18 abril 2012

Torto Canal lá deixou a Taça esquecida de há 35 anos - mas não só, falta estofo de campeão!

Vi, com o desinteresse esperado, a entrevista de Pinto da Costa no chamado canal do clube. Parece que tem continuação a 23 de Abril, não sabemos se dezenas de títulos em 30 anos de presidência ocuparão a hora e meia que durou o monólogo de ontem para falar de 20 anos de seccionista e director de modalidades, entre as quais por acidentes vários o futebol, até à ascensão a presidente em 1982.
Como antevi, não esperava nada, nem imaginava que a entrevista teria duas partes. As luvas rotas do hóquei em patins que se jogava no ringue da Constituição nos anos 50 interessam-me pouco, mas deu pano para mangas para o seccionista cooptado de então. Eu joguei nos juvenis do Infesta, onde Pinto da Costa também foi atleta muito antes de mim, e em 76-77 treinava com meias completamente rotas e chuteiras às vezes abertas nos lados... à noite e até com chuva...
Pinto da Costa tem o seu lugar na História do FC Porto e do Desporto português. Ímpar. E tem-no, para os portistas, não só como presidente, mas também como director do bicampeonato que quebrou o jejum de 19 anos e relançou o gigante adormecido.
Para mim, como sempre defendi aqui que acompanhei esses tempos de verdadeira glória, o pós-25 de Abril de 1974 e a ascensão portista acima de tudo com Pedroto marcou o início desta era. Pinto da Costa conseguiu repescar o Zé do Boné ao Boavista. Mas as histórias do bicampeonato de 1978 e 79, afinal, não existiram. E é pena.
Os portistas mais novos não imaginam a equipa extraordinária que marcou 81 golos em 30 jornadas para quebrar um jejum de 19 anos sem título nacional. E de onde vieram? Como foram adquiridos jogadores maioritariamente vindos de Lisboa? Sim, o Octávio, o Duda, ambos do Setúbal onde foram treinados por Pedroto, o Freitas e o Murça do Belenenses, mesmo o g.r. Fonseca que fora campeão quase sem jogar no Benfica no início da década mas só chegou a internacional (uma vez) quando andou emprestado ao Varzim... O Simões da Académica. O Gabriel que era natural de Lisboa. Essa história de conquista, de desbravar o mato, de quebrar o enguiço da ponte, isso era o que esperava de Pinto da Costa.
Para piorar, nem uma referência à Taça de Portugal de 1977, para mais jogada nas Antas (1-0 ao Braga). Sou de 1962 e desde que nasci só não tive noção, apesar de saber da grande festa à chegada da equipa a S. Bento até por morar perto do centro histórico, da vitória na Taça de 1968 (2-1 ao Setúbal, então com Pedroto como treinador antes de rumar ao Sado, precisamente, e aí criar a primeira grande equipa que vi jogar e me encantou no início dos anos 70 em Portugal). Ora, Pinto da Costa descreveu os processos que levaram ao seu regresso ao clube como director do futebol e a puxar Pedroto de novo para as Antas. Porém, da Taça ganha em 1977 nem uma palavra, e no entanto, foi a 1ª época de Pedroto de volta ao seu clube do coração.
Pedroto ganhara em 75 e em 76 a Taça de Portugal para o Boavista que tinha uma belíssima equipa, onde pontificava João Alves das luvas pretas. Taí, o velho careca lateral-esquerdo, também veio para as Antas. Quase foi campeão em 1975 (ficou a dois pontos do Benfica, com quem perdeu no Bessa a iniciar a 2ª volta) mas foi a Alvalade ganhar a Taça ao campeão. E reteve a Taça com 2-1 ao Guimarães e numa final também jogada nas Antas, onde festejaria um ano depois a conquista da sua terceira Taça de Portugal consecutiva e a segunda para o FC Porto desde 1968.
Um marco inolvidável também pelo motivo de a final com o Braga ter sido nas Antas, numa 4ª feira à noite, faz de hoje a um mês 35 anos (foi a 18 de Maio). Eu no topo sul ainda retenho a imagem na baliza lá distante do topo norte onde Gomes fuzilava Fidalgo na baliza minhota, depois de um raide, creio que de Seninho, pela direita, a meio da 2ª parte.
Está visto para o que serve o Torto Canal, como aqui já lamentei. E que isto é para quem sabe e pode, não para quem quer. Presumo que Rui Cerqueira, hoje incógnito director eventual de uma alegada Comunicação no FC Porto, terá menos cinco ou seis anos do que eu e já devia ter idade para ter visto aquela final e perguntado na entrevista ao presidente por isso, pelos jogadores, pelo regresso de Pedroto ao relvado das Antas, o processo de aqusições feitas no início da época enquanto ainda cá estava o famoso Cubillas que era o capitão. Não sei se Rui Cerqueira, dos tempos preguiçosos da rádio que replica apenas as notícias dos jornais, perdeu algum jeito mínimo que tivesse de jornalista desde a acomodação numa qualquer cadeira de sonho. Para ler um guião também não serviu, ao que se viu,, não tem memória e como sempre na malta da rádio e da televisão não se dão ao trabalho de consultar dados, de ir à Imprensa da época, de possuir o Almanaque do FC Porto que pode dar uma ajuda.
