Tivessem os avançados do Leicester as oportunidades criadas pelo FC Porto - um remate de Corona estourar num poste e Schmeichel com excelentes defesas e mais trabalho do que Casillas - e pelo menos a derrota, costumeira em Inglaterra, teria sido evitada e quiçá até poderia chegar para um triunfo inédito em campos ingleses.
André Silva fez um jogo horrível na recepção e apoio, Adrian Lopez não existiu e o ataque portista quase não se notou à excepção de um lance esporádico de contra-ataque desaproveitado pelo jovem portista. Isto fez muita diferença, com o empate a pairar até ao último suspiro, mas o resultado ficou marcado por um golo evitável e estúpido que foi o espelho da derrota. O suspeita do costume até podem apontar a Slimani, mas Felipe deixou-se antecipaçar infantilmente e ainda, à semelhança do autogolo no Dragão com a Roma, incapaz de agir, reagindo tarde porque não se habituou a atacar a bola e não percebeu ainda a diferença de velocidade do Brasil para a Europa.
E não adianta chorar com uma oportunidade perdida de fazer história cedendo ao histórico atavismo de não se impor com um adversário sem currículo europeu e que nem sequer teve mais futebol do que o FC Porto mas joga simples, fácil e aproveita o que o jogo lhe dá. Mais uma vez, como na 1a jornada, houve muita bola para o lado porque há poucos jogadores à frente da linha da bola. O toque-toque acaba em traque -traque...
Na sequência do 0-4 ao intervalo em Old Trafford notei que nem o FC Porto teria centrais para marcar como os do United (Smalling abriu a contagem) e poderia sofrer. Sofreu. O 1-0 não é sequer um resultado desastrado para comprometer o apuramento, mas pressiona agora muito mais uma equipa que começa mal os jogos na Europa, apesar da vantagem inícial com o Copenhaga, pois também NES tem sido traído com as opções iniciais. Adrian Lopez não existiu e André André voltou a não evidenciar qualidade, enquanto Oliver jogou muito recuado. Quando o espanhol avançou na 2a parte e Herrera e Corona entraram, o FC Porto não só remeteu o Leicester para uma defesa porfiada como ameaçou empatar. Fica aquele travo amargo, pior do que saber s pouco, mas o FC Porto pôs -se a jeito mais uma vez.
Por muito menos o turco Çakir expulsou Nani num M. United-Real Madrid se virmos a entrada de Amartey sobre Otávio. Enfim, falta de objectividade também falta muito ao FC Porto. Continua curto para a Champions.
Relato lúcido do que ontem se passou.
ResponderEliminarSó acho que NES - como todos os treinadores - tem de confiar no trabalho dos seus jogadores. Quando, até toda a imprensa, é unânime que Adrián faz o seu melhor jogo contra o Boavista, entendo porque o NES o colocou... - não há dois adversários iguais, e não há comparação entre boavista e leicester, mas há que saber entender porque o treinador confiou nele... porque o deixou tanto tempo em campo, essa é que é a questão...
Já no jogo contra o Boavista, a demora nas substituições foi o que matou o jogo...