30 abril 2015

O Benfica não vende - parte "n"

Vai fechar-se o campeonato mais fraudulento desde que há memória visual com abundantes transmissões e intermináveis trechos da idiossincrasia da bola tuga. Além de um campeão medíocre, só possível por despudorada protecção arbitral que lhe amparou a queda na Europa pelo colinho doméstico, temos jornais no limiar da sobrevivência depois de descerem ao nível mais rasteiro pela subserviência demonstrada.
 
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É mais um ano de perdas significativas e o Rascord já vai abaixo dos 40 mil: 38187 exemplares vendidos em banca por dia nos dois primeiros meses. O período homólogo, há um ano, dava 41 mil e tal. A decadência é absoluta e há muito foi ultrapassado o limite da decência, daí não se entender a prolixa caminhada editorial para o abismo. De resto, tivemos há pouco mais de um ano o regresso do cabotino director a quem a dupla nefanda Manha-Tadeia substituiu por um ano e picos para ser apeada e ver-se retomado o plano inclinado.
 
Um dia far-se-á a História desta catástrofe para a qual os pasquins desportivos caminham alegremente. À sua entrada em cena em 2003, a única coisa certa do cabotino director era de que "as vendas de 100 mil exemplares acabaram". Vendia-se 92 mil à época. Dez anos depois, em 2013, estava exactamente a metade (46 mil). Um interlúdio talvez divertido chega a prenunciar um 2015 de luxo.
 
Hoje o Rascord já vende menos que o JN, este também sem evitar a tragédia e agora seguindo o seu inefável passo do sócretinismo e desejoso de que libertem o 44 para o salvador nos libertar disto tudo. Aliás, Pinto da Costa perfilha da capacidade jornalística do JN, que identifica como "isento" (ver edição do último domingo, pág. 2).
 
Isto apesar de torpedear a Verdade Desportiva em nome do statu quo da Herdade Desportiva. É mais um ano de campeonato do Benfica e, de tanto lhe lamberem o cu, os pasquins e editorialistas ficarem com a língua na merda. Literalmente.

29 abril 2015

"Cherries" de Bournemouth só para desenjoar

 
Há menos de 20 anos pedia esmola em copos de plástico para não acabar e mesmo assim andou sempre no fio da navalha. Evitar a falência não evitou ter mesmo -17 pontos na tabela a começar uma época e lograr a sobrevivência. Tem um dono russo que vive na Suíça e ninguém conhece se aparecer na cidade dos pensionistas, ao lado de Southampton, na ensolarada costa sul inglesa. O treinador já foi jogador e um jogador tem uma bancada com o seu nome só porque, em vez de ganhar um troféu, marcou um "golo impossível" que evitou mesmo a saída da Football League e a estrutura profissional inerente. Com orçamento de 5M£, agora terá uns 140/150M£, pagará dívidas de 10 vezes menos e terá de comprar jogadores para superar o recorde de compras de 3M£...
 
E, contudo, se perder por 20 golos no domingo e o Middlesbrough ganhar os "Cerejas" não sobem automaticamente. Mesmo que já tenham festejado.
 
Sempre adorei o futebol inglês. De resto, tão bem escrito como jogado e melhor relatado mesmo sem ter uma Imprensa dita Desportiva. Como aqui na BBC Sports. Como a maioria dos jornaleiros básicos "desportivos" nunca leu imprensa estrangeira, as coisas nos pasquins são como são. E tudo isto é como é.

28 abril 2015

Não é Lopetegui que está a mais - é quem está a menos

Lopetegui tem contrato e fez uma época bastante aceitável em que a Champions serviu de teste que o campeonato "desconhecido" da trafulhice tuga não lhe permitia, por estar fora da realidade doméstica e isolado num clube já em negação da realidade e automutilação.
Se ele acusou inexperiência é normal, a equipa também e já se antevia sem nunca lhe ser negada qualidade. O anormal vem sucedendo internamente e torpedeia a possibilidade de o FC Porto crescer. Vários tiros na água e alguns nos pés fizeram o barco inclinar. Desde o tema de Vítor Pereira o responsável está identificado claramente.

26 abril 2015

Estratégia dos pequenos passos deu um passo atrás

Como não é crível que o Benfica perca 2 dos últimos quatro jogos que faltam o campeonato ficou decidido com o 0-0 da Luz, para onde o FC Porto partiu ainda a depender de si mas saiu com mais um ponto acumulado de atraso face ao desempate directo e são, afinal, 4 pontos irrecuperáveis.
 
A estratégia dos pequenos passos de Lopetegui, espelhada no 11 inicial, resultou no que era previsível e comentei no Twitter. A única coisa louvável, mas denunciando o atraso de entendimento de Lopetegui na matéria, foi a preferência por Helton face a Fabiano, definitivamente sem condições para ser titular no FC Porto como eu já alertara nos últimos meses e foi patente em Munique.
 
Helton dá outra segurança e confiança, enquanto infunde respeito até nos adversários. Teve dos jogos mais fáceis da sua carreira portista na Luz, nunca incomodado sequer. E a equipa igualmente portou-se bem, não permitindo ao Benfica, longe do cilindro avassalador frente a equipas pequenas e limitadas mentalmente, jogar uma bola que fosse na área portista. Mas quem precisava de vencer era o FC Porto e tinha de fazer mais do que a equipa inicial propunha.
 
Naturalmente, primeiro era necessário segurar o jogo, retirar iniciativa ao Benfica. Mas o 11 de partida era conservador, estático e a estratégia rígida. Nada de aventuras e quem tinha de se aventurar era o FC Porto. Aceite-se a estratégia na 1ª parte, ainda que condenada a nada render de palpável. Não metia medo ao Benfica mas também demonstrava medo de assumir as despesas do jogo na ofensiva.
 
Isto faz sempre lembrar a falta que Vítor Pereira faz e ele mesmo pressupunha que o FC Porto entraria forte na Luz. Não entrou a não ser em modo reserva, safety first. O Benfica não se incomodou nunca com esse estilo nos jogos com os grandes. Ganhou por sorte no Dragão e ficou em vantagem. O FC Porto precisaria de fazer mais do que ir no jogo que, em casa e em vantagem, mais interessava a um Benfica sem futebol de jeito e claramente inferior em posse ao FC Porto.
 
Cómodo, o Benfica deixou tanto correr o marfim porque Lopetegui avaliou mal quem tirar ao intervalo. Dos médios era difícil escolher quem sair, até porque Oliver voltou a ser um erro à direita. A entrada de Herrera mudou pouco a estrutura e nada a estratégia, face à saída de R. Neves. Normal. Podia ter sido Evandro, como acabou por ser. E Brahimi voltou a não justificar a titularidade. Porqué Quaresma no banco? Conservadorismo do treinador. O jogo empastelou sempre. Quaresma podia trazer golpe de asa, mas Oliver ainda jogou num flanco até entrar Hernâni (por Brahimi) e só então alargando a frente de ataque. Faltavam 20/25' e podia ser que... mas já o Benfica defendia com mais (Fejsa e depois A. Almeida).
 
Vítor Pereira não facilitaria a vida a Jesus desta maneira. Era pegar ou largar, como em 2012, como em qualquer das visitas à Luz.
 
O FC Porto era melhor com bola e o Benfica temia e tremia, mas faltava dinâmica, acutilância e virtuosismo que a estratégia conservadora de Lopetegui inibiu. Os pequenos passos renderam um atraso de um ponto extra, apesar de o FC Porto ter feito um jogo pela positiva, mas sem rasgo, contra um Benfica de novo medíocre, à imagem de toda a época e com evidência na Europa de todos os desastres exibicionais.
 
Não deu para mais nem importa saber onde se perdeu o campeonato, ainda que hoje tenha sido sentenciado na prática.
 
