Numa altura em que, foi noticiado, as três televisões partilham os estágios de Porto (TVI), Benfica (RTP) e Sporting (SIC), cedendo aos concorrentes as suas imagens, e quando se discute a viabilidade económica - mais do que política e mais do que um serviço público essencial que não é, mas com dívida acumulada de 800 milhões de euros, convém lembrar - e timidamente foi propalada a hipótese de, finalmente, avançar-se para a privatização do canal público, eis que a RTP surpreende-nos com enviados-especiais a Los Angeles. Motivo: o estágio do Real Madrid.
Acabou de passar uma peça na televisão do Estado, este que nos cobra coercivamente 3 euros na taxa de audiovisual inserida na factura da EDP, da chegada dos espanhóis à capital do cinema. Um filme já visto, decerto, mas com custos a ponderar tanto como as palavras que tal serviço suscita.
12 julho 2011
11 julho 2011
Mercado do lixo, de Hulk a Mourinho
Um tal JRR, do Rascord, que há dias opinava em tese laudatório dos méritos negociais de Luís Filipe Vieira pela transferência de Coentrão para o Real Madrid, deu-lhe poucos dias depois para dar crédito a uma notícia da Rússia e dos seus confins no Cáucaso para falar de uma alegada oferta de 10ME anuais para levar Hulk.
Ou seja, aquilo que em jornalismo e no português corrente pode chamar-se de "broche", com garganta funda, mesmo que em mero exercício de opinião era capaz de contemplar um fait-divers como o de admitir que o FC Porto venderia Hulk por meros 50ME, metade da cláusula de rescisão e, sob esse prisma, uma bagatela.
Há gente que não se enxerga, mas leva a vidinha como se nada fosse. Já nem é de somenos o desplante de não reduzir em um terço o montante arrecadado pelo Benfica na sua mais recente transferência, além de minimizar o efeito desesperado do Benfica em necessário dinheiro fresco e a obrigãção de vender um jogador que beijava a camisola e sonhava com outro clube dos seus delírios de menino. Algo que, felizmente, não tem obrigado o FC Porto a vender ao desbarato, como sugere a notícia sobre Hulk este teimoso que repete diariamente que não quer sair, está num grande clube e com o FC Porto quer continuar a ganhar troféus.
O pior, em suma, é achar que a lógica de promoção, conta bancária recheada e palco atractivo, presente na saída de Villas-Boas para o Chelsea, com todos os "matadores" para se fazer, iria cumprir-se para um recôndito destino russo no instável Daguestão, por metade do preço à cabeça de Hulk e como se este estivesse, como Roberto Carlos, em vias de reforma e não no pleno da sua efectividade com um potencial imenso que atrai os mais endinheirados, e sedutores de verdade, emblemas do continente.
Parece, no entanto, que em vez do bilionário Kerimov, presidente do Anzhi que praticamente ninguém conhecia até ter chamado Roberto Carlos a Makhachkala nas bordas do Mar Cáspio e a norte do Caucaso, foi o defesa-esquerdo a chamar Neymar, nem mais do que um dos mais badalados jogadores brasileiros do momento, acabado vencedor da Copa Libertadores com o Santos mas um fracasso na Copa América pelo Brasil. E além de Neymar, parece que outros nomes do momento no Brasileirão - que decorre enquanto se joga o "Europeu" sul-americano de selecções, coisa que só lá acontece -, como Ganso, outro que não pega na Selecção canarinha.
O que diz Roberto Carlos podem ler aqui: http://football.sport-express.ru/reviews/15073/
O que diz Roberto Carlos podem ler aqui: http://football.sport-express.ru/reviews/15073/
E, para o mercado feito por estes totós, como JRR, não é que, mesmo com potencial cobiça de Madrid e Barcelona, Mano Menezes não acaba por desvalorizar o valor de Neymar ao dizer que deve jogar de cabeça levantada?