Por exemplo, a 17 de Abril de 1982, e porque as eleições decorriam normalmente ao fim-de-semana e Pinto da Costa ascendeu a presidente, o que lembraria, foi-lhe perguntado, o entrevistado? Nada, mas o FC Porto ganhou nessa tarde em Penafiel com um penálti de Jacques. Não sei exactamente se foi um sábado ou um domingo (o mais provável). Mas esse é, sim, um pormenor insignificante.
Há coisas que por serem esquecidas, de forma lamentável pelo presidente e pouco profissional pelo director de Comunicação (?), não foram menos importantes. Os portistas mais novos nunca as saberão, como não imaginam como corria Seninho, o foguete das Antas, e a equipa em que todos tinham bigode em 1978 (à excepção de Ademir, que tentava deixar crescer uns pêlos...) dava banhos de bola em todo o Portugal.
Ah, a Taça de 1977 foi ganha aí com 33-1 em golos, só o Montijo (7-1 nas Antas) teve a honra de bater Joaquim Torres (outro ex-sadino, salvo erro). O Sporting, por exemplo, levou 3-0 em meia hora, no sábado de Páscoa, fez a 9 de Abril 35 anos e eu lembro-me que dessa vez estava no cimo do topo norte e vi os golos ao longe na baliza sul numa tarde solarenga magnífica e 15 dias depois de o Sporting ter levado 4-1 para o campeonato com 3 de Oliveira e um de Duda.
A Taça esquecida, lamentavelmente, uma vitória que lançou a equipa na Europa, eliminando o Colónia que foi bicampeão alemão, e o Man. United com 4-0 nas Antas, aí com 3 de Duda e um de Oliveira, até cairmos aos pés do Anderlecht no auge da sua era (3 finais consecutivas e 2 vitórias na Taça das Taças), uma projecção europeia na época do 1º campeonato em 19 anos - isso sim, era a glória máxima daqueles tempos.
Por fim, a confusão de ideias e factos por causa da recusa de jogadores portistas irem à selecção. Em 1979, Mário Wilson era treinador do Benfica e seleccionador nacional. Pedroto e Wilson tinham grandes desavenças e entrevistas na Bola. Pedroto dizia que o Benfica não tinha estofo para campeão. Um brado! A expressão ficou para sempre. Estofo de campeão. O FC Porto, que no regresso à Taça dos Campeões em 1978 levou 6-1 em Atenas do AEK (deu 4-1 nas Antas e chegou a acreditar-se no milagre), lançava-se para o bicampeonato, inadmissível para o Benfica. Há guerra de palavras, A Bola reinava em absoluto, mesmo chegando ao Porto às 7 da tarde...
Pinto da Costa tem pouca memória e o jornalista nem isso nem vontade de ir ao arquivo municipal.
Entre duas vitórias por 3-1 (Bonfim e com o Rio Ave), o FC Porto recebe o Milan. Ainda jogava Rivera, no fim da sua carreira, vi o 0-0 nas Antas com o ferrolho italiano impenetrável. As eliminatórias jogavam-se todas à 4ª feira, com uma semana de intervalo sem jogos entre as duas mãos. Até ir a Milão, Portugal jogava na 4ª feira seguinte em Vigo um amigável com a Espanha. Pedroto não deu os jogadores do FC Porto ao treinador do Benfica e da Selecção, que faz 1-1 nos Balaídos. E na 4ª feira seguinte vai a Milão mostrar o ferrolho aos italianos e saiu um peru de Albertosi num livre de Duda a 45 metros da baliza, descaído para a lateral-esquerda, fixei depois no parco resumo televisivo e a preto e branco da RTP. O FC Porto passa o Milan e cede a seguir ante o Real Madrid que também vi, desde o 3º anel no sucateiro atrás do topo norte, nas Antas o tal golo de Cunningham de livre com Vautrot a deixar marcar enquanto Fonseca formava a barreira. Os dois golos de Gomes valeram menos, estava 2-0 e o golo no Bernabéu liquidou o FC Porto.
Menos importante era se a equipa que eliminou o Benfica, alegando cansaço pelo jogo de Portugal em Vigo, era húngara (PC dixit). Por acaso foi o Aris de Salonica (3-1 e 1-2), que fez o golo fora a 10 minutos do fim e virou a eliminatória. Pedroto ganhou a Wilson, o FC Porto seria campeão em 1979, perderia a final da Taça com o Sporting numa finalíssima no Jamor com dois jogos viciados pela arbitragem (a primeira com um penálti inventado a dar o 1-1 e forçar a "negra"; a segunda com o chinês Mário Luís de Santarém a viajar depois com a fatiota oficial do clube de João Rocha todo impoluto...). O FC Porto tinha ganho o estofo de campeão. Essa foi a expressão forte de então. Não me lembro que o eco do Dragão fosse notado naquele tempo, em 1979, como evocou Pinto da Costa. Isso já foi depois, quando se tornou presidente.
É por isto, tudo isto torto que nunca se endireita, que a História do FC Porto é mal contada e muitos feitos desvalorizados. É para isto que serve o dito canal do clube? Só se for com bolinha vermelha no canto superior, o que seria pior. Mas mau já é. Não consigo deixar de me indignar.