Por mim percebi que o afastamento europeu do Benfica, como no dia apontei, lhe garantia descanso para gerir um avanço pontual que os árbitros começaram por garantir-lhe enquanto tropeçava com as acusações de os estrangeiros "condicionarem os meus jogadores com cartões" (Jesus dixit mais de uma vez).
 
O 0-2 no Dragão foi um infeliz acidente que pouca importância teve.
 
Porque a estratégia dos pequenos passos começou a falhar no empate 1-1 no Nacional quando a distância podia ter sido encurtada para 1 ponto apenas. E essa falta de gana de apertar o Benfica acabou por espelhar-se no jogo de hoje.
 
Lopetegui argumenta com a juventude da equipa e sabemos isso desde o início. Mesmo assim, nessas circunstâncias, a equipa portou-se bem, falhando pela falta de traquejo e debilidades estruturais cruamente expostas em Munique. Certo é que também o treinador deu provas de imaturidade e esse era também um preço a pagar.
 
Uma época sem troféus e a insistência em reconduzir Pinto da Costa já sem unhas para tal tarefa será só mais um prego no caixão que se anunciava para esta época.
 
Continuaremos, eu pelo menos, com muitas saudades de Vítor Pereira. E as memórias dos tempos de triunfo e de aventura serão sempre reduzidas ao seu temperamento de vencedor que desapareceu da famosa "estrutura" - tal como vaticinei também ao tempo.
 
Ou seja, tudo como dantes e mais uma época oferecida ao Benfica. Num museu de memórias esta também não faltará.

25 abril 2015

Resquícios paleontológicos do que foi a Idade das Trevas ainda hoje em certas cavernas

Evocar a Liberdade não é o mesmo para toda a gente. Mesmo que abundem os tradicionais "hossanas" que só a escardalhada se atribui, à falta de elogios alheios. A este respeito, convém sempre lembrar aos mais novos ou a velhos com memória curta, o que há 40 anos poderia derivar Portugal para algo que os Portugueses rejeitaram flagrantemente - a celebração do início do PREC não tem sido relatada com a importância histórica que aquele tempo justifica mais do que o 25/4 propriamente; e, de resto, o comunismo, nas suas variadas e desmioladas facções resolutas em modo de auto-aniquilamento, queria até renegar com o argumento salazarista de o povo não estar preparado para votar. A época em que o Soares mais comunista de sempre - finalmente assoprado pelos ventos da "social-democracia" que lhe garantiram o poder com muito dinheiro, do "amigo Carlucci" americano ao inspirador da nova ordem social sueca Olof Palme, mesmo que Rui Mateus e esse "Memórias do PS desconhecido" ainda hoje ande a monte por esse mundo fora sem contar como emigrante forçado - marcava a
clivagem com Cunhal ("olhe que não, olhe que não"); para depois "meter o socialismo na gaveta" não tardaria uma década e dois pedidos de assistência ao FMI: tudo para o PS obter uma votação que deixou a Esquerda no seu canto esquizofrénico e antidemocrático até hoje e votou a esperança socialista no descalabro financeiro e descrédito intelectual/ideológico de que não voltará a sair com a camarilha de novo à volta do Costa Concordia das inclinações para a demagogia popularucha e inconsequente.
Reconheço a esta gente, mesmo àquela que não o merece por desrespeitar os outros, a legitimidade democrática do voto mas nunca a representatividade que julgam ter e estupidamente os OCS dos Charlots volta e meia Charlies dão cobertura acéfala e meios de intoxicação pública e todo o ruído me(r)diático dos tempos modernos.
 

O isolamento do FC Porto nos OCS a 25/4/2015

 
E é a imagem do País palonço e bronco que ainda hoje (especialmente) as pantalhas revelam nos tais "15 segundos de fama". E este que assina pelo nome próprio e assume posições que só a ele vincula, sempre identifiquei o mau modelo que o FC Porto entendeu seguir. Hoje, nos 41 anos de 25/4/74, até o clube pretendeu associar a Liberdade à sua Expressividade enquanto instituição no País, uma das mais conhecidas aos olhos do mundo. Pelo meio, o FC Porto foi torpedeando pessoas próximas e projectos amigos para ter "zombies" informativos que denunciam não ser fadado para isto.
 
E por alguma razão Lisboa continuou, 41 anos depois, a ser Portugal e o resto paisagem. A mim nada me surpreende, este declínio do Porto já o pressentia na viragem do milénio.  As opções comunicacionais do FC Porto, ironicamente, puseram, ainda hoje, muitos portistas, e boa parte da bluegosfera, a lerem avidamente e a comentarem o que os detractores dizem. Digamos que era preferível que fosse ao contrário e a tendência fosse para diminuir-se a sua "influência" junto dos pobres de espírito, até porque se as vendas dos pasquins caíram abruptamente - depois dos picos inéditos e irrecuperáveis dos anos do Penta que coincidiram, sem ferir ninguém, com a ascensão dos diários ditos desportivos - e hoje são, em regra, metade do que eram há 10 anos, coincidentemente o tempo do FC Porto impondo-se de novo, em Portugal e na Europa como se sabe, há procura para saber o eu dizem...

Ora, sem fazer mais do que pôr em campo competência e contundência, o FC Porto ajudou a pasquinagem a vender bem e não a ganhar por a pasquinagem dizer bem. Parece que foi no século passado, mas não, a memória é curta e torna-se ainda mais diminuta quando parece que só se lê o que dizem em Lisboa, tal como ao 24/4/74. Só falta esperarem ainda, como há 40 anos, que A Bola chegue apenas ao fim da tarde de 2ª feira com as crónicas de domingo...
 
Os socialistas tomaram conta dos OCS como nem no tempo áureo dos socialistas no início dos anos 80. Salvo os extremismos do PREC, cujos tenebrosos 40 anos de infame existência no Verão Quente de 75 mal são aflorados nos OCS (bisonho minuto de evocação na Antena 1, creio que também na RTP, emitindo apenas sons da época, sem contextualizar e muito menos historiar e revelar a iminência de um estado comunista em Portugal), nunca a Comunicação Social esteve tão manietada e em modo de autocensura fruto de uma informação criteriosamente vigiada onde abunda lápis vermelho, como agora está. E quem me conhece sabe que digo isto já há vários anos. Prenunciei sempre o pior na viragem do milénio, o da informação supostamente livre - só garantida por vozes livres e iniciativas individuais/privadas - mais condicionada que nunca e diariamente torpedeada pela emergência das Redes Sociais.

Não faltam denúncias certeiras e verdadeiras do statu quo. A blogosfera é um pólo incontornável de Liberdade, amiúde mal expressa mas igualmente muito assertiva e correcta. Convém é ler, ler sempre, conhecer coisas e pessoas e extrair consequências, contextualizar e historiar, algo que os OCS não fazem por burrice nem é por não quererem...
 
Aos defensores do socialismo tuga boa sorte, pena é muita gente ter de continuar a pagar por isso....
Se os militares - sempre contrariados por ficarem à margem quando sempre quiseram ser o centro das atenções e dominar o poder - não estão nas cerimónias oficiais ninguém se importa salvo uma dúzia de sequazes ardentes de comunismo nas veias. Quase ninguém liga àquilo e em dia de calor a praia é o Te Deum tuga do hedonismo instalado.
 
Aos portistas, melhor ainda agora que se garante inexorável a vontade de Pinto da Costa de não se reformar.
 
 
Pessoalmente, tenho motivo bem recente para celebrar um 25 de Abril nem que seja de origens vermelhas. Adoro a Liberdade! Se tiver olhos limpidamente azuis tanto melhor. De resto, o amor é lindo.

