No início do campeonato propus aqui um desafio: que recorde bateria o FC Porto no final da 1ª volta? Uma só resposta apontou para se perfazerem 54 jogos sem derrotas à 15ª jornada, superando os 53 jogos sob o comando de Bobby Robson sem perder. Vítor Pereira superou a marca e levou-a mais longe, até 55 jogos de imbatibilidade.

Vítor Pereira não deixou de reconhecer o mau jogo do FC Porto, numa análise para dentro que nem todos fazem como autocrítica que supere os insucessos e torne uma derrota no início de outro ciclo de vitórias. Mas frisou bem a calamidade da arbitragem do trio sadino cirurgicamente escolhido para Barcelos. Bruto do Caixão, coincidentemente, já tinha estado na derrota portista de Coimbra, em Outubro, para a Taça, aí sem reparos ao seu trabalho.
Artur Moraes, guardião do Benfica, lembrou há dias, na fase de desculpabilização costumeira naquelas bandas, que o discurso pós-jogo de Vítor Pereira parece ter virado a arbitragem contra o Benfica, alegadamente afastando os encarnados do topo, onde ainda se mantiveram, sendo que a vantagem alargada a 5 pontos, então, era precisamente fruto de benefícios de arbitragem dos muitos que o Benfica teve ao longo da época. Contudo, as declarações do g.r. brasileiro têm outro mérito:
- atribuem ao treinador portista o dom da palavra e de influenciar, logo de passar a mensagem, de ter poder de comunicação com a frase de Vítor Pereira: "Se querem entregar já as faixas a outra equipa digam claramente" - ao contrário do silêncio da "estrutura" que se repetiu tal como em Campo Maior com o mesmo árbitro de má memória e ao contrário dos dizeres de VP não saber falar para a CS;
- ao Benfica não fez mossa, nem causou indignação, quer a arbitragem do bruto do Caixão em Barcelos quer a do portuense Rui Costa na Feira, onde com 0-0 e antes de os locais fazerem 1-0 é anulado injustificadamente um golo legal por fora-de-jogo inexistente, seguramente um lance tão claro na sua legalidade como não foi o que os benfiquistas propalaram de ilegalidade gritante no badalado e decisivo tento de Maicon na Luz.
Ora, este é um ponto a favor de Vítor Pereira que Artur Moraes esgrime, à revelia das sentenças idiotas propaladas pela opinião que se publica sobre a falta de qualidade e assertividade do discurso do treinador do FC Porto. É mais um mérito que não lhe reconhecem, depois de alvitrarem coisas sem nexo a respeito da impreparação mediática que, como outras, seria de esperar para um estreante nestas andanças. Realmente, com adeptos amigos destes, para que eram precisos os grunhos da vida airada e as malucas de Lisboa?
O problema é que, dessa maneira, num jogo que eu não vi e não pude avaliar correctamente, o Gil Vicente-FC Porto (3-1) impediu mais um título nacional sem derrotas, na esteira do anterior com AVB. E dois títulos seguidos sem derrotas seria afronta inaudita para a malta de Lisboa que julgava poder cantar o feito do Benfica de Hagan de 1972-73.
Precisamente alvitrei eu, no início da época, não ver em circunstâncias normais, e apesar da insuficiência do ponta-de-lança após a partida de Falcao, qualquer equipa em Portugal capaz de derrotar o FC Porto. E que, desse modo, era muito provável que ganharíamos de novo o campeonato invencíveis, prolongando uma série que podia ter atingido 69 jogos iniciados ao tempo de Jesualdo Ferreira.

Ou me engano muito ou, por um feliz acaso, no zapping deu de contas com o Rui Prantos a falar de o Benfica ser levado ao colo. E assim pensaram até caírem na real e agora desatarem a dar o dito por não dito, revirando as coisas para conveniente lavagem cerebral típica de quem tem ligação directa da cabeça aos intestinos.
Boas
ResponderEliminarNesse jogo em barcelos simplificamos bastante a vida ao paixão mas "lá porque não ligamos o alarme de casa não quer dizer que o ladrão seja desculpado"
Um dos penalties a nosso favor, ainda estava o jogo em 1-0, para além de possivelmente dar o empate, ficariamos a jogar contra 10 porque foi uma cotovelada ao defour que lhe partiu a cana do nariz.
muito boa a imagem de defour a protestar com o nariz cheio de sangue com o paixão e este a encolher os ombros e a dizer que nada viu
Nesse jogo não jogaram o ulk e o fernando e foi um puto dos juniores (vion) para o banco. Foi também o primeiro jogo do Helton sem braçadeira.
também o último jogo antes das saídas de bellushi, souza, guarin e fucile do plantel. Cebola ainda fez uns jogos.
Abraços
A revolta do Feirense, no jogo contra os vermelhos se calhar foi calada com a promessa de que este ano ninguém desceria de divisão, como propalou aos sete ventos o Presidente da Liga.
ResponderEliminarA mim custa-nos a entender como é ninguém protestou violentamente por aquilo que se passou nesse jogo. Se fosse o FC Porto, ainda hoje estariam a gritar pela Uefa e pela Fifa.
Não entendo.
http://portodragoinfire.blogspot.pt/
Por este andar ainda teremos o Antonio José Seguro, líder do partido que levou o País à ruina, a dar uma entrevista a dizer que há que mudar qualquer coisa na arbitragem...e que o se passou este ano não se pode voltar a repetir!!!... Segundo a perspectiva do regime. Com a ajuda da empresa do socialista e aziado sportinguista Rui Oliveira Costa subiria imediatamente nas sondagens! Acho que já faltou menos...
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