17 junho 2010

Palpites do Mundial (II)

Para actualizar um pouco, mesmo sem ter conseguido ver todos os jogos (tão enfadonhos são e já perdi uns três golos fora de horas por desligar antes do tempo), mas pelo menos visionando as principais equipas, os meus palpites do Mundial já saíram furados pela França, praticamente eliminada com o 0-2 de hoje com o México. Nada de extraordinário, se lembrarmos que os campeões mundiais de 1998 e europeus de 2000 não marcaram qualquer golo em 2002 e ainda tinham Zidane...

O único resultado injusto foi o da Espanha, uma espécie de Barcelona a bater contra um muro de uma espécie de Inter, sendo Hitzfeld o responsável por a Suíça defender tão bem. De resto, tudo como previsto, à excepção da magra vitória brasileira que torna o jogo de domingo com a C. Marfim fundamental e que pode pôr em risco o apuramento dos canarinhos... Pois é, Portugal pode partir para o jogo decisivo só a precisar de um empate se os aflitos brasileiros não ganharem a Drogba e Cª.

Nas arbitragens, nota-se o rigor e o cumprimento das ordens que todos cumprem praticamente sem excepção. Houve instrucções e quase ninguém falha um lance, apesar de um golo irregular da Eslováquia à Nova Zelândia - porque o auxiliar não estava em linha com o último defesa. E, sem que praticamente ninguém visse ou fizesse notar, o golo suíço de Gelson Fernandes é também em fora-de-jogo, porque ganha o ressalto da saída de Casillas só com um defesa espanhol a interpor-se entre ele e a baliza...

Quase todas as equipas com a defensiva bem trabalhada, raros deslizes defensivos e os sul-africanos os que mais os cometeram e estão quase fora do seu Mundial o que é um feito inédito e indesejado para a equipa anfitriã. Só hoje, no 1-0 do México, se viu um jogador isolado ante o g.r. contrário e porque a armadilha do fora-de-jogo não funcionou. Não há baldas nos lances de laboratório, não há vencedores no 1x1 que muito poucos arriscam e tudo fica tão apertadinho que, mais uma vez, pergunta-se qual a admiração de Portugal e C. Marfim terem jogado tão na... defesa, de parte a parte.

Furadas as contas no Grupo A, perfila-se à mesma um Argentina-Alemanha nos quartos-de-final. A posição da Espanha pode baralhar algumas contas, tal como a incerteza sobre o Grupo G com Brasil e Portugal... Espera-se que Itália e Inglaterra corrijam o faux pas da estreia e acabem a ganhar os seus grupos.

Só o Gana ganhou entre a desilusão das equipas africanas por quem não pesa o factor casa como se pensava. Pode discutir com a Alemanha a liderança do grupo, apesar de os germânicos se mostrarem muito sólidos. A Holanda, como a Espanha, impõe o seu jogo e seja o que Deus quiser, quiçá até à final de onde já risquei a Inglaterra que me desiludiu.  

De resto, as vuvuzelas não me incomodam, apesar de ainda hoje serem tão faladas e volta e meia aparecerem nos telejornais como alguns queixarem-se de como é estranho ter frio na África... Lá no sul, onde é Inverno, já se sabia como seria e a Taça das Confederações no ano passado tinha "avisado".

Ah, e nem quero falar nos comentários e asneiras assoprados nas diferentes tv's. Gabriel Alves perdura, e dura, e dura... É cada um mais ridículo que se a flexibilidade das relações laborais for para a frente muitos tipos devem rezar para se manterem ao leme. Meu Deus, até queriam que a Coreia do Norte jogasse aberto com o Brasil - e que saudades do Paulo Pigarro a gritar golo do Brasil, tão estapafúrdio como o acompanhante nunca ter visto Maicon marcar um golo daqueles (que até o fez a Portugal no 6-2...). Enfim, o Mundial das asneiras comentadas dava mais um livro, tal como dantes com o Gabriel Alves... 

1 comentário:

  1. "Hitzfeld o responsável por a Suíça defender tão bem"

    E algo mais, certamente, quando leio que Hitzfeld foi só o responsável pelos dois títulos da Liga dos Campeões que antecederam, creio, o primeiro de Mourinho.

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