24 abril 2015

Troika interna merece bandeira da Internacional



Ideólogos e defensores da limpeza informativa como se OCS não fossem já domesticados (feitos charlots armados em charlies)
"Mas há aspectos positivos. Em tantos meses o CAA passou a comer menos e a perder quilos enquanto se redefine de ex-liberal a feroz defensor do estatismo, pior que dúvida existencial. A Inês artista já não tem viagens pagas a e de Paris :) o que é um prosaico cartão de visita
Já o patético Telmo Correia, não admira andar nisto por duas coisas:
1) depois de enterrar Eusébio no Panteão, amordaçar a CS é digna de outro benfiquista truculento-esquizofrénico
2) o famoso Rui Grunho da Silva, aka ex-parlamentar vociferando contra a liberdade de MRS a quem impediria simplesmente de falar.
Em traços gerais é isto :)"
(comentário meu no Blasfémias)

No "24 de Abril" não havia disto!

Um dia quis vasculhar o livro de Francisco Louçã e Cª "Os Donos de Portugal". É uma peça de história. Comprei. Registo. Fora as diatribes ideológicas às quais só alguns tolinhos dão atenção e garantem votos.
 
Hoje é isto. Já se sabia. Os donos estão lá fora. Muita coisa desapareceu. Alguma foi ficando, transformada contra tudo e contra todos. As OGMA, por exemplo. Mas a TAP tem de ser dada, seja como for. A RTP idem. Transportes ibidem. Eles não acabarão. A mama de uns sim. Agora é isto.

22 abril 2015

Passada a tormenta

 
É cair na realidade. A maldita TSU parece que, afinal, vem açucarada de virginais virtudes. Os salários da FP, que uma deputeda chucha garantiu na AR que seriam respostos na totalidade mal a teta fique ao alcance dos chuchas certos, não serão devolvidos senão em tranches, mais 10% menos 10%. O creximento vai avançar e já estou a ver o novo combóio japonês a 600km/h em vez do vetusto TGV. A populaça já se baba de gozo.
 
Se o FC Porto não põe um travão no delírio "consumista" do desenfreado "mercado interno" a "puxar pela economia" como a BMW e a Opel pelo Bayern, estamos feitos ao bife. Ah, mas do tenro, que os pobrezinhos andam a passar fome...

We'll always have Viena!


21 abril 2015

A dura realidade dos meninos de fraldas

Já se sabia que os centrais são lentos e Fabiano treme enormemente. Até ao 4-0, dos 14 aos 36 minutos, três dos golos do demolidor Bayern podem ser assacados às ineficiências reconhecidas nesses pontos nevrálgicos. Thiago Alcântara não pode marcar de cabeça naquele local e Fabiano reagiu tarde e mal aos 2-0 e 4-0, com o 3-0 surgido de uma jogada de toque que é um hino ao futebol.
E como vejo o Bayern há mais de 40 anos, revendo até o equipamento original desses tempos de lançamento europeu, não esperava outra coisa que não um vendaval de futebol como foi sujeito o FC Porto mal plantado e sem estratégia clara para conter os danos. Bastou aquilo tudo mal lançado desde o início. Em parciais, o FC Porto ganhou duas partes (2-1 e 1-0), empatou uma (1-1) em Munique, e perdeu 5-0 noutra. O suficiente para destroçar qualquer um. A eliminatória não teve 180 minutos, nem 135 até ao intervalo de hoje. Teve 45 minutos apenas. Maus.
 
Só Rúben Neves entrou bem no jogo, ao intervalo. A colocação de Reyes a lateral-direito, sempre em dificuldades pela falta de ritmo e de adaptação para mais frente a um tecnicista de bola no pé como o marcador do golo mundial de 2014, Mario Goetze, foi um sinal de que as coisas iriam correr mal. Tuitei e pensei que RQ7 iria ajudar a defender e ainda ajudou, mas a equipa não saía de trás. Guardiola aproveitou-se desta vez das debilidades portistas na defesa. E Lopetegui voltou a perder a aposta no futuro: se Danilo vai para o Real Madrid e Ricardo Pereira é a opção natural, não apostar nele num jogo destes é mostrar não confiar no jovem também ele adaptado a defesa mas mais natural do que Reyes. E trocar Reyes por Ricardo aos 20 e tal minutos é o reconhecimento do fracasso, já com 3-0 no papo. O Bayern jogava entre linhas, trocava e subia, mudava e insistia, apertava a área com uma tenaz. Deu festival. É normal. Bayern, feiern (festejar em alemão). Mais uma rodada para a mesa bávara.
 
O 3-1 do Dragão enfureceu os bávaros, como era de esperar, depois da tempestade interna causada pela fricção e demissão do departamento médico. Em tão pouco tempo os alemães recuperaram uma condição física invejável e jogaram sempre de frente para a baliza, o que seria impensável mas revelou a fragilidade e falta de entendimento do meio-campo permeável e desunido. Com Brahimi mais uma vez fora do jogo (desde o regresso da CAN), o apoio a Jackson foi inexistente e sem um remate à vista o FC Porto chegou ao intervalo a ameaçar sofrer a maior goleada da sua história na Europa. Os médios nunca se entenderam e sempre mal posicionados e batidos em velocidade e tabelinhas tornou-se imparável a onda germânica e a defesa é que sofreu.
 
Os alemães também sempre me habituei a vê-los reagirem assi,. Especialmente o Bayern. Enfurecem-se até em público, põem os pontos nos ii, não evitam sequer declarações bombásticas, amiúde são as estrelas do passado, como Rummenigge e Beckenbauer, a zurzirem sem piedade nos jogadores e a não admitirem fracassos como o que se adivinhava. É assim o Bayern, sem meias medidas nem paninhos quentes. Um vulcão permanente. Mas que na hora da verdade, normalmente, responde assim. Dá a cara em público. O seu público reconhece-o. O FC Porto sofreu uma lição para a vida. Acabou 6-1, mas mais vale ser com o Bayern do que com o AEK Atenas (lembro-me em 1978 de a ligação via rádio não funcionar e quando ligaram da Grécia já estava 3-0 aos 20 e poucos minutos também...).
 
A dura realidade competitiva é esta. Lopetegui falhou na estratégia e nas opções. Brahimi não rende. Os centrais não melhoram. Fabiano, claramente, não tem a categoria de Helton. Dediquei umas linhas ao assunto aqui há tempos. Faltaram os laterais, mas iria ser sempre difícil. O pior é que Ricardo já está amaldiçoado para o futuro, tal como Reyes. E Lopetegui falhou aí também. É certo que a próxima época será outra época, mas a actual pode começar a ser mesmo perdida no domingo. Um resultado destes não tranquiliza para a Luz.
 
Jackson ainda reduziu, ameaçou um segundo que merecia, a solo e com a sua categoria só, o FC Porto ainda fez correr e suar os de Munique que festejavam merecidamente ao intervalo. O 5-0 ameaçava mesmo romper os 7-1 do Sporting na última visita portuguesa à arena pneumática (forma do revestimento e cobertura do estádio parece um pneu). Xabi Alonso acercou a humilhação e foi a desforra total dos passos e passes errados da semana passada no Dragão. Andava cansado e por arames o Bayern? A meio da 2ª parte ainda não tinham sido feitas substituições e o 5-0 dava todas as garantias. Certo que contou a eficácia, os erros defensivos, mas muito calibre alemão para tão pouca espessura europeia do dragão.
 
Não me admira nem estou chocado com o sucedido. A equipa é a mesma, jovem, que pode borrar-se em fases do jogo, sem poder mudar as fraldas. É o processo natural do crescimento. Não era difícil admitir um 2-0, como disse antes, a dado ponto do jogo. Mas já com 4-0 os bávaros corriam sempre por mais. Sempre os vi assim, o Bayern foi sempre grande mesmo com pontuais derrotas fulminantes, como em Viena e no Dragão. O FC Porto é o único em Portugal que sabe vencer o colosso que é o motor também do futebol alemão campeão mundial. Muita gente esqueceu-se disso. Quem não sabe e não aprende tem estes dissabores. Nada a apontar. Cada um dá o que tem e Lopetegui, com menos meios do que Guardiola, tem muito ainda a aprender. Fica o resultado contundente mas sem beliscar a bela campanha europeia.
 
