situações não tem remédio.
      Insisto que não condeno a atitude da equipa nem as falhas pontuais que acontecem sempre.

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  8. A derrota de ontem é preocupante para o desenrolar do campeonato português, já não o será tanto para o próximo jogo da champions.
    Parece-me que o Porto não lida bem com equipas que jogam com mais cautelas defensivas, e que foi o que o Benfica fez. Desde o início do jogo que se viu a táctica do Benfica: duas linhas defensivas muito juntas, com cobertura em cima aos pontas do Porto, em cima, agressiva e com ajuda de mais jogadores, caso não houvesse recuperação rápida da bola. O caso do Brahimi foi flagrante, o Maxi não largava o homem, e depois chegavam sempre mais jogadores e o Brahimi não conseguia virar-se de frente para o jogo e jogava para trás.
    O Benfica não tinha pressa em recuperar a bola, o Porto jogava muito atrás, e o Benfica quando recuperava a bola utilizava os jogadores com bom controle e posse, Gaitan, Salvio, Talisca, para ir levando a bola para a frente e o Lima andava por ali à espera de uma sobra. E esta forma de jogar foi mais que suficiente para ganhar facilmente ao Porto.
    O preocupante no Porto foi perante isto não ter arte nem engenho para fazer o que fosse de diferente para contrariar a situação, e mantinha o plano delineado, jogar cá muito atrás, com medo de perder a bola e permitir as descidas dos jogadores rápidos do Benfica e ir tentando os passe longos nas costas dos adversários. Não resultou e o Porto não soube mais o que fazer, não foi capaz de mudar a sua forma de jogar, os jogadores não arriscavam nem arriscaram nada. Triste, muito triste.
    A derrota de ontem foi muito má e foi merecida. O Porto ontem teve medo de assumir o jogo, de trocar a bola rápida e com segurança mas no meio do campo do Benfica, que só teve que esperar por aquilo que o jogo lhe desse.
    Para a champions esperamos que seja diferente, e será em parte porque os adversários não vão jogar contra o Porto como jogou o Benfica, vão arriscar, vão jogar mais adiantados no campo, e o Porto vai ter mais espaços para jogar. Se isto não acontecer, não vislumbro muita sorte para a continuidade do Porto na prova.
    Para terminar, vou-me repetir, mas não gostei da forma como o Porto ontem deu o jogo como perdido. Este Porto não é aquele que um portista gosta de ver perder. Este Porto não tem alma e sem jogadores portugueses não sei quando a vai recuperar.

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    1. É isso: esperar o que o jogo lhe desse. Está resumido. Parabéns.
      Quanto à sua conclusão/convicção é legítima. Mas o mal não é de agora e os culpados não são os jogadores e o treinador da actualidade. Não vou alimentar a discussão. Um dia os portistas perceberão o tempo perdido, a energia poupada no silêncio ensurdecedor, a apatia generalizada (até dos adeptos), o comodismo instalado, a preferência pelo Museu, o adiar dos problemas, o avolumar de prejuízos, A ENTROPIA portista.

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  9. Acho que os jogadores se esforçaram; sem sombra de dúvida. Mas depois do infortúnio que foi aquele primeiro golo, não notei nenhuma alteração na atitude da equipa, um lampejo de revolta, nada... Esqueci-me de dizer algo muito importante: dando de barato que o estilo imposto por Lopetegui é válido (duvido, mas adiante), a equipa tem de jogar com o dobro da velocidade para abrir espaços onde eles não existem. Daí a dificuldade em lidar com equipas "solidárias" e/ou de postura claramente defensiva. É pretendida a criação de roturas, através da basculação contínua do posicionamento adversário, mas se a circulação de bola entre os flancos não é suficientemente rápida, a defesa desloca-se sem perder a postura. E assim torna-se fácil para o adversário.

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