nota: mais vale ir ao youtube e repescar trechos de discursos de então. Mas, de novo, não faltarão basbaques a deliciarem-se com o que ouviram... ACT: a alternativa acrítica, típico pé de microfone, é isto.

11 comentários:

  1. só espero que daqui a trinta anos tenha a mesma memória e me lembre desses pequenas grandes eventos que já vivi e ainda hei-de viver como Portista. obrigado pelas recordações que vais implantando na minha cabeça como uma versão azul-e-branca do Total Recall.

    um abraço,
    Jorge

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  2. o segredo continua a ser a alma do negócio.

    A preponderância de 78-79, ainda não era única, mas sim de um grupo, onde o Zé do Boné pontificava. Conhecedor do rio Tejo, das ruas e das tascas que ladeavam o rio naquela altura, permitiram a vinda de jogadores fabulosos que menciona no seu post. Muitos dos que hoje se admiram com o Barcelona, de certeza que nunca viram aquela equipa de 78-79 a jogar. Se o tivessem visto, diriam que Pedroto foi o pai de Guardiola.
    PdCosta sabedor de quanto valia Pedroto para a arrancada destes 40 anos de vitórias, não descansou enquanto não o contratou. Foi essa a sua grande vitória, para os sucessos que se seguiram.
    O valor também deve ser dado a quem escolhe e percebe quem deve ter na sua equipa, para lhe permitir chegar ao sucesso.
    Largos dias tem cem anos.
    A contratação de Albertino pelo Boavista, explica muito bem como se faziam e como se fazem, ainda hoje a compra de jogadores.

    http://portodragoinfire.blogspot.pt/

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  3. Nas contratações, de Albertino (que depois jogou no Porto) e outros, eram regidas pela lei da selva, do mais forte, de mais dinheiro. Ontem como hoje, hoje com mais regulação mas ainda assim com os seus quês. Isso não é relevante, embora seja verdade e conste da história.