Mas subsiste o temor de a equipa não aguentar adversários mais fortes e no domingo tem a final da época da qual só pode sair vivo sob pena de morrer cedo depois de tanto querer revitalizar o futebol amorfo implantado já um ano. O bombardeamento mediático vai começar e será torturante...
 
Espero ver o Bayern reabilitado, com Robben e Ribéry, para voltar a ser temível e poder ganhar a Champions. Aquilo não é eficácia, mas futebol do mais alto nível. Gosto destes gajos, admiro-os desde muito jovem, sempre foram uma lição que até os soberbos ingleses aprenderam a contemplar e respeitar seriamente (onze para cada lado e ganham os alemães, Lineker sintetizou). São fortes, determinados, ricos mas esforçados e trabalhadores como poucos. Creio que Barça e Madrid ainda devem ser superiores, mas o 0-4 e 0-1 da época passada não deve repetir-se com os merengues se se reencontrarem e falta estes passarem o Atlético sempre duro de roer.
 
O FC Porto tem de fazer o trabalho de casa, continuar o seu caminho e evitar um desastre no domingo. Não será pouco. O desnorte durou de princípio a fim, com Marcano desastrado nas entradas e expulso e Lopetegui, sabe-se lá porquê, igualmente corrido mais cedo do campo, o que fica mal quando nada justificava.

20 abril 2015

Apenas um (mau) sinal, mas perigoso

 
Os alemães tudo farão para reverter o 3-1 do Dragão. É da praxe. Ganhar 2-0 ao FC Porto nem será do outro mundo, mesmo que nunca tenham recuperado uma eliminatória com essa desvantagem da 1ª mão. O FC Porto, sim, eliminar o Bayern será um dos maiores feitos da sua história: dependendo do resultado só poderá ser comparável ao afastamento do Dínamo de Kiev em 1987.
 
Mas já se percebe que tipo de "intervenção" o conjunto germânico é capaz. Confusão, sururu e por aí fora não é exclusivo da América Latina. Na hora de pressionar, agitar o público, enfurecer os adeptos, ensurdecer os árbitros, intimidar os adversários, o Bayern jogará tudo. Como qualquer equipa grande na iminência de uma eliminação europeia dolorosa e bastante imprevista.
 
Por sinal tenho confiança em Martin Atkinson, que considero dos mais íntegros e serenos árbitros ingleses. Temeria o parvo Clattenburg de Basileia ou o já retirado Webb que sempre fez mal ao FC Porto em múltiplos jogos. E um árbitro inglês na Alemanha é sinal, isso sim, de firmeza. Até por este já poder antever que a final de Berlim fica fora do seu alcance e não que esteja mais próximo se eventualmente ajudará os bávaros a seguir em frente.
 
Vai ser preciso fazer das tripas coração, como Guardiola sugeriu que Jackson fez para jogar. Fica mal a Guardiola, ou outro qualquer, sugerir que algo indevido ou menos próprio aconteceu. Se o médico do Bayern acabou de demitir-se, sem razão aparente, incomodado com o descontentamento do técnico espanhol sobre a condição clínica dos jogadores, já que a condição física compete ao treinador e sua equipa técnica, já se percebe como estas intervenções causam mossa.
 
Se fere dentro, pretendem ferir fora também.
 
O FC Porto anda nisto há muitos anos. Eu também. Não me admira nada disto, embora julgue vulgar e inapropriado de alguém como Guardiola. A boutade sobre Jackson não vai influenciar, mas destapa até onde pode chegar o cinismo do vencer a todo o custo. De resto, se sofri como nunca em 1977 com a galopada do M. United a tentar recuperar o 0-4 das Antas (e acabou 5-2...), esta noite será, como dizia o outro já falecido, roer as unhas até dos pés...

18 abril 2015

Uma dentro de recarga e quatro fora de ridículo

Salvou-se o essencial no golo de Hernâni. Custou a digerir reservas e a gerir 1-0 adiando a sentença. Académica poupou-se na luz como se no dragão jogasse a champions.

Digno de um Dragão de Ouro

É claro que hoje até poderia ver em zapping o Porto-Académica e o Belenenses-Benfica, que alguém em boa hora inventou para uma simultaneidade só comparável ao poder de ubiquidade que o recluso 44 parece ter além da sua aura de líder dos vigaristas encartados.
Isto de se dever favores a alguém é fodido.
Já diz a sabedoria popular: "Não peças a quem pediu; não sirvas a quem serviu".
 
Para bom entendedor.

17 abril 2015

Merkel (sem erros BEsicos) diz a Passos Coelho que FC Porto tem bom governo

"Ihre Einstellung war gut und schnell zu unserer Überraschung"
 
(O vosso ajustamento foi bom e rápido para nossa surpresa)

ADENDA DO (BOM) DIA: por falar em criatividade :)
.. é difícil fazer pior mas onde está o Wally? 

16 abril 2015

Global e com recordes vários

O Barça vencer em Paris não é nem novidade nem surpresa: grande jogo de uma equipa que está em alta e, quando leva os jogos a sério até ao fim, ao contrário do sucedido em Sevilha no sábado, é imparável.
Pelo que o 3-1 do Porto ao Bayern é que tem dimensão mundial. E em Portugal, portistas, desfrutem das capas dos pasquins desportivos... O tom monocolor habitual não é esse...

Tem estrelinha mas também é para criancinhas vibrarem
 
A vitória de Viena em 1987 era a única que equipas portuguesas registaram alguma vez com o Bayern, fossem Benfica ou Sporting, Belenenses, Setúbal, Braga e Boavista já o tentaram sem sucesso, alguns mais de uma vez. Esta é, pois, uma vitória para recordar e já gravada a ouro. Porque ainda da última vez que o Bayern visitou Portugal correu Alvalade a 5.0 e fez o upgrade que se sabe com 7.1 em Munique, cortesia de um golo de notável remate de longe de João Moutinho...
 
Se Viena foi campo neutro, e ainda assim a 400kms de Munique, o Dragão foi um vulcão.  O Bayern deu-se mal com a pressão portista e já nem adianta lembrar que nem em dois jogos de alguma eliminatória europeia uma equipa portuguesa, mesmo o FC Porto, logrou marcar 3 golos ao Bayern sequer!

Uma curiosidade do jogo que releva da táctica de pressão alta a sério do FC Porto, em UEFA.com:
Statistics don't tell the whole story
Alonso had a 100% pass completion rate with Dante (93%) and Jérôme Boateng (88%) close behind. Yet it was an unhappy evening for all three players as they were implicated in Porto goals one, two and three respectively. One of the images of the night was Alonso beating the ground in frustration in the second period as Martínez almost managed to rob him again
 
Mas não só. Onze anos depois da conquista de Gelsenkirchen, consegue-se um registo de invencibilidade que só Mourinho, foi capaz de 11 jogos sem perder entre a recepção (1-3) ao Real Madrid (então com Carlos Queiroz ao comando), em Outubro de 2003, e a final com o Mónaco (3-0), passando por M. United, Lyon e Corunha nas eliminatórias e ainda deslocações a Marselha e ao Bernabéu na fase de grupos.
 