Ora aí está como, despretensiosamente, o seleccionador brasileiro põe as notícias de mercado no devido lugar: o lixo. Dizer isto de um que se diz ser, porque não conheço, o maior talento em vista e cobiçado pelos dois gigantes espanhóis só ao alcance ou de um desmancha-prazeres ou de um periodista de circunstância.
Logo Mano Menezes que "desestimou" Hulk para o escrete. E os freteiros, ou "brochistas" de ocasião, ao serviço do Benfica continuam a subvalorizar também as coisas mais básicas quanto ao valor de um futebolista: ter medida certa para uma avaliação que seja mais fiável do que a mais renomada agência de notação financeira.
Pelo meio, Menotti veio arruinar mais a também propagada fama de Mourinho, vulgarizando-o ("Mourinhos há muitos") ao pé de Guardiola e também ele dando por finado o mito de Mourinho, considera, especialmente depois do 5-0. Mas Mourinho não foi o único a ficar marcado para o resto da vida com o Cincazero.
Mas há parolos que continuam a pregar a burros, denotando o nível de ficção animalesca a que chegam.
Outro Deca e...
agora escolha as capas que quer ver hoje do 10-1 do FC Porto na Alemanha...
Entretanto, Falcao marcou os dois da Colômbia (à Bolívia) e segue para os quartos da Copa América, depois de Guarín ter sido o melhor em campo frente à Argentina de Messi. Álvaro Pereira fizera antes o golo do Uruguai ante o Chile (1-1).
Siga para bingo.
09 julho 2011
Lixo
Prontos, das "vassouras" da véspera ao lixo de hoje, literalmente falando e sem especular ou rezingar com a polémica que anda aí com as agências que todos contratam (três principais fazem quase todo, 95% dizem, o mercado e ainda sabemos isto de /pagar-para-ser-comido/) para obter ratings e agora dão-se para descredibilizarem o que ao longo dos anos credibilizaram - e não descredibilizaram quando as agências encobriram a derrocada globalizada em 2008...
Essa polémica não entendo bem, mas entendo bem as críticas que lhe subjazem. Fartei-me de ouvir o coro de críticas que varreu o País, com as mesmas perguntas, inocentes, dos jornalistas em todos os programas e em todas as tv's; e cansei-me das mesmas respostas, sapientes como é norma nestas ocasiões em que todos têm a solução palavra fácil. Até as dos economistas que só são pagos servem para "confirmar", não para antecipar, debatendo-se com o facto consumado e chorando sobre o leite derramado.
E, contudo, o mal vem de trás, antes ainda de existirem agências de rating e que não existiam, infelizmente, na altura em que os Governos malbaratavam todo o dinheiro, próprio e alheio, posto à disposição com o forrobódó eurocomunitário. E se há quem ainda culpe a Merkl e os alemães, acabei de ouvir no fantástico telejornal do Jon Stewart um americano a elogiar os alemães e a lamentar porque é que os americanos não são como eles...
Note-se, porém, que para diabolizar o humorou Moody's em inglês técnico uns tugas já dizem que pagamos ao inimigo para nos avaliar rebaixando-nos, o que não condiz com a factura e que a América, América é que está falida, não nós - como a Imprensa Destrutiva Desportiva faz a incensar os arruinados clubes lisbonenses e ostraciza e minimiza o grande FC Porto superior em todos os níveis.
Mas esses alemães são muito estúpidos: merkel-quer-baixar-impostos-mas-os-alemaes-preferem-o-combate-ao-defice_. Como é que os romanos poderiam conquistá-los?
Note-se, porém, que para diabolizar o humor
Mas esses alemães são muito estúpidos: merkel-quer-baixar-impostos-mas-os-alemaes-preferem-o-combate-ao-defice_. Como é que os romanos poderiam conquistá-los?
Mas nós é que sabemos encontrar os culpados sem os punir cá dentro.
Transposto para o futebol, temos que alguns avisos avulso não resultaram, mas todos sabiam disto que, agora, a Liga de Fernando Gomes expõe: o futebol está falido ou, como nos Governos, estão todos, mas uns piores do que outros.