    Mas, Kosta, também não deves ter visto a entrevista.

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  4. Jorge, não me consta que tenhas idade suficiente para saber daquilo, estarás a referires-te ao que viveste.

    Parece-me que não viste a entrevista - mas também outros que viram já estão rendidos ao jeito basbaque do costume - e não tens em consideração as falhas graves que aponto.

    Aquilo foi uma vergonha, mas vai no sentido que desde o início prognostiquei. Falta ambição, alegria, conhecimento e saber o que se faz, porque se faz e o estado de espírito em que se faz que tem de ser com a alegria de um campeão e o entusiasmo de ter vencido um longo, penoso caminho de sucesso que dura mais de 30 anos.

    O que me espanta é ter revelado falta de profissionalismo. Afinal, Rui Cerqueira é da rádio, de origem, mas basicamente trabalhava em televisão. No comodismo balofo da RTP, é certo, mas tinha obrigação de fazer mais do que aquilo.

    Mas nem entro em pormenores, nunca trabalhei em tv mas sei o que se deve fazer por ter visto e ter uma opinião sobre o tema, da realização e trabalho televisivos.

    Fico-me apenas pela parte factual. Rui Cerqueira, que é o director de Comunicação do FC Porto seja lá o que isso for, presumo que bem pago, parecia um menino de coro. Um basbaque que se limitou a um guião e seguramente não preparado por ele. O tempo dos anos 60 e 50 não são comigo, logo teria de alinhar as histórias consoante as pessoas quisessem contá-las e evocar episódios.

    Agora, o nome do Neca Couto não me diz nada. A equipa que quase de repente se construiu e que rompia com os falhados do passado é que merecia um programa inteiro em si.

    Nem tu, Jorge, e imagina gente mais nova ainda, sabem o que foi a história daquele tempo. E não tou a ver que o director do Canal vá buscar a súmula de acontecimentos e que o tal filme dos 35 anos de vitórias, Ganhar em Liberdade como lhe chamei ontem, seja alguma vez feito.

    Falta estofo de campeões e talvez porque nunca se portaram como tal. São meros aprendizes de feiticeiro.

    Mas já adivinhava isto. Conheço algumas pessoas e sei do que não são capazes. Tirei logo a pinta da forma murcha como seria o canal. Com esta gente, sem gente que saiba por detrás, isto não vai a lado algum. Fica para basbaques, faz-me lembrar os poucos animais selvagens que antigamente havia para espantar a malta no Palácio de Cristal.

    O FC Porto não pode ser esta mediocridade que me indigna.

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  5. Já escrevi o post ontem à noite, logo após a entrevista. Os factos sei-os de cor, só preciso de um Almanaque para me ajudar nas datas precisas. Não sei é porque tinha isto agendado para entrar de manhã e só depois tive de vir meter o post que não entrou automaticamente. A minha tecnologia pelo menos não fica a perder para a do Torto Canal. Mas tenho muito mais vontade, profissionalismo e jeito do que aquela gente, o mesmo tipo de gente que em certas áreas deixou o FC Porto estagnado.

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  6. Zé Luis, sou dos que gostaram da entrevista. ;)

    É verdade que não está lá a história do FC Porto nem podia estar caso contrário teria de durar várias horas (ou dias), mas Pinto da Costa contou-nos uma ou duas "estórias" que eu, pessoalmente, desconhecia.

    Estamos no intervalo, a 23 de Abril vou seguir atentamente a segunda parte.

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  7. Não vi a entrevista na totalidade devido aos afazeres profissionais. Mas no que consegui acompanhar, a história seguia a linha do livro "Largos dias tem cem anos". Por isso o mencionei no comentário anterior. Nada de novo.

    Quanto ao resto, concordo em absoluto, já que falta alegria, falta entusiasmo e vivacidade ao tema. Demasiado solene, e real para uma história que deve ter centenas de aventuras e contos de empolgar qualquer um.

    Já agora um desafio; Porque é na internet que se vivencia com mais interesse e paixão a história do FC Porto, porque não a história das tais contratações de 77-79?

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  8. Álvaro, mas as falhas que aponto são reveladoras da falta de definição do mais importante a desenvolver.