Lopetegui leva 11 jogos nesta Champions desde a pré-eliminatória com o Lille. Não perder em Munique valerá não só a eliminatória e as semifinais, como igualar o recorde de imbatibilidade portista e de qualquer equipa portuguesa na Europa (o Benfica conseguiu 10 jogos), pois ao registo de Mourinho houve só mais um resultado positivo a acrescentar, o 0-0 com o CSKA de Moscovo na estreia europeia de Victor Fernandez pelo FC Porto - tendo sido Mourinho, já no Chelsea, com 3-1, a quebrar a imbatibilidade que ele mesmo iniciara (12 jogos no total).
 
Isto na época seguinte ao desastre que foi a campanha na Champions com o pior registo de sempre: 5 pontos, nem atenuado por uma transição para a Liga Europa interrompida em Sevilha de forma deplorável.
 
E, entretanto, na Europa o FC Porto já superou a % de vitórias do Benfica. Já com mais jogos disputados na Champions do que o Benfica (208-203), o FC Porto conta 47,8% de vitórias pelas 165 em 347 jogos no total das presenças europeias. O Benfica reteve-se nos 47,5%, de 171 vitórias em 360 jogos da UEFA muitos graças às repescagens recentes que transitaram os encarnados da Champions para a Liga Europa.
 
Mesmo que estes recordes passem despercebidos em Portugal até na Imprensa dita Desportiva e alegadamente especializada, certo é que ganhou ressonância mundial o 3-1 portista mais do que o 3-1 catalão na noite retumbante de ontem. O site da FIFA não o fez por menos. A foto acima tirei-a de lá, mesmo que a Champions não lhe diga respeito.

(Des)Concerto no Olimpo!

Os deuses da bola também lhes dão para a maluqueira e viram tudo de pantanas às vezes. Das coisas mirabolantes lá do Olimpo onde os gregos só em fase dramática prestavam contas dos seus actos desvairados, entre parricídios e consanguinidades, numa rebaldaria descomunal, aos devaneios da bola tudo pareceu fora de controlo num louco jogo no Dragão onde sucedeu de tudo: inversão de papéis entre os mais cotados mesmo tratando-se de alemães já aquiescentes ao esforço do ajustamento tuga; uma ordem que remete a final da Champions para Berlim onde na bola não manda a Merkel e em que o potentado bávaro pode ficar fora das elucubrações mais bisonhas; um conjunto tuga brioso e ordenado como raro se vê ante estes germanos que nos povoam medos ancestrais e que seria porventura um escudo alargado ao País se a trincheirice clubística não fosse mais parvaque o insano desfile de políticos-comentadeiros e patranhos-candidatos a prebendas e sinecuras; até um reduto de normalidade em mais uma má arbitragem digna de um árbitro espanhol que é, para mim, dos mais fracos do cartaz internacional do país vizinho e que condiz com o seu perfil; e o proteccionismo, colinho em paragens mais paroquianas, dos favores arbitrais ao emblema alegadamente protegido pelos mandantes lá do aréopago, pois da sorte de Neuer não ser expulso logo a abrir não pôde o Shakhtar beneficiar na ronda anterior em Munique e Herrera na época passada com o Zenit... Capazes de tudo e o seu contrário são os árbitros de elite, também eles no panteão dos deuses que deixam todos assarapantados...
 
Mas estava mesmo tudo louco, o Jackson a entrar cheio de ganas sobre Xabi Alonso e a ganhar um penálti a Neuer; o árbitro a não cumprir disciplinarmente com o rigor próprio dos alemães mas para desfeita destes (mais tarde pouparia cartões em faltas nas quais não poupou os portugueses, lembro Lewandowski e até Bose que mereceria um segundo...); Quaresma a ungir a pressão anterior de Jackson e a roubar a bola a Dante; um inferno já quase em cuecas e mal a orgia tinha começado; uma defesa portista posicionada mas apática sem atacar a bola como no seu ataque se fazia e a permitir um golo falso; um FC Porto com uma saúde que andou escondida estas semanas e um perfil mais conservador tão a contragosto dos bávaros que preferem ter a iniciativa mas uma passadeira sobre a qual passearem a sua classe e que lhes foi negada por uma equipa brigona consciente do seu papel.
 
Ora, Lopetegui também reconheceu que o FC Porto pode ter uma inspiração (chamei "mini-mini Barça" contra o "mini-Barça" logo n o sorteio) no Barcelona que Guardiola aprimorou e ergueu ao mais alto galarim da história de futebol, mas vê no Bayern um conjunto psicossomático, enfim, mais de encontro às visceralidades e ADN desse jogo de posse e domínio absoluto da bola, optando desta vez pela pressão fortíssima.
 
Pressão em vez de Posse(ssão), eis a Questão!
 
E foi assim, com um espírito inquebrável e um corpo cheio de delitos incomuns, abençoados por Quaresma a reinar como Rei Mago numa época de céu estrelado como se não a conhecesse, lá foram os portistas a crescer para uma vitória robusta mas ainda assim traiçoeira, de novo percutante na frente sobre os centrais e Jackson, realmente em forma escondida deliberadamente ou não fossem os deuses senhores dos seus destinos, a semear o terror, qual estripador. O 3-1 chegará?, é a pergunta que se impõe, tal como saber se os alemães recuperarão pedras basilares do seu conjunto até 3ª feira, onde o FC Porto chegará sem os laterais Alex Sandro e Danilo, esta noite insuperáveis, tal como aconteceu na ida ao Bessa.
 
Até lá folgam as costas depois de tanto dar o corpo ao manifesto e o resultado até pecou por escasso e por defeito, sem paradoxo: é que foi pena o FC Porto não ter marcado 3 golos em jogadas que construiu em pleno, fazendo-os em lances que podem ser atribuídos a aselhice alheia sem desprimor para o partir da loiça que Jacko e Quaresma provocaram na prateleira do adversário.
 
E no sábado ainda há um jogo para ganhar à Académica, convindo passar o vídeo do Bayern quanto mais não seja por os adversários aparecerem equipados de preto e ser importante estimular a luta contra essa corte de fardados à moda do fanatismo islâmico.
 
Afinal, se os mais pintados nos píncaros da bola terráquea acabaram subjugados, convém não permitir ao contrário a inversão de papéis no regresso à normalidade do campeonato já de si alvo de rocambolescas diatribes que um certo andor tratou de levar ao colinho outro figurão. Porque agora há 2 jogos em 1 para gerir, o próximo e o seguinte. A ver pela forma como o hercúleo esforço foi demonstrado com jogadores prostrados no final, não conviria que as forças acabassem agora que a equipa recobrou de uma letargia que ao nível doméstico já a deveria ter deixado mais perto do pináculo celestial.
 
E se com Jackson é outra coisa, mesmo sem mudar genuinamente o "colored" atacante face a Abubakar, talvez com Tello se possa fazer mais cócegas em Munique, já não no Olímpico estádio onde um golo traiçoeiro e tardio (Linke, 89m) ditou lá a última eliminação no virar do século, precisamente por esta altura, mas no "pneumático" recinto que remete para máquinas só ao alcance dos deuses mas não imunes a furos e despistes.
 
Por falar nisso, mais do que a falta dos laterais, temo a consabida insegurança de Fabiano, de novo mal a sair da baliza e a colocar a bola com os pés. A nódoa além do golo infantilmente sofrido que deve servir de alerta de que uma batalha está ganha mas não a guerra. Porque, enfim, se ousou desafiar os deuses e é lá no Olimpo deles que se tirarão as desforras em que não costumam ser meigos, poupar intrusos e inclusive com graus de parentesco e afinidades várias.
 
Façam o favor, sem se endeusarem, de ler mais histórias de Zeus e outros Deuses para não se deixarem enfeitiçar por entusiasmos pueris e passarem por criancinhas, comidas selvaticamente como manjar dos ditos, depois de jogo tão adulto num concerto de bola como há 10 anos o Dragão não via.

