18 setembro 2012

(Des)Concerto da Champions

ACT (23.15h) E até correu bem, o colectivo funcionou, defensivamente a equipa esteve bem e foi sagaz no meio-campo. Um penálti (e expulsão de Tonel por fazer, reincidente com o FC Porto) negado e tornado mais caricato do que o aparente falhanço clamoroso de Jackson precia ter sido obra de bruto do Caixão ou de qualquer Roubarte Gomes italianos mas foi de um urso Orsato. Lucho pôs ordem na coisa, mas o flanco direito funcionou mal com Miguel Lopes incapaz no ataque e Varela desinspirado como de costume. A ausência de Danilo, apesar de ter estado igualmente muito mal em Olhão onde foi um vulgar barrete de 10ME, causou mais preocupação do que a de Hulk. Defour coroou a exibição segura no lugar do Fernando com o golo da tranquilidade que, esta, foi a imagem do bem sucedido jogo pausado e pautado do FC Porto mas esteve em risco desnecessariamente e valeu Helton, como é habitual na Hora Helton. Kléber continua a mostrar não ter categoria  e Miguel Lopes vai ter de ser muito melhor a atacar, tal como Varela para evitar a entrada de Atsu a titular.
Mas amanhã é bem capaz de algum pasquim esquizofrénico dar mais destaque ao Real que marcou dois "chouriços" do que ao bicampeão português... penso eu de que!
O FC Porto foi a 5ª equipa da Champions passada com mais remates na baliza: acima de 7 por jogo. Melhor só três dos quatro semifinalistas (Madrid, Barça e Bayern), além do Valência (2º, ficou-se pelos 1/8).

Mas os portistas também foram os que mais remataram para fora: mais de 8 remates “vazios”. Pior/melhor, só o Barça (mais de 9 remates inúteis).
Os campeões portugueses foram, ainda, os terceiros com mais cantos apontados: 7 (como o Shakhtar), atrás de Lille e Ajax.
Tratou-se de uma equipa de pendor ofensivo, mas mal dirigido, muito disperso e desconcentrado e cujos adeptos invectivaram o estilo e o conteúdo sem perceberem que a equipa correu, esforçou-se e lutou mas sem focar o essencial. Juntou-se a falta de sorte ao não vencer o último jogo e fracassou, como 3º do grupo à frente do Shakhtar, um desastre, e incapaz de superar o Zenit, ao alcance. Tivesse ganho e teria terminado em 1º lugar!
Por coincidência, mas não como surpresa, nesses itens o APOEL foi sempre a “pior” equipa. Mas chegou aos quartos-de-final, vencendo o seu grupo e afastando o Lyon nos penáltis.
São dados do Relatório Técnico elaborado pela UEFA para a Champions 2011-12, hoje publicado.
Não há nada como o “efectivamente” e no recomeço da Champions veremos que FC Porto há agora sem Hulk, esta noite em Zagreb. Perdemos em contundência, ineficaz em 11-12, para ganhar em consistência?

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