Ora, se o futebol já não tem solvência para ir aos "mercados" e a banca não tem liquidez, nem interesse se a tivesse, de financiar o desvario gastador, o lixo está à porta.
Ele é o Leiria, melhor a sua Câmara Municipal, que quer vender o Estádio Municipal que o chico-esperto do Bartolas não quer pagar pela utilização mas não arranja maneira de meter lá mais de 900 pessoas em média.
Ele é o Sporting que, com a calimerização habitual, chora e recorre ao mercado aberto da Imprensa dos fretes para passar a mensagem de que tem muitas obrigações no mercado que ao fim de vários dias, e a seis do termo de subscrição, mal vendeu metade - e precisa de financiar-se, a dar mais de 9% de juros, para pagar o louco mercado de jogadores (aí vão 11 ou 12) em que anda a mobilizar as massas com os arautos do costume a ajudarem a vender gato por lebre. E, lá está no Rascord outra vez, o anticapitalista ex-Bloco Daniel Oliveira, a exaltar os milhões que andam aí a voar que espera dêem resultado com a sua equipa...
Lembrar, em parêntesis, que o FC Porto ofereceu obrigações a 8% de juros e a procura superou em muito a oferta, sinal do que é a marca do campeão nacional e o único, à parte o controlado Braga do Salvador, que não está em risco de cair no lixo.
Ele é o Benfica, que pela pandilha amiga de Rascord e Cª brinda ao êxito do presidente e afiança ter sido fantástica a venda do Caientrão, insistindo na versão dos 30 milhões mesmo que na página ao lado ou na edição de ontem o mesmo pasquim assente que há parcelas a abater e se ganhar 20ME é bem bom... mas isso não faz manchetes de recordes e coisas para a parolada juntar no Guiness...
Lixo, ainda, continuam a ser as reportagens televisivas dos estágios benfiquentos, de ululantes adeptos no costumeiro "festival de Verão", em que o pobre do Noé Monteiro, em pleno século XXI, diz que o maior inimigo de Jorge Jesus é o número de reforços a retalho e de estrangeiros aos montes o tempo porque falta pouco para entrar em acção na Champions - como é que Jesus, ao fim deste tempo todo, não se lembrou de começar a pré-época e o estágio mais cedo para chegar com dois meses de treino à pré-eliminatória europeia? Até talvez apanhasse o intrépido repórter "ginebrino" de férias em Maragogi...
Ah, e quanto a lixo, uns totós que também aqui estranham o efeito da globalização andam a perorar sobre a perda de identidade nacional no nosso futebol, com todos os reforços dos grandes a virem do estrangeiro. O problema, para estes, não é o dinheiro gasto, é o reforço estrangeiro num país que subscreveu - tal como a avaliação das agências de rating pela qual paga como os outros - todos os acordos, especialmente aquele, acho que chamam de Lomé, que permite contratar todo o bicho careta do resto do planeta, cego, surdo ou perneta.
Só falta que, neste choradinho ignóbil, acendam uma vela por Carlos Queiroz e o seu problema, vencido sozinho, para renovar a Selecção Nacional depois de lhe andarem a cortar na casaca a cabeça...
O que vale, porém, neste lixo todo, é que mais um chico-esperto do Rascord, com pena de Messi andar perdido na sua selecção lá pelas Pampas, garantir que Paulo Bento descobriu como fazer render CR7 por Portugal.
Boa, tava a ver que não tínhamos olheiro esperança e ninguém reparava como CR7 brilha com a selecção. Mas esse brilho vale bem mais que uma ida a casa de penhores para evitarmos o lixo descontrolo desportivo de não nos apurarmos para o Europeu graças a CR7 e Paulo Bento. Este pasquineiro é como os economistas que acham que está tudo bem quando corre bem. Enquanto não há agências de rating para entalar a pasquinagem... entretendo-se com uns prémios que a única agência (Meios&Publicidade) distribui pela aldeia dos intrépidos meia dúzia gauleses, como os Globos de Ouro são para as mesmas caras que vemos com nojo todos os dias na pantalha...