14 abril 2015

Batalha contra o Turismo no Porto para preservar a identidade

 
Mas o presidente da Câmara do Porto, se já tem pouco dito de substancial e feito algo mais substantivo na cidade em relação ao seu incapaz antecessor tão enaltecido por deixar Finanças equilibradas como se fosse o Salazar da companhia moderna para outros virem desbaratar o pecúlio amealhado, em vez de ambiguidades que podem sair caras tem afirmações temendo que "o turista descaracterize a cidade", aí já cai o D. Pedro do cavalo e o Vimara Peres passará a virar-se a Norte e apontar a sua lança, em riste, à Edilidade na Baixa.
 
Evito, em geral, emitir apenas opinião, como é da praxe, insistindo em juntar factos concretos ao tema em aberto. Ora, eram 21.35h de ontem, 2ª feira, e numa das minhas raras incursões nocturnas na Baixa portuense dei um pulo à Batalha para ver o ambiente. Não gostei da caracterização que vi, não obstante a distinta praça estar agora rodeada praticamente de hotéis, além do restaurado Teatro Nacional S. João.

 
Pois ainda há um mês e picos se inaugurou a gema do NH Hotel, da gama alta Collection da cadeia hoteleira espanhola que contrabalança o Palácio das Cardosas que a cadeia Intercontinental explora na Praça abaixo, frente à Câmara do Porto. E vi muitos turistas, pacatos, em geral casais de meia idade, alguns portugueses, alguns jovens também, especados a presenciarem uma cena que eu julgava afastada da caracterização da cidade - e não era pelos turistas, num momento em que se noticiou que o preço por quarto em média cresceu num ano de 67 para 114 euros/noite com a subida do nível da Hotelaria na Baixa.
 
 
O que vi foi, como zombies, embora animados a contrariarem a ideia de macambúzios noctívagos desgraçados sem vontade de cantarolar ou sequer rir, uma fila, umas 30 pessoas, encostada à parede do antigo cinema Batalha e uma carrinha pequena, atrás da qual se alinhavam esperando a chegada, da CASA (como a da imagem ao lado): Centro de Apoio aos Sem Abrigo. Aproximei-me e vi melhor, não fotografei do telemóvel por ser a parte escura pelo edifício degradado do famoso antigo cinema, em contraponto à praça em geral resplandecente de luz. A distribuir comida. Numa área cheia de cafés e restaurantes ainda se pode fazer acção social na Alexandre Herculano/Rua do Sol (Fontainhas) ou mesmo em Cimo de Vila/Rua Chã. Enfim...
 
Ora, nada contra as iniciativas sociais que ajudam os mais desfavorecidos, sendo que eu ainda nos últimos meses ofereci dezenas de quilos de kiwis que produzo à instituição Coração da Cidade, porventura produtos frutícolas já alvo de tentativa de arresto de bens noticiada há tempos por causa de umas multas não pagas, tal o ridículo do confisco fiscal em que caímos.
 
Não sei se Rui Moreira vai cair no ridículo de algum confisco particular e especialmente destinado aos turistas, mas destes vi, sim, muitos abanarem a cabeça em reprovação pela fila de alegados esfomeados ali a menos de 10 metros da entrada do novo NH Colection Porto Batalha, cuja noite pode custar cerca de 100 euros sem pequeno-almoço (pelo qual se fazem pagar bem...). E se ridículo existe é ainda persistirem em manchar zonas nobres, que se querem reabilitadas para atrair turistas e não esmifrá-los, com acções humanitárias relevantes mas que julguei decorrerem noutras áreas. Nunca é de mais enaltecer a acção social e o conforto que tantos voluntários emprestam a esta causa tão nobre e valorosa, um pouco por todo o País, mas há locais que deviam ser vedados a tal "carrossel" em nome da salvaguarda do prestígio da cidade e sem prejudicar os mais necessitados. Não será do mais elementar bom-senso?
 
Os adeptos do Bayern poderão começar já hoje a desembarcar no Porto e alguns alojando-se na Praça da Batalha, onde há uma mão-cheia de hotéis. Um cartaz de visita da cidade, definitivamente já não restrito à Avenida dos Aliados, deve ter outro cuidado, como o FC Porto terá de ter com o Bayern mesmo desfalcado mas sem deixar de desaproveitar-se esta oportunidade de ganhar aos bávaros e elevar mais o nome do clube e da cidade. Talvez voltem a Munique, capital do Estado da Baviera com a sua bandeira azul-branca que é marca da BMW também, o mais rico como motor da Economia alemã e berço do rigor orçamental que impõe ao resto do País com a sua marca liberal mas visceralmente conservadora de Direita, com os fígados deteriorados por uma jogatana de Quaresma e Cª que se agigantem para a qualificação. Mas se forem com os olhos tortos de ver esfaimados alegremente pontuais à espera da carrinha de comida da CASA não creio que o Porto possa ganhar o futuro.
 
E se Rui Moreira, assim, terá mais visitantes a quem extorquir uns euros... duvido.
 
Eu que sou nado e criado na Baixa do Porto e toda a zona histórica, bem longe da Foz tanto dos snobs ricaços como dos pobres ex-FP em zona privilegiada da Pasteleira ao Aleixo, fiquei abismado e percebi que muitos turistas também. Se é esta a identidade, que conheci desde miúdo para o cartaz a calcorrear as ruas descalço, que se pretende para o Porto, a obra de Rui Rio de empequenecer a cidade pode prosseguir, estará em boas mãos.
 
Uma sugestão a Rui Moreira a terminar: suscite que na zona ribeirinha se distribuam alimentos à porta do Palácio da Bolsa, a menina dos seus olhos de alegado liberal e de cujos balcões de pedra já limpa por anos estendeu a sua visão magnânime sobre a cidade, mesmo debaixo para cima, que ainda parece olhar de soslaio, desconfiado da sua iniciativa, como é o caso de sucesso hoteleiro, e com um pacóvio snobismo abatendo-se sobre a "turistada".
 
Não gostei do que vi e não tenho gostado da actuação do presidente da Câmara do Porto, no balanço que já é possível fazer com algum distanciamento e tempo decorridos.

13 abril 2015

Deve ser pela defesa e propaganda do futebol...

 
Eu já achava estranho o Benfica jogar no sábado, mas desconheço que calendário extra têm os encarnados. Mas se estava anunciado para as 16h o jogo do FC Porto e o do Benfica no Restelo às 18h, mesmo que o site do FC Porto tenha comunicado, segundo alguns adeptos, que marcava jogo para as 18h, é inqualificável que a Liga tenha agendado o jogo do Dragão para as 16h e agora venha mudar e sobrepor ao do Benfica.
 
E isto só com um operador e detentor dos direitos televisivos, imagine-se se mais operadores estivessem no mercado... Em tempos, bisonhos, de arrivistas no mercado, no pontapé de saída das tv's privadas cheias de chico-espertos, havia jogo na SIC e na RTP em simultâneo, mesmo de "equipas grandes". Não há dúvida que em Portugal o que está à volta do futebol, e mesmo na sua gestão e controlo, é feito em ponto pequeno, ao nível das péssimas transmissões e iníquas repetições.
 
É demasiado estúpido para se entender. Nem quando a BTV dá os jogos do Benfica em casa a SportTV sobrepõem o seu de um dos rivais. Isto não é dar tiros nos pés, é suicídio puro e simples, estupidez natural e bem robusta.
 
A Liga trata o futebol aos pontapés, os clubes associados deixam e não lamuriam em nome da "coesão" e dos "interesses de todos" e em Portugal, como costuma dizer-se, "o futebol é isto".
 
Não se compare com a Política: no futebol ainda ninguém foi preso, à parte um guru que também pelos direitos televisivos rasgava contratos e julgava fazer como lhe dava na gana. Hoje quem tem os contratos nem faz sequer render o seu produto. A SportTV já filmava mal, comentava mal, anunciava mal os jogos. Qualquer cêntimo nessa esterqueira é mal gasto e nem a oferta alargada de futebol a várias latitudes lhe vale.
 
