02 abril 2012

A pista de Setúbal

Como não meto "petas" de 1 de Abril, estive fora e ligo pouco a coisas menores, avanço noutra direcção.
Completou-se o círculo: Pais António voltou a ser protagonista e a mostrar como ditam leis os árbitros sadinos. Depois de Venâncio Tomé - que permitiu um golo irregular ao Benfica frente ao FC Porto em 2009 e não viu o pisa, pisa de Bruno César, há dias, sobre o defesa Lusinho do Paços de Ferreira que devia ditar a sua expulsão com 1-0 para os pacenses e apenas 30 minutos para se jogar - e de José Godinho a colaborar estreitamente com o bruto do Caixão para derrotar o FC Porto em Barcelos - dois penáltis por marcar, um deles sobre Kléber e sob os olhares do árbitro auxiliar que também não viu o fora-de-jogo antes do penálti concedido ao Gil Vicente - temos o famoso Ferrari de Setúbal de volta.

O homem que ficou famoso por ver, de muito longe, uma mão ou braço de Pedro Silva naquela infame final da taça da treta entre Sporting e Benfica que valeu um penálti milagroso aos encarnados para 1-1 e depois ganharem nos penáltis, desta vez não viu o empurrão, com o braço, de Javi a Lima na área benfiquista. Foi bem à sua frente, sem obstáculos no campo de visão, estava 0-0 e foi conveniente não ver uma das muitas jogadas perigosas do Braga na Luz.
Eu vi mas demorou pouco a levantar-me e deixar de ver o jogo. Estava longe do Porto, num santuário de benfiquistas no distrito de Braga onde julguei que aquela gente se entusiasmasse com o Braga líder. Eu, depois de dois amarelos perdoados a Maxi Pereira - como passa sempre incólume, tal qual o carroceiro Javi - nos primeiros 25 minutos, com a complacência sempre dócil do João Pode vir o João Ferreira, percebi o critério disciplinar do árbitro sadino preferido de Luís Filipe Vieira. Nenhum daqueles adeptos que eu pensava torcerem pelo Braga sem que algum se manifestasse pelos arsenalistas, duvidou que Maxi devia ter visto dois amarelos, um por jogar a bola com a mão quando Quim a agarrava e foi impedido de seguir o jogo e outro numa cacetada junto à lateral. Nenhum deixou de soltar um suspiro com o empurrão de Javi Garcia a Lima. Ora, quando o árbitro com um critério tão "largo" marca um penálti por carga de Elderson com o peito a um benfiquista para se deixar cair na área só podia levantar-me e vir-me embora.
A vigarice estava feita, já ouvi no carro o 1-0 e o empate, depois não segui a tv quando passei num café para postar os jogos de sábado e todos festejavam o 2-1 numa terra que há poucos anos inaugurou uma "casa" do Sp. Braga numa cervejaria local que ainda ostenta o símbolo arsenalista.
E o ramalhete composto por bruto do Caixão, o João pode vir o João Ferreira, o bruto Esteves, três árbitros, e três auxiliares de seu nome José Godinho, Pais António e Venâncio Tomé a dar os seus frutos no "equilíbrio" do campeonato.
Não vi jornais, não vi tv, é uma benção nestas alturas, não ouvi apreciações. Mas decerto nenhuma juntou estas pontas soltas tal como tenho vindo a fazer há umas semanas consoantes estas aparições fantasmagóricas se sucedem a decidir o rumo do campeonato. A escola Carlos Valente, o seguidor Lucílio Vigarista e a ligação do vi-te ó Pereira nesta rede mafiosa da APAF de novo sediada na FPF de sempre vai decidir o campeonato.
Entretanto, chego a casa e parece que ninguém se deu e dá conta desta mafia. Estariam à espera de revelação televisiva e saiu o que muitos condenam um gordo insano a festejar o Viva o Benfica da Ericeira? Não me admira, há quem busque sapiência na televisão e replicam-se os que escarrapacham artigos de jornal que detestam: os artigos e o jornal. Depois queixam-se. E, contudo...
Conto com João Ferreira ou no Marítimo ou com o Sporting. Para Braga, Jorge Rouba. Mas é sempre possível um Roubarte Gomes. Esta Liga tá um mimo. E estão todos tão entusiasmados que nem vêem as ultrapassagens na pista de Setúbal.

2 comentários:

  1. O benfiquismo que existe em Braga é, felizmente, uma versão light, do antigo Minho vermelho que tínhamos que levar há uns bons 15 anos atrás.
    Esse tempo já lá vai, felizmente.
    Hoje em dia, vais aos campos de treinos da rodovia e verás mais miúdos com a camisola do Braga ou do FCP do que do Benfica.
    Lembro-me do último título conquistado pelo Toni aqui em Braga nos idos de 1993. O ar era irrespirável de tanta pesporrência.
    Os gajos agora amocham, lá espevitam de vez em quando, nestes jogos, mas é como a caganeira: passa rapidamente...

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  2. A imprensa mafiosa, os analistas da treta e os comentadores encomendados branqueiam tudo o que se passa no futebol portugues.
    Querem tapar-nos os olhos e induzir-nos com mentiras descaradas.
    O slb tem sido claramente beneficiado ao longo de toda a temporada , apenas foram prejudicados em Coimbra e contra o Porto viram um golo mal validado mas omitiram o penalti do andebolista Cardoso.
    O javi garcia usa e abusa das maos, braços e cotovelos, fê-lo com um empurrão ao Lima tal e qual como fizera ao Ludovic na 2ª jornada do campeonato.
    Tambem neste jogo frente ao Braga , vimos o douglão apanhar um amarelo injusto e depois o Maxi caceteiro Pereira andou á pantufada durante toda a partida e nem um amarelo levou, quem não se lembra das inumeras cacetadas que deu aos jogadores do Porto!
    Depois vêm com embustes e comunicados disfarçados de coitadinhos, só não percebo a passividade dos nossos dirigentes que assistem de camarote a todo este circo!
    E que dizer das nomeações para os jogos do Porto?..Internacionais nem vê-los!

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