15 março 2010

Benfica está para ultrapassar o Sporting...














(corrigido)
... a ver qual chega primeiro aos 100 penáltis, o facto da jornada 23 da malfadada Liga 2009-2010! Paulo Vigarista apareceu em pleno, agora antes do jogo com o Braga mas sempre com David Luiz em acção...




Não sei o que mais considerar de tão ridículo nesta jornada 23:

- a alusão ao golo em fora-de-jogo no 1-0 do Sporting, que na SICN passou como "Grimi liberto de marcação";

- o sem génio Queirós um ersatz de outro palerma de cabelo aos caracóis em nome da "verdade desportiva", a comentar na sua vacuidade habitual que "o penálti falhado de Cardozo ocorreu com 0-0, mas o de Falcao foi já a acabar o jogo e com 1-2 para o Porto";

- ou a dupla invenção de uma falta e de metê-la na área para dar penálti e um empurrão para a vitória do clube do regime, por parte do Paulo Vigarista que se fez notar na época passada no Benfica-Braga com um golo irregular (como ontem o de Grimi, mas também incólume a escândalos na Imprensa Porreiro, Pá) de David Luiz e um penálti perdoado a esse mesmo jogador por derrube a um bracarense e que levou o treinador dos minhotos, então, Jorge Jesus a comentar que para ser campeão com arbitragens assim "só na Playstation" (este ano nem isso).


Enquanto o FC Porto mete a cabeça na areia para desenterrá-la apenas para "responder" a uma bolha especulativa e descredibilizada, alheando-se das eleições da Liga da forma esquizofrénica como o PSD sufraga a Lei da Rolha internamente, clube e partido sujeitando-se ao "aproveitamento político" das suas decisões como autênticos "tiros no pé", o campeonato segue no ritmo das arbitragens tão bipolares quanto a Carolina e a atitude competitiva dos dragões agora ressuscitada em Coimbra - e para a qual muito contribuiu (ai que saudades...) a raça e a voz de comando de Bruno Alves como se um bicho lhe tivesse picado para despertar dos mortos-vivos e, desta vez, sem menções pela liderança na blogosfera azul-branca...


Apesar de, sem surpresa, os escândalos de arbitragem terem desaparecido das encomiásticas manchetes dos "desportivos", qual "Omo lava mais branco", banqueteando-se entre o festim e a prosápia de feira, continua eloquente, mais do que o desígnio do "melhor futebol", a forma discricionária como são dirigidos os jogos do FC Porto e do Benfica.


João Capela, que em 27 minutos expulsou na 1ª volta dois leixonenses e marcou uma grande penalidade para o Benfica, no sábado só amarelou Cris à quarta entrada mais dura, qual delas a pior, inventando um penálti em lance inócuo contra o FC Porto.


Tem sido uma sucessão de "casos de estudo" as diferentes formas de apitar, levando Vi-te ó Pereira a considerar faltas de isenção no dever dos árbitros. Os mesmos tiques arbitrários de sempre, o proteccionismo descarado a entradas repetidas em falta de Javi Garcia, os encostos no adversário perdoados a benfiquistas e punidos aos adversários em faltas marcadas de forma tão leviana que deu em transformar um tropeção de David Luiz em si mesmo num penálti alegadamente cometido mais à frente.


Ver, por exemplo, esse descalabro permanente que é Bruno Paixão a marcar falta num livre vitoriano sobre o intervalo, ainda com a bola cruzada da esquerda a sobrevoar a área sem alguém poder chegar-lhe nem ter havido sequer o mínimo contacto entre jogadores adversários (viu-se na repetição e é paradigmática esta imagem de arbitrariedade funesta e absolutamente inexplicável).


Com mais um penálti por marcar contra o Sporting (Polga a deter o remate de Nuno Assis rumo à baliza) e outra defesa com o braço de Cardozo (fora da área) a acabar na Madeira, um fartote de lances sem expressão analítica pelos apressados mentores da "verdade desportiva" nem correspondência nas "imagens à lupa" nos jornais: o Rascord conseguiu ver falta dentro da área no penálti do Benfica, como na semana passada vislumbrou um penálti de Bruno Alves sobre Djalmir quando eu pensava que só tinha havido um derrube de Castro a R. Micael após Falcao ter atirado ao poste.


E, com isto, se repararem na coluna do lado que uma alma caridosa teimou em actualizar, já o Benfica conta 97 penáltis desde 1995-96, menos um do que o Sporting que há anos detém o recorde de mais penáltis a favor e ainda tem o de menos penáltis contra, rumo aos 100 nas tabelas que estão publicadas ao lado direito desta página.


Todo um paradigma do que é o futebol português e o penálti do Paulo Vigarista agudizou com os acólitos mais ou menos reconhecidos como João Capela contra o FC Porto e Bruno Paixão a favor do Sporting.


NOTA: palavra que fiquei perplexo pelos 65 "cliques das estrelinhas" no post anterior, aqueles que habitualmente carregavam como "avaliadores" e triplicavam o número de corajosos e dedicados a escrever comentários. Com o blog uma semana fora de acção (e esta se seguirá também), mas sete ou oito mil visitas (número habitual por semana) de "mirones" ou decepcionados por não poder dar continuidade a este trabalho, registei também referências elogiosas em alguns quadrantes face ao fim do blog com a parca esperança de animá-lo sempre que eu pudesse. Subitamente, concretiza-se agora pelas incidências do fim-de-semana e o destaque merecido estampado no título que bem poderia ser "business as usual" ou "the show must go on", mas também porque, presumo que o Zirtaev, actualizou-se pontualmente a tabela dos penáltis que me levou a escrever com o "bichinho" do costume antes de ausentar-me por mais uns tempos.

Não fosse isto dos penáltis, que muitos aceitam como ocorrência inelutável na tragédia da imensa incompetência da arbitragem à portuguesa que Benfica e Sporting bem estranharam na jornada europeia (ouvidos os assobios da Luz contra o justo árbitro alemão e os leões, calimeros sempre, falaram de dualidade de critérios em Madrid, com Miguel Veloso useiro e vezeiro em faltas que ontem também lhe pouparam um vermelho), e nem cá viria comentar a RELATIVIDADE dos resultados e "infelizmências" das coisas da bola, onde o 5-0 do Arsenal-Porto nem é o fim de ciclo (nunca o descrevi assim) nem o fim do mundo, face à eliminação do Real Madrid (que há um ano levou 4 em Liverpool), aos 4-0 do Milan em Old Trafford ou aos cinco que as equipas portuguesas na época passada levaram lá fora (convém avivar a memória) - mas nunca O Jogo titulou como "humilhantes" que pelo visto só atribui às goleadas sofridas pelo Porto...