O clássico exemplo de não saber fazer valer o que se tem, já o demonstrando maltratar. É isto.

12 abril 2015

Ná há crise nem notícias

Já aqui há tempos alertei para o facto e não tenho nota de alguém, em qualquer lado, ter abordado o assunto, mas esta jornada vai acabar praticamente, amanhã, sem que se saibam os horários da jornada seguinte, que é no fds que vem. Isto é fantástico e desmente que nem há crise no futebol e, daí, as notícias não abundam ou se as há nada dizerem. Deve ser por isso que os pacóvios fazem contas de somar a vendas milionárias. E se a taça da treta, com uma final agendada e retocada na data em cima dos joanetes que fazem parte da história do pechisbeque que faltava ao Portugalório da bola tosca, não dá já prémios, em nome das finanças da Liga dos pouco aflitos mas ciosos de terem as velinhas a arder, a verdade é que havendo apenas um detentor dos direitos televisivos não se consegue, hoje, marcar as horas de uma jornada que é já a seguir. Como se meteu o fds e nem site da Liga nem dos dois pasquins ditos desportivos - um diz, agora, que é de "informação geral especializado em desporto" (sic) - vi horários e estou preocupadíssimo em marcar a minha agenda para a semana, não é hoje que vão divulgar a coisa. Fazem bem. É mesmo a única maneira de suscitar curiosidade e estimular o interesse dos grunhos que ainda se importam com as coisas cada vez mais entre solteiros e casados.
 
Deve ser isto a competência dos homens do futebol e a complacência dos idiotas que vão sustentando esta choldra. E quanto à Imprensa da Inspecialidade, ela fala mesmo por si. Como as notícias que nada dizem.
 
Se já julgava isto mau, agora num acardito. É do piorio. Mas a imagem das gentes da bola tuga. Bom proveito.

11 abril 2015

Artista não pode perder protagonismo

O Barcelona demonstrou-o de forma cabal: "cagando" para o jogo em que chegou a 2-0, sofreu o 2-2 perto do fim porque deixou de pensar nele, enrolou a manta e acabou tosquiado, perdendo 2 pontos num jogo em que "facilitou".
 
Esteve para suceder o mesmo ao FC Porto em Vila do Conde: contra o vento nem foi problema, contra um "liner" vesgo que anulou um golo limpo, sem razão, a Brahimi, também foi superado, mesmo que o idiota tenha reincidido na asneira e perdoado um fora-de-jogo a Danilo do qual veio a sofrer um penálti e Quaresma convertê-lo; depois o 2-0 já sobre o intervalo permitiria à equipa jogar com o vento pelas costas na 2ª parte e gerir melhor as saídas para o ataque.
 
Mas foi numa permeabilidade defensiva de Danilo e Maicon, como tem sucedido nas visitas à Madeira, que o 1-2 deixou tudo a tremer sem a equipa de Lopetegui voltar a agarrar o jogo. Pensar no desafio seguinte pode ser perigoso, não houve mais critério nem bom senso nas saídas de bola e o empastelamento da 2ª parte foi pouco menos do que uma vergonha da parte dos jogadores. Hernâni, sempre com vontade mas sem muito jeito, lá tranquilizou após insistência e recuperação de bola de Aboubakar, mas este é mais um exemplo dos jogos pouco conseguidos de uma equipa que tem agora finais autênticas pela frente e com opositores de maior espessura técnica, mental e competitiva.
 
Não pode ser a pensar na Académica que o FC Porto vai receber o Bayern na 4ª feira nem pensar no Benfica quando jogar em Munique. O FC Porto safou-se em Vila do Conde sem esconder as debilidades actuais que não sossegam nenhum portista.
 
Como o Benfica não tem de pensar no jogo seguinte e ainda precisa de vender jogadores por uma "pipa de massa" que dantes dava para um pacote de 5 e agora já cabe em dois como se tivesse a Champions para valorizá-los e alguma final perdida para choramingar, cilindrou a Académica dos bons rapazes do costume, capazes de sofrer dois golos de cabeça com defesas estáticos na zona frontal da baliza e ter a condescendência costumeira de um árbitro que penaliza adversários do Benfica ao mínimo toque e contemporiza com lances que não pune aos benfiquistas (falta que antecedeu o penálti gentilmente concedido ou outra similar, a seguir, de Luisão no meio-campo).
 
Isto para falar de mediocridade geral e tocando a arbitragem de que foi exemplo a besta do árbitro-auxiliar do ataque portista na 1ª parte: o ignaro devia ter sido substituído ao intervalo por indecente e má figura.
 
Pouco melhor tem feito o FC Porto desde que perdeu na Choupana, ainda antes da paragem, a hipótese de ficar a um ponto do Benfica e aumentar-lhe a pressão. Assim, o líder continua a contar consigo mesmo e o FC Porto incapaz de se reencontrar de forma a ver-se dignamente, ao menos com confiança mínima, ao espelho. Depois do 1-2 ainda houve um canto mal controlado defensivamente. E Fabiano voltou a contagiar pela tremideira já insuportável: má reposição de bola com os pés na 1ª parte e má saída a um cruzamento na 2ª parte que poderia ter dado 2-2. Decididamente, não é guarda-redes para o FC Porto.
 
Isto continua muito fraco. E não augura, obviamente, nada de bom para estas duas semanas seguintes. Se o artista quer perder protagonismo, a morte é ao virar da esquina e se calhar nem precisa de duelo ao pôr-do-sol. Estão a pôr-se a jeito.

O Jejus também confunde Lotopegui com Pelotegui


10 abril 2015

Hoje de manhã destruí a bazófia do Arsenal de 1948 :)

 O Arsenal divulgou esta manhã uma das suas memories: neste dia, em 1948, alcançou o 6º título inglês.
No Porto todos se lembram de, um mês depois, no Estádio do Lima, o FC Porto ter ganho 3-2 aos invencíveis ingleses. Just kidding.

Ainda em Outubro passado foi notícia o falecimento de um dos heróis portistas de 6 de Maio de 1948. O link para o site do FC Porto relativo a Sanfins

Manobras de diversão com os árbitros: cantas bem mas não me alegras

À falta de quem faz falta para animar a malta portista, na cabisbaixa modorra dos dias de silêncio e sem perturbar a quietude sonolenta à imagem da gestão da SAD portista, sem se levantarem questões nem questionarem casos, vou só lembrar que hoje começa a primeira jornada do resto do fim do campeonato. Um anódino Arouca-Belenenses que antecede o dia do Benfica-Académica e do Rio Ave-FC Porto.
 
Agora é sempre lamiré sobre os árbitros nomeados, antecedido do banzé da putativa greve agendada mediaticamente e para causar furor tão válido quanto as esparsas indignações avulsas que amiúde ocorrem por aí por coisas mais fúteis, vulgo paneleirices ou merdas da escardalhada insana e inútil.
 
E, contudo, depois de se saber que o anónimo Luís Ferreira - mesmo que já conhecido pelas trapaças do Benfica-Moreirense em que poupou vermelho a Maxi já com 0-1 no marcador - vai à Luz e o portuense Vasco Santos estará em Vila do Conde, parece que se deixou de pensar no assunto e só quando a bola rolar, e algum caso alarmar, se pegará de novo no mesmo para eventualmente deixá-lo cair a seguir, em silêncio, de mansinho, que o FC Porto deixa.
 
Mas é Nuno Almeida que começa a faena esta noite. O que tem? Nada. E tudo.
 
Eu ando cada vez mais distante das indecências da bola tuga cheia de acidentes por relatar e desvendar nas redacções amestradas e nos jornais vendidos em nome da sobrevivência vegetativa. Mas algumas coisas ainda me provocam alarme, mesmo que não se ouça nada por aí.
 
