19 fevereiro 2015

Clattenburg da Pasteleira e derby pior que o soneto

Mais uma arbitragem nefasta para o FC Porto não logrou impor uma derrota que seria tremendamente imerecida mas mais uma vez possível consequência de deslize defensivo (não isento Fabiano, com saída extemporânea quando Alex Sandro apertava Derli Gonzalez) e novas falhas na finalização. Entretanto, um penálti por marcar (Jackson na 1ª parte), um golo polémico mas bem anulado, ainda que demoradamente enrolado por incompetência dos árbitros, um penálti nítido que não deu 2º amarelo a Samuel num jogo de quase sentido único em que, além do período pós-golo em lapso de cobertura zonal, o FC Porto só jogou pior depois de... empatar.
 
Tivemos um árbitro inglês que pode juntar-se ao rol dos da AF Porto de tão má memória, contemporizando com faltas sucessivas e algumas bem duras dos suíços numa antevisão do que será outro jogo com o V. Guimarães no derby do Bessa 2ª feira, Hugo Miguel permitindo, mais um árbitro internacional para o jogo do FC Porto enquanto o Benfica leva o bracarense Jorge Ferreira até M. Cónegos, o do vermelho a Maicon no derby do Dragão...
 
Tem sido esta a cantilena impressionante de más arbitragens, mas já em Inglaterra o Clattenburg é algo mal visto, muito parvinho mesmo. Mas o FC Porto, apesar dos derrubes constantes e uma defesa helvética baixa e jogo longo aos móveis homens da frente, teve ocasiões para ganhar. Não ganhou e não vale a pena comentar mais: a superioridade táctica e técnica, além de individual matizada pela mobilidade e agressividade acima do normal dos atacantes do Basileia, tem de ser confirmada com uma vitória no Dragão, embora o 0-0 sirva e o 1-1 não estrague tudo, mas é proibitivo sofrer um golo e não dar espaços para os suíços se movimentarem entrelinhas como ontem.

Um jogo que fez lembrar muito, precisamente, a final de 1984, uma equipa do FC Porto jovem, empreendedora, sem medo de assumir o jogo contra opositor matreiro, bloco baixo e movimento à frente a explorar falhas de posicionamento que então renderam golos a Vignola e Boniek, este sentenciando numa saída disparatada de Zé Beto depois de Sousa ter empatado. Também na 2ª parte houve um FC Porto avassalador e um g.r. contrário a defender tudo. Desta vez deu empate e há promessa de seguir em frente. Mas a 10 de Março, aniversário do golo de Costinha em Old Trafrord, o Basileia já deve ter pilhas mais carregadas, ontem não aguentou a intensidade portista nem a cavalgada e a convicção do 2º tempo de conquistador.

1 comentário:



  1. sincera e honestamente, já há muito tempo que não sentia orgulho na nossa equipa.
    há erros? com certeza! há falhas individuais? sim! ainda se pode melhorar? obviamente!
    ainda há um longo caminho a percorrer. e a Perfeição não existe - a não ser nas consolas.


    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    abr@ços
    Miguel | Tomo II

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