Por falarnos parolos do Guiness, somos bons é nisto: http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Amarante&Option=Interior&content_id=1902310
Por falar
Só nos faltava o falo de Amarante, que condiz com a lenda cantada pelo padroeiro local:
"S. Gonçalo de Amarante
que estais virado prà vila
virai-vos prò outro lado
prò sol vos dar na pila"
Boas Festas aí durante o fim-de-semana
08 julho 2011
Vassouradas
Pois este marmelo, mais um árbitro do Porto que se cobriu de merda com o medo de apitar em Lisboa e em especial na Luz, lá acaba suspenso. Só se perdem as que caem e seguramente ficará marcado para a próxima época. O Vi-te ó Pereira irá nomeá-lo para os jogos do benfas ou terá medo da represália/desafio de Luís Filipe Vieira a quem o chefe dos árbitros garantiu que lhe explicaria pessoalmente, em privado de certeza, porque razão não nomeou Paulo Costa, irmão deste Rui Costa de óculos vermelhos, para jogos do fraudulento campeão nacional de 2009-2010?...
E se, mesmo tardiamente, vamos tendo vassouradas, pois há quem, mesmo no pico do sensacionalismo tablóide, faça autolimpeza: Murdoch anunciou que vai fechar, depois da próxima edição a sair no domingo, o mais sensacionalista dos sensacionalistas jornais que o mundo moderno poderia admitir, o semanário de maior circulação na Europa e que marcou a era pela qual os diários anglosaxónicos se inspiraram.![]()
Chegará a mesma coragem aos pasquins desportivos de trazer por casa, autênticos órgãos de propaganda lisbonense, e cujos patrões vêm as vendas cair a pique?
07 julho 2011
Papel higiénico imprestável e guardanapo vomitado
Cada vez mais um palco de farsas e indignas comédias, o mundo da informação espacial desportiva em Portugal revela-nos o fundo em que, quotidianamente, bate o podre coração de certos jagunços da palavra.
Seja pela pantomina deste em baixo, incapaz de fazer simples conta de merceeiro e retirar da cláusula decandata as parcelas de agente envolvido, fundo de investimento e propina a clube-escola. O suficiente para retirar um terço do montante sonante, previsto mas irReal. A que se deve juntar, entretanto, no que os contabilistas oficiais de tão "bom negócio" cola a propaganda fácil e ridícula e o microfone ajustadamente venerando, o pagamento por um jogador contratado no clube espanhol. Enfim, mais do mesmo, a porcaria de sempre, o dia-a-dia do engano permanente, profissionalizado, organizado e sem-vergonha, sem decência, sem pudor. Nada.
E, entretanto, se falamos de papel higiénico imprestável, o dia passado propiciou outra lição para o pobre e imoral futebol de trazer por casa: a falta de transparência a que se deve servir o pobre indígena madeirense querido a suscitar a ira do povão da bola pelo valor, idiológico e idiota, de saber o significado de um guardanapo.
O tipo, repelente só de figura e com historial de favores e sabujice na Madeira de todo o controlo de bicho insular proclamando a independência, que queria vender um jogador que não era dele, bramindo uma oferta de terceiros em que lhe caberia 20% a subtrair ao clube vendedor por direito, leva mais uma lição de transparência a que há 30 anos não está habituado por entre a frondosa vegetação da bela ilha de tão feios figurantes.
O tipo, repelente só de figura e com historial de favores e sabujice na Madeira de todo o controlo de bicho insular proclamando a independência, que queria vender um jogador que não era dele, bramindo uma oferta de terceiros em que lhe caberia 20% a subtrair ao clube vendedor por direito, leva mais uma lição de transparência a que há 30 anos não está habituado por entre a frondosa vegetação da bela ilha de tão feios figurantes.