    Não é por mim, mas pelos mais novos. Eu conheço tudo aquilo dali para cá de ginjeira.

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  9. Kostadinov, eu tinha 15/16 anos, lia o JN e pouco mais, não havia informação sobre tudo e mais alguma coisa como hoje. Eu só constato as origens daqueles craques, mas não conheço os pormenores.

    Se a fundação do sucesso foi naquele momento, com o regresso de Pedroto e a formação da equipa campeã, é imperdoável não se falar da Taça de 1977 logo no primeiro ano. E falar de como se quebrou com o passado na fase de recrutamento de jogadores.

    Ora, isso é que importa, pois mudou todo o paradigma.

    Qual é o paradigma actual?

    Nenhum jogador, ou treinador, hoje, há muitos anos, não troca o FC Porto por clube algum. Se mudar de clube e, depois, for chamado pelo FC Porto só não vem se estiver comprometido com outro. Terá sido o caso de Domingos? Não sei, mas ningúém duvida que o poder de atracção do FC Porto é superior ao de outros clubes. E não só pelo dinheiro: hoje o FC Porto paga melhor.

    Há 35 anos era todo o contrário. Mas muitos jogadores vieram do Sul. E passaram a encher a Selecção, algo que não conheciam antes. Como atrair jogadores que claramente prefeririam o Sporting e o Benfica?

    Esse é o segredo, não conheço, mas Pinto da Costa sabe e devia contar. Isso é a History in the Making. Não é disso que devia tratar o programa e a entrevista.

    Já estou farto de contar as minhas histórias. Lembro-me de tudo o que vivi porque vivi tudo intensamente.

    As estórias actuais já todos sabem, as antigas cabe a outros passar. Isso devia ser feito. Estamos a falar da Revolução no futebol. Depois de 1976. O País ainda aguentou o primeiro título em 78, porque já havia uma Taça antes e tínhamos a melhor equipa de sempre, naquela altura.

    A partir dali, o País que achara graça a esta gracinha do FCP passou a incomodar-se. O regime e a Imprensa respectiva desconfiaram que algo poderia mudar.

    Isso é que devia ser ensinado, a forma dura e longa como se mudou e o País primeiro estranhou e depois entranhou haver o FC Porto que chegou ao tempo de clube com mais títulos. Graças a Pinto da Costa, claro, por isso é tão odiado pelos outros. Eu quero é que esse legado, essas memórias, não sejam perdidas. Não vou prolongar o blog só por causa disso. O FC Porto é que tem de fazê-lo.

    Estou preocupado com os próximos 30 anos, como alertei ontem de forma exclusiva. À noite, num jantar, PC disse o mesmo. Muito bem. Mas não contar a história do que nasceu e vingou, o Ganhar em Liberdade, é fazer esquecer o património de luta e afirmação que é do FC Porto, de Pinto da Costa e de quem seguiu esses tempos fantásticos de quebrar as regras e desafiar Lisboa.

    Pinto da Costa precisava de uma muleta para avivar a memória e contar o que merece a pena, não o Neca não sei quê, mas o Freitas e o Simões, a ascensão do Gomes (que vi nos juniores), o Seninho, tal como conta o resgate do Pedroto ao Boavista.

    Isso, para mim, é o mais importante de tudo, mas não vivi as situações e a Imprensa não contava tudo como hoje conta até delirar.

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  10. Meu Caro Zé Luís,confesso que não vi o programa,mas uma curiosidade,falaram da fundamental Final da Taça das Taças de 1984 em Basileia?
    Saudações Portistas!
    Abraço
    Duck

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  11. Não, como este programa - e suspeito que este canal - foi virado para "o" personagem, falou-se do homem antes de ser presidente em 1982.
    No dia 23, 35 anos após tomar posse, será falado daí para a frente, enquanto presidente.

    Mas palpita-me que isto é para abrir o espaço de culto de personalidade.

    Para terminar, a avaliar pela tua reacção e por quase ninguém ter abordado a entrevista, parece ser de concluir que poucos a viram, poucos ligam ao canal e, enfim, isto não está a resultar. Para os poucos que vão vendo, alguns desses já confessam a desilusão inevitável...

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