Esta é a jornada que antecede a próxima e a seguinte a que está por vir. Não é a parlapatice dos árbitros para as últimas 5 jornadas, a começar no Benfica-Porto. Bah...
 
Ora bem, o Belenenses tem só seis jogadores à beira da suspensão. O Belenenses recebe o Benfica na jornada seguinte. Já na 1ª volta não utilizou, voluntariamente, dois jogadores seus pelos quais não deve nada a ninguém. Há o risco de perder meia equipa, sabe-se lá se os proscritos da 1ª volta não continuarão à margem das notícias.
 
E o que tem Nuno Almeida a ver com isso? E Luís Ferreira ou a Académica? E Vasco Santos com o FC Porto que nem sequer apitou (e não deixa saudades, é um bimbo portuense à cata de atenção e comiseração lisbonenses)?
 
Resta saber quem será cirurgicamente amarelado nos azuis. O Benfica até tem Sálvio e outro em risco, mas isso é o menos, porque se Luís Ferreira não expulsou Maxi por uma cacetada a varrer por trás não vai amarelar os vermelhos.
 
Entretanto, há 4 jogadores da Académica em risco de suspensão, para o jogo seguinte no Dragão.
 
Serão os de Belém castigados e os de Coimbra poupados?
 
Aceitam-se apostas.
 
Entretanto, Vasco Santos e Nuno Almeida, dois anódinos árbitros tugas que assim continuarão a ser ainda que o algarvio já tenha andado no sobe-e-desce 3 vezes, têm uma história em comum.
 
No Porto-Guimarães (1-0) desta 2ª volta, Nuno Almeida conseguiu amarelar Danilo, Alex Sandro e Casemiro, precisamente os 3 em risco para o Bessa a seguir. E Vasco Santos, então 4º árbitro, logrou impedir - segundo revelou depois Pinto da Costa num exclusivo de O Jogo que o jornal não usou com destaque e como informação relevante - que Nuno Almeida expulsasse um jogador vitoriano que teve entrada para vermelho. Nuno Almeida deu a impressão de ir expulsar um sarrafeiro qualquer mas Vasco Santos, ao que contou PdC, aconselhou apenas o amarelo. E foi assim. Tem sido assim.
 
Na próxima jornada, para onde todos voltam já os olhos, veremos que jogadores Belenenses e Académica terão disponíveis. São os últimos desta tortura silenciosa e sequencial macabra em que roda a máquina infernal da sevícia da Verdade Desportiva nunca tão vilipendiada como este ano mas, lá está, com umas indignações avulsas próprias do vermelhismo político incandescente em ocasiões propícias e clubístico indecente e conivente em jornadas a condizer.
 
O folclore com os árbitros, de resto, nunca acabará com os seus dirigentes manobrados e comprometidos e com apitos sem categoria nem futuro. Cantam mas não me alegram e levantam lebres enquanto a raposa anda na capoeira. Manobras de diversão que não divertem, apesar do circo contínuo e a tenda montada.

09 abril 2015

Esgotaram-se momentaneamente as indignações avulso

Para algo completamente novo, abstraindo da bola quadrada servida aos tugas (faltava o fait-divers dos árbitros ameaçarem greve...) e alfinetando - pinpoint gosto mais - o que (não) se faz na era da Informação que deixa a maioria das pessoas fora do circuito do que importa saber. Dois exemplos que não são dados como exemplo por serem retirados da circulação audiovisual cujos artistas ou TAPam olhos ou cospem para o ar.


As fugas de Informação até a Informação incomodam. Se non é vero é bem trovato. Mas é o que há com os "corporate" responsáveis editoriais das pantalhas da parvalheira.

A Lista VIP perdeu encanto agora que a merda vem à tona.
Os Vistos Gold são apenas o reflexo da Face Oculta.
Faites vos jeux!
 
Num país com os melhores jornalistas do mundo, com os melhores consultores do mundo, com os melhores académicos do mundo, com os melhores economistas do mundo, com os melhores banqueiros do mundo, com os melhores sindicalistas do mundo, com os melhores políticos do mundo e com os melhores cidadãos do mundo, afinal não temos os melhores empresários do mundo!!!

07 abril 2015

Dos caroços de azeitona

Para mim foi claro que houve um "bajón" físico. Outros falaram de tremideira mental da aproximação falhada ao benfas. Mas enumerei os casos de absoluto estouro físico.
 
Pegando o jogo com o Estoril, Herrera confirmou tudo o que antevi. A retoma iria ser dura. Os efeitos estão aí. Foi penoso ver o mexicano, abúlico e idiota a ver um amarelo. Foi o 1º a sair. Os médios estavam por arames, Oli Torres também saiu. E não estava a jogar nada até Quaresma lhe oferecer um golo. Para trás e para o lado também eu jogo. A 1ª parte foi lastimável ontem. Não fosse Quaresma, sozinho, e tudo se complicaria se o 0-0 persistisse. O Harry Potter obrigou Torres e Aboubakar a marcarem. Depois fez ele mesmo 2 golos. Danilo fez o melhor da noite, na única jogada colectiva de jeito.
 
Mas vimos Alex Sandro a não criar uma jogada. Vimos Fabiano a sair mal da baliza outra vez precipitado e a derrubar mais um colega (Marcano) quando podia ter sofrido golo por sair mal, tarde e sem razão a um cruzamento onde chegaria atrasado se o estorilista desviasse a bola para a baliza deserta. E, ainda, o inefável Quinzero, uma nulidade irrecuperável, incapaz de um passe simples em jogada de 4x2 frente à área do Estoril quase no fim.
 
O 5-0 pode deixar muitos satisfeitos, eu não analiso pelo resultado. A exibição foi pouco convincente. E convém o nível físico subir muito e a dinâmica de jogo ser recuperada.
 
Isto está mau e não adianta esconder.

06 abril 2015

Isto não é Quaresma mais dez...

É muito  pior: Quaresma mais zero. Ele e mais nada a não ser os caroços de azeitona a que anda o futebol portista. Não é nada. Está 2-0 e Quaresma acaba de marcar gp para 3-0.

Há só 4 anos: era isto e o 44 estava longe dos sonhos mais húmidos


 
A ironia é serem os figurões syrizas inspiradores da merda que resta por cá terem de pôr um Teixeira dos Prantos qualquer a contar o fadinho - isto se não mandar o Sócrates de turno dizer ao País que não há pasta e o socorro, inevitável, tem de vir de fora. Como sempre com o socialismo encartado de 40 anos de pobreza endémica e estrutural no Portugalório agora devoto das romarias a Évora.

02 abril 2015

Só os burros não aprendem mesmo

Lopetegui perdeu  jeito de escolher o 11 e focar os escolhidos no jogo. Perder 2x em 3 meses com os mesmos erros básicos frente a um adversário que mal joga a bola e estorva e rebola ao arrepio do que deve ser o futebol de competição só por incompetência e aselhice. Vale o que vale mas para  m is importante que falta jogar a equipa dá demasiados tiros nos pés. Daí ter reposto o titulo do anterior jogo falhado na madeira. Paus lascados nas botas e serrim na caximonia.
Estupidez colectiva num barco a deriva.

01 abril 2015

Danilo bem vendido

Nao tivesse eu feito eco há umas semanas da notícia em Madrid do interesse em Danilo,  ironizando com o receio espanhol pelo FC Porto para o sorteio da champions, e hoje consideraria mentira do dia a venda do brasileiro e logo por 31,5 M €. Mas quem encaixa 40M € por ma Mangala até recupera o investimento no que era um flop de 20M €. Mesmo que Danilo tenha melhorado um pouco no último ano.
É de doudos mas saudavel locura..