Ainda bem que, por muitos defeitos que tenha o futebol brasileiro, a transparência ainda é possível entre a gritaria da rádio, os montes de jogos e as milhares de transferências anuais de lá para cá.
E o Atlético Mineiro cava fundo para expor toda a verdade na questão-Kléber:
"O Atlético Mineiro anunciou ontem que recebeu 2,4 milhões de euros pela transferência de Kléber para o FC Porto, explicando ainda os motivos porque recusaram a proposta do Sporting. "Conforme oferta recebida no último final de semana, o Atlético Mineiro negociou os 50% dos direitos económicos que detinha do atacante Kléber e transferiu-o para o FC Porto por 2,4 milhões de euros, valor que receberá em sua totalidade. Anteriormente, o clube havia recebido uma proposta de 2,53 milhões de euros, do Sporting. A proposta foi recusada, uma vez que, conforme contrato de empréstimo, o Marítimo teria, à época, direito a 20% desse valor. Receberíamos, então, 2,024 milhões de euros", podia ler-se numa nota de esclarecimento publicada ontem no site oficial da formação brasileira. Foi ainda acrescentado que, para além de "uma condição financeira mais favorável" para o clube, o Atlético de Mineiro "respeitou a vontade do jogador", que manifestou "interesse em se transferir para o FC Porto" e que "nunca recebeu qualquer contacto do Sporting". Os restantes 50 por cento do passe de Kléber estavam divididos pela Traffic (30%) e pelos empresário do avançado (20%). in O Jogo (destaques meus)
Portanto, entre guardanapos e farrapos, um Bokassa menor da Madeira que quis vender o que não era dele, pretendia ainda agrilhoar um jogador, que não lhe pertencia, ao seu interesse pessoal de sacar um quinto do valor em causa, prejudicando o verdadeiro detentor do direito económico. Não sei se a exploração do areal marítimo dos ilhéus renderá tanto quanto seria possível num "cambalacho" destes; mas pelo interesse do bicho da Madeira é bem capaz de ser tão tentador ao ponto de apontar pecados a outros, que seriam ingénuos e desculpáveis, face a tanto pecaminoso e cumulativo acto de usura, proxenetismo e peculato de uso - trazido à tona na proverbial mistura com o venial pecado da vaidade de se pavonear na Imprensa do "contenente" e o incontido terrorismo verbal em folheto de propaganda adequado. sic transit gloria mundi
À parte: o dia passado ainda confirmou o que muitas notícias revelavam http://www.jn.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1898958 sobre a violência nos jogos de miudos perpretada pelos progenitores dos mesmos. E porque não recuperar as histórias de miúdos agredidos em Lisboa e arredores, onde espacialmente se concentram esses casos?
