17 maio 2011

Dublin: contagem decrescente (VI)

A propósito de eventos, visibilidade, investimento e retorno, o que liga o sócretinismo, o ministro dos corninhos e José Mourinho?



Falharam todas as previsões e acabam a época derrotados.





Mas não vai aparecer assim.

Portugal não vai ter a Ryder Cup, camaradas, pá!

E o que é isso?





Perguntem aos irlandeses, que sabem mais disso do que de futebol. Em concreto.


Enquanto a demagogia marca a pré-campanha eleitoral em que toda a Oposição deixa, culposa e dolosamente, escapar por entre os dedos a hipótese de julgamento popular (e posteriormente na Justiça que perca o medo com o fim do miserável socratismo responsável pelo abismo em que caiu Portugal) que nem uma vitória por meio a zero ajudará a expiar todos os pecadilhos súcios dos socialistas, a Imprensa entretém-se a expor a menor visibilidade da final da Liga Europa em Dublin, como se a Irlanda fosse o berço de algum futebol de jeito que não o perfilhado do outro lado do canal em Liverpool e Manchester.




Ouvi, arrepiado, um repórter tanso da TVI a falar de um jornal irlandês "com 20 páginas de Desporto sem uma referência à final", sendo que duvido que jornal algum na Grã-Bretanha (reitero, em todo o mundo das Ilhas Britânicas, Reino Unido ou não) tenha 20 páginas de Desporto à 3ª feira...


Por falar em projectos, finais, competições, retorno financeiro e projecção internacional, fora as promessa miríficas do partido socrático dos 200 euros aos recém-nascidos aos 150 mil empregos de há seis longos e penosos anos de intrujice e propaganda vil ao estilo nazi, poucos portugueses sabem o que é a Ryder Cup a que este rectângulo se candidatava em 2018 - desistiu, sensatamente, de um Mundial de futebol e virou-se para o golfe.


Mas a verdade é que os irlandeses sabem o que é a Ryder Cup e os portugueses não.
Entretanto, a prova de 2018, seja lá o que isso for, vai para França, mas nem sei onde nem me interessa. http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=263632


Ora, apesar do anúncio de "500 milhões de euros de retorno", propagandeados pelos papagaios pagos para isso, quase ninguém ouviu falar disso. Mas presume-se que ia custar milhões também a sua organização, mesmo irrigando uns hectares algures em Alcácer do Sal, o que não deixa de ser cientifica e culturalmente irónico, para não dizer economicamente.




E os portugueses não sabem da Ryder Cup por qué?, perguntaria Mourinho, por exemplo.


Pois Mourinho foi um "embaixador" da organização, ele a publicitar um evento elitista quando Madrid, onde treina um clube elitista e perdedor, competia com... Alcácer do Sal.


Mas não só. A Imprensa do parolismo nacional vai passar ao lado disto, mas convém alguém salientá-lo, já que o inefável Boronha dedica mais tempo e espaço (um post) a isto que ninguém sabe do que à Liga Europa que faz por não querer saber porque não lhe dá audiência.




Um rosto famoso, e adornado na testa, a "cavalgar" (to ride, em inglês e não é técnico) a Ryder Cup é o famoso ministro dos corninhos, o inefável ex-gestor do BES atamancado no Governo sócretino e a viver de uma bolsa do seu antigo banco, dizem que de 3ME, para uma tanga nos States. O famosíssimo Manuel Pinho, ou Pine em inglês sem ser técnico, dava também a cara pelo evento e, à maneira a que se habituou no Governo, falava dos tais 500ME de retorno para Portugal.


O Manuel Pine, of course, que prometeu aos chineses força braçal barata em Portugal para cá investirem. O mesmo ex-ministro da Economia, tá bom de ver, que negociou, ali também para além do Tejo, a reabertura de umas minas, salvo erro em Aljustrel, das quais não se sabe mais nada porque a Imprensa não investiga.


O que é que Portugal sabia, e vai deixar de saber, da Ryder Cup?


adenda, 18/5, 10.40: se ontem mal se ouviu falar de uma candidatura que falava em 500ME de retorno para Portugal, noticiando apenas a derrota na votação para a França, hoje nem pio nas tv's. Ao invés, na SICN que é a tv "oficial" da Liga Europa e transmite logo a final de Dublin, está a comentar-se que falam, falam, falam mas não dizem nada nas reportagens. A SICN está a ver-se ao espelho, por momentos, depois de uma época a pôr no ar, semanalmente, o Rui Prantos e esperemos que hoje tenha metido folga...

Sem comentários:

Enviar um comentário