19 novembro 2014

Esta do Grammy Latino faz-me lembrar a taça latrina

Tenho imenso gosto em ouvir o cantor Carlos do Carmo, dos poucos artistas que posso dizer que já vi e ouvi ao vivo, uma voz fantástica em canção com mais ou menos fado. Sou um fá incondicional, com a ressalva de não ser um melómano: ouço de tudo, mas não ouço muito tempo de tudo, seja fado ou ópera, blues ou rock.
 
Lamento que se dê tanto destaque, e o próprio se iluda tanto com isso, sobre um prémio que ele e tantos confundem com o Grammy mesmo.
 
Talvez Carlos do Carmo acredite, como outros pategos, que o seu clube tem um troféu "válido" e reconhecido internacionalmente como a taça latrina cuja organização não era organizada sob os auspícios de quem quer que fosse e, por isso, não tem a legitimidade de um troféu europeu - a UEFA só foi fundada em 1954 - e não pode emparelhar no rol de vitórias internacionais como não podem os vencedores da antiga Mitropa, ainda que possam mencionar nos seus currículos e historial que não faz mal nenhum.
ACTUALIZADO
É, noutro plano mas com o mesmo fundo mental, como confundir o que este Governo fez no caso BES/GES com o que o Governo anterior fez no caso BPN(SLN. Há muito parolo que vê as coisas pelo mesmo prisma e cristaliza ideias tão diferentes como mijo de água de colónia.

Ou, ainda, pensar como se atribuem Vistos Gold ou se tornam sócios como nem Groucho Marx enjeitaria. Só para esse coisa do clube com mais isto ou mais aquilo, fazendo jogadores profissionais criancinhas amestradas nas figuras mais ridículas atendendo a que até para serem jogadores têm de se fazer sócios do clube que lhes paga para eles pagarem as quotas - ou será como o amigo do Vieira que pagava as dele?
 
Este é, afinal, o fado de uma certa maneira tuga de ser e de estar.
 
Não é por isso que o Carlos do Camo não deixa de ser, para mim e para muitos, o maior. Mesmo. (não confundir com o mais grande...)

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