"O Atlético Mineiro anunciou ontem que recebeu 2,4 milhões de euros pela transferência de Kléber para o FC Porto, explicando ainda os motivos porque recusaram a proposta do Sporting. "Conforme oferta recebida no último final de semana, o Atlético Mineiro negociou os 50% dos direitos económicos que detinha do atacante Kléber e transferiu-o para o FC Porto por 2,4 milhões de euros, valor que receberá em sua totalidade. Anteriormente, o clube havia recebido uma proposta de 2,53 milhões de euros, do Sporting. A proposta foi recusada, uma vez que, conforme contrato de empréstimo, o Marítimo teria, à época, direito a 20% desse valor. Receberíamos, então, 2,024 milhões de euros", podia ler-se numa nota de esclarecimento publicada ontem no site oficial da formação brasileira. Foi ainda acrescentado que, para além de "uma condição financeira mais favorável" para o clube, o Atlético de Mineiro "respeitou a vontade do jogador", que manifestou "interesse em se transferir para o FC Porto" e que "nunca recebeu qualquer contacto do Sporting". Os restantes 50 por cento do passe de Kléber estavam divididos pela Traffic (30%) e pelos empresário do avançado (20%). in O Jogo (destaques meus)
Portanto, entre guardanapos e farrapos, um Bokassa menor da Madeira que quis vender o que não era dele, pretendia ainda agrilhoar um jogador, que não lhe pertencia, ao seu interesse pessoal de sacar um quinto do valor em causa, prejudicando o verdadeiro detentor do direito económico. Não sei se a exploração do areal marítimo dos ilhéus renderá tanto quanto seria possível num "cambalacho" destes; mas pelo interesse do bicho da Madeira é bem capaz de ser tão tentador ao ponto de apontar pecados a outros, que seriam ingénuos e desculpáveis, face a tanto pecaminoso e cumulativo acto de usura, proxenetismo e peculato de uso - trazido à tona na proverbial mistura com o venial pecado da vaidade de se pavonear na Imprensa do "contenente" e o incontido terrorismo verbal em folheto de propaganda adequado. sic transit gloria mundi
À parte: o dia passado ainda confirmou o que muitas notícias revelavam http://www.jn.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1898958 sobre a violência nos jogos de miudos perpretada pelos progenitores dos mesmos. E porque não recuperar as histórias de miúdos agredidos em Lisboa e arredores, onde espacialmente se concentram esses casos?
06 julho 2011
*****
Os novos equipamentos. Pouco ou nada têm a ver com as simulações veiculadas na net: adoptadas por um ou outro blog, sem mais nada que fazer e só para encher o dia, vá que não vá; mas até o Rascord chegou a publicitá-las... Enfim.
Como se vê, comparando com o que apareceu por aí, o principal tem mais branco que azul à frente e eu não gosto tanto. O alternativo, preto com um W azul, é pouco vistoso. Olhem, eu que gosto da cor laranja achava mais piada ao alternativo proposto na net.
Como sou algo desconfiado, sendo estas as versões oficiais, porque é que não aparece o escudo de campeão na camisola?
Bem, quanto aos bermelhos, na época passada vaguearam entre meter três estrelas pequenas sobre o emblema e uma estrela apenas mas maior um bocadinho. Fizeram as contas e esta época lá meteram duas estrelas. Por causa, dizem, de uma coisa de há 50 anos. Acho que no ano passado também era por algo de há meio século. Andam confusos, só pode.
Em menos de 25 anos já o FC Porto ganhou o direito a ter duas estrelas de campeão mundial no emblema, como sugerimos há anos e aí voga, à direita, no cubo mágico em rotação quartziana...
05 julho 2011
Madrid, cidadão português de primeira e de segunda
Coentrão assinou e já mostrou o polegar para cima, em Madrid. Uma imagem de marca, até certo ponto, ou uma imagem apenas. Tal como a RTP, do chamado serviço público de televisão, que segue a par e passo as peripécias da presença do novo jogador do Real Madrid. Seja pelo clube de partida, seja pelo clube de chegada, há claramente uma marca de parcialidade.
Adenda (política): neste Dia Histórico, digno de http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/4452549.html, concordo também com isto: http://cachimbodemagritte.com/3157962.html falta acabar com a RTP pública. O de cima é só mais um (mau) exemplo.
04 julho 2011
O espião distraído dos Parodiantes de Lisboa
Há uns anos, quando mudámos, com o Euro também, da Idade Média para o séc. XXI, como no naming original em Alvalade, Dias da Cunha, antes ainda de mobilizar "chaimites" para travar os desordeiros do Porto vestidos de SuperDragões, teve uma ideia luminosa para explicar como do provável hexacampeonato portista o Sporting terminara o jejum de 18 anos sem ser campeão. Disse, sem as indicações de Alzheimer o tolherem, que "o monstro estava distraído". Uma distração que durou três anos, com o bodo aos pobres
repartido por Boavista (2001) e de novo o Sporting (2002).![]()
repartido por Boavista (2001) e de novo o Sporting (2002).
Bem, fora Shaffer, Sepsi, Wass, Matic, Balboa, Makukula e Adu, o espião distraiu-se outra vez ou não lhe pagaram o telemóvel tão útil noutras circunstâncias capazes de desviar James, Álvaro e Falcao da rota da Luz. Vejam o par, que o Rascord garante que promete, que não chegou ao Dragão. E a equipa inteirinha que o Sporting já comprou, pelo menos para não culpar os antecessores de Domingos e de Carlos Freitas de mais uma época pó lixo. Onyewu há anos que era falado para o Dragão, coisa de que ninguém se lembrou agora que arribou como um craque que ninguém sabia. E o Wolfswinkel, que nem a net nem os resumos da SICN a dar todos os golos da Liga Europa desvendaram tal talento aos mirones da nação, era tão desconhecido que ninguém reparou na fartura de golos do rapaz do Utrecht... Distraídos e néscios, seguramente.
Já não há espiões como antigamente. E passei um fim-de-semana sem saber disto, tudo por causa de um espalha-brasas que não se distingue da maralha opinativa-televisiva que entretém o pagode e tantos levam a sério.
01 julho 2011
Uma mão cheia já não chega
O sorteio do campeonato não incitou muitos comentários como se viu em baixo. A malta do Porto costuma revelar esta indiferença perante tudo: é o calendário, o início de época, os jogos de preparação, o mercado, etc., porque só importa o essencial que é jogar e ganhar. Prontos, é a alma da gente, que não se põe em pulgas como a cambada benfiquista logo a fazer conjecturas do braço dado de Pinto da Costa e Rui Alves e a primeira saída complicada do Benfica à Choupana.
A esses, que à partida encontram logo explicações prévias a um potencial desastre competitivo, também escusam se de pôr em pulgas com o título, porque aquele em cima não é na expectativa de fazermos melhor do que o Cincazero de 7 de Novembro do ano da graça de 2010. Não, o destaque, meu, é outro.
Aos quatro títulos colectivos do FC Porto em 2011-2012, Hulk juntou, ontem, os troféus de melhor marcador e de melhor jogador do campeonato. Seis, ao todo. E, contudo, para o jogador que está há 39 jogos sem perder no campeonato desde que terminou uma absurda, estapafúrdia e persecutória pena de suspensão de três meses e 18 jogos no total, praticamente nenhum jornal fez este destaque que o Record lhe deixou, aqui:
Não vi foto ou título noutro qualquer periódico online, sendo certo que no papel todos o referiram, mas quase sem o destaque merecido. E também convém ver o craque vestido de gala, já agora, pela que também a foto é retirada do jornal lisboeta.
Entretanto, começou, sem ondas nem palavras, a época do FC Porto. Serenidade, logo trabalho, poucas falas, nenhuma surpresa. Estão os que deviam estar e até se estranha como Iturbe teve licença para continuar nos sub-20 argentinos e James não com a sua Colômbia que até jogará em casa o Mundial respectivo.
Hoje começou Djalma, porventura amanhã já estará Kléber e o presidente do Marítimo fica entre comer côdeas ou falar sozinho... O tipo que queria vender um jogador que não era dele, que acaba de vender o seu guarda-redes ao Sporting sem falar mal de ninguém só promete revelar alguma coisa sobre um processo em que perdeu na instância desportiva da Liga que o mandou dar uma volta como cinco dias à Áf. Sul que é para onde vai agora... Djalma ou Kléber também mexem pouco com o pessoal e eu nada acrescento.
Entretanto, não sabemos se Beto vai mesmo para o Panathinaikos graças à vinda de Bracalli. Gosto de ambos e já o escrevi por aqui. Creio que foi no 4-0 de há um ano na Choupana que disse ser Bracalli merecedor da atenção do FC Porto. Para mim tem qualidade para este clube. Como tinha Beto e, aí sim, tenho pena que não jogue mais, até por considerá-lo o melhor português na baliza e ser injusto que não vá à selecção e tenha de rodar no estrangeiro. Mais novo e nacional, bom por igual, preferia Beto a Bracalli, mas o futebol não tem muita lógica e muito menos justiça, sendo que pagámos o primeiro ao Leixões por meio milhão e só cá esteve duas épocas e devia ser mais rentável a sua participação. Mesmo que o segundo venha a custo zero, mas sendo já mais velho e, lá está, não português, o que é sempre uma perda e uma pena sem ostracismos quanto a estrangeiros. Gosto de Bracalli, mas acho que Beto merecia mais. Finalmente, a saída de Kiesczek é natural, nunca concordei com isso, frisei-o desde a primeira hora, fez-nos perder, com um frango muito feio, a possibilidade de conquistarmos a Taça da Liga (1-2 com o Nacional) e não é admissível ter um estrangeiro como 3º g.r., repito-o.
Vai haver exames médicos e pequenos treinos pelo fim-de-semana e pouco mais para dizer, pelo que... desfrutem. Como dizia, quase excitado, o repórter entusiasmado da RTP nas raras imagens do 1º dia portista que outras tv's não captaram não sei porquê, os adeptos do FC Porto estão contentes porque, à parte AVB, para já a estrutura está intacta. Temos uma equipa técnica - outra nota não sublinhada como deve ser - dedicada à Periodização Táctica, metendo bola logo no primeiro treino como em todos os que se seguem, embora os adeptos portistas torçam o nariz a nomes e caras que não conhecem como se os adjuntos fossem tão importantes como o reconhecimento dado a Vítor Pereira como nº 2 na época passada...
Não fosse um chico-esperto como o Bernardo Ribeiro digno do Rascord, hoje, lembrar-nos que até ao fim do mercado, daqui a dois meses, podemos perder pau, bola e tudo o mais, sendo óbvio e fruto apenas da valorização extraordinária, que não é enaltecida, que os activos merecem no FC Porto, e teríamos um período mais ou menos longo sem outras preocupações... mesmo em risco de perdermos jogadores como Quaresma no último dia ou Meireles logo após o primeiro troféu oficial. Porque as regras são estas.
Em tempo (adenda e um àparte): como o FC Porto na nova época, o novo Governo entrou em funções e apresentou o seu Programa, aprovado na AR. Entretanto, saem do armário mais uns esqueletos, como mil milhões com a garantia da Nação para o BPN, com autorização socialista do "socialmente gastamos", se endividar sendo tido como o "banco da direita" e digno dos liberais mas mantido ligado à máquina gastadora socialista que fez publicar, hoje, no DR esta nova sucção de dinheiros públicos com a garantia do Estado, e uns quantos entretêem-se a ver quem é o mais liberal desta rua em que muitos ainda não entenderam como e de que vivem. Mas sentiu-se já a aragem da boa educação, para mais com uma acção programática contundente e de muito agrado do novo ministro da Educação, a fazer jus ao rigor que exigia nos exames de Matemática de cuja associação de professores Nuno Crato era presidente. Uma convivialidade e sociabilidade, com ênfase a responder de bom grado às perguntas da Oposição após seis anos de tergiversações e diatribes comunicativas de só cretinos, mesmo a contagiar os anteriores arrogantes e persecutórios governantes e seus apoiantes que até furtavam gravadores de jornalistas; e também boa disposição, como a simpática presidenta do plenário que o nosso PCOS, num comentário de há dias, garantiu ser uma grande portista. Assunção Esteves fez até o gesto ternurento e afável de "tau-tau" a Luis Fazenda que, lá do seu Bloco resmungão mas impraticável, quer tudo passado a papel, apesar de aconselhado a consultar mais a net parlamentar. Pelo menos essa informação pela via tecnológica os anteriores governantes não condicionaram, na forma de apagarem ficheiros e esvaziarem discos duros como os capangas das Finanças fizeram para não se ver as malfeitorias que agora levam todos a pagarem com metade do 13º mês. Livra, é muito azar...
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